PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR NA SAÚDE
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- Angélica Prado Brás
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1 CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR NA SAÚDE
2 PRINCÍPIOS GERAIS DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 1. Princípios gerais do direito 2. Princípios gerais do Código de Defesa do Consumidor na Saúde
3 3. Indicação dos princípios gerais do Código de Defesa do Consumidor na Saúde: o artigo 4º do Código de Defesa do Consumidor (Lei n , DE 11 de setembro de 1990) indica os alguns princípios do CDC, entretanto, que não se trata de rol taxativo, porque outros princípios podem ser agregados àqueles relacionados no artigo retromencionado.
4 1. Atendimento básico às necessidades do consumidor 2. Respeitar a dignidade do consumidor
5 MANDADO DE SEGURANÇA MEDICAMENTO FORNECIMENTO PELO PODER PÚBLICO PESSOA HIPOSSUFICIENTE E PORTADORA DE DOENÇA GRAVE ADMISSIBILIDADE. 1. O direito à vida e à saúde qualifica-se como atributo inerente à dignidade da pessoa humana, conceito erigido pela Constituição Federal em fundamento do Estado Democrático de Direito da República Federativa do Brasil (art. 1º, III, CF). 2. A pessoa hipossuficiente portadora de doença grave faz jus à obtenção gratuita de medicamentos, insumos e equipamentos junto ao Poder Público. Segurança concedida. Reexame necessário desacolhido. Recurso desprovido. Processo: APL SP TJSP
6 Texto inserido no corpo do Acórdão: Com efeito, a Constituição Federal erigiu a dignidade da pessoa humana em fundamento do Estado Democrático de Direito da República Federativa do Brasil (art. 1º, III). Se é fundamento, ensina José Afonso da Silva, é porque se constitui num valor supremo, num valor fundante da República, da Federação, do País, da Democracia e do Direito. Portanto, não é apenas um princípio da ordem jurídica, mas o é também da ordem política, social, econômica e cultural. Daí sua natureza de valor supremo, porque está na base de toda a vida nacional (Comentário Contextual à Constituição, 3ª ed., p. 38). (Pág. 03)
7 Desse modo, legitimado está o Judiciário a dar eficácia aos direitos assegurados constitucionalmente para que sejam atendidas as finalidades máximas do texto constitucional: o bem-estar e a justiça social. Caso contrário, a própria ordem constitucional, em sua integridade e eficácia estaria comprometida, já que não restaria nenhum meio para compelir o Estado a adimplir as prestações que lhe foram impostas pela Constituição. (Pág. 05)
8 3. Atendimento à saúde do consumidor 4. Oferecer segurança ao consumidor
9
10 REDE PÚBLICA
11 RECEPÇÃO DE HOSPITAL PARTICULAR
12 5. Proteção dos interesses econômicos 6. Melhora na qualidade de vida 7. Melhoria na transparência e harmonia nas relações de consumo
13 HUMANIZAÇÃO NA SAÚDE
14 PRINCÍPIO DA INFORMAÇÃO O consumidor tem o dever de receber a informação adequada, clara, eficiente e precisa sobre o produto ou serviço, bem como de suas especificações de forma correta (características, composição, qualidade e preço) e dos riscos que podem apresentar.
15 PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA Entende-se como um dos pilares da boa-fé objetiva, em que impõe o dever de o fornecedor informar, necessariamente, de modo adequado o consumidor, suprindo-se assim todas as informações tidas essências para o melhor aperfeiçoamento da relação de consumo, garantindo inclusive a livre escolha do consumidor de contratar o fornecedor.
16 O art. 4º do CDC explica que a Política Nacional das Relações de Consumo indica outros princípios importantes na relação de consumo.
17 a) Reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo
18 CONTRATO. PLANO DE SAÚDE. CÂNCER DE MAMA. QUIMIOTERAPIA. RECUSA DE COBERTURA DE TRATAMENTO ONCOLÓGICO SOB O ARGUMENTO DE EXPRESSA VEDAÇÃO AO FORNECIMENTO DE MEDICAÇÃO DE USO DOMICILIAR. CLÁUSULA ABUSIVA. CUSTEIO DEVIDO. CONTRATO FIRMADO ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI 9.656/98. DEVER DA OPERADORA DO PLANO DE SAÚDE DE DEMONSTRAR QUE POSSIBILITOU A MIGRAÇÃO. INOCORRÊNCIA NO CASO CONCRETO. ROL DE PROCEDIMENTOS LISTADOS PELA AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE. REFERÊNCIA DE COBERTURA MÍNIMA OBRIGATÓRIA PARA CADA SEGMENTAÇÃO DE PLANOS DE SAÚDE. CONTRATO DE SAÚDE DE NATUREZA ADESIVA SUJEITO AOS PRINCÍPIOS MAIORES DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, DA FUNÇÃO SOCIAL E DA VULNERABILIDADE DO SEGURADO. DANO MORAL CONFIGURADO. QUANTUM INDENIZATÓRIO ADEQUADO. AMBOS OS APELOS CONHECIDOS E DESPROVIDOS.
