ANDRÉ LUIZ SANTA CRUZ RAMOS LEIS EMPRESARIAIS PARA CONCURSOS.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ANDRÉ LUIZ SANTA CRUZ RAMOS LEIS EMPRESARIAIS PARA CONCURSOS."

Transcrição

1

2 ANDRÉ LUIZ SANTA CRUZ RAMOS LEIS EMPRESARIAIS PARA CONCURSOS

3 .CARACTERÍSTICAS DA SOCIEDADE ANÔNIMA {ART. 1º} ART. 1º 1LEI DAS S.A. (LEI 6.404/76) 1 LEI Nº 6.404, DE 15 DE DEZEMBRO DE Dispõe sobre as Sociedades por Ações. O Presidente da República, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I CARACTERÍSTICAS E NATUREZA DA COMPANHIA OU SOCIEDADE ANÔNIMA (ARTS. 1º A 4º-A) Art. 1º A companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido em ações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas. CARACTERÍSTICAS DA SOCIEDADE ANÔNIMA {ART. 1º} 1. COMENTÁRIOS Embora existam vários tipos de sociedade empresária (ver comentários ao art. 983 do CC), os dois tipos registrados na prática são a sociedade limitada e a sociedade anônima. Além delas, é comum também o registro de empresários individuais e de empresas individuais de responsabilidade limitada (EIRELI). As sociedades anônimas, também chamadas de companhias, geralmente se dedicam a empreendimentos de grande porte, sobretudo em função dos seus instrumentos de autofinanciamento, que analisaremos adiante com mais detalhes. Os estudiosos costumam dividir a história das sociedades anônimas em três fases: (i) outorga, quando a sua constituição era um privilégio concedido pelo Estado; (ii) autorização, quando a sua constituição deixou de ser um privilégio dependente de outorga do poder público para se constituir em uma faculdade aberta aos investidores interessados em constituílas, dependendo eles apenas de uma autorização estatal; e (iii) regulamentação, quando a sua constituição deixou de depender até mesmo de uma autorização, sendo necessário, tão somente, o registro prévio no órgão competente e a submissão a um regime legal específico. No Brasil, as sociedades anônimas são regidas por lei específica: Lei 6.404/1976, (LSA). Desde sua edição, a LSA sofreu apenas algumas alterações em sua redação, provocadas pelas Leis 9.457/1997, que a preparou para o processo de privatizações; /2001, que procurou proteger os interesses dos acionistas minoritários e tornar o mercado de capitais 1 O leitor perceberá que essa lei é muito extensa e detalhista. Como o propósito da presente obra é preparar o leitor para a realização de provas de concursos públicos, os comentários serão focados nos dispositivos mais importantes, isto é, aqueles que tratam de temas mais cobrados pelas bancas examinadoras. 489

4 ART. 1º CARACTERÍSTICAS DA SOCIEDADE ANÔNIMA {ART. 1º}. mais seguro e atrativo para os investidores; /2007 e /2009, que, basicamente, trouxeram novas regras acerca da elaboração e da divulgação das demonstrações financeiras desse tipo societário; /11 e /2015, que lhe trouxeram modificações e acréscimos pontuais. Quanto a essas últimas alterações da LSA, cumpre destacar que muitas delas foram introduzidas em nosso ordenamento jurídico para adaptá-lo às novas tendências do direito societário, sobretudo no que tange à chamada governança corporativa. 490 Governança Corporativa (corporate governance) Trata-se, basicamente, de um movimento que visa a estabelecer padrões de gestão para os negócios explorados em sociedade, centrados, fundamentalmente, nos seguintes princípios: (i) transparência (não se deve apenas cumprir o dever de informação previsto em lei, mas disponibilizar às partes interessadas toda e qualquer informação do seu interesse), (ii) equidade no tratamento entre os acionistas (criação de regras mais protetivas para os minoritários e mais eficientes na prevenção do abuso por parte dos controladores), (iii) prestação de contas confiável (accountabillity; a prestação de contas deve seguir critérios de contabilidade seguros, eficientes e internacionalmente aceitos.) e (iv) responsabilidade corporativa (os administradores/controladores devem zelar pela sustentabilidade das empresas que administram/controlam, visando à longevidade delas e incorporando em suas gestões preocupações de ordem social e ambiental, por exemplo). A governança corporativa é importante porque nas grandes companhias, principalmente naquelas com capital social disperso entre vários acionistas, a gestão dos negócios não cabe aos seus donos (proprietários da maioria das ações), mas aos gerentes (acionistas minoritários ou pessoas estranhas ao quadro social que, por sua competência/eficiência, conseguiam se eleger nas assembleias anuais), verificando-se, assim, uma separação entre propriedade e controle dos meios de produção, que acarreta o conflito de agência e o problema o agente principal : os administradores acabam tomando decisões pensando mais no seu benefício próprio (aumento de salários e de bônus, estabilidade no comando da empresa etc.) do que no benefício dos acionistas e demais partes interessadas (stakeholders). O marco inicial desse movimento é a publicação do relatório Cadbury, na Inglaterra, em 1992, cujo anexo se chamava Código das melhores práticas de governança corporativa. Nos EUA, merece destaque a Lei Sarbanes-Oxley, de Quando uma companhia adota boas práticas de governança corporativa, ela o faz com o objetivo de se mostrar confiável aos investidores. Dentre essas práticas, podem ser destacas as seguintes: (i) a opção pela arbitragem para a resolução de conflitos de interesses entre acionistas; (ii) a existência de conselho de administração com no mínimo 5 (cinco) membros, sendo 20% dos conselheiros independentes e o mandato máximo de dois anos; (iii) a prestação de contas obediente a preceitos uniformes internacionais (accountability); (iv) a instituição de códigos de ética, (v) capital composto exclusivamente por ações ordinárias com direito a voto; (vi) em caso de alienação de controle, direito dos minoritários de vender suas ações pelo mesmo preço das ações do controlador (tag along de 100%); (vii) compromisso da companhia de manter no mínimo 25% das ações em circulação (free float).

5 .CARACTERÍSTICAS DA SOCIEDADE ANÔNIMA {ART. 1º} ART. 1º Responsabilidade limitada dos acionistas Uma importante característica da S/A é a responsabilidade limitada de seus sócios, os acionistas. Cada sócio responde apenas pela sua parte no capital social, não assumindo, senão em situações excepcionalíssimas como a desconsideração da personalidade jurídica ou a imputação direta de responsabilidade pela prática de atos ilícitos, qualquer responsabilidade pelas dívidas da sociedade. Pode-se dizer até que a responsabilidade limitada dos acionistas de uma S/A é ainda mais limitada do que a responsabilidade limitada dos quotistas de uma sociedade limitada. Afinal, estes, além de responderem pela respectiva integralização das quotas que subscreveram, são solidariamente responsáveis pela integralização total do capital social, conforme dispõe o art do Código Civil. Os acionistas, por sua vez, respondem tão somente pela integralização de suas ações, não havendo, para eles, a previsão de responsabilidade solidária quanto à integralização de todo o capital social. 2. ENUNCIADOS DAS JORNADAS DE DIREITO COMERCIAL CJF/Comercial 19. Não se aplica o Código de Defesa do Consumidor às relações entre sócios/acionistas ou entre eles e a sociedade. 3. ENUNCIADOS DAS JORNADAS DE DIREITO CIVIL CJF/Civil 68. Suprimir os arts e do novo Código Civil em razão de estar a matéria regulamentada em lei especial. 4. JURISPRUDÊNCIA COMPLEMENTAR Comercial. Despersonalização. Sociedade por ações. Sociedade por quotas de responsabilidade limitada. A despersonalização de sociedade por ações e de sociedade por quotas de responsabilidade limitada só atinge, respectivamente, os administradores e os sócios-gerentes; não quem tem apenas o status de acionista ou sócio. (STJ, REsp /SP, Rel. p/ ac. Min. Ari Pargendler, DJe ) 5. QUESTÕES DE CONCURSO 01. (Esaf/MTE/Auditor/2010) Assinale, a seguir, a sociedade que só pode adotar denominação social. a) Companhia. b) Sociedade em nome coletivo. c) Sociedade Limitada. d) Sociedade em conta de participação. e) Sociedade em comum. 02. (Esaf/Sefin/RiodeJaneiro/Fiscal/2010) Para o direito empresarial, assinale abaixo a opção que contém uma sociedade empresária personificada. a) Sociedade anônima. b) Sociedade em conta de participação. c) Sociedade simples. d) Sociedade em comum. e) Sociedade cooperativa. 03. (FCC/TRT/15R/Juiz/2015) A sociedade anônima tem o capital dividido em a) ações, obrigando-se cada sócio somente pelo preço de emissão das que subscrever ou adquirir. 491

6 ART. 1º CARACTERÍSTICAS DA SOCIEDADE ANÔNIMA {ART. 1º}. b) ações, obrigando-se cada sócio somente pelo preço de mercado em bolsa das que subscrever ou adquirir. c) ações, e a responsabilidade dos sócios é limitada ao preço de emissão das que subscreverem ou adquirirem, embora todos respondam solidariamente pela integralização do capital social. d) quotas, obrigando-se cada sócio somente pelo preço de emissão das que subscrever ou adquirir. e) quotas ou ações, e a responsabilidade dos sócios é limitada ao preço de emissão das que subscreverem ou adquirirem, embora todos respondam solidariamente pela integralização do capital social. 04. (FCC/TCM/RJ/Procurador/2015) Na sociedade anônima, a responsabilidade dos sócios é a) limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas. b) restrita ao valor nominal de suas ações, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. c) ilimitada. d) restrita ao valor de mercado de suas ações, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. e) limitada ao valor de mercado das ações subscritas ou adquiridas, mas apenas no tocante às companhias abertas. 05. (FCC/SEFAZ/RJ/Auditor_Fiscal/2014) Nas sociedades anônimas, a) a redução do capital social da companhia só será possível se a assembleia geral definir a necessidade de se pleitear sua recuperação judicial, em face de sucessivos prejuízos financeiros havidos e comprovados. b) a constituição da companhia depende de subscrição, pelo menos por duas pessoas, de todas as ações em que se divide o capital social fixado no estatuto; em regra, de realização, como entrada, de dez por cento, no mínimo, do preço de emissão das ações subscritas em dinheiro; e de depósito, no Banco do Brasil, ou em outro estabelecimento bancário autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários, da parte do capital realizado em dinheiro. c) a constituição da companhia por subscrição pública não depende de prévio registro da emissão na Comissão de Valores Mobiliários, mas a subscrição somente poderá ser efetuada com a intermediação de instituição financeira. d) o administrador é pessoalmente responsável, no âmbito civil, pelas obrigações que contrair em nome da sociedade anônima, ainda que em virtude de ato regular de gestão, não tendo porém responsabilidade criminal senão em casos de dolo ou culpa. e) o capital social da companhia só poderá ser aumentado por deliberação de assembleia geral, ordinária ou extraordinária, convocada especialmente para esta finalidade, visando à correção da expressão monetária do seu valor. 06. (Badesc/SC/Advogado/2010) A sociedade anônima, no que se refere à subscrição do capital social, poderá ser constituída: a) por subscrição particular, apenas. b) por subscrição pública, apenas. c) por subscrição mobiliária, apenas. d) por subscrição mobiliária ou por subscrição pública. e) por subscrição pública ou por subscrição particular. 07. (TCM/RJ/Procurador/2008) Em relação às sociedades anônimas, assinale a alternativa correta. a) A companhia aberta poderá emitir partes beneficiárias para negociação no mercado de valores. b) A incorporação de imóveis para a formação do capital social não prescinde de escritura pública. c) As sociedades anônimas são regidas pela Lei 6.404/76, aplicando-se-lhes, nos casos omissos, as disposições do Código Civil. 492

