24/09/2009. Alterações na Legislação Societária focadas nos aspectos contábeis e as correspondentes interpretações dos CPC
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- Luiz Fernando Braga Garrau
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1 Alterações na Legislação Societária focadas nos aspectos contábeis e as correspondentes interpretações dos CPC Palestrante: Claudenei Leão Ovalle LEI DE INTRODUÇÃO AO CÓDIGO CIVIL Art. 2º Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. 1º A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. (grifo nosso) 2º A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. (grifo nosso) 3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. (grifo nosso) CÓDIGO CIVIL Art Ao término de cada exercício social, proceder-se-á à elaboração do inventário, do balanço patrimonial e do balanço de resultado econômico. (grifo nosso e aplicável a Sociedade Limitada) Da Escrituração Art O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico. (grifo nosso) 1
2 CÓDIGO CIVIL Art O balanço patrimonial deverá exprimir, com fidelidade e clareza, a situação real da empresa e, atendidas as peculiaridades desta, bem como as disposições das leis especiais, indicará, distintamente, o ativo e o passivo. (grifo nosso e válido para todas as empresas) Parágrafo único. Lei especial disporá sobre as informações que acompanharão o balanço patrimonial, em caso de sociedades coligadas. Art O balanço de resultado econômico, ou demonstração da conta de lucros e perdas, acompanhará o balanço patrimonial e dele constarão crédito e débito, na forma da lei especial. (grifo nosso) DECRETO-LEI Nº 1.598/77 LEI FISCAL Art Este Decreto-lei entrará em vigor na data da sua publicação e a legislação do imposto sobre a renda das pessoas jurídicas será aplicada, a partir de 1º de janeiro de 1978, de acordo com as seguintes normas: XI - o lucro líquido do exercício deverá ser apurado, a partir do primeiro exercício social iniciado após 31 de dezembro de 1977, com observância das disposições da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de (grifo nosso) QUADRO COMPARATIVO VISÃO ANTERIOR DO MERCADO Sociedades Lucro Real e Lucro Presumido optante pela contabilidade Contábil (5) Adoção IFRS (1) Publicação das Demonstrações Financeiras Obrigatoriedade RTT (6) S/A - Abertas Leis e Sim (2) Sim Opcional S/A - Grande Porte Leis e Fechadas (4) Não Sim Opcional S/A - Fechadas LTDA LTDA Outras Grande Porte (4) Outras Leis e Não Sim(3) Opcional Leis e Não Não Opcional Leis e Não Não Opcional 2
3 QUADRO COMPARATIVO VISÃO ATUAL Sociedades Lucro Real e Lucro Presumido optante pela contabilidade Contábil (5) Adoção IFRS (7) Publicação das Demonstrações Financeiras Obrigatoriedade RTT (6) S/A - Abertas S/A - Fechadas S/A - Fechadas LTDA LTDA Leis e Sim Sim Opcional Grande Leis e Porte (4) Sim Sim Opcional Outras Leis e Sim Sim(3) Opcional Grande Leis e Porte (4) Sim Não Opcional Outras Leis e Sim Não Opcional QUADRO COMPARATIVO REFERÊNCIAS (1) A lei determina que a CVM deve observar as normas internacionais de contabilidade na emissão de instruções ou quaisquer orientações. (2) Demonstrações financeiras consolidadas a partir de (3)Excetoparaascompanhiascommenosde20acionistas epl inferiorar$ 1milhão. (4) Sociedades ou conjunto de sociedades sobre controle comum que tiveram, no exercício anterior, ativo total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões. (5) Conforme Resolução CFC 1159/09,CT-01 editado pelo CFC 13/02/2009 (6)Opcionalparaosanoscalendáriode2008e2009-Obrigatórioapartirde 2010, para empresas tributadas LR e LP (7) Exigência do art. 67, inciso XI, do Decreto-lei nº 1.598/77. LEI Nº 6.404/76 (CONSOLIDADA) Art A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência. (grifo nosso) 3