19 . "Em determinadas situações, a recusa à cobertura médica pode ensejar reparação a título de dano moral, por revelar comportamento abusivo por parte da operadora do plano de saúde que extrapola o simples descumprimento de cláusula contratual ou a esfera do mero aborrecimento, agravando a situação de aflição psicológica e de angústia no espírito do segurado, já combalido pela própria doença. Precedentes. Agravo Regimental provido" (AgRg nos EDcl no REsp n , relator Min. Sidney Benetti, DJe de ). (Tribunal de Justiça de Santa Catarina)
20 Principio da vulnerabilidade: trata-se do reconhecimento da fragilidade do consumidor da relação entre o fornecedor. A vulnerabilidade é requisito essencial para a caracterização de uma pessoa como consumidora, assim, tal vulnerabilidade pode ser técnica, jurídica, fática, socioeconômica e informacional.
21 b) Ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor
22 b.1.iniciativa direta do próprio Estado: ele é responsável direto pela organização de políticas públicas capazes de suprir a necessidade do cidadão no que diz respeito ao cuidar da saúde dele;
23 b.2. Por incentivo à criação e desenvolvimento de associações representativas
24 b.3. Pela presença do Estado no mercado de consumo
25 b.4. Pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, segurança, durabilidade e desempenho
26 Principio da proteção: Conforme o preceito Constitucional (art. 5º, XXXII), cabe ao Estado o dever de proteger o consumidor, devido a condição de desigualdade existente nas relações de consumo, portanto, as normas do consumidor deverão ser aplicadas para equilibrar tais relações, estabelecendo a igualdade entre as partes.
27 Art. 5º, XXXII, da Constituição Federal: XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor.
28
29 Operação (Portas do Fundo)
30 Seguindo com os princípios do art. 4º do CDC c) harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores;
31 Art. 170 da CF: A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: V - defesa do consumidor.
32 d) educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo: novamente está-se diante da educação e da informação para melhorar a relação de consumo entre os planos de saúde e os beneficiários. A educação e a informação são consideradas direitos sociais do cidadão, segundo o art. 6º da Constituição Federal.
33 Princípio da Educação. A educação está prevista como sendo um princípio no artigo 4º, IV, do CDC, bem como nos artigos 6º, caput, da CF, e 6º, II, do CDC que a trata como um direito, um mecanismo básico na busca de melhoria no mercado de consumo. Com base no conceito de princípios adotado na presente dissertação, a educação é um comportamento fim que deve ser perquirido pela legislação protetiva do consumidor, pela sociedade e pelo Poder Público. É um fim a ser alcançado.
34 e) Incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle de qualidade e segurança de produtos e serviços, assim como de mecanismos alternativos de solução de conflitos de consumo: aqui está também a possibilidade de se dirimir qualquer conflito por intermédico das câmaras de conciliação ou mediação.
35 f) Coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no mercado de consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização indevida de inventos e criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar prejuízos aos consumidores: o objetivo é proibir todos os abusos praticados no mercado de consumo pelos planos de saúde, a saber: aumento abusivo das mensalidades, negativa de tratamento, rescisão unilateral do contrato etc.
36 g) Racionalização e melhoria dos serviços públicos: melhor atuação do Estado para melhorar os serviços públicos oferecidos à população, sobretudo procuram os hospitais públicos. aos pacientes que
37 h) Estudo constante das modificações do mercado de consumo: de acordo com as modificações do mercado de consumo, deve-se atualizar o contrato de prestação de serviços na área da saúde.
38 Princípios finais: a) Princípio da boa-fé objetiva b) Princípio da facilitação da defesa c) Princípio da revisão das cláusulas contratuais d) Princípio da conservação do contrato
39 Art. 51 do CDC. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a equidade.
40 e) Princípio da solidariedade f) Princípio da igualdade
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