7 .OBJETO SOCIAL {ART. 2º} ART. 2º d) É assegurado ao acionista que discordar de qualquer deliberação de Assembleia Geral o direito de retirada ou recesso. e) O processo do voto múltiplo pode ser requerido em eleição dos membros da diretoria. 08. (PUC-PR/TJ/RO/Juiz/2011) Sobre as Sociedades Anônimas, assinale única alternativa correta. a) Quando uma sociedade anônima detém 100% das quotas de uma sociedade limitada, diz-se que esta é uma subsidiária integral da primeira. b) Em uma Companhia com o capital dividido em 1000 ações, sendo 500 ordinárias e 500 preferenciais sem direito a voto, o acionista A detém 251 ações ordinárias e 100 preferenciais, totalizando 351 ações. O acionista B detém 249 ordinárias e 400 preferenciais, totalizando 649 ações. Diante disso, é correto afirmar que o acionista A é o acionista controlador. c) Os acionistas em Assembleia não podem destituir, sem motivo justificado, os integrantes dos órgãos de administração. d) Caso a sociedade A detenha a maioria do capital social da sociedade B, é correto dizer que a sociedade B é controladora da sociedade A. e) Não existe previsão legal para a constituição, por sociedades anônimas e outras sociedades, de consórcio para executar determinado empreendimento. 09. (FCC/PGE/SP/Procurador/2009) São características da sociedade anônima: a) limitação da responsabilidade pessoal dos acionistas, igualdade de tratamento entre os acionistas, e gestão profissional. b) capital dividido em ações circuláveis, limitação da responsabilidade pessoal dos acionistas, e pagamento de dividendo mínimo por conta dos lucros apurados no exercício social. c) impossibilidade de integralização do capital em bens ou serviços, dissociação entre propriedade acionária e gestão, e possibilidade de emissão de debêntures. d) arquivamento dos atos constitutivos no Registro Público de Empresas, exigência de capital mínimo, e existência obrigatória do conselho de administração com poderes para eleger e destituir os diretores. e) direito de voto na assembleia geral proporcional à participação no capital social, publicação das demonstrações financeiras na imprensa oficial, e garantia de participação dos acionistas minoritários na gestão da companhia. GAB 01 A 02 A 03 A 04 A 05 B 06 E 07 C 08 B 09 B Art. 2º Pode ser objeto da companhia qualquer empresa de fim lucrativo, não contrário à lei, à ordem pública e aos bons costumes. 1º Qualquer que seja o objeto, a companhia é mercantil e se rege pelas leis e usos do comércio. 2º O estatuto social definirá o objeto de modo preciso e completo. 3º A companhia pode ter por objeto participar de outras sociedades; ainda que não prevista no estatuto, a participação é facultada como meio de realizar o objeto social, ou para beneficiar- -se de incentivos fiscais. OBJETO SOCIAL {ART. 2º} 1. COMENTÁRIOS Natureza capitalista da S/A Na classificação que divide as sociedades em sociedades de pessoas (intuitu personae) e sociedades de capital (intuitu pecuniae), a sociedade anônima é a sociedade de capital por excelência: nela as características pessoais dos acionistas são irrelevantes, de modo que a entrada de estranhos ao quadro social independe da anuência dos demais sócios. 493

8 ART. 2º OBJETO SOCIAL {ART. 2º}. Ademais, como nas sociedades anônimas o estatuto fixa o número de ações, mas não identifica a pessoa do acionista, a transferência de uma ação para outra pessoa é feita sem a necessidade de alteração do ato constitutivo, diferentemente do que ocorre nas sociedades contratuais. Pode-se dizer, em suma, que na S/A a participação societária chamada de ação, conforme veremos adiante é livremente negociável e pode ser penhorada para a garantia de dívidas pessoais de seus titulares. No entanto, atualmente não se pode mais afirmar categoricamente que toda sociedade anônima é necessariamente uma sociedade de capital. No Brasil, não é incomum que sociedades anônimas sobretudo companhias fechadas familiares assumam uma feição personalista, por meio de regras estatutárias, como as que impõem a limitação de circulação de ações nominativas (art. 36 da LSA) ou por meio de acordos de acionistas (art. 118 da LSA). 494 Essência empresarial da S/A Outra característica importante relacionada às sociedades anônimas é a sua essência empresarial. De fato, dispõe o Código Civil, em seu art. 982, parágrafo único, que as sociedades por ações, cuja principal espécie é justamente a sociedade anônima, são consideradas sociedades empresárias independentemente do seu objeto social. No mesmo sentido é o art. 2º, 1º, da própria LSA. Portanto, ainda que uma determinada S/A não explore atividade econômica de forma organizada, ela será empresária e se submeterá, pois, às regras do regime jurídico empresarial. Daí a sua essência empresarial. 2. QUESTÕES DE CONCURSO 01. (Cespe/CâmaraDeputados/AnalistaLegislativo/2014) No que se refere ao regime de constituição, as sociedades anônimas não são contratuais. 02. (FCC/TJ/AL/Juiz/2015) A Sociedade Anônima a) tem como pressuposto essencial os valores mobiliários de sua emissão admitidos necessariamente à negociação em bolsa de valores ou no mercado de balcão. b) é sempre empresária, mesmo que seu objeto seja atividade econômica civil, por exemplo, uma companhia constituída só por dentistas para a prestação de serviços de odontologia pelos próprios acionistas. c) é a única modalidade de sociedade por ações prevista no direito brasileiro. d) não admite a penhora de suas ações em execução promovida contra um acionista, em razão do interesse patrimonial dos demais acionistas. e) é formada por ações, cujo preço de emissão confunde-se com seu valor nominal ou de negociação em bolsa de valores. 03. (FCC/TJ/PE/Juiz/2013) Nas sociedades por ações: a) qualquer que seja o objeto, a companhia é mercantil e se rege pelas leis e usos do comércio; poderá ter por objeto participar de outras sociedades, mesmo que a participação não seja prevista estatutariamente, como meio de realizar o objeto social ou para beneficiar-se de incentivos fiscais. b) o administrador é objetivamente responsável pelas obrigações que contrair em nome da sociedade, ainda que em virtude de ato regular de gestão, em razão do risco decorrente de sua atividade.

9 .DENOMINAÇÃO {ART. 3º} ART. 3º c) o prazo de gestão é livre, podendo o estatuto limitá-lo a cinco anos, e vedado aos membros do Conselho de Administração serem eleitos para cargos de direção da companhia. d) o estatuto da companhia fixará o valor do capital social, expresso em moeda nacional e formado exclusivamente com contribuições em dinheiro. e) a administração da companhia caberá exclusivamente à diretoria, cabendo ao Conselho de Administração, de existência obrigatória, poderes consultivos e fiscalizatórios. GAB 01 C 02 B 03 A Art. 3º A sociedade será designada por denominação acompanhada das expressões companhia ou sociedade anônima, expressas por extenso ou abreviadamente mas vedada a utilização da primeira ao final. 1º O nome do fundador, acionista, ou pessoa que por qualquer outro modo tenha concorrido para o êxito da empresa, poderá figurar na denominação. 2º Se a denominação for idêntica ou semelhante a de companhia já existente, assistirá à prejudicada o direito de requerer a modificação, por via administrativa (artigo 97) ou em juízo, e demandar as perdas e danos resultantes. DENOMINAÇÃO {ART. 3º} 1. COMENTÁRIOS Identificação exclusiva por denominação Outra característica específica da S/A é a sua identificação exclusiva por denominação. Com efeito, o Código Civil, na parte relativa ao nome empresarial, dispõe no art que a sociedade anônima opera sob denominação designativa do objeto social, integrada pelas expressões sociedade anônima ou companhia, por extenso ou abreviadamente. No mesmo sentido é a regra ora em comento. É importante destacar a parte final deste dispositivo: se a S/A optar pelo uso da expressão companhia que costuma ser empregado abreviadamente, ou seja, apenas Cia. esta jamais poderá vir no final da denominação, devendo vir apenas no começo ou no meio. Assim, uma S/A poderá se chamar Cia. de Alimentos Recife ou Recife Cia. de Alimentos, mas não poderá se chamar Recife Alimentos Cia. Portanto, a S/A jamais poderá adotar firma social como espécie do seu nome empresarial, sendo obrigatório o uso da denominação social. Tanto o CC quanto a LSA, porém, permitem expressamente que da denominação conste o nome de acionista, fundador ou pessoa que tenha contribuído para o sucesso da empresa. 2. ENUNCIADOS DAS JORNADAS DE DIREITO CIVIL CJF/Civil 71. Suprimir o artigo do Código Civil por estar a matéria regulada mais adequadamente no art. 3º da Lei nº 6.404/76 (disciplinadora das S.A.) e dar nova redação ao 2º do art , de modo a retirar a exigência da designação do objeto da sociedade. 3. QUESTÕES DE CONCURSO 01. (TJ/SC/Cartórios/Remoção/2012) No tocante às sociedades anônimas, pode-se afirmar: I. São regidas integralmente pelas disposições do atual Código Civil, que revogou a antiga Lei das S/A. 495