4 LEI Nº 6.404/76 (CONSOLIDADA) Disposição da Lei nº /07 - Revogadas pela MP 449/08 (04/12/08) 2º As disposições da lei tributária ou de legislação especial sobre atividade que constitui o objeto da companhia que conduzam à utilização de métodos ou critérios contábeis diferentes ou à elaboração de outras demonstrações não elidem a obrigação de elaborar, para todos os fins desta Lei, demonstrações financeiras em consonância com o dispositivo no caput deste artigo e deverão ser alternativamente observadas mediante registro: I em livros auxiliares, sem modificação da escrituração mercantil; ou II no caso da elaboração das demonstrações para fins tributários, na escrituração mercantil, desde que sejam efetuados em seguida lançamentos contábeis adicionais que assegurem a preparação e a divulgação de demonstrações financeiras com observância do disposto no caput deste artigo, devendo ser essas demonstrações auditadas por auditor independente registrado na Comissão de Valores Mobiliários. 7º Os lançamentos de ajuste efetuados exclusivamente para harmonização de normas contábeis, nos termos do 2º deste artigo, e as demonstrações e apurações com eles elaboradas não poderão ser base de incidência de impostos e contribuições nem ter quaisquer outros efeitos tributários. Redação dada pela MP 449/08 e confirmada pela Lei nº /09 2º A companhia observará exclusivamente em livros ou registros auxiliares, sem qualquer modificação da escrituração mercantil e das demonstrações reguladas nesta Lei, as disposições da lei tributária, ou de legislação especial sobre a atividade que constitui seu objeto, que prescrevam, conduzam ou incentivem a utilização de métodos ou critérios contábeis diferentes ou determinem registros, lançamentos ou ajustes ou a elaboração de outras demonstrações financeiras. (grifo nosso) LEI Nº 6.404/76 (CONSOLIDADA) Demonstração do Resultado do Exercício Art A demonstração do resultado do exercício discriminará: I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; LEI Nº 6.404/76 (CONSOLIDADA) Demonstração do Resultado do Exercício IV o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; (Redação dada pela Lei nº , publicada em 28/05/09) (grifo nosso) V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; VI as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; (Redação dada pela Lei nº , publicada em 28/05/09) 4
5 LEI Nº 6.404/76 (CONSOLIDADA) Demonstração do Resultado do Exercício VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados: a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; e b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos. LEI Nº /09 Art. 15. Fica instituído o Regime Tributário de Transição RTT de apuração do lucro real, que trata dos ajustes tributários decorrentes dos novos métodos e critérios contábeis introduzidos pela Lei nº , de 28 de dezembro de 2007, e pelos arts. 37 e 38 desta Lei. 1º O RTT vigerá até a entrada em vigor de lei que discipline os efeitos tributários dos novos métodos e critérios contábeis, buscando a neutralidade tributária. (grifo nosso) 2º Nos anos-calendário de 2008 e 2009, o RTT será optativo, (grifo nosso) 3º Observado o prazo estabelecido no 1º deste artigo, o RTT será obrigatório a partir do ano-calendário de 2010, inclusive para a apuração do imposto sobre a renda com base no lucro presumido ou arbitrado, da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido CSLL, da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social COFINS. (grifo nosso) LEI Nº /09 Art. 16. As alterações introduzidas pela Lei nº , de 28 de dezembro de 2007, e pelos arts. 37 e 38 desta Lei que modifiquem o critério de reconhecimento de receitas, custos e despesas computadas na apuração do lucro líquido do exercício definido no art. 191 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, não terão efeitos para fins de apuração do lucro real da pessoa jurídica sujeita ao RTT, devendo ser considerados, para fins tributários, os métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de (grifo nosso) 5
