Unidade Parque Atheneu Professor (a): Kellyda Aluno (a): Série: 1ª Data: / / LISTA DE LITERATURA
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- Martín Ribas Fragoso
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1 Unidade Parque Atheneu Professor (a): Kellyda Aluno (a): Série: 1ª Data: / / LISTA DE LITERATURA Orientações: - A lista deverá ser respondida na própria folha impressa ou em folha de papel almaço. - Caso seja respondida em folha de papel almaço deverá conter cabeçalho completo (Data, nome, disciplina, nome do professor e série). - As listas que não forem realizadas conforme orientações serão desconsideradas. 1) Como pomos caracterizar a linguagem não literária, justifique; 2) Leia os textos abaixo para responder à questão: (Texto 1) Descuidar do lixo é sujeira Diariamente, duas horas antes da chegada do caminhão da prefeitura, a gerência de uma das filiais do McDonald s deposita na calçada dezenas de sacos plásticos recheados de papelão, isopor, restos de sanduíches. Isso acaba propiciando um lamentável banquete de mendigos. Dezenas deles vão ali revirar o material e acabam deixando os restos espalhados pelo calçadão. (Veja São Paulo, 23-29/12/92) (Texto 2) O bicho Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem. (Manuel Bandeira. Em Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro: J. Olympio/MEC, 1971, p.145) No texto Descuidar do lixo é sujeira, a intenção é informar sobre o lixo que diariamente é depositado nas calçadas através de uma linguagem objetiva e concisa, marca dos textos não literários. Já o texto O bicho
2 é construído em versos e estrofes e apresenta uma linguagem plurissignificativa, isto é, permeada por metáforas e simbologias, traços determinantes da linguagem literária. Agora, é com você. Produza um comentário relacionando os dois textos com a realidade sociocultural brasileira. 3) Leia o texto e responda: A origem da poesia se confunde com a origem da própria linguagem. Talvez fizesse mais sentido perguntar quando a linguagem verbal deixou de ser poesia. Ou: qual a origem do discurso não poético, já que, restituindo laços mais íntimos entre os signos e as coisas por eles designadas, a poesia aponta para um uso muito primário da linguagem, que parece anterior ao perfil de sua ocorrência nas conversas, nos jornais, nas aulas, conferências, discussões, discursos, ensaios ou telefonemas [...] No seu estado de língua, no dicionário, as palavras intermedeiam nossa relação com as coisas, impedindo nosso contato direto com elas. A linguagem poética inverte essa relação, pois, vindo a se tornar, ela em si, coisa, oferece uma via de acesso sensível mais direto entre nós e o mundo [...] Já perdemos a inocência de uma linguagem plena assim. As palavras se desapegaram das coisas, assim como os olhos se desapegaram dos ouvidos, ou como a criação se desapegou da vida. Mas temos esses pequenos oásis os poemas contaminando o deserto de referencialidade. ARNALDO ANTUNES No último parágrafo, o autor se refere à plenitude da linguagem poética, fazendo, em seguida, uma descrição que corresponde à linguagem não poética, ou seja, à linguagem referencial. Pela descrição apresentada, a linguagem referencial teria, em sua origem, quais traços fundamentais? TEXTO I 4) Leia os fragmentos abaixo para responder à questão que segue: O açúcar O branco açúcar que adoçará meu café nesta manhã de Ipanema não foi produzido por mim nem surgiu dentro do açucareiro por milagre. Vejo-o puro e afável ao paladar como beijo de moça, água
3 na pele, flor que se dissolve na boca. Mas este açúcar não foi feito por mim. Este açúcar veio da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira, dono da mercearia. Este açúcar veio de uma usina de açúcar em Pernambuco ou no Estado do Rio e tampouco o fez o dono da usina. Este açúcar era cana e veio dos canaviais extensos que não nascem por acaso no regaço do vale. Em lugares distantes, onde não há hospital nem escola, homens que não sabem ler e morrem de fome aos 27 anos plantaram e colheram a cana que viraria açúcar. Em usinas escuras, homens de vida amarga e dura produziram este açúcar branco e puro com que adoço meu café esta manhã em Ipanema. "O açúcar" (Ferreira Gullar. Toda poesia. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1980, pp ) TEXTO II A cana-de-açúcar Originária da Ásia, a cana-de-açúcar foi introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses no século XVI. A região que durante séculos foi a grande produtora de cana-de-açúcar no Brasil é a Zona da Mata nordestina, onde os férteis solos de massapé, além da menor distância em relação ao mercado europeu, propiciaram condições favoráveis a esse cultivo. Atualmente, o maior produtor nacional de cana-de-açúcar é São Paulo, seguido de Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Além de produzir o açúcar, que em parte é exportado e em parte abastece o mercado interno, a cana serve também para a produção de álcool, importante nos dias atuais como fonte de energia e de bebidas. A imensa expansão dos canaviais no Brasil, especialmente em São Paulo, está ligada ao uso do álcool como combustível. (Comentários sobre os textos: "O açúcar" e "A cana-de-açúcar") Para que um texto seja literário é preciso:
4 5) Sobre o textos I e II, justifique cada alternativa: I. O texto I é literário também pela forma com que se apresenta. II. O texto II poderia ser literário pela forma. III. Pela pluralidade significativa da linguagem, só é possível afirmar que o literário é o texto II. 6) Ainda com relação ao textos I e II, assinale a opção incorreta e justifique cada alternativa: a) No texto I, em lugar de apenas informar sobre o real, ou de produzi-lo, a expressão literária é utilizada principalmente como um meio de refletir e recriar a realidade. b) No texto II, de expressão não-literária, o autor informa o leitor sobre a origem da cana-de-açúcar, os lugares onde é produzida, como teve início seu cultivo no Brasil, etc. c) O texto I parte de uma palavra do domínio comum - açúcar - e vai ampliando seu potencial significativo, explorando recursos formais para estabelecer um paralelo entre o açúcar - branco, doce, puro - e a vida do trabalhador que o produz - dura, amarga, triste. d) O texto I, a expressão literária desconstrói hábitos de linguagem, baseando sua recriação no aproveitamento de novas formas de dizer. e) O texto II não é literário porque, diferentemente do literário, parte de um aspecto da realidade, e não da imaginação. 7) Leia o fragmento abaixo: Carnaval Maravilha do ruído, encantamento do barulho. Zé Pereira, bumba, bumba. Falsetes azucrinam, zombeteiam. Viola chora e espinoteia. Melopéia negra, melosa, feiticeira, candomblé. Tudo é instrumento, flautas, violões, reco-recos, saxofones, pandeiros, liras, gaitas e trombetas. Instrumentos sem nome inventados subitamente no delírio da improvisação, do ímpeto musical. Tudo é encanto. Os sons se sacodem, berram, lutam, arrebentam no ar sonoro dos ventos, vaias, klaxons, aços estrepitosos. Dentro dos sons movem-se cores, vivas, ardentes, pulando, dançando, desfilando sob o verde das árvores, em face do azul da baía no mundo dourado. Dentro dos sons e das cores, movem-se os cheiros, cheiro de negro, cheiro mulato, cheiro branco, cheiro de todos os matizes, de todas as excitações e de todas as náuseas. Dentro dos cheiros, o movimento dos tatos violentos, brutais, suaves, lúbricos, meigos, alucinantes. Tatos, sons, cores, cheiros se fundem em gostos de gengibre, de mendubim, de castanhas, de bananas, de laranja, de bocas e de mucosa. Libertação dos sentidos envolventes das massas frenéticas, que maxixam, gritam, tresandam, deslumbram, saboreiam, de Madureira à Gávea, na unidade do prazer desencadeado. (Graça Aranha, A viagem maravilhosa. Apud William Cereja e Thereza Magalhães. Português: linguagens. São Paulo, Atual, p.178) Com base na leitura e análise dos textos, quais aspectos podem ser afirmados?
5 8) Sobre o texto literário, assinale a opção incorreta e justifique cada alternativa: a) O texto literário provoca um prazer estético em seu fruidor, como acontece nas outras manifestações artísticas. b) Enquanto atividade de recriação, a expressão literária se caracteriza pela denotação, criando novos significados, ao passo que a expressão não-literária se reconhece pelo seu caráter conotativo. c) No texto literário, faz-se igualmente um amplo uso de metáforas e metonímias, com o objetivo de despertar no leitor o prazer estético. Isto é o que define seu caráter plurissignificativo. d) Uma das características do texto literário é a sua intangibilidade, sua intocabilidade. e) quando se resume um texto não-literário, apreende-se o essencial; quando se resume um texto literário, perde-se o essencial. 9) Leia o texto abaixo e justifique cada alternativa. Gabriela ia andando, aquela canção ela cantara em menina. Parou a escutar, a ver a roda rodar. Antes da morte do pai e da mãe, antes de ir para a casa dos tios. Que beleza os pés pequeninos no chão a dançar! Seus pés reclamavam, queriam dançar. Resistir não podia, brinquedo de roda adorava brincar. Arrancou os sapatos, largou na calçada, correu pros meninos. De um lado Tuísca, de outro lado Rosinha. Rodando na praça, a cantar e a dançar. (Gabriela, cravo e canela, de Jorge Amado) I. Este texto, em forma de prosa, apresenta um ritmo e uma sonoridade que nos fazem lembrar os textos em verso. II. A rima e as inversões em os pés pequeninos no chão a dançar e brinquedo de roda, adorava brincar contribuem para o ritmo e a rima. III. Outra característica típica do texto em verso são as frases curtas com um número aproximado de sílabas. 10) Leia a estrofe: Vontade de beijar os olhos de minha pátria De niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos". "Pátria, eu semente que nasci do vento Eu que não vou e não venho, eu que permaneço". As palavras que aparecem em sentido conotativo são: a) vontade; beijar; olhos b) Pátria; ninar; cabelos c) Pátria; semente; vento d) Vontade; olhos; Pátria e) Beijar; semente; vento Boa Semana!!! Fique atento(a) ao prazo de devolução das listas!!!
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