Prestação dos Transportes Públicos no Concelho de Loures Relatório dos Resultados do Questionário

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1 Prestação dos Transportes Públicos no Concelho de Loures Relatório dos Resultados do Questionário Grupo de Trabalho para Transportes Públicos no Concelho Março de 2015

2 Relatório dos Resultados do Questionário Índice Introdução... 4 Metodologia Caracterização socio-demográfica dos inquiridos Deslocações: origem e destino Modo de transporte utilizado nas deslocações Utilização do carro nas deslocações: motivos Utilização de transportes públicos nas deslocações: operadores Tipos de passe Horários das deslocações frequentes Qualidade dos transportes públicos: prioridade de intervenções Análise das sugestões/comentários Hospital Beatriz Ângelo Rodinhas Horários Falta de transporte público Percursos Tarifários Paragens Autocarros Carris Metropolitano Monopólio da Barraqueiro de Santo António dos Cavaleiros Outras sugestões/comentários Síntese conclusiva

3 Índice de Gráficos Gráfico 1 - Sexo dos inquiridos (%)... 7 Gráfico 3 - Idade dos inquiridos (%)... 7 Gráfico 4 - Condição perante o trabalho dos inquiridos (%)... 8 Gráfico 5 - Grupo profissional dos inquiridos (%)... 9 Gráfico 6 - Distribuição das sugestões/comentários por tema Gráfico 7 - Tema Hospital Beatriz Ângelo Gráfico 8 - Tema Rodinhas Gráfico 9 - Tema horários Gráfico 10 - Tema falta de transporte público Gráfico 11 - Tema percursos Gráfico 12 - Tema tarifários Gráfico 13 - Tema paragens Gráfico 14 - Tema autocarros Índice de Tabelas Tabela 1 - Condição perante o trabalho segundo a idade dos inquiridos (%)... 8 Tabela 2 - Freguesia de residência dos inquiridos residentes no concelho de Loures Tabela 3 - Concelho de residência dos inquiridos residentes fora do concelho de Loures Tabela 4 - Local de trabalho/estudo/outro no concelho de Loures Tabela 5 - Destino dentro do concelho segundo a Origem dentro do concelho Tabela 6 - Destino dentro do concelho segundo a origem fora do concelho Tabela 7 - Destino fora do concelho segundo a origem dentro do concelho Tabela 8 - Local de trabalho/estudo/outro fora do concelho de Loures Tabela 9 - Modo de transporte utilizado: casa/emprego Tabela 10 - Modo de transporte utilizado: casa/estudo Tabela 11 - Modo de Transporte utilizado: casa/emprego/lazer/compras Tabela 12 - Modo de Transporte utilizado: casa/estudo/lazer/compras Tabela 13 - Modo de Transporte utilizado: casa/lazer/compras/outras Tabela 14 - Modo de Transporte utilizado nas deslocações (%) Tabela 15 - Tipos de deslocações, segundo o modo de transporte e sexo (%) Tabela 16 - Tipos de deslocações, segundo o modo de transporte e idade (%) Tabela 17 - Tipos de deslocações, segundo o modo de transporte e condição perante o trabalho (%) Tabela 18 - Uso de transporte público na deslocação casa/emprego segundo a origem e destino (%)

4 Tabela 19 - Uso de transporte público na deslocação casa/lazer/compras/outras segundo a origem e destino (%) Tabela 20 - Motivos para a utilização do carro (%) Tabela 21 - Motivos na utilização de carro segundo a origem (%) Tabela 22 - Operadores utilizados nas deslocações: ida/volta (%) Tabela 23-1º operador utilizado nas deslocações (ida) segundo a origem (%) Tabela 24 - Operadores utilizados nas deslocações (ida) Tabela 25 - Passe intermodal Tabela 26 - Passe intermodal segundo a origem Tabela 27 - Passe combinado Tabela 28 - Passe combinado segundo a origem Tabela 29 - Tipo de passe Tabela 30 - Operador Tabela 31 - Operadores segundo a origem Tabela 32 - Horários das deslocações (ida/volta) Tabela 33 - Horários na ida segundo a origem Tabela 34 - Horários na volta segundo a origem Tabela 35 - Horários na Ida segundo a condição perante o trabalho (%) Tabela 36 - Intervenções para melhorar a qualidade dos transportes públicos (%) Tabela 37 - Intervenções para melhorar a qualidade dos transportes públicos Tabela 38 - Sugestões/Comentários (I) Tabela 39 - Sugestões/Comentários (II) Tabela 40 - Temas das sugestões/comentários segundo a origem Tabela 41 - Tema horários segundo a origem (%) Tabela 42 - Tema Carris Tabela 43 - Tema Metropolitano Tabela 44 - Outras sugestões/comentários

5 Introdução O défice de oferta de transportes públicos no concelho, em termos de quantidade e qualidade é geralmente assinalado como um problema transversal a quase toda a população do concelho. Neste sentido, importa perceber a forma como a população vê e sente este problema, as suas principais preocupações e aspirações. Para que a Câmara Municipal de Loures possa ter uma mais eficaz intervenção, no intuito de alcançar garantias de melhor ajuste da oferta de transporte público às necessidades da população, é fundamental conhecer a opinião e as aspirações das pessoas que usufruem dos transportes públicos ou que deles carecem para as suas necessidades de deslocação. Para tal, durante três meses (Agosto a Outubro de 2014), a CMLoures lançou um inquérito de preenchimento online ou em papel, tendo o mesmo sido disponibilizado, além do site, nos postos de atendimento, nas iniciativas municipais, assim como nos museus e gabinetes de atendimento à juventude, entre outros equipamentos. O inquérito foi organizado em oito blocos: caracterização sociodemográfica dos inquiridos (sexo, idade, condição perante o trabalho, grupo profissional); deslocações: origem e destino (freguesia ou concelho de residência, local de trabalho/estudo/outro dentro e fora do concelho); modo de transporte utilizado nas deslocações (casa/emprego; casa/estudo; casa/emprego/lazer/compras; casa/estudo/lazer/compras; casa/lazer/compras/outras); utilização do carro nas deslocações:motivos; utilização de transportes públicos nas deslocações (operadores; tipos de passes); horários das deslocações (ida e volta); qualidade dos transportes públicos: prioridade de intervenções); resultados qualitativos (sugestões/comentários dos inquiridos). No propósito de alcançar a diversidade de públicos alvos, a Autarquia apostou num vasto conjunto de materiais de divulgação (cartazes, flyers, abrigos,site, facebook), distribuídos pelas freguesias do concelho de Loures. Ao mesmo tempo, foram envolvidos os seguintes serviços da CMLoures: o Departamento de Cultura, Desporto e Juventude (DCDJ), o Departamento de Coesão Social e Habitação (DCSH), o Departamento de Educação (DE) e o Departamento de Ambiente e Transportes Municipais (DATM), no intuito de estabelecerem a articulação com as entidades externas (associações/coletividades locais, idosos, centros de saúde, agrupamentos escolares,juntas de freguesia, etc.). Caracterizar a prestação dos transportes públicos é fundamental para uma análise das condições de mobilidade da população. Estabelecer uma relação entre os movimentos pendulares da população e o nível de serviço do transporte público é condição, não só para o conhecimento de eventuais assimetrias entre a procura e oferta nas deslocações em transporte 4