10 ART. 3º DENOMINAÇÃO {ART. 3º}. II. Possuem como características, entre outras, sua natureza capitalista; sua essência empresarial; sua identificação exclusiva por denominação e a responsabilidade limitada de seus sócios. III. A Comissão de Valores Mobiliários é uma associação privada formada por sociedades corretoras e tem por finalidade autorizar a manutenção de local para a venda e a própria venda das ações no mercado mobiliário de ações. IV. O capital divide-se em ações, obrigando-se cada sócio ou acionista somente pelo preço de emissão das ações que subscrever. a) Somente as proposições I, II e III estão corretas. b) Somente as proposições I, III e IV estão corretas. c) Somente as proposições I, II e IV estão corretas. d) Somente as proposições I e III estão corretas. e) Somente as proposições II e IV estão corretas. 02. (Vunesp/TJ/RJ/Juiz/2013) Assinale a assertiva correta acerca das características da companhia ou sociedade anônima. a) Consideram-se ações em circulação no mercado todas as ações do capital da companhia aberta, inclusive as de propriedade de conselheiros da administração e as em tesouraria, mas não as que pertençam ao acionista controlador e aos diretores. b) A sociedade será designada por denominação acompanhada das expressões companhia, ou sociedade anônima, nos moldes estabelecidos em lei, na qual poderá figurar o nome do fundador, acionista, ou pessoa que, por qualquer outro modo tenha concorrido para o êxito da empresa. c) Somente os valores mobiliários de emissão de companhia registrada no Banco Central do Brasil podem ser negociados no mercado de valores mobiliários. d) Na dependência de qual seja seu objeto, a companhia será considerada empresária ou não empresária, podendo, em ambos os casos, ser de capital aberto ou fechado, conforme seus valores mobiliários sejam, respectivamente, admitidos ou não em bolsa de valores ou mercado de balcão. GAB 01 E 02 B 496 Art. 4º Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou fechada conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários. 1º Somente os valores mobiliários de emissão de companhia registrada na Comissão de Valores Mobiliários podem ser negociados no mercado de valores mobiliários. 2º Nenhuma distribuição pública de valores mobiliários será efetivada no mercado sem prévio registro na Comissão de Valores Mobiliários. 3º A Comissão de Valores Mobiliários poderá classificar as companhias abertas em categorias, segundo as espécies e classes dos valores mobiliários por ela emitidos negociados no mercado, e especificará as normas sobre companhias abertas aplicáveis a cada categoria. 4º O registro de companhia aberta para negociação de ações no mercado somente poderá ser cancelado se a companhia emissora de ações, o acionista controlador ou a sociedade que a controle, direta ou indiretamente, formular oferta pública para adquirir a totalidade das ações em circulação no mercado, por preço justo, ao menos igual ao valor de avaliação da companhia, apurado com base nos critérios, adotados de forma isolada ou combinada, de patrimônio líquido contábil, de patrimônio líquido avaliado a preço de mercado, de fluxo de caixa descontado, de comparação por múltiplos, de cotação das ações no mercado de valores mobiliários, ou com base em outro critério aceito pela Comissão de Valores Mobiliários, assegurada a revisão do valor da oferta, em conformidade com o disposto no art. 4º-A.

11 .COMPANHIA ABERTA E FECHADA {ARTS. 4 E 4º-A} ARTS. 4 E 4º-A 5º Terminado o prazo da oferta pública fixado na regulamentação expedida pela Comissão de Valores Mobiliários, se remanescerem em circulação menos de 5% (cinco por cento) do total das ações emitidas pela companhia, a assembleia-geral poderá deliberar o resgate dessas ações pelo valor da oferta de que trata o 4º, desde que deposite em estabelecimento bancário autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários, à disposição dos seus titulares, o valor de resgate, não se aplicando, nesse caso, o disposto no 6º do art º O acionista controlador ou a sociedade controladora que adquirir ações da companhia aberta sob seu controle que elevem sua participação, direta ou indireta, em determinada espécie e classe de ações à porcentagem que, segundo normas gerais expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, impeça a liquidez de mercado das ações remanescentes, será obrigado a fazer oferta pública, por preço determinado nos termos do 4º, para aquisição da totalidade das ações remanescentes no mercado. Art. 4º-A. Na companhia aberta, os titulares de, no mínimo, 10% (dez por cento) das ações em circulação no mercado poderão requerer aos administradores da companhia que convoquem assembleia especial dos acionistas titulares de ações em circulação no mercado, para deliberar sobre a realização de nova avaliação pelo mesmo ou por outro critério, para efeito de determinação do valor de avaliação da companhia, referido no 4º do art. 4º. 1º O requerimento deverá ser apresentado no prazo de 15 (quinze) dias da divulgação do valor da oferta pública, devidamente fundamentado e acompanhado de elementos de convicção que demonstrem a falha ou imprecisão no emprego da metodologia de cálculo ou no critério de avaliação adotado, podendo os acionistas referidos no caput convocar a assembleia quando os administradores não atenderem, no prazo de 8 (oito) dias, ao pedido de convocação. 2º Consideram-se ações em circulação no mercado todas as ações do capital da companhia aberta menos as de propriedade do acionista controlador, de diretores, de conselheiros de administração e as em tesouraria. 3º Os acionistas que requererem a realização de nova avaliação e aqueles que votarem a seu favor deverão ressarcir a companhia pelos custos incorridos, caso o novo valor seja inferior ou igual ao valor inicial da oferta pública. 4º Caberá à Comissão de Valores Mobiliários disciplinar o disposto no art. 4º e neste artigo, e fixar prazos para a eficácia desta revisão. COMPANHIA ABERTA E FECHADA {ARTS. 4 E 4º-A} 1. COMENTÁRIOS Classificação das sociedades anônimas Segundo o art. 4º da LSA, a S/A será aberta quando tiver autorização para negociar seus valores mobiliários no mercado de capitais, e fechada quando não tiver autorização para tanto. Essa autorização para abertura do capital, com a possibilidade de negociação dos valores mobiliários no mercado de capitais, é concedida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), autarquia federal ligada ao Ministério da Fazenda que atua, junto ao Banco Central, no controle e fiscalização das operações realizadas no mercado de capitais. Mercado de capitais O mercado de capitais ou mercado de valores mobiliários é o local onde se efetuam as diversas operações envolvendo os valores mobiliários emitidos pelas companhias abertas. Como a sociedade anônima é, conforme destacamos acima, uma sociedade de capital por excelência, 497

12 ARTS. 4 E 4º-A COMPANHIA ABERTA E FECHADA {ARTS. 4 E 4º-A}. suas ações que, conforme veremos adiante, são o principal valor mobiliário emitido pelas companhias são livremente negociáveis. Assim, em razão da constante negociação das ações e dos demais valores mobiliários que as companhias emitem, formou-se ao longo dos anos um verdadeiro mercado no qual essas operações de compra e venda são desenvolvidas. 498 Abertura de capital A abertura de capital (conhecida no mercado como IPO, sigla que se refere à expressão initial public offer) de uma companhia é um importante instrumento de captação de recursos, uma vez que suas operações no mercado de capitais não são necessariamente de crédito, em que ela assume a posição de devedora e se compromete, não raro, a devolver os valores captados em curto espaço de tempo e a taxas de juros altas. Ao contrário, muitas dessas operações são de investimento, de modo que seus participantes não se tornarão credores da companhia, mas sócios e partes interessadas no sucesso da empresa, pois é dele que advirá o retorno do investimento feito por eles. Outra distinção entre o mercado de capitais e o mercado de crédito é que neste há sempre a atuação de um intermediário, como uma instituição financeira, o que tende a burocratizar e encarecer a operação. Naquele, em contrapartida, há uma negociação direta entre a companhia que precisa de recursos e o investidor que os possui, já que ele adquire os títulos da empresa diretamente dela. É por isso que se diz que o mercado de capitais é um mecanismo de acesso à poupança popular. Assim, é da natureza do mercado de capitais funcionar como um ambiente de negociação de risco, já que os investidores que nele atuam, adquirindo os títulos negociados pelas companhias abertas, não possuem garantia de retorno do investimento feito, o qual dependerá sempre do sucesso empresarial da companhia investida. Portanto, da mesma forma que o bom conhecimento técnico do funcionamento do mercado de capitais pode gerar aos investidores altos ganhos, o investimento sem o devido conhecimento pode acarretar perdas imensuráveis. Cancelamento de registro da companhia averta A despeito das vantagens acima mencionadas, pode ocorrer de uma abertura de capital não ter sucesso, obrigando a sociedade a voltar a ser uma companhia fechada. Nesse caso, aplica-se o art. 4º, 4º: a preocupação do dispositivo foi proteger os acionistas minoritários, mas alguns doutrinadores criticaram a indefinição do critério a ser usado para calcular o valor da ação (a regra menciona alguns e ainda remete a outros aceitos pela CVM) e o uso da expressão preço justo, que é bastante vago. Caso alguns minoritários, representativos de menos de 5% do capital, não concordem com o fechamento do capital e, por conseguinte, não vendam suas ações nos termos do art. 4º, 4º, aplica-se o 5º: trata-se de um resgate compulsório (squezee out). Enquanto o 4º visa a proteger os minoritários, o 5º visa a respeitar a vontade da maioria que, ao aceitar a oferta do 4º e vender suas ações, concordou com o fechamento do capital e não pode, pois, ficar a mercê da vontade de uma minoria inferior a 5%. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) A CVM é uma entidade autárquica federal de natureza especial, com qualidade de agência reguladora, que controla e fiscaliza s operações no mercado de capitais brasileiro.

13 .COMPANHIA ABERTA E FECHADA {ARTS. 4 E 4º-A} ARTS. 4 E 4º-A Confira-se, a propósito, o art. 5º da Lei 6.385/1976: é instituída a Comissão de Valores Mobiliários, entidade autárquica em regime especial, vinculada ao Ministério da Fazenda, com personalidade jurídica e patrimônio próprios, dotada de autoridade administrativa independente, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes, e autonomia financeira e orçamentária. As atividades disciplinadas e fiscalizadas pela CVM são as seguintes: I a emissão e distribuição de valores mobiliários no mercado; II a negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários; III a negociação e intermediação no mercado de derivativos; IV a organização, o funcionamento e as operações das Bolsas de Valores; V a organização, o funcionamento e as operações das Bolsas de Mercadorias e futuros; VI a administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários; VII a auditoria das companhias abertas; e VIII os serviços de consultor e analista de valores mobiliários (art. 1º da Lei 6.385/1976). A competência da CVM no controle e na fiscalização do mercado de capitais é exercida, pode-se dizer, de três diferentes formas: a) regulamentar, uma vez que cabe à CVM estabelecer o regramento geral relativo ao funcionamento do mercado de capitais; b) autorizante, uma vez que é a CVM que autoriza a constituição de companhias abertas e a emissão e negociação de seus valores mobiliários; e c) fiscalizatória, uma vez que a CVM deve zelar pela lisura das operações realizadas no mercado de capitais, sendo investida, para tanto, de poderes sancionatórios. Bolsa de Valores A Bolsa de Valores, ao contrário do que muitos podem pensar, não é órgão que integra a Administração Pública. Trata-se de associação privada formada por sociedades corretoras que, por meio de autorização da CVM, presta serviço de interesse público inegável, consistente na manutenção de local adequado à realização das operações de compra e venda dos diversos valores mobiliários emitidos pelas companhias. Tradicionalmente, as bolsas eram constituídas como associações sem fins lucrativos, mas atualmente é comum que as bolsas sejam constituídas como sociedades anônimas, como é o caso da mais importante bolsa de valores do Brasil: a BM&F Bovespa S/A, resultado da união entre a Bolsa de Mercadorias e Futuros e a Bolsa de Valores de São Paulo. A propósito, é interessante destacar que a BM&F Bovespa não é a única bolsa de valores do Brasil. Há outras bolsas, algumas com mais de cem anos de existência, como é o caso da Bolsa de Valores da Bahia, cujas origens remontam ao ano de 1851 e que recentemente se uniu a outras bolsas, formando a Bolsa de Valores Bahia Sergipe Alagoas (BVBSA). Ocorre que a BM&F Bovespa é a única bolsa de valores do país que tem importância quando se trata de negociação de valores mobiliários. As demais bolsas ou foram absorvidas pela BM&F Bovespa ou exercem apenas atividades de difusão do mercado de capitais e de prestação de serviços. A grande finalidade da bolsa de valores é dinamizar as operações do mercado de capitais, ampliando o volume de negócios por meio da realização de pregão diário em que os agentes das diversas corretoras que a compõem, obedecendo às regras do mercado mobiliário, se encontram e mantém relações constantemente. 499