6 LEI Nº /09 Art. 17. Na ocorrência de disposições da lei tributária que conduzam ou incentivem a utilização de métodos ou critérios contábeis diferentes daqueles determinados pela Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, com as alterações da Lei nº , de 28 de dezembro de 2007, e dos arts. 37 e 38 desta Lei, e pelas normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários com base na competência conferida pelo 3º do art. 177 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 e demais órgãos reguladores, a pessoa jurídica sujeita ao RTT deverá realizar o seguinte procedimento: (grifo nosso) I utilizar os métodos e critérios definidos pela Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, para apurar o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda, referido no inciso V do caput do art. 187 dessa Lei, deduzido das participações de que trata o inciso VI do caput do mesmo artigo, com a adoção: a) dos métodos e critérios introduzidos pela Lei nº , de 28 de dezembro de 2007, e pelos arts. 37 e 38 desta Lei; e LEI Nº /09 b) das determinações constantes das normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo 3º do art. 177 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, no caso de companhias abertas e outras que optem pela sua observância; II realizar ajustes específicos ao lucro líquido do período, apurado nos termos do inciso I do caput deste artigo, no Livro de Apuração do Lucro Real, inclusive com observância do disposto no 2 o deste artigo, que revertam o efeito da utilização de métodos e critérios contábeis diferentes daqueles da legislação tributária, baseada nos critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007, nos termos do art. 16 desta Lei; e (grifo nosso) III realizar os demais ajustes, no Livro de Apuração do Lucro Real, de adição, exclusão e compensação, prescritos ou autorizados pela legislação tributária, para apuração da base de cálculo do imposto. LEI Nº /09 1 o Na hipótese de ajustes temporários do imposto, realizados na vigência do RTT e decorrentes de fatos ocorridos nesse período, que impliquem ajustes em períodos subsequentes, permanece: I a obrigação de adições relativas a exclusões temporárias; e II a possibilidade de exclusões relativas a adições temporárias. 2 o A pessoa jurídica sujeita ao RTT, desde que observe as normas constantes deste Capítulo, fica dispensada de realizar, em sua escrituração comercial, qualquer procedimento contábil determinado pela legislação tributária que altere os saldos das contas patrimoniais ou de resultado quando em desacordo com: I os métodos e critérios estabelecidos pela Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, alterada pela Lei nº , de 28 de dezembro de 2007, e pelos arts. 37 e 38 desta Lei; ou II as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, no uso da competência conferida pelo 3º do art. 177 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e pelos demais órgãos reguladores. 6