6 público, mas também como base para uma mais eficaz tomada de decisão nesta área, seja ao nível local, regional ou nacional. O paradigma de uma Mobilidade Sustentável assenta inevitavelmente na rede de transportes públicos e implica criar condições para o tornar mais atrativo desincentivando a utilização do transporte individual. Também para a tomada de opções que conduzam a persecução deste objetivo estratégico, o conhecimento das fragilidades do sistema, obtido pela referida caracterização da prestação dos transportes públicos, é relevante. Metodologia Dos 3956 questionários recebidos, 571 foram considerados nulos, na medida em que apresentaram um elevado número de questões não respondidas (mais de 50% do questionário por preencher), e 84 não foram incluídos na base de dados estatísticos, em virtude de terem sido entregues no final do mês de Dezembro, altura em que a introdução de dados estava completamente concluída. Foram sujeitos a tratamento estatístico 3301 questionários válidos. Destes, 152 questionários foram aplicados de forma presencial, na Gare do Oriente e no terminal do Campo Grande. Dos 3301 questionários, 757 foram preenchidos via online e 2544 em papel. Em termos metodológicos, não foi construída previamente uma amostra representantiva do concelho ou por cada freguesia, na medida em que a seleção dos inquiridos não obdeceu a uma estratificação por quotas (sexo, idade). Duas situações acabaram por estruturar a amostra final: por um lado, o facto de o questionário se encontrar online no site da Autarquia, de acesso mais fácil aos trabalhadores municipais que exercem as suas atividades na sede do concelho, fez com que a freguesia de Loures obtivesse maior número de inquiridos; por outro lado, o aproveitamento de algumas iniciativas municipais que decorreram durante o período de aplicação do questionário, refletiu-se no universo dos idosos (população com 65 e mais anos) que conseguiu um número considerável de inquiridos, em detrimento de outros escalões etários. Esta opção metodológica faz com que a análise agora apresentada deva ser encarada como um contributo específico das pessoas que responderam ao questionário, não sendo, em rigor, generalizável ao total da população residente no concelho de Loures. No presente relatório o Inquirido deve ser entendido como a pessoa que acedeu à participação e envolvimento nesta matéria dos transportes públicos, preenchendo o questionário. Salientese ainda que a análise dos questionários foi efetuada tendo em conta as antigas 18 freguesias do concelho de Loures e não a reorganização administrativa do território das freguesias. 5

7 O presente relatório está dividido em duas partes, sendo que a primeira retrata a caracterização da prestação dos transportes públicos no concelho e, a segunda, apresenta a análise qualitativa das sugestões e comentários relacionadas com a temática dos transportes, que muitos inquiridos escreveram no campo das observações incluído no questionário. 6

8 1- Caracterização socio-demográfica dos inquiridos Gráfico 1 - Sexo dos inquiridos (%) A grande maioria dos inquiridos é do sexo feminino (64,1%), o que corresponde a 2115 mulheres. O sexo masculino alcança 35,2%, respeitante a 1161 homens. Gráfico 2 - Idade dos inquiridos (%) Os indivíduos com idades compreendidas entre os anos, consideradas idades ativas em termos profissionais, foram os que mais responderam ao questionário (50,2%), seguidos pelos indivíduos mais idosos (26,9%). Os jovens até aos 24 anos assumem cerca de 22% do total da amostra de inquiridos, tendo esta sido construída com os condicionalismos anteriormente referidos (sem estratificação prévia de quotas). 7

9 Gráfico 3 - Condição perante o trabalho dos inquiridos (%) A condição perante o trabalho, que permite determinar casos distintos face à integração na vida ativa, revela que 41% dos inquiridos exerce uma atividade profissional. Da população sem atividade económica, são os reformados/pensionistas que assumem valores numéricos mais expressivos (28,2%) no total de inquiridos, seguidos pelos estudantes (20,5%). Tabela 1 - Condição perante o trabalho segundo a idade dos inquiridos (%) Escalão Etário Condição Perante o Trabalho Menos de 18 anos anos anos anos anos anos 65 e + anos Exerce profissão - 19,7 77,4 86,2 85,2 51,9 4,7 Reformado ,6 1 29,9 88,6 Estudante ,8 8,3 0,2-0,2 - Desempregado - 5,2 10,1 4,7 3,4 6,3 0,2 Doméstica - - 0,3 0,4 1,6 8,2 6,1 N/R - 1,4 4 7,9 8,9 3,4 0,3 TOTAL A tabela anterior demonstra como a idade afeta a distribuição ocupacional. Assim, são os estudantes que se concentram sobretudo nos primeiros escalões etários. Os trabalhadores dominam as idades potencialmente ativa, ou seja, os escalões etários intermédios (predominantes entre os anos). Os reformados prevalecem no último escalão etário. Quanto aos desempregados assumem maior expressão no escalão etário entre os anos, logo idades muito jovens. 8

10 Gráfico 4 - Grupo profissional dos inquiridos (%) A variável grupo profissional procura refletir o universo da atividade económica, do ponto de vista da inserção profissional dos indivíduos. Os trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores (agentes da PSP, cabeleireiros, empregados de mesa, vendedores etc.) registam 30,8% de inquiridos, seguidos pelo grupo profissional dos especialistas das atividades intelectuais e científicas (técnicos superiores, professores, profissionais de saúde, etc.) com 28%. O pessoal administrativo sobressai com 19,4% do total dos 3301 questionários. No conjunto da amostra que se criou estes valores são indicadores de ponderação na análise dos resultados obtidos. 9

11 2- Deslocações: origem e destino As pessoas que responderam ao questionário, residentes no concelho de Loures, são provenientes sobretudo das freguesias de Santo António dos Cavaleiros (19,5%) e de Loures (16,3%). A elevada participação da freguesia de Santo António dos Cavaleiros poderá estar relacionada com o envolvimento da Comissão de Utentes dos Transportes de Santo António dos Cavaleiros e Frielas na matéria relativa aos transportes coletivos da freguesia. A forte consciência coletiva da população sobre esta temática aproxima-a da participação, o que acabou por ter reflexo neste resultado. Tabela 2 - Freguesia de residência dos inquiridos residentes no concelho de Loures Freguesia de Residência n % Zona Norte Bucelas 96 3,4 Fanhões 31 1,1 Lousa 86 3 Santo Antão do Tojal 79 2,8 São Julião do Tojal 106 3,7 Total Zona Norte Urbana Loures ,3 Santo António dos Cavaleiros ,5 Frielas 54 1,9 Total ,7 Zona Oriental Apelação 106 3,7 Bobadela 100 3,5 Camarate 239 8,4 Moscavide 72 2,5 Portela Prior Velho 66 2,3 Sacavém 162 5,7 Santa Iria de Azóia 177 6,2 São João da Talha 189 6,6 Unhos 150 5,3 Total ,3 TOTAL As freguesias da zona norte do concelho de Loures apresentam menor número de inquiridos em relação às freguesias da zona norte urbana e da zona oriental. São Julião do Tojal 10

