E Começaram a Viver Felizes para Sempre : Vicissitudes das Etapas Iniciais da Formação de um Casal¹

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "E Começaram a Viver Felizes para Sempre : Vicissitudes das Etapas Iniciais da Formação de um Casal¹"

Transcrição

1 Resumo E Começaram a Viver Felizes para Sempre : Vicissitudes das Etapas Iniciais da Formação de um Casal¹ Camila Santos de Oliveira² Jefferson Silva Krug ³ O objetivo desse estudo foi investigar como se caracteriza o processo de formação da identidade conjugal de um jovem casal. Os instrumentos de avaliação utilizados foram uma entrevista semiestruturada, a confecção do genetograma e o desenho do casal. Os dados obtidos foram transcritos e analisados, de acordo com o método de Análise de Conteúdo. Os principais resultados foram agrupados em torno de quatro temas que abordaram questões como a individualidade, o início da formação da identidade conjugal, a fase atual de formação da identidade conjugal e os projetos conjugais. Palavras-chave: casamento; identidade conjugal; formação do casal. And, They Lived Happily Ever After :Vicissitudes of the Early Stages of a Couple s Life Abstract The objective of this study was investigating the features regarding the formation process of the wedlock identity of a young couple. As evaluation tools, one utilized the semi-structured interview, the elaboration of the genogram and the couple s design. The obtained data were transcribed and analyzed according to the method of Content Analysis. The main results were grouped into four themes that approached issues like the individuality, the start of the wedlock identity formation, the current stage of the wedlock identity formation and the couple s projects. ¹Artigo de pesquisa apresentado ao Curso de Psicologia das Faculdades Integradas de Taquara, como requisito parcial para aprovação na disciplina Trabalho de Conclusão II. ²Psicóloga, graduada pelo Curso de Psicologia das Faculdades Integradas de Taquara (FACCAT). ³Psicólogo (PUCRS), Mestre em Psicologia Clínica (PUCRS), Doutorando em Psicologia (UFRGS), Coordenador do Curso de Psicologia das Faculdades Integradas de Taquara (FACCAT) e Orientador do Trabalho de Conclusão.

2 12 Etapas Iniciais da Formação de um Casal C. S. Oliveira, J. S. Krug Keywords: marriage; wedlock identity; couple s formation. Introdução O aumento do índice de separações e confl itos conjugais tem sido observado como cada vez mais presentes em nossa sociedade. Féres- Carneiro (2003) relata que, na prática clínica, o número de casais que buscam a psicoterapia tem aumentado gradativamente, apontando como foco principal a queixa da separação conjugal. Dados do IBGE apontam que, entre 1991 e 2002, houve um aumento de (30,7%) no número de separações e de (55,9%) no número de divórcios. No Brasil, a taxa média de divórcios era de 0,7 para cada 1000 habitantes, em Com exceção do Mato Grosso (0,7), as médias, nas unidades da federação da região Centro-Oeste, foram superiores a do Brasil. O destaque foi o Distrito Federal, cuja média de 1,7 para cada 1000 habitantes foi a maior do País (Brasil, 2011). Considerando esta realidade, diversas hipóteses podem ser levantadas com relação às razões de tantas separações conjugais em nossa sociedade. Uma das hipóteses é a de que o processo de formação da identidade conjugal dos casais que se separam tenha ocorrido de forma defi citária, difi cultando o desenvolvimento de elementos importantes no vínculo conjugal que poderiam servir de base para o enfrentamento das difi culdades que todo o casal atravessa durante as diferentes etapas do ciclo vital. Para Féres-Carneiro (1998), na formação desta identidade conjugal estariam implicados diferentes aspectos como a convivência, o estabelecimento de desejos conjuntamente construídos e projetos de vida a dois. Além dos aspectos citados, a literatura também sugere que existem fatores importantes para a promoção da saúde emocional do casal. Assim, o papel das expectativas, dos ideais, dos projetos individuais e conjugais, da individualidade e do espaço lúdico do casal podem ser considerados elementos essenciais para a formação da identidade conjugal. Os laços afetivos e a complementaridade passam a ser, assim, os produtores de uma trama identifi catória que resulta no estabelecimento da identidade de casal (Ziviani, Féres-Carneiro, Magalhães & Bucher-Maluschke, 2006). Considerando que a construção de uma nova família inicia-se através da formação de uma identidade conjugal, o presente trabalho teve por objetivo compreender como ocorre este processo de formação da identidade conjugal, de um jovem casal. Para isso, consideraram-se, como parâmetro, alguns fatores, indicados pela literatura como importantes para a saúde emocional do casal, que seriam as expectativas, os ideais, os projetos

3 Etapas Iniciais da Formação de um Casal C. S. Oliveira, J. S. Krug 13 individuais e conjugais, a individualidade e o espaço lúdico do casal. O casamento nos dias atuais A formação do novo casal é considerada uma das tarefas mais complexas dentro do ciclo de vida familiar. Através do casamento, surge a necessidade de o casal renegociar algumas questões defi nidas previamente (Carter & McGoldrick, 1995). Nesta etapa, o casal se depara com uma complexidade que engloba aspectos relacionados à herança transgeracional e ainda, socioeconômico-culturais do contexto familiar (Wendling & Wagner, 2003). Além disso, surge a necessidade de outras adaptações entre o casal, como a dos ritmos pessoais, preferências, entre outros, que também precisam ser respeitadas e negociadas (Cerveny, 2010). Contudo, o lugar do casamento, dentro do ciclo de vida familiar tem sofrido muitas mudanças ao longo do tempo (Carter & McGoldrick, 1995). Atualmente, novas crenças e valores convivem com antigos modelos e tabus (Cerveny, 2010). Hoje, a constituição do casamento, assim como sua manutenção, é fortemente influenciada pelos valores do individualismo (Féres-Carneiro, 1998). Na sociedade contemporânea, dividir e partilhar os próprios sentimentos e pensamentos tem sido uma tarefa cada vez mais difícil. No entanto, este fato traz o confl ito da ambivalência que se estabelece atualmente no casamento, pois, por vezes, os casais, ao fortalecer o respeito à individualidade, criam empecilhos para a constituição da conjugalidade (Dias, 2010). Assim, tornam-se mais complexas as escolhas conjugais, bem como as relações maritais (Munhoz, 2010). Com relação a isso, Orives, Cardoso e Torman (2010) referem que é possível perceber atualmente uma modifi cação nos valores e signifi cados atribuídos ao amor entre os casais, o que vem influenciando cada vez mais no estabelecimento das relações. Desta forma, em tempos em que as relações se tornam cada vez mais rápidas e menos duráveis, não podemos deixar de considerar que não existe mais um modelo único de casamento, mas uma série de formas de se relacionar que torna mais complexa a formação de uma identidade e de um vínculo entre o casal (Paiva, 2009). A formação da identidade conjugal A conjugalidade pressupõe uma vivência compartilhada entre os parceiros, tendo como base a estabilidade e a continuidade do vínculo conjugal, onde estão presentes aspectos conscientes e inconscientes

4 14 Etapas Iniciais da Formação de um Casal C. S. Oliveira, J. S. Krug (Ziviani et al., 2006). Os casais constroem uma realidade compartilhada, na qual estão os valores, os mitos, as expectativas, as esperanças e os medos (Walsh, 2002). Alguns autores (Costa & Katz, 1992) entendem que o casamento é uma repetição de confl itos infantis, os quais encontram no vínculo entre o casal espaço para sua resolução. Neste processo de aproximação, cada sujeito necessita encontrar no parceiro a possibilidade de reviver seus confl itos de maneira a poder solucioná-los. Estabelece-se uma relação de reciprocidade e complementaridade das demandas individuais, que fazem parte da dinâmica do casal. Além dos aspectos conscientes e inconscientes que precedem o encontro conjugal, a conjugalidade também se confi gura como uma oportunidade para que o casal realize uma reformulação partilhada dos seus ideais. Eles são, geralmente, expressos a partir das expectativas dos parceiros com relação a si, ao outro e à relação conjugal (Ziviani et al., 2006). Puget e Berenstein (1993) defi nem o projeto vital compartilhado como a ação de unir e, no casal, re-unir as diferentes ideias e representações de realização e conquistas, referentes ao futuro em comum. Neste processo destaca-se a aquisição de uma linguagem comum, evoluindo até o surgimento de novos projetos em comum, como por exemplo, a criação de fi lhos. Outro aspecto relevante na formação da identidade conjugal é a consolidação do espaço lúdico. A literatura (Ziviani et al., 2006) aponta que as manifestações lúdicas na relação conjugal, através de jogos amorosos, nas relações sexuais, nas brincadeiras entre o casal, na atribuição de apelidos ao parceiro e do senso de humor em geral, signifi ca a expressão da criatividade, bem como a fl exibilidade da estrutura conjugal e suas potencialidades evolutivas. Portanto, quando duas pessoas decidem compartilhar suas vidas, ambas necessitam percorrer um longo caminho de ajustamento, antes mesmo de terminar por completo a transição do namoro para um casamento que funciona (Minuchin, 1995). Neste caminho, diversos processos psíquicos são operados entre o casal, podendo estar a formação da identidade conjugal entre os indicadores de ajuste e satisfação futura do casal. Método O presente estudo segue o modelo de pesquisa de natureza qualitativa, exploratória, sob a forma de um estudo de caso. A pesquisa do tipo exploratória objetiva busca uma maior familiaridade com o fenômeno a ser estudado, visando a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses (Gil,

5 Etapas Iniciais da Formação de um Casal C. S. Oliveira, J. S. Krug ). Já o estudo de caso trata-se de uma investigação empírica, que busca estudar um fenômeno atual, dentro de seu contexto real. O estudo de caso, como uma estratégia de pesquisa, refere-se a um método bastante abrangente, fazendo uso de abordagens específi cas à coleta e à análise de dados (Yin, 2001). Participantes Participaram desta pesquisa um casal heterossexual, com idades de vinte e seis e trinta anos, sendo o homem com vinte e seis anos e a mulher com trinta. Ambos se conheceram há três anos, coabitam há sete meses e não possuem fi lhos. A escolha deste casal ocorreu por conveniência, através da indicação de conhecidos. Instrumentos Para a realização desta pesquisa, operacionalizou-se uma triangulação entre instrumentos. Os utilizados foram: uma entrevista semiestruturada (Gil, 2009), baseada num roteiro de entrevista, criado para fins deste estudo; o genetograma (McGoldrick & Gerson, 1985); e o desenho do casal, baseado na técnica de avaliação do desenho da família (Retondo, 2000). O genetograma refere-se a uma maneira de desenhar a estrutura familiar, registrando informações sobre os membros de uma determinada família e suas interações, durante, pelo menos, três gerações. A partir do genetograma, é possível avaliar a maneira como as normas familiares estão estruturadas, sendo uma fonte rica de hipóteses a respeito de como um problema clínico pode estar relacionado ao contexto familiar (McGoldrick & Gerson, 2003). A técnica de avaliação do desenho da família (Retondo, 2000), adaptada ao desenho do casal real e ideal, visa a facilitar o processo associativo dos participantes quanto ao tema deste estudo. De acordo com Retondo (2000), é necessário que se faça uma observação global entre os desenhos, para que, posteriormente, se possa realizar uma avaliação dos detalhes individuais. Porém, estes só são signifi cativos se avaliados na sua interrelação com o todo. Procedimentos para a coleta dos dados Inicialmente, o projeto foi avaliado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa das Faculdades Integradas de Taquara. Após a aprovação,

