O ensino e aprendizagem da matemática na educação do campo
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- Isadora Penha Sequeira
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1 O ensino e aprendizagem da matemática na educação do campo Autor: Welliton Junior da Silva (FCSGN) * Coautor: Juliano Ciebre dos Santos (FSA) * Resumo: No ensino da Matemática na Educação do Campo ainda hoje encontramos resultados insatisfatórios. Sendo assim foi feito uma análise simplificada do ensino da Matemática na Educação do Campo para tentar esclarecer as principais duvidas envolvendo esta disciplina. Na pratica pedagógica o professor deve saber selecionar os conteúdos, elaboras bons objetivos e escolher métodos de ensino adequados, ou seja, planejar melhor a aula vai trazer contribuição significativa a pratica docente. Esta analise foi efetuada através de alguns manuais de relevância ao tema e pesquisa com professores de Matemática do campo. O professor deve desenvolver nos alunos uma inteligência prática que permite reconhecer problemas e o solucionar, busca e selecionar novas informações, tomar decisões e, contudo desenvolver a capacidade para lidar com a atividade matemática do seu dia-a-dia. Deve se buscar maneira de tornar a aula mais interessante, alegre, envolvente, para melhorar a aprendizagem destes alunos. Palavras-chave: Ensino da Matemática na Educação do campo. Conhecimento Matemático. Aprendizagem. 1. INTRODUÇÃO Este trabalho fala do ensino e aprendizagem da Matemática na Educação do Campo, buscando fazer uma analise e mostrar a realidade vivenciada pelos professores. A realidade no Brasil é que a educação Matemática na Educação do Campo ainda apresenta resultados insatisfatórios, possibilitando que não tenhamos cidadãos críticos, ativos no meio em que vive com relação aos conhecimentos matemáticos. Os alunos e os professores encontram muitas dificuldades no processo de ensino aprendizagem da matemática na Educação do Campo. Os alunos não conseguem aprender o que o professor ensina nas aulas e consequentemente não consegue utilizar o conhecimento matemático em sua vida cotidiana. Os professores também não conseguem ministrar a sua Welliton Junior da Silva, Licenciado em Matemática pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci ( UNIASSELVI, 2013 ), Docente do ensino fundamental no município de Peixoto de Azevedo. wellitonjuniordasilva@hotmail.com. Agosto de * Juliano Ciebre dos Santos, Licenciado em Informática pela Fundação Santo André (FSA, Santo André-SP, 2004), Especialista em Informática aplicada à Educação e Mestre em Educação Desenvolvimento e Tecnologias pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS, São Leopoldo-RS, 2008). Atualmente docente do ensino superior na Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte-MT, Rua Jequitibá, nº 40, Jardim Aeroporto. CEP.: jciebres@gmail.com 1
2 aula de forma que faça que os seus alunos apreendam caracterizando o fracasso o ensino da Matemática na Educação do Campo. Este trabalho tem como objetivo fazer uma analise e mostrar a realidade do ensino da Matemática na Educação do Campo e possibilitar e mostrar alguns caminhos para mudar essa realidade negativa do ensino na Educação do Campo. Foi feito uma pesquisa bibliográfica e uma pesquisa de campo com os professores de Matemática da Educação do Campo, de União do Norte, no ano de 2014, buscando mostrar a realidade vivida pelos professores de Matemática. Em um primeiro momento será falado sobre a Educação do Campo, logo após será feito uma analise do ensino da Matemática na Educação do Campo e em seguida será mostradas possíveis caminhos para o ensino da Matemática na Educação do Campo. Por fim, será mostrado o resultado da pesquisa realizada com os professores de Matemática da Educação do Campo. O professor deve oferecer espaço para discussão e promover debates e interagir com seus alunos, possibilitando assim que ocorram trocas de experiências e conhecimentos entre as pessoas envolvidas. 