Perspectivas Críticas em Estudos Organizacionais: O Que as Une?

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Perspectivas Críticas em Estudos Organizacionais: O Que as Une?"

Transcrição

1 Perspectivas Críticas em Estudos Organizacionais: O Que as Une? Autoria: Vanessa Brulon, Leonardo Darbilly Resumo: como forma de se contrapor ao viés conservador presente no chamado pensamento tradicional, o pensamento crítico surge adotando um caráter humanístico e rompendo com a lógica sistêmico-funcionalista para a adoção de um pensamento dialético. Surgem, dentro deste pensamento crítico, muitas vertentes que não possuem um consenso entre si no que diz respeito à própria noção de crítica. A forma por meio das quais estas diferentes vertentes interagem, portanto, tem sido marcada por controvérsias. Indo ao encontro de Alcadipani e Turreta (2009, p.508), os quais propõem que os teóricos da área passem a olhar menos para o que distancia as diferentes perspectivas críticas e mais para aquilo que as une, pretende-se, no presente estudo, identificar aquilo que há em comum entre as diferentes vertentes que compõem o pensamento crítico em estudos organizacionais no que diz respeito a seus aspectos ontológicos, epistemológicos, axiológicos, retóricos e metodológicos. Para tal, foram analisados artigos da área de estudos organizacionais críticos apresentados nos congressos ANPAD nos últimos anos. Optou-se por analisar os trabalhos apresentados na EnANPAD, bem como no encontro da divisão de estudos organizacionais da ANPAD (EnEO), já que esta linha de pesquisa diz respeito diretamente à área objeto de estudo. Neste sentido, todos os trabalhos que foram apresentados na linha de estudos organizacionais críticos, durante o período de 2009 a 2010, nos eventos mencionados, foram analisados. A opção por tal período de tempo se deu devido ao interesse em investigá-los em período recente. A análise foi realizada com base em alguns pressupostos de pesquisa conforme apresentados por Goulart e Carvalho (2005), quais sejam: pressupostos ontológicos, epistemológicos, axiológicos, retóricos e metodológicos. Ao contrapor as diferentes vertentes que se guiam por um pensamento crítico foi possível identificar muitos aspectos em comum que as unem. A crítica ao positivismo, ponto de partida do pensamento crítico, implica o rompimento com os pressupostos ontológicos positivistas, passando-se a enxergar a realidade como subjetiva e múltipla. A aproximação entre sujeito e objeto, bem como a presença dos valores do pesquisador em suas pesquisas indicam também esta desvinculação com a lógica hegemônica, no que diz respeito a aspectos epistemológicos e axiológicos. Já no que diz respeito aos aspectos retóricos, o uso de linguagem formal e impessoal fez-se presente. O predomínio da pesquisa qualitativa, geralmente com viés interpretativista, mostra a semelhança entre os pressupostos metodológicos dos artigos analisados. Ao apontar para as potencialidades do mundo, o pensamento crítico deixa, muitas vezes, de enxergar suas próprias potencialidades, e se perde em rusgas epistemológicas que fazem com que a crítica tenha uma tendência a se voltar para a análise da própria crítica (ALCADIPANI e TURETA, 2009). O problema é que, com isso, deixam de olhar para a realidade que pretendem transformar. Face a tantos aspectos comuns, faz-se tempo de as perspectivas críticas unirem suas boas idéias na busca dos objetivos humanísticos e emancipatórios que compartilham.

2 1. Introdução Diante do predomínio de pesquisas positivista na área de estudos organizacionais, alguns teóricos da área, em tempos recentes e influenciados principalmente pelas idéias de Marx, romperam com a lógica sistêmico-funcionalista e adotaram a perspectiva dialética em seus trabalhos. Como forma de se contrapor ao viés conservador presente no chamado pensamento tradicional, o pensamento crítico surge adotando um caráter humanístico. O pensamento crítico caracteriza-se, assim, segundo Japiassu (1986), principalmente por se preocupar com sua relação com a sociedade e que, nesse sentido, os pesquisadores devem assumir a responsabilidade sobre as conseqüências que suas descobertas podem trazer. Indo ao encontro de Japiassu (1986), Tenório (2009, p. 526) define o pensamento crítico como aquele que tem a sociedade como seu marco decisivo, e não apenas o mercado. Embora a crítica ao pensamento hegemônico no âmbito da administração seja central em seus trabalhos, os pesquisadores que optam por realizá-la não possuem um consenso entre si no que diz respeito à própria noção de crítica. Assim, em função das diferentes tentativas de definir tal conceito, surgem diferentes vertentes as quais formam um pensamento crítico amplo e diversificado. A forma por meio das quais estas diferentes vertentes interagem, entretanto, tem sido marcada por controvérsias uma vez que encontramos, na área de estudos organizacionais críticos, um constante embate pelo alcance de um sentido verdadeiro de crítica no qual pesquisadores filiados a determinadas vertentes classificam aqueles pertencentes a outras correntes como falsos críticos e vice-versa. Como afirmam Alcadipani e Turreta (2009), há na área uma disputa para determinar quem são os verdadeiros críticos, sempre em uma tentativa de estabelecer fronteiras, e classificar idéias como certas ou erradas. Os autores, ainda, ressaltam que tais disputas no campo envolvendo a noção de crítica são improdutivas, qualificando-as como uma luta epistemológica pueril e, por que não, inútil (ALCADIPANI E TURRETA, 2009, p.508). Eles defendem, assim, a união das diferentes vertentes que constituem o pensamento crítico. Já Faria (2005, p.233), em idéia próxima à anterior, afirma que a prescrição do que é crítica ou não pode fazer mais parte do problema do que da solução. Nesse sentido, conforme o autor, a disputa pela definição teórica do que é crítica não se constitui em uma questão central para aqueles pesquisadores mais comprometidos com a vertente radical da crítica, mas sim reconhecer que a dimensão acadêmica e a dimensão ativista ou política da crítica devem ser conduzidas em paralelo e mobilizadas dentro e fora do meio acadêmico (FARIA, 2005, p. 233). Indo ao encontro de Alcadipani e Turreta (2009, p.508), os quais propõem que os teóricos da área passem a olhar menos para o que distancia as diferentes perspectivas críticas e mais para aquilo que as une, pretende-se, no presente estudo, identificar aquilo que há em comum entre as diferentes vertentes que compõem o pensamento crítico em estudos organizacionais no que diz respeito a seus aspectos ontológicos, epistemológicos, axiológicos, retóricos e metodológicos. Entende-se que tal proposta pode contribuir especialmente por chamar a atenção para o processo de fragmentação que tem ocorrido no âmbito da abordagem crítica dos estudos organizacionais e que pode, no entender dos autores, dispersar importantes esforços que deveriam estar voltados não à tentativa de legitimar uma determinada noção sobre o que constitui uma crítica, mas sim à reflexão sobre a possibilidade de emancipação humana e de uma verdadeira transformação social. 2. O Pensamento Crítico 2

3 Ao destacar o recente surgimento do pensamento crítico, Japiassu (1986, p. 138) o identifica como fruto da reflexão que os próprios cientistas estão fazendo sobre a ciência em si mesma. Centra-se, assim, segundo o autor, em se interrogar a respeito da responsabilidade social dos cientistas, das conseqüências que as suas descobertas podem trazer para a sociedade. Junto com o surgimento do pensamento crítico, surge também o debate a respeito do que realmente pode ser considero um trabalho crítico. Para fundamentar a discussão, muitos autores dedicaram espaço em seus trabalhos à tentativa de definir o que é a crítica afinal. Davel e Alcadipani (2003), por exemplo, optam por seguir os critérios estabelecidos por Fournier e Grey (2000) e Alvesson e Willmott (1992b, 1996, apud DAVEL e ALCADIPANI, 2003), defendendo três parâmetros fundamentais que caracterizam um trabalho como sendo de natureza crítica: a promulgação de uma visão desnaturalizada da administração, intenções desvinculadas da performance e um ideal de emancipação. Pode-se citar, ainda, a posição de Paula (2008, p. 27), que defende que a crítica é justamente a capacidade de contestar a dominação e apontar vias emancipatórias. Já para Japiassu (1986), ao tentarem fazer uma reflexão para descobrir os pressupostos e os condicionamentos sócio-culturais de sua atividade científica, os cientistas estão desenvolvendo uma atividade epistemológica que nós chamamos de crítica. Embora haja discussões a respeito do que é ser crítico, seguindo esta idéia de ciência crítica, que se preocupa com suas relações com a sociedade, diferentes perspectivas críticas surgiram e se disseminaram, gerando debates entre elas. Há, ainda, discussões a respeito de quais dessas perspectivas podem realmente ser consideradas críticas. Segue-se, no presente trabalho, a divisão proposta por Paula (2008), que destaca três principais vertentes inseridas na epistemologia crítica: a teoria crítica, o pós-estruturalismo e o critical management studies Teoria Crítica A vertente que dentro da epistemologia crítica pode ser denominada de teoria crítica surge a partir da tensão existente entre o pensamento dialético e o positivismo, questão discutida por Horkheimer em seu texto Teoria tradicional e teoria crítica, de 1937, que inaugura, assim, a teoria crítica. Desde então, a teoria crítica vem sendo associada à Escola de Frankfurt, nome informal atribuído ao Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt ao qual estavam vinculados os principais teóricos críticos. Para dar base a suas reflexões, os teóricos críticos retomam o pensamento de Marx recuperando muitos de seus textos. Dentre eles, merece destaque os Manuscritos econômicofilosóficos de 1984 (PAULA, 2008). Entretanto, Vieira e Caldas (2006) criticam a visão de que apenas podem ser considerados teóricos críticos aqueles que pretendem dar continuidade ao trabalho de Marx, já que consideram este pensamento excludente. Ao seguirem o pensamento de Marx, os teóricos críticos rejeitam a lógica causal positivista e adotam a lógica dialética. Segundo Tenório (2009, p. 526), são teorias sociais que sejam referenciadas pela unidade de contrários e não teorias organizacionais relatoras da funcionalidade que orientam tais estudos. Assim, como acreditam que a realidade está em constante transformação, para os teóricos críticos não existe uma verdade imutável que pode ser alcançada, esta verdade é temporal e histórica, como propunha Marx (VIEIRA e CALDAS, 2006). Ainda, os teóricos críticos não se pretendem neutros. Segundo Vieira e Caldas (2006), o pensamento crítico acredita que a neutralidade positivista é parcial e, portanto, não a admite. Desde sua origem, e com base nestes pressupostos, a teoria crítica tem como foco de interesse a abolição da injustiça social, prezando pela liberdade dos indivíduos e, portanto, se opondo aos mecanismos de dominação existentes (PAULA, 2008; FREITAG, 2004). Dentro desta lógica libertadora, é central para a teoria crítica a noção de emancipação humana, já que, 3

