Curso de Medicina Veterinária ANÁLISE DO PERFIL HEMATOLÓGICO EM CÃES DE UM ABRIGO NO DF

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1 Curso de Medicina Veterinária ANÁLISE DO PERFIL HEMATOLÓGICO EM CÃES DE UM ABRIGO NO DF ANALYSIS OF THE HEMATOLOGICAL PROFILE IN DOGS IN A DF SHELTER Ludimila Barbosa do Nascimento 1, Priscilla de Fátima da Silva Fernandes 1, Kelliane Almeida de Medeiros 2 1 Alunas do Curso de Medicina Veterinária 2 Professora Doutora do Curso de Medicina Veterinária RESUMO O perfil hematológico é um exame de rotina que auxilia no estabelecimento de diagnóstico, prognóstico e acompanhamento da saúde ou terapia animal. Através desse exame é possível obter informação sobre o estado clínico geral do animal, situações como anemias, processos infecciosos bacterianos, virais ou parasitológicos, alterações plaquetárias e neoplasias podem estar presentes até mesmo em pacientes assintomáticos. O objetivo do presente trabalho foi desenvolver um levantamento de dados hematológicos de cães de um abrigo, aparentemente saudáveis. Os cães do presente estudo foram disponibilizados por um abrigo, localizado no Guará 2, Brasília DF. Foi realizada a coleta de 1mL de sangue de 50 cães de ambos os sexos, via veia cefálica para a análise hematológica. O sangue de cada animal foi coletado e transferido para o minitubo EDTA, em seguida, foi homogeneizado por inversão do tubo e mantido refrigerado até a análise. Os animais estavam aparentemente em boas condições clínicas, observadas através da análise da hidratação, coloração das mucosas e comportamento animal. Nenhum animal apresentou sintomatologia clínica, porém 42% dos animais apresentaram alterações no eritrograma, 98% no leucograma, 44% nas plaquetas e 98% na proteína plasmática total. Com base nos dados obtidos, observou-se variações hematológicas nos animais do abrigo, os quais apresentaram alterações como anemia, eosinofilia, neutrofilia, trombocitopenia e hiperproteinemia. Tais alterações, podem estar relacionadas a estresse, ectoparasitismo, parasitas intestinais e a infecções por hemoparasitas. Palavras-Chave: Animais de abrigo; análise hematológica; infecção por parasita. ABSTRACT The hematological profile is a routine examination that assists in establishing diagnosis, prognosis and monitoring of animal health or therapy. Through this examination it is possible to obtain information about the general clinical state of the animal, situations such as anemia, bacterial, viral or parasitological infectious processes, platelet alterations and neoplasias may be present even in asymptomatic patients. The objective of the present study was to develop a hematological data collection of apparently healthy dogs from a shelter. The dogs of the present study were provided by a shelter located in Guará 2, Brasília - DF. The blood was collected from 50 dogs of both sexes, via cephalic vein for hematological analysis. Blood from each animal was collected and transferred to the EDTA mini-tube, then the blood was homogenized by tube inversion and kept refrigerated until analysis. The animals were apparently in good clinical condition, observed through analysis of hydration, mucosal staining and animal behavior. No animal presented clinical symptoms, but 42% of the animals presented alterations in the erythrogram, 98% in the leukogram, 44% in the platelets and 98% in the total plasma protein. Based on the data obtained, hematological variations were observed in the shelter animals, which presented alterations such as anemia, eosinophilia, neutrophilia, thrombocytopenia and hyperproteinemia. Such changes are probably related to stress, ectoparasitism, intestinal parasites and hemoparasite infections. Keywords: Shelter animal; hematological analysis; parasite infection. Contato: kellianemedeiros@gmail.com