2. A EDUCAÇÃO DO CAMPO A Educação do Campo vem sendo muito discutida, devido estar relacionada a diversas questões políticas e culturais. Neste mesmo sentido A Educação do Campo, na perspectiva de escola pública, torna-se objeto de discussões por todo território brasileiro, visto que abarca questões polêmicas como os problemas de ordem ambiental, social, cultural, política e econômica, estando marcada por desigualdades, lutas sociais e falta de políticas públicas. (OLIVEIRA; BISCONSINI; NAKAZAWA, 2013, p. 2 e 3) Esse desenvolvimento do modo de pensar e conduzir politicamente a Educação do Campo é consequência de uma trajetória histórica, marcada por um processo de lutas e de grandes movimentações sociais, a qual contribuiu para que os povos campesinos reivindicassem seus direitos de cidadão, melhoria nas condições de vida no campo, rompimento com o 2
3 assistencialismo e, principalmente, acesso à educação pública de qualidade. (OLIVEIRA; BISCONSINI; NAKAZAWA, Oliveira, 2013, p. 3 ) 3. ENSINO DA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO DO CAMPO A Matemática é uma disciplina muito importante, logo a sua aprendizagem deve ser incentivada na escola de forma que os alunos conseguem aprender os conceitos matemáticos de forma participativa e lógica e agradável, principalmente os conceitos que possibilitem a resolução de problemas diários dos alunos, facilitando o aprendizado. Mas na maioria das vezes o ensino da Matemática não ocorre desta maneira, mas de forma tradicional em que o aluno apenas resolve exercícios descontextualizados da sua realidade. A importância atribuída ao ensino da matemática está vinculada ao papel decisivo que ela desempenha enquanto área do conhecimento, permitindo resolver problemas da vida cotidiana e funcionando como instrumento essencial para a construção de conhecimentos em outras áreas. (CRUZ; SZYMANSKI, 2012, p. 454) Para que o aluno aprenda matemática de forma mais significativa e necessária que o professor entenda que o ensino da matemática deve considerar a realidade dos alunos no processo de ensino e aprendizagem e também o conhecimento que o aluno já traz de casa e sempre valorizando a compreensão ao invés da memorização. As crianças devem aprender à matemática no contexto escolar, para saberem fazer uso desse conhecimento em situações do cotidiano fora do contexto escolar. Ou seja, os alunos devem saber por em prática os conteúdos matemáticos aprendidos. Considerando a necessidade da utilização de conhecimentos matemáticos para o desenvolvimento de diversas atividades no dia a dia da vida no campo, o trabalho com esta disciplina em sala de aula deve capacitar o aluno a, ao se deparar com estas diversas situações, utilizar o conhecimento adquirido da melhor forma possível para solucionar seu problema. (CRUZ; SZYMANSKI, 2012, p. 454) O conhecimento escolar assimilado pelo aluno somente será capaz de dar conta das suas necessidades se o aluno conseguir fazer a relação entre o conhecimento escolar e o problema cotidiano a ser solucionado, e isso, por sua vez, somente será possível se a metodologia de ensino utilizada em sala de aula articular os conteúdos sistematizados com a realidade 3
4 campesina através do trabalho com questões relacionadas ao cotidiano do campo. (CRUZ; SZYMANSKI, 2012, p. 455) A educação da matemática, em todos os níveis de ensino, deve ter como objetivo inicial a produção de conhecimentos mediante a ativação de processos emocionais, físicos e cognitivos do educando para o desenvolvimento de suas potencialidades reflexivas, críticas e criativas, tornado-o capaz de contribuir para a construção de uma sociedades democrática e para o exercício pleno da cidadania. (SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MATO GROSSO, P ). 