DIAGNÓSTICO DA CADEIA PRODUTIVA DA LAGOSTA NO ESTADO DO CEARÁ

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1 DIAGNÓSTICO DA CADEIA PRODUTIVA DA LAGOSTA NO ESTADO DO CEARÁ Raimundo Eduardo Silveira Fontenele Doutor em Economia pela Universidade de Paris XIII, Mestre em Economia Rural pela Universidade Federal do Ceará, Professor do Mestrado em Negócios Internacionais, da Universidade de Fortaleza. Rua Min. Abner de Vasconcelos, 301 Casa Fortaleza CE CPF: eduardo_fontenele@hotmail.com Sistemas Agroalimentares e Cadeias Agroindustriais Sessão sem debatedor 1

2 DIAGNÓSTICO DA CADEIA PRODUTIVA DA LAGOSTA NO ESTADO DO CEARÁ Resumo O presente trabalho procura através do estudo dos elos que compõem a cadeia produtiva da lagosta no Estado do Ceará, mostrar as dificuldades que o setor vem atravessando, através do detalhamento de cada um de seus segmentos, das relações como estes têm se comportado entre si e como a cadeia tem se projetado como um todo para o mercado. Aspectos como a tecnologia, a capacitação, as instituições, o envolvimento entre os agentes, o mercado consumidor, a qualidade do produto, o preço e os segmentos (elos) foram discutidos neste trabalho. O objetivo geral do trabalho é apresentar um diagnóstico atualizado da cadeia produtiva da lagosta no Estado do Ceará, focando a sua estrutura e funcionamento, a partir de sua análise interna e externa, para identificar seus principais gargalos e potencialidades e assim criando a possibilidade de uma ação planejada para a atividade. PALAVRAS-CHAVE: Cadeia Produtiva da Lagosta, competitividade, Ceará. 2

3 DIAGNÓSTICO DA CADEIA PRODUTIVA DA LAGOSTA NO ESTADO DO CEARÁ 1. INTRODUÇÃO Atualmente o mundo está passando por diversas transformações em que cada agente econômico deve cada vez mais estar atento às modificações e movimentos não apenas de seu segmento, mas de todos os que podem vir a influenciá-lo. Desta forma, o conceito de cadeias produtivas ganha um destaque importante nos estudos econômicos, dado que através dele é possível identificar para os agentes isolados em cada segmento os problemas que podem ou poderão perturbá-los no presente ou no futuro, além de identificar possibilidades de melhoras. Logo, tal abordagem também permite facilitar o aprimoramento das inter-relações entre os agentes em função do entendimento que a partir desta melhoria em busca de objetivos comuns surgem sinergias que serão benéficas para todos os envolvidos. Dentro deste contexto, o presente trabalho procura através do estudo dos elos que compõem a cadeia produtiva da lagosta no Estado do Ceará, mostrar as dificuldades que o setor vem atravessando, através do detalhamento de cada um de seus segmentos, das relações como estes têm se comportado entre si e como a cadeia tem se projetado como um todo para o mercado. O objetivo geral do trabalho é apresentar um diagnóstico atualizado da cadeia produtiva da lagosta no Estado do Ceará, focando a sua estrutura e funcionamento com vistas a identificar seus principais gargalos e potencialidades, assim criando a possibilidade de uma ação planejada para a atividade. A estruturação da cadeia produtiva, e como ela funciona, é o cerne do segundo item. Em seguida é analisada sua estrutura de apoio e no terceiro item o trabalho trata dos desafios e análise da cadeia, principalmente do que diz respeito a questão institucional, ao preço e qualidade e a análise interna e externa da cadeia, seguida da conclusão. 2. CARACTERIZAÇÃO DA CADEIA PRODUTIVA DA LAGOSTA 2.1- Conceito de Cadeias Produtivas O estudo de uma cadeia produtiva começa da percepção de sua origem, da observância do seu grau de complexidade, do reconhecimento dos fatores institucionais que a influenciam, e de um prisma mais específico, no estudo de cada elo (segmento) que participa na composição do produto e seu respectivo preço. Assim, é necessário o estudo desde a produção - esta podendo envolver o setor primário e secundário - sua comercialização, distribuição e o mercado consumidor - onde neste, o perfil do consumidor e o seu grau de exigência podem auferir maiores ou menores receitas, em função da sensibilidade do consumidor a preços de produtos com melhor ou pior qualidade, o que pode ser fator crucial na diferenciação do produto de uma cadeia produtiva no mercado e sua conseqüente obtenção de recursos acima da média de outros produtores, conforme Porter (1986). Entretanto, para que isto ocorra, alguns aspectos devem ser considerados. Para que se possa fazer um estudo de cadeia produtiva, é necessário fundamentalmente delimitá-la, ou seja, pesquisar os padrões de interdependência que existem nas etapas consecutivas de formação de um produto, o que na grande maioria das vezes é feita de maneira arbitrária. Segundo Haguenauer e Prochnik (2.000): Esta possibilidade, de se delimitar cadeias mais ou menos abrangentes, é semelhante à determinação de uma indústria, nos 3

