IDADE DAS TREVAS? Problemas da Filosofia Medieval: a realidade, a alma, a verdade, os direitos humanos, a essência do Estado etc.
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- Orlando Samuel Vilalobos Caetano
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1 FILOSOFIA MEDIEVAL
2 IDADE DAS TREVAS? A filosofia clássica sobrevive, confinada nos mosteiros religiosos. Problemas da Filosofia Medieval: a realidade, a alma, a verdade, os direitos humanos, a essência do Estado etc. No Ocidente, fundam-se as primeiras Universidades (Séc. XI)
3 IDADE MÉDIA Séc. V (queda do Império Romano do Ocidente d.c.) XV (conquista de Constantinopla ). Em meio ao esfacelamento do Império Romano, a Igreja católica conseguiu manter-se como instituição social mais organizada. Ela consolidou sua estrutura religiosa e difundiu o cristianismo entre os povos bárbaros. Os cristãos vivenciavam uma concepção comum de mundo: as formas de saber e de verdade estavam expostas no Novo Testamento, nas Escrituras Sagradas e nos ensinamentos dos Padres da Igreja.
4 CRISTIANISMO JESUS Difusão do Evangelho pelos apóstolos e discípulos e formação de comunidades cristã. Desenvolvimento da filosofia grega em Roma. Perseguições. Culto nas catacumbas. Aparecimento das Heresias (escolha, opção por outra doutrina). Elaboração da doutrina pelos Padres da Igreja
5 PENSAMENTO MEDIEVAL CRISTÃO Padres apostólicos (Século I e II) Apóstolos e discípulos de Cristo que disseminaram Sua palavra. Destacou-se São Paulo Padres apologistas (Século III e IV) Relativo à defesa do cristianismo contra a filosofia pagã e heresias. Destacam-se Orígenes, Justino e Tertuliano. Patrística (De meados do século IV ao século VIII) Pretendeu uma conciliação entre fé e razão. Com destaque para Santo Agostinho. Escolástica (Do século IX ao XVI). Buscou uma sistematização da filosofia cristã, sobretudo a partir da filosofia de Aristóteles. Com destaque para Santo Tomás de Aquino.
6 Fé x Razão (Teologia e Filosofia) O que é fé? A verdade foi revelada aos seres humanos. Resta demonstrar racionalmente as verdades da fé. É necessário crer para entender. Alguns conciliaram a filosofia grega com o cristianismo.
7 AGOSTINHO DE HIPONA ( )
8 A PATRÍSTICA O começo da Filosofia Patrística é anterior ao início da Idade Média: a Patrística inicia-se com as Epístolas de São Paulo e o Evangelho de São João e prossegue com os primeiros Padres da Igreja. Explicação dos preceitos, ideias do cristianismo às autoridades romanas e ao povo em geral. Não impostos à força: apresentados de maneira convincente. Primeiros Padres da Igreja: elaboração de textos sobre a fé e a revelação cristãs. Patrística: conjunto desses textos.
9 Aspectos biográficos Nasce em Tagaste e morre em Hipona, atual Argélia. Seu pai era um pagão, Patrício e sua mãe foi Santa Mônica. Professor de retórica; despertou para a Filosofia com a leitura de Cícero. Foi adepto do Maniqueísmo, e posteriormente entrou em contato com o ceticismo e o neoplatonismo. Converteu-se ao cristianismo por meio das pregações de Santo Ambrósio.
10 Para Agostinho, o corpo não é mal, mas sim um bem; a alma vive nele, o protege e o guia. O ser humano que trilha a via do pecado só consegue retornar para Deus mediante a combinação de: O homem é um inquieto perene que busca sempre; Sua inquietação provém de, em parte, ter a verdade e, em parte, de não tê-la. BEM: Aproximação de Deus. LIVRE-ARBÍTRIO: Exercício da liberdade pessoal que se traduz na possibilidade de fazer escolhas. MAL: Afastamento de Deus. seu esforço pessoal de vontade Imprescin dível ação da Graça Divina Liberdade e Pecado: O homem era livre plenamente, auxiliado pela graças divina. Salvaçã o Ao pecar, afasta-se da graça e passa a possuir uma liberdade menor, inclinada ao mal. Elevação ascética Pecado
11 Os três tipos de Mal O mal metafísico, o mal moral e o mal físico. Para Santo Agostinho, o mal realmente não existe, ele seria uma privação do Bem. O homem, fazendo uso errado do seu livre-arbítrio, liberdade criou o mal moral. O mal físico é uma consequência do pecado original cometido pelo primeiro homem e pela primeira mulher; isto é, é consequência do mal moral.