14 ARTS. 4 E 4º-A COMPANHIA ABERTA E FECHADA {ARTS. 4 E 4º-A}. 500 Mercado de Balcão O Mercado de Balcão, por sua vez, compreende toda e qualquer operação do mercado de capitais realizada fora da bolsa de valores. Quem atua no mercado de balcão, portanto, são as sociedades corretoras e instituições financeiras autorizadas pela CVM. Há que se distinguir ainda o simples mercado de balcão (mercado de balcão não organizado), cujas operações são realizadas por sociedades corretoras e instituições financeiras autorizadas, e o mercado de balcão organizado (MBO), composto no Brasil pela Sociedade Operadora do Mercado de Acesso (SOMA), companhia criada especialmente com a finalidade de manter um sistema que viabilize as operações de compra e venda de valores mobiliários. Mercado de capitais primário e secundário Costuma-se classificar o mercado de capitais em primário e secundário. No mercado de capitais primário, são realizadas as operações de subscrição e emissão de ações e outros valores mobiliários das companhias. Por sua vez, o mercado de capitais secundário compreende as operações de compra e venda desses valores. Perceba-se que nas operações de emissão e subscrição a sociedade anônima está colocando no mercado de capitais um valor mobiliário novo. Tem-se aqui, portanto, uma relação estabelecida entre a própria companhia que está emitindo o valor mobiliário e o investidor que o está subscrevendo. Nessa operação, o investidor pagará o chamado preço de emissão do valor mobiliário que está subscrevendo (em geral, uma ação), que corresponde, por sua vez, ao valor com que o investidor está contribuindo para o capital social da sociedade, tornando-se, a partir de então, um acionista. No mercado de capitais secundário, por outro lado, o que ocorre são operações de compra e venda. Trata-se, pois, de operações com valores mobiliários já existentes, os quais estão sendo alienados a um outro investidor neles interessado. Nessa operação, é fácil perceber que a sociedade não mais participa da relação jurídica, a qual se estabelece apenas entre o titular do valor mobiliário que a está vendendo e o seu novo dono que a está comprando. Registre-se também que nessa compra e venda o investidor que adquire o valor mobiliário não paga por ele o seu preço de emissão. Este foi pago quando da sua subscrição, levada a efeito pelo seu primeiro titular no momento em que a própria sociedade o emitiu e o pôs em negociação. Agora, por se tratar de valor mobiliário já existente, que apenas está passando de um titular para outro, paga-se por ele um valor de mercado, que oscilará conforme o momento, se de sucesso ou fracasso financeiro, pelo qual passa a companhia. Se a companhia vem apresentando bons resultados, seus valores mobiliários passam a ter maior valor. Se, em contrapartida, a companhia passa por dificuldades, seus valores mobiliários tendem a perder valor. Por fim, registre-se que na Bolsa de Valores só se realizam operações de compra e venda de valores mobiliários, ou seja, a bolsa só atua no mercado de capitais secundário. No mercado de balcão, porém, são realizadas tanto operações de compra e venda quanto operações de emissão e subscrição de novos valores mobiliários. Portanto, no mercado de balcão se desenvolvem operações tanto do mercado de capitais primário quanto do mercado de capitais secundário.

15 .COMPANHIA ABERTA E FECHADA {ARTS. 4 E 4º-A} ARTS. 4 E 4º-A QUESTÃO DISCURSIVA (Vunesp/BNDES/Advogado/2002) Disserte sobre as novas regras societárias, advindas com a Lei nº /01 (que alterou alguns dispositivos da Lei nº 6.404/76), no que tange ao fechamento do capital da companhia. 2. QUESTÕES DE CONCURSO 01. (Cesgranrio/EPE/Advogado/2012) A Lei nº 6.404/1976 prevê que, em uma sociedade anônima: a) a companhia é aberta ou fechada, conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários. b) a companhia não pode ter por objeto participar de outras sociedades, salvo se autorizada por seu estatuto social. c) a distribuição pública de valores mobiliários no mercado independe de registro na Comissão de Valores Mobiliários. d) o capital é dividido em ações, e a responsabilidade dos sócios é ilimitada, independentemente do preço das suas ações subscritas ou adquiridas. e) os valores mobiliários de emissão da companhia podem ser negociados no mercado de valores mobiliários, mediante registro junto à Susep. 02. (Cespe/TJ/PB/Juiz/2011) A respeito da disciplina aplicável às sociedades anônimas de capital aberto, assinale a opção correta. a) Os administradores de sociedade anônima devem compor a diretoria ou o conselho de administração, não se exigindo, em nenhum desses casos, que os membros sejam acionistas da sociedade. b) Mediante a emissão de debêntures, meio utilizado para a captação de recursos no mercado, os prestadores de capital tornam-se sócios da companhia. c) Permite-se o fechamento do capital da sociedade anônima desde que precedido de oferta pública para a aquisição de todas as ações em circulação por preço justo. d) Além dos valores mobiliários expressamente previstos em lei, outros poderão ser criados pelo Conselho Monetário Nacional, nos limites de sua esfera de competência. e) Em sociedades abertas, os titulares de ações preferenciais podem ter direito a voto nas assembleias, ao passo que os titulares de ações ordinárias, em regra, não têm direito a voto. 03. (Cesgranrio/Finep/AnalistaJurídico/2013) Com base na Lei nº 6.404/76, observa-se que, nas sociedades por ações, o(a): a) contrato social da companhia definirá o seu objeto de modo preciso e completo. b) contrato social da companhia fixará o valor do capital social expresso em moeda nacional. c) nome do fundador, acionista ou pessoa que, por qualquer outro modo, tenha concorrido para o êxito da empresa não poderá figurar na denominação da companhia. d) companhia é aberta ou fechada conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários. e) companhia terá o capital dividido em ações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será ilimitada em relação ao preço das ações subscritas ou adquiridas. 04. (Cespe/TJ/DFT/Cartórios/Remoção/2014) Tendo como referência a disciplina legal aplicável às sociedades por ações, assinale a opção correta. a) Caso venha a adquirir uma quantidade de ações que, segundo as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, impeça a liquidez de mercado das ações remanescentes, o acionista controlador de uma companhia aberta pode ser obrigado a realizar oferta pública para a aquisição da totalidade das ações da companhia. 501

16 ARTS. 4 E 4º-A COMPANHIA ABERTA E FECHADA {ARTS. 4 E 4º-A}. b) Como a regra da não diluição é direito essencial do acionista, o acionista minoritário terá direito de preferência para a subscrição do aumento de capital decorrente da conversão de debêntures conversíveis em ações, ainda que lhe tenha sido dada a preferência para aquisição das debêntures no ato de sua emissão. c) Os acionistas de uma companhia que tenha emitido debêntures ainda em vigor podem levar adiante o processo de cisão da sociedade, independentemente da vontade dos debenturistas, a menos que as debêntures tenham cláusula de conversão em ações. d) A definição de sociedade coligada presente na Lei de Sociedade por Ações está vinculada pela sociedade investidora à titularidade de 10% (dez por cento) ou mais do capital da investida, sem que essa participação resulte em controle. e) Por poderem contribuir para a pulverização do capital necessário ao empreendedorismo no país, as sociedades por ações são admitidas como formas jurídicas de empresas de pequeno porte. 05. (Esaf/IRB/Advogado/2006) O legislador brasileiro, ao classificar as companhias em abertas e fechadas, no que diz respeito à sua natureza jurídica, pode afirmar que a) se optou pela corrente que vê nas anônimas uma instituição do capitalismo. b) se aceita que a base das anônimas é o contrato plurilateral. c) se trata de uma combinação das duas correntes-contrato na constituições e instituição após o registro do instrumento. d) a lei brasileira permite duas leituras: as companhias abertas são instituições e as fechadas contratos. e) inexistindo restrições à circulação das ações, dever-se-á considerar as companhias fechadas, assim como as abertas, instituições. 06. (Sefaz/RJ/Fiscal/2010) Com relação à constituição das sociedades anônimas, analise as afirmativas a seguir. I. Para a validade da constituição da sociedade anônima, são necessários, no mínimo, sete subscritores iniciais de todas as ações em que se divide o capital social fixado no estatuto. II. Para a constituição por subscrição pública, é necessário o prévio pedido de registro da emissão de ações na Comissão de Valores Mobiliários, assinado pelo fundador e por uma instituição financeira intermediária. III. É possível a constituição de uma companhia fechada por meio de escritura pública lavrada em cartório de notas. Assinale: a) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. b) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. c) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. d) se somente a afirmativa II estiver correta. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 07. (UFPR/TJ/PR/Juiz/2013) Assinale a alternativa correta: a) Na atualidade, já não há mais distinção entre empresas de pequeno porte, microempresa e microempreendedor individual, uma vez que todas essas modalidades empresariais submetem-se a um regime tributário simplificado, denominado Simples Nacional. b) O exercício do direito de voto é essencial e conferido a todo acionista, de acordo com a quantidade de ações por ele subscritas, com o objetivo principal de coibir administração fraudulenta ou danosa. c) As sociedades anônimas classificam-se em abertas ou fechadas, sendo aquelas as que têm seus valores mobiliários admitidos à negociação na Bolsa ou mercado de balcão, para o que necessitam de autorização do governo federal, através da Comissão de Valores Mobiliários. 502