4 estudos microeconômicos... A capacidade de selecionar o nível de agregação mais apropriado para o objetivo que se deseja oferece, ao analista, um amplo grau de flexibilidade na execução de um estudo... O estudo de cadeias produtivas é de vital importância para o melhor entendimento de uma atividade e para o desenvolvimento regional, pois ao invés de se fazer análises individuais, busca-se tratar a cadeia a partir de uma visão sistêmica, aglutinando, então, não apenas uma empresa ou segmento especificadamente, e sim todas as organizações que a compõem observando as inter-relações existentes entre elas. Com isso, busca-se de maneira eficaz buscar um melhor aproveitamento dos recursos disponíveis e o fortalecimento da cadeia como um todo, segundo a Prática Empresarial (2.002). Além disso, o estudo de uma cadeia produtiva, e a sua conseqüente implicação em sugerir novas alternativas para a organização dos indivíduos que exercem uma atividade, podem, além de ter os efeitos acima citados, tornar tal atividade mais imune às diversas turbulências sofridas em função da competitividade que está tão presente nos mais diversos setores nos dias atuais. Esta questão é importante porque quanto maior o grau de associação e de articulação destes indivíduos através do planejamento organizado, melhor será a possibilidade de vislumbrar o seu próprio futuro. Com o estudo da cadeia produtiva, através do gotejamento de cada elo e de todas as implicações que são inerentes a este estudo, pode-se ter como fruto de tal processo a identificação tanto das ameaças e oportunidades (através da análise externa à cadeia) como a identificação de pontos fortes e fracos (através da análise interna). No primeiro caso, a análise externa propicia a possibilidade de vislumbrar os aspectos que são exógenos à própria cadeia, como os macroeconômicos ou concorrenciais. No segundo, através da análise interna da cadeia, observando que pontos podem emperrá-la em seu desenvolvimento que estão endógenos a ela. Estas limitações podem estar ligadas a diversos aspectos, como limitações de recursos ou insumos, mau aproveitamento do potencial da cadeia, falta de infraestrutura adequada, entre outros. O estudo de um tema de tão importante relevância deve ser encarado tendo como objetivo o cerne de todo o estudo econômico, que é a aplicabilidade deste no intuito de engendrar o bem-estar social. Neste sentido os estudos de cadeia produtiva podem funcionar na melhoria da cadeia como um indutor das seguintes ações atinentes à economia: 1. Geração de emprego e renda, visando uma melhor isonomia de renda aos agentes envolvidos tanto direta como indiretamente no setor, estes últimos através de externalidades; 2. O desenvolvimento produtivo da região envolvida, o que contribui sobremaneira para a diminuição dos contrates existentes entre as regiões no Brasil; 3. Agir como fomentador de melhorias tecnológicas, já que a constante preocupação de melhoria da competitividade de uma cadeia é um estimulante à necessidade de inovação para que haja vantagens em relação a outros competidores; 4. Melhorar a competitividade tanto internamente como externamente, ou melhor, dizendo, no campo de atuação da cadeia. Logo, chega-se à conclusão que o entendimento da cadeia produtiva tem vital importância para o desenvolvimento da atividade especificamente da economia local e regional, com todas as suas implicações de caráter econômico e social. Entretanto, pelo 4

5 exposto, percebe-se que o mero conhecimento da forma como opera uma cadeia produtiva (e aí se levando em consideração a identificação dos diversos problemas da cadeia e suas potencialidades) é inócuo, se os agentes envolvidos na composição desta cadeia não se fizerem presentes na busca de soluções que atendam ao interesse destes agentes como um todo e a racionalidade econômica, a fim de que a atividade seja além de fomentadora do desenvolvimento, viável economicamente. 2.2 Origem da Atividade e Importância A região Nordeste do Brasil é possuidora de uma faixa litorânea de aproximadamente km de extensão, o que equivale a 41% dos km existentes na costa brasileira. Destes km, o Ceará contribui com 573 km de costa marítima, o que percentualmente equivale a quase 16% da costa nordestina. A atividade pesqueira em nossa região remonta aos tempos da colonização, onde era realizada pelas comunidades indígenas e também como atividade de complementaridade da alimentação da casa-grande, sendo praticada de maneira eminentemente artesanal. Especificamente no caso do Ceará, não poderia ser diferente, sendo o tradicionalismo corroborado pelas lendárias pescarias em jangadas e botes a vela, o que foi praticado de maneira quase exclusiva até meados da década de 50 do século passado. Conforme Almeida (1.993): Toda a atividade pesqueira era de natureza eminentemente artesanal, denominada pesca de um dia em que o produto era capturado e quase que totalmente consumido no mesmo dia. Conforme os estudos históricos referentes ao desenvolvimento da atividade pesqueira no Estado do Ceará, somente a partir de meados dos anos cinqüenta é que esta tomou um impulso de atividade verdadeiramente econômica. Isto ocorreu fundamentalmente pelo início da pesca da lagosta (Panulirus argus). Esta trouxe consigo uma verdadeira dinamização do setor, principalmente pela larga aceitação deste produto no mercado consumidor internacional. A princípio, a lagosta era utilizada como isca em um aparelho de pesca da época conhecido como jereré, para a captura de um peixe chamado biquara (Haemulon plumiere), o que veio a aumentar a exploração do estoque lagosteiro. Tal fato ocorreu primeiramente em Cascavel (interior do Estado), na praia da Caponga, que a comercializava como isca tanto para praias mais próximas, como também para lugares mais distantes, onde Aracati e Fortaleza são exemplos, com o mesmo fim. No início da exploração racional da atividade, esta era inicialmente feita com a comercialização das lagostas ainda vivas para os centros consumidores, principalmente em função da pesca de ir e vir, sendo esta caracterizada pela saída e retorno da embarcação envolvida na pesca diariamente, fato este ocorrido em função do baixo nível tecnológico das embarcações que naquela época introduziram a atividade. Ao chegarem à praia, as lagostas seguiam para serem transportadas através de aviões que levavam a produção para os Estados Unidos da América, daí a peculiaridade da atividade em seu início, que exportava lagostas vivas para grandes distâncias, o que em decorrência da maneira em que era acondicionada, causava a morte de diversas ao longo da viagem. Conforme Bezerra, (1.998): Historicamente, é registrado que as primeiras exportações de lagosta no Nordeste foram realizadas para os Estados Unidos. Naquela ocasião foram exportadas lagostas vivas, via aérea, com a ocorrência de um alto índice de mortalidade. 5