12 conseguiu ultrapassar uma centena de inquiridos. Na zona norte urbana o destaque vai para Santo António dos Cavaleiros com 556 inquiridos. Da zona oriental, Camarate e São João da Talha foram as mais participativas: 8,4% e 6,6%, respetivamente. Os inquiridos residentes fora do concelho de Loures são em menor número e são sobretudo dos concelhos de Odivelas (30,4%), de Lisboa (16,6%) e de Vila Franca de Xira (11,8%). Tabela 3 - Concelho de residência dos inquiridos residentes fora do concelho de Loures Concelho de Residência n % Almada 7 1,6 Amadora 12 2,7 Lisboa 75 16,6 Mafra 26 5,8 Odivelas ,4 Oeiras 7 1,6 Sintra 17 3,8 Sobral de Monte Agraço 4 0,9 Vila Franca de Xira 53 11,8 Outro 18 3,9 TOTAL Em relação ao total de inquiridos, constata-se que 2849 são residentes no concelho de Loures e 357 residem fora de Loures, contudo as suas deslocações, sejam por motivo de trabalho, estudo ou de outra natureza, acabam por manter relações com o concelho. Além destes inquiridos, existem 95 pessoas que responderam ao questionário mas que não identificaram o local da sua residência nem o destino das suas deslocações. Dado que preencheram as restantes questões, foram contabilizados no total dos 3301 inquiridos. 11

13 Tabela 4 - Local de trabalho/estudo/outro no concelho de Loures Local de Trabalho/Estudo/Outro n % Apelação 20 1,2 Bobadela 30 1,9 Bucelas 23 1,4 Camarate 105 6,5 Fanhões 2 0,1 Frielas 5 0,3 Loures ,3 Lousa 11 0,7 Moscavide 51 3,2 Portela 150 9,3 Prior Velho 12 0,7 Sacavém 132 8,2 Santa Iria de Azóia 68 4,2 Santo Antão do Tojal 11 0,7 Santo António dos Cavaleiros ,6 São João da Talha 43 2,7 São Julião do Tojal 12 0,7 Unhos 36 2,2 TOTAL Os inquiridos que trabalham, estudam ou efetuam outro tipo de atividade no concelho, fazemno sobretudo na freguesia de Loures (41,3%). A este resultado não é alheio o facto desta freguesia ter otido um elevado número de inquiridos. As seguintes matrizes origem/destino servem para avaliar as interações entre as unidades geográficas e permitem verificar que a cidade de Loures, e sede do concelho, se assume como uma centralidade nas deslocações quotidianas dos inquiridos, sobretudo daqueles que são oriundos das freguesias localizadas na zona norte do concelho: Lousa e São Julião do Tojal atingem valores superiores a 70%. Domésticas, trabalhadores e reformados são os que mais se deslocam para a freguesia de Loures. Mais de 57% dos inquiridos de Santo António dos Cavaleiros deslocam-se diariamente no interior da freguesia e são sobretudo estudantes que frequentam aí as escolas. Na zona oriental, a freguesia da Portela assume-se como um importante destino quer para os inquiridos que aí residem (em particular reformados e estudantes) quer para os sacavenenses (estudantes e trabalhadores) e moscavidenses (reformados). 12

14 Relatório dos Resultados do Questionário Tabela 5 - Destino dentro do concelho segundo a Origem dentro do concelho DESTINO LOCAL TRABALHO/ESTUDO/OUTRO (%) ORIGEM FREGUESIA DE RESIDÊNCIA Loures SAC Frielas Portela Moscavide SATojal SJTojal Camarate Apelação Unhos SJTalha SIAzóia Bobadela Bucelas Fanhões Lousa Sacavém P.Velho Total N (Inquiridos) Loures 69,8 14,6 1,6 1,6 1 0,5 1 2,1 0,5 0,5-2,1-0,5 0,5 0,5 3, Santo A. Cavaleiros 35,8 57,1-0,4-0,9 0,9 1,8 0, , ,3 0, Frielas Portela 8, ,3 27, ,1 4, Moscavide 3, ,11 22, ,7-7,4 3, , Santo A.do Tojal 68, ,3-5, São Julião do Tojal 73,1 3,8-2,6 1,3 1,3 9 1, ,3 1, , Camarate 17,6 3,2-5, ,8 0,8 0, ,4 0, Apelação 29,6 7,4-3,7 3, ,3 7,4 5,6 1,9 1, ,8 1, Unhos 25,7 4,3-10 4, ,4 27,1 2,9 1, , São João da Talha 11, ,6 12, ,8-1,4 31,9 6,9 8, , Santa Iria de Azóia 18,2 1,5-6,1 4,5-1,5 1,5 1,5-6,1 50 4, , Bobadela ,9 7, ,2 11,9 23, Bucelas 59,6 5,8 1, ,9-30, Fanhões 58,8 5,9-5, , , Lousa 76, , , Sacavém 15, , ,3-1, , , Prior Velho 15, ,8 10, ,3-5, ,1 26, TOTAL 39,4 14,5 0,4 9,1 3,4 0,8 0,9 7,1 0,7 2,2 3,2 4,4 2 1,5 0,1 0,8 8,8 0,

15 ORIGEM CONCELHO DE RESIDÊNCIA Tabela 6 - Destino dentro do concelho segundo a origem fora do concelho DESTINO LOCAL TRABALHO/ESTUDO/OUTRO (%) Loures SAC Frielas Portela Moscavide SATojal SJTojal Camarate Apelação Unhos SJTalha SIAzóia Bobadela Bucelas Fanhões Lousa Sacavém P.Velho Total N (Inquiridos) Lisboa 33,8 13,8-26,2 1, ,7 3,1 3,1-1, ,7 1, Odivelas 63,9 25, , ,9 4, ,9-0, , Mafra 59,1 18, , ,1-4, Torres Vedras Sintra 50 18,8-18, ,3 6, Vila Franca Xira ,2 2, ,4 4,4 11,1-15, , Cascais Sobral de Monte Agraço 66, , Oeiras 66, , , Setúbal Amadora 88, , Barreiro Almada 57, ,3 28, Outro 54, ,1 18, , , TOTAL 50,5 14,8-10,8 1, ,4 0,3 3,4 1,3 1 0,1 0,3 5,4 0,