17 .COMPANHIA ABERTA E FECHADA {ARTS. 4 E 4º-A} ARTS. 4 E 4º-A d) Um dos motivos que estimula a saída de jogadores de futebol do Brasil é que não há, na nossa legislação, previsão de constituição de sociedade limitada unipessoal, que permitiria receber, em cessão, direitos patrimoniais de autor ou de imagem, inclusive os titulados por seu único sócio. 08. (Cespe/TRF/5R/Juiz/2009) Tendo como referência a Lei nº 6.404/1976, assinale a opção correta. a) Uma sociedade anônima é considerada aberta ou fechada conforme os valores mobiliários que emita possam ou não ser negociados no mercado de valores mobiliários. b) As ações de uma sociedade anônima são classificadas, de acordo com a espécie, em extraordinárias, ordinárias, preferenciais e de fruição. c) Em relação à sociedade anônima, a ação é sempre divisível. d) Mesmo constatada a mora, a companhia não pode mandar vender na bolsa de valores as ações do acionista remisso, por conta e risco deste. e) A responsabilidade do alienante de uma ação não integralizada cessa imediatamente após a transferência dessa ação ao adquirente. 09. (MPE/PR/Promotor/2012) Assinale a alternativa incorreta: a) A sociedade por ações pode ser, conforme seu objeto, sociedade empresária ou sociedade simples. b) As sociedades cooperativas consideram-se sociedades simples. c) Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo. d) A sociedade em nome coletivo não pode ter pessoas jurídicas como sócias. e) Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é limitada ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. 10. (Esaf/TRT/CE/Juiz/2005) Havendo acordo de voto entre acionistas de uma companhia aberta, a) cada um e todos os votantes respondem, individualmente, pelos efeitos das decisões aprovadas nos colegiados de que façam parte. b) o voto contrário ao acordo representa sua denúncia pelo declarante, acionista ou delegado. c) a ausência de qualquer membro do colegiado vinculado pelo acordo de voto é ineficaz para fins de rejeição de propostas. d) as medidas aprovadas nas deliberações de cada órgão colegiado não são passíveis de revisão por outra instância, se dentro das previsões do acordo. e) tem-se o controle compartilhado, do que decorre a solidariedade pelos efeitos das ações administrativas. GAB 01 A 02 C 03 D 04 A 05 B 06 C 07 C 08 A 09 A 10 C CAPÍTULO II CAPITAL SOCIAL (ARTS. 5º A 10) SEÇÃO I VALOR (ARTS. 5º A 6º) Fixação no Estatuto e Moeda Art. 5º O estatuto da companhia fixará o valor do capital social, expresso em moeda nacional. Parágrafo único. A expressão monetária do valor do capital social realizado será corrigida anualmente (artigo 167). Alteração Art. 6º O capital social somente poderá ser modificado com observância dos preceitos desta Lei e do estatuto social (artigos 166 a 174). 503

1 Considerações gerais 2 Requisitos para constituição 3 Capital social 4 Formação do capital social 5 Valores mobiliários 6 Órgãos societários

1 Considerações gerais 2 Requisitos para constituição 3 Capital social 4 Formação do capital social 5 Valores mobiliários 6 Órgãos societários 1 Considerações gerais 2 Requisitos para constituição 3 Capital social 4 Formação do capital social 5 Valores mobiliários 6 Órgãos societários Tipo societário exclusivo de sociedades empresárias Lei 6.404/76.

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 286, DE 2015

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 286, DE 2015 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 286, DE 2015 Altera o art. 294 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, que Dispõe sobre as Sociedades por Ações. O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º O caput do art. 294

Leia mais

LEI DAS SOCIEDADES ANÔNIMAS

LEI DAS SOCIEDADES ANÔNIMAS 30 Coleção LEIS ESPECIAIS para concursos Dicas para realização de provas com questões de concursos e jurisprudência do STF e STJ inseridas artigo por artigo Coordenação: LEONARDO DE MEDEIROS GARCIA LEONARDO

Leia mais

Sociedade Anônima DIREITO SOCIETÁRIO V. Características: Características: Responsabilidade dos sócios... Nome empresarial 13/11/2012

Sociedade Anônima DIREITO SOCIETÁRIO V. Características: Características: Responsabilidade dos sócios... Nome empresarial 13/11/2012 Sociedade Anônima Destinada aos grandes empreendimentos. Regida pela Lei de S/A, Lei 6.404/76 (LSA). Pessoa jurídica com objeto empresarial, de natureza capitalista, cuja responsabilidade dos sócios se

Leia mais

REVISÃO. Empresária. Personificada. Não Empresária. Sociedade S/C. Não Personificada C/P

REVISÃO. Empresária. Personificada. Não Empresária. Sociedade S/C. Não Personificada C/P CADU WITTER REVISÃO Empresária Personificada Sociedade Não Empresária Não Personificada S/C C/P DIREITO EMPRESARIAL Cadu Witter Responsabilidade dos sócios LIMITADA ILIMITADA MISTA SOCIEDADE LIMITADA Regulamentada

Leia mais

SOCIEDADES POR AÇÕES

SOCIEDADES POR AÇÕES Página1 Curso/Disciplina: Direito Empresarial Aula: Direito Empresarial Extensivo Aula 26 Professor(a): Priscilla Menezes Monitor(a): Analia Freitas Aula nº 26. Direito Societário: Sociedade por Ações

Leia mais

Direito Empresarial Procurador Legislativo 3ª fase

Direito Empresarial Procurador Legislativo 3ª fase CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito Empresarial Procurador Legislativo 3ª fase 1) CESPE - Proc (BACEN)/BACEN/2009 Com relação à emissão de debêntures nas sociedades anônimas, assinale a opção correta.

Leia mais

PARTE GERAL CONTRATO DE SOCIEDADE

PARTE GERAL CONTRATO DE SOCIEDADE PARTE GERAL CONTRATO DE SOCIEDADE 1 CONTRATO DE SOCIEDADE 1 Elementos contratuais 2 Sociedades simples e empresárias 3 Sociedades não personificadas 4 Sociedade em comum 4.1 Patrimônio social e responsabilidade

Leia mais

Direito Empresarial EXTENSIVO Professora: Priscilla Menezes. om.br

Direito Empresarial EXTENSIVO Professora: Priscilla Menezes.   om.br Direito Empresarial EXTENSIVO Professora: Priscilla Menezes www.masterjuris.c om.br Art. 108, Lei n. 6.404/76. Ainda quando negociadas as ações, os alienantes continuarão responsáveis, solidariamente com

Leia mais

As sociedades empresárias no Código Civil. José Rodrigo Dorneles Vieira

As sociedades empresárias no Código Civil. José Rodrigo Dorneles Vieira As sociedades empresárias no Código Civil José Rodrigo Dorneles Vieira jrodrigo@portoweb.com.br 1. ESPÉCIES DE EMPRESÁRIO 2. SOCIEDADES EMPRESÁRIAS TIPOS SOCIETÁRIOS Sociedade em Comum Sociedade em Conta

Leia mais

Ponto VI OS VALORES MOBILIÁRIOS

Ponto VI OS VALORES MOBILIÁRIOS Ponto VI OS VALORES MOBILIÁRIOS CONCEITO VALORES MOBILIÁRIOS é a denominação dos TÍTULOS DE CRÉDITO de emissão das SOCIEDADES ANÔNIMAS ABERTAS e de outras entidades AUTORIZADAS PELO GOVERNO e que são negociados

Leia mais

Direito Empresarial Procurador Legislativo 3ª fase

Direito Empresarial Procurador Legislativo 3ª fase CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito Empresarial Procurador Legislativo 3ª fase 1) Com. Exam. (TRT 2) - JT TRT2/TRT 2/2006 As sociedades por ações são um tipo de sociedade empresarial, regulada pela

Leia mais

LEGALE PÓS GRADUAÇÃO DIREITO TRIBUTÁRIOS

LEGALE PÓS GRADUAÇÃO DIREITO TRIBUTÁRIOS LEGALE PÓS GRADUAÇÃO DIREITO TRIBUTÁRIOS DIREITO EMPRESARIAL: Aula 2 Sociedades Não Personificadas / Sociedades Personificadas Professor: Rogério Martir Doutorando em Ciências Jurídicas e Sociais, Advogado

Leia mais

AULA 16. Tem como obrigação integralizar a quota-parte dele (aquilo que foi subscrito por ele).

AULA 16. Tem como obrigação integralizar a quota-parte dele (aquilo que foi subscrito por ele). Turma e Ano: Regular/2015 Matéria / Aula: Direito Empresarial Professor: Carolina Lima Monitor: André Manso AULA 16 Dos Acionistas Tem como obrigação integralizar a quota-parte dele (aquilo que foi subscrito

Leia mais

sociedade anônima características

sociedade anônima características sociedade anônima características capital social dividido em ações (títulos de crédito) responsabilidade limitada dos sócios denominação : SOCIEDADE ANONIMA ou S/A. no início ou no final do nome COMPANHIA

Leia mais

Direito Societário V. Prof. Henrique Subi

Direito Societário V. Prof. Henrique Subi Direito Societário V Prof. Henrique Subi 1 8.5. Acionista a) Deveres: - Integralização das ações subscritas constituição em mora de pleno direito, podendo a companhia executar a dívida e/ou mandar vender

Leia mais

Direito Societário IV. Prof. Henrique Subi

Direito Societário IV. Prof. Henrique Subi Direito Societário IV Prof. Henrique Subi 1 8. Sociedades institucionais 8.1. Sociedade em comandita por ações - Tem o capital dividido em ações - Os diretores possuem responsabilidade ilimitada pelas

Leia mais

Política de Negociação com Valores Mobiliários de emissão própria. (conforme Instrução CVM 358/02 e regulamentação correlata do mercado de capitais)

Política de Negociação com Valores Mobiliários de emissão própria. (conforme Instrução CVM 358/02 e regulamentação correlata do mercado de capitais) Política de Negociação com Valores Mobiliários de emissão própria (conforme Instrução CVM 358/02 e regulamentação correlata do mercado de capitais) Adotada pelo Conselho de Administração na reunião ocorrida

Leia mais

GOVERNANÇA CORPORATIVA

GOVERNANÇA CORPORATIVA GOVERNANÇA CORPORATIVA AULA 3 Prof. Wellington www.maestrocarreira.com.br 1 trabalhopwell@gmail.com 2 REVISÃO Quais são os princípios da GOVERNANÇA CORPORATIVA?...Explique com as suas palavras cada um

Leia mais

POLÍTICA DE NEGOCIAÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS DE EMISSÃO DA BRASILAGRO COMPANHIA BRASILEIRA DE PROPRIEDADES AGRÍCOLAS

POLÍTICA DE NEGOCIAÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS DE EMISSÃO DA BRASILAGRO COMPANHIA BRASILEIRA DE PROPRIEDADES AGRÍCOLAS POLÍTICA DE NEGOCIAÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS DE EMISSÃO DA BRASILAGRO COMPANHIA BRASILEIRA DE PROPRIEDADES AGRÍCOLAS 1. NORMAS GERAIS 1.1. Definições Na aplicação e interpretação da Política de Negociação

Leia mais

Ofertas Públicas de Distribuição e Ofertas Públicas de Aquisição. Flavia Mouta Diretora de Emissores da B3

Ofertas Públicas de Distribuição e Ofertas Públicas de Aquisição. Flavia Mouta Diretora de Emissores da B3 Ofertas Públicas de Distribuição e Ofertas Públicas de Aquisição Flavia Mouta Diretora de Emissores da B3 Agenda Ofertas Públicas de Distribuição de Valores Mobiliários Histórico das Ofertas Públicas no

Leia mais

SUMÁRIO. 18 Nome empresarial e domicílio 18.1 Nome empresarial. Introdução. Conceito de Sociedade. Elementos da sociedade

SUMÁRIO. 18 Nome empresarial e domicílio 18.1 Nome empresarial. Introdução. Conceito de Sociedade. Elementos da sociedade SUMÁRIO I II III IV Introdução 1 Das raízes históricas da sociedade ao Código Civil brasileiro de 2002 1.1 As raízes históricas 1.2 O Código Civil de 2002 1.3 A adaptação contratual e estatutária 2 Pessoas