2 INTRODUÇÃO O número de abrigos de animais tem aumentado devido a saúde e segurança humana, com o controle de doenças e, também, com o bem estar dos animais abandonados. Estes têm como objetivo cuidar temporariamente dos animais e promover um processo de adoção responsável (SANTOS, 2010). Normalmente, os animais permanecem nos abrigos até que sejam adotados, podendo ficar até o final da vida, porém animais sem perspectivas de adoção, que apresentam estados severos ou terminais de doença ou com mau prognóstico, são portadores de zoonoses e/ou de doenças infectocontagiosas e representam risco a saúde pública e animal, podem ser submetidos à eutanásia (MORRIS & ZAWINSTOWSKI, 2004). Nos dias de hoje, o profissional veterinário conta com os exames complementares que são essenciais para esclarecer, confirmar diagnóstico e para um auxilio em tratamentos do paciente. Inclusive, estes exames dão um subsidio à saúde pública, com informações relativas às zoonoses (VEIGA, 2004). O hemograma auxilia no estabelecimento de diagnóstico, prognóstico e acompanhamento da saúde ou terapia animal, já que faz parte de um exame de rotina (HIRSCHMANN, 2012). É um recurso de diagnóstico limitado na maioria dos casos, quando isolado. Porém, ele estabelece um ponto de partida para o diagnóstico rápido e preciso (GONZÁLEZ & SANTOS, 2005). Segundo Prado et al. (2016), na rotina dos laboratórios, o perfil hematológico é um exame mais solicitado, por sua praticidade, economia e por ser muito útil na clínica veterinária. No hemograma são avaliadas três populações celulares: os leucócitos, conhecidos como série branca ou leucograma; as hemácias, conhecidas como série vermelha ou eritrograma; e as plaquetas, conhecidas como série plaquetária (MATOS & MATOS, 1995; FAILACE, 2003). O hemograma pode ser complementado com concentração de proteína plasmática (PPT) e outras análises, como contagem total e diferencial de leucócitos, exame visual do esfregaço corado, fibrinogênio e proteínas totais. A maioria dos diagnósticos são realizados baseando-se na história, sintomatologia e achados hematológicos (MENDONÇA et al., 2000). A série vermelha do sangue analisa o hematócrito, contagem de hemácias, hemoglobina, Volume Corpuscular Médio (VCM) e Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM) (MATOS & MATOS, 1995). No eritrograma, a anemia aponta um processo patológico que se caracteriza pela diminuição nos valores do hematócrito.

3 Na maior parte dos casos, os distúrbios anêmicos não são primários, e sim secundários a outras enfermidades. Já o aumento desses valores, a policitemia, pode significar desidratação ou aumento da contração esplênica por estresse, além de distúrbios eritrocitários (FIGHERA, 2001). Hematócrito é o volume da massa eritróide de uma amostra de sangue, expressa em porcentagem ou fração decimal do volume da massa (FAILACE, 1995). Geralmente hematócrito abaixo do normal indica anemia, mas ocorre também em estágios avançados de gestação, após tranquilização e anestesia, podendo também ser devido hemólise por erro na coleta do material (BUSH, 2004). O hematócrito acima do normal, geralmente indica desidratação, mas ocorre também em casos de medo/excitação, choque, atividade intensa, hipertireoidismo em felinos. Assim, as alterações no hematócrito dos animais refletirão em anemia ou policitemia (BUSH, 2004). Quanto ao VCM as anemias podem ser classificadas de acordo com o tamanho das hemácias em: macrocíticas, normocíticas e microcíticas. Quanto ao CHCM, as anemias são classificadas de acordo com a cromia em: normocrômica ou hipocrômica (MUNDIM, 2008). O VCM é uma mensuração do tamanho das hemácias (KERR, 2003). Seu aumento pode indicar boa regeneração medular (já que as células jovens são maiores), ou problemas na fase de multiplicação, como é o caso de deficiência de vitamina B12, ácido fólico ou cobalto. Já a diminuição do VCM ocorre nos casos de deficiência de ferro, nos distúrbios de produção de globina e nos problemas do metabolismo das porfirinas, como na deficiência de cobre, na intoxicação pelo chumbo e nas formas congênitas de porfiria (FIGHERA, 2001). O CHCM é uma mensuração da concentração de hemoglobina nas hemácias (KERR, 2003), uma diminuição da CHCM implica em células com uma quantidade reduzida de hemoglobina. Já o aumento da CHCM pode indicar erro em uma das mensurações da concentração de hemoglobina ou de hematócrito, uma vez que as células não podem conter mais hemoglobina do que o fisiológico. Segundo Antunes (2010), as anemias estão relacionadas à perda crônica de sangue, causada por parasitismo gastrintestinal, por ectoparasitas e por hemoparasitoses. Ocorre também em associação com doenças gastrointestinais e debilitantes. As principais manifestações clínicas de anemia são mucosas pálidas ou ictéricas (no caso de destruição de eritrócitos), letargia, diminuição da atividade, intolerância ao exercício. Esses sinais podem ser agudos ou crônicos e podem variar de acordo com a