3.1 Principais Problemas no Ensino da Matemática na educação do campo O ensino e aprendizagem da Matemática não têm apresentado atualmente um resultado satisfatória sendo disciplina que é tão importante no cotidiano das pessoas. Assim vamos verificar analisar os principais problemas que cercam o ensino da Matemática nas escolas do campo. Muitos professores que trabalham com o ensino tradicional nas escolas do campo, supervalorizando a transmissão de conteúdos e a memorização de conceitos matemáticos sem nenhuma relação com a realidade em que o aluno esta inserido, ou seja, o ensino mecânico. Em outras palavras os conteúdos são apenas transmitidos e os alunos são apenas receptores e não fazem parte do processo de ensino e aprendizagem. Nesse sentido Chagas (2001) reforça: Outro grande problema refere-se ao fato de que a matemática é freqüentemente tratada como sendo uma área do conhecimento humano desligada da realidade e do cotidiano onde o indivíduo encontra-se inserido. Sendo assim, é comum ouvirmos nossos alunos perguntarem: "Para que serve isso"? "Onde vou utilizar aquilo"? Em muitos casos, tais perguntas não chegam sequer a ser respondidas. Com isso, teremos mais dúvidas, mais conflitos e mais fracassos estudantis. Essa maneira de ensinar descontextualizada da realidade faz com que as pessoas considerem a Matemática desligada da nossa realidade e do nosso cotidiano, coisa que não é verdade, pois a matemática esta presente em quase tudo em nossa vida. O professor deve buscar mudar essa realidade ministrando aulas mais ligadas com a realidade cotidiana dos alunos. O principal problema no ensino tradicional que o professor esquece que o aluno tem a capacidade de pensar de raciocinar, o que acaba tornando o ensino matemático ineficaz e descontextualizado. A maioria dos alunos considera a Matemática muito difícil e chata porque eles encontram muitas dificuldades na aprendizagem visto que muitos professores apenas 4
5 transmitem o assunto abordado de forma mecânica sem considerar o conhecimento que o aluno já trás de sua casa e subestimando as suas habilidades de raciocinar. Uma das dificuldades em ensinar Matemática na Educação do Campo e que muitas escolas não oferecem condições necessárias para que o educador faça um bom trabalho. Não disponibilizando, por exemplo, livros suficientes para todos os alunos da classe ou ainda não oferecendo estruturas adequadas para a realização do trabalho docente, nem matérias que auxilia o professor na hora de ensinar. Outra dificuldade que os professores acabam encontrando em algumas escolas e as chamadas salas multisseriadas, ou seja, salas onde o professor tem que dar aula para duas turmas ou mais ao mesmo tempo, prejudicando assim o seu trabalho e o rendimento dos alunos. Mas essa é uma realidade da educação do campo devido o êxodo rural. Assim podemos observar que uma boa formação de professores de Matemática é um dos requisitos essenciais para a criação de ambientes interativos que possibilitam a aprendizagem. Contudo a principal dificuldade é o desinteresse dos alunos nas aulas, a falta de comprometimento não só nas alunas de matemática, no ensino de maneira geral, dificultando assim a aprendizagem e compreensão dos conceitos matemáticos. A realidade da educação não só do campo infelizmente é essa, alunos cada vez desinteressados e desrespeitos. Isso ocorre principalmente devido à crise da instituição família, que passou a responsabilidade de educar para a escola. Conforme, Chagas (2001) são muitas as causas que contribui para o péssimo ensino da matemática. Podemos cita algumas delas: Inadequação do ensino de matemática em relação ao conteúdo, à metodologia de trabalho e ao ambiente em que se encontra inserido o aluno em questão; Má formação de professores, ou seja, falta de capacitação docente; Programas de matemática não flexível e muitas vezes baseados em modelos de outros países e, conseqüentemente, são modelos que muitas vezes não representam à realidade sócio-econômica do país; Falta de compreensão e domínio dos pré-requisitos fundamentais que ajudariam este estudante a obter um bom desenvolvimento nas aulas de matemática; Desvalorização sócio-econômica dos professores. 3.2 Alguns Caminhos para fazer Matemática O ensino da Matemática nem sempre ocorre de forma prazerosa, à maioria das vezes ocorre de forma chata e cansativa, devido ser uma disciplina muito complicada e difícil e de uma 5