Leia mais

Direito Empresarial e Trabalhista

Direito Empresarial e Trabalhista Profa. Dra. Silvia Bertani Direito Empresarial e Trabalhista As sociedades organização formada por duas ou mais pessoas, por meio de um contrato com ou sem o registro, para o exercício de uma atividade

Leia mais

PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS DIREITO EMPRESARIAL

PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS DIREITO EMPRESARIAL P á g i n a 1 PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS DIREITO EMPRESARIAL 1. A recuperação extrajudicial é uma modalidade prevista na Lei Nº 11.101/2005, e pode ser adotada pelo empresário em dificuldade e com

Leia mais

PONTO III O ACIONISTA

PONTO III O ACIONISTA PONTO III O ACIONISTA O ACIONISTA CONCEITO é a denominação que se dá ao sócio de sociedades por ações. (investidor - especulador - empresário) INVESTIDOR - aquele que aplica seu dinheiro em ações ESPECULADOR

Leia mais

Sociedade Anônima e Sociedade Limitada Diferenças entre uma e outra

Sociedade Anônima e Sociedade Limitada Diferenças entre uma e outra Sociedade Anônima e Sociedade Limitada Diferenças entre uma e outra Por Janaina Mathias Guilherme A sociedade anônima rege-se pela Lei nº 6.404, de 1976, aplicando-se-lhe, nos casos omissos, as disposições

Leia mais

CONTABILIDADE GERAL. Balanço Patrimonial. Reservas de Capital e Reservas de Lucros Parte 1. Prof. Cláudio Alves

CONTABILIDADE GERAL. Balanço Patrimonial. Reservas de Capital e Reservas de Lucros Parte 1. Prof. Cláudio Alves CONTABILIDADE GERAL Balanço Patrimonial Prof. Cláudio Alves Reservas São valores acumulados no patrimônio líquido para uso posterior. Dependendo da forma como a reserva surgiu e de como será utilizada.

Leia mais

Indice Sistemático. Capítulo I INTRODUÇÃO

Indice Sistemático. Capítulo I INTRODUÇÃO , Indice Sistemático Capítulo I INTRODUÇÃO I. Das raízes históricas da sociedade ao novo Código Civil brasileiro de 2002... 1 1.1. As raízes históricas............................ 1 1.2. O novo Código

Leia mais

Introdução Conceito de sociedade III O sócio

Introdução Conceito de sociedade III O sócio SUMÁRIO I II III Introdução 1 Das raízes históricas da sociedade ao Código Civil brasileiro de 2002 1.1 As raízes históricas 1.2 O Código Civil de 2002 1.3 A adaptação contratual e estatutária 2 Pessoas

Leia mais

SOCIEDADES EMPRESARIAIS

SOCIEDADES EMPRESARIAIS SOCIEDADES EMPRESARIAIS Sociedade empresária é a pessoa jurídica de direito privado, não-estatal, que tem por objeto social a exploração de uma atividade comercial ou a forma de uma sociedade por ações.

Leia mais

CONTABILIDADE GERAL. Noções Gerais. Atividades Administrativas Parte 2. Prof. Cláudio Alves

CONTABILIDADE GERAL. Noções Gerais. Atividades Administrativas Parte 2. Prof. Cláudio Alves CONTABILIDADE GERAL Noções Gerais Prof. Cláudio Alves Conselho de Administração e Diretoria Administração da Companhia Art. 138. A administração da companhia competirá, conforme dispuser o estatuto, ao

Leia mais

SOCIEDADE DE RESPONSABILIDADE LIMITADA

SOCIEDADE DE RESPONSABILIDADE LIMITADA SOCIEDADE DE RESPONSABILIDADE LIMITADA 1 Planilha prática para atuação em face de uma sociedade de responsabilidade limitada. 90% das empresas no Brasil adotam este tipo societário. Professor: Rogério

Leia mais

INEPAR S.A. INDÚSTRIA E CONSTRUÇÕES EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL CNPJ/MF nº / NIRE nº COMPANHIA ABERTA

INEPAR S.A. INDÚSTRIA E CONSTRUÇÕES EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL CNPJ/MF nº / NIRE nº COMPANHIA ABERTA INEPAR S.A. INDÚSTRIA E CONSTRUÇÕES EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL CNPJ/MF nº 76.627.504/0001 06 - NIRE nº 41 3 0029559 0 COMPANHIA ABERTA ATA DA 344ª REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO I Data, Hora e Local:

Leia mais

LEGALE PÓS GRADUAÇÃO DIREITO TRIBUTÁRIOS

LEGALE PÓS GRADUAÇÃO DIREITO TRIBUTÁRIOS LEGALE PÓS GRADUAÇÃO DIREITO TRIBUTÁRIOS Aula 2 Direito Empresarial: Sociedades Não Personificadas e Sociedades Personificadas Professor: Rogério Martir Doutorando em Ciências Jurídicas e Sociais, Advogado

Leia mais

NATURA COSMÉTICOS S.A. POLÍTICA DE NEGOCIAÇÃO COM VALORES MOBILIÁRIOS DE EMISSÃO PRÓPRIA

NATURA COSMÉTICOS S.A. POLÍTICA DE NEGOCIAÇÃO COM VALORES MOBILIÁRIOS DE EMISSÃO PRÓPRIA NATURA COSMÉTICOS S.A. POLÍTICA DE NEGOCIAÇÃO COM VALORES MOBILIÁRIOS DE EMISSÃO PRÓPRIA SUMÁRIO Página 1. NORMAS GERAIS... 3 1.1. Definições... 3 2. POLÍTICA DE NEGOCIAÇÃO COM VALORES MOBILIÁRIOS DE EMISSÃO

Leia mais

As sociedades empresárias no Código Civil. José Rodrigo Dorneles Vieira

As sociedades empresárias no Código Civil. José Rodrigo Dorneles Vieira As sociedades empresárias no Código Civil José Rodrigo Dorneles Vieira 1. A LEGISLAÇÃO EMPRESARIAL: ANÁLISE GERAL 2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPRESÁRIO Conceito de empresário A questão do registro 3. ESPÉCIES

Leia mais

Instituições de Direito Público e Privado. Parte XI Sociedades

Instituições de Direito Público e Privado. Parte XI Sociedades Instituições de Direito Público e Privado Parte XI Sociedades 1. Empresa Conceito Empresa Empresa é a atividade econômica organizada para a produção de bens e serviços para o mercado, visando ao lucro.

Leia mais

SUMÁRIO 1 EMPRESA 2 EMPRESÁRIO 3 SOCIEDADE

SUMÁRIO 1 EMPRESA 2 EMPRESÁRIO 3 SOCIEDADE SUMÁRIO 1 EMPRESA... 1 1 Empreender... 1 2 Noções históricas... 2 3 Teoria da empresa... 4 4 Registro... 8 5 Redesim... 10 6 Usos e práticas mercantis... 13 7 Empresário rural... 13 2 EMPRESÁRIO... 15

Leia mais

Os sistemas econômicos e o Direito empresarial

Os sistemas econômicos e o Direito empresarial Os sistemas econômicos e o Direito empresarial Os sistemas econômicos e o Direito Empresarial A ordem econômica no Brasil é disciplinada por um conjunto de princípios estabelecidos na Constituição Federal

Leia mais

Aula nº. 31 S.A DEBÊNTURES

Aula nº. 31 S.A DEBÊNTURES Curso/Disciplina: Direito Empresarial Extensivo Aula: S.A Debêntures - 31 Professor(a): Priscilla Menezes Monitor(a): Bruna Paixão Aula nº. 31 S.A DEBÊNTURES QUARTO VALOR MOBILIÁRIO LEI 6.404/76 A companhia

Leia mais

CONTABILIDADE GERAL. Noções Gerais. Atividades Administrativas Parte 1. Prof. Cláudio Alves

CONTABILIDADE GERAL. Noções Gerais. Atividades Administrativas Parte 1. Prof. Cláudio Alves CONTABILIDADE GERAL Noções Gerais Atividades Administrativas Parte 1 Prof. Cláudio Alves À Luz da Lei 6.404/76 podemos citar as seguintes características do Conselho Fiscal: Art. 161. A companhia terá

Leia mais

Regulamento do Bradesco Fundo de Investimento em Ações - Livre Fácil. Capítulo I - Do Fundo. Capítulo II - Da Denominação do Fundo

Regulamento do Bradesco Fundo de Investimento em Ações - Livre Fácil. Capítulo I - Do Fundo. Capítulo II - Da Denominação do Fundo Regulamento do Bradesco Fundo de Investimento em Ações - Livre Fácil Capítulo I - Do Fundo Artigo 1 o ) O Bradesco Fundo de Investimento em Ações - Livre Fácil, regido pelas disposições do presente Regulamento

Leia mais

DIREITOS DOS ACIONISTAS

DIREITOS DOS ACIONISTAS DO GRUPO DE ESTUDOS DE DIREITO EMPRESARIAL FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS DIREITO SOCIETÁRIO APLICADO Mário Tavernard Martins de Carvalho Patrocinadores: 2 Direitos essenciais

Leia mais

Governança Corporativa

Governança Corporativa FACULDADES DE CAMPINAS Administração Gestão de Responsabilidade Social II Governança Corporativa Testes para revisão Prof. Luciel H. de Oliveira luciel@uol.com.br INSTRUÇÕES Avalie o seu aprendizado na

Leia mais

POLÍTICA DE NEGOCIAÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS DE EMISSÃO DA MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.

POLÍTICA DE NEGOCIAÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS DE EMISSÃO DA MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A. Anexo II à Ata de Reunião do Conselho de Administração da Multiplan Empreendimentos Imobiliários S.A., realizada em 12 de agosto de 2008 POLÍTICA DE NEGOCIAÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS DE EMISSÃO DA MULTIPLAN

Leia mais

PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS DIREITO EMPRESARIAL

PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS DIREITO EMPRESARIAL P á g i n a 1 PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS DIREITO EMPRESARIAL QUESTÃO 1 - Sobre a disciplina do direito empresarial no Brasil: 1. O adquirente de um estabelecimento comercial jamais responderá pelo

Leia mais

Ponto V OS VALORES MOBILIÁRIOS

Ponto V OS VALORES MOBILIÁRIOS Ponto V OS VALORES MOBILIÁRIOS TIPOS AÇÕES PARTES BENEFICIÁRIAS DEBÊNTURES BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO CUPÕES NOTA COMERCIAL (COMMERCIAL PAPER) conceito VALORES MOBILIÁRIOS são os TÍTULOS de emissão das SOCIEDADES

Leia mais

RESOLUÇÃO N I - a atuação da entidade com derivativos de renda variável subordina-se aos limites referidos no art.25, inciso II, alínea 'd';

RESOLUÇÃO N I - a atuação da entidade com derivativos de renda variável subordina-se aos limites referidos no art.25, inciso II, alínea 'd'; RESOLUÇÃO N 3357 Documento normativo revogado pela Resolução 3456, de 01/06/2007. Altera o Regulamento anexo à Resolução 3.121, de 2003, que dispõe sobre as diretrizes pertinentes à aplicação dos recursos

Leia mais

DELEGADO DIREITO EMPRESARIAL

DELEGADO DIREITO EMPRESARIAL DELEGADO DIREITO EMPRESARIAL Direito Societário Prof. Fidel Ribeiro www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Empresarial DIREITO SOCIETÁRIO DIREITO SOCIETÁRIO Ramo do Direito Empresarial que dedica-se ao

Leia mais

Tipos de Sociedades. Código Civil (Lei 10406/2002) prevê vários tipos. Os tipos mais relevantes. Sociedade Limitada (Ltda.) Sociedade Anônima (S.A.

