Dificuldade de Aprendizagem na Leitura
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- Samuel Vasques Santiago
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1 Dificuldade de Aprendizagem na Leitura Autor: Sebastião Ramalho Filho (UNIRP) * Coautora: Alexandra Magalhães Frighetto (UFMT) * Coautor: Juliano Ciebre dos Santos(FSA) * Resumo: A leitura desenvolve o indivíduo socialmente, possibilitando seu acesso ao conhecimento e à cultura. Não aprender a ler é pular um processo do desenvolvimento na vida dessas crianças em sua fase escolar, é negar o direito à cidadania, impossibilitando-o de desvendar o mundo, por meio da leitura e de escrever sua própria história como verdadeiro cidadão. Por Isso, torna-se essencial a busca, no espaço escolar, de mecanismo na compreensão das principais causas da não aprendizagem da leitura, das crianças com dificuldades de aprendizagem para fazer intervenções pedagógicas necessárias aos mesmos. A abordagem desse tema torna-se importante, pois refletirá sobre as dificuldades na leitura, vivenciada no cotidiano escolar e suas possíveis variáveis dessas crianças. Palavras-Chave: Aprendizagem; Dificuldade; Leitura. 1. INTRODUÇÃO Esse trabalho acadêmico tem como objetivo investigar as dificuldades que encontramos no processo de aprendizagem da leitura, nas crianças com dificuldades de aprendizagem no 2º ciclo do ensino fundamental. O mesmo justifica-se pela importância da leitura para que o aluno torna-se independente na sua aprendizagem e que possa sanar as dificuldades que apresentam no seu dia a dia. Cada pessoa é única. Uma vida é uma história de vida. É preciso saber que o aluno traz consigo um aprendizado de vida. Se ele construiu uma ideia, não se pode destruí-la, porque as mudanças, vem diante das dificuldades que o mundo nos coloca, trabalhando com os equilíbrios/desequilíbrios e resgatando o desejo de aprender a ler. * Bacharelado e Licenciado em Educação Física pela (UNIRP) Centro Universitário de São José do Rio Preto-SP - Especialista em Educação Especial e Diretor da Escola Municipal Minuano em Terra Nova do Norte MT. * Professora Licenciada em Pedagogia pela Universidade Federal de Mato Grosso UFMT, Pós Graduada em Metodologia e Didática do Ensino Superior, Educação Especial, LIBRAS e Psicopedagogia Clínica e Institucional. Professora e orientadora dos relatórios de Estágio dos cursos de Pós Graduação da Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte. Mestranda em Gestão em Educação e Sociedade pelo INSES. Professora Efetiva na Secretaria de Estado de Educação do Estado de Mato Grosso. Professora da Sala de Recursos Multifuncional da Escola Estadual Norberto Schwantes em Terra Nova do Norte - MT. alexandramagal@yahoo.com.br. * Professor Licenciado em Informática pela Fundação Santo André (FSA, Santo André-SP, 2004), Especialista em Informática aplicada à Educação e Mestre em Educação Desenvolvimento e Tecnologias pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS, São Leopoldo-RS, 2008). Professor do Magistério Superior na Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte-MT. jciebres@gmail.com. 1
2 As crianças no processo de alfabetização exigem saberes conceituais por parte dos professores, para que ocorra a aprendizagem da leitura. Além dos problemas por falta de estímulo para a leitura, e adequação dessa criança ao seu nível de aprendizagem, e vinda do ambiente familiar, que dificultam o processo de aprendizagem, é possível afirmar que alguns alunos apresentam distúrbios que dificultam aprendizagem, e independe o processo de ensino. Os objetivos dessa pesquisa bibliográfica são: analisar a relação aluno com dificuldade de aprendizagem /professor, no 2º ciclo do ensino fundamental, durante este ciclo, e verificar quais estratégias de trabalho diferenciado que o professor utiliza para os alunos com dificuldade de aprendizagem na leitura. A criança tem seu primeiro contato com a leitura de forma oral, por meio de sua família, através de leituras durante o dia, ou até mesmo na hora de dormir; são momentos incentivadores para a formação de futuros leitores. A leitura favorece a remoção das barreiras educacionais de que tanto se fala, concedendo oportunidades mais justas de educação pela promoção do desenvolvimento da linguagem e do treinamento intelectual, e acentua a possibilidade de ajustamento à situação pessoal do indivíduo. (BAMBERGER, 1977, p. 13). Ao ingressar na vida escolar, uma preparação antecipada faz a diferença, mas, durante a alfabetização, pode-se deparar com dificuldades específicas. Muitas vezes, as crianças encontram dificuldades de ler, por não entenderem os textos trabalhados, e o que não se entende, não é interessante de ser explorado. As dificuldades de leitura afetam toda a aprendizagem escolar, pois, em todas as matérias, é essencial ler para entender o que deve ser feito. Essas dificuldades são encontradas em diferentes perfis. 