4 severidade do quadro (COUTO, 2003). A série branca do sangue, chamada de leucograma, permite a avaliação do sistema imunológico do animal, indicando infecções agudas ou crônicas. São as alterações observadas no leucograma que indicam a resposta leucocitária, como leucocitose, leucopenia, neutrofilia/penia, linfocitose/penia, monocitose/penia, eosinofilia/penia, desvio à esquerda regenerativo/degenerativo e desvio à direita (BUSH, 2004). O sufixo penia indica diminuição da contagem do tipo celular no sangue. As citopenias importantes para a interpretação das contagens celulares são neutropenia, linfopenia e eosinopenia. O termo não se aplica aos neutrófilos bastonetes, metamielócitos, basófilos e metarrubríciotos porque a ausência dessas células é um achado normal (THRALL et al., 2006). A contagem total de leucócitos pode estar acima (leucocitose), dentro do normal (normoleucometria) e abaixo (leucopenia) dos limites de referência (BIONDO, 2005). Cães com leucocitose podem apresentar infecções. O aumento de leucócitos também pode ser causado por efeito de esteróides, desordens mieloproliferativas, necrose tecidual, severa inflamação, gestação/parição de cadelas, desordens linfoproliferativas (linfossarcoma e leucemia) e administração de medicamentos. A leucopenia aparece em cães com doenças virais, infecção bacteriana maciça, uso de drogas tóxicas e substâncias químicas, neoplasia de medula óssea e toxemia endógena (uremia) (LATIMER, 1997). Os neutrófilos funcionam primariamente como fagócitos e são particularmente importantes em quadros infecciosos e na inflamação (KERR, 2003). O tipo de lesão inflamatória pode influenciar o equilíbrio entre o consumo de neutrófilos e sua liberação pela medula. A inflamação aguda é uma lesão que apresenta maior fluxo sanguíneo e edema no local. Por outro lado, as lesões inflamatórias crônicas de órgãos ocos podem resultar em contagens de neutrófilos altamente elevados, como por exemplo, piometra ou abscessos fechados (THRALL, 2007). A causa mais comum de neutropenia é por infecção, principalmente bacteriana (METZGER, 2005). Os linfócitos atuam na imunidade celular e produzem anticorpos na resposta humoral (KERR, 2003). A linfocitose é o aumento do número de linfócitos circulantes acima do máximo normal da espécie (GARCIA-NAVARRO, 2005). Segundo Thrall (2007) a linfocitose tem duas causas comuns, a primeira é a resposta à excitação e a segunda é a leucemia linfocítica. As causas de linfocitose em caninos podem ser fisiológicas, induzida por epinefrina, por uma infecção crônica, por erliquiose, doenças de chagas,

