(Re)integração familiar no contexto de acolhimento
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- Gustavo Figueiredo Macedo
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1 (Re)integração familiar no contexto de acolhimento
2 Fluxo do atendimento CT; JIJ; MP Média Complexidade Diagnóstico: Manutenção na família ou saída Programas de alta complexidade: Acolhimento institucional ou familiar Família de Origem/ Extensa Média Complexidade: acompanhamento sóciofamiliar especializado Preparação gradativa para a saída do acolhimento provisório Acompanhamento integral da criança e família de origem durante o afastamento em alta complexidade Articulação dos atores para ação em rede
3 Concepções fundadoras Reintegrar - Restabelecer na posse de; - Tornar a investir; - Investir de novo.
4 ECA / /09 Normativas Qualidade nas relações Reflexão permanente sobre a prática
5 Funções / atribuições - Reintegração Art 88 VI - integração operacional de órgãos do Judiciário, Ministério Público, Defensoria, Conselho Tutelar e encarregados da execução das políticas sociais básicas e de assistência social, para efeito de agilização do atendimento de crianças e de adolescentes inseridos em programas de acolhimento familiar ou institucional, com vista na sua rápida reintegração à família de origem ou, se tal solução se mostrar comprovadamente inviável, sua colocação em família substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei.
6 Resgatar/fortalecer vínculos é mais complexo do que construí-los.
7 Metodologia de (Re)integração Com as Famílias Cuidar de quem cuida - Plano personalizado de atendimento; - Entrevistas; - Visitas domiciliares; - Grupos com famílias; - Visitas institucionais; - Encaminhamentos. - Supervisão; - Intervisão; - Estudo de casos; - Capacitação profissional; - Reunião de equipe; - Rede de apoio.
8 (Re)integração familiar Dois momentos: Pré-reintegração; Pós-reintegração.
9 Pontos relevantes no processo de (re)integração: Motivo do acolhimento Tempo de acolhimento Idade em que ocorreu a separação Situação dos vínculos familiares De quem partiu o desejo de (re)integrar História pregressa da família Família: discurso e movimento Criança: discurso e movimento Vínculo equipe C/A família Suportes socioeconômicos
10 A pré-reintegração à família de origem/extensa Observar e monitorar os indicadores dos atores envolvidos: Crianças/adolescentes: pedido verbal em voltar para a família, indícios não verbais como, por exemplo, os sentimentos demonstrados após as despedidas dos encontros, perceber como estão os vínculos, se há aceitação mútua (reciprocidade) entre a família de origem/extensa e a criança/adolescente, etc. Especular o desejo de retomada da convivência ou não. Família de Origem/Extensa: mudanças na rotina de vida familiar, assiduidade nos encontros, quem vai aos encontros / às visitas, etc. Especular o desejo de retomada da convivência ou não. Instituição / Família Acolhedora: apontamentos feitos sobre a criança/adolescente e a sua respectiva família, evolução do caso através das observações dos encontros / das visitas, etc.
11 Família: - Investir na(o): auto-estima, autonomia, convívio social, reparação e/ou fortalecimento de vínculos afetivos - Mapear pessoas positivamente importantes em sua história de vida - Prepará-la gradativamente para o retorno da criança/adolescente - Prepará-la para eventuais exigências da criança/adolescente - Fortalecê-la no enfrentamento das dificuldades que poderão ocorrer na adaptação da criança/adolescente ao novo contexto familiar - Fomentar na família, conjuntamente com a C/A, a elaboração de um projeto de vida.
12 Criança/adolescente: - Escuta individual - Trabalhar idealizações e expectativas - Mapear pessoas importantes - Reaproximação gradativa com a família de origem / extensa (ou adotiva). Intensificar os encontros e aumentar o tempo de permanência
13 Família acolhedora / equipe instituição / outras crianças: -Orientar (equipe e família acolhedora) para intensificar a preparação da criança ou do adolescente para seu retorno à família de origem (ou inserção em família substituta) - Preparação gradativa para o afastamento da criança/ adolescente, podendo incluir encontros/ pernoites nos finais de semana com a família (de origem, extensa ou substituta) - Consolidar e fortalecer as conquistas do período de acolhimento.