16 Tabela 7 - Destino fora do concelho segundo a origem dentro do concelho DESTINO LOCAL TRABALHO/ESTUDO/OUTRO (%) ORIGEM FREGUESIA DE RESIDÊNCIA Lisboa Odivelas Mafra Torres Vedras Sintra Vila Franca Xira Cascais Sobral de Monte Agraço Oeiras Setúbal Amadora Barreiro Almada Outra Total N (Inquiridos) Loures 88,8 8,1 0, ,4-0,8 0,4 0,4 0, Santo A. Cavaleiros 89,2 6,6 0,3-0,7 0, ,3 0,3 0,3-0, Frielas 92,3 7, Portela Moscavide 81, ,3 2, ,7-2, , Santo A.do Tojal 93,8-6, São Julião do Tojal 86,7 6, , Camarate 95,5 3, , Apelação 89,4 2, ,1-2, ,1-2, Unhos São João da Talha 91, ,2 1,1-2,2 2, Santa Iria de Azóia 90,7 1, , ,2 1,2 1, Bobadela 91, , , Bucelas 91,4 2, , , Fanhões 85,7 7, , Lousa 69,6 8,7 21, Sacavém 87, ,4 1, ,8-1,4-1, Prior Velho 94, ,9-2, TOTAL 90,1 4,2 0,7 0,1 0,5 1 0,3 0,2 1,1 0,4 0,8 0,2 0,3 0,

17 Relatório dos Resultados do Questionário Tabela 8 - Local de trabalho/estudo/outro fora do concelho de Loures Local de Trabalho/Estudo/Outro n % Almada 4 0,3 Amadora 11 0,8 Barreiro 2 0,1 Cascais 4 0,3 Lisboa ,7 Mafra 9 0,7 Odivelas 67 5 Oeiras 16 1,2 Setúbal 5 0,4 Sintra 8 0,6 Sobral de Monte Agraço 3 0,2 Torres Vedras 1 0,1 Vila Franca de Xira 15 1,1 Outro 6 0,4 TOTAL Quando a análise se foca nos movimentos para o exterior do concelho de Loures, verifica-se que Lisboa é o principal destino para mais de 88% de inquiridos. Todas as freguesias revelam dependência face a Lisboa, na medida em que uma elevada percentagem de inquiridos que trabalham, estudam ou efetuam outro tipo de atividade fora de Loures, escolhem a capital para esse efeito. A centralização de atividades político-administrativas e económicas na cidade de Lisboa, a par da perda significativa de população e a crescente expansão urbanística em toda a área metropolitana, têm vindo a reforçar os movimentos pendulares diários. Em 2011 (INE), todos os municípios da AML registaram fortes fluxos de interação com o município de Lisboa, facto revelador do efeito polarizador da capital. Os inquiridos residentes fora do concelho mas que mantém relações de trabalho/estudo/outra com o mesmo, escolhem a freguesia de Loures, com excepção dos inquiridos de Vila Franca de Xira que entram em maior número na Portela (Tabela 7). Mais uma vez, a freguesia de Loures assume um lugar de destaque que deverá ser relativizado atendendo ao número elevado de inquiridos que aí trabalham.

18 3- Modo de transporte utilizado nas deslocações A análise dos resultados alcançados no presente estudo mostra que os transportes públicos são o modo de transporte mais utilizado pelos inquiridos que exercem atividade profissional (52,1%), seguidos pelo transporte individual (35,1%). Os restantes modos de transporte assumem valores mais baixos, com algum destaque para aqueles que usam o transporte individual e o transporte público nas suas deslocações (6,3%). Alguns inquiridos optam por levar o carro durante uma parte do percurso, até ao metropolitano ou alguma paragem de transporte rodoviário, e depois recorrem aos transportes públicos. Tabela 9 - Modo de transporte utilizado: casa/emprego Deslocação: Emprego Modo de Transporte n % Transporte público ,1 Transporte individual ,1 Transporte individual e transporte público 94 6,3 A pé 61 4,1 Modos suaves 3 0,2 N/R 33 2,2 TOTAL A leitura destes resultados deverá ter presente que a elaboração do questionário destinou-se à caracterização da prestação dos transportes públicos, pelo que quem mais respondeu é precisamente quem mais anda de transportes públicos. Tabela 10 - Modo de transporte utilizado: casa/estudo Deslocação: Estudo Modo de Transporte n % Transporte público ,5 Transporte individual ,4 Transporte individual e transporte público 47 6,8 A pé ,7 Modos suaves 4 0,6 N/R 20 3 TOTAL A maioria dos estudantes utiliza os transportes públicos na sua deslocação para a escola (50,5%). Aqueles que vão a pé para a escola conseguem ultrapassar ligeiramente aqueles que se deslocam em transporte individual: 19,7% para 19,4%, respetivamente. Os estudantes que 17

19 mais se deslocam a pé para a escola são os que residem em Santo António dos Cavaleiros (61,8%) e na Portela (15,3%). Na verdade, trata-se de freguesias cujos equipamentos escolares se encontram localizados em zonas centrais, de fácil acesso e relativamente próximos das áreas residênciais. É curioso verificar que em Santo António dos Cavaleiros, cujo espaço urbano apresenta alguma morfologia adversa ao andar a pé, os estudantes recorrem a este tipo de mobilidade suave. Tabela 11 - Modo de Transporte utilizado: casa/emprego/lazer/compras Deslocação: Emprego/Lazer/Compras Modo de Transporte n % Transporte público Transporte individual ,4 Transporte individual e transporte público ,4 A pé 17 1,2 Modos suaves 1 0,06 N/R TOTAL Quando a deslocação para o emprego implica atividades de lazer ou compras, o transporte individual torna-se o meio mais utilizado (35,4%), seguido pelo transporte público (25%), verificando-se pois uma alteração dos modos de transporte: se para o trabalho a opção, em primeiro lugar, é pelo transporte coletivo (52,1%), nas idas para o trabalho, que prevejam saídas de lazer/compras, a preferência vai para a utilização do transporte individual (35,4%). Mais de 10% dos inquiridos recorrem à combinação de modos (transportes individual e público) neste tipo de deslocação, percentagem com algum relevo. Tabela 12 - Modo de Transporte utilizado: casa/estudo/lazer/compras Deslocação: Estudo/Lazer/Compras Modo de Transporte n % Transporte público Transporte individual ,2 Transporte individual e transporte público 73 10,7 A pé 46 6,7 Modos suaves 6 0,9 N/R ,5 TOTAL