6 16 Etapas Iniciais da Formação de um Casal C. S. Oliveira, J. S. Krug através de indicações de conhecidos, buscou-se o casal sujeito desta pesquisa. Em seguida, realizou-se o contato para marcação da entrevista, a fi m de esclarecer os fatos quanto ao estudo e convite para participação na pesquisa. Para estes fi ns, realizou-se, junto aos participantes, a leitura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), seguido da assinatura do mesmo. Após o consentimento dos membros, foram marcados os dias para a coleta dos dados. Na primeira etapa, foram entrevistados os membros do casal de forma individual, quando também foi aplicado o desenho do casal real e ideal. Na segunda parte, realizada de maneira coletiva, confeccionou-se o genetograma da família de origem de ambos os cônjuges. Nas duas etapas, os encontros foram gravados em áudio e, posteriormente, transcritos, para a realização da análise dos dados. Durante a execução da pesquisa, seguiram-se todas as recomendações da Resolução no. 196/96 do CNS sobre pesquisa com seres humanos. Procedimentos para a análise dos dados Os encontros foram transcritos e analisados, através da técnica de análise de conteúdo de Bardin (2011). Para a análise dos desenhos, foram seguidos os aspectos constantes no Manual Prático de Avaliação do HTP (Casa-Árvore-Pessoa) e Família (Retondo, 2000). Para a análise do genetograma, tomaram-se como parâmetros os indicadores contidos em McGoldrick e Gerson (2003). Os dados foram discutidos através da triangulação dos resultados, advindos dos três instrumentos. Análise e discussão dos resultados As questões relativas à entrevista semiestruturada, a entrevista de confecção do genetograma e os dados dos inquéritos executados durante os desenhos foram analisados através da técnica de Análise de Conteúdo de Bardin (2011) e geraram unidades de sentido. A partir delas, criaram-se categorias e subcategorias, a fi m de elucidar as respostas dos participantes, ou seja, os resultados encontrados na aplicação dos três instrumentos foram discutidos conjuntamente. Como resultado foram construídas quatro grandes categorias de análise, denominadas Individualidade, Fase inicial de formação da identidade conjugal, Fase atual de formação da identidade conjugal e Projetos conjugais. Na apresentação dos resultados desta pesquisa, os participantes do estudo foram identifi cados no texto com os nomes fi ctícios João e Maria a fi m de preservar o anonimato dos mesmos. Nos trechos das entrevistas abaixo descritos, as falas de João são identi-

7 Etapas Iniciais da Formação de um Casal C. S. Oliveira, J. S. Krug 17 fi cadas pela letra (J) e as de Maria pela letra (M). A primeira categoria analisada foi denominada como individualidade. Esta fez referência às avaliações que cada um dos membros do casal realizou sobre o outro e a si mesmo. Esta categoria foi composta pelas subcategorias diferenças e abrir mão da individualidade. Considerando os aspectos nela citados, evidenciou-se a necessidade do casal quanto à adaptação às diferenças individuais, vivenciadas pelos cônjuges, principalmente em se tratando de questões sobre diferenças de estilos e gênero. Com relação a diferenças entre estilos, João refere: (...) eu era meio playboyzinho e ela não, já era mais solta. (...) Ela já tinha aquela coisa de ter que trabalhar, tinha que ajudar em casa. Eu não, se eu trabalhasse, era para mim, a minha faculdade era paga pela minha mãe. Eu sempre tive tudo em casa de mão beijada, já ela não! (J). Essas diferenças, nos níveis de maturidade, também se refl etem nos desejos e características pessoais de cada um dos entrevistados. Féres- Carneiro (1998) cita que todo fascínio e difi culdade em tornar-se um casal estão no fato de que o mesmo contém dois sujeitos, dois desejos, duas inserções no mundo, duas percepções do mundo, duas histórias de vida, dois projetos de vida, duas identidades, que, neste momento, convivem com uma conjugalidade, necessitando de um desejo conjunto, uma história de vida conjugal, bem como um projeto de vida do casal, formando, assim, uma identidade conjugal. No que se refere aos papéis de gênero, evidenciou-se que os mesmos são descritos de maneira estereotipada pelo casal, quando abordam a função familiar e conjugal da mulher, relacionada aos cuidados dos fi lhos, da casa e à necessidade de estar sempre feliz para o marido: Muda o tempo que tu tem, toda aquela coisa de quando tu é namorado, tu sabe que quarta-feira, tu sabe que sábado tu tem que tá bonita, tu tem que te arrumar, tem que passar batom, tem que tá com o teu cabelo feito, que tu vai namorar, que tu vai passear. E quando tu casa, tu tenta fazer isso, só que na verdade tu chega em casa e tem roupa para lavar, tu tem que varrer a casa, eu tenho que fazer isso e além de tudo isso, eu tenho que tá feliz, sorrindo para o meu marido. E é todo dia! (M). (...) se a gente tiver um fi lho, ela não vai conseguir estudar. Eu até consigo, porque eu sou homem, para o homem eu acho que é mais fácil, para a mulher é mais complicado. Eu pretendo terminar os meus estudos e os dela antes de ter um fi lho para ter uma condição melhor de criar (J). Com relação ao espaço individual de cada membro do casal, ambos relataram a necessidade de ter que abrir mão da individualidade, no que tange aos programas com amigos, lazer, após o casamento:

8 18 Etapas Iniciais da Formação de um Casal C. S. Oliveira, J. S. Krug (...) sempre estamos juntos! Claro que no início eu senti um pouquinho de falta disso, sabe, mas depois (M). Eu nunca gostei muito dessa história de eu sair com os meus amigos e ela com as dela, jogar um futebol. Talvez isso não seja certo, mas eu nunca gostei! (J). A característica simbiótica do relacionamento do casal, descrita nas frases acima, pode sugerir necessidade de atenção. Isso porque é apontado, na literatura, que a individualidade é um importante indicador de saúde emocional do casal, residindo na preservação da individualidade dos parceiros, demonstrando a capacidade da discriminação do eu na relação conjugal. Este fator está relacionado à capacidade de diferenciação egóica do sujeito e da elaboração do paradoxo fusão-separatividade. Assim, quando estes espaços não são preservados ou estimulados, observa-se certa desmotivação na relação amorosa e um empobrecimento do vínculo afetivo (Ziviani et al., 2006). Esta perspectiva é compartilhada por Walsh (2002), quando cita que os casais saudáveis encontram o equilíbrio entre a proximidade e respeito ao distanciamento e às diferenças individuais. Porém, os membros do casal estudado avaliaram como positivo este comportamento simbiótico, constituído por eles, após o casamento, afi rmando que: (...) ele não gosta muito que a gente fique... um aqui e o outro deitado no quarto. Se é hora de dormir, então vamos dormir juntos! Então a gente se deu bem nisso, (...) se ele quer ir na padaria, ele quer que eu vá junto, então nisso sempre estamos juntos! (M). João, por sua vez, quando questionado em relação aos pontos positivos de seu casamento, comentou: (...) seria mais esta coisa da gente estar junto! (J). Um dos fatores que pode explicar este comportamento simbiótico, que resulta no desejo de João estar sempre junto de Maria, pode estar relacionado com sua história de vida. João relata, durante a confecção do genetograma, a ausência do pai ao longo de sua vida, referindo ser este um ponto que gostaria de fazer diferente: (...) o que eu me lembro é muito pouco, muito pouco, porque praticamente, o meu pai viajava muito. Eu não conseguiria viver assim, no caso, dormir fora de casa, eu não gosto disso! (J). Essa passagem evidencia aspectos observados por clínicos que trabalham com casais (Moraes, Moraes, Veloso, Alves & Tróccoli, 2009). Estes identifi cam com frequência na prática clínica a procura de casais apresentando dificuldades em seus relacionamentos conjugais, que, quando investigados, evidencia-se uma forte relação entre as queixas apresentadas na relação e difi culdades em suas relações parentais.

9 Etapas Iniciais da Formação de um Casal C. S. Oliveira, J. S. Krug 19 A categoria fase inicial de formação da identidade conjugal demonstra as etapas vivenciadas pelo casal, ao longo do período do namoro até o casamento, o que engloba a maneira como se conheceram, as primeiras impressões vivenciadas pelos cônjuges, o que atraiu em cada membro e, por fi m, o casamento. Ao mencionar a forma como se conheceram, o casal relatou que a aproximação ocorreu devido à amizade de Maria com a mãe de João, pois ambas eram colegas de faculdade. Eles se conheceram em uma ocasião, quando Maria foi até a casa de João para realizar um trabalho acadêmico. No entanto, os cônjuges abordaram a falta de interesse inicial em investir no relacionamento, vivenciada por ambos: A gente se conheceu através da minha mãe e foi uma coisa meio estranha! Na verdade, nem eu, nem ela estávamos interessados um no outro. Ela era de um jeito e eu era de outro, ela era de um estilo totalmente diferente do que eu era! (J). (...) ela falava muito dele, ela falava muito bem dele! Enfi m, não foi aquela coisa assim de início, tipo de ver e já bater! (M). A partir dos relatos de João e Maria, é possível perceber que, no início do relacionamento, não havia uma identifi cação recíproca de algo explícito entre o casal, que evidenciasse uma identidade conjunta, despertando interesse pelo parceiro. Ao abordar as primeiras impressões vivenciadas pelos cônjuges, ambos relataram a ausência de expectativas e investimento na relação, já que viam nela apenas uma oportunidade de passar o tempo: Não tinha muita expectativa, como eu te falei, um pelo outro. Não foi aquela paixão, aquela coisa assim. Como em tudo, a gente foi amadurecendo e conhecendo um ao outro. Então, quando a gente começou, eu não tinha muita perspectiva, a gente vai fi car junto e se não der certo, não deu! (J). Ir passear com ele, como se nós fossemos amigos! (M). Percebe-se, portanto, que, diferentemente de muitos casais, a identidade conjugal não teve seu início calcado em sentimentos como paixão e idealização do parceiro. De maneira diferente, quanto ao que atraiu o casal, constatou-se a infl uência de diversos fatores, tendo em vista o momento atual que estava sendo vivenciado por cada membro, incluindo suas peculiaridades e necessidades pessoais. Percebeu-se que o casal encontrou na relação uma oportunidade de melhorar sua qualidade de vida, o que demonstra que a atração, muitas vezes, não estava relacionada aos atributos do parceiro, mas ao que era proporcionado a cada um pela presença do outro: (...) eu tinha voltado não fazia muito tempo de outra cidade, eu estava

