ENSINO DE CIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) FORMAÇÃO INICIAL DE UM DOCENTE

Transcrição

1 ENSINO DE CIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) FORMAÇÃO INICIAL DE UM DOCENTE Junilson Augusto de Paula Silva¹*(IC), Maria Aparecida Ventura Máximo²(FM), Enéas Teixeira Silva³(PQ) ¹* Universidade Estadual de Goiás, Campus Morrinhos (junilsomaugusto@gmail.com) ²Escola Municipal Celestino Filho, Morrinhos Goiás ³ Universidade Estadual de Goiás, Campus Morrinhos Resumo: Um dos grandes desafios da Educação de Jovens e Adultos (EJA) mesmo do Ensino Fundamental II, no Brasil consiste em promover a permanência e a aprendizagem dos alunos na escola, bem como diminuir a reprovação, relacionar os conteúdos do ensino de ciências ao cotidiano e à experiência dos estudantes junto as novas compreensões do mundo, suas relações e suas demandas sociais. A pertinência desse relato encontra-se no conhecimento adquirido durante o estágio curricular do Programa Pró Licenciatura da Universidade Estadual de Goiás no Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Campus Morrinhos; em uma vivência no ensino de Ciências na Escola Municipal Celestino Filho, situada no município de Morrinhos Goiás. Para os licenciados o estágio serve como um campo de conhecimento que envolve observação, estágios, questionamentos e projetos de intervenção pedagógica. Desta forma o processo propicia a oportunidade de relacionar teoria e prática dentro e fora da sala de aula com o cotidiano escolar. Palavras-chave: Docência. EJA. Estágio. Introdução O papel da educação tem como elemento o pleno desenvolvimento humano, social e das competências básicas para o exercício da cidadania quanto o desempenho das atividades profissionais. A experiência do estágio para o futuro professor é essencial para a formação do aluno-professor, considerando que cada vez mais são requisitados profissionais com habilidades e bem preparados para o mercado de trabalho (KATIELI, 2012). Mostrar a Ciência como aquisição humana para uma compreensão do mundo é uma meta para o ensino da área na escola fundamental. Seus conceitos e procedimentos contribuem para o questionamento para o que se vê e o que se ouve, interpretar os fenômenos da natureza, compreender como a sociedade nela intervém

2 utilizando seus recursos e criando um novo meio social e tecnológico (MILANESI,2012). As disciplinas, prática e a instrumentalização para o ensino são importantes requisitos para a formação de novos professores, pois proporcionam a vivência e a produção de materiais didáticos que subsidiarão o exercício docente (MARÇAL & SOUZA, 2008). A elevação dos patamares de formação docente foi uma constante ao longo do século XX nos países desenvolvidos e se fez também acompanhar no Ocidente pelos países com indicadores médios de desenvolvimento; bem como propostas de revisão da estrutura acadêmica e curricular dos cursos de licenciatura e pesquisas que impactem a formação de docentes (UNESCO, 2009). As metodologias do ensino à distância são grandes desafios para se explorar na Educação para Jovens e Adultos (EJA). No Brasil, a exemplo do Ensino Fundamental II, a EJA consiste em promover a permanência e a aprendizagem dos estudantes na escola, bem como diminuir a reprovação; relacionar os conteúdos do ensino de ciências ao cotidiano e à experiência dos estudantes junto às novas compreensões do mundo, suas relações e suas demandas sociais (RAMINELI, 2016). Levar em consideração que o estudante não é apenas o cidadão do futuro, mas sim o cidadão do hoje e deve estar capaz de tomar iniciativas e participar da cidadania (UNESCO, 2009). Objetivo principal é incentivar o aprendizado através de novas tecnologias, como ilustrações experimentais ou práticas dos conteúdos. Elaborar oficinas e confeccionar material didático-pedagógico na disciplina de Ciências. Material e Métodos Trata-se de atividades prestadas em deferimento a bolsa Pró-Licenciatura do Programa Próprio de Bolsas da Universidade Estadual de Goiás. Durante o ensino da disciplina de Ciências e na vivência do Ensino de Jovens e Adultos (EJA) no turno noturno na Escola Municipal Celestino Filho perfazendo trinta e duas horas mensais de atividades; durante o período de maio a agosto de 2016.