20 Já os estudantes continuam a optar pelos transportes públicos nas suas deslocações entre casa/estudo/lazer/compras (32%), tal como se verifica entre a casa e o local de estudo. Novamente, mais de 10% de estudantes recorrem aos transportes individual e público neste tipo de deslocação, percentagem com alguma relevância. Tabela 13 - Modo de Transporte utilizado: casa/lazer/compras/outras Deslocação: Lazer/Compras/Outras Modo de Transporte n % Transporte público ,8 Transporte individual Transporte individual e transporte público ,1 A pé 96 2,9 Modos suaves 15 0,5 N/R ,7 TOTAL As deslocações por motivo de lazer/compras/outras atividades são concretizadas pelos inquiridos através do recurso de transportes públicos (34,8%) e, em segundo lugar, de transporte individual (30%). Saliente-se que esta percentagem de inquiridos que utiliza o transporte público, neste tipo de deslocação, poderá ser justificada pelo elevado número de indivíduos com idades mais avançadas na amostra final, logo na condição de reformado, e como tal, as suas deslocações são mais entre casa/lazer/compras/outras. Modo de Transporte Tabela 14 - Modo de Transporte utilizado nas deslocações (%) Deslocações Emprego Estudo Emprego/ Lazer/Compras Estudo/ Lazer/Compras Lazer/ Compras/Outras Transporte público 52,1 50, ,8 Transporte individual 35,1 19,4 35,4 24,2 30 Transporte individual e transporte público 6,3 6,8 10,4 10,7 11,1 A pé 4,1 19,7 1,2 6,7 2,9 Modos suaves 0,2 0,6 0,06 0,9 0,5 N/R 2, ,5 20,7 TOTAL O número de inquiridos que utiliza transportes públicos, independentemente do motivo, é superior aquele que se regista ao nível do uso de transporte individual. Este é escolhido sobretudo para as deslocações entre casa/emprego/lazer/compras (35,4%). É ao nível das viagens relacionadas com o lazer/compras/outras atividades que o recurso misto, entre o transporte individual e o transporte público, revela valores mais significativos (11,1%). 19

21 As mulheres são mais utilizadoras de transportes públicos que os homens, seja nas viagens para o trabalho ou local de estudo, seja nos restantes tipos de deslocações, com excepção na deslocação casa/emprego/lazer/compras que optam pelo transporte individual. Os homens são mais adeptos do carro nas idas para o local de trabalho e nas deslocações para o emprego que impliquem lazer/compras. Os estudantes do sexo feminino são claramente mais utentes de transportes públicos quando vão para a escola. Mas já são eles que mais se deslocam a pé para o local de estudo (Tabela 16). Os jovens até aos 18 anos são mais utilizadores de transportes públicos, sobretudo nas suas deslocações para a escola. São também estes que mais andam a pé, quando se deslocam para o local de estudo. Os inquiridos com idades compreendidas entre os 18 e 24 anos, e que exercem atividade profissional, recorrem igualmente aos transportes públicos para se deslocarem para o seu local de trabalho. A predominância do transporte público continua a manter-se no escalão etário seguinte (25-34 anos). O transporte individual é a principal opção para as idades adultas e ativas entre os anos. As pessoas com 55 e mais anos escolhem, como primeiro modo de deslocação, o transporte público (Tabela 17). O transporte público é sobretudo escolhido pelo grupo dos inativos (desempregados, reformados e domésticas) aquando das suas principais deslocações diárias (Tabela 18). O uso de transporte individual é mais notório entre aqueles que exercem uma atividade profissional. A confirmar os dados anteriores, são os estudantes que andam mais a pé nas suas deslocações casa/estudo (20,1%). Os reformados são os que mais recorrem a um modo de transporte misto, ou seja, transporte individual e transporte público (13,2%). 20

22 Relatório dos Resultados do Questionário Modos de Transporte Tabela 15 - Tipos de deslocações, segundo o modo de transporte e sexo (%) SEXO Deslocações Emprego Estudo FEMININO Emprego/ Estudo/ Lazer/ Lazer/ Compras Compras Lazer/ Compras/ Outros Emprego Estudo MASCULINO Emprego/ Lazer/ Compras Estudo/ Lazer/ Compras Lazer/ Compras/ Outros Transporte público 56,5 55,9 28,1 32, , ,2 Transporte individual 31,5 20,8 32,5 24,2 27,4 43,8 18,2 42,6 24,5 35 Transporte individual e transporte público 5,4 6,3 11,1 12,2 11,6 8,4 7,3 8,8 9 10,4 A pé 4,8 14,8 1,7 5,8 2,3 2,3 25,8 1,2 8 4 Modos suaves ,2 0,2 0,7 1,2 0,2 1,5 0,9 N/R 1,8 2,2 26,6 25,2 21,5 2,8 3,5 29, ,5 TOTAL

23 Tabela 16 - Tipos de deslocações, segundo o modo de transporte e idade (%) Modos de Transporte ESCALÃO ETÁRIO Deslocações MENOS DE 18 ANOS ANOS ANOS Estudo Estudo/ Lazer/ Compras Lazer/ Compras/ Outros Emprego Estudo Emprego/ Lazer/ Compras Estudo/ Lazer/ Compras Lazer/ Compras/ Outros Emprego Estudo Emprego/ Lazer/ Compras Estudo/ Lazer/ Compras Lazer/ Compras/ Outros Transporte público 41,2 24,9 17,3 68,2 65, ,5 31,8 48,7 86,2 75,8 75,9 24,6 Transporte individual 24,7 31,4 33,9 20,6 10,9 24,3 11, ,3 10,4 13,8 13,8 36,6 Transporte individual e transporte público 7,2 11 7,9 6,4 6,2 9,6 10,6 11,7 10, ,1 A pé 23,2 7,6 7,5 1,6 16,1-6,3-2, ,8 Modos suaves 0,9 1,2 1, , ,9 N/R 2,8 23,9 32,2 3,2 1,4 16, ,2 1,5 3,4 10,3 10,3 23 TOTAL ESCALÃO ETÁRIO Modos de Transporte Deslocações Emprego ANOS ANOS ANOS 65 e + ANOS Emprego/ Lazer/ Compras Lazer/ Compras/ Outros Emprego Emprego/ Lazer/ Compras Lazer/ Compras/ Outros Emprego Emprego/ Lazer/ Compras Lazer/ Compras/ Outros Emprego Emprego/ Lazer/ Compras Lazer/ Compras/ Outros Transporte público 44,8 21,2 15,2 55,3 26,3 25,4 60,4 28,3 34,8 61,4 28,6 28,7 Transporte individual 44,8 44,7 44,1 32,2 32,3 28,6 24,5 22,8 27,6 15,8 14,3 14,4 Transporte individual e transporte público 5,2 11,3 10,8 5,3 9,1 8,5 4,9 6,4 14,3 13,7 4,8 4,5 A pé 2,9 0,4 2,6 6,1 1,4 2,7 6,1 2,5 1,6 6,8 2,4 2,4 Modos suaves 0,6-0,6-0,3 0, , N/R 1,7 22,4 26,7 1,1 30,6 34 4, ,5 2, TOTAL