7 CPC 32 TRIBUTOS DIFERIDOS RESOLUÇÃO CFC nº 1.189/09 DRE 2008 Lucro Acumulado 2007 PAEX juros (a) (100,00) complemento de provisão (b) - (300,00) RESULTADO CONTÁBIL E FISCAL (100,00) DRE (Sem Crédito de Prejuízo Fiscal) DRE (Com Crédito de Prejuízo Fiscal) PAEX juros (100,00) (100,00) REFIS DA CRISE Redução Multa + juros (c) RESULTADO CONTÁBIL ANTES IR/CS Exclusão (par. único, art. 4º, Lei nº /09) (c) (350,00) (350,00) RESULTADO FISCAL (100,00) (100,00) Crédito Tributário IR/CS (CPC 32, item 58) (d) RESULTADO CONTÁBIL APÓS IR/CS PREJUÍZO FISCAL ACUMULADO (a+b) 400 CRÉDITO FISCAL 136 CPC 13 Adoção Inicial da Lei nº /07 e da Medida Provisória nº. 449/08 RESOLUÇÃO CFC nº 1.152/09 Ágio - Operações de incorporação, fusão e cisão realizadas entre partes independentes 49. Por outro lado, a NBC T 19.8 Ativo Intangível determina, em seu item 107, que ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado. Todavia, essa mesma Norma excluiu de sua abrangência, em seu item 2(b), o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) E a normatização deliberou pela cessação dessa amortização do ativo intangível a partir de Dessa forma, com a decisão de emissão apenas em 2009 dessa norma específica, torna-se necessária a equalização do tratamento da amortização do citado ágio (goodwill) com os demais ativos intangíveis de vida útil indefinida. CPC 13 Adoção Inicial da Lei nº /07 e da Medida Provisória nº. 449/08 RESOLUÇÃO CFC nº 1.152/09 Ágio - Operações de incorporação, fusão e cisão realizadas entre partes independentes 50. À luz da necessidade de equalização mencionada no item anterior, determina esta Norma que o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) passe a deixar de ser sistematicamente amortizado a partir do exercício social que se iniciar em 1 o de janeiro de 2009 ou após. Ressaltase, todavia, que esse ágio está submetido ao teste de recuperabilidade a que se refere a NBC T Redução ao Valor Recuperável de Ativos. (grifo nosso) 7
8 CPC 15 COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS RESOLUÇÃO CFC nº 1.175/09 ÁGIO E DESÁGIO Apêndice B Guia de Aplicação da Norma B69. A aplicação prospectiva das exigências desta Norma nas combinações de negócios cuja data de aquisição é anterior à data de início de vigência desta Norma tem os seguintes efeitos: b) Ágio por rentabilidade futura (goodwill) reconhecido anteriormente: no início do primeiro período de reporte anual em que esta Norma for aplicada (1º/01/10 ou antecipado), o valor contábil do ágio por rentabilidade futura (goodwill) decorrente de combinação de negócios anterior deve ser o seu valor contábil naquela data, de acordo com as políticas contábeis anteriores da entidade. Na determinação daquele valor, a entidade deve eliminar o valor contábil de qualquer amortização acumulada com uma correspondente redução no ágio por rentabilidade futura (goodwill). Nenhum outro ajuste deve ser feito no valor contábil do ágio por rentabilidade futura (goodwill). (grifo nosso) CPC 15 COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS RESOLUÇÃO CFC nº 1.175/09 d) Contabilização subsequente do ágio por rentabilidade futura (goodwill): a partir do início do primeiro período de reporte anual em que esta Norma for aplicada (1º/01/10 ou antecipado), a entidade deve suspender a amortização do ágio por rentabilidade futura (goodwill) decorrente de combinação de negócios anterior e deve passar a testar o ágio por rentabilidade futura (goodwill) em relação ao seu valor recuperável de acordo com a NBC T Redução ao Valor Recuperável de Ativos. (acréscimo e grifo nosso) e) Deságio por expectativa de prejuízo futuro reconhecido anteriormente: a entidade, ao contabilizar combinação de negócios anteriormente à vigência desta Norma, pode ter reconhecido um deságio por expectativa de prejuízos futuros (diferença negativa entre o custo da participação adquirida e a parte da adquirente no valor justo dos ativos líquidos da adquirida) ou por compra vantajosa. Se isso ocorreu, a entidade deve baixar o valor contábil desse deságio no início do primeiro período de reporte anual em que esta Norma