Ciência e Fé. Estrutura do Curso

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1 Ciência e Fé Estrutura do Curso! I - Introdução! II - Filosofia grega e cosmologia grega! III - Filosofia medieval e ciência medieval! IV - Inquisição e Ciência! V e VI - O caso Galileu! VII - A revolução científica! VIII - Darwin e a Igreja Católica! IX - Os Argumentos Cosmológico e Teleológico! X - Filosofia da Mente e Inteligência Artificial! XI - Milagres e Ciência! XII - Desafios ao diálogo entre Ciência e Fé

2 Índice 1. Introdução 2. O cristianismo primitivo e o conhecimento grego 3. Santo Agostinho 4. Ciência Medieval 5. São Tomás de Aquino 6. Conclusão 2

3 São Alberto Magno (c. 1193/ )! Nascido na Baviera, foi educado em Pádua! : torna-se Dominicano; recebe formação teológica em Colónia! 1228: termina os estudos teológicos, torna-se Professor em várias cidades! : segue para a Universidade de Paris; Mestre em Teologia em 1245! : São Tomás de Aquino é seu aluno! 1248: Alberto volta para Colónia para chefiar os estudos gerais dominicanos! : São Tomás estuda com Alberto em Colónia, depois volta para Paris! : Alberto é prior provincial dos dominicanos na Alemanha! : Alberto é eleito Bispo de Ratisbona; de 1263 a 1274 percorre o país! 1274: Alberto recebe a notícia da morte de São Tomás! 1277: condenações anti-averroístas: Alberto vai para Paris defender a reputação de São Tomás! 1280: Alberto morre em Colónia! 1931: o Papa Pio XI declara Alberto Magno Santo e Doutor da Igreja! 1941: o Papa Pio XII declara Alberto o santo padroeiro das Ciências Naturais! Alberto contribuiu para a Lógica, Psicologia, Metafísica, Meteorologia, Mineralogia e Zoologia 3

4 São Tomás de Aquino ( ) «Se queremos estudar [S. Tomás de] Aquino temos que ter para com ele a consideração de tratar como importante o que ele considerava importante. Estudar Aquino como Aquino é uma forma pobre de adulação, pois Aquino preocupava-se muito pouco com Aquino, enquanto que ele se preocupava com Deus e com a ciência» - C. F. J. Martin, Thomas Aquinas: God and Explanations, p. 203 «o estudo da filosofia não consiste em saber o que [certos] indivíduos pensavam, mas como as coisas são» - São Tomás de Aquino, Sententia de caelo et mundo, I.22! 1225: Nasce em Roccasecca, no castelo da sua família, perto de Aquino! Filho de Landulfo, Conde de Aquino, e de Teodora, Condessa de Teano! 1230: Enviado para ser educado em Monte Cassino, abadia beneditina! 1236: Enviado para a Universidade de Nápoles Roccasecca! 1243/44: Decide entrar para a Ordem dos Pregadores (Dominicanos)! Teodora, perturbada com a opção do filho pela pobreza, viaja para Nápoles! Tomás convence os seus superiores: irá para para Roma, e depois para Paris 4

5 São Tomás de Aquino ( )! Teodora envia os seus filhos Landulfo e Reinaldo à caça de Tomás! Eles interceptam o seu irmão antes de Roma, perto de Acquapendente! Levam-no para um castelo familiar: Monte San Giovanni Campano! Num ano de prisão domiciliária, Tomás decora a Bíblia e os quatro livros das Sentenças de Pedro Lombardo, um importante tratado teológico Monte San Giovanni Campano! Durante esse período, as suas duas irmãs tentam demovê-lo da sua vocação, sem sucesso; a sua mãe Teodora desespera! Os seus irmãos tentam um último truque: uma prostituta! Tomás afugenta-a com um madeiro em brasa e ela foge! Mesmo antes da sua morte, Tomás revelará ao seu confessor, Frei Reinaldo, que nesse dia foi assistido em sonhos por dois anjos que apertaram a sua cintura com uma faixa! Segundo São Tomás, depois dessa data, ele nunca mais teve grande dificuldade em viver uma vida de castidade! A sua mãe Teodora desiste e deixa-o seguir a sua vocação A Tentação de São Tomás de Aquino, Diego Velazquez ( ) 5