24 Tabela 17 - Tipos de deslocações, segundo o modo de transporte e condição perante o trabalho (%) Modos de Transporte CONDIÇÃO PERANTE O TRABALHO Deslocações EXERCE PROFISSÃO REFORMADO ESTUDANTE DESEMPREGADO DOMÉSTICA Emprego/ Lazer/ Lazer/ Estudo/ Lazer/ Lazer/ Lazer/ Lazer/ Compras/ Compras/ Lazer/ Compras/ Compras/ Compras/ Emprego Compras Outros Outros Estudo Compras Outros Outros Outros Transporte público 52 25,6 19,6 61,4 50,7 32,1 22,4 67,9 56,6 Transporte individual 35, ,4 24,2 19,7 24,2 28,4 16,6 26,3 Transporte individual e transporte público 6,7 10, ,2 6,7 10,7 9,4 12,1 12,1 A pé 3,8 1,2 2,6 1 20,1 7 6,9 0,8 3 Modos suaves 0,2 0,07 0,6-0,6 1 0,7 0,8 - N/R 2 27,7 31,8 0,2 2, ,2 1,8 2 TOTAL

25 Relatório dos Resultados do Questionário Aqueles que se deslocam de casa para o trabalho, bem como os que se movimentam por motivos de lazer/compras/outros, e que utilizam exclusivamente transportes públicos, têm como principal destino a freguesia de Loures, o que está congruente com os dados apresentados anteriormente e que confirmam tratar-se de um centro polarizador de fluxos, por razões de trabalho ou de outra natureza. A freguesia de Sacavém surge como um segundo local de destino nas deslocações casa/lazer/compras/outras (Tabela 19). Algumas especificidades podem ser apresentadas: - inquiridos de Camarate deslocam-se, em transporte público, no interior da freguesia para trabalhar mas procuram Loures por outros motivos; - população inquirida de Unhos, que utiliza apenas transporte público, vai trabalhar para Sacavém, porém é, em Loures, que desenvolve outros tipos de atividades; - em Santa Iria de Azóia, os que trabalham e que usam de forma exclusiva o transporte público fazem-no para São João da Talha, mas permanecem na freguesia de residência quando pretendem levar a cabo deslocações de lazer/compras/outras; - os bobadelenses inquiridos e que exercem uma atividade profissional, recorrendo ao uso de transporte público, deslocam-se para Santa Iria de Azóia e para São João da Talha por motivos de lazer/compras/outras. A este propósito, convém assinalar que São João da Talha assume alguma relevância nas deslocações da população reformada, em particular nas suas idas ao centro de saúde de São João da Talha. - Finalmente, no Prior Velho, os transportes públicos são frequentados por quem trabalha no interior da freguesia, mas é para Sacavém que se concretizam algumas viagens de lazer e compras.

26 Relatório dos Resultados do Questionário Tabela 18 - Uso de transporte público na deslocação casa/emprego segundo a origem e destino (%) DESLOCAÇÃO CASA/EMPREGO USO DE TRANSPORTES PÚBLICOS (%) ORIGEM DESTINO Loures SAC Frielas Portela Moscavide SATojal SJTojal Camarate Apelação Unhos SJTalha SIAzóia Bobadela Bucelas Fanhões Lousa Sacavém P.Velho Total N (Inquiridos) Loures 63, ,8 2,8 2, ,8-2,8 2, , Santo A. Cavaleiros 57,1 14, ,5 4,8 9, , Frielas Portela Moscavide Santo A.do Tojal São Julião do Tojal 73, , Camarate 18,2 9, ,4 9,1 9, ,1 9, Apelação 36, ,1 9,1 9,1 9, Unhos 18, , ,1 18,2 9, , São João da Talha 28, , ,6 14, , Santa Iria de Azóia 16,7 5,6-5, ,6 5,6-22,2 16,7 11, , Bobadela 16, , ,7 33,3 16, Bucelas 83,3-16, Fanhões Lousa Sacavém 36, ,2 9, ,3 9, Prior Velho TOTAL 46,6 6,3 0,6 1,7-1,7 2,8 9,1 2,8 3,4 5,1 5,1 1,7 0, ,2 2,

27 Tabela 19 - Uso de transporte público na deslocação casa/lazer/compras/outras segundo a origem e destino (%) DESLOCAÇÃO CASA/LAZER/COMPRAS/OUTRAS USO DE TRANSPORTES PÚBLICOS (%) ORIGEM DESTINO Loures SAC Frielas Portela Moscavide SATojal SJTojal Camarate Apelação Unhos SJTalha SIAzóia Bobadela Bucelas Fanhões Lousa Sacavém P.Velho Total N (Inquiridos) Loures Santo A. Cavaleiros 48,7 46, , Frielas 81,1 9, , Portela Moscavide Santo A.do Tojal 78, , São Julião do Tojal 80, ,8-15, Camarate Apelação 42,1 5, ,5 5, , Unhos 32,1 3,6-7,1 3, , , São João da Talha 6, ,5 12, , , Santa Iria de Azóia 9, ,2 45,5 9, , Bobadela 15, , ,1-26, Bucelas 63,2 5, , Fanhões 83, , Lousa 81, , , Sacavém Prior Velho TOTAL 48,2 9,1-1,8 3,2 1,2 1,2 5 0,3 2,6 5,3 1,8 2,3 1,8-1,2 14,3 0,

28 Relatório dos Resultados do Questionário 4- Utilização do carro nas deslocações: motivos Ainda que o uso do automóvel esteja, cada vez mais, associado a externalidades negativas (ruído, poluição, congestionamentos), o certo é que continua a ser o modo de transporte dominante na mobilidade quotidiana das pessoas. Cerca de 62% da população de Portugal, que diariamente se desloca para a realização das suas atividades, opta pelo automóvel, quer como condutor, quer como passageiro. Nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto essa percentagem é de 54 e 62,7%, respetivamente (INE/censos de 2011). Como foi referido anteriormente, e de acordo com os censos de 2011, o automóvel é o meio de transporte utilizado por 53,5% da população residente no concelho de Loures nas suas deslocações de casa-trabalho ou casa-estudo. No presente estudo, quais os motivos subjacentes à escolha do automóvel em detrimento de outro modo de transporte? Motivos Tabela 20 - Motivos para a utilização do carro (%) 1º 2º 3º Não existem transportes públicos 17,2 2,4 3 Os horários dos transportes públicos não são adequados 20,3 16,4 6 As paragens dos transportes públicos são distantes do local onde reside ou para onde se dirige 6,9 8,3 9,9 Teria de apanhar vários transportes 13,3 16,1 10,4 Teria de ter vários passes 3,7 5,6 5,9 É mais barato do que utilizar transportes públicos 13,3 9,5 9 Os transportes públicos são desconfortáveis 3,1 4,8 5,7 Os transportes públicos transmitem uma sensação de insegurança 1,4 3,6 4,2 Mobilidade reduzida 3,3 3 3,7 Outro motivo 5,4 1 1,9 N/R 12 29,4 40,2 TOTAL Os horários dos transportes públicos não serem adequados é o principal motivo invocado para 20,3% de inquiridos evitarem o transporte público, aspeto este que se mantém em segundo lugar (16,4%). Ainda que o terceiro motivo tenha obtido uma elevada percentagem de não respostas, contudo o ter de apanhar vários transportes públicos é mencionado por 10,4% de inquiridos.

