março/2013 ÍNDICES URBANÍSTICOS E SEU REFLEXO NO TECIDO URBANO: HABITAÇÃO PIQUERI, REORGANIZAÇÃO E PLANEJAMENTO

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Mauro Godoi Domingos
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1 março/2013 ÍNDICES URBANÍSTICOS E SEU REFLEXO NO TECIDO URBANO: HABITAÇÃO PIQUERI, REORGANIZAÇÃO E PLANEJAMENTO

Pirituba, do lado Leste, onde é possível aproveitar as áreas verdes existentes e otimizar o uso criando conexões e colocando lagoas artificiais nos espaços livres entre as habitações próximas ao

2 Pirituba, do lado Leste, onde é possível aproveitar as áreas verdes existentes e otimizar o uso criando conexões e colocando lagoas artificiais nos espaços livres entre as habitações próximas ao córrego. As lagoas artificiais ajudariam com a retenção de água nas chuvas, melhorando a qualidade da água que é lançada no Rio Tietê e criando espaços livres para a população justamente numa região onde há falta de parques e áreas verdes. introdução Macro-escala: Os córregos desaguam no Rio Tietê, mostrando uma conectividade que foi perdida nos últimos 80 anos com a urbanização acelerada de São Paulo e a formação de ocupações irregulares nas suas margens. A conexão ao Rio Tietê mediante programas habitacionais e serviços públicos à população que ocupam os córregos do Rio precisam ser metas importantes da Prefeitura de São Paulo. Nesse relatório, escolheu-se o córrego Pirituba na Zona Norte, para estudo de habitações e reorganização das favelas neste trecho. Estas estão localizadas ao longo do córrego Sendo assim cria-se um espaço de convivência tornando o lugar agradável para os moradores, além de implantar um parque para uso público. Este parque também melhorará a vida cotidiana dos usuários da estação de trem do Piqueri e será uma atração para visitantes, turistas e moradores da cidade em geral. Recomendações para reuso de espaços existentes, espaços mal aproveitados e para desenvolvimento nas margens dos córregos da cidade serão apontadas no final deste relatório.

Área de Estudo favelas áreas verdes propostas Rio Tietê fonte de localização das favelas: HABISP Rio Tietê em São Paulo com a localização das favelas ao longo dos

3 Área de Estudo favelas áreas verdes propostas Rio Tietê fonte de localização das favelas: HABISP Rio Tietê em São Paulo com a localização das favelas ao longo dos córregos, mostrando a potencialidade de projetos de habitação e vínculos que podem melhorar a conectividade na cidade em relação aos córregos e áreas verdes N

Favela Cónego José Salomon: Estimativa de moradias: 3 Córrego Pirituba Favela Vila Bonilha: Estimativa de moradias:150 Estação do Trem: Piqueri Favela Piqueri:

4 Favela Cónego José Salomon: Estimativa de moradias: 3 Córrego Pirituba Favela Vila Bonilha: Estimativa de moradias:150 Estação do Trem: Piqueri Favela Piqueri: Estimativa de moradias:250 Rio Tietê N Três favelas existentes a serem conectadas: Cónego José Salomon, Vila Bonilha e Piqueri fonte de localização das favelas: HABISP

ECO-PONTO EXISTENTE PARQUE EXISTENTE NOGUEIRA

PIQUERI (PROPOSTA) FAVELA PIQUERI RIO TIETÊ

5 ECO-PONTO EXISTENTE PARQUE EXISTENTE NOGUEIRA LOPES FAVELA CONEGO JOSÉ SALOMON FAIXA VERDE Mapa Chave FAVELA VILA BONILHA CÓRREGO PIRITUBA ESTAÇÃO PIQUERI PARQUE ESTAÇÃO PIQUERI (PROPOSTA) FAVELA PIQUERI RIO TIETÊ TRILHO DO TREM N fonte de localização das favelas: HABISP

6 Situações existentes Mapa Chave Favela Cónego José Salomon - 3 moradias estimadas Favela Piqueri moradias estimadas Favela Vila Bonilha moradias estimadas fonte de localização e número de moradias das favelas: HABISP

G B C D E K J I legenda Mapa Chave K H A F I A - Lagoa de retenção: lagoa artificial que previne as inundações B - Deck C - Churrasqueiras D - Creche E - Playground F - Quadras poliesportivas G -

7 G B C D E K J I legenda Mapa Chave K H A F I A - Lagoa de retenção: lagoa artificial que previne as inundações B - Deck C - Churrasqueiras D - Creche E - Playground F - Quadras poliesportivas G - Edifício institucional H - Jardim I - Pomar J - Habitações (328) K - Acceso em nível Proposta do Parque Estação Piqueri e Habitações Piqueri: N A proposta mostra a reorganização desta favela, criando 328 habitações das quais 88 são habitações unifamiliares na Vila Bonilha. A organização inclui espaços livres entre as habitações e a utilização das áreas verdes existentes que não são bem aproveitadas, que estão desconetadas e que não tem uso público. A Prefeitura pode iniciar um programa que conecta estes espaços para revitalizar a região e melhorar a saúde da população e do rio, além de melhorar a ecologia urbana

legenda A - Lagoa pequena de retenção: previne as inundações B - Faixa de 15 m C - Faixa de 30 m D - Habitações (88) E - Pomar F - Jardim G - Parque linear H - Caminho B C A D