14 Pós (re) integração Retorno da criança/adolescente à família de origem ou extensa: - Contribuir para a adaptação dos novos rearranjos; - Abordar e acompanhar os efeitos para cada um dos envolvidos e para o sistema todo, observando como é experienciada a vivência de separação, perda/luto e recuperação; - Encaminhar as providências jurídico-administrativas (relatório, pedido de rescisão da guarda...)
15 (Re)integração - intervenção Específica do programa famílias acolhedoras: - Oferecer suporte psicossocial para a família acolhedora após a saída do acolhido; - Intermediar e orientar as famílias com relação à manutenção dos vínculos com a criança ou o adolescente quando da (re)integração familiar.
16 Novo Olhar para a Família Olhar para a família não pelo que lhe falta, mas por sua riqueza Estratégias de sobrevivência = riqueza das respostas possíveis para suas necessidades
17 O Desafio do Trabalho Social com Famílias Mudança de Paradigma Assistencialismo X Empoderamento Incapacidade X Competência Disfuncionalidade X Estratégia de Sobrevivência Desestruturada X Reconhecimento da Estrutura
18 Modelos de Intervenção Salvador da Pátria Trabalha com o patológico Carência Negativo Centraliza o saber, gera insegurança, culpa, medo Gera dependência, nutre o iluminado Sofrimento individual Sistêmico Trabalha com o sistêmico Competência Positivo Faz circular a informação Co-responsabilidade, as competências de cada um aparecem Cada história contada reedita as nossas
19 Busca do Ponto Sólido Guy Ausloos
20 Relação entre as Competências da Família e Apoio do Projeto O Empoderamento é realizado através da interação entre o apoio do Projeto e o desenvolvimento das competências das famílias. Apoio Competência
21 SERVIÇO DE FAMÍLIA ACOLHEDORA
22 Serviços de Famílias Acolhedoras* Modalidade de atendimento: - acolhimento na residência de famílias cadastradas, selecionadas, capacitadas e acompanhadas. - a crianças e/ou adolescentes com medida de proteção fora da família de origem. - para que seja possível sua reintegração familiar ou encaminhamento para família substituta. * Definições do glossário PNCFC
23 Objetivos Objetivo Geral: Proteger a criança e o adolescente que esteja em situação de risco e que por algum motivo precise se afastar do convívio familiar. Objetivos Específicos: Interromper o processo de violação de direitos. Garantir a preservação do direito à convivência familiar e comunitária. Atender ao princípio da brevidade, visando à reintegração à família de origem ou extensa.
24 Diferenças Acolhimento Institucional Acolhimento Familiar Quanto à guarda Pessoa Jurídica Pessoa Física Quanto à responsabilidade Quanto ao espaço físico e atendimento das necessidades Os profissionais assumem os cuidados com a criança / adolescente Institucional Coletivizado Os profissionais facilitam um contexto para que as famílias, acolhedora, de origem e extensa possam assumir os cuidados com a criança. Residencial-familiar e comunitário Personalizado Quanto à convivência familiar Periférica Central e campo da intervenção Quanto à convivência comunitária A identificação e o pertencimento comunitário ficam mais comprometidos Garantida através da inclusão nas redes pessoal e social da família.
25 Programa Famílias Acolhedoras X Adoção Famílias Acolhedoras X Adoção Transferência temporária dos deveres e direitos da família de origem para um outro adulto ou família. Não há substituição. Há parceria e colaboração. Preservação da identidade da criança. A transferência dos direitos parentais é total e irrevogável. Substituição dos direitos e obrigações. A identidade legal pode ser alterada.
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