for aplicada (1º/01/10 ou antecipado) e fazer o ajuste correspondente em lucros acumulados no balanço patrimonial de abertura naquela data. (grifo nosso) CPC 15 COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS RESOLUÇÃO CFC nº 1.175/09 INSTRUÇÃO CVM 247, Art. 14, 2º e 3º - Norma Anterior CPC 13 Adoção Inicial da Lei nº /07 e da Medida Provisória nº. 449/08 RESOLUÇÃO CFC nº 1.152/09 CPC 15 COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS RESOLUÇÃO CFC nº 1.175/09 Ágio por expectativa de rentabilidade e futura Ágio por expectativa de rentabilidade futura Ágio por expectativa de rentabilidade futura Amortizado em função do prazo, extensão e proporção dos resultados projetados Não amortizado a partir de 2009 ou após Não amortizado a partir de 2010 ou antes 8
9 RIR/99 Ágio na Incorporação, Fusão ou Cisão Art A pessoa jurídica que absorver patrimônio de outra, em virtude de incorporação, fusão ou cisão, na qual detenha participação societária adquirida com ágio ou deságio, apurado segundo o disposto no artigo anterior (Lei n 9.532, de 1997, art. 7, e Lei n 9.718, de 1998, art. 10): III - poderá amortizar o valor do ágio cujo fundamento seja o de que trata o inciso II do 2 do artigo anterior, nos balanços correspondentes à apur ação de lucro real, levantados posteriormente à incorporação, fusão ou cisão, à razão de um sessenta avos, no máximo, para cada mês do período de apuração; (grifo nosso) IV - deverá amortizar o valor do deságio cujo fundamento seja o de que trata o inciso II do 2 do artigo anterior, nos balanços correspondente s à apuração do lucro real, levantados durante os cinco anos-calendário subseqüentes à incorporação, fusão ou cisão, à razão de um sessenta avos, no mínimo, para cada mês do período de apuração. (grifo nosso) (*) Art. 385, 2º, II - valor de rentabilidade da coligada ou controlada, com base em previsão dos resultados nos exercícios futuros; INDAGAÇÕES JURÍDICAS É POSSÍVEL APLICAR NA ESCRITA COMERCIAL EM 2009 A CONTABILIZAÇÃO DA AMORTIZAÇÃO DO ÁGIO EM INCORPORAÇÕES? A FAVOR 1 - É possível alegar o direito adquirido para as reestruturações feitas até o fim de "As incorporações que foram feitas na vigência da legislação que permite a dedução do ágio devem continuar com o benefício fiscal até o fim das amortizações. 2 - As empresas de capital aberto poderão sustentar o direito de utilizar o benefício fiscal do ágio com base no princípio da isonomia. A lei contábil trouxe várias mudanças que não atingiram as empresas listadas em bolsa. A alteração da amortização do ágio, porém, atingiu apenas as sociedades abertas. "Caso a legislação que garante o benefício valha apenas para as sociedades fechadas, as companhias abertas poderão questionar o tratamento diferenciado resultante da nova lei contábil." INDAGAÇÕES JURÍDICAS É POSSÍVEL APLICAR NA ESCRITA COMERCIAL EM 2009 A CONTABILIZAÇÃO DA AMORTIZAÇÃO DO ÁGIO EM INCORPORAÇÕES? CONTRA Conforme arts. 105 e 116, I do CTN, salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos desde o momento em que se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias. A situação de fato seria o registro comercial da incorporação em 2009 ou antes. Sendo assim, o ágio seria contabilizado e mantido no Ativo ou amortizado no Resultado, conforme a regra societária vigente à época de apuração do lucro líquido (fato gerador do IR/CS) e em 2009 não estaria sendo amortizado. 9