6 São Tomás de Aquino ( )! : Aluno de Alberto Magno em Paris! : Em Colónia, com Alberto Magno, no studium generale! Tomás falha a sua primeira discussão teológica! Alberto: Chamamos-lhe o boi mudo, mas um dia do seu ensino sairá um mugido que será ouvido na Terra inteira!! 1252: De volta a Paris para estudar para o grau de Mestre! : De ente et essentia! 1256: Obtém o grau de Mestre em Teologia e começa a ensinar! : Quaestiones disputatae de Veritate! : Nápoles, Orvieto, Roma e Santa Sabina! : Summa contra Gentiles! : De volta a Paris como regente da Universidade! 1270: De unitate intellectus adversus averroístas Universidade de Paris (no manuscrito medieval Chants royaux, BNP)! : De volta a Nápoles e Orvieto; morre na Sicília em 1274! : Summa Theologica! , ao celebrar missa em Nápoles, tem uma visão mística! Diz a Reginaldo de Piperno: tudo o que escrevi me parece palha ( mihi videtur ut palea ) 6

7 Filosofia Natural: o método ex suppositione! Discutido no Comentário aos Analíticos Posteriores (Aristóteles), e no Comentário à Física (Aristóteles)! Não confundir com o método hipotético-dedutivo, que também remonta a Aristóteles: 1. Partir de uma hipótese ( ὑπόθεσις ), assumi-la como verdadeira, e deduzir as suas consequências 2. Verificar se as observações correspondem às previstas (um bom exemplo: o sistema ptolemaico)! Se P (hipótese teórica), então Q (consequência empiricamente verificável), ou P Q! Se Q é verificada, então aumenta a probabilidade (verosimilhança) de P! Se Q não é verificada, então P é falsa: ~Q ~P! Para Aristóteles e São Tomás, a scientia consiste em conhecer as causas dos fenómenos naturais! Pergunta: é possível ter conhecimento científico (necessário) de fenómenos naturais contingentes?! São Tomás responde afirmativamente, se for seguido o método ex suppositione : 1. Estudar os processos naturais e como eles terminam na maioria dos casos (efeitos observados) 2. Recuar dos efeitos observados para as causas antecedentes que os provocaram 3. Ex suppositione, se esses efeitos se verificarem, é necessário que tenham essas causas! Se P (efeito observado), então Q (efeito deve-se necessariamente às suas causas), ou P Q! Por exemplo: o arco-íris é um fenómeno natural contingente (não é necessário)! Esse efeito (arco-íris) é causado pela reflexão e refracção dos raios de luz nas gotas de água! Logo, sempre que, e quando, se observar um arco-íris, é certo que foi causado dessa forma! Este método gera conhecimento científico (necessário), e não apenas probabilístico (verosímil) 7

8 Ontologia (De principiis naturae, Capítulos I e II)! Acto e Potência! Chama-se ser em potência ao que pode existir e não existe, e ser em acto ao que já existe! Substância e acidente! ( ) há duas espécies de ser: o ser essencial ou substancial de uma coisa, por exemplo, ser um homem, e isto é o ser considerado em si mesmo; e o ser acidental, como é o caso de o homem ser branco, e isto é o ser considerado sob relação particular.! Matéria e forma! Assim como tudo o que existe em potência pode ser chamado matéria, também tudo o que tem existência, qualquer que seja a existência, substancial ou acidental, pode chamar-se forma. ( ) E porque a forma torna o ser em acto, eis a razão de se afirmar que a forma é acto. A forma substancial, porém, é aquela que faz existir em acto um ser substancial; a forma acidental é aquela que faz existir em acto um ser acidental.! Geração e corrupção! ( ) a geração de um ser é movimento para a forma ( ): à forma substancial responde a geração propriamente dita; à forma acidental responde a geração sob uma relação particular. ( ) A esta dupla geração corresponde uma dupla corrupção: simples ou acidental.! ( ) para haver geração requerem-se três coisas: o ser em potência, que é a matéria; o não ser em acto, que é a privação; e aquilo mediante o qual se torna em acto, que é a forma.! A geração não se opera a partir do que pura e simplesmente não existe, mas a partir de um não ente que existe em determinado sujeito e não em qualquer sujeito. 8