5 babesiose, leishmaniose, reações de hipersensibilidade, reação pós-vacinal, linfocítica e linfoblástica (NELSON& COUTO, 2006). A linfopenia é a diminuição do número de linfócitos circulantes abaixo do mínimo normal da espécie. Essa ocorre, geralmente, quando há uma queda na capacidade de resposta imunológica, uma vez que os linfócitos são células participantes do processo imunológico (GARCIA-NAVARRO, 2005). Os eosinófilos possuem como principal função a desintoxicação por inativação de histamina e materiais com toxidade semelhante à histamina. Eles inibem a produção de edema e por isso são importantes na resposta alérgica, além de serem capazes de fagocitar (KERR, 2003). Eosinofilia é definida como o aumento no número absoluto de eosinófilos circulantes. É uma alteração relativamente comum em pequenos animais, sendo bastante comum em distúrbios parasitários, hipersensibilidade ou lesão incomum que produz quimiotáticos aos eosinófilos (THRALL, 2007). A eosinopenia, embora possa ser causada pela adrenalina, as causas clínicas estão relacionadas as ações dos corticosteróides. Estresse, treinamento atlético intensivo e prolongado, síndrome de Cushing e tratamento com corticóides são os fatores que podem levar a eosinopenia (KERR, 2003). Os basófilos por serem célula encontradas em casos de sensibilização a um alérgeno e acompanhada de eosinofilia, não são comumente encontrados em análises, como esfregaços de sangue canino (KERR,2003). A monocitose pode ser causada por efeito de esteróides, infecções, distúrbios imunomediados, idade avançada e neoplasias (LATIMER,1997). Porém, segundo Thrall (2007), é uma alteração relativamente insignificante e pode acompanhar respostas inflamatórias agudas e crônicas. A monocitopenia tem sido relatada em certas espécies como parte da resposta de esteróide aguda (KERR, 2003). As plaquetas são responsáveis pela coagulação sanguínea participando, assim, da hemostasia (MEYER et al., 1995). Quando ocorre a diminuição na quantidade de plaquetas, diz-se que ocorreu uma trombocitopenia e no caso do aumento, diz-se que ocorreu uma trombocitose (ANTUNES, 2010). Segundo Nelson & Couto (2006), pode ocorrer a trombocitopenia em resultado da diminuição da produção das plaquetas, aumento no consumo ou destruição dessas, ainda, pelo uso de quimioterápicos, antifúngicos, antiinflamatórios, antibióticos, pela infecção por Ehrlichia canis e por processos neoplásicos. A frequência na destruição das plaquetas é decorrente do aumento da fagocitose dessas pelo sistema mononuclear

6 fagocítico ou mecanismos imunomediados, tendo como principal causa à trombocitopenia imunomediada e o aumento do sequestro de plaquetas devido à esplenomegalia ou hepatomegalia (NELSON & COUTO, 2006; REBAR, 2003; COWEL et.al., 1999). Já a trombocitose, está associado ao processo de hemangiossarcomas, coagulação intravascular disseminada, vasculites e outros danos vasculares. Esse aumento no número de plaquetas ocorre com menos frequência que a trombocitopenia, podendo ser reativa ou transitória. Trombocitose reativa é devida a hemorragia ou hemólise aguda normalmente, mas também pela deficiência de ferro ou inflamação crônica. Está associada a uma contração esplénica, à trombocitose transitória, por administração de drogas como corticosteroides, epinefrina ou vincristina; hiperadrenocorticismo, ou após esplenectomia. O aumento da produção plaquetária, está associado a patologias mieloproliferativas como leucemia plaquetária. Estão descritas ainda causas para-neoplásicas como no carcinoma espinocelular, no mastocitoma ou na deficiência em ferro (COWEL et.al., 1999; REBAR, 2003). As proteínas albumina e globulina presentes no sangue, chamadas de PPT (Proteínas Plasmáticas Totais) estão diretamente relacionadas com o estado nutricional, especialmente com os níveis de proteínas, e com a funcionalidade hepática. A hipoproteinemia pode indicar estados de subnutrição, bem como de insuficiência ou de lesão hepática e hemorragias (ANTUNES, 2010). Essas são muito úteis quando acrescentada ao hemograma, pois as elevações nos seus valores podem indicar desidratação (BUSH, 2004). O estudo hematológico tem grande importância no diagnóstico, prognóstico e tratamento de várias enfermidades na clínica veterinária. Muitos animais, por diversos fatores ambientais e também nutricionais, apresentam alterações no hemograma diferenciando dos parâmetros de cada espécie. Nos abrigos, muitas vezes, existem dificuldades de manter os animais em condições ideais, onde a alimentação, a hidratação e a higiene são prejudicadas pela falta de capital, mão de obra e superlotação. Por isso, busca-se mostrar que os animais aparentemente saudáveis e prontos para adoção, podem estar com alterações laboratoriais e necessitando de tratamento. O objetivo do presente trabalho foi realizar um levantamento de dados hematológicos de cães de um abrigo, os quais estavam aparentemente saudáveis.