10 20 Etapas Iniciais da Formação de um Casal C. S. Oliveira, J. S. Krug meio depressivo, aquilo me segurava (...) eu estava muito preso à internet e a partir daquilo ali eu comecei a me desgrudar um pouco da internet e a viver mais o mundo real, o que eu não estava fazendo! (J). (...) eu tive uma briguinha com o meu pai, coisa assim de fi lho e pai. Aí eu disse: eu não quero fi car em casa hoje, hoje eu quero sair! Aí, peguei o ônibus domingo nove horas da manhã e disse: eu vou para outra cidade! (M). Maria encontrou, no relacionamento com João, uma oportunidade de se afastar de casa e de problemas familiares, o que também foi explicitado durante a confecção do genetograma, quando aborda o relacionamento entre seus pais: Eu tento não fi car no meio dos dois quando eles estão em briga. Hoje, como eu tenho já a minha casa, eu tento sair um pouco fora disso, sabe. Eu tento viver a minha vida, mais light! (M). Para Costa e Katz (1992) o casamento é uma repetição de confl itos infantis, seguido de uma tentativa de poder solucioná-los. Para isso, o sujeito precisa encontrar um parceiro apto e desejoso de aceitar algo de que o outro necessita poder resolver. Porém, para que esta relação aconteça, este parceiro também precisa poder encontrar, no outro sujeito, características que possam vir a contemplar suas próprias necessidades, inerentes aos seus confl itos internos. Dessa forma, pode-se mencionar que existe uma relação de reciprocidade e complementaridade das demandas individuais, que fazem parte da dinâmica do casal. Com relação ao casamento, o casal abordou uma série de etapas pelas quais perpassaram, constituindo uma nova identidade conjugal, ao longo do namoro, até chegarem a um consenso quanto ao casamento. De acordo com João e Maria, este percurso foi permeado pela fase de planejamento do casamento, sentimento de ambivalência e pressão. Com relação ao planejamento do casamento, o casal citou: (...) o ano passado eu disse para ele: Vamos casar? E ele disse não e eu disse: Não, eu quero casar contigo! Tu quer casar comigo? Ele disse: Tá, eu quero! Daí foi uma coisa assim, bem rápida! (M). Tudo foi um amadurecimento, como eu era novo, eu sou mais novo que ela, então para mim, quando eu noivei, era só um noivado. Mas durante aquele ano que eu comecei a amadurecer a idéia de casamento, que foi ela procurando, ela falando em casamento (J). Porém, esta fase foi entremeada por um sentimento de ambivalência por parte dos cônjuges. As frases a seguir indicam que os participantes da pesquisa vivenciaram desejos opostos de aproximação e afastamento, antes do planejamento do casamento, principalmente por parte de João:

11 Etapas Iniciais da Formação de um Casal C. S. Oliveira, J. S. Krug 21 Na verdade, eu queria fi car junto, eu queria arrumar uma casa, fi car junto, mas não propriamente. Eu estava pensando em arrumar um emprego em outra cidade e eu ir morar num lugar e ela morar na casa dela. A partir daquilo, um pouco ela queria, um pouco não queria, a gente brigava bastante por causa disso, tanto porque eu não trabalhava, eu ganhava tudo de mão beijada e isso ela não aceitava. Então, foi um começo bem difícil, então não era aquela coisa de apaixonado, não, foi muita briga (J). Neste sentido, João abordou a pressão vivenciada por ele, em virtude do desejo de Maria pela realização do casamento, o que, inicialmente, não era um desejo compartilhado por ambos: Ela vinha cobrando, cobrando o casamento, mas para mim, aquilo no começo não era muito, eu não estava trabalhando, não tinha nada. Então para mim, casamento não era uma coisa real (...) (J). Pode-se pensar que o casal estudado estava, como afi rma Walsh (2002), construindo uma realidade compartilhada, onde as premissas colocadas na relação são modeladas de maneira recíproca, sendo reforçadas ou modifi cadas com o passar do tempo, a partir das experiências vivenciadas pelo casal. Entre estas premissas estão os valores, os mitos, as ideias, as expectativas com relação ao futuro, bem como as esperanças e os medos, que constituem o aspecto vital da relação que guia a interação do momento e o planejamento do futuro. Neste sentido, a categoria fase atual de formação da identidade conjugal abordou uma série de etapas e mudanças, que faziam parte do processo vivenciado no momento da coleta dos dados com o casal estudado, e que se iniciou ainda no período do namoro. João e Maria relataram a necessidade de adaptação às diferenças com relação à família de origem, rotina, aumento das responsabilidades, mudanças no relacionamento e a importância da preservação do espaço lúdico. Walsh (2002) destaca que, ao iniciar uma relação, os casais realizam uma espécie de contrato metafórico para determinar se haverá o casamento, bem como para estabelecer as regras que farão parte da relação. Nenhum casal inicia uma relação a partir do zero, pois cada sujeito possui um sistema de crenças e de expectativas a respeito do casamento, que surge a partir de sua experiência com a família de origem, assim como as experiências matrimoniais e de casal, presentes na cultura da sociedade em que vivem. No que se refere às diferenças, com relação à família de origem, o casal abordou a necessidade em se adequar aos diferentes costumes familiares, tendo em vista os hábitos de cada um: (...) Claro que não é fácil, tu estava numa outra vida, numa outra rotina, duas pessoas diferentes, morando numa casa com tudo novo, são famílias

12 22 Etapas Iniciais da Formação de um Casal C. S. Oliveira, J. S. Krug diferentes. Como é muito recente, às vezes tu pensa: meu Deus do céu, isso é para a vida toda? João, quantas vezes eu já te pedi para não fazer isso, eu já te avisei! E assim, a gente vai tocando, às vezes tu deixa para não brigar, mas tem dias que tu tem que falar! Cada um se respeita, mas eu tenho muita mania, ele não tem muita, mas eu tenho, e ele me chama assim: Nossa, tu é igual à tua mãe! (M). Com relação a isso, Carter e McGoldrick (1995) salientam que o casamento tende a ser interpretado de maneira inadequada como a união de duas pessoas. Na verdade, o casamento representa a modifi cação de dois sistemas complexos, surgindo, através desta união, um terceiro subsistema. Desta maneira, o casamento é mais do que a soma das qualidades e peculiaridades de duas pessoas, pois seu sucesso irá depender da qualidade das interações desenvolvidas entre o casal (Bee, 1997). Essas interações também incluem as famílias dos cônjuges, a respeito das quais o casal referiu certa difi culdade de desvinculação, principalmente com a família de origem de Maria: (...) ela é de uma forma totalmente diferente da minha. Ela já tem que estar sempre com a família dela, os pais dela, às vezes, eu não quero estar lá. Eu gosto de estar lá, mas, às vezes, eu quero estar na minha casa com ela, isso às vezes é motivo de brigas! (J). A gente negocia, sabe, mas ele sempre acaba cedendo mais. E sou muito da minha família, ele já não era assim, ele tá fi cando um pouco mais agora! (M). No genetograma, Maria destacou o desejo de estar com os irmãos, como uma forma de proteção, citando um cuidado especial por sua irmã, a qual considera como uma fi lha: Eu tento estar sempre junto deles! Com essa de 12 anos, sempre foi assim, como se ela fosse minha fi lha, porque eu tinha 15 anos quando ela nasceu (...) (M). Wendling e Wagner (2003) apontam que a separação com relação à família de origem, ao iniciar uma nova vida, nem sempre é considerada uma tarefa fácil. Pais e fi lhos precisam se reorganizar, para que possam adaptar-se a esta mudança. Neste sentido, João e Maria indicaram ainda, no tocante à formação da identidade conjugal, a importância do convívio diário, que se dá através da rotina do casal, proporcionando um maior conhecimento e intimidade entre os membros: O namoro é só uma parte do conhecimento, e quando tu casa, já é um amadurecimento, que tu acaba sentindo mais orgulho da pessoa, tu começa a ver ela de outra forma, tu começa a admirar ela de uma forma diferente de quando tu namorava, que é pelo convívio, por tu conhecer

13 Etapas Iniciais da Formação de um Casal C. S. Oliveira, J. S. Krug 23 melhor a pessoa e também pelo fato de tu saber que ela está contigo (...) isso vai se transformando, o amor que tu sente muda para uma coisa muito mais bonita tu acaba admirando (J). Neste aspecto, Waldemar (2008) destaca que um dos motivos que pode explicar o grande número de separações, nesta fase, reside no fato de que alguns casais tomam consciência de que não conseguem superar suas inúmeras incompatibilidades, deixando de idealizar o cônjuge, como faziam anteriormente. É também uma fase de aumento das responsabilidades, necessitando uma adaptação por parte dos parceiros: (...) quando tu é solteira, tu tem o teu trabalho, tu tem o teu namorado que é diferente da casa. A gente mora com a mãe, claro que a gente lava uma louça, mas não é aquela mesma coisa, tu não assume. Aí, tu sabe que tu tem o mercado, que tu tem conta (...) (M). Bee (1997) afi rma que, durante a primeira fase da vida adulta, cada pessoa assume seu lugar dentro da sociedade, o que, normalmente, signifi ca a aquisição, aprendizado e desempenho de três papéis fundamentais: o profi ssional, o conjugal e o parental. Sendo assim, Wendling e Wagner (2003) mencionam que a complexidade relativa à etapa da saída de casa engloba tanto aspectos relacionados à herança transgeracional, quanto a aspectos socioeconômico-culturais do contexto familiar. No que tange às mudanças no relacionamento, o casal salientou uma série delas ocorridas da fase do namoro para o casamento, fato este que foi atribuído, por eles, devido à convivência diária: Eu acho que a gente está mais junto (...) o nosso convívio está melhorando! Quando a gente estava no nosso namoro, a gente brigava direto (...). E hoje, a gente tá mais junto (...) e antes, quando tu brigava, ia cada um para a sua casa! Agora, a gente briga, a gente tem que se unir, porque a gente tá no mesmo teto (..) fi ca uma coisa chata passar um e tu não falar nada e isso é uma coisa que tu tem que ter um convívio simplesmente muito bom, tu tem que estar todo dia renovando! (M). Por incrível que pareça a gente briga menos casados do que no namoro. A gente sempre brigava muito, sempre tinha um motivo ou outro. Acho que quando a gente mora junto, acho que o carinho muda. Quando a gente tá namorando, acho que o carinho é diferente, o jeito de ser tratado é diferente (J). Neste processo de mudança do casal, algumas situações apresentamse como mediadores do desenvolvimento da identidade conjugal. Neste sentido, na confecção do desenho do casal real, Maria creditou à religião um dos fatores que gerou mudanças no relacionamento, após o casamento, relatando que:

14 24 Etapas Iniciais da Formação de um Casal C. S. Oliveira, J. S. Krug Eu acho que uma das coisas é Deus, antes ele era muito descrente (M). Durante este período de modifi cações na identidade conjugal, outro importante indicador de promoção da saúde emocional do casal é o estabelecimento do espaço lúdico, que aborda a forma como os cônjuges têm administrado os programas do casal, bem como a atribuição de apelidos e códigos entre o casal. Neste ponto, Maria salientou a importância de que este espaço seja preservado: O ideal é a gente ter um dia da semana para vir em casa, tomar um banho, botar uma roupa e sair para dançar ou para passear, ou para jantar, ou para simplesmente fi car em casa juntos e sem ninguém! É aquela coisinha do que que vai ter hoje! Acho que isso é uma coisa que a gente tentou fazer, mas a gente não consegue ainda, sabe (M). O espaço lúdico na relação signifi ca a expressão da criatividade e a fl exibilidade da estrutura conjugal e suas potencialidades evolutivas. Este espaço consiste na forma como o casal lida com o potencial transicional da relação amorosa. Neste aspecto, pode-se encontrar manifestações lúdicas na relação conjugal, através de jogos amorosos, nas relações sexuais, nas brincadeiras entre o casal, na atribuição de apelidos ao parceiro e do senso de humor em geral (Ziviani et al., 2006). Quanto à atribuição de apelidos, os cônjuges trouxeram que, desde o início do casamento, estes vinham sendo utilizados pelo casal, com maior frequência, o que, segundo eles, não acontecia durante o namoro. No que diz respeito aos programas do casal, ambos relataram como têm administrado seus momentos de lazer: (...) a gente tem (apelido), não sei que dia foi ele disse: tu me chamou do que? Mas a gente tem bastante agora (...) Eu estou chamando ele agora de Fofucho, Gordinho (...) (M). (...) chamo ela de amor! Amor é normal, não tem um porque, um motivo pelo qual surgiu (J). (...) olhar televisão, a gente aluga um filmezinho, a gente sempre está fazendo uma janta, a gente gosta muito de comer juntos. A gente busca uma coisa para comer, uma pizza, um sorvete e olhando televisão (M). (...) a gente fi ca deitado, ou olhando televisão. Por mais que a gente fi que pouco tempo junto, a gente costuma tomar o café junto (J). Além disso, o casal aborda a presença de um código entre eles, que se deu a partir da convivência entre ambos, indicando que os mesmos têm construído uma identidade enquanto casal, através de uma linguagem em comum: Eu tenho a minha visão! Eu tenho assim, sabe aquela coisa de quan-