6 A partir de observa-se o início e desenvolvimento de uma cadeia produtiva da lagosta no Estado do Ceará, com produção em diversos municípios ao longo da costa cearense. Esta cadeia produtiva foi formada pela característica predominante de um produto que envolve diversas fases até a sua comercialização no mercado externo. Assim foram criados com o passar dos anos locais de desembarques da produção (terminais pesqueiros), além de empresas especializadas no processamento, armazenagem e comercialização do produto, o que caracteriza relevante imbricação (dependência) entre os elos desta cadeia. O desenvolvimento da atividade lagosteira no Ceará ocorrido ao longo dos anos em que a exploração do recurso é verificada, deu ao setor um importante papel como gerador de divisas para o Estado, onde o produto teve sempre posição de destaque na pauta das exportações cearenses, fato este tão relevante para o desenvolvimento regional direta e indiretamente. A lagosta foi responsável por 21,94 % das divisas das exportações na década de oitenta, ocupando o segundo lugar nas exportações totais do Estado, perdendo apenas para a castanha de caju, outro produto tipicamente produzido no Ceará, que participou com 43,20 % daquela época, [FIEC (Federação das Indústrias do Estado do Ceará) op. cit. ALMEIDA (1.993)]. Entretanto, a partir da década de noventa, percebe-se que há uma tendência à diminuição da participação relativa da lagosta na pauta de exportações cearenses, tendo como motivos as quedas progressivas ocorridas no nível de produtividade do crustáceo e também fruto da diversificação da pauta. Neste período deu-se início ao aumento das exportações de suco de frutas, mel natural, calçados e o camarão, este tendo papel de destaque nos últimos anos, onde sua participação nas exportações vem elevando-se consideravelmente. Mesmo com estes fatos, a lagosta ainda consegue ser um produto de importância para nossa balança comercial, principalmente na participação no agronegócio segundo a SEAGRI (Secretaria da Agricultura e Pecuária), (2.002), como pode ser visto na tabela abaixo: TABELA 2-Participação do agronegócio nas exportações cearenses ( ) PRODUTO VARIAÇÃO VALOR (US$) PARTIC.(%) VALOR (US$) PARTIC.(%) (%) Castanha de caju , ,71-9,0 Couro e peles , ,82-4,6 Camarões , ,07 76,9 Lagostas , ,52 19,1 Frutas , ,87 23,4 Cera de carnaúba , ,74-15,7 Sucos de frutas , ,75 279,9 Extratos de vegetais , ,39-56,7 Pimenta , ,14 111,4 Peixe , ,12-8,7 Flores 0 0, ,01 Total do Agronegócio , ,75 9,10 Total das Exportações , ,00 3,20 Fonte: MIDC/SECEX citado em Conjuntura Agrícola, SEAGRI, Abril,

7 É importante ainda frisar que a atividade de exploração da lagosta trouxe ao mesmo tempo o desenvolvimento de outro importante ramo do setor pesqueiro, que é a captura de pescado em nível econômico, o que demonstra que o desenvolvimento da atividade pesqueira como um todo está intimamente ligado ao do setor lagosteiro do Estado. A exploração da atividade no Estado comportou-se de maneira crescente até a década de oitenta, e estável na mesma, onde a partir da década de noventa começou a sofrer quedas de sua produção, como é verificado no gráfico abaixo PRODUÇÃO ANO GRÁFICO 1 - Produção Cearense de Lagostas em toneladas ( ). Fonte de dados: IBAMA, Quanto à distribuição espacial da produção lagosteira no Ceará, observa-se a produção em 18 municípios litorâneos, com destaque para os cincos primeiros do ranking: Acaraú (23,24%), Itarema (18,33%), Fortaleza (9,22%), Icapuí (8,66%) e Trairí (7,29%). Estes somados respondem por 66.9% das 2.833,3 toneladas produzidas pelo Estado no ano de 2.001, segundo o IBAMA, (2.002) Mercado: Produtores e Compradores A produção de lagosta é praticamente toda destinada ao mercado internacional, dado o alto poder de compra dos consumidores destes países frente ao Brasil. Historicamente, a produção que é destinada ao consumo interno é estimada em 5% da total do país, segundo IBAMA (1.997). Este percentual geralmente corresponde às lagostas que não atingiram os padrões mínimos de qualidade exigidos pelo mercado internacional, evidenciados, sobretudo nos dois aspectos seguintes: 1. O tamanho mínimo para comercialização externa da cauda da lagosta é de 13 cm, quando não é verificado este tamanho, ela é separada para o consumo interno; 2. A condição sanitária da lagosta também é fator de seu destino, pois quando a lagosta apresenta problemas de conservação, geralmente por excesso de dias em conservação precária junto às embarcações (como 7

8 quando ocorre o fenômeno conhecido por barriga preta ) esta é destinada ao mercado interno. Mesmo não havendo um maior controle do fluxo de comercialização interna do produto, é possível afirmar que este produto também é destinado aos consumidores de maior renda, fato corroborado pela concentração do consumo em grandes centros urbanos (por haver pessoas com maior renda aptas a pagarem o elevado preço do produto), como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, onde o produto é servido em hotéis, restaurantes e afins de primeira linha. A comercialização internacional da lagosta apresenta, segundo as estatísticas da FAO (1.998), como principais importadores de lagosta congelada (tipo onde o Brasil mais se destaca como produtor) os seguintes países: Estados Unidos da América, Itália, França, Espanha e Japão. Os Estados Unidos são os maiores importadores do produto sob a forma congelada. Entretanto, existem variações de preferências entre os consumidores em outros centros consumidores do mundo. A Europa e o Japão têm preferências por lagostas inteiras e inteiras vivas de alto padrão de qualidade, estando dispostos a pagar maiores preços por esta modalidade de produto [ROBERTS apud BEZERRA (1.999)]. Os países importadores de lagosta são desenvolvidos economicamente, o que aponta para um elevado nível de renda de seus consumidores. Desta maneira, os consumidores destes países estão dispostos a pagarem preços mais elevados por produtos nobres (como é o caso da lagosta). Esta por sua vez é produzida em quantidades reduzidas em seus mercados consumidores ou não são produzidas de maneira alguma, como aponta os dados percentuais de produção da FAO (1.998) dos principais importadores: Estados Unidos (3,24%), Espanha (0%), França (0%), Itália (0%) e Japão (0%). A produção é extremamente valorizada por estes países, que consomem unidos quase 80% de toda a produção mundial de lagosta congelada. Os altos preços praticados no mercado internacional inviabilizam o consumo interno dos países produtores mundiais de lagosta, principalmente em países em desenvolvimento, como no caso do Brasil, que exporta a maioria de sua produção. Quanto aos países produtores exportadores desenvolvidos, o Canadá ocupa o primeiro lugar em produção (20,67%) e exportação (17,18%), seguido pelo Reino Unido (10,85 % de produção e 13,33% nas exportações) e Austrália (6,85% de produção e 11,66% nas exportações), segundo a FAO (1.998). Nota-se que mesmo os maiores países produtores mundiais, sendo pertencentes aos países desenvolvidos, a maioria de sua produção é exportada, sendo esta tendência mais notada na Austrália, onde toda sua produção destina-se ao mercado internacional. Além de ser um produto apreciado internacionalmente, o que disponibiliza por parte dos consumidores uma propensão de pagar pelo produto maiores preços, sabe-se que este mercado é de baixa abundância (principalmente se comparado com outros crustáceos, como camarão, por exemplo), ou seja, de oferta insuficiente para atender toda a demanda, o que oriunda uma demanda insatisfeita e uma conseqüente sobrexploração da atividade nos países produtores como indica Teixeira, (1.992). A pressão sobre a oferta causa problemas como o aumento do esforço de pesca e conseqüente queda da produtividade dos exploradores da atividade, já que os estoques biológicos não variam de acordo com a necessidade de demanda. 8