9 Ontologia (De principiis naturae, Capítulo III)! Causa material e causa formal! ( ) são três os princípios da realidade natural: a matéria, a forma e a privação. Mas estes três princípios não são suficientes para a geração.! Para Aristóteles e São Tomás, a matéria e a forma são causas, mas a privação não o é! Causa eficiente! De facto, o que existe em potência não pode por si mesmo passar a acto, tal como o cobre que existe em potência para ser estátua não se faz por si mesmo estátua, mas precisa de um operador para que a forma da estátua saia da potência ao acto.! Também a forma não pode por si mesma passar da potência ao acto (falo da forma do objecto gerado, da forma que é ponto de chegada da geração), pois a forma só existe no ser do objecto produzido. ( ) Importa, portanto, que para além da matéria e da forma, haja algum princípio activo. É o que se chama causa eficiente, ou motora, ou agente, ou de onde surge o princípio do movimento.! Causa final! E porque, na palavra de Aristóteles no segundo livro da Metafísica, tudo o que age só age em vista de alguma coisa, importa que exista um quarto princípio, entendido pelo operador, e este chama-se fim. Advirta-se que, embora todo o agente, tanto natural como voluntário, tenda a um fim, não se segue, todavia, que todo o agente conheça o fim ou sobre ele delibere.! Causas intrínsecas e extrínsecas! ( ) Aristóteles, no livro da Física, estabelece a existência de quatro causas e três princípios. ( ) A matéria e a forma são consideradas intrínsecas, por serem partes constitutivas de uma coisa; a causa eficiente e a causa final são chamadas extrínsecas, porque são externas ao objecto produzido. Mas por princípios considera só as causas intrínsecas. Não se nomeia entre as causas a privação, por ser princípio acidental, como foi dito. 9

10 Essência e Existência: o argumento existencial! Essência! O que faz uma coisa ser o que ela é, o fundamento das suas propriedades! A essência de uma coisa é o que é expresso pela sua definição (De Ente et Essentia, I, 3)! A essência é a resposta à pergunta: Quid? ( O quê? )! Por esta razão, a essência é também chamada de quididade por São Tomás! A essência das coisas naturais inclui a matéria e a forma! Existência:! A existência é o que actualiza uma essência, o que a torna real, actual! É possível conceber uma coisa, pensando na sua essência, sem que ela exista! Se não é a essência de uma coisa que a faz existir...!... Então algo só começa a existir porque recebe existência de algo que já existe anteriormente! Esta cadeia não pode regredir perpetuamente, tem que terminar num ser auto-existente! Logo, tudo o que existe, excepto Deus, deve o seu existir, aqui e agora, a Deus! Só em Deus é que essência e existência são idênticas ( Ego sum qui sum : Êxodo 3, 14)! Esse / Ser : o acto de existir (conferido por Deus), ou seja, ser em acto! Ens / Ser : o ente, i.e., algo que existe, a conjunção de uma essência com um acto de existir

