SEFAZ DIREITO empresarial Sociedades Coligadas Prof. Fidel Ribeiro
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1 SEFAZ DIREITO empresarial Sociedades Coligadas Prof. Fidel Ribeiro
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3 Direito Empresarial SOCIEDADES COLIGADAS sociedades coligadas relação entre sociedades. Art Consideram-se coligadas as sociedades que, em suas relações de capital, são controladas, filiadas, ou de simples participação, na forma dos artigos seguintes. Art É controlada: I a sociedade de cujo capital outra sociedade possua a maioria dos votos nas deliberações dos quotistas ou da assembléia geral e o poder de eleger a maioria dos administradores; II a sociedade cujo controle, referido no inciso antecedente, esteja em poder de outra, mediante ações ou quotas possuídas por sociedades ou sociedades por esta já controladas. Art Diz-se coligada ou filiada a sociedade de cujo capital outra sociedade participa com dez por cento ou mais, do capital da outra, sem controlá-la. Art É de simples participação a sociedade de cujo capital outra sociedade possua menos de dez por cento do capital com direito de voto. Art Salvo disposição especial de lei, a sociedade não pode participar de outra, que seja sua sócia, por montante superior, segundo o balanço, ao das próprias reservas, excluída a reserva legal. Parágrafo único. Aprovado o balanço em que se verifique ter sido excedido esse limite, a sociedade não poderá exercer o direito de voto correspondente às ações ou quotas em excesso, as quais devem ser alienadas nos cento e oitenta dias seguintes àquela aprovação. HOLDING sociedade que detém participação societária em uma ou mais empresas, tendo sido constituída especificamente para esse fim ou não. HOLDING PURA criada apenas para ter participação em outra(s) empresa(s) HOLDING MISTA além de ter participação em outra empresa, desenvolve atividade econômica própria. Holdings modernas: familiar, patrimonial, imobiliária, etc. 3
4 COLIGAÇÃO DE SOCIEDADES NA LSA Art O relatório anual da administração deve relacionar os investimentos da companhia em sociedades coligadas e controladas e mencionar as modificações ocorridas durante o exercício. 1º São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa. (Redação dada pela Lei nº , de 2009) 4º Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la. (Incluído pela Lei nº , de 2009) 5º É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% (vinte por cento) ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la. (Incluído pela Lei nº , de 2009) 2º Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores. 3º A companhia aberta divulgará as informações adicionais, sobre coligadas e controladas, que forem exigidas pela Comissão de Valores Mobiliários. GRUPOS DE SOCIEDADES LSA, Art A sociedade controladora e suas controladas podem constituir, nos termos deste Capítulo, grupo de sociedades, mediante convenção pela qual se obriguem a combinar recursos ou esforços para a realização dos respectivos objetos, ou a participar de atividades ou empreendimentos comuns. De acordo com André Santa Cruz Ramos 1, com grifos nossos: Vê-se, pois, que para a constituição do grupo de sociedades será necessário estabelecer uma convenção, que disciplinará todos os detalhes da relação entre as sociedades envolvidas, conforme disposto no art. 266 da LSA: as relações entre as sociedades, a estrutura administrativa do grupo e a coordenação ou subordinação dos administradores das sociedades filiadas serão estabelecidas na convenção do grupo, mas cada sociedade conservará personalidade e patrimônios distintos. Além da formalização da convenção, é preciso que seja obedecido o 1º, do art. 265, da LSA, o qual determina que a sociedade controladora, ou de comando do grupo, deve ser brasileira, e exercer, direta ou indiretamente, e de modo permanente, o controle das sociedades filiadas, como titular de direitos de sócio ou acionista, ou mediante acordo com outros sócios ou acionistas. 1 Direito Empresarial Esquematizado 6ª edição, pág.440 e seguintes. 4