9 3. DESAFIOS E ANÁLISE DA CADEIA 3.1 Desafios da Cadeia na Questão Institucional Atualmente, a cadeia produtiva da lagosta no Ceará pode ser assim descrita esquematicamente: AGENTES MEIOS DE EXPLORAÇÃO APOIO DESTINO (FROTA) PRODUÇÃO DESVIADA EXPORTADORES FINANCIAMENTO MERC. EXTERNO COMUNIDADES PESQUEIRAS PEQUENAS EMB. BEIRA-MAR ARMADORES DE PESCA MÉDIAS EMB EMPRESAS DE PESCA. EMPRESAS DO SETOR GRANDES EMB TERMINAIS DE PESCA COMERCIALIZAÇÃO MERCADO INTERNO QUAL. INFERIOR MERC. EXTERNO QUAL. INTERNACIONAL FIGURA 1- Estrutura da Cadeia Produtiva da Lagosta no Estado do Ceará. Fonte: Elaboração do Autor. Atualmente, o Ceará vem passando por uma crise neste setor. Assim, a integração racional de cada elo e a correção das imperfeições inerentes a cada um destes é fator de fundamental importância para o desenvolvimento, aumento da competitividade e conseqüentemente até a própria sobrevivência do setor lagosteiro do Estado. Os dois principais desafios referentes à pesca da lagosta, e daí a necessidade de efetuar regulamentação e fiscalização, são: 1. A busca da diminuição do esforço de pesca de forma a viabilizar economicamente a atividade, já que este impacta diretamente na produtividade individual média do setor; 2. O fim da pesca predatória de lagostas, ainda jovens, corolário deste aumento do esforço de pesca, sobretudo. 9

10 Quanto ao primeiro item, os dados demonstram a evolução do esforço de pesca e a queda progressiva da produtividade individual por covo-dia desde o ano de até 1.995, segundo dados do IBAMA, (2.002). Observou-se também uma elevação de 2.263,97 % do esforço desde o início do período citado até o seu fim, o que equivale às fases de aceleração (1.965 a 1.973), estabilização (1.974 a 1.984) e depleção (1.985 a 1.995), conforme Guimarães (1.999). Entretanto, segundo a autora, o esforço ótimo seria de 20,486 milhões de covo-dia para todo o Ceará, com uma produção máxima sustentável (PMS) de toneladas e produtividade de kg / covo-dia., o que ocorreu aproximadamente no ano de Em uma analogia do esforço de pesca do ano de referência para o ano de 1.995, observa-se uma sobrexploração do setor da ordem de 140,9% e uma conseqüente queda na produtividade dos dois anos de 67,54 %. Outro fato que evidencia esta situação é o aumento da frota cearense em 58,5 % entre e 2.001, notadamente naquelas movidas a remo e a vela, que elevou em 34 % sua participação. Contrariamente ao movimento de aumento da frota de pequenas embarcações, aquelas com tamanhos maiores e as industriais tiveram uma sensível diminuição, devido à perca de competitividade com estas outras, que possuem custos menores, por pescarem muitas vezes em águas de pouca profundidade, capturando lagostas de tamanho muitas vezes abaixo do permitido. Além disso, a liberação de um instrumento de pesca pelo IBAMA chamado caçoeira (ou rede de emalhar), facilitou sobremaneira o aumento das embarcações menores, principalmente no litoral norte do Estado, o que agravou ainda mais a situação da cadeia produtiva. Os baixos custos da utilização desta arte de pesca, comparativamente com o manzuá (ou covo), permitiu que diversas embarcações que não atuavam na atividade em função dos elevados custos se sentissem estimuladas a adentrarem na atividade (apesar de muitas já o fizessem clandestinamente), o que ocorreu principalmente com os barcos menores. Conclui-se deste item que o aumento do esforço de pesca foi inclusive incentivado com a liberação da caçoeira pelo IBAMA, que até então, era tida como prática predatória como a pesca com compressor, o que, evidentemente, foi uma decisão equivocada, já que acirrou a competitividade entre os produtores (através da diminuição das barreiras de entradas), até parâmetros ainda mais inviáveis, prejudicando a cadeia como um todo. Cabe então aos envolvidos no setor buscarem uma solução que preserve acima de tudo a viabilidade econômica sustentável do mesmo. O fim da prática predatória de lagostas jovens (item Dois) é outro desafio a ser enfrentado que ocorre nesta cadeia, visto que é necessária a manutenção dos estoques naturais para a preservação da espécie, segundo afirma Fonteles Filho (1.994), sendo muitas vezes esta prática ligada a grande quantidade de embarcações que atuam em águas rasas, onde as lagostas ainda estão inaptas a pesca racional, por serem jovens e não terem ainda reproduzido. O tamanho mínimo da cauda de lagosta como medida para inibir a pesca predatória deriva da informação que as lagostas ao terem este tamanho já estão em fase adulta com uma média de quatro anos e já contribuíram para a reprodução do estoque. Assim, a pesca de lagostas abaixo do tamanho permitido contribui claramente para a redução do recurso em seu habitat natural. A pesca de lagosta abaixo do permitido não ocorre por mero capricho dos que estão na atividade, e sim por uma razão óbvia de custos de produção. Este é mais baixo justamente nas águas de menor profundidade, local onde se encontram as lagostas que ainda estão em fase de formação. Esta triste coincidência, aliada à falta de fiscalização do órgão competente, está contribuindo para as quedas sucessivas da produção de lagosta em nosso Estado, que no ano de produziu toneladas, ao passo que em a 10