15 Etapas Iniciais da Formação de um Casal C. S. Oliveira, J. S. Krug 25 do eu tô brava perto de alguma pessoa ou quando ele fala qualquer coisa assim, eu só olho para ele. Sabe aquela careta? (M). O olhar dela! Ela me olha e eu já entendo! (J). Puget e Berenstein (1993) salientam que, quando se inicia um relacionamento, o casal usa da criatividade para gerar um conjunto de regras, onde estrutura uma linguagem que surge como uma forma de se conhecer e de entender um ao outro. Desta forma, o casal constrói sua maneira específi ca de funcionamento vincular. A categoria projetos conjugais, por sua vez, aborda aspectos referentes às expectativas, com relação ao casal, projetos futuros do casal e os pontos a melhorar na relação. No que diz respeito às expectativas com relação ao casal, observou-se que as mesmas eram compartilhadas pelos membros, que mencionaram o desejo pela melhora na qualidade de vida, sendo estes aspectos importantes para a formação de uma identidade enquanto casal: Eu espero que a gente consiga concluir os nossos estudos primeiro. Eu não concluí a minha faculdade e é uma coisa que eu espero que eu e ela vamos começar a fazer faculdade no ano que vem de novo (J). Terminar a minha faculdade, a gente terminar a nossa casa, toda ela. E daqui a uns três, quatro anos, ter um filho. O principal de tudo isso é que a gente possa ser muito feliz (...) (M). Este fato também foi expresso por Maria, durante a confecção do desenho do casal real e ideal, referindo-se à diferença existente entre os dois casais: Diferença de qualidade de vida né! Isso é uma coisa que eu preciso, e ele muito mais! (M). Isto corrobora os dados trazidos por Cerveny e Berthoud (2009), os quais demonstram que, ao longo do tempo, houve uma mudança nos principais desejos dos casais. Nesta fase, estão entre os principais aspectos, apontados pelos mesmos, a qualidade de vida, tendo em vista a rede de relações, complementação dos estudos, crescimento profi ssional, bem como empregos, cujos benefícios incluam a família. No tocante aos projetos futuros, referidos pelo casal, foi possível constatar uma coesão existente entre os cônjuges, o que denota uma capacidade de compartilhar projetos: A gente pensa em viajar, passear, ter um emprego diferente, um emprego novo. Porque assim (...) ele sonha bastante, e isso é uma coisa boa (...) eu acho que fi lho, passear (M). Nós queremos terminar a nossa faculdade e queremos ter fi lhos! (J).

16 26 Etapas Iniciais da Formação de um Casal C. S. Oliveira, J. S. Krug Estes desejos do casal puderam ser confirmados durante a confecção do desenho do casal ideal, no qual demonstraram a vontade de aumentar a casa, terminar a faculdade, terem filhos. Maria ainda acrescentou a vontade de ter um gato e um cachorro, como complemento da família, constituindo uma identidade própria de família: A gente ter um gato ou um cachorro, a gente conseguir terminar a nossa casa no caso, fazer ela maior e tudo mais (M). Aqui (desenho do casal ideal) eles estão felizes porque conquistaram o que eles queriam, que era concluir os estudo, eles estão com os diplomas na mão e também com os fi lhos (J). Ao investigar os projetos individuais e conjugais, na constituição da conjugalidade, pôde-se obter informações relacionadas aos ideais de cada cônjuge, referentes ao seu futuro, bem como sua interface com a realidade e às possibilidades de articulação dos projetos individuais, no ideal conjugal, através da elaboração do projeto conjugal compartilhado. O projeto vital compartilhado busca a união dos projetos de realizações e conquistas de ambos os cônjuges, em relação ao futuro. Para isso, é necessário que haja fl exibilidade, capacidade de reformulação, bem como a manutenção dos projetos individuais dos cônjuges. Isto implica sucessivas reformulações no projeto conjugal, considerando as mudanças existentes dentro do ciclo vital do casal e as transformações subjetivas de cada sujeito (Ziviani et al., 2006). Paiva (2009) cita em seu estudo que alguns casais apresentam dificuldades nesta fase por não compartilharem projetos em comum, infl uenciando na formação de uma identidade, um vínculo enquanto casal. Com relação aos pontos a melhorar, o casal salientou a importância da adaptação, na forma de resolução de confl itos entre ambos, referindo que este acabava sendo um ponto de desgaste na relação. Isto demonstrou uma capacidade crítica entre eles, visando a melhorar a relação, formando uma identidade de casal mais satisfatória: (...) toda briga que tu tem é um pontinho a menos! Eu digo assim: não vamos juntar muita coisa, vai que um dia isso estoure (...) (M). (...) às vezes é por uma coisinha que não tem absolutamente nada a ver, só que não é a briga, não é o motivo daquela briga, é que daquela briguinha vai transformando numa coisa maior (J). Este desejo também pode ser evidenciado durante a confecção do desenho do casal real e ideal: Falta um pouco mais de paciência com ambos, um pouco mais da minha parte, ser mais tranquila, ser mais calma, sabe. Isso é uma das coisas que eu acho que com o tempo a gente tá prestes a conseguir. Claro que nenhum casamento, ele é perfeito, mas uma das coisas que eu sempre

17 Etapas Iniciais da Formação de um Casal C. S. Oliveira, J. S. Krug 27 disse para ele, sempre, desde quando a gente namorava: eu sempre vou te respeitar, porque eu não quero que tu faça para mim nada de errado, porque eu não vou fazer para ti (M). Walsh (2002) ressalta que o sucesso ou não do casamento depende de como estão funcionando as regras de colaboração entre o casal. Independente das diferenças e semelhanças existentes entre o casal, ambos precisam colaborar em um grande número de tarefas. Para ele, a diferença existente entre os casais que dão ou não certo, não está na presença ou ausência de problemas, mas, sim, na capacidade dos cônjuges em enfrentar e resolver difi culdades, que possam surgir ao longo da vida conjugal. Com relação a isso, durante a confecção do genetograma, Maria citou a necessidade de melhorar a questão do relacionamento entre ela e João, referindo-se à relação de seus pais e de seus avós, as quais ela mencionou como sendo turbulentas, acrescentando, ainda, o desejo de não repetir estes padrões de relacionamento: Eu acho que a gente, eu principalmente assim, de uma família turbulenta, que tenho muito a fazer para melhorar né! Tentar não repetir os mesmos erros (...) (M). João, por sua vez, acrescentou: Melhorar todo mundo precisa! (J). Na relação conjugal, o casal encontra oportunidades de poder elaborar conflitos de maneira produtiva e/ou criativa e/ou continuar repetindo de forma sintomática os aspectos patológicos na relação (Ziviani et al., 2006). Framo (2002) cita que as dificuldades atuais de casal, pessoais e parentais, surgem como esforços no sentido de poder corrigir, controlar, defender-se e apagar antigos paradigmas, referentes à relação com a família de origem. Considerações finais Ao estudar o tema da formação da identidade conjugal, foi possível constatar que o casal estudado passou por uma série de etapas, que iniciaram ainda no começo do relacionamento. Dentre estas etapas, observou-se que o casal teve que se adaptar às suas diferenças individuais, especialmente as de estilos e papéis de gênero. Além disso, constatou-se que os cônjuges perpassaram por uma fase inicial de formação da identidade conjugal, que teve início ainda no momento em que se conheceram, até o casamento, englobando a maneira como se conheceram, as primeiras impressões vivenciadas por eles e o que atraiu em cada membro. Após, os cônjuges passaram para uma etapa que resultou na fase atual de formação da identidade conjugal. Nesta fase, surgiu a necessidade de adaptação

18 28 Etapas Iniciais da Formação de um Casal C. S. Oliveira, J. S. Krug às diferenças, com relação à família de origem, rotina, aumento das responsabilidades, mudanças no relacionamento e a preservação do espaço lúdico. Quanto aos projetos conjugais, o casal expressou suas diversas expectativas, projetos futuros e os pontos a melhorar na relação. No que diz respeito às expectativas, percebeu-se que as mesmas são compartilhadas pelos dois, o que pode contribuir para a formação da identidade conjugal do casal. A partir destes aspectos, verifi cou-se que, quando duas pessoas decidem compartilhar suas vidas, ambas necessitam percorrer um longo caminho de ajustamento. Isto pode ser evidenciado nos diferentes processos enfrentados pelo casal e as diferentes características expressas no cotidiano dos membros neste período. Por fim, visando dar continuidade ao estudo desta temática, considerase importante a realização de pesquisas através de acompanhamentos em longo prazo, o que poderia aprofundar a discussão sobre a vivência de constituição e desenvolvimento da identidade conjugal. Desta forma, sugere-se a realização de estudos longitudinais, com um ou mais casais, para que se possam observar as diferentes formas de caracterização da identidade conjugal. Referências Andolfi, M. (Org) (2002). A crise do casal: uma perspectiva sistêmicorelacional. Porto Alegre: Artmed. Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70. Bee, H. (1997). O ciclo vital. Porto Alegre: Artes Médicas. Brasil, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Síntese de indicadores sociais. Disponível em: < as/ sintese2003html.shtm>. Acesso em: 21 set Carter, B. & McGoldrick, M. (1995). As mudanças no ciclo de vida familiar: uma estrutura para a terapia familiar. 2. ed. Porto Alegre: Artmed. Cerveny, C. M. de O. & Berthoud, C. M. E. (2009). Ciclo vital da família brasileira. In L. C. Osório & E. P. do Valle (Orgs.), Manual de terapia familiar. Porto Alegre: Artmed. Cerveny, C. M. de O. (2010). Que seja eterno enquanto dure: uma leitura da união na fase de aquisição do ciclo vital familiar. In G. C. F Montoro & M. L. P. Munhoz (Orgs.), O desafi o do amor: questão de sobrevivência. São Paulo: Roca. Costa, G. P. & Katz, G. (1992). Dinâmica das relações conjugais. Porto Alegre: Artes Médicas.