12 Precedência da fé Creio tudo o que entendo, mas nem tudo que creio também entendo. Tudo que compreendo conheço, mas nem tudo que creio conheço. A fé ilumina os caminhos da razão Depois vem a razão, desenvolvendo e esclarecendo aquilo que a fé já antecipou.
13 Assinale a alternativa que responde CORRETAMENTE à pergunta abaixo. Segundo Santo Agostinho, através de qual procedimento podemos descobrir a verdade? A) Pela experiência empírica. B) Pelo diálogo ecumênico. C) Pela iluminação interior. D) Pela ação do Demiurgo. E) Pela dedução transcendental das categorias.
14 Assinale a alternativa que traz a correta argumentação a respeito da fé e da razão, para Santo Agostinho. A_( )_A razão é a forma de se conhecer a realidade de forma coerente e lógica, não necessitando de uma crença em algo natural para compreender o mundo e a vida. B_( )_A fé nos faz crer em coisas que nem sempre é possível entender pela razão. A fé revela as verdades ao ser humano de forma direta e intuitiva. A razão sozinha não pode fazê-la, pois somos seres limitados, imperfeitos e necessitamos da graça para conhecer as verdades divinas. C_( )_A razão revela ao ser humano os mistérios da fé. D_( )_A fé é um instrumento da razão ao buscar elementos convincentes para a justificativa coerente sobre o mundo.
15 Assinale a alternativa que traz a correta argumentação a respeito da fé e da razão, para Santo Agostinho. A_( )_A razão é a forma de se conhecer a realidade de forma coerente e lógica, não necessitando de uma crença em algo natural para compreender o mundo e a vida. B_( X )_A fé nos faz crer em coisas que nem sempre é possível entender pela razão. A fé revela as verdades ao ser humano de forma direta e intuitiva. A razão sozinha não pode fazê-la, pois somos seres limitados, imperfeitos e necessitamos da graça para conhecer as verdades divinas. C_( )_A razão revela ao ser humano os mistérios da fé. D_( )_A fé é um instrumento da razão ao buscar elementos convincentes para a justificativa coerente sobre o mundo.
16 TEORIAS POLÍTICAS MEDIEVAIS Epístolas de São Paulo aos Romanos: Cap. XIII: 1 Todos se submetam às autoridades que exercem o poder, pois não existe autoridade que não venha de Deus, e as autoridades que existem foram estabelecidas por Deus. 2 Portanto, quem se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e tais rebeldes atrairão sobre si a condenação. A concepção cristã de governo e de autoridade legal se baseia numa Teoria do Direito Divino de Governar: o poder constituído provém de Deus, que dá legitimidade aos governantes, competindo ao povo a obediência e a subordinação às autoridades em exercício. O cristianismo postulou um problema desconhecido no mundo antigo, o problema da Igreja e do Estado: o poder espiritual (Igreja, Papa e bispos) e o poder temporal (Estado, Imperador e reis). A Cidade de Deus e a Cidade dos homens.
17 FÉ E RAZÃO EM SANTO AGOSTINHO ( ) Fé e Razão se complementam: a razão é uma auxiliar da fé. Fé e Razão: intellige ut credas, crede ut intelligas, entende para crer, crê para entender. Antes de crer, a razão é necessária para dar razão ao ato de crer (creio porque entendo); Depois é necessário crer, para entender os conteúdos da fé (entendo porque creio). Fé e razão andam juntas: sem o uso da razão não há fé use a razão para saber em quem você está pondo a sua fé por isso, sem razão não há fé (AGOSTINHO, De libero arbítrio). a razão não elimina, antes esclarece a fé: a razão deve preceder as verdades da fé para saber se convém crer nelas.
18 TEORIA DO CONHECIMENTO: DE MAGISTRO Agostinho reforma a Teoria das Ideias de Platão em dois pontos: 1) faz das Ideias os pensamentos de Deus 2) altera a doutrina da reminiscência, inserindo a teoria da Iluminação. Teoria da Iluminação Divina: uma adaptação cristã da teoria platônica da reminiscência. Enquanto Platão afirmava que nossa alma veio de um mundo perfeito onde conheceu todas as verdades, Agostinho afirmava que nossa alma, por ter vindo de Deus, já possuía dentro de si todas as verdades, pois era uma partícula divina. Para Platão, as almas humanas contemplaram as Ideias antes de encarnar-se nos corpos, e depois se recordam delas. Para Agostinho, ao contrário, a suprema Verdade de Deus é uma espécie de luz que ilumina a mente humana no ato do conhecimento, permitindo-lhe captar as Ideias.
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