11 registrada foi de 2.833,3 toneladas, numa queda de 58,87 % da produção do setor no referido período. Daí a importância da regulamentação e fiscalização efetiva no desenvolvimento desta cadeia produtiva, com o intuito de uma utilização ótima deste recurso, onde o Estado deve figurar como solucionador destes impasses. 3.2 Preço e Qualidade Quanto à formação dos preços no mercado internacional dois pontos específicos de fundamental importância nesta composição devem ser destacados: 1. A apreciação do dólar em relação a outras moedas; 2. O volume da produção dos países exportadores. No tocante ao primeiro, dá-se porque a lagosta tem seu preço avaliado nessa moeda, e uma variação do dólar perante as moedas dos países exportadores pode estimular (no caso da desvalorização da moeda do país exportador em relação ao dólar) ou inibir (quando o corre uma valorização da moeda interna frente ao dólar) a exploração do recurso em médio prazo. Um segundo item aponta para variações de oferta e demanda, que quando ocasionadas, pode causar variações nos preços. Segundo [TEIXEIRA (1.992) op. cit. FROSSAD (2.003)], Uma Variação de 1% no preço de exportação deve provocar um aumento de 0.5% na quantidade ofertada. Além dos fatores acima que possuem predominância na formação dos preços do produto no mercado internacional, questões inerentes a produção específica de cada país acabam também por auxiliarem na formação dos preços da lagosta: 1. A competência em realizar um controle de qualidade adequado do produto, tornando-o mais competitivo no mercado internacional; 2. A busca de ações corretas de marketing, para auferir melhores preços. Cabe aqui uma observação quanto à qualidade do produto no mercado internacional. Existe uma preferência dos países importadores por lagostas de águas frias (clima temperado) em detrimento das de águas quentes (clima tropical), decorrentes principalmente da qualidade e peso de cada crustáceo. As lagostas de águas frias possuem melhores condições de clima e de pesca, visto que nestas a pouca profundidade dos cardumes propiciam a captura de lagostas ainda vivas (a custos viáveis para competição) ou em forma inteira (frescas) para a comercialização, como afirma Teixeira (1.992), o que acaba por tornar-se uma vantagem competitiva destes países no quesito qualidade. Para contextualizar o Brasil e, conseqüentemente, o Ceará no mercado internacional, deve-se levar em consideração alguns aspectos para a sua formação de preços. O primeiro é que a produção brasileira e, principalmente o Ceará, é comprada quase que exclusivamente pelos Estados Unidos, Europa e Japão. Nas exportações para os Estados Unidos verifica-se um forte monopsônio, já que este consome quase toda a produção. Segundo dados do SISTEMA ALICE (2.004), o Ceará exportou nos anos de a 2.002, ,7 toneladas de lagostas para seus principais compradores (Europa, EUA e Japão), onde deste total os EUA participaram com o percentual de 85.23%, ou toneladas, a um preço médio de U$ (FOB), o que pode ser prejudicial nesta formação de preços. No segundo aspecto deve-se voltar ao item qualidade, já que a forma de exploração da atividade lagosteira no Brasil é predominantemente de caudas de lagostas congeladas, o que a torna relativamente barata quando comparada com preços de lagostas com outras formas de apresentação, como as lagostas vivas ou inteiras frescas ou congeladas comercializadas por outros países. A respeito deste assunto, diagnosticou 11

12 Teixeira (1.992), A cotação da lagosta no mercado internacional está intimamente relacionada com os cuidados de conservação a bordo e manutenção após a captura. O que se verifica é que o Brasil, por causa de sua forma de exploração, desperdiça 2/3 de sua produção quando aproveita apenas a cauda da lagosta segundo o IBAMA (1.994). Mesmo havendo a predominância das exportações com a apresentação do produto sob a forma de caudas congeladas, a indústria que atua na cadeia já deu sinais de uma mudança desta apresentação, o que é, irrefutavelmente, uma das maneiras de melhorar a competitividade da cadeia produtiva lagosteira cearense no mercado internacional. Como já citado anteriormente, a comercialização do produto gerado pela cadeia produtiva da lagosta tem como principal demandante o mercado externo, onde os EUA são os maiores compradores, seguidos da França e do Japão. Entretanto, é importante frisar que as vendas para o Japão estão sem ocorrência desde 2001, segundo os dados do SISTEMA ALICE (2.004), pelo porto de Fortaleza. Atualmente, todas as empresas de pesca que atuam no Ceará, 12 no total, operam com a venda externa do produto. É sabido que o mercado externo valoriza extremamente a apresentação do produto, já que segundo pesquisa do Ministério da Agricultura, o preço da lagosta cubana, por ter uma apresentação sob a forma de lagosta viva em quase toda a sua totalidade, consegue ser três vezes maior que o da lagosta exportada pelo Brasil, como visto no comentário a seguir: CUBA - Produz cerca de 10 mil toneladas por ano com a metade da frota brasileira, praticamente todas as lagostas chegam vivas nas plantas de beneficiamento. Apesar de volumes de produção semelhantes faturam três vezes mais que o Brasil. Os preços em dólar da lagosta exportada pelo Ceará nos anos de 1983 a 2000 são os seguintes, segundo os dados do IBAMA (2.002). 30 VALOR EM U$ ANO Gráfico 6: Preço em U$ da lagosta (Kg) exportada pelo Ceará de 1983 a Fonte: IBAMA, É importante lembrar que mesmo havendo uma tendência de alta nos preços da lagosta exportada pelo Ceará ao longo dos anos, esta não acompanha o nível de preços praticados pelos demandantes em relação a outros países produtores, como o caso já citado do Japão em relação a Cuba. 12