Tipos de Sociedades. Código Civil (Lei 10406/2002) prevê vários tipos. Os tipos mais relevantes. Sociedade Limitada (Ltda.) Sociedade Anônima (S.A. INVESTIR NO BRASIL Os Modelos Societários no Sistema Jurídico Brasileiro e a sua Regulamentação 12 de Abril de 2012 Marco Ferreira Orlandi Sócio BOCCUZZI Advogados Tipos de Sociedades Código Civil (Lei

Leia mais

Sumário. Proposta da Coleção Leis Especiais para Concursos Apresentação Introdução Aplicabilidade... 21

Sumário. Proposta da Coleção Leis Especiais para Concursos Apresentação Introdução Aplicabilidade... 21 Sumário Proposta da Coleção Leis Especiais para Concursos... 15 Apresentação... 17 Introdução... 19 Aplicabilidade... 21 CAPÍTULO I Características e Natureza da Companhia ou Sociedade Anônima Características...

Leia mais

SEFAZ DIREITO empresarial Sociedades Coligadas Prof. Fidel Ribeiro

SEFAZ DIREITO empresarial Sociedades Coligadas Prof. Fidel Ribeiro SEFAZ DIREITO empresarial Sociedades Coligadas Prof. Fidel Ribeiro www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Empresarial SOCIEDADES COLIGADAS sociedades coligadas relação entre sociedades. Art. 1.097. Consideram-se

Leia mais

DIREITO EMPRESARIAL PREPARATÓRIO XXII EXAME DE ORDEM

DIREITO EMPRESARIAL PREPARATÓRIO XXII EXAME DE ORDEM Prof. Ma Marina Zava de Faria FACE: Marina Zava INSTA: Marina Zava Periscope:@marinazava E-mail: profmarinazava@hotmail.com DIREITO EMPRESARIAL PREPARATÓRIO XXII EXAME DE ORDEM 1. CONCEITO: Modalidade

Leia mais

SUMÁRIO 2. DO EMPRESÁRIO DIREITO EMPRESARIAL... 1

SUMÁRIO 2. DO EMPRESÁRIO DIREITO EMPRESARIAL... 1 STJ00094827 SUMÁRIO 1. DIREITO EMPRESARIAL... 1 1.0. Considerações preliminares... 1 1.1. Teorias do Direito Comercial...... 4 1.2. Unificação dos Direitos Civil e Comercial... 6 1.3. Fontes do Direito

Leia mais

Concurso Prof. Cid Roberto

Concurso Prof. Cid Roberto Prof. Cid Roberto Concurso 2013 Grupo Conhecimentos Bancários no Google http://goo.gl/gbkij O mercado de capitais é o conjunto de mercados, instituições e ativos que viabiliza a transferência de recursos

Leia mais

ELETROPAULO METROPOLITANA ELETRICIDADE DE SÃO PAULO S.A.

ELETROPAULO METROPOLITANA ELETRICIDADE DE SÃO PAULO S.A. ELETROPAULO METROPOLITANA ELETRICIDADE DE SÃO PAULO S.A. COMUNICAÇÃO SOBRE AUMENTO DE CAPITAL DELIBERADO PELO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EM 26 DE JULHO DE 2018 ANEXO 30-XXXII DA INSTRUÇÃO CVM Nº 480/2009

Leia mais

Sumário. Nota do Autor, xix

Sumário. Nota do Autor, xix Sumário Nota do Autor, xix 1 Empresa, 1 I Empreender, I 2 Noções históricas, 2 3 Teoria da empresa, 4 4 Registro, 9 4.1 Redesim, II 4.2 Usos e práticas mercantis, 15 4.3 Empresário rural, 16 5 Firma individual,

Leia mais

CONTABILIDADE GERAL. Investimentos. Mercado de Capitais. Prof. Cláudio Alves

CONTABILIDADE GERAL. Investimentos. Mercado de Capitais. Prof. Cláudio Alves CONTABILIDADE GERAL Investimentos Mercado de Capitais Prof. Cláudio Alves O mercado de capitais é um sistema de distribuição de valores mobiliários que visa proporcionar liquidez aos títulos de emissão

Leia mais

A SOCIEDADE SIMPLES E AS SOCIEDADES MENORES

A SOCIEDADE SIMPLES E AS SOCIEDADES MENORES A SOCIEDADE SIMPLES E AS SOCIEDADES MENORES 1 TIPOS DE SOCIEDADES NO DIREITO BRASILEIRO SOCIEDADE EM COMUM não tem personalidade jurídica os sócios são ilimitadamente responsáveis SOCIEDADE SIMPLES atividades

Leia mais

JOÃO FORTES ENGENHARIA S.A. COMPANHIA ABERTA CNPJ/MF: / PROPOSTA DA ADMINISTRAÇÃO PARA ASSEMBLEIA GERAL A SER REALIZADA EM 11/09/2017

JOÃO FORTES ENGENHARIA S.A. COMPANHIA ABERTA CNPJ/MF: / PROPOSTA DA ADMINISTRAÇÃO PARA ASSEMBLEIA GERAL A SER REALIZADA EM 11/09/2017 JOÃO FORTES ENGENHARIA S.A. COMPANHIA ABERTA CNPJ/MF: 33.035.536/0001-00 PROPOSTA DA ADMINISTRAÇÃO PARA ASSEMBLEIA GERAL A SER REALIZADA EM 11/09/2017 I - AUMENTO DE CAPITAL ANEXO 14 - Instrução CVM nº481/09

Leia mais

ANEXO II. Política de Divulgação de Negociação com Valores Mobiliários da Investimentos e Participações em Infra-Estrutura S.A.

ANEXO II. Política de Divulgação de Negociação com Valores Mobiliários da Investimentos e Participações em Infra-Estrutura S.A. ANEXO II Política de Divulgação de Negociação com Valores Mobiliários da Investimentos e Participações em Infra-Estrutura S.A. INVEPAR I. DO OBJETO 1.1. Em atendimento à Instrução da Comissão de Valores

Leia mais

Curso de Legislação Societária. Profa. Dra. Silvia Mara Novaes Sousa Bertani

Curso de Legislação Societária. Profa. Dra. Silvia Mara Novaes Sousa Bertani Curso de Legislação Societária Profa. Dra. Silvia Mara Novaes Sousa Bertani silviabertani@gmail.com O tempo! A palavra! A oportunidade! Eu não perco!!! Dmitry Molchanov Dreamstime.com LEGISLAÇÃO Conceito

Leia mais

Comentários da Prova de D. Empresarial para SEFAZ SC

Comentários da Prova de D. Empresarial para SEFAZ SC Comentários da Prova de D. Empresarial para SEFAZ SC Olá, Pessoal! Hoje comentamos o gabarito da questão única de Direito Empresarial, cobrada para Auditor-Fiscal da Receita Estadual, em prova realizada

Leia mais

ANEXO 30-XXXII Comunicação sobre aumento de capital deliberado pelo Conselho de Administração em 26 de junho de 2015

ANEXO 30-XXXII Comunicação sobre aumento de capital deliberado pelo Conselho de Administração em 26 de junho de 2015 ANEXO 30-XXXII Comunicação sobre aumento de capital deliberado pelo Conselho de Administração em 26 de junho de 2015 1.) Divulgar ao mercado o valor do aumento e do novo capital social: O valor do aumento

Leia mais

POLÍTICA DE DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS E PARTES BENEFICIÁRIAS CEB LAJEADO S/A

POLÍTICA DE DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS E PARTES BENEFICIÁRIAS CEB LAJEADO S/A POLÍTICA DE DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS E PARTES BENEFICIÁRIAS CEB LAJEADO S/A VERSÃO 2018 Texto em vigor aprovado na 92ª Reunião Extraordinária da Diretoria Colegiada da CEB Lajeado S/A (Resolução de Diretoria

Leia mais

POLÍTICA DE TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS BB SEGURIDADE PARTICIPAÇÕES S.A.

POLÍTICA DE TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS BB SEGURIDADE PARTICIPAÇÕES S.A. POLÍTICA DE TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS BB SEGURIDADE PARTICIPAÇÕES S.A. 08.09.2016 1 Objetivo 1.1 A presente da BB Seguridade Participações S.A. ( Política ), aprovada na Reunião do Conselho de

Leia mais

PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N 26/2009 Cria a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro CDURP e dá outras providências. Autor : Poder Executivo A CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE

Leia mais

Mercado de Capitais. Mercado financeiro. Professor: Msc. Roberto César

Mercado de Capitais. Mercado financeiro. Professor: Msc. Roberto César Mercado de Capitais Mercado financeiro Professor: Msc. Roberto César Tipos de Mercado Comissão de Valores Mobiliários, 2013, p.15 Mercado de Crédito É o segmento do mercado financeiro onde as instituições

Leia mais

A. DEFINIÇÕES E ADESÃO

A. DEFINIÇÕES E ADESÃO POLÍTICA DE NEGOCIAÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS DE EMISSÃO DA CYRELA BRAZIL REALTY S.A. EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES APROVADA PELO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EM REUNIÃO NO DIA 10 DE MAIO DE 2012 A. DEFINIÇÕES

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº I - constituir um ou mais representantes no País; II - preencher formulário, cujo modelo constitui o Anexo a esta Resolução;

RESOLUÇÃO Nº I - constituir um ou mais representantes no País; II - preencher formulário, cujo modelo constitui o Anexo a esta Resolução; RESOLUÇÃO Nº 2689 Dispõe sobre aplicações de investidor não residente nos mercados financeiro e de capitais. O BANCO CENTRAL DO BRASIL, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, torna

Leia mais

SUMÁRIO. 2.1 Associações Cota ou fração ideal do patrimônio de associação...

SUMÁRIO. 2.1 Associações Cota ou fração ideal do patrimônio de associação... SUMÁRIO I Introdução... 1 1 Das raízes históricas da sociedade ao Código Civil brasileiro de 2002... 1 1.1 As raízes históricas... 1 1.2 O Código Civil de 2002... 3 1.3 A adaptação contratual e estatutária...