19 Etapas Iniciais da Formação de um Casal C. S. Oliveira, J. S. Krug 29 Dias, M. L. (2010). Amor e alteridade. In G. C. F. Montoro & M. L. P. Munhoz (Orgs.). O desafi o do amor: questão de sobrevivência. São Paulo: Roca. Féres-Carneiro, T. (1998). Casamento contemporâneo: o difícil convívio da individualidade com a conjugalidade. Psicologia: Refl exão e Crítica, 11(2), Framo, J. L. (2002). Uma abordagem transgeracional à terapia de casal, à terapia familiar e à terapia individual. In M. Andolfi (Org.), A crise do casal: uma perspectiva sistêmico-relacional. Porto Alegre: Artmed. Gil, A. C. (2009). Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas. McGoldrick, M. & Gerson, R. (2003). Genogramas en la evaluacion familiar. Barcelona: Editorial Gedisa. Minuchin, S. & Nichols, M. P. (1995). A cura da família: histórias de esperança e renovação contadas pela terapia familiar. Porto Alegre: Artes Médicas Sul. Moraes, M. C. J., Moraes, G. R. J., Veloso, F. G. C., Alves, G. M. M. & Tróccoli, B. T. (2009). Influência das percepções maritais/parentais sobre relacionamentos de conjugalidade: método ADI/TIP. Psic.: Teor. e Pesq., 25(4), pp Munhoz, M. L. P. (2010). Amor nas uniões conjugais. In G. C. F. Montoro & M. L. P. Munhoz (Orgs.). O desafi o do amor: questão de sobrevivência. São Paulo: Roca. Orives, A. L., Cardoso, N. M. B. & Torman, R. (2010). (Re)Pensando o amor no relacionamento conjugal. Pensando famílias, 14(1), 1-4. Paiva, M. L. S. C. (2009). As interfaces da constituição do vínculo conjugal. Revista SPAGESP, 10(2), Puget, J. & Berenstein, I. (1993). Psicanálise do casal. Porto Alegre: Artes Médicas. Retondo, M. F. N. G. (2000). Manual prático de avaliação do HTP (casaárvore-pessoa) e família. São Paulo: Casa do Psicólogo. Waldemar, J. O. C. (2008). Terapia de casal. In A. V. Cordioli (Org.), Psicoterapias: abordagens atuais. 3. ed. Porto Alegre: Artmed. Walsh, F. (2002). Casais saudáveis e casais disfuncionais: Qual a diferença? In M. Andolfi (Org). A crise do casal: uma perspectiva sistêmico-relacional. Porto Alegre: Artmed. Wendling, M. I. & Wagner, A. (2003). Saliendo de la casa de los padres: la construcción de una nueva identidad familiar. In A. Wagner (Coord.). La transmisión de modelos familiares. Madri: Editorial CCS. Ziviani, C., Féres-Carneiro, T., Magalhães, A. S. & Bucher-Maluschke, J. (2006). Avaliação da conjugalidade. In A. P. P. Noronha, A. A. A. dos

20 30 Etapas Iniciais da Formação de um Casal C. S. Oliveira, J. S. Krug Santos & F. F. Sisto (Orgs.). Facetas do fazer em avaliação psicológica. São Paulo: Vetor. Endereço para correspondência Enviado em 29/07/2011 1ª revisão em 21/09/2011 Aceito em 27/10/2011

Minha História de amor

Minha História de amor Minha História de amor Hoje eu vou falar um pouco sobre a minha história de amor! Bem, eu namoro à distância faz algum tempinho. E não é uma distância bobinha não, são 433 km, eu moro em Natal-Rn, e ela

Leia mais

Quando os Filhos Saem de Casa e o Ninho Fica Vazio: A Visão do Casal Sobre o Fenômeno

Quando os Filhos Saem de Casa e o Ninho Fica Vazio: A Visão do Casal Sobre o Fenômeno Quando os Filhos Saem de Casa e o Ninho Fica Vazio: A Visão do Casal Sobre o Fenômeno Resumo Michelle Ineu Fontinel² Fernanda Pires Jaeger³ do contexto familiar a partir da visão dos pais. Realizamos uma

Leia mais

Identificação. M09 Duração da entrevista 29:38 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1953 (58) Local de nascimento/residência

Identificação. M09 Duração da entrevista 29:38 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1953 (58) Local de nascimento/residência 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 Identificação M09 Duração da entrevista 29:38 Data da entrevista 23-2-2012 Ano de nascimento (Idade) 1953 (58) Local de nascimento/residência

Leia mais

Identificação Duração da entrevista 25:20 Data da entrevista Ano de Nascimento (Idade) 1974 (38) Local de nascimento/residência FL07:

Identificação Duração da entrevista 25:20 Data da entrevista Ano de Nascimento (Idade) 1974 (38) Local de nascimento/residência FL07: 1 Identificação FL07 Duração da entrevista 25:20 Data da entrevista 7-10-2012 Ano de Nascimento (Idade) 1974 (38) Local de nascimento/residência Lisboa/Lisboa Grau de escolaridade mais elevado Licenciatura

Leia mais

PSICOLOGIA E DIREITOS HUMANOS: Formação, Atuação e Compromisso Social RELACIONAMENTOS AMOROSOS NA ATUALIDADE: DA PERDA À ELABORAÇÃO

PSICOLOGIA E DIREITOS HUMANOS: Formação, Atuação e Compromisso Social RELACIONAMENTOS AMOROSOS NA ATUALIDADE: DA PERDA À ELABORAÇÃO RELACIONAMENTOS AMOROSOS NA ATUALIDADE: DA PERDA À ELABORAÇÃO Emalline Angélica de Paula Santos (Psicóloga formada pela Universidade Estadual do Centro Oeste, Irati-PR, Brasil); Paulo Victor Bezerra* (Professor

Leia mais

1 PEQUENO RECADO AMOR!

1 PEQUENO RECADO AMOR! Fa bio De Carvalho 1 PEQUENO RECADO AMOR! PARA MINHA FUTURA NAMORADA: QUERIDA NAMORADA, QUERIDA COMPANHEIRA, QUERIDA POSSÍVEL FUTURA ESPOSA. EU SEI QUE VOCÊ JÁ EXISTE E PROVAVELMENTE ESTÁ POR AÍ FAZENDO

Leia mais

Transcrição da Entrevista

Transcrição da Entrevista Transcrição da Entrevista Entrevistadora: Valéria de Assumpção Silva Entrevistada: Praticante Fabrício Local: Núcleo de Arte do Neblon Data: 26.11.2013 Horário: 14h30 Duração da entrevista: 20min COR PRETA

Leia mais

A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO PROCESSO DE REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL SEGUNDO A PERCEPÇÃO DE ADULTOS CEGOS RESUMO

A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO PROCESSO DE REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL SEGUNDO A PERCEPÇÃO DE ADULTOS CEGOS RESUMO 1 A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO PROCESSO DE REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL SEGUNDO A PERCEPÇÃO DE ADULTOS CEGOS João Roberto Franco & Tárcia Regina da Silveira Dias 1 (Universidade Federal de São Carlos UFSCar)

Leia mais

Transcrição da Entrevista

Transcrição da Entrevista Transcrição da Entrevista Entrevistadora: Valéria de Assumpção Silva Entrevistada: Praticante Sonia Local: Núcleo de Arte Nise da Silveira Data: 5 de dezembro de 2013 Horário: 15:05 Duração da entrevista:

Leia mais

Guarda Compartilhada

Guarda Compartilhada Guarda Compartilhada Apresentação Esta cartilha foi desenvolvida a partir da iniciativa do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos - NUPEMEC, sob a Coordenação do Juiz Paulo César

Leia mais

Olá, aqui é Marina Carvalho e é um prazer para mim estar aqui de novo com você, nesse segundo vídeo dessa série especial: Como Conquistar suas Metas

Olá, aqui é Marina Carvalho e é um prazer para mim estar aqui de novo com você, nesse segundo vídeo dessa série especial: Como Conquistar suas Metas Olá, aqui é Marina Carvalho e é um prazer para mim estar aqui de novo com você, nesse segundo vídeo dessa série especial: Como Conquistar suas Metas Pessoais e Profissionais ainda neste ano No vídeo de

Leia mais

12 PILARES PARA MANTER UM RELACIONAMENTO FELIZ E DURADOURO

12 PILARES PARA MANTER UM RELACIONAMENTO FELIZ E DURADOURO 12 PILARES PARA MANTER UM RELACIONAMENTO FELIZ E DURADOURO DANIELE DANY S 12 pilares para manter um relacionamento feliz e duradouro relacionamentos precisam de alguns cuidados para ser construídos www.mulhercomautoestima.com

Leia mais

Identificação. ML01 Duração da entrevista 21:39 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1953 (59) Local de nascimento/residência

Identificação. ML01 Duração da entrevista 21:39 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1953 (59) Local de nascimento/residência 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 Identificação ML01 Duração da entrevista 21:39 Data da entrevista 4-8-2012 Ano de nascimento (Idade) 1953 (59) Local de nascimento/residência

Leia mais

A SUSTENTABILIDADE DOS AFETOS

A SUSTENTABILIDADE DOS AFETOS A SUSTENTABILIDADE DOS AFETOS Manuel Muacho 1 1 RESUMO A sustentabilidade dos afetos, a fomentar no seio das famílias, reforçando laços já existentes, agilizando e pluralizando personalidades e formas

Leia mais

a confusão do final do ano e as metas para o próximo

a confusão do final do ano e as metas para o próximo o que fazer se o ano que passou foi ruim? o que fazer nesse próximo ano? a confusão do final do ano e as metas para o próximo Enéas Guerriero www.equilibriocontinuo.com.br O que vamos falar hoje? 1) Estresse

Leia mais

Coparentalidade: desafios para o casamento contemporâneo

Coparentalidade: desafios para o casamento contemporâneo Mabel Pereira Romero Coparentalidade: desafios para o casamento contemporâneo Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica da PUC-Rio como requisito

Leia mais

Anexo Entrevista G2.5

Anexo Entrevista G2.5 Entrevista G2.4 Entrevistado: E2.5 Idade: 38 anos Sexo: País de origem: Tempo de permanência em Portugal: Feminino Ucrânia 13 anos Escolaridade: Imigrações prévias: --- Ensino superior (professora) Língua

Leia mais

7 GERAL DA RELAÇÃO Duas cartas que representam a essência da relação, a energia envolvida no relacionamento de ambas as partes.

7 GERAL DA RELAÇÃO Duas cartas que representam a essência da relação, a energia envolvida no relacionamento de ambas as partes. ANTÔNIO LEITURA PARA RELACIONAMENTO MÉTODO TEMPLO DE AFRODITE CASAS 1 E 2 MENTAL ELA E ELE Estas casas se referem a tudo que é pensamento racional, o que cada um pensa do outro e da relação, seus medos,

Leia mais

O criador de ilusões

O criador de ilusões O criador de ilusões De repente do escuro ficou claro, deu para ver as roupas brancas entre aventais e máscaras e foi preciso chorar, logo uma voz familiar misturada com um cheiro doce e agradável de

Leia mais

Olhando o Aluno Deficiente na EJA

Olhando o Aluno Deficiente na EJA Olhando o Aluno Deficiente na EJA ConhecendoJoice e Paula Lúcia Maria Santos Tinós ltinos@ffclrp.usp.br Apresentando Joice e Paula Prazer... Eu sou a Joice Eu sou a (...), tenho 18 anos, gosto bastante

Leia mais

Eu acho que eles têm uma dificuldade de falar de si mesmo e isso é nítido (Paloma). As mulheres ficam mais dispostas a falar, mais dispostas a voltar (...) O homem vai vir menos vezes. Ele vai abandonar

Leia mais

Link da matéria :

Link da matéria : Link da matéria : http://www.dicasdemulher.com.br/conselhos-que-um-divorciado-gostaria-de-ter-recebidoantes-de-casar/ DICAS DE MULHER DICAS DE COMPORTAMENTO 20 conselhos que um divorciado gostaria de ter

Leia mais

ANEXO 6. Quadro 1 Designação das Categorias. - Conhecimento de Síndrome de Asperger. - Planificação das aulas/sessões. - Trabalho em Equipa

ANEXO 6. Quadro 1 Designação das Categorias. - Conhecimento de Síndrome de Asperger. - Planificação das aulas/sessões. - Trabalho em Equipa Quadro 1 Designação das Categorias ANEXO 6 Categorias Subcategorias A - Percurso Profissional - Experiência - Conhecimento de Síndrome de Asperger - Planificação das aulas/sessões - Trabalho em Equipa

Leia mais

Suplemento do Professor. Superligado. Elaborado pelas autoras. Cassiana Pizaia Rima Awada Rosi Vilas Boas. Ilustrações de.