4 como afirmam Vieira e Caldas (2006, p. 61), ela aponta para a prática como a realização dos potenciais emancipatórios do mundo. A importância da idéia de emancipação para o pensamento crítico é destacada por Paula (2008), que afirma que a crítica é justamente a capacidade de combate à dominação e da abertura de possíveis vias emancipatórias. Ao discutirem a noção de emancipação, Misockzky e Amantino-de-Andrade (2005, p. 202) a conceituam como: a afirmação de relações radicalmente diferentes das condições anteriores e presentes de opressão e dominação, de uma situação vivida negativamente, onde se forjam as forças e identidades capazes de pretender outra vida. A partir desta definição, as autoras explicam que, por estar orientado para a emancipação, a teoria crítica deve criticar o capitalismo, tendo em vista que esta sociedade não é natural, e, portanto, não deve existir para sempre. Em função de sua busca pela emancipação humana, a teoria crítica adota como uma de suas questões centrais a crítica ao predomínio da racionalidade instrumental na sociedade moderna. Diante da promessa iluminista de libertação por meio da razão, teóricos críticos como Horkheimer e Adorno denunciam as contradições da razão moderna, que se volta contra as tendências emancipatórias, tornando-se uma razão alienada (FREITAG, 2004). Para os seguidores da teoria crítica, a razão iluminista passou por um processo de instrumentalização, voltando-se para a dominação e repressão do homem (PAULA, 2008). Preocupados, assim, com a transformação social, os teóricos críticos defendem que a teoria crítica deve unir teoria e prática (Paula, 2008). Questão central para a teoria crítica, a relação entre teoria e prática não deve ser pensada como uma relação de oposição. Teoria e prática são indistinguíveis, já que a teoria está vinculada à prática transformadora (VIEIRA e CALDAS, 2006). Para enfatizar esta diferença, os pensadores críticos trabalham com o conceito de práxis, que, como explica Viegas (2002), pode ser entendida como a prática social incorporada de teoria. Diante da ausência de separação entre teoria e prática, os estudos críticos não se limitam apenas a criticar o pensamento tradicional. Como explicam Misockzky e Amantino-de-Andrade (2005), o pensamento crítico tem a responsabilidade de indicar as possibilidades de transformação e emancipação, para que se deixe de ser refém do sistema dominante. As reflexões anteriormente ressaltadas foram sendo renovadas ao longo das chamadas gerações da Escola de Frankfurt. A primeira geração, que deu origem à teoria crítica, constituía-se por autores como Max Horkheimer, Theodor Adorno, Eric Fromm e Hebert Marcuse. A segunda geração teve como principal representante Jüergen Habermas, que propõe a razão comunicativa como forma de solucionar os impasses encontrados por seus antecessores. Já a terceira geração, em que ainda se encontra a teoria crítica, tem como principal representante Axel Honneth, que dá continuidade à teoria crítica por meio de uma teoria do reconhecimento. No Brasil, a tradição do pensamento crítico, bem como suas reflexões a respeito da razão moderna, foram levados adiante por autores como Guerreiro Ramos, Maurício Tragtenberg e Fernando Prestes Motta (VIEIRA e CALDAS, 2006) Pós-estruturalismo O pós-estruturalismo surge como uma resposta ao estruturalismo. Embora as duas perspectivas mantenham muitos pontos em comum, o principal ponto de ruptura está no fato de os autores pós-estruturalistas estabelecerem uma tentativa de resgate da história, esquecida pelos estruturalistas (PAULA, 2008). Partindo, assim, do estruturalismo que lhe deu origem, os autores pós-estruturalistas têm por base os trabalhos de Saussure, Jakobson, Althusser, Lacan, Piaget, dentre outros. Entretanto, acrescenta ao seu ponto de partida estruturalista o pensamento de Nietzsche, bem 4

5 como a leitura que Heidegger faz de Nietzsche (PAULA, 2008). Segundo Paula (2008), o pósestruturalismo pode ser pensado como uma fuga do pensamento hegeliano para o pensamento nietzscheano. A partir de tal base teórica, os autores pós-estruturalistas, conforme Reed (1998, p. 77), deslocam o foco de análise para um nível micro de análise do ordenamento ou rotinização social. Os pós-estruturalistas defendem, assim, a existência de um sujeito sem autonomia, dependente das estruturas que o governam (PAULA ET AL, 2010). Outro ponto central dentro da perspectiva em questão, de acordo com Paula (2008), consiste na adoção do jogo da diferença, dado que consideram que o pensamento dialético baseia-se em dicotomias que implicam exclusão. Assim, por meio da diferença, o jogo histórico deixa de ser defino em termos de tais dicotomias (PAULA, 2008). Segundo Anderson (1992), o pós-estruturalismo constitui-se como um campo extremamente amplo, englobando leituras psicanalíticas, foucaultianas, marxistas, dentre outras. A partir destas leituras, Patterson (1989) explica que os estudos pós-estruturalistas têm como uma questão central a preocupação com a criação da cultura. O autor explica, ainda, que os teóricos pós-estruturalistas ressaltam o fato de que a história não é independente das circunstâncias em que está inserida. Embora possa ser tratado como uma das perspectivas críticas que compõem a área de estudos organizacionais críticos, o pós-estruturalismo trabalha com uma noção de crítica que se distancia dos Frankfurtianos e é por isso questionada. Paula et al (2010, p. 12), por exemplo, defende que a crítica pós-estruturalista coloca em questão as características fundamentais da crítica defendida pelos teóricos críticos. Podem ser destacados como principais autores pós-estruturalistas, segundo Paula (2008), Jacques Derrida, Julia Kristeva, Jean-François Lyotard, Gilles Deleuze, Jean Baudrillard, Foucault, dentre outros. Atualmente, o trabalho destes autores tem sido levado adiante pelas novas gerações de pós-estruturalistas, que extrapolam os temas abordados até então (PAULA, 2008) Critical Management Studies (CMS) Perspectiva polêmica dentro da área de estudos organizacionais críticos, o critical management studies (CMS) teve sua origem a partir da publicação do livro de autoria de Alvesson e Willmott, em 1992, com o mesmo nome do movimento. A partir da década de 1990, estudos seguindo a mesma perspectiva teórica dos autores mencionados se disseminaram e ganharam espaço na área acadêmica (PAULA, 2008). Como base para o desenvolvimento de tal perspectiva teórica, os autores do critical management studies retomam o pensamento de Marx, de autores pós-estruturalistas, e de alguns teóricos críticos, como Horkheimer, Adorno, Marcuse e Habermas (Paula, 2008). Entretanto, Faria (2009) defende que tais autores fazem apenas usos eventuais de conceitos marxistas e, portanto, não se aproximam da teoria crítica. E ainda, o autor considera um equívoco que análises organizacionais baseiem-se no pensamento de Foucault, autor que é muitas vezes classificado como pós-estruturalista, como é feito pelo critical management studies. Partindo de uma base teórica ampla, o critical management studies acaba por englobar muitos estudos que abordam temas diversos. Davel e Alcadipani (2003) sintetizam as diferentes perspectivas críticas que o compõem por meio de três conjuntos teóricos: as tradições modernistas desenvolvidas no âmbito do marxismo, do neomarxismo e da Escola de Frankfurt; as tradições pós-analíticas, como o pós-modernismo, pós-estruturalismo e póscolonialismo; e as teorias feministas. 5

6 Embora seja composto por diferentes perspectivas críticas, o movimento do critical management studies, de acordo com Paula (2008), possui como idéia central a defesa do caráter sociopolítico do management que, portanto, deve ser analisado de forma crítica. Para fundamentar tal afirmação, os teóricos deste movimento defendem que as ações dos gerentes influenciam o cotidiano dos cidadãos, além de estabelecerem padrões de comportamento (PAULA, 2008). Fournier e Grey (2000, p. 16) sintetizam esta idéia ao afirmar que to be engaged in critical management studies means, at the most basic level, to say that there is something wrong with management, as a practice and as a body of knowlodge, and that it should be changed. Preocupado em dar voz àqueles que atuam dentro das organizações, o critical management studies, como explica Paula (2008), volta-se para a emancipação, em busca de ambientes de trabalho livres de dominação. Davel e Alcadipani (2003, p. 74) explicam que o movimento surge com o objetivo de conferir a palavra àqueles e àquelas que, ao se identificarem como racionais, indiscutíveis e indubitáveis, são raramente considerado(a)s pelas teorias organizacionais tradicionais que tendem a idealizar a administração. Entretanto, Misoczky e Amantino-de-Andrade (2005) criticam a noção de emancipação na qual o critical management studies se baseia. Segundo as autoras, os teóricos deste movimento reconceituam emancipação como microemancipação, relacionando-a a administração. Neste sentindo, para as autoras, o critical management studies apenas se apropria da marca da teoria crítica, mas deixa de fora seu conteúdo transformador. Já na visão de Alcadipani (2005, p. 213), a intenção do movimento é apenas desenvolver uma noção de emancipação mais palatável ao mundo da administração, além de não desconsiderar os ideais utópicos. Para alcançar a emancipação desejada, os autores do movimento se contrapõem aos estudos do mainstream que predominam na área do management. Segundo Paula (2008), os temas que principalmente são combatidos por estes autores são a idéia de que as organizações são naturais e necessárias, a noção de que os interesses administrativos são universais, e o predomínio da instrumentalidade e da competição nas organizações. Buscam, portanto, mostrar que as coisas não são necessariamente aquilo que aparentam no âmbito da gestão (DAVEL e ALCADIPANI, 2003, p. 74). A discussão de tais temas teve início com autores como Alvesson, Willmott, Burrell, Morgan, Deetz, dentre outros. O movimento do critical management studies também se disseminou no Brasil, onde possui alguns representantes como Rafael Alcadipani e Alexandre Faria. 3. Método de Pesquisa Para atender ao objetivo deste trabalho, foram analisados artigos da área de estudos organizacionais críticos apresentados nos congressos da Associação Nacional de Pósgraduação e Pesquisa em Administração (ANPAD) nos últimos anos. Optou-se por analisar os trabalhos apresentados na Divisão Acadêmica de Estudos Organizacionais do Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Administração (EnANPAD), bem como no encontro da divisão de estudos organizacionais da ANPAD (EnEO), já que esta linha de pesquisa diz respeito diretamente à área objeto de estudo. Neste sentido, todos os trabalhos que foram apresentados na linha de estudos organizacionais críticos, durante o período de 2009 a 2010, nos eventos mencionados, foram analisados. A opção por tal período de tempo se deu devido ao interesse em investigá-los em período recente. Além disso, a opção pelos eventos da ANPAD se justifica por ser este o maior 6