6 linguagem formal, exata e rigorosa principalmente quando ela e trabalhada de forma tradicional e mecânica. Quando o aluno estuda determinado conceito matemático relacionado com a sua realidade ou com algo que ele esteja fazendo no momento através de algum projeto ele consequentemente terá mais interesse em aprender aquele conceito, pois será útil para sua vida. A aprendizagem matemática é um processo ativo, que tem como objetivo a construção de significados, que será levada a cabo mediante a consideração dos conhecimentos prévios dos alunos. Assim as experiências e conhecimentos que os alunos já possuem, devem ser o ponto de partida para as novas aprendizagens [...]. (SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MATO GROSSO, P 158 E ). O professor deve desenvolver através da Matemática nos alunos o raciocínio crítico e lógico, estimular o pensamento autônomo, a criatividade e a capacidade de resolver problemas, autoconfiança, senso cooperativo, desenvolvendo a socialização, a organização, concentração, atenção e o conhecimento matemático pratico que envolve aspectos quantitativos da realidade, mas esses objetivos não vêm sendo alcançados. Ao contrario do que muitas pessoas pensam a Matemática esta presente em quase todos s momentos de nossas vivas, podendo nos ajudar a solucionar problemas, a ter um controle financeiro. O professor deve buscar formas de que os alunos aprendam a gostar da Matemática, possibilitando assim que eles consigam aprender os conceitos matemáticos e que possam utilizar esses conceitos no seu dia a dia. O professor deve sempre buscar estratégias de ensino para tornar mais dinâmico o processo de ensino e aprendizagem, principalmente na disciplina de Matemática, considerando que cada aluno e único, ou seja, cada aluno amadurece de maneira diferente, possuindo habilidades e dificuldades diferentes. O papel do professor consiste em criar estratégias de ensino diversificadas para tornar mais compreensível o conteúdo, fazendo com que os alunos aprendam e não apenas decorem regras, mas compreendam a matemática como uma disciplina de grande importância nas nossas vidas. 6
7 Entendo que o primeiro passo a ser dado é a ruptura da educação matemática com o modelo tradicional, optando-se por um contexto mais construtivista, onde os alunos devem analisar um determinado problema para que, só então, passem a compreendêlo. É importante aqui que o professor ofereça espaço para discussões e interaja continuamente com seus alunos. Além disso, o professor deve se dar conta que para um bom aprendizado de matemática é fundamental que o aluno se sinta interessado na resolução de um problema, qualquer que seja ele, despertando, assim, a sua curiosidade e a sua criatividade ao resolvê-lo (CHAGAS, 2001). No ensino da Matemática podemos destacar algumas metodologias como a resolução de problemas, o uso das novas tecnologias, jogos, e a história da matemática. Essas metodologias juntamente com outros recursos didáticos podem oferecer uma importante contribuição ao processo de ensino aprendizagem da matemática, possibilitando uma aprendizagem por parte dos alunos mais significativa contextualizada. A Educação do Campo tem algumas metodologias diferenciadas que pode se usadas para melhor a aprendizagem, como Pedagogia de Projetos, Tema Gerador e ainda a Pedagogia da Alternância. É consensual a idéia de que não existe um caminho que possa ser identificado como único e melhor para o ensino de qualquer disciplina, em particular, da matemática, no entanto conhecer diversas possibilidades de trabalho em sala de aula é fundamental, para que o professor construa sua prática (PCN S, 1997, pág. 42). O ensino é uma via de mão dupla não basta que apenas o professor faça um excelente trabalho e preciso interesse do aluno em aprender em buscar novos conceitos para que sua aprendizagem seja significativa e ele posteriormente seja um individuo ativo no meio em que vive. A aprendizagem não ocorre pelo treino mecânico descontextualizado, ou pela exposição exaustiva do professor. Pelo contrario, a aprendizagem dos conceitos ocorre pela interação dos alunos com o conhecimento. O processo de ensino é constituído por diversas atividades que deverão ser organizadas pelo professor, visando à assimilação, por parte dos alunos, de conhecimentos, habilidades e hábitos, do desenvolvimento de suas capacidades intelectuais, objetivando sempre o domínio dos conhecimentos e habilidades e suas diversas aplicações. (CHAGAS, 2001). 7