7 MATERIAIS E MÉTODOS Os cães do presente estudo foram disponibilizados por um abrigo, localizado no Guará 2, Brasília - DF. Todos esses animais foram resgatados anteriormente da rua, onde a maioria são animais adultos, com idade entre 11 meses a 12 anos, SRD (sem raça definida) e de ambos os sexos. Os animais estavam aparentemente em boas condições clínicas, observadas através da análise da hidratação, coloração das mucosas e comportamento animal. Aos nove dias do mês de outubro de dois mil e dezesseis, foi realizada a coleta de sangue de 50 cães, 1 ml de cada, por via veia cefálica para a análise hematológica. O sangue coletado era imediatamente transferido para minitubo contendo EDTA, em seguida, homogeneizado por inversão do tubo e mantido refrigerado por 24 horas, até a análise. O método utilizado para analise do sangue, pelo laboratório veterinário de análises clínicas, foi o de impedância com foco hidrodinâmico, por meio de analisador automatizado poch-100iv, o qual previne a recirculação ou coincidências de células, para uma análise precisa de eritrócitos, plaquetas, leucócitos totais e diferencial leucocitária (HIRSCHMANN, 2012). RESULTADOS E DISCUSSÃO Os exames hematológicos dos animais, são demonstrados nas tabelas 1,2,3 e 4. Na tabela 1 são demonstradas as alterações que dentre o número total de animais, 21 obtiveram alterações na série vermelha, caracterizada por eritrócitos, hemoglobina e hematócrito, acusando 1 animal com anemia microcítica normocrômica, 1 animal com anemia macrocítica normocrômica, 1 animal com anemia macrocítica hipocromica, 2 animais com anemia normocítica hipocrômica, 2 com hemácias normocítica hipocrômica, 6 animais com hemácias microcítica normocrômica e 8 animais com anemia normocítica normocrômica.

8 Tabela 1: Resultados da contagem total do eritrograma, em 50 cães (Ambos os sexos; SRD) de um abrigo da cidade Guará 2 Brasília - DF. Alterações Nº Animais Relativo Anemia microcítica normocromica 1 2% Anemia macrocítica normocromica 1 2% Anemia macrocítica hipocromica 1 2% Hemácias normocítica hipocromica 2 4% Anemia normocitica hipocromica 2 4% Hemácias microcítica normocromica 6 12% Anemia normocítica normocromica 8 16% Total 21 42% As anemias, representadas pela redução nos valores da série vermelha sanguínea, é definida como a diminuição no hematócrito, na concentração de hemoglobina e na contagem de hemácias abaixo dos níveis de referência para a espécie (NELSON & COUTO, 2006). Segundo Corrêa et al. (2008), essas alterações podem ocorrer nas anemias hemolíticas, decorrentes de hemoparasitas e, também, em casos de anemia hipoplásica, por deficiências proteicas, minerais e/ou vitamínicas (FIGHERA, 2001). Assim, pode-se afirmar que a anemia é um frequente achado clínico e o eritrograma é uma ferramenta importante para avaliação de diversas situações, principalmente no diagnóstico e evolução de doenças hematológicas, onde muitas vezes o paciente com anemia não apresenta alterações clínicas evidentes (GROTTO, 2009). O leucograma, também, apresentou alterações, que podem ser observadas na tabela 2. Nessa, 98% dos animais tiveram alterações, sendo 1 com monocitose, 2 com linfocitose, 4 leucocitose, 4 linfopenia, 8 com leucopenia, 10 com eosinofilia, 19 com neutrofilia.