7 congresso de administração do Brasil, no qual são apresentados importantes trabalhos da área, muitas vezes encaminhados para grandes periódicos. No que diz respeito ao tratamento e à análise dos dados, para o auxílio de tal etapa de pesquisa, esta foi realizada com base em alguns pressupostos de pesquisa conforme apresentados por Goulart e Carvalho (2005), quais sejam: pressupostos ontológicos, epistemológicos, axiológicos, retóricos e metodológicos. Para análise de tais pressupostos, após a leitura dos artigos, tentou-se responder às perguntas que correspondem a cada um deles, propostas pelas autoras. Tais perguntas podem ser observadas na Tabela 1. Pressupostos Pressupostos Ontológicos Pressupostos Epistemológicos Perguntas Qual é a natureza da realidade? Qual é a relação do pesquisador com o objeto ou sujeitos do estudo? Pressupostos axiológicos Pressupostos retóricos Pressupostos Metodológicos Qual é o papel dos valores? Qual é a linguagem da pesquisa? Qual é a linguagem da pesquisa? Figura 1: Pressupostos de pesquisa Fonte: adaptado de Goulart e Carvalho (2005) Além disso, também foram foco de interesse no processo de análise, os principais temas abordados pelos artigos, bem como os autores que lhes deram base teórica. 4. O que as une? Ao se contrapor as diferentes perspectivas críticas em estudos organizacionais, sobressaem-se as diferenças em detrimento das semelhanças. Tais diferenças geram atritos que, como mostram Alcadipani e Tureta (2009), não são produtivos para a área. Portanto, aquilo que as une também merece ser apontado. O pensamento crítico surge para se opor ao positivismo, hegemônico no campo. É a partir desta tensão entre pensamento tradicional e pensamento crítico que têm origem todas as vertentes que formam o pensamento crítico. Portanto, as perspectivas críticas que surgem a partir daí, compartilham a crítica ao positivismo e à lógica sistêmico-funcionalista até então predominante. Tal fato pode ser observado nos artigos analisados por meio de afirmações que demonstram o compartilhamento de alguns pressupostos que divergem do pensamento positivista tradicional. A forma de enxergar a realidade presente nos artigos analisados varia entre uma visão dialética, que concebe o mundo como em constante transformação, e uma visão subjetiva, sinalizando pressupostos ontológicos distantes daquele que predomina na lógica positivista, em que a realidade é entendida como algo objetivo e singular. É comum aos estudiosos organizacionais críticos a compreensão da realidade como algo complexo e múltiplo. Tal aspecto pode ser observado por meio de afirmações como: 7

8 A partir destes resultados, argumentamos que, para uma melhor compreensão desta dificuldade de implantação da autogestão nas organizações, é necessária a adoção de um conceito de subjetividade que englobe não só o seu caráter individual, mas também coletivo, como apontam Domingues (1999) e Elias (1994). (ONUMA, MAFRA e MOREIRA, 2010, p. 1) Existe, ainda, a visão de que a realidade deve ser questionada, por meio da perspectiva crítica, com vistas a transcendê-la. Os pressupostos ontológicos que se mostraram presentes são coerentes à lógica que permeia o pensamento crítico, de oposição ao pensamento tradicional. Como afirmam Vieira e Caldas (2006, p. 60), o pensamento crítico volta-se para a sociedade, e preocupa-se em mostrar as possibilidades ainda não realizadas, o que o mundo poderia ter de melhor se suas potencialidades se realizassem. Além disso, possui uma concepção de verdade que se distingue do pensamento tradicional, já que, enquanto para o último, existe uma verdade imutável que pode ser alcançada, para o primeiro esta verdade é temporal e histórica (VIEIRA e CALDAS, 2006). Como afirma Santos (1999), os pensadores críticos não reduzem a realidade àquilo que existe. A presença do pensamento dialético como forma de enxergar a realidade também vai ao encontro da literatura levantada, uma vez que muitos pensadores críticos seguem o pensamento de Marx e, como afirma Tenório (2009), rompem com a lógica sistêmico funcionalista do positivismo substituindo-a pela lógica dialética. Ao se contrapor a lógica positivista, o pensamento crítico diferencia-se também em seus pressupostos epistemológicos, enxergando a relação do pesquisador com o objeto de pesquisa de forma distinta. Para tais pesquisadores, como pode ser observado a partir da análise realizada, não há separação entre sujeito e objeto, na medida em que os pesquisadores se inserem no campo e buscam uma aproximação com os sujeitos pesquisados. Acadêmicos como Paula e Adrade (2010, p. 8), por exemplo, afirmam: Assim, o público-alvo não é tratado como objeto, mas como sujeito interparticipante. Ou ainda, como afirmam Rey (2004, apud SANTOS e PALASSI, 2010, p. 6): a ruptura com a lógica instrumental dominante nas pesquisas antropossociais descentraliza o foco da pesquisa dos instrumentos e o coloca nos sujeitos que serão pesquisados. A ausência de separação entre sujeito e objeto encontrada nos artigos analisados é ressaltada na literatura especializada. Paula (2008, p. 4), por exemplo, afirma que há, dentro desta perspectiva, a defesa por uma não-identidade entre sujeito e objeto, estabelecendo a razão centrada nesse sujeito, em um claro deslocamento entre sujeito e objeto. Em busca de uma nova epistemologia que possa ser caracterizada como crítica, os estudiosos organizacionais críticos ressaltam a necessidade de superar os pressupostos do pensamento tradicional. Cordeiro e Mello (2010, p.1), por exemplo, afirmam: Este trabalho destaca o desafio de nos engajarmos, por meio de uma visão metodológica não-essencialista e não-positivista para a produção do conhecimento. Fontanelle (2009, p. 1) reforça esta idéia ao afirmar: sugere-se que o ponto de chegada, hoje, levaria a uma possibilidade de se pensar que o verdadeiro espaço de criação seria a produção da crítica não positivada. A necessidade de romper com o pensamento positivista é ressaltada por Tenório (2009), que afirma que, dentro deste cenário, o potencial dos estudos organizacionais fica restrito a processos produtivos. Indo ao encontro de Tenório (2009), Misockzky e Amantinode-Andrade (2005) defendem que, com base no pensamento tradicional, a teoria e a prática de administração orientam-se apenas para a reprodução do sistema vigente. As vertentes que compõem a área de estudos organizacionais críticos também compartilham a oposição a questões que são centrais ao pensamento tradicional, como no que diz respeito ao papel que os valores do pesquisador assumem no processo de pesquisa. Não consideram, por exemplo, a possibilidade de que o cientista assuma uma postura de 8

9 neutralidade científica em seus trabalhos, rompendo com os pressupostos axiológicos positivas. Nesse sentido, os valores dos pesquisadores estão geralmente presentes em seus estudos. Tal fato pode ser observado, por exemplo, na afirmação de Santos e Palassi (2010, p. 6): As pesquisas em ciências sociais, usualmente influenciadas por uma perspectiva positivista, são realizadas a partir de rigorosos procedimentos metodológicos. Busca-se desta maneira que o pesquisador mantenha-se neutro frente ao objeto de pesquisa, ou seja, deve permanecer passivo, cujo papel principal é realizar a coleta das informações. Desta forma, acreditamos que para conseguir pesquisar aspectos subjetivos, seja necessário romper com esta abordagem. O rompimento com o pressuposto da neutralidade científica também se mostrou presente na literatura especializada, em autores como Vieira e Caldas (2006). No que diz respeito aos pressupostos retóricos dos estudiosos críticos, é constante o uso de uma linguagem formal, bem como a ausência do uso de primeira pessoa do singular. Encontrou-se, isto sim, o uso da primeira pessoa do plural em alguns dos artigos analisados, como no trabalho de Ferraz e Menna-Barreto (2010, p. 3), em que os autores afirmam: Questionamo-nos, portanto, se ao considerarmos as relações sociais para além das percepções que os inquiridos possuem sobre as condições concretas de suas vidas, podemos encontrar na exclusão alguma funcionalidade econômica para o capital? Entretanto, embora apresentem, em alguns momentos, a primeira pessoal do plural, os artigos analisados mantêm o uso de uma linguagem formal, que pode ser entendia como a manutenção de características da pesquisa positivista, ou como a adequação a linguagem acadêmica predominante, independente de influência epistemológica. Em relação aos pressupostos metodológicos, por outro lado, o rompimento com o pensamento tradicional se mantém, uma vez que é constante o uso da força argumentativa para a fundamentação dos trabalhos analisados, o que se evidencia, por exemplo, pela forte presença de ensaios teóricos. Como defende Vieira (2006), por exemplo, ressalta a importância da força de uma boa teoria de fundo para a possibilidade do alcance de generalizações, em pesquisas que não seguem uma orientação positivista. Nesse sentido, há um predomínio de pesquisa qualitativa, com uso de entrevistas abertas ou semi-estruturadas, grupo focal, pesquisa-ação, dentre outros, o que pode se justificar por sua particularidade na forma de entender a realidade. Vista de forma subjetiva, a realidade pode ser estudada de forma mais flexível por meio da pesquisa qualitativa, possibilitando uma melhor apreensão da mesma. A presença do materialismo histórico também merece ser ressaltada, e pode ser explicada pela influência do pensamento marxista nos estudos organizacionais críticos. Ao se opor ao pensamento funcionalista, a epistemologia crítica, englobando todas as suas vertentes, volta-se para a sociedade. Não apresentam, assim, intenções vinculadas à performance (FOURNIER e GREY, 2000). Desta forma, um ponto de união entre as perspectivas críticas, é seu compromisso com a abolição da injustiça social. Como explica Santos (1999), o pensamento crítico vem mostrar que é possível superar aquilo que se critica no que existe, que a as possibilidades de existência não se esgotam naquilo que existe. Tal fato evidencia-se ao se analisar os temas estudados nos artigos analisados. Há uma tendência à realização de uma contraposição ao sistema vigente, e a discussão de temas como a autogestão, a economia solidária, a participação social, dentre outros. 9