11 Os transcendentais! Um transcendental é algo que é comum a todas as coisas! Aristóteles concebeu-os como transcendendo (ὑπερβαίνειν, huperbainein ) as suas dez categorias! São Tomás de Aquino identifica cinco transcendentais:! Coisa ( res )! Algo ( alquid )! Um ( unum )! Bom ( bonum )! Verdadeiro ( verum )! Os transcendentais estão ancorados no ser (na existência) e são convertíveis no ser:! Coisa e Algo são convertíveis no ser, pois aplicam-se a entes, coisas que existem! Um como transcendental é distinto de um como conceito quantitativo (matemático):! A indivisibilidade de um ente, qualquer ente, pressupõe uma unidade transcendental! Seguindo a tradição clássica, São Tomás considera o Bom como o que corresponde idealmente à natureza ou essência de uma coisa: algo é tão melhor quão melhor corresponder a ela! As coisas mais perfeitas são as que instanciam melhor uma natureza ou uma essência! O Verdadeiro consiste na adequação de um intelecto a uma coisa como ela é (existe)

12 Metafísica Ontologia tomista Acto / Potência Essência / Existência Essência Matéria / Forma Substância / Acidentes Deus (intelecto e vontade livre) Acto puro Idênticas Simples Forma perfeita e incorruptível Substância Anjos (intelecto e vontade livre) Acto e Potência Distintas Simples Forma imperfeita e incorruptível Substância e acidentes Seres humanos (intelecto, vontade livre e corpo) Acto e Potência Distintas Composta Matéria e Forma incorruptível Substância e acidentes Outros seres naturais Acto e Potência Distintas Composta Matéria e Forma corruptível Substância e acidentes 12

13 Teologia Natural: as cinco vias de demonstração da existência de Deus (Suma Teológica, 1ª Parte, Questão 2, Artigo 3º)! Estas demonstrações são filosóficas: fazem parte dos preâmbulos da Fé ( praeambula fidei )! A primeira via: pelo movimento (pela mudança)! A segunda via: pela causalidade eficiente! A terceira via: pela contingência (possibilidade) e pela necessidade! A quarta via: pela gradação do ser! A quinta via: pela causalidade final! Os atributos divinos:! Simplicidade (Questão 3), imaterialidade, incorporeidade! Perfeição (Questão 4)! Bondade (Questão 6)! Infinitude (Questão 7)! Omnipresença (Questão 8)! Imutabilidade (Questão 9)! Eternidade (Questão 10)! Unidade (Questão 11)! Omnisciência (Questão 14)! Amor (Questão 20)! Justiça e Misericórdia (Questão 21)! Omnipotência (Questão 25) 13

14 Dois tipos fundamentais de movimento! Motu per se:! A mulher que se levanta para ir abrir a porta move-se per se! O cão que corre atrás da bola move-se per se! A bola de bilhar que rola no pano da mesa move-se per se! Etc! Motu per accidens:! A criança que segue quieta no carro dos pais move-se per accidens! O gato que sobe quieto no elevador move-se per accidens! A brancura da bola de bilhar que rola no pano da mesa move-se per accidens! Etc.! Mas as coisas com movimento per se não são inamovíveis!! A mulher que se levantou para ir abrir a porta foi movida pelo toque da campainha! O cão que correu atrás da bola foi movido pela visão da bola! A bola de bilhar foi movida pelo taco Tudo que se move (per se ou per accidens) é movido!

15 Dois tipos fundamentais de relação causa-efeito! Causalidade sequencial ( per accidens ):! A maçã surge numa árvore, a macieira! A macieira surge de uma semente! A semente surge numa maçã! Etc, indefinidamente, pois o passado poderia ser infinito! O efeito surge pela causa, mas pode persistir sem ela! Causalidade simultânea ( per se ):! Uma maçã é feita de moléculas! As moléculas são feitas de átomos! Os átomos são feitos de protões, electrões (leptões) e neutrões! Os protões e os neutrões são feitos de quarks! Etc até se chegar a uma causa primeira! O efeito surge pela causa, mas não persiste sem ela As causas simultâneas não regridem perpetuamente!