Suplemento do Professor. Superligado. Elaborado pelas autoras. Cassiana Pizaia Rima Awada Rosi Vilas Boas. Ilustrações de. Suplemento do Professor Superligado Elaborado pelas autoras Cassiana Pizaia Rima Awada Rosi Vilas Boas Ilustrações de Thiago Lopes Sobre a coleção A Coleção Crianças na Rede foi desenvolvida especialmente

Leia mais

Trocas de Experiências: Relatos de atuação e montagem de Atendimento Espaço Psicopedagógico.

Trocas de Experiências: Relatos de atuação e montagem de Atendimento Espaço Psicopedagógico. Trocas de Experiências: Relatos de atuação e montagem de Atendimento Espaço Psicopedagógico. Ana Paula Silva de Oliveira anapaula.psicopedagogoa@gmail.com * Educadora há 22 anos, atualmente na Educação

Leia mais

BALANÇO DA OCUPAÇÃO DO TEMPO DURANTE A SEMANA DE PREENCHIMENTO DA GRELHA - 1º ANO

BALANÇO DA OCUPAÇÃO DO TEMPO DURANTE A SEMANA DE PREENCHIMENTO DA GRELHA - 1º ANO BALANÇO DA OCUPAÇÃO DO TEMPO DURANTE A SEMANA DE PREENCHIMENTO DA GRELHA - 1º ANO PROFESSORA Bom dia meninos, estão bons? TODOS Sim. PROFESSORA Então a primeira pergunta que eu vou fazer é se vocês gostam

Leia mais

Transcrição da Entrevista

Transcrição da Entrevista Transcrição da Entrevista Entrevistadora: Valéria de Assumpção Silva Entrevistada: Diretor André Local: Núcleo de Arte Albert Einstein Data: 24/09/2012 Horário: 14h Duração da entrevista: 1h. COR PRETA

Leia mais

Índice. 8-9 Porque é que o papá já não está em casa? Tu e a mãe vão voltar a estar juntos? Vocês ainda gostam um do outro?

Índice. 8-9 Porque é que o papá já não está em casa? Tu e a mãe vão voltar a estar juntos? Vocês ainda gostam um do outro? Índice 3 Como usar este livro 4-7 Introdução 8-9 Porque é que o papá já não está em casa? 10-11 Onde é que vou viver? 12-13 Tu e a mãe vão voltar a estar juntos? 14-15 Vocês ainda gostam um do outro? 16-17

Leia mais

Pesquisa de opinião Você está satisfeito com a sua vida conjugal?

Pesquisa de opinião Você está satisfeito com a sua vida conjugal? Outubro, 2016 Pesquisa de opinião Você está satisfeito com a sua vida conjugal? Outubro, 2016 Introdução O Instituto do Casal realizou uma pesquisa online com 510 pessoas, entre homens e mulheres, entre

Leia mais

AMOR PROVADO Ninho Bagunçado (Décimo primeiro ao décimo nono ano)

AMOR PROVADO Ninho Bagunçado (Décimo primeiro ao décimo nono ano) AMOR PROVADO Ninho Bagunçado (Décimo primeiro ao décimo nono ano) a) Manter uma identidade pessoal e uma identidade para o casamento > Dependência exagerada - A identidade do cônjuge é um reflexo do seu

Leia mais

LUDICIDADE COMO RECURSO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

LUDICIDADE COMO RECURSO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 1 LUDICIDADE COMO RECURSO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL Silvana de Oliveira Pinto Silvia Maria Barreto dos Santos Ulbra Cachoeira do Sul silvanaopg@gmail.com RESUMO O presente trabalho trata do relato

Leia mais

Culturas de Participação: Jovens e suas percepções e praticas de cidadania. Aluno: Roberta Silva de Abreu Orientador: Irene Rizzini

Culturas de Participação: Jovens e suas percepções e praticas de cidadania. Aluno: Roberta Silva de Abreu Orientador: Irene Rizzini Culturas de Participação: Jovens e suas percepções e praticas de cidadania Aluno: Roberta Silva de Abreu Orientador: Irene Rizzini Introdução Este relatório tem por objetivo relatar as atividades desenvolvidas

Leia mais

Iracema ia fazer aniversário. Não

Iracema ia fazer aniversário. Não Estórias de Iracema Maria Helena Magalhães Ilustrações de Veridiana Magalhães Iracema ia fazer aniversário. Não sabia muito bem se ela podia convidar a turma do Hospital por motivos fáceis de explicar,

Leia mais

PERCEPÇÃO DO CUIDADOR SOBRE O CUIDADO E CONFORTO AO PACIENTE IDOSO COM SEQUELA NEUROLÓGICA EM UM HOSPITAL ESCOLA

PERCEPÇÃO DO CUIDADOR SOBRE O CUIDADO E CONFORTO AO PACIENTE IDOSO COM SEQUELA NEUROLÓGICA EM UM HOSPITAL ESCOLA PERCEPÇÃO DO CUIDADOR SOBRE O CUIDADO E CONFORTO AO PACIENTE IDOSO COM SEQUELA NEUROLÓGICA EM UM HOSPITAL ESCOLA Raissa Carla Paulino Silva e Moreira. Universidade Federal do Paraná (UFPR). E-mail: fisioraissa@hotmail.com

Leia mais

Transcriça o da Entrevista

Transcriça o da Entrevista Transcriça o da Entrevista Entrevistadora: Valéria de Assumpção Silva Entrevistada: Ex Praticante Denise Local: Núcleo de Arte Albert Einstein Data: 03.12.2013 Horário: 10 h30 Duração da entrevista: 1h.

Leia mais

É claro que existem certas condições básicas, como:

É claro que existem certas condições básicas, como: O termo qualidade de vida, de fato, tem sido muito utilizado ultimamente, mas não há consenso sobre sua definição. Nesta reflexão, vamos abordar algumas questões importantes sobre este tema, embora seja

Leia mais

PSICOPATOLOGIA INDIVIDUAL E SUA REPERCUSSÃO NA FAMÍLIA. CICLO VITAL E SUA DEMANDAS SEGREDOS NO CICLO VITAL DA FAMÍLIA

PSICOPATOLOGIA INDIVIDUAL E SUA REPERCUSSÃO NA FAMÍLIA. CICLO VITAL E SUA DEMANDAS SEGREDOS NO CICLO VITAL DA FAMÍLIA PSICOPATOLOGIA INDIVIDUAL E SUA REPERCUSSÃO NA FAMÍLIA. CICLO VITAL E SUA DEMANDAS SEGREDOS NO CICLO VITAL DA FAMÍLIA Rosane Trapaga Psicóloga Clínica Doutora em Psicologia rosanetrapaga@gmail.com 21.990556319

Leia mais

Mariana Reis Barcellos. Metáforas do casamento: uma perspectiva cognitivista sobre o discurso de homens e mulheres. Dissertação de Mestrado

Mariana Reis Barcellos. Metáforas do casamento: uma perspectiva cognitivista sobre o discurso de homens e mulheres. Dissertação de Mestrado Mariana Reis Barcellos Metáforas do casamento: uma perspectiva cognitivista sobre o discurso de homens e mulheres Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Psicologia

Leia mais

TODO AMOR TEM SEGREDOS

TODO AMOR TEM SEGREDOS TODO AMOR TEM SEGREDOS VITÓRIA MORAES TODO AMOR TEM SEGREDOS TODO AMOR TEM SEGREDOS 11 19 55 29 65 41 77 87 121 99 135 111 145 É NÓIS! 155 11 12 1 2 10 3 9 4 8 7 6 5 TODO AMOR TEM SEGREDOS. Alguns a

Leia mais

Eu te gosto, você me gosta

Eu te gosto, você me gosta Eu te gosto, você me gosta Marcia Kupstas Projeto de trabalho interdisciplinar Guia do professor Este projeto tem em vista a produção de um jornalzinho de perguntas e respostas, elaboradas pelos próprios

Leia mais

Identificação Duração da entrevista 25:57 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1968 (43) Local de nascimento/residência

Identificação Duração da entrevista 25:57 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1968 (43) Local de nascimento/residência 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 Identificação F12 Duração da entrevista 25:57 Data da entrevista 31-07-2012 Ano de nascimento (Idade) 1968 (43) Local de nascimento/residência

Leia mais

PRÁTICA SOCIAL EMPREENDEDORA DOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM EM PROJETOS COMUNITÁRIOS 1

PRÁTICA SOCIAL EMPREENDEDORA DOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM EM PROJETOS COMUNITÁRIOS 1 PRÁTICA SOCIAL EMPREENDEDORA DOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM EM PROJETOS COMUNITÁRIOS 1 MORAES, Cristiane Tolio 2 ; PIRES, Elizane Gomes 3 ; CASSOLA, Talita 4 ; BACKES, Dirce Stein 5 RESUMO Objetivou-se,

Leia mais

O REPENSAR DO FAZER DOCENTE NO ENSINO SUPERIOR NO PROCESSO DE REFLEXÃO COMPARTILHADA COM PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA

O REPENSAR DO FAZER DOCENTE NO ENSINO SUPERIOR NO PROCESSO DE REFLEXÃO COMPARTILHADA COM PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA O REPENSAR DO FAZER DOCENTE NO ENSINO SUPERIOR NO PROCESSO DE REFLEXÃO COMPARTILHADA COM PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA Lenice Heloísa de Arruda Silva (UFGD) RESUMO No trabalho investigou-se, em um processo

Leia mais

RESUMÃO VOLUME 1 - MOTIVAÇÃO E PROSPECÇÃO

RESUMÃO VOLUME 1 - MOTIVAÇÃO E PROSPECÇÃO RESUMÃO VOLUME 1 - MOTIVAÇÃO E PROSPECÇÃO O que você vai encontrar neste ebook Passo 1 - Motivação Passo 2 - Prospecção INTRODUÇÃO Este E-book foi escrito com a intenção de facilitar as vendas e negociações

Leia mais

Vai fazer 5 anos no dia 1 de Outubro. 1

Vai fazer 5 anos no dia 1 de Outubro. 1 Entrevista A4 I Experiência no lar Há quanto tempo trabalha no lar? Vai fazer 5 anos no dia 1 de Outubro. 1 Qual é a sua função no lar? Auxiliar de acção directa, no apoio a idosos. Que tarefas desempenha

Leia mais

* Nascimento: 02/08/1977

* Nascimento: 02/08/1977 Narciso de Oliveira * Nascimento: 02/08/1977 Falecimento: 10/02/2013 Fazia 10 anos que Marisa Conceição Bechert estava separada de Narciso de Oliveira, quando ele faleceu em 10 de fevereiro de 2013. Porém,

Leia mais

CURSO DE SUPERVISORES

CURSO DE SUPERVISORES 2016 CURSO DE SUPERVISORES [Com Ferramentas de Coaching] AULA 7 Bruno Monteiro AAULA 7 APRENDENDO A DESAFIAR A EQUIPE A CRESCERR Os bons líderes precisam viver o que eu chamo de melhoria contínua. Ou seja,

Leia mais

6 Meu desejo: AMOR verdadeiro. O amor é um caminho. Na construção do amor. Contudo Vou lhe mostrar um caminho mais excelente.