10 Com tantas semelhanças no que diz respeitos aos seus pressupostos de pesquisa, bem como aos seus temas de interesse, os estudos organizacionais críticos também tendem a tomar por base autores semelhantes. Predominam, como base teórica utilizada, autores como Marx, Weber, bem como teóricos críticos da Escola de Frankfurt, como destaque para Habermas. Vale ainda ressaltar a forte presença de pensadores críticos brasileiros como Guerreiro Ramos, Maurício Tragtenberg e Fernando Prestes Motta. Os estudos organizacionais críticos, assim, independente da perspectiva crítica a que estão vinculados, voltam-se para a prática, para a transformação de sua realidade social. Mostram as potencialidades do mundo, as possibilidades de transformação, para que seus ideais humanísticos e emancipatórios possam ser alcançado. 5. Conclusão Em uma sociedade centrada no mercado i, em que há uma hegemonia da lógica instrumental em todas as esferas da vida humana, é louvável uma movimentação contraria a essa lógica, como a que ocorre a partir do surgimento da epistemologia crítica na área de estudos organizacionais. Entretanto, o potencial transformador do pensamento crítico pode estar sendo desperdiçado perante tamanha desunião. Como uma tentativa de se contrapor às infrutíferas disputas da área, e seguindo a proposta de Alcadipani e Tureta (2009), este estudo teve como objetivo identificar aquilo que há em comum entre as diferentes vertentes que compõem o pensamento crítico em estudos organizacionais no que diz respeito a seus aspectos ontológicos, epistemológicos, axiológicos, retóricos e metodológicos. Neste sentido, ao contrapor as diferentes vertentes que se guiam por um pensamento crítico foi possível identificar muitos aspectos em comum que as unem. A crítica ao positivismo, ponto de partida do pensamento crítico, implica o rompimento com os pressupostos ontológicos positivistas, passando-se a enxergar a realidade como subjetiva e múltipla. A aproximação entre sujeito e objeto, bem como a presença dos valores do pesquisador em suas pesquisas indicam também esta desvinculação com a lógica hegemônica, no que diz respeito a aspectos epistemológicos e axiológicos. Já no que diz respeito aos aspectos retóricos, o uso de linguagem formal e impessoal fez-se presente. O predomínio da pesquisa qualitativa, geralmente com viés interpretativista, mostra a semelhança entre os pressupostos metodológicos dos artigos analisados. Vale ressaltar, ainda, que os pressupostos aqui analisados devem estar interligados para a formação de uma pesquisa coerente e dizem respeito à visão de mundo adotada pelo pesquisador. Desta forma, as semelhanças observadas em todos os aspectos analisados nos trabalhos objeto de estudo demonstram uma coerência por parte dos pesquisadores. Ao apontar para as potencialidades do mundo, o pensamento crítico deixa, muitas vezes, de enxergar suas próprias potencialidades, e se perde em rusgas epistemológicas que fazem com que a crítica tenha uma tendência a se voltar para a análise da própria crítica (ALCADIPANI e TURETA, 2009). O problema é que, com isso, deixam de olhar para a realidade que pretendem transformar. Face a tantos aspectos comuns, faz-se tempo de as perspectivas críticas unirem suas boas idéias na busca dos objetivos humanísticos e emancipatórios que compartilham. 6. Referências ALCADIPANI, R.; TURETA, C. Perspectivas críticas no Brasil: entre a verdadeira crítica e o dia a dia. CADERNOS EBAPE. BR, v. 7, n. 3, artigo 7, Rio de Janeiro, Set

11 ANDERSON, A. Cryptonormativism and Double Gestures: The Politics of Post- Structuralism. Cultural Critique, No. 21, pp , Spring, CORDEIRO, A. T.; MELLO, S. C. B. Teoria do Discurso Laclauniana: uma mediação entre teoria crítica e prática política. XXXIV Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Administração, Rio de Janeiro, FERRAZ, D. L. S.; MENNA-BARRETO, J. Manifesto pelo Fim da Exclusão : por uma Análise da Simbiose entre Mercado de Trabalho Formal e Mercado de Trabalho Informal. VI Encontro da Divisão de Estudos Organizacionais da ANPAD, Florianópolis, FREITAG, B. A teoria crítica: ontem e hoje. São Paulo: Brasiliense, FONTANELLE, I. A. O Lugar Vazio da Crítica: Ideologia e Transformação em Slavoj Zizek. XXXIII Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Administração, Rio de Janeiro, FOURNIER, V.; GREY, C. At the critical moment: conditions and prospects for critical management studies. Human Relations, v. 53, n. 7, p. 6-32, GUERREIRO RAMOS, A. A nova ciência das organizações: uma reconceituação da riqueza das nações. 2. ed.. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, GOULART, S.; CARVALHO, A. O pesquisador e o design da pesquisa qualitativa em administração. In: VIEIRA; M. M. F.; ZOUAIN, D. M. (Org.). Pesquisa qualitativa em administração: teoria e prática. Rio de janeiro: FGV, JAPIASSU, H. A epistemologia crítica. In: Introdução ao pensamento epistemológico. São Paulo: Francisco Alves, MISOCZKY, M. C.; AMANTINO-DE-ANDRADE, J. Uma crítica à crítica domesticada nos estudos organizacionais. Revista de Administração Contemporânea, v. 9, n. 1, p , ONUMA, F. M. S.; MAFRA, F. L. N.; MOREIRA, L. B. Autogestão e subjetividade: interfaces e desafios na visão de especialistas da ANTEAG, UNISUL E UNITRABALHO. XXXIV Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Administração, Rio de Janeiro, PATTERSON, T. C. Post-Structuralism, Post-Modernism: Implications for Historians. Social History, Vol. 14, No. 1, pp , Jan., PAULA, A. P. P. Teoria crítica nas organizações. São Paulo: Thompson Learning, PAULA, A. P. P; MARANHÃO, C. M. S.A.; BARRETO, R. O.; KLECHEN, C. F. A tradição e a autonomia dos estudos organizacionais críticos no Brasil. Revista de Administração de Empresas, v. 5, n. 1, p , jan./mar

12 PAULA, R. J.; ANDRADE, J. A. P. Diálogo e Consenso: em Busca de uma Ética da Solidariedade e da Justiça nas organizações. XXXIV Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Administração, Rio de Janeiro, REED, M. Teorização organizacional: um campo historicamente contestado. In: CLEGG, S. R.; HARDY, C.; NORD, W. R. Handbook de estudos organizacionais. Volume 1, São Paulo: Atlas, SANTOS, B. S. Porque é tão difícil construir uma teoria crítica? Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 54, p , Junho SANTOS, F. H. R.; PALASSI, M. P. Os Sentidos Subjetivos da Participação Digital no Orçamento Participativo da Prefeitura Municipal de Vitória-ES Para os Delegados. XXXIV Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Administração, Rio de Janeiro, TENÓRIO, F. G. Pensamento critica versus pensamento tradicional. CADERNOS EBAPE. BR, v. 7, n. 3, artigo 10, p , Rio de Janeiro, Set VIEGAS, M. F. Apontamentos sobre a categoria práxis na teoria crítica. PERSPECTIVA, Florianópolis, v. 20, n. 02, p , jul./dez., VIEIRA, M. M. F.; CALDAS, M. P. Teoria crítica e pós-modernismo: principais alternativas à hegemonia funcionalista. Revista de Administração de Empresa, v. 46, n. 1, p , jan./mar., i Entende-se por sociedade centrada no mercado a sociedade que tem o mercado como único e principal enclave, tornando-se este influente sobre todas as dimensões da vida humana, desconfigurando-a (GUERREIRO RAMOS, 1989). 12

Os Sociólogos Clássicos Pt.2

Os Sociólogos Clássicos Pt.2 Os Sociólogos Clássicos Pt.2 Max Weber O conceito de ação social em Weber Karl Marx O materialismo histórico de Marx Teoria Exercícios Max Weber Maximilian Carl Emil Weber (1864 1920) foi um intelectual

Leia mais

A escola de Frankfurt. Profª Karina Oliveira Bezerra

A escola de Frankfurt. Profª Karina Oliveira Bezerra A escola de Frankfurt Profª Karina Oliveira Bezerra Uma teoria crítica contra a opressão social Escola de Frankfurt é o nome dado ao grupo de pensadores alemães do Instituto de Pesquisas Sociais de Frankfurt,

Leia mais

Capítulo 10. Modernidade x Pós - Modernidade. O mal estar científico e o mal estar social

Capítulo 10. Modernidade x Pós - Modernidade. O mal estar científico e o mal estar social Capítulo 10 Modernidade x Pós - Modernidade O mal estar científico e o mal estar social Modernidad e As transformações sociais e políticas tornaram o século XIX um cenário de mudanças. Duas grandes revoluções

Leia mais

Escritos de Max Weber

Escritos de Max Weber Escritos de Max Weber i) 1903-1906 - A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo (1ª parte, em 1904; 2ª parte em 1905; introdução redigida em 1920); - A objetividade do conhecimento nas Ciências Sociais

Leia mais

A Teoria Crítica e as Teorias Críticas

A Teoria Crítica e as Teorias Críticas A Teoria Crítica e as Teorias Críticas As Teorias Críticas Clássicas apresentam uma contestação aos métodos utilizados pelas pesquisas administrativas Têm o marxismo como base filosófica e ideológica Teoria

Leia mais

TESE DE DOUTORADO MEMÓRIAS DE ANGOLA E VIVÊNCIAS NO BRASIL: EDUCAÇÃO E DIVERSIDADES ÉTNICA E RACIAL

TESE DE DOUTORADO MEMÓRIAS DE ANGOLA E VIVÊNCIAS NO BRASIL: EDUCAÇÃO E DIVERSIDADES ÉTNICA E RACIAL TESE DE DOUTORADO MEMÓRIAS DE ANGOLA E VIVÊNCIAS NO BRASIL: EDUCAÇÃO E DIVERSIDADES ÉTNICA E RACIAL Marciele Nazaré Coelho Orientadora: Profa. Dra. Roseli Rodrigues de Mello Por: Adriana Marigo Francisca