16 A primeira via! Demonstração pelo movimento (pela mudança): 1. Tudo o que está em movimento (em mudança) está a ser movido (mudado) por outra coisa ( omne quod movetur, ab alio movetur, SCG) 2. Mas a série de motores e movidos não pode regredir infinitamente ( Sed non est procedere in infinitum, SCG)! Logo, tem que existir um primeiro motor que não é movido ( Ergo necesse est ponere aliquod primum movens immobile, SCG)! E esse primeiro motor todos entendem ser Deus ( et hoc omnes intelligunt Deum, SCG)! Objecções comuns às premissas: 1. Contra-exemplo (A. Kenny, 1969): quando alguém está a teclar, movendo os dedos, por sua vez, os dedos movem quem tecla; logo, existiria circularidade no movimento! Resposta: a alma move os dedos, que por sua vez, quando são movidos, movem o corpo, mas o corpo não é a alma; logo, não há circularidade no movimento 2. Contra-exemplo: a eternidade do Cosmos permite um regresso infinito de motores e movidos! Resposta: se o Cosmos fosse eterno, a cadeia de causas sequenciais ( per accidens ) seria eterna; mas a cadeia de causas simultâneas ( per se ) nunca pode ser eterna! Logo, a primeira via é imune à possibilidade de o Cosmos ser eterno 16

17 A segunda via! Demonstração pela causalidade eficiente: 1. Nada é a causa eficiente de si mesmo ( quod aliquid sit causa efficiens sui ipsius, SCG) 2. Mas a série de causas eficientes não pode regredir infinitamente ( Non autem est possibile quod in causis efficientibus prcedatur in infinitum, SCG)! Logo, tem que existir uma primeira causa eficiente ( Ergo est necesse ponere aliquam causam efficientem primam, SCG)! E a essa causa todos chamam Deus ( quam omnes Deum nominant., SCG)! Objecções comuns às premissas: 1. E qual é a causa de Deus?! Resposta: São Tomás não diz que tudo tem uma causa, mas apenas que nada é a causa eficiente de si mesmo, ou seja, que uma coisa não pode ser a causa de si mesma! A causa eficiente é o que actualiza uma potência; ora em Deus não há potência 2. Contra-exemplo (Hume): a eternidade do Cosmos permite um regresso infinito de causas! Resposta: se o Cosmos fosse eterno, a cadeia de causas sequenciais ( per accidens ) seria eterna; mas a cadeia de causas simultâneas ( per se ) nunca pode ser eterna! Logo, a segunda via também é imune à possibilidade de o Cosmos ser eterno 17

18 A terceira via! Demonstração pela contingência (possibilidade) e pela necessidade: 1. Na Natureza há coisas que podem ser ou não ser ( quae sunt possibilia esse et non esse, SCG) 2. Mas o que é possível não ser (o que é contingente), a certa altura não existe ( quod possibile est non esse, quandoque non est, SCG) 3. Mas se tudo o que há é apenas possível (contingente), então a certa altura nada existia ( Si igitur omnia sunt possibilia non esse, aliquando nihil fuit in rebus, SCG) 4. Então agora nada existiria, porque o que não existe só começa a existir por algo que já existe ( etiam nunc nihil esset, quia quod non est, non incipit esse nisi per aliquid quod est, SCG) 5. Logo, nem todas as coisas são apenas possíveis (contingentes): tem que haver algo necessário ( Non ergo omnia entia sunt possibilia, sed oportet aliquid esse necessarium in rebus, SCG) 6. Mas uma coisa necessária ou tem a sua necessidade causada por outra, ou não ( Omne autem necessarium vel habet causam suae necessitatis aliunde, vel non habet., SCG)! Não pode haver regressão infinita: há algo necessário em si mesmo, ao que se chama Deus! Objecções comuns às premissas: 3. Nesta premissa assume-se eternidade no passado, mas e se o Cosmos fosse finito no passado?! Resposta: se o Cosmos tem início no tempo, então depende de uma causa necessária Se o passado fosse eterno, porque é que a certa altura nada existia?! Resposta: se é possível que a certa altura nada existisse, então a certa altura nada existiu 18