2. O PAPEL DO PROFESSOR NA DIFICULDADE DA LEITURA NO 2º CICLO DA ALFABETIZAÇÃO É notório que nas primeiras séries do Ensino Fundamental, existe uma complexidade nas dificuldades que aparecem nesse período. O professor deve estar atento às essas dificuldades de aprendizagem, pois quanto mais cedo se perceber essas dificuldades na leitura, haverá vantagens para ser solucionado o problema com mais rapidez. Assim o educador deve promover atividades diferenciadas e significativas na leitura que tenham sentido para os 2
3 alunos. Desenvolvimento de situações educativas provoca mudanças compulsivas conforme a tendência adotada. Frente a isso o educador, deve estar sempre observando e analisando o que realmente prejudica o ensino na aprendizagem da leitura desse aluno em seu processo educacional. Neste contexto, deve haver um ambiente lúdico e apropriado que proporciona aos alunos melhoria das condições do processo educacional, bem como, a informação ao uso da leitura como algo que nos leva de fato a exercer plenamente nossa cidadania e conquistar o mercado de trabalho no nosso mundo muito competitivo de hoje. Portanto, o educador deve fazer o aluno vivenciar a ludicidade, pois é uma grande ferramenta pedagógica para detectar, analisar e acompanhar o aluno dentro de seu processo de aprendizagem. Esse processo lúdico deve contagiar todos os alunos que estão inseridos na sala de aula. Assim, ensinar a ler e escrever estão, em primeiro lugar, na compreensão de que as crianças, quando chegam à escola, dominam um código oral, aprendido em seus contextos de existência, o que significa que as crianças aprendem a linguagem antes da entrada na escola. (MATO GROSSO, SEDUC, 2000) Na sociedade atual onde participar plenamente do mundo letrado faz parte da vida cotidiana das pessoas, parecerem imprescindíveis que estejamos cada vez mais fazendo uso da leitura como algo que nos leva de fato a exercer plenamente nossa cidadania e conquistar o mercado de trabalho. Sabe-se também que a pressão social contribui para que algumas crianças apresentem dificuldades na área da leitura exigindo que as crianças aprendam a ler cada vez mais cedo sem de fato conhecer quais os impactos que isso pode causar na criança caso ela não esteja amadurecida biologicamente e preparada intelectualmente para adquirir tais conhecimentos. A aprendizagem é uma função do cérebro. A aprendizagem satisfatória se dá quando determinadas condições de integridade estão presentes, tais como: funções do sistema nervoso periférico, funções do sistema nervoso central, sendo que os fatores psicológicos também são essenciais (STEVANATOET et al. 2003). A alfabetização aponta que para uma boa aprendizagem significativa a criança deve estar na idade ideal de se alfabetizar, cada criança tem o seu tempo, para concluir seus estudos, a grande parte das dificuldades enfrentadas na aquisição da aprendizagem da leitura é o não entender a criança com dificuldade de aprendizagem, que não acompanha a idade cronológica, mas a sua idade biológica. 3
4 Alguns professores criam uma barreira de desafeto com esses alunos. A dificuldade dos mesmos, não é pela falta de afeto, mas pela buscam estratégias para motivá-los, fazendo com que o aluno perca o interesse e se torne um copista, principalmente, na hora da leitura. Muitos professores têm preocupação com seus alunos e interesse na sua dificuldade de aprendizagem, dando o máximo de si, mais não é bem isso que acontece em sala de aula nas observações realizadas nas pesquisas bibliográficas. Geralmente, as dificuldades que os alunos apresentam na escrita e na leitura se devem a falhas no processo de ensino, nas estratégias inadequadas escolhidas pelos docentes ou por desconhecimento do problema ou por despreparo. Escrever não se resume à ortografia, mas, também, à