Leia mais

SUMÁRIO INTRODUÇÃO 3 1 EPISTEMOLOGIA CRÍTICA 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 8 REFERÊNCIA 9

SUMÁRIO INTRODUÇÃO 3 1 EPISTEMOLOGIA CRÍTICA 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 8 REFERÊNCIA 9 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 3 1 EPISTEMOLOGIA CRÍTICA 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 8 REFERÊNCIA 9 3 INTRODUÇÃO Este trabalho enfoca o tema epistemologia crítica e foi elaborado segundo a técnica de resumo do texto com

Leia mais

1ª Fase PROVA OBJETIVA FILOSOFIA DO DIREITO

1ª Fase PROVA OBJETIVA FILOSOFIA DO DIREITO 1ª Fase PROVA OBJETIVA FILOSOFIA DO DIREITO P á g i n a 1 QUESTÃO 1 - Admitindo que a história da filosofia é uma sucessão de paradigmas, a ordem cronológica correta da sucessão dos paradigmas na história

Leia mais

Referência Bibliográfica: SOUSA, Charles Toniolo de. Disponível em <http://www.uepg.br/emancipacao>

Referência Bibliográfica: SOUSA, Charles Toniolo de. Disponível em <http://www.uepg.br/emancipacao> Referência Bibliográfica: SOUSA, Charles Toniolo de. Disponível em 1. À funcionalidade ao projeto reformista da burguesia; 2. À peculiaridade operatória (aspecto instrumental

Leia mais

Teoria de Karl Marx ( )

Teoria de Karl Marx ( ) Teoria de Karl Marx (1818-1883) Professora: Cristiane Vilela Disciplina: Sociologia Bibliografia: Manual de Sociologia. Delson Ferreira Introdução à Sociologia. Sebastião Vila Sociologia - Introdução à

Leia mais

22/08/2014. Tema 7: Ética e Filosofia. O Conceito de Ética. Profa. Ma. Mariciane Mores Nunes

22/08/2014. Tema 7: Ética e Filosofia. O Conceito de Ética. Profa. Ma. Mariciane Mores Nunes Tema 7: Ética e Filosofia Profa. Ma. Mariciane Mores Nunes O Conceito de Ética Ética: do grego ethikos. Significa comportamento. Investiga os sistemas morais. Busca fundamentar a moral. Quer explicitar

Leia mais

EMENTAS DAS DISCIPLINAS

EMENTAS DAS DISCIPLINAS EMENTAS DAS DISCIPLINAS CURSO DE GRADUAÇÃO DE SERVIÇO SOCIAL Introdução ao Serviço Social A prática profissional no Serviço Social na atualidade: o espaço sócioocupacional que a particulariza e identifica;

Leia mais

Produção de conhecimento: uma característica das sociedades humanas

Produção de conhecimento: uma característica das sociedades humanas 1 Produção de conhecimento: uma característica das sociedades humanas Os seres humanos sempre buscaram formas de compreender os fenômenos que ocorrem em seu dia a dia, de modo a procurar soluções para

Leia mais

O conceito de Estado em Immanuel Wallerstein e Hans Morgenthau: alguns apontamentos teóricos

O conceito de Estado em Immanuel Wallerstein e Hans Morgenthau: alguns apontamentos teóricos O conceito de Estado em Immanuel Wallerstein e Hans Morgenthau: alguns apontamentos teóricos Tiago Alexandre Leme Barbosa 1 RESUMO O presente texto busca apresentar alguns apontamentos a respeito do conceito

Leia mais

AS METODOLOGIAS DE ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: A METODOLOGIA CRÍTICO SUPERADORA

AS METODOLOGIAS DE ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: A METODOLOGIA CRÍTICO SUPERADORA AS METODOLOGIAS DE ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: A METODOLOGIA CRÍTICO SUPERADORA Gabriel Pereira Paes Neto LEPEL-UFPA/SEDUC-PA gabrieledfisica@hotmail.com Ney Ferreira França LEPEL-UFPA/SEDUC-PA

Leia mais

O TRABALHO NA DIALÉTICA MARXISTA: UMA PERSPECTIVA ONTOLÓGICA.

O TRABALHO NA DIALÉTICA MARXISTA: UMA PERSPECTIVA ONTOLÓGICA. O TRABALHO NA DIALÉTICA MARXISTA: UMA PERSPECTIVA ONTOLÓGICA. SANTOS, Sayarah Carol Mesquita UFAL sayarahcarol@hotmail.com INTRODUÇÃO Colocamo-nos a fim de compreender o trabalho na dialética marxista,

Leia mais

EMENTAS DAS DISCIPLINAS CURSO DE GRADUAÇÃO DE PUBLICIDADE E PROPAGANGA

EMENTAS DAS DISCIPLINAS CURSO DE GRADUAÇÃO DE PUBLICIDADE E PROPAGANGA EMENTAS DAS DISCIPLINAS CURSO DE GRADUAÇÃO DE PUBLICIDADE E PROPAGANGA 1) ASSESSORIA E CONSULTORIA EM COMUNICAÇÃO O mapeamento do campo de atuação em assessoria e consultoria em comunicação, baseado na

Leia mais

PESQUISA QUALITATIVA HISTÓRIA DA PESQUISA QUALITATIVA

PESQUISA QUALITATIVA HISTÓRIA DA PESQUISA QUALITATIVA PESQUISA QUALITATIVA HISTÓRIA DA PESQUISA QUALITATIVA Podemos considerada a pesquisa qualitativa uma tentativa de aproximação dos métodos de pesquisa nas quais pesquisa as ciências sociais. Sendo assim,

Leia mais

IDEOLOGIA: UMA IDEIA OU UMA INFLUÊNCIA?

IDEOLOGIA: UMA IDEIA OU UMA INFLUÊNCIA? Matheus Silva Freire IDEOLOGIA: UMA IDEIA OU UMA INFLUÊNCIA? Introdução Em resumo, todos têm costumes e coisas que são passadas de geração para geração, que são inquestionáveis. Temos na nossa sociedade

Leia mais

A SOCIOLOGIA COMPREENSIVA DE MAX WEBER. Professora: Susana Rolim

A SOCIOLOGIA COMPREENSIVA DE MAX WEBER. Professora: Susana Rolim A SOCIOLOGIA COMPREENSIVA DE MAX WEBER Professora: Susana Rolim MAX WEBER Sociólogo alemão, nascido em 21 de abril de 1864. Seu primeiro trabalho foi A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo (1905).

Leia mais

(Uepg 2010) O liberalismo é uma corrente de pensamento econômico e político que se originou no século XVIII. A seu respeito, assinale o que for

(Uepg 2010) O liberalismo é uma corrente de pensamento econômico e político que se originou no século XVIII. A seu respeito, assinale o que for (Uepg 2010) O liberalismo é uma corrente de pensamento econômico e político que se originou no século XVIII. A seu respeito, assinale o que for correto. 01) A Riqueza das Nações, livro escrito pelo inglês

Leia mais

CONTEÚDOS EXIN SERVIÇO SOCIAL

CONTEÚDOS EXIN SERVIÇO SOCIAL CONTEÚDOS EXIN 2016.2 4MA E 4NA DISCIPLINA CONTEÚDO DISCIPLINAS CUMULATIVAS -Etapas do processo de trabalho: Elementos constitutivos. - O significado do Serviço Social na divisão social e técnica do trabalho;

Leia mais

36ª Reunião Nacional da ANPEd 29 de setembro a 02 de outubro de 2013, Goiânia-GO

36ª Reunião Nacional da ANPEd 29 de setembro a 02 de outubro de 2013, Goiânia-GO O ENSINO DE HISTÓRIA NOS JORNAIS DA PROPOSTA CURRICULAR DE SANTA CATARINA Carlos Alberto Bertaiolli UNIPLAC Agência Financiadora: FAPESC No contexto do processo de redemocratização do Estado brasileiro

Leia mais

FÓRUM ESTUDOS CRÍTICOS EM ADMINISTRAÇÃO

FÓRUM ESTUDOS CRÍTICOS EM ADMINISTRAÇÃO APRESENTAÇÃO FÓRUM ESTUDOS CRÍTICOS EM ADMINISTRAÇÃO Por: Ana Paula Paes de Paula Rafael Alcadipani RAE-eletrônica, v. 3, n. 2, Art. 24, jul./dez. 2004 http://www.rae.com.br/eletronica/index.cfm?fuseaction=artigo&id=2375&secao=for.estcri&v

Leia mais

DISCURSO, PRAXIS E SABER DO DIREITO

DISCURSO, PRAXIS E SABER DO DIREITO DISCURSO, PRAXIS E SABER DO DIREITO ELZA ANTONIA PEREIRA CUNHA MESTRANDA CPGD - UFSC A análise do discurso jurídico, proposta por nossa equipe, reside num quadro epistemológico geral com articulação de

Leia mais

CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA. Profº Ney Jansen Sociologia

CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA. Profº Ney Jansen Sociologia CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA Profº Ney Jansen Sociologia Ao problematizar a relação entre indivíduo e sociedade, no final do século XIX a sociologia deu três matrizes de respostas a essa questão: I-A sociedade

Leia mais

A sociologia crítica origem, desenvolvimento e conseqüências metodológicas. Ernesto Friedrich de Lima Amaral

A sociologia crítica origem, desenvolvimento e conseqüências metodológicas. Ernesto Friedrich de Lima Amaral A sociologia crítica origem, desenvolvimento e conseqüências metodológicas Ernesto Friedrich de Lima Amaral 29 de janeiro de 2009 Estrutura da aula 1. Origens da sociologia crítica 2. Conceituação e desenvolvimento

Leia mais

Agenealogia dos Estudos Culturais é objeto de dissenso

Agenealogia dos Estudos Culturais é objeto de dissenso Cinqüentenário de um discurso cultural fundador WILLIAMS, R. Culture and society 1780-1950. [Londres, Longman, 1958]. Cultura e sociedade. São Paulo, Cia. Editora Nacional, 1969. Agenealogia dos Estudos

Leia mais

Associação Catarinense das Fundações Educacionais ACAFE PARECER DOS RECURSOS

Associação Catarinense das Fundações Educacionais ACAFE PARECER DOS RECURSOS 12) Segundo Marx,as relações de produção ou a natureza da produção e a organização do trabalho, determinam a organização de uma sociedade em um específico momento histórico. Em relação ao pensamento de