3 O plano de atividades foi acompanhado pela professora regente Maria Aparecida Ventura Máximo em quatro turmas semestrais. Correspondendo do sexto ao nono ano do ensino fundamental II. A Escola Municipal Celestino Filho localiza-se na zona urbana do Município de Morrinhos Goiás na Avenida Couto de Magalhães, 529 Centro. Resultados e Discussão A proposta do Plano de Atividades foi cumprida com êxito. Através de atividades práticas, elaboração de exercícios dirigidos e estudos em grupos. Ilustrações na forma de painéis e maquetes. Experimentos e dinâmicas práticas, sempre abordando possíveis discussões. Segundo CARVALHO (2001), quanto mais o professor dominar os saberes conceituais e metodológicos e de seu conhecimento especifico, mais facilmente ele será capaz de traduzi-los e interpretá-los buscando conceitos e estruturas fundamentais do conteúdo. Para qualquer estagiário isto permite uma retroalimentação do processo educativo, possibilitando que todos os membros, uma tomada de consciência dos problemas que possuem para que possam buscar soluções eficazes, já que o projeto estabelece a responsabilidade de todos (OLIVEIRA, 2014). Visto que haja uma maior interação entre bolsista-professores-discentes. Partindo das relações sociais estabelecidas na escola; que permite um maior enriquecimento da prática docente. A forma de adquirir experiência é estando em contato com as situações dentro da sala de aula. Carregando conhecimentos técnicos para melhor aptidão em todo processo educacional. Considerações Finais A oportunidade de estar na realidade do ambiente escolar é umas das experiências que um estagiário do programa da Pró-Licenciatura pode ter. Estar em contato diariamente com as diversas personalidades proporciona uma conquista de saberes teórico-práticos. Quando o assunto é a prática, é importante ressaltar que as teorias vistas e abordadas no decorrer dos anos anteriores servem como base para no preparo de

4 aulas, contudo, essa mesma teoria está, muitas vezes, distante da realidade que abordamos em sala de aula. Devido ao formato semestral de aulas e a forma como o professor regente trabalha, sempre com atrasos nos conteúdos e pouco interesse por parte dos discentes. O contraste social, cultural e econômico visto no EJA difere com a prática que é repassada na graduação. A adequação aos problemas trazidos de fora da sala de aula pelos discentes são instrumentos para elaboração e planejamento de uma boa aula. Lidar com toda diferença auxilia o professor a ministrar a disciplina, que é considerada pelo os alunos como umas das mais difíceis, levando em questão toda a observação feita. Agradecimentos Gratidão a cada aluno pela experiência e troca de saberes. A Escola Municipal Celestino Filho. Por fim a UEG pelo recurso financeiro. Referências CARVALHO, A.M.P. A influência das mudanças da legislação dos professores: As 300 horas de estágio supervisionado. Ciência & Educação, v.7. p , OLIVEIRA, E. Projeto Político-Pedagógico. Educação em foco. p. 8, KATIETIL, B. Importância do estágio supervisionado para a formação de professores. XVII Seminário interinstitucional de ensino, pesquisa e extensão, p. MARÇAL, S. F.; SOUZA, S. F. Estágio Supervisionado em Ciências como uma atividade de extensão da Universidade. In: 16º Seminário de Educação: 20 anos de pós-graduação em educação: avaliação e perspectiva. Cuiabá: Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), MILANESI, I. Estágio supervisionado: concepções e práticas em ambientes escolares. Educar em Revista, n. 46, p , Professores do Brasil: impasses e desafios / Coordenado por Bernadete Angelina Gatti e Elba Siqueira de Sá Barreto. Brasília: UNESCO, p.

5 RAMINELI, J. L. F. Diário Reflexivo: Estratégias Interventivas Do Professor Orientador Para Melhorar A Qualidade Dos Textos De Alunos Estagiários Do Curso De Ciências Biológicas Da EAD/SEDIS/UFRN. Simpósio Internacional de Educação a Distância e Encontro de Professores de Educação a Distância. São Carlos: Universidade Federal de São Carlos (UFScar), 2016.