6 Meu desejo: AMOR verdadeiro. O amor é um caminho. Na construção do amor. Contudo Vou lhe mostrar um caminho mais excelente. Contudo Vou lhe mostrar um caminho mais excelente. Cor 2,3 Contudo Vou lhe mostrar um caminho mais excelente. Cor 2,3 Observe bem a foto! São pessoas mais velhas. Homem e mulher, que caminham juntos. Estão

Leia mais

Dicas Crie um estilo pessoal

Dicas Crie um estilo pessoal Introdução Esse mini ebook foi feito especialmente para você que deseja conquistar lindas mulheres. Nas próximas páginas será compartilhado dicas práticas para que você conquiste mulheres de forma mais

Leia mais

PSICOLOGIA JURÍDICA: RELAÇÃO COM O DIREITO DE FAMÍLIA

PSICOLOGIA JURÍDICA: RELAÇÃO COM O DIREITO DE FAMÍLIA PSICOLOGIA JURÍDICA: RELAÇÃO COM O DIREITO DE FAMÍLIA Prof. Thiago Gomes 1. CONTEXTUALIZAÇÃO O QUE É A FAMÍLIA? E O CASAMENTO? Poema: PROMESSAS MATRIMONIAIS (Martha Medeiros) Promete se deixar conhecer?

Leia mais

NA EDUCAÇÃO INFANTIL, SER DIRETOR É, TAMBÉM, DESPERTAR O AMOR: DO BUROCRÁTICO AO ACOLHIMENTO DE BEBÊS E CRIANÇAS BEM PEQUENAS. 1

NA EDUCAÇÃO INFANTIL, SER DIRETOR É, TAMBÉM, DESPERTAR O AMOR: DO BUROCRÁTICO AO ACOLHIMENTO DE BEBÊS E CRIANÇAS BEM PEQUENAS. 1 NA EDUCAÇÃO INFANTIL, SER DIRETOR É, TAMBÉM, DESPERTAR O AMOR: DO BUROCRÁTICO AO ACOLHIMENTO DE BEBÊS E CRIANÇAS BEM PEQUENAS. 1 Fatima Simone De Campos 2. 1 Relato de Experiência vivida nos últimos quatro

Leia mais

Eu queria desejar a você toda a felicidade do mundo e Obrigado, vô.

Eu queria desejar a você toda a felicidade do mundo e Obrigado, vô. Parabéns para o Dan Tocou o telefone lá em casa. Meu pai atendeu na sala. Alô. Meu avô, pai do meu pai, do outro lado da linha, fez voz de quem não gostou da surpresa. Eu liguei pra dar parabéns ao Dan.

Leia mais

CURSO DE FORMAÇÃO EM CONSTELAÇÃO FAMILIAR

CURSO DE FORMAÇÃO EM CONSTELAÇÃO FAMILIAR CURSO DE FORMAÇÃO EM CONSTELAÇÃO FAMILIAR Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalhará seu futuro. Aprenda a trabalhar com uma rápida e eficiente técnica terapêutica que tem ajudado milhares

Leia mais

ENRIQUECENDO VIDAS ATRAVÉS DA INICIAÇÃO! Danielle Siriani Diretora Executiva Mary Kay

ENRIQUECENDO VIDAS ATRAVÉS DA INICIAÇÃO! Danielle Siriani Diretora Executiva Mary Kay ENRIQUECENDO VIDAS ATRAVÉS DA INICIAÇÃO! Danielle Siriani Diretora Executiva Mary Kay Nós temos a missão de compartilhar nosso amor, nossa energia, nossa esperança, nossos sonhos, nossos produtos de qualidade,

Leia mais

VOCÊ JÁ ESCREVEU AS SUAS?

VOCÊ JÁ ESCREVEU AS SUAS? METAS PARA O CASAL VOCÊ JÁ ESCREVEU AS SUAS? Esse e-book vai inspirar você a arregaçar as mangas para cultivar a qualidade de relacionamento que você quer colher durante esse ano. Vai te ensinar tim tim

Leia mais

A INSTITUIÇÃO DO MATRIMÔNIO

A INSTITUIÇÃO DO MATRIMÔNIO A INSTITUIÇÃO DO MATRIMÔNIO O casamento é uma benção instituída por Deus. Pode e deve ser considerado como uma dádiva dos céus. Pois a própria Bíblia assim nos diz: "É por isso que o homem deixa o seu

Leia mais

Como a análise pode permitir o encontro com o amor pleno

Como a análise pode permitir o encontro com o amor pleno Centro de Estudos Psicanalíticos - CEP Como a análise pode permitir o encontro com o amor pleno Laura Maria do Val Lanari Ciclo II, terça-feira à noite O presente trabalho tem por objetivo relatar as primeiras

Leia mais

Transcrição da Entrevista

Transcrição da Entrevista Transcrição da Entrevista Entrevistadora: Valéria de Assumpção Silva Entrevistada: Praticante Igor Local: Núcleo de Arte Nise da Silveira Data: 05 de dezembro de 2013 Horário: 15:05 Duração da entrevista:

Leia mais

Identificação. F03 Duração da entrevista 18:12 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1974 (36) Local de nascimento/residência

Identificação. F03 Duração da entrevista 18:12 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1974 (36) Local de nascimento/residência 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Identificação F03 Duração da entrevista 18:12 Data da entrevista 4-5-2011 Ano de nascimento (Idade) 1974 (36) Local de

Leia mais

Psicologia social. Interacções sociais

Psicologia social. Interacções sociais Psicologia social Interacções sociais Modelo de atracção e de amizade em função do tempo (Rusbult, 1983) Prazer Gratificações e custos Nível de comparação Investimento na relação Níveis de comparação alternativos

Leia mais

COMO TER SUA ESPOSA DE VOLTA

COMO TER SUA ESPOSA DE VOLTA COMO TER SUA ESPOSA DE VOLTA Trechos selecionados do livro Estratégias poderosas para fazê-la voltar para você. www.salveseucasamento.com.br Mark Love E-book gratuito Esse e-book gratuito é composto de

Leia mais

Caderno de Atividade

Caderno de Atividade Caderno de Atividade Oi, Tudo bem contigo? O meu Objetivo com este Caderno de Atividades é ajudar você descobrir os seus talentos! Ou pelo menos iniciar esta jornada... Talvez você já tenha ouvido ou

Leia mais

SEU SUCESSO NA CARREIRA. em foco!

SEU SUCESSO NA CARREIRA. em foco! SEU SUCESSO NA CARREIRA em foco! Qual seu motivo para fazer inicios? Que benefícios eles te trazem a curto e a longo prazo? Não sou como você Sei que você não é como eu. Você irá se dar bem por

Leia mais

O SENTIDO DA VIDA SOB A ÓTICA DE UM GRUPO DE IDOSOS

O SENTIDO DA VIDA SOB A ÓTICA DE UM GRUPO DE IDOSOS O SENTIDO DA VIDA SOB A ÓTICA DE UM GRUPO DE IDOSOS Mahyne Cleia Albino Guedes; Ednardo Serafim de Sousa; Viviane Santos Soares Mariz; Kay Francis Leal Vieira INTRODUÇÃO Centro Universitário de João Pessoa-

Leia mais

6º e 7º ANOS - BLOCOS

6º e 7º ANOS - BLOCOS ATIVIDADES AVALIATIVAS 6º e 7º ANOS - BLOCOS Disciplina(s) Data Ciências/Redação 12/03 Matemática 18/03 Inglês/História 23/03 Geografia 28/03 ATIVIDADES AVALIATIVAS 8º ANO - BLOCOS Disciplina(s) Data Inglês/Redação

Leia mais

família Contributo para a implementação de um projecto integrado de apoio à família

família Contributo para a implementação de um projecto integrado de apoio à família Maria José Maroto Eusébio Desafios a pensar na família Contributo para a implementação de um projecto integrado de apoio à família Lisboa Universidade Católica Editora 2014 Índice Siglas 15 Prefácio 17

Leia mais

Quinze sinais de que seu casamento ruma ao divórcio (Do Portal MSN, Estilo de Vida)

Quinze sinais de que seu casamento ruma ao divórcio (Do Portal MSN, Estilo de Vida) Quinze sinais de que seu casamento ruma ao divórcio (Do Portal MSN, Estilo de Vida) istock/getty Images INDÍCIOS DA SEPARAÇÃO IMINENTE Talvez a pior decisão para qualquer casal é a de se separar. Para

Leia mais

Olá! Nós somos a Viraventos,

Olá! Nós somos a Viraventos, Olá! Nós somos a Viraventos, uma escola infantil focada na formação integral de crianças por meio de uma educação personalizada em parceria com a família. Parte do nosso projeto educativo é capacitar e

Leia mais

GUIA DO CLIENTE GUIA DO CLIENTE 1. ESCOLHA DO FOTÓGRAFO

GUIA DO CLIENTE GUIA DO CLIENTE 1. ESCOLHA DO FOTÓGRAFO 1. ESCOLHA DO FOTÓGRAFO O fotógrafo profi ssional precisa ter alguns atributos essenciais: conhecimento técnico sofi sticado, talento, cultura, sensibilidade, atualização profi ssional constante, efi ciência

Leia mais

MONITORIA VOLUNTÁRIA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

MONITORIA VOLUNTÁRIA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA MONITORIA VOLUNTÁRIA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA Joice Mayumi Nozaki Prefeitura de São Paulo e NEPEF- UNESP/ Rio Claro Antonio Andrade de Santana Rede Estadual de Ensino e Prefeitura de São Paulo Lílian

Leia mais

Problemática 1 Percurso na vida associativa. Dimensões Entrevista A1 Análise

Problemática 1 Percurso na vida associativa. Dimensões Entrevista A1 Análise Problemática 1 Percurso na vida associativa Início da prática associativa (local e idade) Tipo de trabalho desenvolvido «( )em Deão, na Associação Juvenil de Deão» (P.1) «Comecei a participar nela praí

Leia mais

VAMOS PLANEJAR! Volume 1. BNCC - Colocando o pensar e o agir da criança no centro do processo educativo.

VAMOS PLANEJAR! Volume 1. BNCC - Colocando o pensar e o agir da criança no centro do processo educativo. VAMOS PLANEJAR! Volume 1 BNCC - Colocando o pensar e o agir da criança no centro do processo educativo. O conhecimento vem com a experiência que cada criança vai vivenciar no ambiente educacional. Colocando

Leia mais

VAMOS PLANEJAR! Volume 1. BNCC - Colocando o pensar e o agir da criança no centro do processo educativo.