Leia mais

FILOSOFIA E SOCIEDADE: O TRABALHO NA SOCIEDADE MODERNA

FILOSOFIA E SOCIEDADE: O TRABALHO NA SOCIEDADE MODERNA FILOSOFIA E SOCIEDADE: O TRABALHO NA SOCIEDADE MODERNA FILOSOFIA E SOCIEDADE: O TRABALHO NA SOCIEDADE MODERNA O ser humano ao longo de sua existência foi construindo um sistema de relação com os demais

Leia mais

INVESTIGAÇÃO EM PSICANÁLISE NA UNIVERSIDADE

INVESTIGAÇÃO EM PSICANÁLISE NA UNIVERSIDADE INVESTIGAÇÃO EM PSICANÁLISE NA UNIVERSIDADE Gilberto Safra 1 Instituto de Psicologia USP E ste evento surge no momento em que o Departamento de Psicologia Clínica do Instituto de Psicologia da Universidade

Leia mais

5 Conclusão e considerações finais

5 Conclusão e considerações finais 5 Conclusão e considerações finais O presente estudo teve como principal objetivo compreender quais as expectativas de carreira dos jovens entrantes no mercado de trabalho, a denominada geração Y. A partir

Leia mais

Boletim Gaúcho de Geografia

Boletim Gaúcho de Geografia http://seer.ufrgs.br/bgg RESENHA DE GOMES, PAULO CÉSAR DA COSTA. A CONDIÇÃO URBANA: ENSAIOS DE GEOPOLÍTICA DA CIDADE. RIO DE JANEIRO: BERTRAND BRASIL. 2002, 304 P. Boletim Gaúcho de Geografia, 32: 155-157,

Leia mais

A DISCIPLINARIZAÇÃO DA REDAÇÃO NA EDUCAÇÃO BÁSICA: UMA ABORDAGEM INICIAL. Resumo

A DISCIPLINARIZAÇÃO DA REDAÇÃO NA EDUCAÇÃO BÁSICA: UMA ABORDAGEM INICIAL. Resumo A DISCIPLINARIZAÇÃO DA REDAÇÃO NA EDUCAÇÃO BÁSICA: UMA ABORDAGEM INICIAL Fabiana Veloso de Melo Dametto-UFSM 1 Louise Cervo Spencer-UFSM GE: Políticas Públicas e Educação. Resumo Nos últimos anos, na contramão

Leia mais

TENDÊNCIAS DA PESQUISA EM EDUCAÇÃO ESTATÍSTICA NO BRASIL DE 2000 A 2013: EVENTOS CIENTÍFICOS

TENDÊNCIAS DA PESQUISA EM EDUCAÇÃO ESTATÍSTICA NO BRASIL DE 2000 A 2013: EVENTOS CIENTÍFICOS TENDÊNCIAS DA PESQUISA EM EDUCAÇÃO ESTATÍSTICA NO BRASIL DE 2000 A 2013: EVENTOS CIENTÍFICOS Ailton Paulo de Oliveira Júnior UFTM Tayrinne Helena Vaz - UFTM Resumo: Com a intenção de obter indicadores

Leia mais

05/09/2016. Crise da Psicologia Social. Silvia Lane - Psicologia Social Crítica. Resgate histórico - Brasil. PUC Goiás - Psicologia Social I

05/09/2016. Crise da Psicologia Social. Silvia Lane - Psicologia Social Crítica. Resgate histórico - Brasil. PUC Goiás - Psicologia Social I PUC Goiás - Psicologia Social I A PSICOLOGIA SOCIAL CRÍTICA E SEU DESDOBRAMENTO NA AMÉRICA LATINA Resgate histórico - Brasil DÉCADA DE 1950 Psicologia Social: disciplina no curso de Filosofia da USP, após

Leia mais

Quem criou o termo e desenvolveu a sociologia como ciência autônoma foi Auguste Comte. Sua obra inicia-se no início do século XIX e é central a noção

Quem criou o termo e desenvolveu a sociologia como ciência autônoma foi Auguste Comte. Sua obra inicia-se no início do século XIX e é central a noção Quem criou o termo e desenvolveu a sociologia como ciência autônoma foi Auguste Comte. Sua obra inicia-se no início do século XIX e é central a noção de evolução social na compreensão deste sociólogo sobre

Leia mais

Teoria e Análise das Organizações. Prof. Dr. Onofre R. de Miranda Setembro, 2014

Teoria e Análise das Organizações. Prof. Dr. Onofre R. de Miranda Setembro, 2014 Teoria e Análise das Organizações Prof. Dr. Onofre R. de Miranda Setembro, 2014 OBJETIVOS OBJETIVO GERAL: Ressaltar a organização enquanto objeto de estudo científico; OBJETIVOS ESPECÍFICOS: o Comparar

Leia mais

UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR DOM BOSCO CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO PROJETO DE MONOGRAFIA 1. [TÍTULO DO PROJETO] [Subtítulo (se houver)] 2

UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR DOM BOSCO CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO PROJETO DE MONOGRAFIA 1. [TÍTULO DO PROJETO] [Subtítulo (se houver)] 2 UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR DOM BOSCO CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO PROJETO DE MONOGRAFIA 1 [TÍTULO DO PROJETO] [Subtítulo (se houver)] 2 Acadêmico: [...] Orientador: Prof. [ ] São Luís Ano 1 Modelo de

Leia mais

TEORIA DO CONHECIMENTO E EPISTEMOLOGIA NA PESQUISA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

TEORIA DO CONHECIMENTO E EPISTEMOLOGIA NA PESQUISA EM EDUCAÇÃO FÍSICA 1 TEORIA DO CONHECIMENTO E EPISTEMOLOGIA NA PESQUISA EM EDUCAÇÃO FÍSICA Allan Smith Lima LEPEL-UFPA/ESMAC-PA allan_smith_lima@hotmail.com Gabriel Pereira Paes Neto LEPEL-UFPA/ESMAC-PA/SEDUC-PA gabrieledfisica@hotmail.com

Leia mais

OS PRINCÍPIOS DA DEMOCRACIA PARTICIPATIVA E OS REBATIMENTOS NO SERVIÇO SOCIAL

OS PRINCÍPIOS DA DEMOCRACIA PARTICIPATIVA E OS REBATIMENTOS NO SERVIÇO SOCIAL OS PRINCÍPIOS DA DEMOCRACIA PARTICIPATIVA E OS REBATIMENTOS NO SERVIÇO SOCIAL Keline Borges, RosaneSampaio, Solange Silva dos Santos Fidelis, Vânia Frigotto 1. Este trabalho foi elaborado a partir de estudos

Leia mais

aiming to indicate some of the main paradigms which guided the different

aiming to indicate some of the main paradigms which guided the different 331 Rodrigo Pelloso Gelamo * RESUMO o todo Educação. The aim of this article is to understand the way how the teaching of academic researches about the subject as well as the matters that have been aiming

Leia mais

A sociologia de Marx. A sociologia de Marx Monitor: Pedro Ribeiro 24/05/2014. Material de apoio para Monitoria

A sociologia de Marx. A sociologia de Marx Monitor: Pedro Ribeiro 24/05/2014. Material de apoio para Monitoria 1. (Uel) O marxismo contribuiu para a discussão da relação entre indivíduo e sociedade. Diferente de Émile Durkheim e Max Weber, Marx considerava que não se pode pensar a relação indivíduo sociedade separadamente

Leia mais

Lista de TCC da Licenciatura em Educomunicação ECA USP

Lista de TCC da Licenciatura em Educomunicação ECA USP Lista de TCC da Licenciatura em Educomunicação ECA USP N Aluno Orientador Titulo do Trabalho Defesa Média 1 Wilson Biancardi Lopes Roselí Fígaro Educomunicação, Trabalho e Competências para o Século XXI

Leia mais

Introdução controle manual pelo coordenador da disciplina: abordagem conceitual: jogos lúdicos:

Introdução controle manual pelo coordenador da disciplina: abordagem conceitual: jogos lúdicos: 1 Introdução Desde a última década, uma nova forma de ensino na área administrativa tem chamado a atenção por seu espírito inovador, pela forma dinâmica de seu aprendizado e pela criatividade estimulada

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO. PLANO DE ENSINO Ano Semestre letivo º. 1. Identificação Código

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO. PLANO DE ENSINO Ano Semestre letivo º. 1. Identificação Código MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO PLANO DE ENSINO Ano Semestre letivo 2016 1º 1. Identificação Código 1.1. Disciplina: FUNDAMENTOS DE SOCIOLOGIA 0560076 1.2.

Leia mais

CURRÍCULO, FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA E AS TENDÊNCIAS DE EDUCAÇÃO. India Mara Ap.Dalavia de Souza Holleben NRE PONTA GROSSA

CURRÍCULO, FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA E AS TENDÊNCIAS DE EDUCAÇÃO. India Mara Ap.Dalavia de Souza Holleben NRE PONTA GROSSA CURRÍCULO, FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA E AS TENDÊNCIAS DE EDUCAÇÃO India Mara Ap.Dalavia de Souza Holleben NRE PONTA GROSSA TEORIAS CRÍTICAS NA FORMULAÇÃO DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS Concepção Dialética de

Leia mais

Aula Gratuita.