29 Procurou-se igualmente dar conta do sentido das variações dos motivos para a utilização do carro efetuando o cruzamento com a freguesia de residência (Tabela 22). Os resultados são reveladores de que, em quase todas as freguesias do concelho de Loures, o facto dos horários dos transportes públicos não serem adequados é o primeiro motivo que impede estes indivíduos a usar o transporte público, situação esta mais sentida nas freguesias localizadas a norte do município: Lousa (32,4%) e Bucelas (31,4%). A excepção vai para as freguesias de Fanhões, Santo Antão do Tojal e Camarate, cujas evidências empíricas mostram que o não existir transportes públicos é o principal motivo e, na Bobadela, Apelação e São da Talha ser mais barato andar de transporte individual do que utilizar transportes públicos. Moscavide regista ainda valores significativos ao nível do motivo ter de apanhar vários transportes. No Prior Velho o facto de as paragens dos transportes públicos estarem distantes do local onde se reside ou para onde se dirige parece igualmente favorecer a utilização de carro (16%). 28

30 Relatório dos Resultados do Questionário MOTIVOS- 1º ORIGEM Tabela 21 - Motivos na utilização de carro segundo a origem (%) FREGUESIA DE RESIDÊNCIA (%) Loures SAC Frielas Portela Moscavide SATojal SJTojal Camarate Apelação Unhos SJTalha SIAzóia Bobadela Bucelas Fanhões Lousa Sacavém P.Velho N (Inquiridos) Não existem transportes públicos 24,4 16, ,4 4,3 23,1 9,8 22,7 7,9 10,2 9,8 21,3 5,6 13,7 29,4 10,8 6, Os horários dos transportes públicos não são adequados 24,7 18,6 29,2 21,5 21,7 10,3 16, ,2 20,4 14,1 20,2 11,1 31,4 17,6 32,4 22, As paragens dos transportes públicos são distantes do local onde reside ou para onde se dirige 9,3 5,9 4,2 1,5 8,7 7,7 16,4 5,3 2,6 2 7,6 6,7 8,3 2 5,9 5, Teria de apanhar vários transportes 11, ,5 10,8 21,7 10,3 8,2 8 13,2 10,2 10,9 15,7 13,9 19,2 17,6 10,8 13, Teria de ter vários passes 3,8 5,4 4,2 1,5-5,1 3,3 5,3 10,5 2 5,4 2,2 2,8-5,9-2, É mais barato do que utilizar transportes públicos 10 17,6 8,3 12,3 8,7 7,7 9,8 14,7 21,1 16,3 21,7 9 19,4 13,7 11,8 5,4 19, Os transportes públicos são desconfortáveis 3,4 1,8-1,5-5,1 1,6 6,7 5,3 14,3 2,2 2,2 8, ,7 2, Os transportes públicos transmitem uma sensação de insegurança 0, ,2 4,3 2,6 4,9 2,7 7,9 2 2,2-2, ,7 1,1-21 Mobilidade reduzida 3,1 0,5-3,1-5,1 11,5 2,7-8,2 6,5 3,4 2,8 7,8-5,4 4, Outro motivo 5,2 4,1-12,3-10,3 4,9 2,7 2,6 6,1 5,4 9 5,6-11,8 8,1 7, N/R 4,5 15,8 16,7 13,8 30,4 12,8 13,1 9,3 15,8 8,2 14,1 10,1 19,4 11,8-16,2 11, TOTAL

31 Relatório dos Resultados do Questionário 5- Utilização de transportes públicos nas deslocações: operadores O concelho de Loures é servido por uma rede de transporte público rodoviário de passageiros que abrange quase a sua totalidade. As freguesias de Santa Iria de Azóia, São João da Talha, Bobadela, Sacavém e Moscavide são igualmente servidas por transporte ferroviário, sendo que o metropolitano serve Moscavide. O transporte público rodoviário de passageiros no concelho de Loures é assegurado pelos operadores Rodoviária de Lisboa, S.A., Henrique Leonardo Mota, Lda., Isidoro Duarte, Lda., Mafrense, Barraqueiro Oeste, Barraqueiro SAC, Carris e a Boa Viagem. A Carris serve apenas a Portela, Prior Velho e Moscavide. As freguesias de Lousa e Loures, até ao cruzamento com a EN115, na cidade de Loures, são servidas, pelas carreiras a circularem na EN8, das empresas Henrique Leonardo Mota, Lda., Isidoro Duarte, Lda., Mafrense e Barraqueiro Oeste e a circularem no eixo da ER374, do operador Isidoro Duarte. Nesta região do concelho os aglomerados mais afastados destas vias, não tem alternativa de transporte público coletivo. O restante eixo da EN8, até Lisboa, que atravessa o resto da freguesia de Loures e os limites das freguesias de Santo António dos Cavaleiros e Frielas, para além dos operadores referidos, é igualmente servido pela empresa Rodoviária de Lisboa, S.A. (RL). Na freguesia de Santo António dos Cavaleiros apenas opera a empresa Barraqueiro SAC e em Frielas existe esta empresa mais a RL. 31