13 Logo, observa-se a questão crucial que é para o comércio internacional da lagosta, o quesito qualidade do produto. Dentro deste contexto, existiu uma tentativa de melhoria da qualidade, e conseqüentemente da competitividade da lagosta cearense no mercado internacional, sobretudo no que atina à forma de diversificação do produto para apresentação ao consumidor final. É sabido que lagostas apresentadas sob a forma de lagostas inteiras ou vivas possuem grande valorização por parte dos consumidores, inclusive pagando preços bem acima dos praticados com a cauda da lagosta. Assim sendo, há um esforço por parte das empresas cearenses em diversificar a apresentação do produto. A respeito disso, as empresas de pesca, principalmente a partir da década de noventa, procuraram melhorar tal apresentação no intuito de maiores lucros e ganhos de competitividade. Pode-se mostrar as seguintes apresentações: i) Cauda de lagosta; ii) Carne de cauda de lagosta cozida congelada; iii) Lagosta inteira cozida congelada; iv) Lagostas inteiras cruas congeladas; v) Carne de cefalotórax cozida e congelada; vi) Lagosta viva. Estas mudanças na apresentação ocorreram principalmente devido às dificuldades que atravessam o setor lagosteiro no final da década de 80, tendo o setor lagosteiro buscado estas variações como solução para a alavancagem das receitas. Tais variações de produtos são demandadas principalmente pela Europa e Japão, o que significa uma saída para a concentração das vendas aos Estados Unidos. Entretanto, o obsoletismo corroborado e notório dos meios de exploração pesqueira (frota), contribui para a limitação do processo de apresentação do produto por parte das empresas de pesca, mesmo estas possuindo um padrão satisfatório de higiene e sanitário para o processamento do produto. Desta forma, as empresas de pesca ficam reféns do atual estágio tecnológico ultrapassado em que vive o elo da cadeia no setor primário. E não apenas deste, já que a recepção e estocagem nos pontos referentes ao desembarque, e o transporte também são feitos muitas vezes de maneira precária prejudicando o produto final. Os esforços de melhoria qualitativa na forma de apresentação do produto são vistos com bons olhos pelos consumidores. Além disso, contribuem para a conquista de novos mercados para a cadeia produtiva da lagosta, o que traz benefícios tanto para o Estado, como para as empresas e trabalhadores envolvidos no setor. Entretanto, com a diminuição da produção houve uma tendência à volta da produção a apenas da cauda de lagosta congelada, o que evidentemente não pode ser visto como vantagem, já que melhorias na qualidade do produto trariam benefícios visíveis ao setor Análise Interna e Externa O estudo da cadeia produtiva é de importância fundamental no entendimento e identificação tanto das ameaças como oportunidades desta cadeia, através da análise externa, e dos pontos fortes a fracos inerentes ao interior da cadeia, com a análise interna. Ao longo do estudo da cadeia produtiva da lagosta no Ceará percebe-se que o setor está passando por uma crise que tem sua origem no setor primário, e que afeta os outros níveis da cadeia como um todo, pois esta é de grande interdependência entre os elos consecutivos, mas de pouca articulação entre eles. Este problema acaba também por 13

14 influenciar diretamente a competitividade do produto no mercado externo, onde os competidores internacionais possuem uma melhor forma de apresentação do produto, fruto da qualidade em que este é produzido. Desta maneira, pode-se com o estudo da cadeia identificar a competitividade externa como uma ameaça à manutenção da atividade no Estado do Ceará, já que os competidores externos têm a possibilidade de ter um produto mais aceito em longo prazo no mercado internacional, como já citado o caso de Cuba, que apresenta o produto vivo, o que lhe gera maiores receitas e acaba por demonstrar que a lagosta cearense é vista como um produto de segunda qualidade. Quanto às oportunidades do produto, sabe-se que o mercado sulamericano possui potencialidades de tornar-se uma fronteira para o produto, visto que consumidores como a Argentina e Chile possuem uma renda historicamente melhor que a de nosso mercado interno e que as oportunidades de negócios entre estes países e o Brasil tende a melhorar em função do andamento do referido mercado comum. A busca da intensificação de negócios com novos mercados, como é o caso, pode tornar-se uma boa oportunidade de escoamento da produção lagosteira local, haja vista que nos mercados que são tradicionais demandadores do produto, a lagosta cearense vem sofrendo por não acompanhar o processo de melhoria de apresentação do mesmo, como ocorre em outros países produtores, tais como a Austrália, Cuba e Canadá. Logo se nota que é necessário o ajustamento da cadeia às necessidades de seus consumidores, o que certamente envolve questões inerentes não a uma análise externa, mas sim interna. É certo que a identificação das oportunidades e ameaças através do entendimento da análise externa de uma cadeia produtiva é de grande relevância para tal estudo, pois sinalizam quais são as expectativas que o mercado possui em relação ao produto, além de contextualizá-lo frente a outras cadeias, apontando se esta vai bem ou mal, tendo sua demanda e seu preço relativo como termômetros desta realidade. Entretanto, no caso da cadeia produtiva da lagosta no Ceará, além de entender esta realidade, é fundamental a análise interna da cadeia, pois suas principais deficiências são o grande nó existente, e que por corolário estão intrinsecamente ligados à questão da análise externa da mesma. Portanto, ao fazer-se o detalhamento dos pontos fracos da cadeia produtiva, pode-se identificar diversas deficiências. No ponto inerente aos agentes, aponta-se a problemática existente de colocação e sobrevivência das comunidades pesqueiras litorâneas, o que acaba influenciando a quantidade de indivíduos envolvidos no setor de maneira excessiva. O obsoletismo tecnológico, verificado na composição da frota pesqueira e aparelhos de pesca, é uma imperfeição que está ligada às condições de qualidade adversas em que o produto é apresentado no fim da cadeia, já que as embarcações não possuem uma estrutura adequada para o armazenamento do crustáceo em alto mar. A estrutura para apoio é praticamente inexistente, pois as embarcações atracam na maioria das vezes na própria praia, o que causa problemas tanto do ponto de vista da organização do setor (sinergias) como ns fiscalização, o que é agravado pela permanência de embarcações de pequeno porte na atividade, o que propicia a ancoragem destas em diversos pontos da costa cearense. O ambiente institucional é carente em diversos aspectos, principalmente pela falta de fiscalização do setor, pela falta de financiamento para melhoria dos aparelhos de pesca e da própria frota, pela pouca articulação entre as entidades representativas de cada grupo envolvido no setor, o que acaba por dificultar as ações corretivas das imperfeições da cadeia. 14