10 RIR/99 Ágio na Aquisição de Investimento Amortização do Ágio ou Deságio Art As contrapartidas da amortização do ágio ou deságio de que trata o art. 385 não serão computadas na determinação do lucro real, ressalvado o disposto no art. 426 (Decreto-Lei n 1.598, de 1977, art. 25, e Decreto-Lei n 1.730, de 1979, art. 1, inciso III). (grifo nosso) Parágrafo único. Concomitantemente com a amortização, na escrituração comercial, do ágio ou deságio a que se refere este artigo, será mantido controle, no LALUR, para efeito de determinação do ganho ou perda de capital na alienação ou liquidação do investimento (art. 426). Resultado na Alienação de Investimento Avaliado pelo Valor de Patrimônio Líquido Art O valor contábil para efeito de determinar o ganho ou perda de capital na alienação ou liquidação de investimento em coligada ou controlada avaliado pelo valor de patrimônio líquido (art. 384), será a soma algébrica dos seguintes valores (Decreto- Lei n 1.598, de 1977, art. 33, e Decreto-Lei n 1.730, de 1979, art. 1, inciso V): II - ágio ou deságio na aquisição do investimento, ainda que tenha sido amortizado na escrituração comercial do contribuinte, excluídos os computados nos exercícios financeirosde 1979 e 1980, na determinação do lucro real; IN RFB 949/09 - FCONT Art. 3º A pessoa jurídica sujeita ao RTT, para reverter o efeito da utilização de métodos e critérios contábeis diferentes daqueles previstos na legislação tributária, baseada nos critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007, nos termos do art. 2º, deverá: (grifo nosso) I - utilizar os métodos e critérios da legislação societária para apurar, em sua escrituração contábil, o resultado do período antes do Imposto sobre a Renda, deduzido das participações; II - utilizar os métodos e critérios contábeis aplicáveis à legislação tributária, a que se refere o art. 2º, para apurar o resultado do período, para fins fiscais; III - determinar a diferença entre os valores apurados nos incisos I e II; e IV - ajustar, exclusivamente no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR), o resultado do período, apurado nos termos do inciso I, pela diferença apurada no inciso III. IN RFB 949/09 - FCONT Do Controle Fiscal Contábil de Transição (FCont) Art. 7º Fica instituído o Controle Fiscal Contábil de Transição (FCONT) para fins de registros auxiliares previstos no inciso II do 2º do art. 8º do Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, destinado obrigatória e exclusivamente às pessoas jurídicas sujeitas cumulativamente ao lucro real e ao RTT. Art. 8º O FCONT é uma escrituração, das contas patrimoniais e de resultado, em partidas dobradas, que considera os métodos e critérios contábeis aplicados pela legislação tributária, nos termos do art. 2º. 1º A utilização do FCONT é necessária à realização dos ajustes previstos no inciso IV do art. 3º, não podendo ser substituído por qualquer outro controle ou memória de cálculo. 10
11 ÁGIO COM RTT - COM FCONT COM OPÇÃO PELO RTT - ÁGIO DRE 2008 DRE 2009 AMORTIZAÇÃO ÁGIO - SOCIETÁRIO (1.000,00) - REFLEXO NO RESULTADO CONTÁBIL - EFEITO SOCIETÁRIO (art. 3º, I da IN 949/09) AMORTIZAÇÃO ÁGIO - FISCAL REFLEXO NO RESULTADO - EFEITO FISCAL (art. 3º, II da IN 949/09) (1.000,00) - - (1.000,00) - (1.000,00) DIFERENÇA (*) (1.000,00) AJUSTE NO LALUR - (1.000,00) (*) art. 8º, 4º, IN 949/09 dispensada a elaboração do FCONT. ÁGIO SEM RTT SEM FCONT SEM OPÇÃO PELO RTT - ÁGIO DRE 2008 DRE 2009 AMORTIZAÇÃO ÁGIO - SOCIETÁRIO (1.000,00) - REFLEXO NO RESULTADO CONTÁBIL - EFEITO SOCIETÁRIO (art. 3º, I da IN 949/09) (1.000,00) - AMORTIZAÇÃO ÁGIO - FISCAL - - REFLEXO NO RESULTADO - EFEITO FISCAL (art. 3º, II da IN 949/09) - - DIFERENÇA - - AJUSTE NO LALUR - - DESÁGIO COM RTT - COM FCONT COM OPÇÃO PELO RTT - DESÁGIO DRE 2008 DRE 2009 AMORTIZAÇÃO OU BAIXA DESÁGIO - SOCIETÁRIO 1.500,00 - REFLEXO NO RESULTADO CONTÁBIL - EFEITO SOCIETÁRIO (art. 3º, I da IN 949/09) 1.500,00 - AMORTIZAÇÃO OU BAIXA DESÁGIO PARA LUCROS ACUMULADOS FISCAL (**) REFLEXO NO RESULTADO - EFEITO FISCAL (art. 3º, II da IN 949/09) , ,00 DIFERENÇA (*) 1.500,00 AJUSTE NO LALUR ,00 (*) art. 8º, 4º, IN 949/09 dispensada a elaboração do FCONT. (**) valor baixado em R$ 4.000,00 11