legibilidade. Esses cuidados prolongamse por todo o período de escolarização ou pelo professor de classe ou pelos professores de Língua Portuguesa. A legibilidade é uma qualidade complexa que constitui na soma desses vários aspectos, dentre outros considerados importantes. Preparar um aluno para escrever com correção e legibilidade é trabalhar com ele, desde o início, atentando para a grafia correta das palavras, a forma das letras, a uniformidade no traçado, o espaçamento, o ligamento e a inclinação da escrita em relação ao espaço onde se está escrevendo. A escola tem procurado, desde a sua criação, nos tempos mais remotos, ser um organismo no qual as pessoas de uma determinada sociedade tivessem a oportunidade de receber conhecimentos acumulados tidos como verdadeiros e úteis. A formação de pessoas com conhecimentos aproveitáveis para o desempenho das mais diversas atividades humanas deveria ser papel essencial das escolas, o que possibilitaria a um indivíduo o seu autodesenvolvimento e aproveitamento do mesmo dentro da coletividade. Pouco a pouco esta ideia inicial tem o seu foco ampliado da mera geração de conhecimento para o desenvolvimento do potencial criativo. Sendo assim, a escola não é mais apenas o lugar aonde se vai para aprender os conhecimentos historicamente acumulados e aceitos como corretos, mas agora é também um lugar no qual deve-se encontrar terreno fértil para estímulo da criatividade, da descoberta, da inventividade, da criação. Neste caso, ao invés de se valorizar meros conteúdos, valoriza-se mais ainda o ser humano, o pensamento e o desenvolvimento de pessoas que pensam e constroem respostas e soluções para as mais diversas demandas no mundo. 4
5 Para cumprir este papel, a escola deve estar sintonizada com o seu tempo, ou seja, perceber que se o principal é o ser humano, o que caracteriza o ser humano como único é o seu cérebro privilegiado. Entender sobre o cérebro humano, pois, torna-se mister a todo educador que queira estar em sintonia com a escola e consequentemente com os tempos que ora vivemos. Deve também o educador compreender a existência da diversidade humana. Se o que distingue o ser humano é o cérebro, o que caracteriza a diversidade são as diferenças individuais. Logo, a escola deve se preocupar com tais diferenças, e se ocupar em entendê-las para poder atender a todos. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Muitos educadores ainda assentam sua prática na crença de que o conhecimento se dá como uma relação simples, linear, lógica, ou seja, se um objeto de estudo é apresentado a um aluno, este deveria, a partir de então, mostrar conhecimento sobre tal objeto. Isto implica que o aluno deveria ter respostas para questionamentos que venham a ser feitos sobre um assunto já estudado. Como seria fácil ser educador se esta lógica fosse infalível. O que se encontra, no entanto, na citada diversidade humana, são pessoas com diferentes potencialidades para a aprendizagem, algumas com ritmo mais acelerado, outras mais lentas; e as causas são diversas. Dentre as causas que mais provocam as dificuldades de aprendizagem e os sentimentos de impotência do professor estão os distúrbios de aprendizagem causados por disfunções cerebrais. Ter conhecimento sobre tais disfunções e os distúrbios provocados por estas é um grande passo no sentido de se evitar a colocação de rótulos nos alunos; é também o início da busca de soluções para o problema de tais alunos: dificuldade para aprender. A formação do professor da escola para a diversidade deve preocupar-se com o direito de todos a uma educação de qualidade, por ser esse um direito de todos. Dar respostas educativas a pessoas com dificuldades de aprendizagem é, portanto, um dos principais desafios da escola na atualidade. 5
6 REFERÊNCIAS ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito da leitura. São Paulo: Cultrix, MATO GROSSO, SEDUC. Escola Ciclada De Mato Grosso: novos tempos e espaço para ensinar aprender a sentir, ser e fazer. CUIABÁ SEDUC SANTOS, Juliano Ciebre dos. Diretrizes para Elaboração de Artigos Científicos. Guarantã do Norte-MT. FCSGN, STEVANATO IS, Loureiro SR, Linhares MBM, Marturano EM. Autoconceito de crianças com dificuldades de aprendizagem e problemas de comportamento. Psicologia em Estudo. 2003;8(1):
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