5 Sociedades Coligadas Prof. Fidel Ribeiro CONSÓRCIOS Outra forma de relação entre sociedades é a constituição de consórcio para a execução de empreendimentos específicos. LSA, Art As companhias e quaisquer outras sociedades, sob o mesmo controle ou não, podem constituir consórcio para executar determinado empreendimento, observado o disposto neste Capítulo. 1º O consórcio não tem personalidade jurídica e as consorciadas somente se obrigam nas condições previstas no respectivo contrato, respondendo cada uma por suas obrigações, sem presunção de solidariedade. 2º A falência de uma consorciada não se estende às demais, subsistindo o consórcio com as outras contratantes; os créditos que porventura tiver a falida serão apurados e pagos na forma prevista no contrato de consórcio. CONSTITUIÇÃO DOS CONSÓRCIOS Art O consórcio será constituído mediante contrato aprovado pelo órgão da sociedade competente para autorizar a alienação de bens do ativo não circulante, do qual constarão: (Redação dada pela Lei nº , de 2009) I a designação do consórcio se houver; II o empreendimento que constitua o objeto do consórcio; III a duração, endereço e foro; IV a definição das obrigações e responsabilidade de cada sociedade consorciada, e das prestações específicas; V normas sobre recebimento de receitas e partilha de resultados; VI normas sobre administração do consórcio, contabilização, representação das sociedades consorciadas e taxa de administração, se houver; VII forma de deliberação sobre assuntos de interesse comum, com o número de votos que cabe a cada consorciado; VIII contribuição de cada consorciado para as despesas comuns, se houver. Parágrafo único. O contrato de consórcio e suas alterações serão arquivados no registro do comércio do lugar da sua sede, devendo a certidão do arquivamento ser publicada. 5
6 DISSOLUÇÃO, LIQUIDAÇÃO E EXTINÇÃO DAS SOCIEDADES De acordo com o autor André Santa Cruz Ramos (Dir. Empresarial Esquematizado, 6ª edição, pág. 444 e ss), com grifos nossos: Quando se estuda a dissolução das sociedades, é preciso fazer duas observações relevantes, de início. Em primeiro lugar, é imprescindível distinguir o procedimento de dissolução da sociedade com o ato de dissolução da sociedade. Este precede aquele, isto é, antes há o ato de dissolução, que pode ser extrajudicial ou judicial, e após esse ato se desencadeia todo o procedimento dissolutório, que abrange ainda a liquidação e a partilha. Em segundo lugar, deve-se atentar para o fato de que existem dois regimes distintos de dissolução das sociedades no direito brasileiro, um aplicável às sociedades contratuais e previsto no Código Civil, outro aplicável às sociedades institucionais e previsto na LSA (Lei 6.404/1976). O leitor mais atento, todavia, perceberá que os regimes de dissolução do Código Civil e da LSA são muito parecidos, seguindo ambos uma mesma sequência lógica e tendo ambos uma série de regras idênticas. LIQUIDAÇÃO DAS SOCIEDADES CONTRATUAIS Previsão legal 1102 a 1112 do CC LIQUIDAÇÃO 2ª etapa do encerramento de sociedade. 1ª etapa DISSOLUÇÃO 2ª etapa LIQUIDAÇÃO 3ª etapa EXTINÇÃO (BAIXA) Na liquidação realiza-se: levantamento do ativo pagamento do passivo. Objetivo: posteriormente, dar-se baixa no registro da Pessoa Jurídica (extinção). A liquidação pode ser: judicial extrajudicial É dividida em três etapas. De acordo com a autora Estefânia Rossignoli, com grifos do Fidel: A primeira é a nomeação do liquidante, que será feita pelos próprios sócios se for extrajudicial ou pelo juiz no caso de liquidação judicial. 6
7 Sociedades Coligadas Prof. Fidel Ribeiro O liquidante é quem passará a ser o representante legal da pessoa jurídica e tem seus deveres especificados no art A segunda fase é quando ocorre a liquidação propriamente dita. O liquidante irá vender o patrimônio, cobrar os devedores para poder fazer o pagamento de todo o passivo existente. Caso nessa etapa o liquidante perceba que a sociedade não terá como pagar todo seu passivo, tem a obrigação de confessar o estado de insolvência ou a falência, pois não conseguirá encerrar a liquidação se não fizer todos os pagamentos. Se conseguir pagar todo o passivo o liquidante irá fazer um balanço final e apresentar aos sócios ou ao juiz que irão analisar as contas e aprová-las ou não. 7
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