15 A existência desta pouca articulação entre os elos da cadeia ocorre principalmente porque há interesses que são antagônicos entre estes grupos, destacando-se principalmente entre as entidades que defendem a regularização do ordenamento pesqueiro de forma a limitar a quantidade de entrantes, onde o SINDIPESCA é o maior ativista, e entidades que procuram a manutenção da quantidade atual de embarcações para a preservação das ocupações dos indivíduos das comunidades costeiras principalmente, como as colônias de pescadores. A inexistência de um processo eficiente de articulação entre os elos da cadeia tem proporcionado elevada dependência do sistema de atravessadores, principalmente para a compra da produção das comunidades, o que causa um impacto negativo na geração de receitas das mesmas, em função do hiato existente entre os pescadores e as empresas de pesca, que é destinado à remuneração do atravessador. Outro fator limitante ao bom desempenho da cadeia produtiva da lagosta no Ceara é sem dúvida o baixo nível educacional que se encontram principalmente as comunidades litorâneas que atuam na exploração do crustáceo, pois este fato tem dificultado o melhor entendimento de questões como a preservação dos estoques pesqueiros e melhoria de tecnologia pesqueira, o que está estreitamente relacionado à questão da capacitação técnica necessária para o bom aproveitamento do recurso nos outros elos da cadeia. Como verificado, a cadeia da lagosta passa por dificuldades em sua operacionalização, entretanto deve-se procurar também identificar aspectos positivos na análise interna da cadeia, que justifiquem inclusive a sua existência. Pode-se afirmar que o Ceara é o principal produtor de lagostas do Brasil por possuir as melhores condições naturais para a reprodução deste crustáceo, o que o coloca à frente dos outros Estados do país. Além das condições naturais favoráveis, a existência de empresas especializadas no processamento da lagosta faz com que o Ceará continue a ter um papel de destaque na produção, tendo como fato pertinente desta afirmação que parte das produções de outros Estados são beneficiadas nas empresas cearenses para daí serem exportadas. Outro ponto importante, a saber, é a capacidade das empresas de pesca, que possuem capacidade para atuarem com bons níveis de produção no Estado, sinalizando que o Estado não tem problemas no que atina a capacidade de processamento e estocagem do produto. Mesmo prevalecendo uma mão-de-obra pouco especializada no setor, principalmente aquelas ligadas às pequenas embarcações, existe uma fatia desta que é relativamente capacitada, que são a de pescadores das médias embarcações e das industriais, onde é necessário trabalhar nestas últimas inclusive com cursos da Capitania dos Portos, além de autorização para o trabalho. No que atina a consciência das partes envolvidas no processo, verifica-se que apesar de existirem discordâncias, os representantes já conseguem enxergar as principais dificuldades que assolam o setor, como a utilização da caçoeira por parte de alguns deles, o que pode sinalizar em médio prazo um melhor entendimento entre as partes envolvidas. 4.CONCLUSÃO A atividade lagosteira no decorrer dos anos adquiriu importância fundamental no contexto econômico cearense, visto que tem relevância notória em diversos aspectos da economia, sendo uma atividade geradora de empregos diretos e indiretos, além de geradora para o Estado de impostos e divisas que ajudam-no em seu desenvolvimento. Isto confirma 15

16 que a atividade lagosteira está intimamente ligada ao desenvolvimento regional, tão importante em um país em que os desníveis desta natureza são de domínio público e que o Nordeste e o Ceará, mais especificamente, são sofredores. Constata-se aqui, que o setor primário vem passando por uma forte crise, em função de um desordenamento pesqueiro que têm como premissa tanto aumento do esforço de pesca, como o uso de tecnologias ultrapassadas que acabam por prejudicarem não só a reprodução do estoque pesqueiro (como no caso da caçoeira), mas também na apresentação final do produto no mercado externo. Estão também ligados a estes dois problemas questões como a prática predatória, o desmantelamento das embarcações industriais e a ocupação das comunidades litorâneas ao longo da costa. Verifica-se que outro fator que impossibilita o desenvolvimento da cadeia é a atividade insatisfatória que é desenvolvida pelo órgão fiscalizador (IBAMA), que não consegue combater as práticas predatórias no setor primário, já que não se acredita ser capaz de findá-las, dado à questão da ocupação das comunidades litorâneas. Alia-se a estas questões também a infra-estrutura para o apoio da atividade, que é precária para a geração de sinergias necessárias ao desenvolvimento da cadeia produtiva, onde a falta de locais adequados para o desembarque, além da maneira como é manuseada e também a distância destes pontos até a empresa de processamento contribuem negativamente para a geração destas sinergias entre os elos. Logo, percebe-se que a crise que vem passando a cadeia produtiva da lagosta está relacionada a diversas questões, ocorridas principalmente no primeiro elo, mas também no âmbito institucional, além das oscilações que também podem ocorrer em função da competitividade entre ofertantes no mercado mundial e variações de demanda por parte dos mercados consumidores. Tendo em vista esta problemática, a busca de apontar soluções no intuito de uma melhor organização da cadeia produtiva na procura de resultados que tragam sinergias e melhorias na competitividade deve ser um dos objetivos deste trabalho. Assim deve-se apontar principalmente: A busca de ocupações alternativas no litoral cearense, onde o governo do Estado teria participação direta neste sentido, para que o problema da ocupação da mão-de-obra seja aliviado e que a pressão por ocupação no litoral não continue a ser um estimulador da pesca artesanal da lagosta como forma de obtenção de renda; A busca da melhoria educacional nas comunidades litorâneas também seria um ponto positivo-onde ONGS, sindicatos e o Estado poderiam atuar - já que melhoraria a consciência das comunidades para a questão das limitações do recurso, além de poder capacitá-los para outras atividades que poderiam vir a ser desenvolvidas nestes locais; A busca efetiva do ordenamento do setor, onde a limitação das embarcações é necessária para a própria sobrevivência da atividade; A melhoria da ação fiscalizatória, para poder moralizar a prática pesqueira na cadeia produtiva e coibir avanços que possam ser danosos para a mesma; O estímulo à utilização de novas tecnologias e práticas pesqueiras - como a manutenção de lagostas vivas - pelas embarcações, para que se possa através destes incrementos produzir-se uma lagosta que atenda aos requisitos de qualidade dos consumidores finais, obtendo-se assim, uma maior receita para os elos da cadeia e uma melhor competitividade em no mercado internacional; 16