8 4. RESULTADO DA PESQUISA Após o trabalho de coleta de dados da pesquisa de campo, aplicada aos professores de matemática da Educação do Campo de União do Norte, no ano de 2014, foi realizada uma análise do ensino da matemática buscando mostrar a realidade. Com a primeira questão foi possível observar que a predominância é do sexo masculino no ensino da matemática, sendo 12,5 % dos entrevistados do sexo feminino e 87,5 % dos entrevistados do sexo masculino. Na segunda pergunta com relação à idade dos professores foi obtido o seguinte resultado, 12,5 % entre 18 a 25 anos, 25 % entre 26 a 35 anos, 50 % entre 36 a 45 anos e 12,5 % com mais de 45 anos. Através de suas respostas foi possível observar que são profissionais com uma grande experiência de vida. Na terceira pergunta quando são perguntados sobre a sua formação profissional de acordo com as respostas temos 75 % são formados em Matemática e 25 % são formados em outras licenciaturas. Sendo que os formados em matemática 33,3 % deles possuem pós-graduação em matemática. Assim a educação do campo possui profissionais qualificados para desempenhar suas funções. Na quarta questão foi perguntado para os professores há quanto tempo atuam na Educação do Campo, 12,5 % atuam menos de 1 ano, 25 % atuam entre 1 a 5 anos, 50 % atuam entre 6 a 10 anos e 12,5 % atuam a mais de 10 anos. Temos profissionais jovens atuando no ensino da matemática na Educação do Campo. Na quinta pergunta quando foram questionados se já tinham participado de cursos de ensino da matemática para a Educação do Campo, 100 % dos professores responderam que não participaram de cursos específicos para o ensino da matemática no campo. Há a necessidade de se estar capacitando esses profissionais para trabalharem na educação do Campo especificamente na área da matemática. Na sexta questão quando perguntados sobre se trabalham em salas multisseriadas, 37,5 % responderam que sim e 62,5 % responderam que não. As salas multisseriadas ainda é uma realidade na Educação do Campo devido principalmente ao numero de alunos das escolas. Ao serem questionados na sétima pergunta se encontram dificuldades em ensinar em salas multisseriadas, 87,5 % responderam que sim e 12,5 responderam que não. Foi possível notar 8
9 que uma das dificuldades dos professores são salas multisseriadas. Na oitava pergunta quando foram questionados se trabalham com metodologias diferenciadas para a educação do Campo, 37,5 % responderam que sim e 62,5 % responderam que não. Foi possível verificar que as maiorias dos professores não trabalham com metodologias diferenciadas para a Educação do Campo, sendo assim necessário mudar essa realidade, pois quando o professor trabalha com a realidade do campo o aluno aprende mais. Na nona questão, foi perguntado qual a metodologia você utiliza para ministrar suas aulas de matemática. O professor A respondeu procuro adequar os conteúdos comparando-os as atividades realizadas pela comunidade local, valorizando o conhecimento prévio sobre o tema. O professor B respondeu que usa a metodologia tradicional. O professor C respondeu que usa livros didáticos, arguições orais e trazendo a realidade de onde os alunos irão usar o que aprenderam na escola e relacionando à disciplina. O professor D respondeu quadro, pincel, livro didático e muita saliva. O professor E respondeu aulas expositivas e dialogada e raramente com projetos. O professor F respondeu através de quadro negro e livros. O professor G respondeu aulas contextualizadas, geralmente voltadas para a realidade do campo. O professor H respondeu a metodologia tradicional, expondo os conteúdos e os