Leia mais

10. REGIME SOCIETÁRIO

10. REGIME SOCIETÁRIO 10. REGIME SOCIETÁRIO EMPRESAS ESTATAIS - REGIME SOCIETÁRIO - art 13 Lei nº 13.303 / 2016 DIRETRIZES E RESTRIÇÕES PARA ELABORAÇÃO DO ESTATUTO DA COMPANHIA TRATA-SE DA ESTRUTURA DA ESTATAL EMPRESAS ESTATAIS

Leia mais

Renda Fixa Debêntures. Renda Fixa. Debênture

Renda Fixa Debêntures. Renda Fixa. Debênture Renda Fixa Debênture O produto A debênture é um investimento em renda fixa. Trata-se de um título de dívida que gera um direito de crédito ao investidor. Ou seja, o mesmo terá direito a receber uma remuneração

Leia mais

Direito Empresarial. Aula 11. Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

Direito Empresarial. Aula 11. Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho Direito Empresarial Aula 11 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos multimídia

Leia mais

POLÍTICA DE TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS BB SEGURIDADE PARTICIPAÇÕES S.A.

POLÍTICA DE TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS BB SEGURIDADE PARTICIPAÇÕES S.A. POLÍTICA DE TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS BB SEGURIDADE PARTICIPAÇÕES S.A. 23.1.2015 1. OBJETIVO 1.1 A presente Política de Transações com Partes Relacionadas da BB Seguridade Participações S.A. (

Leia mais

Lei nº, de de de 2017 O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO: Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Lei nº, de de de 2017 O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO: Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei: Lei nº, de de de 2017 Dispõe sobre a reorganização societária da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo SABESP e dá outras providências. O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO: Faço saber que

Leia mais

Comunicado ao Mercado divulgado pela Oi

Comunicado ao Mercado divulgado pela Oi Comunicado Lisboa 14 de março de 2018 Comunicado ao Mercado divulgado pela Oi A PHAROL, SGPS S.A. informa sobre o Comunicado ao Mercado divulgado pela Oi, S.A., conforme documento da empresa em anexo.

Leia mais

BATTISTELLA ADMINISTRAÇÃO E PARTICIPAÇÕES S.A. COMPANHIA ABERTA - CVM N CNPJ Nº / NIRE

BATTISTELLA ADMINISTRAÇÃO E PARTICIPAÇÕES S.A. COMPANHIA ABERTA - CVM N CNPJ Nº / NIRE BATTISTELLA ADMINISTRAÇÃO E PARTICIPAÇÕES S.A. COMPANHIA ABERTA - CVM N 01545-8 CNPJ Nº 42.331.462/0001-31 NIRE 4130001526-1 COMUNICAÇÃO SOBRE AUMENTO DE CAPITAL DELIBERADO PELO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Leia mais

INSTRUÇÃO CVM Nº 549, DE

INSTRUÇÃO CVM Nº 549, DE INSTRUÇÃO CVM Nº 549, DE 24.06.2014 Altera a Instrução CVM nº 409, de 18 de agosto de 2004, que dispõe sobre a constituição, a administração, o funcionamento e a divulgação de informações dos fundos de

Leia mais

LINX S.A. Companhia Aberta de Capital Autorizado CNPJ: / NIRE:

LINX S.A. Companhia Aberta de Capital Autorizado CNPJ: / NIRE: LINX S.A. Companhia Aberta de Capital Autorizado CNPJ: 06.948.969/0001-75 NIRE: 35.300.316.584 Comunicado referente ao aumento de capital aprovado na Reunião do Conselho de Administração realizada em 26

Leia mais

Instituições de Direito Pessoas Jurídicas (ii)

Instituições de Direito Pessoas Jurídicas (ii) Instituições de Direito Pessoas Jurídicas (ii) CAMILA VILLARD DURAN Aula anterior: conceitos trabalhados! Pessoa Jurídica! Associações! Sociedade em conta de participação! Eireli vs. Empresário individual

Leia mais

Informações de Impressão

Informações de Impressão Questão: 312066 Considerando as regras constantes da Constituição Federal, o ICMS I. terá seu regime de compensação do imposto disciplinado por lei complementar. II. incide sobre operações relativas à

Leia mais

Comissão de Desenvolvimento Profissional (CDP)

Comissão de Desenvolvimento Profissional (CDP) Comissão de Desenvolvimento Profissional (CDP) Instituto Brasileiro de Relações com Investidores Guia Rápido: Programas de Recompra de Ações 1 Neste Guia Rápido apresentamos os principais aspectos legais

Leia mais

Unidade III CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA. Prof. Carlos Barretto

Unidade III CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA. Prof. Carlos Barretto Unidade III CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA Prof. Carlos Barretto Capacitar os estudantes a adquirir conhecimentos necessários para o desenvolvimento das seguintes competências: enfatizar a consciência ética

Leia mais

DISCIPLINA: JUR DIREITO EMPRESARIAL III VALOR DA PROVA: 5,0 ALUNO(A)

DISCIPLINA: JUR DIREITO EMPRESARIAL III VALOR DA PROVA: 5,0 ALUNO(A) PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO DEPARTAMENTO DE CÊNCIAS JURÍDICAS CURSO DE DIREITO DISCIPLINA: JUR 1023 - DIREITO EMPRESARIAL III TURMA: PROFESSOR(A) Fernanda de Paula

Leia mais

Oi S.A. CNPJ/MF Nº / NIRE Companhia Aberta

Oi S.A. CNPJ/MF Nº / NIRE Companhia Aberta Oi S.A. CNPJ/MF Nº 76.535.764/0001-43 NIRE 3330029520-8 Companhia Aberta Proposta da Administração a ser submetida à aprovação da Assembleia Geral Extraordinária a ser realizada em 10 de agosto de 2012,

Leia mais

COMUNICAÇÃO SOBRE AUMENTO DE CAPITAL DELIBERADO PELO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO.

COMUNICAÇÃO SOBRE AUMENTO DE CAPITAL DELIBERADO PELO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO. COMUNICAÇÃO SOBRE AUMENTO DE CAPITAL DELIBERADO PELO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO. 1. Informar o valor do aumento e do novo capital social: O aumento do capital social da Companhia proposto é de R$25.032.8

Leia mais

ANEXO 30-XXXII Comunicação sobre aumento de capital deliberado pelo Conselho de Administração em 28 de dezembro de 2015

ANEXO 30-XXXII Comunicação sobre aumento de capital deliberado pelo Conselho de Administração em 28 de dezembro de 2015 ANEXO 30-XXXII Comunicação sobre aumento de capital deliberado pelo Conselho de Administração em 28 de dezembro de 2015 1.) Divulgar ao mercado o valor do aumento e do novo capital social: O valor do aumento

Leia mais

Apresentação... Abreviaturas... CAPíTULO 1 -CONCEITO, CARACTERíSTICAS EESPÉCiES...

Apresentação... Abreviaturas... CAPíTULO 1 -CONCEITO, CARACTERíSTICAS EESPÉCiES... SUMÁRIO Apresentação............................................ Abreviaturas.................................................. CAPíTULO 1 -CONCEITO, CARACTERíSTICAS EESPÉCiES............... 5 13 15 1.

Leia mais

AUMENTO DE CAPITAL (ANEXO 30-XXXII DA INSTRUÇÃO CVM N 480/2009)

AUMENTO DE CAPITAL (ANEXO 30-XXXII DA INSTRUÇÃO CVM N 480/2009) AUMENTO DE CAPITAL (ANEXO 30-XXXII DA INSTRUÇÃO CVM N 480/2009) 1 - Valor do Aumento e do Novo Capital Social - O Aumento de Capital será de até R$64.882.317,00 (sessenta e quatro milhões, oitocentos e

Leia mais

Curso Direito Empresarial Administração

Curso Direito Empresarial Administração AULA 4 Sociedades. Empresárias ou simples. Personificadas e não personificadas. Sociedades empresárias, espécies. 4.1. As sociedades empresárias A pessoa jurídica Sociedade empresária é um agrupamento

Leia mais

INSTRUÇÃO CVM Nº 554, DE

INSTRUÇÃO CVM Nº 554, DE INSTRUÇÃO CVM Nº 554, DE 17.12.2014 Inclui, revoga e altera dispositivos na Instrução CVM nº 155, de 7 de agosto de 1991, na Instrução CVM nº 209, de 25 de março de 1994, na Instrução CVM nº 278, de 8

Leia mais

Sociedades Anônimas. Disciplina: Direito Empresarial (Sociedades Anônimas). Professor: Ricardo Henrique e Silva Guerra 2º Semestre/2016

Sociedades Anônimas. Disciplina: Direito Empresarial (Sociedades Anônimas). Professor: Ricardo Henrique e Silva Guerra 2º Semestre/2016 Sociedades Anônimas Disciplina: Direito Empresarial (Sociedades Anônimas). Professor: Ricardo Henrique e Silva Guerra 2º Semestre/2016 VALORES MOBILIÁRIOS VALORES MOBILIÁRIOS O que veremos na aula de hoje...

Leia mais

Porto Alegre (RS), 20 de junho de 2016.

Porto Alegre (RS), 20 de junho de 2016. Slide 1 EIRELI: Análise Legal e os Resultados Práticos Porto Alegre (RS), 20 de junho de 2016. Slide 2 Conteúdo Programático: - Análise Histórica da Introdução das EIRELI s no Direito Brasileiro; - Conceito

Leia mais

MAHLE METAL LEVE S.A. C.N.P.J/MF / COMPANHIA ABERTA FATO RELEVANTE

MAHLE METAL LEVE S.A. C.N.P.J/MF / COMPANHIA ABERTA FATO RELEVANTE MAHLE METAL LEVE S.A. C.N.P.J/MF 60.476.884/0001-87 COMPANHIA ABERTA FATO RELEVANTE Os administradores de Mahle Metal Leve S.A. ("Companhia"), na forma e para os fins das Instruções CVM nºs 319/99 e 358/02,

Leia mais

Companhia Aberta FATO RELEVANTE

Companhia Aberta FATO RELEVANTE Companhia Aberta LIGHT S.E.S.A. LIGHT S.A. CNPJ 60.444.437/0001-46 CNPJ 03.378.521/0001-75 FATO RELEVANTE Os Administradores da LIGHT Serviços de Eletricidade S.A. ( LIGHT SESA ) e da LIGHT S.A. vêm, em

Leia mais

TELEMAR PARTICIPAÇÕES S.A. COMPANHIA ABERTA CNPJ/MF nº / NIRE

TELEMAR PARTICIPAÇÕES S.A. COMPANHIA ABERTA CNPJ/MF nº / NIRE TELEMAR PARTICIPAÇÕES S.A. COMPANHIA ABERTA CNPJ/MF nº 02.107.946/0001-87 NIRE 3330016601-7 PROPOSTA DA ADMINISTRAÇÃO DA COMPANHIA PARA A ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DE 28 DE MARÇO DE 2011 Senhores

Leia mais

Curso Direito Empresarial Ciências Contábeis

Curso Direito Empresarial Ciências Contábeis AULA 5 Sociedades. Empresárias ou simples. Personificadas e não personificadas. Sociedades empresárias, espécies. 5.1. Desconsideração da personalidade jurídica da empresa Em algumas situações, o patrimônio

Leia mais

Direito Empresarial Econômico

Direito Empresarial Econômico Direito Empresarial Econômico Os sistemas econômicos e o Direito empresarial A ordem econômica valorização do trabalho humano e na livre iniciativa assegurar a todos existência digna soberania nacional

Leia mais