17 A procura de parcerias dos agentes com instituições geradoras de conhecimento, como a UFC, no sentido de que a pesquisa científica que é desenvolvida nestes locais tenha uma utilidade prática no dia-a-dia das comunidades e outros agentes que compõem a cadeia; A busca de maior integração entre produtores e compradores, para que haja uma diminuição do número de atravessadores, responsáveis pela apropriação de parte da renda que seria destinada aos produtores; A consolidação da diversificação da apresentação do produto por parte das empresas de pesca; A destinação de recursos para o financiamento da cadeia por parte do governo; Procurar ações de marketing nos demandantes tradicionais mas sobretudo com foco para mercados potenciais como o MERCOSUL o que seria a abertura de novos mercados; Aumentar a interação entre os elos da cadeia e as instituições que são ligados a eles, para que a integração entre o espaço institucional e os elos ocorra de maneira a trabalharem na busca da melhoria da cadeia como um todo, respeitando evidentemente suas limitações. Desta forma, levando em consideração a potencialidade que o Estado do Ceará possui no que atina a esta atividade, é necessário que haja por parte dos agentes envolvidos nesta questão um maior esforço no sentido de buscarem juntos soluções definitivas para que se possa garantir a sobrevivência de um setor que o Ceará possui como referência. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, Francisco Erinaldo Queiroz de. A Importância Econômica da Lagosta Para o Estado do Ceará. Págs. 3, 14, 29, 30, , Monografia (Bacharelado em Economia). Faculdade de Economia, Administração, Atuaria, Contábeis e Secretariado, Universidade Federal do Ceará. BEZERRA, Samuel N. Manutenção e Transporte de Lagostas. Págs. 12, 19. Edições IBAMA, CASTRO, Antonio Maria Gomes de et al. Cadeias Produtivas e Sistemas Naturais - Prospecção Tecnológica. EMBRAPA, FAO (Food and Agricultural Organization of the United Nations); Fishery Statistics Commodities. Vol. 87, FERREIRA, C. R. C; VASCONCELOS, J. A. Caracterização Sociocultural dos Produtores de Lagostas no Nordeste Brasileiro. Boletim Técnico Científico CEPENE, Tamandaré, FONTELES FILHO, Antonio Adauto. A Pesca Predatória de Lagostas no Estado do Ceará: Causas e Conseqüências. Pág Boletim Técnico Científico CEPENE, Rio Formoso, FONTELES FILHO, AA.; GUIMARÃES MSS. Diagnóstico da Situação Econômica da Indústria Lagosteira no Estado do Ceará. Pág. 13. LABOMAR, Fortaleza, FROSSAD, A. C. P. Uma Contribuição ao Estudo dos Métodos de Custeio Tradicionais e do Método de Custeio Baseado em Atividades (ABC) Quanto à sua Aplicação numa Empresa Pesqueira Cearense Para Fins de Evidenciação de Resultado. Págs. 62,78. Dissertação (Mestrado em Controladoria). Universidade de São Paulo,

18 GALDINO, J.W. Aspectos Sócio-Econômicos da Pesca de Lagostas em Redonda, Município de Icapuí. Pág. 85. Imprensa Universitária da Universidade Federal do Ceará, GUIMARÃES, MSS; Aspectos Bioecológicos, Infraestrutura Produtiva e Diagnóstico Sócio-Econômico da Pesca de Lagosta no Estado do Ceará, Brasil. Págs. 4, 9, 31, 51, 55, Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente).Universidade Federal do Ceará. HAGUENAUER, Lia; PROCHNIK, Victor. Identificação de Cadeias Produtivas e Oportunidades de Investimento no Nordeste do Brasil. Pág.26.Banco do Nordeste, IBAMA; ESTATPESCA. Fortaleza, IBAMA. Perfil do Setor Lagosteiro Nacional. Págs. 15, 19, 25 a 28. Série estudos de Pesca, IBAMA. Lagosta. Págs. 14, 33. Série Estudos de Pesca, MIDC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, e Com. Exterior). Secretaria do Desenvolvimento da Produção; Fórum de Competitividade Diagnóstico Para o Desenvolvimento. Pág. 2.Documento básico. SEBRAE, SISTEMA ALICE PRÁTICA EMPRESARIAL Planejamento Integrado de Cadeias Produtivas. Pág. C- 2 SEBRAE, PORTER, Michael E. Estratégia competitiva Técnicas Para Análise de Indústrias e da Concorrência. Campus: SEAGRI. Conjuntura Agrícola As Exportações do Agronegócio Cearense em Pág. 2.Fortaleza, Ceará TEIXEIRA, Vera Ney Rodrigues de Carvalho. Estrutura e Potencialidades do Comércio Exterior de Lagosta no Brasil. Págs. 12,13.Dissertação (Mestrado em Economia).Universidade Federal do Ceará,

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