alunos resolvendo os exercícios. A décima questão os professores foram perguntado quais os materiais pedagógicos que você utiliza para ensinar Matemática. O professor A respondeu quadro, giz, livros, jornais, revistas, calculadora, vídeos e objetos. O professor B respondeu livro, caderno, caneta, borracha. O professor C respondeu que utiliza todos os materiais disponíveis na entidade escolar: jogos, materiais pedagógicos e os principais recursos de mídias digitais. O professor D respondeu o que a unidade escolar oferece, ou seja, livro didático com raras exceções. O professor E respondeu quadro branco, pinceis, livros e raramente data show. O professor F respondeu livros e quadro negro. O professor G respondeu sempre apoio de pelo menos três livros didáticos de autores diferentes, além de material dourado, ábaco, etc. O professor H respondeu os livros didáticos, o quadro e jogos pedagógicos. Quando questionados na décima primeira questão se na educação do campo os pais participam do processo educacional do filho, 37,5 % responderam que sim e 62,5 responderam que não. A décima segunda questão os professores se justificara com relação à participação dos pais no 9
10 processo educacional dos filhos. O professor A respondeu com a adaptação dos conteúdos possibilita ao aluno a interação com seus familiares sobre o conteúdo. O professor B respondeu os pais nunca tem o tempo para participar da escola, deixa a responsabilidade toda em cima do educador. O professor C respondeu essa pergunta e bem relativa, em minha opinião esse comprometimento depende do interesse de cada pão com a educação de seu filho seja na cidade ou no campo. O professor D respondeu participam muito pouco, provavelmente devido ao fato da cultura local valorizar pouco à educação. O professor E respondeu são pouquíssimos pais que participam desse processo. O professor F respondeu que eles vêm nas reuniões e cobram dos filhos em casa. O professor G respondeu dificilmente observamos pais que venha na escola para saber da vida educacional do filho, somente quando os mesmos são convocados. O professor H respondeu na educação do campo ainda há uma participação dos pais no processo educacional, eles ajudam a escola quando necessário. Mas deveriam acompanhar mais os seus filhos. Na décima terceira questão os professores foram perguntados qual a dificuldade de ensinar matemática na Educação do Campo. O professor A respondeu não vejo dificuldade que sejam especificas dessa modalidade de ensino. O professor B respondeu falta de materiais para trabalhar a matemática no campo. O professor C respondeu creio que a principal seja a falta de recursos e estrutura. O professor D respondeu A falta de material didático e apoio voltado para o setor. O professor E respondeu falta de interesse da maioria dos alunos em aprender matemática, alguns por não gostarem, outros por terem o tabu que matemática é chata. O professor F respondeu a falta de preparação dos professores em especifico em matemática com metodologias voltadas para o campo. O professor G respondeu Principalmente a falta de interesse do educando e em segundo a falta da participação da família. O professor H respondeu uma das dificuldades e ensinar matemática em salas multisseriadas, falta de apoio pedagógico, desinteresse dos alunos em aprender matemática e a falta de materiais. Na décima quarta pergunta quando questionados para darem sugestões de como melhorar o ensino da matemática na Educação do Campo. O professor A respondeu motivar os alunos, adequar os conteúdos para que se torne atraente para eles, permitir que o aluno utilize sua criatividade. O professor B respondeu fazer cursos direcionados ao campo, trazer materiais direcionados para o campo. O professor C respondeu um comprometimento maior por parte de nossos governantes e das políticas públicas para a educação, pois a falta de conhecimento dos recursos destinados para a educação do campo, causa muitos gastos duvidosos e desvios de verbas destinadas a educação do campo. O professor D respondeu radicalmente falando é 10