VAMOS PLANEJAR! Volume 1. BNCC - Colocando o pensar e o agir da criança no centro do processo educativo. VAMOS PLANEJAR! Volume 1 BNCC - Colocando o pensar e o agir da criança no centro do processo educativo. O conhecimento vem com a experiência que cada criança vai vivenciar no ambiente educacional. Colocando

Leia mais

LIVROS PODEROSOS. Recentemente publiquei no Twitter uma pergunta, sobre os motivos de haver tão

LIVROS PODEROSOS. Recentemente publiquei no Twitter uma pergunta, sobre os motivos de haver tão LIVROS PODEROSOS 2017 Como Ler um Livro Por Semana Recentemente publiquei no Twitter uma pergunta, sobre os motivos de haver tão poucos leitores no Brasil. Imaginava que o preço dos livros seria o principal

Leia mais

como diz a frase: nois é grossa mas no fundo é um amor sempre é assim em cima da hora a pessoa muda numa hora ela fica com raiva, triste, feliz etc.

como diz a frase: nois é grossa mas no fundo é um amor sempre é assim em cima da hora a pessoa muda numa hora ela fica com raiva, triste, feliz etc. SEGUIR EM FRENTE seguir sempre em frente, nunca desistir dos seus sonhos todos nós temos seu nivel ou seja todos nós temos seu ponto fraco e siga nunca desistir e tentar até voce conseguir seu sonho se

Leia mais

CENTRO DE MEMÓRIA DO ESPORTE ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ALINE PELLEGRINO II

CENTRO DE MEMÓRIA DO ESPORTE ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ALINE PELLEGRINO II CENTRO DE MEMÓRIA DO ESPORTE ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ALINE PELLEGRINO II (depoimento) 2014 FICHA TÉCNICA ENTREVISTA CEDIDA PARA PUBLICAÇÃO NO REPOSITÓRIO DIGITAL

Leia mais

Passo a Passo da Venda de MÓVEIS PLANEJADOS

Passo a Passo da Venda de MÓVEIS PLANEJADOS Passo a Passo da Venda de MÓVEIS PLANEJADOS Instrutor/Orientador Sigmar Sabin www. sigmarsabin.com.br comercial@ sigmarsabin.com.br 41.99666.8183 Whats APOIO Gandara Representações Realização Parabéns!!!

Leia mais

Sumário CADA UM DO SEU JEITO...8 A HISTÓRIA DE CADA UM...22

Sumário CADA UM DO SEU JEITO...8 A HISTÓRIA DE CADA UM...22 Sumário 1 CADA UM DO SEU JEITO...8 Eu...9 Os outros...11 O tempo não para...12 Autorretrato em três tempos...12 As paisagens também se transformam...13 Tudo muda...14 Antes e depois...15 Os primeiros documentos...16

Leia mais

História de José Inácio Scheibler

História de José Inácio Scheibler História de José Inácio Scheibler Nascimento: 28 de novembro de 1954 Falecimento: 20 de outubro de 2009 No dia 28 de novembro de 1954 nascia José Inácio Scheibler no distrito de Monte Alverne município

Leia mais

DESAMARRAÇÕES Jay Reiss

DESAMARRAÇÕES Jay Reiss DESAMARRAÇÕES Por mais estranho que seja o conceito de amarrar a pessoa amada, ele é popular. São muitas as formas de se amarrar a uma pessoa (amada ou não) e se amarrar nas nossas relações. Contratos,

Leia mais

RELATÓRIO DE VIAGEM. Universidade de Intercâmbio: Universidade Lusíada de Lisboa

RELATÓRIO DE VIAGEM. Universidade de Intercâmbio: Universidade Lusíada de Lisboa RELATÓRIO DE VIAGEM 1. Apresentação Pessoal Nome: Ana Luiza Pereira de Carvalho Curso: Psicologia Período: 8 País de Destino: Portugal Universidade de Intercâmbio: Universidade Lusíada de Lisboa 2. Visão

Leia mais

5 A pesquisa de campo

5 A pesquisa de campo 58 5 A pesquisa de campo Neste capítulo, apresenta-se a pesquisa qualitativa realizada junto a 9 mães, investigando, a partir das várias transformações pelas quais elas passaram, as representações que

Leia mais

coleção Conversas #12 - SETEMBRO é no Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça.

coleção Conversas #12 - SETEMBRO é no Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça. a s coleção Conversas #12 - SETEMBRO 2014 - Eu sinto a I tr s ç o ã o por c é no r r m ia a nç a l? s. Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça. A Coleção CONVERSAS da

Leia mais

Nossa, até o número é legal! Bonito o número! - Ah, que isso! - É sério! Tem gente que tudo é bonito! Rosto, corpo, papo...

Nossa, até o número é legal! Bonito o número! - Ah, que isso! - É sério! Tem gente que tudo é bonito! Rosto, corpo, papo... Seis ou sete? - Oi. Eu tava te reparando ali, você.. - É mesmo? - Pois é, você me lembra aquela atriz... Como que ela chama mesmo? - Todos me dizem isso. É a Bruna, não é? - Ela mesma! Você é a cara dela.

Leia mais

Dez sinais indicam que você ainda não tem preparo para deixar a solteirice

Dez sinais indicam que você ainda não tem preparo para deixar a solteirice Dez sinais indicam que você ainda não tem preparo para deixar a solteirice Todos sabemos que um amor não avisa quando vai aparecer. Mas você está pronto? Em algumas circunstâncias, é possível avaliar criteriosamente

Leia mais

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA ROTEIRO DE ATIVIDADES 2º SÉRIE 4º BIMESTRE AUTORIA CONCEICAO DE MARIA PERDOMIS VIVEIROS Rio de Janeiro 2012 TEXTO GERADOR I - Seminário O texto abaixo é a transcrição

Leia mais

Patrícia Poppe XIII Encontro Luso-Brasileiro e XV Congresso Nacional da SPGPAG O Grupo: Espelho de Afetos; Construção de vínculos Lisboa,

Patrícia Poppe XIII Encontro Luso-Brasileiro e XV Congresso Nacional da SPGPAG O Grupo: Espelho de Afetos; Construção de vínculos Lisboa, O Grupo de Pais na Escola Mudanças e Enriquecimento de Vínculos Patrícia Poppe XIII Encontro Luso-Brasileiro e XV Congresso Nacional da SPGPAG O Grupo: Espelho de Afetos; Construção de vínculos Lisboa,

Leia mais

6 A PESQUISA DE CAMPO:

6 A PESQUISA DE CAMPO: 6 A PESQUISA DE CAMPO: OBJETIVOS E PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Neste capítulo, apresenta-se a pesquisa qualitativa realizada junto a 10 psicólogos clínicos a respeito do cliente masculino na clínica psicológica.

Leia mais

i dos pais O jovem adulto

i dos pais O jovem adulto i dos pais O jovem adulto O desenvolvimento humano é um processo de mudanças emocionais, comportamentais, cognitivas, físicas e psíquicas. Através do processo, cada ser humano desenvolve atitudes e comportamentos

Leia mais

ALGUNS RECORTES SOBRE PSICOSSOMÁTICA NA CIÊNCIA DO SENTIR. O universo psicoterapêutico tem relação com como trabalhar as questões dos pacientes,

ALGUNS RECORTES SOBRE PSICOSSOMÁTICA NA CIÊNCIA DO SENTIR. O universo psicoterapêutico tem relação com como trabalhar as questões dos pacientes, ALGUNS RECORTES SOBRE PSICOSSOMÁTICA NA CIÊNCIA DO SENTIR Laerte Torres Filho 1 O universo psicoterapêutico tem relação com como trabalhar as questões dos pacientes, no sentido de leva-los a uma compreensão

Leia mais

História de Maria dos Santos Vieira

História de Maria dos Santos Vieira História de Maria dos Santos Vieira Nascimento: 29 de novembro de 1925 Falecimento: 8 de junho de 2007 Em Cacequi, dia 29 de novembro de 1925, nascia Maria dos Santos Vieira, filha dos ferroviários Amália

Leia mais

(Re)integração familiar no contexto de acolhimento

(Re)integração familiar no contexto de acolhimento (Re)integração familiar no contexto de acolhimento Fluxo do atendimento CT; JIJ; MP Média Complexidade Diagnóstico: Manutenção na família ou saída Programas de alta complexidade: Acolhimento institucional

Leia mais

11 E 12 DE DEZEMBRO DE 2008 REALIZAÇÃO ASPPE

11 E 12 DE DEZEMBRO DE 2008 REALIZAÇÃO ASPPE 11 E 12 DE DEZEMBRO DE 2008 REALIZAÇÃO ASPPE O NÚMERO DE CRIANÇAS QUE FORAM INFECTADAS PELO HIV AO NASCER E ESTÃO CHEGANDO A ADOLESCÊNCIA E A IDADE ADULTA É CRESCENTE EM DECORRÊNCIA DA EVOLUÇÃO DA TERAPIA

Leia mais

AÇÕES EDUCATIVAS DA PSICOLOGIA NO PRÉ, TRANS E PÓS TMO. Érika Arantes de Oliveira Cardoso

AÇÕES EDUCATIVAS DA PSICOLOGIA NO PRÉ, TRANS E PÓS TMO. Érika Arantes de Oliveira Cardoso AÇÕES EDUCATIVAS DA PSICOLOGIA NO PRÉ, TRANS E PÓS TMO Érika Arantes de Oliveira Cardoso Importância do entendimento dos pacientes sobre seu prognóstico e a probabilidade de benefício com várias terapias

Leia mais

TERAPIA DO ESQUEMA PARA CASAIS

TERAPIA DO ESQUEMA PARA CASAIS TERAPIA DO ESQUEMA PARA CASAIS CONVERSANDO SOBRE KELLY PAIM Busca por relacionamentos satisfatórios Relações que trazem prejuízo e sofrimento O que acontece então? RELAÇÕES ÍNTIMAS VULNERABILIDADE HUMANA

Leia mais

Explosão de inícios PARTE WhatsApp

Explosão de inícios PARTE WhatsApp Explosão de inícios PARTE 2 83 986147620 WhatsApp O PODER DE UM BOM FECHAMENTO PESSOA Sonho DOR VALOR X PREÇO Se o valor for maior que o preço o negocio está fechado!! EVITAR CONFLITOS FINAL DA APRESENTAÇÃO

Leia mais

ESCOLA SONHO DE CRIANÇA PROPOSTA PEDAGÓGICA DA ESCOLA SONHO DE CRIANÇA

ESCOLA SONHO DE CRIANÇA PROPOSTA PEDAGÓGICA DA ESCOLA SONHO DE CRIANÇA PROPOSTA PEDAGÓGICA DA ESCOLA SONHO DE CRIANÇA A visão de educação da Escola Sonho de Criança é de concepção humanista, já que valoriza o ser humano no desenvolvimento das suas potencialidades. Acreditamos

Leia mais

Há 4 anos. 1. Que dificuldades encontra no seu trabalho com os idosos no seu dia-a-dia?

Há 4 anos. 1. Que dificuldades encontra no seu trabalho com os idosos no seu dia-a-dia? Entrevista A15 I Experiência no lar Há quanto tempo trabalha no lar? Há 4 anos. 1 Qual é a sua função no lar? Sou ajudante de lar. Que tarefas desempenha no seu dia-a-dia? Faço-lhes a higiene, preparo-os,

Leia mais

Trabalho. Reflexões sobre insatisfações profissionais

Trabalho. Reflexões sobre insatisfações profissionais Trabalho Reflexões sobre insatisfações profissionais O que esperamos do trabalho? O trabalho, para muita gente, ainda significa o mesmo da sua origem no latim: um instrumento de tortura e a total perda

Leia mais

A TERAPIA DE CASAL RETRATADA NO FILME UM DIVÃ PARA DOIS

A TERAPIA DE CASAL RETRATADA NO FILME UM DIVÃ PARA DOIS A TERAPIA DE CASAL RETRATADA NO FILME UM DIVÃ PARA DOIS 2015 Fernanda Tessaro Graduanda em Psicologia pela Faculdade Meridional - IMED E-mail de contato: fernandamtessaro@gmail.com RESUMO O cinema permeia

Leia mais