19 A quarta via! Demonstração pela gradação do ser (reminiscente das formas platónicas): 1. Na Natureza há coisas mais e menos boas, e verdadeiras, e nobres, e assim por diante ( in rebus aliquid magis et minus bonum, et verum, et nobile, et sic de aliis huiusmodi, SCG) 2. Mas o mais e o menos é atribuído a coisas diversas segundo a sua semelhança com o que é o máximo ( Sed magis et minus dicuntur de diversis secundum quod appropinquant diversimode ad aliquid quod maxime est, SCG) 3. Uma coisa é tão mais quente quão mais se assemelha ao que é maximamente quente ( sicut magis calidum est, quod magis appropinquat maxime calido, SCG) 4. Então existe algo que é o mais verdadeiro, o melhor, o mais nobre, e consequentemente, o máximo ente, pois as coisas maiores na verdade são maiores no ser ( Est igitur aliquid quod est verissimum, et optimum, et nobilissimum, et per consequens maxime ens, nam quae sunt maxime vera, sunt maxime entia, SCG) 5. O máximo em cada género é a causa de tudo o que está nesse género ( Quod autem dicitur maxime tale in aliquo genere, est causa omnium quae sunt illius generis, SCG)! Logo, deve haver algo que é para todos os seres a causa do seu ser, bondade, e qualquer outra perfeição, e isso dizemos ser Deus ( Ergo est aliquid quod omnibus entibus est causa esse, et bonitatis, et cuiuslibet perfectionis, et hoc dicimus Deum, SCG)! Objecções comuns às premissas: 5. Esta premissa parece bizarra, se por causa se entender causa eficiente em vez de formal! Esta demonstração não compromete Tomás com o platonismo: as perfeições máximas (bondade, verdade, etc.) não são formas distintas, mas transcendentais convertíveis no Ser de Deus 19

20 A quinta via! Demonstração pela causalidade final: 1. Vemos que as coisas sem inteligência, como os corpos naturais, agem para um fim ( Videmus enim quod aliqua quae cognitione carent, scilicet corpora naturalia, operantur propter finem, SCG) 2. Isto é evidente pelo seu operar sempre, ou quase sempre, do mesmo modo, para obter o que é óptimo ( quod apparet ex hoc quod semper aut frequentius eodem modo operantur, ut consequantur id quod est optimum, SCG) 3. E é patente que não é por acaso, mas por intenção, que atingem os fins ( unde patet quod non a casu, sed ex intentione perveniunt ad finem, SCG) 4. O que não tem cognição, não pode tender a um fim senão se for dirigido por um ser cognoscente e inteligente, tal como a seta pelo arqueiro ( quae non habent cognitionem, non tendunt in finem nisi directa ab aliquo cognoscente et intelligente, sicut sagitta a sagittante, SCG)! Logo, existe um ser inteligente pelo qual todas as coisas naturais são ordenadas aos seus fins, e isso dizemos ser Deus ( Ergo est aliquid intelligens, a quo omnes res naturales ordinantur ad finem, et hoc dicimus Deum, SCG)! Costuma ser (erradamente) equiparada ao argumento do relojoeiro (Paley) ou a argumentos de design! Objecções comuns às premissas: 1. Como é que coisas sem inteligência agem para um fim?! Se A causa regularmente B, então A é a causa eficiente de B! Porque A causa regularmente B, a causa final (a finalidade) de A é causar B 3. Há fenómenos aleatórios na Natureza!! São Tomás aceita a realidade do acaso: ele não diz que tudo tem uma causa final! Ele constata que há causas eficientes (agentes) e só essas requerem uma causa final 20