Aula Gratuita. 1 Aula Gratuita 2 Olá, concurseiros(as)! Bem vindo(a) ao melhor Curso de Psicologia para Concursos do Brasil! Neste Ebook- Aula, preparamos algo inovador. Abordamos o assunto Psicologia Comunitária com

Leia mais

O que é Ideologia? Federação Anarquista Uruguaia (FAU) Tradução: Felipe Corrêa

O que é Ideologia? Federação Anarquista Uruguaia (FAU) Tradução: Felipe Corrêa O que é Ideologia? Federação Anarquista Uruguaia (FAU) Tradução: Felipe Corrêa 2009 Projeto de capa: Luiz Carioca Ilustração da capa: Eduardo Marinho Diagramação: Farrer (C) Copyleft - É livre, e inclusive

Leia mais

CADERNO IV ÁREAS DE CONHECIMENTO E INTEGRAÇÃO CURRICULAR

CADERNO IV ÁREAS DE CONHECIMENTO E INTEGRAÇÃO CURRICULAR CADERNO IV ÁREAS DE CONHECIMENTO E INTEGRAÇÃO CURRICULAR CURRÍCULO PROJETO DE FORMAÇÃO CULTURAL PARA A NAÇÃO. QUEM DOMINA O CURRÍCULO ESCOLAR, DOMINA A NAÇÃO (FOUCAULT) PROCESSO DE CONTRUÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO

Leia mais

FILOSOFIA DO DIREITO: DILEMAS E PERSPECTIVAS

FILOSOFIA DO DIREITO: DILEMAS E PERSPECTIVAS FILOSOFIA DO DIREITO: DILEMAS E PERSPECTIVAS Professor Doutor Alysson Leandro Barbate Mascaro Professor Adjunto da Faculdade de Direito - UPM É raro que a filosofia do direito escape dos velhos preceitos

Leia mais

Unidade I. Avaliação de Desempenho. Profª. Ana Paula de Andrade Trubbianelli

Unidade I. Avaliação de Desempenho. Profª. Ana Paula de Andrade Trubbianelli Unidade I Avaliação de Desempenho Profª. Ana Paula de Andrade Trubbianelli Avaliação / desempenho Avaliação: apreciação, análise Desempenho: possibilidade de atuação Conceituação de avaliação de desempenho

Leia mais

RESENHA: DUARTE, NEWTON. SOCIEDADE DO CONHECIMENTO OU SOCIEDADE DAS ILUSÕES? CAMPINAS-SP: AUTORES ASSOCIADOS, 2003.

RESENHA: DUARTE, NEWTON. SOCIEDADE DO CONHECIMENTO OU SOCIEDADE DAS ILUSÕES? CAMPINAS-SP: AUTORES ASSOCIADOS, 2003. RESENHA 267 268 RESENHA: DUARTE, NEWTON. SOCIEDADE DO CONHECIMENTO OU SOCIEDADE DAS ILUSÕES? CAMPINAS-SP: AUTORES ASSOCIADOS, 2003. Vol.10 nº 19 jan./jun.2015 Marcos Roberto Lima¹ Em um contexto marcado

Leia mais

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS Unidade IV FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL Prof. José Junior A evoluçao do Serviço Social Nas décadas de 1980 e 1990, o serviço social encontra seu ápice, pois a revisão

Leia mais

Disciplina: Teoria das Organizações AULA 4

Disciplina: Teoria das Organizações AULA 4 Disciplina: Teoria das Organizações AULA 4 Assunto: Prof Ms Keilla Lopes Mestre em Administração pela UFBA Especialista em Gestão Empresarial pela UEFS Graduada em Administração pela UEFS Contatos: E-mail:

Leia mais

Metodologia da Pesquisa

Metodologia da Pesquisa Metodologia da Pesquisa Apresentação Nome Área de atuação Tema de interesse para pesquisa O SABER CIENTÍFICO O SER HUMANO TEM UMA NECESSIDADE DE CONSTRUIR SABER POR SI SÓ. O PRINCIPAL OBJETIVO DA PESQUISA

Leia mais

Reciprocidade, responsabilidade e a cultura do valor

Reciprocidade, responsabilidade e a cultura do valor Reciprocidade, responsabilidade e a cultura do valor Helena Biasotto Faculdade Antonio Meneghetti direção@faculdadeam.edu.br Eixo Temático: Educação para a Economia Verde e para o Desenvolvimento Sustentável

Leia mais

Universidade Federal de Roraima Departamento de matemática

Universidade Federal de Roraima Departamento de matemática Universidade Federal de Roraima Departamento de matemática Metodologia do Trabalho Científico O Método Cientifico: o positivismo, a fenomenologia, o estruturalismo e o materialismo dialético. Héctor José

Leia mais

6 Considerações Finais

6 Considerações Finais 6 Considerações Finais Nesta tese pesquisamos as concepções das categorias de empowerment, participação e dialogicidade, no contexto da Promoção da Saúde, como política pública proposta por alguns países

Leia mais

A RELEVÂNCIA DA PESQUISA NA FORMAÇÃO DOS FUTUROS PEDAGOGOS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

A RELEVÂNCIA DA PESQUISA NA FORMAÇÃO DOS FUTUROS PEDAGOGOS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA 1 A RELEVÂNCIA DA PESQUISA NA FORMAÇÃO DOS FUTUROS PEDAGOGOS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA Vanessa Ribeiro ANDRETO 1 Andréia Cristiane Silva WIEZZEL 2 RESUMO: O presente projeto de cunho qualitativo,

Leia mais

Positivismo ou sociologia da ordem. Comte e Durkheim

Positivismo ou sociologia da ordem. Comte e Durkheim Positivismo ou sociologia da ordem Comte e Durkheim Por que a palavra positivismo? Positivo: o que é palpável, baseado nos fatos; o que pode ser observado. Para Comte, o termo positivo designa o real em

Leia mais

P á g i n a 1. Caderno de formação #4

P á g i n a 1. Caderno de formação #4 P á g i n a 1 P á g i n a 2 REDEFININDO O ANARQUISMO: Este caderno de formação como os anteriores está baseado teoricamente na dissertação de mestrado do militante anarquista Felipe Corrêa intitulada:

Leia mais

Ordem Internacional e a Escola Inglesa das RI

Ordem Internacional e a Escola Inglesa das RI BRI 009 Teorias Clássicas das RI Ordem Internacional e a Escola Inglesa das RI Janina Onuki IRI/USP janonuki@usp.br 23 e 24 de setembro de 2015 ESCOLA INGLESA Abordagem que busca se diferenciar do debate

Leia mais

A coleção Português Linguagens e os gêneros discursivos nas propostas de produção textual

A coleção Português Linguagens e os gêneros discursivos nas propostas de produção textual A coleção Português Linguagens e os gêneros discursivos nas propostas de produção textual Marly de Fátima Monitor de Oliveira Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Unesp Araraquara e-mail:

Leia mais

JOSÉ RENATO GAZIERO CELLA RAZÃO E EXPERIÊNCIA; IDEAL E REAL EM DEWEY

JOSÉ RENATO GAZIERO CELLA RAZÃO E EXPERIÊNCIA; IDEAL E REAL EM DEWEY JOSÉ RENATO GAZIERO CELLA RAZÃO E EXPERIÊNCIA; IDEAL E REAL EM DEWEY Trabalho de Graduação apresentado ao Curso de Filosofia, Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Paraná.

Leia mais

Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio

Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio TEMA CADERNO 3 : O CURRÍCULO DO ENSINO MÉDIO, SEUS SUJEITOS E O DESAFIO DA FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL Moderadora: Monica Ribeiro da Silva Produção: Rodrigo

Leia mais

Ítaca 27. Defesas Doutorado Doutorado

Ítaca 27. Defesas Doutorado Doutorado Defesas Doutorado 2013 Doutorado 2013 242 Imaginação e Ideologia na Política de Spinoza Alexandre Arbex Valadares Esta tese propõe uma leitura da política de Spinoza a partir dos conceitos de corpo e imaginação.

Leia mais

Estratégia de Luta. Tel./Fax:

Estratégia de Luta. Tel./Fax: Estratégia de Luta Neste texto buscaremos refletir sobre alguns desafios que as alterações em curso no mundo do trabalho colocam para as instancias de representação dos trabalhadores. Elementos como desemprego

Leia mais

Análise Social 3. Desigualdades Sociais ESCS Sistemas de desigualdades

Análise Social 3. Desigualdades Sociais ESCS Sistemas de desigualdades Análise Social 3 Desigualdades Sociais ESCS 2016-17 Sistemas de desigualdades Historicamente, os tipos de desigualdade, definidos formalmente ou não, apresentaram-se de modos diferentes Tipos de sistemas

Leia mais

FORMAÇÃO DE PROFESSORES E ENSINO DE HISTÓRIA DA ÁFRICA: DEZ ANOS DEPOIS COMO FICAMOS? PPGE-PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO

FORMAÇÃO DE PROFESSORES E ENSINO DE HISTÓRIA DA ÁFRICA: DEZ ANOS DEPOIS COMO FICAMOS? PPGE-PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO 02273 FORMAÇÃO DE PROFESSORES E ENSINO DE HISTÓRIA DA ÁFRICA: DEZ ANOS DEPOIS COMO FICAMOS? Sônia Maria Soares de Oliveira PPGE-PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ- UECE

Leia mais

O Multiculturalismo na Educação Patrimonial: conceitos e métodos

O Multiculturalismo na Educação Patrimonial: conceitos e métodos O Multiculturalismo na Educação Patrimonial: conceitos e métodos Profa. Raquel Mello Salimeno de Sá Museu do Índio Instituto de História- UFU Comunicação Relato de Experiência Atualmente, exige-se dos

Leia mais

Ideias sobre a natureza do conhecimento científico

Ideias sobre a natureza do conhecimento científico Ideias sobre a natureza do conhecimento científico Profª Tathiane Milaré Texto L A formulação de leis naturais tem sido encarada, desde há muito, como uma das tarefas mais importantes da ciência. O método

Leia mais

Profa. Dra. Maria da Conceição Lima de Andrade

Profa. Dra. Maria da Conceição Lima de Andrade Profa. Dra. Maria da Conceição Lima de Andrade Conceitos de pesquisa A Pesquisa é: procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis,

Leia mais

EIXO 3 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. D 3.1 Debate Contemporâneo da Gestão Pública (16h)

EIXO 3 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. D 3.1 Debate Contemporâneo da Gestão Pública (16h) EIXO 3 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA D 3.1 Debate Contemporâneo da Gestão Pública (16h) Professor : Fernando Luiz Abrucio Aula 1 03, 04 e 06 de outubro de 2011 AS BASES DA BUROCRACIA PÚBLICA CONTEMPORÂNEA 1) Origens:

Leia mais

PROJETO CINEMAPSI: ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO EM PSICOLOGIA

PROJETO CINEMAPSI: ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO EM PSICOLOGIA CONEXÃO FAMETRO: ÉTICA, CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE XII SEMANA ACADÊMICA ISSN: 2357-8645 RESUMO PROJETO CINEMAPSI: ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO EM PSICOLOGIA Monique Santos Ysmael Rocha Fátima

Leia mais

Administração Interdisciplinar

Administração Interdisciplinar Administração Interdisciplinar LIVRO Administração, teoria e prática no contexto brasileiro: Filipe Sobral e Alketa Peci (capítulos 1 e 2) Original: Profª Me. Elizete F. Montalvão Adaptado por Prof. Me.