32 Tabela 22 - Operadores utilizados nas deslocações: ida/volta (%) Deslocações Ida Volta Operadores 1º 2º 3º 4º 1º 2º 3º 4º Barraqueiro de Santo António 17,8 1,9 0,9 0,8 6,5 11, ,5 Barraqueiro Oeste 2,8 0,9 0,2-1,1 2,3 3,5 0,8 Mafrense 0,4 0,2 0,5 0,8 0,1 0,2 0,9 0,8 Isidoro Duarte 5,5 2, ,7 4 3,3 1,7 Henrique Leonardo Mota (HLM) 1,8 0, ,6 1,5 2,4 0,8 Rodoviária de Lisboa (RL) 56,6 6,2 2,4 3,2 28,6 30,2 45,5 47,1 Rodinhas 3,5 8,6 1,3-3,5 4,3 9,2 0,8 Metropolitano de Lisboa 4,7 59,8 19,4 3,2 22,5 35,1 5,9 - Carris 3,8 14,9 62,7 51,6 25,5 5,5 2,6 - Comboio (Linha da Azambuja/Norte) 1 1,5 4,9 12,9 2,6 0,9 0,7 2,5 Comboio (Linha de Sintra) 0,2 1 1,1 4,8 0,9 0,5 0,6 - Comboio (Linha de Cascais) 0,1 0,1 1,1 2,4 0,4 0,1 0,2 - Comboio (Fertagus Comboio da Ponte ) 0,1 0,2 1,1-0,3 0,2 0,2 - Barco 0,1 0,2 0,5 1,6 0,3 0,1 0,2 - Outro 0,1 0,2 0,4 2,4 0,4-0,2 1,7 N/R 1,5 1,6 3,6 16,1 2,9 3,3 5,5 20,2 TOTAL A Rodoviária de Lisboa é o operador escolhido, na 1ª viagem, para a concretização das deslocações de 56,6% de inquiridos, valor este espectável na medida em que se trata da empresa de transporte rodoviário de passageiros com maior oferta em termos de cobertura territorial. Como 2ª viagem na cadeia de operadores surge o Metropolitano de Lisboa com 59,8% de inquiridos, o que confirma a posição cimeira deste sistema de transporte na cidade de Lisboa com impacto nas acessibilidades da Área Metropolitana de Lisboa. A Carris, enquanto operadora de serviço de transporte público urbano de superficie de passageiros, assume o terceiro e quarto lugares na cadeia de operadores: 62,7% e 51,6%, respetivamente. Na cadeia dos modos de transporte verifica-se que os transportes, de gestão de outro município, assumem um papel dominante nos itinerários dos inquiridos do concelho de Loures. 32

33 Relatório dos Resultados do Questionário Tabela 23-1º operador utilizado nas deslocações (ida) segundo a origem (%) OPERADORES NA IDA 1º N ORIGEM Barraqueiro SAC Barraqueiro Oeste Mafrense Isidoro Duarte HLM RL Rodinhas Metro LX Carris Comboio (Azamb./Norte) Comboio (Sintra) Comboio (Cascais) N/R Total (Inquiridos) Loures 5,8 14,4 1,7 17,9 13,4 40,5-4,5 0, , Santo António dos Cavaleiros 86,5 0,5-1, , , Frielas 31,8 4,5-2,3-56,8-4, Portela 1, ,5 23,1 17,9 34, , Moscavide ,4 28,8 30,5 15, Santo Antão do Tojal ,6-94,6-1, São Julião do Tojal 1, , , Camarate ,6 75,7 9,9 6,1 6, , Apelação , , Unhos , ,9 1, São João da Talha ,4 1,5 2,3 3 0,8 0,8-2, Santa Iria de Azóia. 0, ,2 2,8 2,8-7,4 0, Bobadela ,8 8, , Bucelas ,7-96, , Fanhões Lousa - 11,5-85,2 1,6 1, Sacavém - - 0, ,8 1,9 4,7 1,9 1,9 0,9-0, Prior Velho ,8 2 3,9 33, TOTAL 19,6 2,7 0,3 5,7 2,1 56,2 3,4 4,3 3,6 0,7 0,2 0,1 1,

34 Relatório dos Resultados do Questionário Considerando a freguesia de residência, ou seja, o local de origem das deslocações, confirmase o destaque da Rodoviária de Lisboa como sendo o operador mais utilizado pelos inquiridos. Algumas particularidades, contudo, podem ser identificadas: residentes em Santo António dos Cavaleiros são naturalmente utilizadores da Barraqueiro de SAC (86,5%); em Lousa, a Isidoro Duarte lidera com 85,2% de inquiridos; na Portela a Carris evidencia-se com 34,6%; em Moscavide, com o prolongamento da linha vermelha, o metropolitano passou a ser mais utilizado pela população que aí reside: 30,5% de inquiridos. Tabela 24 - Operadores utilizados nas deslocações (ida) Operadores n (vários) n (apenas 1) % (apenas 1) Rodoviária de Lisboa ,2 Isidoro/Barraqueiro Oeste/Mafrense/HLM ,5 Barraqueiro de SAC ,9 Dentro dos que utilizam a Rodoviária de Lisboa, cerca de 44% recorrem só a este operador. Os utilizadores dos operadores Isidoro Duarte, Barraqueiro Oeste, Mafrense e Henrique Leonardo Mota, que operam no eixo EN8, excepto Isidoro Duarte que circula igualmente na ER374, situam-se nos 40,5% dos que apenas utilizam aqueles operadores. Cerca de 30% de inquiridos usam exclusivamente a Barraqueiro de Santo António dos Cavaleiros. 34

35 5.1- Tipos de passe Para quem viaja regularmente em transportes públicos, a compra de um passe mensal acaba por ser uma solução mais prática, económica e flexível. Existe uma grande variedade de opções, com diferentes validades espaciais e combinações de diversos modos de transporte. Os passes podem ser de dois tipos: intermodais e combinados. Acrescente-se que se constatou algumas dificuldades na identificação do tipo de passe utilizado por cada inquirido, situação esta que deverá estar presente na leitura dos seguintes dados. Repare-se que as não respostas (N/R) assumem valores percentuais significativos nesta questão. Tabela 25 - Passe intermodal Passe Intermodal n % L ,8 L ,8 L ,5 Navegante 30 9,7 Suburbano RL 21 6,8 N/R 48 15,5 TOTAL O passe intermodal, conhecido também como passe social, é mensal e válido em alguns operadores de transporte que operam nas diferentes zonas que integram a estrutura de coroas da Área Metropolitana de Lisboa. Entre aqueles que usam passe intermodal, o L12 é o mais adquirido (26,8%), pois foi esta a coroa que teve mais inquiridos. Com apenas 1% de diferença, o L1 é o segundo título de transporte comprado. Em terceiro lugar, encontra-se o L123 com 15,5% de utilizadores. A estruturação do sistema de passes na região de Lisboa basea-se num mapa de coroas que inclui o concelho de Loures - coroas 1, 2 e 3 que condiciona a opção por um tipo de passe em detrimento de outro. Na coroa 1, que abrange freguesias como Sacavém, Bobadela, Apelação, Moscavide, Portela, Camarate, Unhos, Frielas e Prior Velho, o L1 afigura-se como o passe mais utilizado; na coroa 2 Loures, Santo Antão do Tojal, São Julião do Tojal, Santa Iria de Azóia, São João da Talha os inquiridos recorrem mais ao L12; na coroa 3 Bucelas, Fanhões, Zambujal, Ponte de Lousa os inquiridos de Fanhões e de São Julião do Tojal (Zambujal) optam, em primeiro lugar, pelo L