21 Os atributos divinos! São Tomás rejeita a exclusividade da via negativa (ST, 1ª Parte, Questão 13, Artigo 2º)! Simplicidade (Questão 3)! Deus, sendo incorpóreo e imaterial, não tem partes: é sumamente simples! Sendo simples, em Deus não há distinção entre atributos: a simplicidade de Deus é a perfeição de Deus, é a bondade de Deus, é a infinitude de Deus, é a omnipresença de Deus, etc! Os atributos têm significados diferentes, mas quando aplicados a Deus designam a mesma coisa! Perfeição (Questão 4)! Uma coisa é tão mais perfeita quão menos potência tiver; sendo acto puro, Deus é perfeito! Bondade (Questão 6)! Pela convertibilidade do transcendental Bom no ser, se Deus é o Ser, Deus é sumamente bom! Infinitude (Questão 7)! Entes feitos de forma e matéria são finitos porque limitados por essa matéria! Entes feitos de forma mas sem matéria, como os anjos, são finitos porque limitados pela forma! A forma de Deus é ser, é a existência, pelo que a forma de Deus não está limitada por nada! Omnipresença (Questão 8)! Deus está em tudo o que existe, não como essência ou acidente, mas como causa de existência! Imutabilidade (Questão 9)! Como a mudança é a passagem de potência a acto, sendo acto puro, Deus é imutável 21

22 O dilema de Eutifro: fatal para o atributo de Bondade? «Considera esta questão: aquilo que é santo é amado pelos deuses porque é santo, ou é santo porque é amado pelos deuses?», Platão, Eutifro, diálogo entre Sócrates e Eutifro, 10a! Falso dilema: há mais opções do que as duas apresentadas: 1. Aquilo que é bom, é amado por Deus porque é bom! Implica que o ideal de Bem não estaria em Deus, mas fora de Deus 2. Aquilo que é bom, é bom porque é amado por Deus! Implica o voluntarismo arbitrário: a vontade de Deus é que definiria o Bem! Mas há uma terceira possibilidade, que permite escapar ao dilema: 3. Aquilo que é bom, é bom por referência a Deus, cuja essência é o sumo Bem! A simplicidade de Deus implica que os atributos de Deus se referem à mesma essência! Esta ideia é estrutural para a quarta via, a prova pela gradação dos seres

23 Os atributos divinos! Eternidade (Questão 10)! Como Deus é imutável e o tempo não existe quando não há mudança, Deus é eterno! Unidade (Questão 11)! Só pode existir um ser em que essência e existência são idênticas, senão seriam indistinguíveis! Se houvesse mais do que um Deus, seriam distintos por perfeições ou privações diferentes! Mas o ser cuja essência é idêntica à sua existência tem todas as perfeições e nenhuma privação! Omnisciência (Questão 14)! Os seres inteligentes têm no seu intelecto a forma e a essência das outras coisas! O conhecimento das formas e das essências implica imaterialidade do intelecto! Deus é imaterial e a Sua inteligência é perfeita por Deus ser acto puro! Amor (Questão 20)! O amor é o primeiro movimento da vontade e de todas as faculdades apetitivas! Em Deus há vontade (Questão 19), logo em Deus há amor! A vontade de Deus é a causa primeira de todas as coisas, logo Deus ama todas as coisas! Justiça e Misericórdia (Questão 21)! A ordem e a estabilidade do Universo mostram a Justiça de Deus! A tristeza humana é uma imperfeição, e é por um acto livre (misericordioso) que Deus a remove! Omnipotência (Questão 25)! Deus actua pela sua essência (existência) infinita, logo, o poder de Deus para actuar é infinito 23