Leia mais

SER DIGITAL: A TECNOLOGIA NA VIDA EXECUTIVA COMÉRCIO ELETRÔNICO: DA EVOLUÇÃO PARA AS NOVAS OPORTUNIDADES

SER DIGITAL: A TECNOLOGIA NA VIDA EXECUTIVA COMÉRCIO ELETRÔNICO: DA EVOLUÇÃO PARA AS NOVAS OPORTUNIDADES 66 GVEXECUTIVO V 11 N 2 JUL/DEZ 2012 COMÉRCIO ELETRÔNICO: DA EVOLUÇÃO PARA AS NOVAS OPORTUNIDADES POR ALBERTO LUIZ ALBERTIN ILUSTRAÇÃO: TOVOVAN/SHUTTERSTOCK.COM - EDIÇÃO DE IMAGEM: RAFAEL TADEU SARTO AS

Leia mais

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DE PESQUISA. Prof.ª Larissa da Silva Ferreira Alves TCC II

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DE PESQUISA. Prof.ª Larissa da Silva Ferreira Alves TCC II PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DE PESQUISA Prof.ª Larissa da Silva Ferreira Alves TCC II Necessidade de compreensão de que MÉTODO PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS (METODOLOGIA) ALVES, 2008. MÉTODO NA GEOGRAFIA

Leia mais

COLÉGIO CENECISTA DR. JOSÉ FERREIRA LUZ, CÂMERA, REFLEXÃO

COLÉGIO CENECISTA DR. JOSÉ FERREIRA LUZ, CÂMERA, REFLEXÃO COLÉGIO CENECISTA DR. JOSÉ FERREIRA LUZ, CÂMERA, REFLEXÃO UBERABA - 2015 PROJETO DE FILOSOFIA Professor coordenador: Danilo Borges Medeiros Tema: Luz, câmera, reflexão! Público alvo: Alunos do 9º ano do

Leia mais

O MOVIMENTO DO PENSAMENTO PARA APROPRIAÇÃO CONCEITUAL EM DAVÝDOV

O MOVIMENTO DO PENSAMENTO PARA APROPRIAÇÃO CONCEITUAL EM DAVÝDOV 1 O MOVIMENTO DO PENSAMENTO PARA APROPRIAÇÃO CONCEITUAL EM DAVÝDOV Educação e Produção do Conhecimento nos Processos Pedagógicos Daiane de Freitas 1 Ademir Damazio 2 Introdução O presente trabalho tem

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO. PLANO DE ENSINO Ano Semestre letivo º. 1. Identificação Código

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO. PLANO DE ENSINO Ano Semestre letivo º. 1. Identificação Código MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO PLANO DE ENSINO Ano Semestre letivo 2015 1º 1. Identificação Código 1.1. Disciplina: SOCIOLOGIA I 0560055 1.2. Unidade:

Leia mais

TEORIA DA HISTÓRIA: O ENSINO NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE HISTÓRIA. A preocupação com o ensino da História tem recaído sobre a finalidade e a

TEORIA DA HISTÓRIA: O ENSINO NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE HISTÓRIA. A preocupação com o ensino da História tem recaído sobre a finalidade e a TEORIA DA HISTÓRIA: O ENSINO NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE HISTÓRIA RACHEL DUARTE ABDALA - UNITAU A preocupação com o ensino da História tem recaído sobre a finalidade e a metodologia atribuída e empregada

Leia mais

Aula5 MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE EM GEOGRAFIA HUMANA E FÍSICA. Rosana de Oliveira Santos Batista

Aula5 MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE EM GEOGRAFIA HUMANA E FÍSICA. Rosana de Oliveira Santos Batista Aula5 MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE EM GEOGRAFIA HUMANA E FÍSICA META Conhecer os métodos de investigação e análise da Geografia humana e física OBJETIVOS Ao final desta aula, o aluno deverá: Compreender

Leia mais

SIG Colaborativo em Saúde do Trabalhador. Estado e Saúde: desafios a implementação da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora

SIG Colaborativo em Saúde do Trabalhador. Estado e Saúde: desafios a implementação da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora SIG Colaborativo em Saúde do Trabalhador Estado e Saúde: desafios a implementação da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora Fiocruz Rede Rute Maria Juliana Moura Corrêa Secretaria Municipal

Leia mais

Da teoria da ação mediada ao modelo topológico de ensino.

Da teoria da ação mediada ao modelo topológico de ensino. Da teoria da ação mediada ao modelo topológico de ensino. A idéia de ação mediada que trazemos para compreender a sala de aula inspira-se nos estudos de James Wertsch, discutidas em seu livro Mind as Action

Leia mais

A CRIAÇÃO DOS INSTITUTOS FEDERAIS DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA: PERSPECTIVAS PARA O ENSINO SUPERIOR

A CRIAÇÃO DOS INSTITUTOS FEDERAIS DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA: PERSPECTIVAS PARA O ENSINO SUPERIOR 939 A CRIAÇÃO DOS INSTITUTOS FEDERAIS DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA: PERSPECTIVAS PARA O ENSINO SUPERIOR Priscila Caetano Bentin Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) Eixo Temático:

Leia mais

Epistemologia deriva de episteme, que significa "ciência", e Logia que significa "estudo", etimologia como "o estudo da ciência".

Epistemologia deriva de episteme, que significa ciência, e Logia que significa estudo, etimologia como o estudo da ciência. Epistemologia deriva de episteme, que significa "ciência", e Logia que significa "estudo", etimologia como "o estudo da ciência". Epistemologia é a teoria do conhecimento, é a crítica, estudo ou tratado

Leia mais

O processo de ensino e aprendizagem em Ciências no Ensino Fundamental. Aula 2

O processo de ensino e aprendizagem em Ciências no Ensino Fundamental. Aula 2 O processo de ensino e aprendizagem em Ciências no Ensino Fundamental Aula 2 Objetivos da aula Conhecer os a pluralidade de interpretações sobre os processos de ensino aprendizagem em Ciências; Discutir

Leia mais

AULA 02 O Conhecimento Científico

AULA 02 O Conhecimento Científico 1 AULA 02 O Conhecimento Científico Ernesto F. L. Amaral 06 de agosto de 2010 Metodologia (DCP 033) Fonte: Aranha, Maria Lúcia de Arruda; Martins, Maria Helena Pires. 2003. Filosofando: introdução à filosofia.

Leia mais

Tendências Pedagógicas Brasileiras

Tendências Pedagógicas Brasileiras Tendências Pedagógicas Brasileiras O professor não deve usar apenas uma tendência pedagógica isoladamente, mas se apropriar de todas para saber qual será a mais eficaz de acordo com cada situação e para

Leia mais

Pesquisa Qualitativa em Administração: Fundamentos, Métodos e

Pesquisa Qualitativa em Administração: Fundamentos, Métodos e Resenha Bibliográfica Pesquisa Qualitativa em Administração: Fundamentos, Métodos e Usos no Brasil Maria Luiza Gazolla Reis da Silva* Magnus Luiz Emmendoerfer** Pesquisa Qualitativa em Administração: Fundamentos,

Leia mais

Didática e a prática pedagógica na orientação da racionalidade técnica

Didática e a prática pedagógica na orientação da racionalidade técnica EDUCAÇÃO FÍSICA E A PRÁTICA DE ENSINO: POSSIBILIDADE DE UMA RELAÇÃO QUE SUPERE A DICOTOMIA ENTRE A TEORIA E A PRÁTICA SOARES JÚNIOR, Néri Emilio UEG GT-04: Didática Este trabalho tem como objetivo apresentar

Leia mais

PLANO DE CURSO. 1. Apresentar a emergência da teoria social de Marx e da tradição sociológica, discutindo os traços pertinentes destas duas vertentes.

PLANO DE CURSO. 1. Apresentar a emergência da teoria social de Marx e da tradição sociológica, discutindo os traços pertinentes destas duas vertentes. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL CURSO DE MESTRADO EM SERVIÇO SOCIAL Disciplina: Teorias Sociais

Leia mais

CURRÍCULO MÍNIMO 2013

CURRÍCULO MÍNIMO 2013 CURRÍCULO MÍNIMO 2013 (Versão preliminar) Componente Curricular: SOCIOLOGIA (Curso Normal) Equipe de Elaboração: COORDENADOR: Prof. Luiz Fernando Almeida Pereira - PUC RJ ARTICULADOR: Prof. Fábio Oliveira

Leia mais

O SEBRAE E O QUE ELE PODE FAZER PELO SEU NEGÓCIO

O SEBRAE E O QUE ELE PODE FAZER PELO SEU NEGÓCIO O SEBRAE E O QUE ELE PODE FAZER PELO SEU NEGÓCIO Competitividade Perenidade Sobrevivência Evolução Orienta na implantação e no desenvolvimento de seu negócio de forma estratégica e inovadora. O que são

Leia mais

Unidade I MOVIMENTOS SOCIAIS. Profa. Daniela Santiago

Unidade I MOVIMENTOS SOCIAIS. Profa. Daniela Santiago Unidade I MOVIMENTOS SOCIAIS CONTEMPORÂNEOS Profa. Daniela Santiago Nessa disciplina estaremos realizando uma aproximação a questão dos movimentos sociais contemporâneos. Para isso estaremos nessa unidade

Leia mais

Introdução ao pensamento de Marx 1

Introdução ao pensamento de Marx 1 Introdução ao pensamento de Marx 1 I. Nenhum pensador teve mais influência que Marx, e nenhum foi tão mal compreendido. Ele é um filósofo desconhecido. Muitos motivos fizeram com que seu pensamento filosófico

Leia mais

O ENSINO DO CUIDADO DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO NO DISTRITO FEDERAL

O ENSINO DO CUIDADO DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO NO DISTRITO FEDERAL O ENSINO DO CUIDADO DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO NO DISTRITO FEDERAL Acadêmica :Amanda da Silva Alves Orientador: Alexsandro Barreto Almeida Águas Claras - DF 2016 Alexsandro Barreto

Leia mais

O que se investigou nesse trabalho foi como a arquitetura contribuiu e tem

O que se investigou nesse trabalho foi como a arquitetura contribuiu e tem 140 CONCLUSÃO O que se investigou nesse trabalho foi como a arquitetura contribuiu e tem contribuído tanto para o estabelecimento quanto para a afirmação da Indústria Cultural, definida e analisada por

Leia mais

No caminho com Maiakóvski

No caminho com Maiakóvski No caminho com Maiakóvski Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada. Na Segunda noite, já não se escondem: pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos

Leia mais