8 legenda A - Lagoa pequena de retenção: previne as inundações B - Faixa de 15 m C - Faixa de 30 m D - Habitações (88) E - Pomar F - Jardim G - Parque linear H - Caminho B C A D E A Mapa Chave Proposta de Habitações Vila Bonilha A proposta mostra a reorganização desta favela, criando 88 habitações unifamiliares para a maioria dos moradores e espaços livres entre as habitações. As faixas azuis, ou seja, as pequenas lagoas servem para a retenção das águas pluviais, melhorando na micro-escala a qualidade da água que entra no Rio Tietê. Esta proposta conecta as áreas verdes ao lado leste do Córrego Pirituba, criando um parque linear para as cidadãos, caminhos e espaço verde livre. G H F E N

Proposta de Habitações (Mínimo): Margem de 15 metros de distância da borda do Córrego 15 metros 0 10

9 Proposta de Habitações (Mínimo): Margem de 15 metros de distância da borda do Córrego 15 metros Proposta de Habitações (Ideal): Margem de 30 metros de distância da borda do Córrego 30 metros

Proposta do Parque Estação Piqueri: O corte ilustrativo mostra como as lagoas artificias podem ser utilizadas: além da capacidade de reter as águas pluviais e melhorar a qualidade de água que flui

10 Proposta do Parque Estação Piqueri: O corte ilustrativo mostra como as lagoas artificias podem ser utilizadas: além da capacidade de reter as águas pluviais e melhorar a qualidade de água que flui para o Rio Tietê, são leves, criando espaços agradáveis com microclima para os moradores das habitações e para o cidadão. Atividades no parque incluem caminhadas, churrascos, encontros espontâneos e ciclovia. As áreas verdes melhorará a qualidade de vida também e servirá como habitat urbano em relação aos espaços livres para pessoas.

corridas, passeios de bicicleta, além das outras amenidades.

11 Proposta do Parque Estação Piqueri: CONEXÃO SOB O VIADUTO DO TREM Esta perspectiva ilustra o caminho que conecta as habitações com o parque e mostra as diferentes atividades que podem acontecer ali: caminhadas, corridas, passeios de bicicleta, além das outras amenidades. Neste desenho a via existente seria trocada por este caminho de pedestre, mudando o caráter de uso desses espaços existentes para melhorar a conectividade com a cidade.

Proposta do Parque Estação Piqueri: Esta perspectiva ilustra o caminho de

piquenique, jogos, esportes e outras atividades saudáveis.

12 Proposta do Parque Estação Piqueri: Esta perspectiva ilustra o caminho de pedrisco que conecta o Parque Proposto com os outros espaços verdes ao norte da Estação de Piqueri. Este caminho pode ser utilizado para caminhadas e os espaços livres para piquenique, jogos, esportes e outras atividades saudáveis. Este espaço verde não serviria somente para melhorar a conectividade das áreas verdes mas também para melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas.

O lugar fica muito mais agradável para pedestres e demais usuários e para a fauna que visitaria o parque para

13 Proposta das Habitações Piqueri: As habitações ficam em frente ao parque, criando uma conexão visual que se insere no tecido urbano já existente. O lugar fica muito mais agradável para pedestres e demais usuários e para a fauna que visitaria o parque para aproveitar a lagoa artificial. Além das vantagens estéticas e visuais a qualidade da água que entra no Rio Tietê desta área região será melhorada, atuando na micro-escala e ajudando o meio ambiente na macro-escala.

14 RECOMENDAÇÕES: Seguem as recomendações para elaboração de projetos de lei, a fim de tornarem viáveis as internvenções propostas: DOACÃO DOS TERRENOS: pode ser através de um acordo entre investidores, donos de propriedades, companhias e a Prefeitura para alocar terrenos que possam fazer parte de um sistema verde aqui na cidade. Incentivos por parte do Município a essas doações podem incluir menos impostos, facilidade com futuros projetos planejados, nomear lugares com o nome das pessoas que doaram os terrenos e outros. TRANSFORMAÇÃO DAS ÁREAS PAVIMENTADAS (CRÉDITOS, INCENTIVOS): a Prefeitura pode dar incentivos para transformar áreas pavimentadas em áreas verdes ou espaços públicos. Pode-se, ao menos, encorajar a troca de matériais impermeáveis para matériais drenantes. Todas as intervenções que auxiliem a infiltração das águas pluviais vão melhorar a qualidade de água no Rio Tietê. PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADOS: a Prefeitura pode coordenar parceiros entre os setores públicos e os setores privados para encorajar desenvolvimento sustentável, a criação de parques novos, agregando terrenos para aumentar os tamanhos de áreas verdes. INFRAESTRUTURA VERDE: Pode ter incentivos, menos impostos, publicidade e programas de educação e interpretação para os empreendimentos que utilizam infraestrutura verde. TRANSFERÊNCIAS DO DIREITO DE CONSTRUIR: os proprietários que possuem terrenos privados dentro da área de intervenção podem ter o seu direito de construir transferido para outros terrenos, como forma de troca. ENGAJAMENTO DAS COMUNIDADES: As comunidades residentes na área de intervenção podem influenciar ou acelerar o processo. Para isso a Prefeitura poderá abrir um canal de diálogo com elas e contar com a ajuda destas para a implementação do projeto e para realizar os acordos necessários.

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