24 O paradoxo da omnipotência «Pode um ser omnipotente criar uma pedra tão pesada que mesmo ele não a conseguiria levantar? Se sim, então ao não conseguir levantá-la, mostra que não é omnipotente. Se não a consegue criar, então não é omnipotente.»! Trata-se de uma família de paradoxos, inicialmente discutidos por Averróis e São Tomás de Aquino! Estes paradoxos pretendem atacar a consistência do conceito de ente omnipotente! São falsos paradoxos, que se desmontam por redução ao absurdo: 1. Ou o conceito de omnipotência inclui a possibilidade de concretizar contradições 2. Ou o conceito de omnipotência não inclui a possibilidade de concretizar contradições! Vejamos o que acontece em cada caso: 1. Deus torna verdadeira (real) uma contradição: cria uma pedra que Ele não pode levantar; mas como Deus pode realizar contradições, Deus pode contradizer-se, e pegar na pedra e levantá-la! 2. Uma pedra demasiado pesada para ser levantada por um ser omnipotente é uma frase contraditória: tal coisa é impossível; não faz sentido falar em tornar possível o impossível, ou tornar verdadeiro o que é manifestamente falso por ser contraditório! As contradições não são possibilidades: a omnipotência é o poder de fazer tudo o que é possível fazer

25 Índice 1. Introdução 2. O cristianismo primitivo e o conhecimento grego 3. Santo Agostinho 4. Ciência Medieval 5. São Tomás de Aquino 6. Conclusão 25

26 Conclusão A importância dada pelo Magistério à obra de São Tomás «Queremos, e pelo presente mandamos, que adopteis a doutrina do bem-aventurado Tomás, como verídica e católica, e procureis ampliá-la com todas as vossas forças» - Papa Urbano V à Universidade de Toulouse, 3 de Agosto de 1368 «A doutrina deste [S. Tomás] tem sobre as demais, exceptuada a canónica, propriedade nas palavras, ordem nas matérias, verdade nas sentenças; de tal sorte que nunca aqueles que a seguirem se verão apartados do caminho da verdade, e sempre será suspeito de erro aquele que a impugnar» - Papa Inocêncio VI, Sermão de São Tomás 26

27 Conclusão A importância dada pelo Magistério à obra de São Tomás «( ) com grave empenho exortamos a que, para defesa e glória da fé católica, pelo bem da sociedade e pelo incremento de todas as ciências, renoveis e propagueis vastamente a áurea sabedoria de São Tomás. Dizemos a sabedoria de São Tomás, pois se há alguma coisa tratada pelos escolásticos com demasiada subtileza ou ensinada de maneira inconsiderada; se há algo menos concorde com as doutrinas manifestas das últimas épocas, ou, finalmente, não louvável de qualquer modo, de nenhuma maneira está em nosso ânimo propô-lo para ser imitado em nossa época. Por outro lado, procurem os mestres sabiamente eleitos por vós inculcar nos ânimos dos seus discípulos a doutrina de Tomás de Aquino e ponham em evidência sua solidez e excelência sobre todas as demais. Que as academias fundadas por vós ou aquelas que havereis de fundar ilustrem e defendam a mesma doutrina e a usem para a refutação dos erros que circulam.» - Encíclica Aeterni Patris, Papa Leão XIII, 4 de Agosto de

28 Conclusão A importância dada pelo Magistério à obra de São Tomás «Depois, para aclarar, quanto for possível, os mistérios da salvação de forma perfeita, aprendam a penetrá-los mais profundamente pela especulação, tendo por guia Santo Tomás, e a ver o nexo existente entre eles» - Optatam Totius ( Sobre a formação sacerdotal ), Concílio Vaticano II, «Mais ainda naquelas que dela dependem, procura de modo orgânico que cada disciplina seja de tal modo cultivada com princípios próprios, método próprio e liberdade própria da investigação científica, que se consiga uma inteligência cada vez mais profunda dela, e, consideradas cuidadosamente as questões e as investigações actuais, se veja mais profundamente como a fé e a razão conspiram para a verdade única, segundo as pisadas dos doutores da Igreja, mormente de S. Tomás de Aquino» - Gravissimum Educationis ( Sobre a educação cristã ), Concílio Vaticano II,

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