9 Tabela 2: Resultados da contagem total do leucograma, em 50 cães (Ambos os sexos; SRD) de um abrigo da cidade Guará 2, Brasília - DF. Alteração Nº de animais Relativo Monocitose 1 2% Linfocitose 2 6% Leucocitose 4 8% Linfopenia 4 8% Leucopenia 8 16% Eosinofilia 10 20% Neutrofilia 19 38% Total 48 98% Os leucócitos são responsáveis pela resposta imune e incluem cinco tipos de células com morfologia e funções específicas (neutrófilos, monócitos, eosinófilos, basófilos e linfócitos). Na maioria dos casos, a leucocitose por neutrofilia é decorrente de infecção/inflamação, traumatismo e leucemia, sendo encontradas em infecções como hemoparasitas, piometra e cinomose (NELSON & COUTO, 2006, ETTINGER & FELDMAN, 2004). Segundo Latimer (1997), a leucocitose também pode ser encontrada em cadelas gestantes ou recém-paridas. Os achados hematológicos de leucopenia e neutropenia podem ser decorrentes de severas infecções bacterianas e virais, além de casos de toxoplasmose, erliquiose e leishmaniose. Em estudo realizado por Frazão (2008), o autor relata leucopenia em cães com parvovirose, sendo que esta alteração com neutropenia é muito encontrada nesta doença. A leucopenia também é um achado citado por Mendonça et al.(2005) na fase subclínica da erliquiose (HIRSCHMANN, 2012). Eosinofilia é definida como o aumento no número absoluto de eosinófilos circulantes. Em cães, a eosinofilia é frequentemente vista naqueles com infecções por nematódeos e ancilóstomos (NELSON & COUTO, 2006). O fato dos cães avaliados nesse trabalho serem cães de abrigo, cuja vermifugação é aplicada fora dos prazos de protocolo, pode justificar a eosinofilia encontrada. A monocitose encontrada pode estar relacionada a doenças inflamatórias crônicas segundo Thrall (2007). Já Nelson & Couto (2006) defendem que a monocitose encontrada pode ser considerada, como parte de um leucograma de estresse e geralmente é de pequena relevância clínica.

10 Em relação às plaquetas, na tabela 3 podemos observar que 21 dos animais apresentaram trombocitopenia, e 1 dos animais apresentou trombocitose. Tabela 3: Resultados da contagem total do Plaquetograma, em 50 cães (Ambos os sexos; SRD) de um abrigo da cidade Guará 2, Brasília - DF. Alteração Nº animais Relativo Trombocitose 1 2% Trombocitopenia 21 42% Total 22 44% Segundo Lopes & Cunha (2002) a anormalidade mais comum encontrada nas plaquetas é a trombocitopenia. Deve-se considerar que, a trombocitopenia é a principal alteração hematológica encontrada nas hemoparasitoses, conforme descrito por Macieira et al. (2005). A trombocitopenia pode ser causada pelos seguintes mecanismos: produção diminuída de plaquetas, destruição, consumo, sequestro e/ou distribuição anormal e perdas (LOPES et al., 2007). As trombocitopenias por consumo estão associadas a quadros inflamatórios, doenças infecciosas (erliquiose) e outras doenças transmitidas por carrapatos e são bastante comuns em cães errantes (REBAR et al 2003). As plaquetas participam da coagulação sanguínea, assim a trombocitose pode ser causada pela presença de trombos na circulação (MEYER et al.,1995). Na tabela 4, têm-se os resultados das proteínas plasmáticas totais. Das 50 amostras de sangue avaliadas, 49 apresentavam valor acima da referência, hiperproteinemia, e uma amostra apresentou valor dentro dos parâmetros normais. Tabela 4: Resultados da contagem total doe proteínas plasmática totais (PPT), em 50 cães de um abrigo da cidade Guará 2, Brasília - DF. Alteração Nº de animais em % Relativo Sem alterações 1% 2% Hiperproteinemia 49% 98% Total % A elevação das proteínas séricas pode ser ocasionada por desidratação, vômito ou pelo aumento das globulinas (NELSON & COUTO, 2006). O aumento da concentração da proteína plasmática total está relacionado com a deficiência relativa de água, quando as

11 concentrações de proteína plasmática aumentam por deficiência de água, todas as frações albumina e globulinas- aumentam aproximadamente na mesma porcentagem (KERR, 2003), o que é muito comum em abrigos, pela quantidade elevada de animais, os quais podem brigar por territórios e, com isso, os animais submissos deixam de ingerir água.

12 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com base nos dados obtidos, observam-se variações hematológicas nos animais do abrigo. No presente estudo, os animais apresentaram as principais alterações como anemia, eosinofilia, neutrofilia, trombocitopenia e hiperproteinemia. Tais alterações, provavelmente, estão relacionadas aos ectoparasitismo, parasitas intestinais, estresse e à infecções por hemoparasitas. Conclui-se que cães aparentemente saudáveis de abrigo podem estar com patologias assintomáticas, sendo necessários exames básicos, como hemograma, para indicar possíveis patologias, as quais devem ser, posteriormente e quando necessário, confirmadas com a realização da anamnese e exames mais específicos.

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