11 preciso mudar a mentalidade e a forma de aplicação de leis e diretrizes, ou seja, é preciso fazer uma reforma no MEC e na SEDUC. O professor E respondeu capacitação na área especifica para os profissionais em Educação do Campo. O professor F respondeu com uma atenção voltada para o campo e formulando metodologias especificas. O professor G respondeu um método onde há uma participação mais efetiva entre escola e família. Não basta ter um método espetacular se não há o envolvimento entre escola, educando e família. O professor H respondeu uma adaptação dos conteúdos com a realidade dos alunos, possibilitar mais o envolvimento dos pais no processo de aprendizagem, a capacitação dos profissionais da educação do campo, especificamente os matemáticos. 5. CONCLUSÃO O professor deve tem tentar alterar a realidade negativa do ensino utilizando para isso de estratégias e metodologias contextualizadas que considerem a realidade e o conhecimento que o aluno já possui e levando em conta a capacidade de pensar do aluno, possibilitando que os alunos aprendam de forma significativa e contextualizada o conteúdo passado pelo professor em sala de aula. As aulas devem ser bem planejadas, com objetivos definidos, metodologias diferenciadas e a utilização de diversos instrumentos são de grande valia para a aprendizagem dos alunos. Por isso, têm que se planejarem as aulas com estratégias de ensino diferenciadas buscando a participação, a interação dos alunos com as aulas e as atividades propostas, bem como, o aprendizado da matemática. O educador deve buscar métodos de ensino que melhorem a prática educativa, deve fazer com que o educando se interesse pela aula com algumas metodologias voltadas para o campo, melhorando a aprendizagem e desenvolver o raciocínio lógico, a criatividade e a capacidade de resolver problemas, para que os alunos possam compreender e transformar a realidade em que ele vive de forma positiva. Para haver melhoria no ensino da matemática devem se busca métodos diferenciados e que tenha a ver com a realidade em que o aluno esta inserido, possibilitando a ele adquirir conceitos e habilidades matemáticas para que ele possa atuar de forma pratica na sociedade. Este trabalho tem como objetivo fazer uma análise do ensino da matemática, bem como mostrar algumas possibilidades para melhorar o ensino da matemática. 11
12 Este trabalho não busca mostrar um caminho único, com métodos inalterados que o professor deve utilizar, pois cada escola tem uma realidade diferente e ate mesmo cada sala de aula. Sendo assim o que pretende se e mostrar possíveis caminhos parra melhorar a realidade do ensino da matemática nas escolas. Não existe um único e melhor caminho que o professor possa utilizar no ensino da matemática, mas ele precisa saber escolher o que melhor se adapte com a sua realidade e com os seus alunos. O professor deve pegar o melhor de cada metodologia para buscar melhorar o ensino e aprendizagem da matemática. Contudo pode se verificar a veracidade de que trabalhar com as varias metodologias em conjunto uma complementando as outras pode trazer melhoria para o ensino. REFERÊNCIAS OLIVEIRA, Wellington Piveta; BISCONSINI, Vilma Rinaldi; NAKAZAWA, Márcia do Amaral Takahashi. Educação do Campo: Um Enfoque na Educação Matemática Articulada á Resolução de Problemas. Disponível em : < >. Acesso em: 13/06/2013. CRUZ, Jaqueline Zdebski da Silva; SZYMANSKI, Maria Lidia Sica. O ensino da matemática nas escolas do campo por meio da Metodologia da Mediação Dialética. Disponível em : < >. Acesso em: 13/06/2013. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: matemática. Brasília, DF: MEC/SEF, CHAGAS, Elza Maria Figueiredo. Educação Matemática na sala de aula: Problemáticas e possíveis soluções: 2000/2001, professora nas faculdades integradas de palmas. Acesso em: 15 jun MATO GROSSSO, Secretaria de estado de educação de. Escola ciclada de Mato Grosso: novos tempos e espaços para ensinar aprender a sentir, ser e fazer. 2. ed. Cuiabá: Seduc p. 12
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