12 DESÁGIO SEM RTT SEM FCONT SEM OPÇÃO PELO RTT - DESÁGIO DRE 2008 DRE 2009 AMORTIZAÇÃO OU BAIXA DESÁGIO - SOCIETÁRIO REFLEXO NO RESULTADO CONTÁBIL - EFEITO SOCIETÁRIO (art. 3º, I da IN 949/09) 1.500, ,00 - AMORTIZAÇÃO OU BAIXA DESÁGIO PARA LUCROS ACUMULADOS - FISCAL (**) REFLEXO NO RESULTADO - EFEITO FISCAL (art. 3º, II da IN 949/09) DIFERENÇA - - AJUSTE NO LALUR - - (**) valor baixado em LAC R$ 4.000,00 CPC 12 AJUSTE A VALOR PRESENTE RESOLUÇÃO CFC nº 1.151/09 De acordo com as novas práticas contábeis trazidas pela Lei nº /07 e Medida Provisória nº. 449/08, os elementos integrantes do ativo e do passivo decorrentes de operações de longo prazo, ou de curto prazo, quando houver efeitos relevantes, devem ser ajustados a valor presente desde 1º/01/08, tomandose por base a data de origem da transação (CPC 13, item 27). Ativos e passivos monetários com juros implícitos ou explícitos embutidos devem ser mensurados pelo seu valor presente quando do seu reconhecimento inicial, por ser este o valor de custo original dentro da filosofia de valor justo (fair value). Por isso, quando aplicável, o custo de ativos não monetários deve ser ajustado em contrapartida; ou então a conta de receita, despesa ou outra conforme a situação. A esse respeito, uma vez ajustado o item não monetário, não deve mais ser submetido a ajustes subseqüentes no que respeita à figura de juros embutidos. Ressalte-se que nem todo ativo ou passivo não-monetário está sujeito ao efeito do ajuste a valor presente; por exemplo, um item não monetário que, pela sua natureza, não está sujeito ao ajuste a valor presente é o adiantamento em dinheiro para recebimento ou pagamento em bens e serviços. CPC 12 AJUSTE A VALOR PRESENTE RESOLUÇÃO CFC nº 1.151/09 Uma questão relevante para fins de mensuração diz respeito à forma pela qual devem ser alocados em resultado os descontos advindos do ajuste a valor presente de ativos e passivos (juros). A abordagem corrente deve ser eleita como método de alocação de descontos por apresentar uma informação de qualidade a um custo desprezível para sua obtenção. Por essa sistemática, vale dizer, deve ser utilizada para desconto a taxa contratual ou implícita (para o caso de fluxos de caixa não contratuais) e, uma vez aplicada, deve ser adotada consistentemente até a realização do ativo ou liquidação do passivo. As reversões dos ajustes a valor presente dos ativos e passivos monetários qualificáveis devem ser apropriadas como receitas ou despesas financeiras, a não ser que a entidade possa devidamente fundamentar que o financiamento feito a seus clientes faça parte de suas atividades operacionais, quando então as reversões serão apropriadas como receita operacional. Sendo assim, para fixar o conceiro, vamos retratar um exemplo dado na própria norma. 12
13 CPC 12 AJUSTE A VALOR PRESENTE RESOLUÇÃO CFC nº 1.151/09 EXEMPLO - Cenário: a entidade efetua uma venda a prazo no valor de R$ ,00 para receber o valor em parcela única, com vencimento em 5 anos. Caso a venda fosse efetuada à vista, de acordo com opção disponível, o valor da venda teria sido de R$ 6.210,00, o que equivale a um custo financeiro anual de 10%. Verifica-se que essa taxa é igual à taxa de mercado, na data da transação. No primeiro momento, a transação deve ser contabilizada considerando o seu valor presente, cujo montante de R$ 6.210,00 é registrado como contas a receber, em contrapartida de receita de vendas pelo mesmo montante. Nota-se que, nesse primeiro momento, o valor presente da transação é equivalente a seu valor de mercado ou valor justo (fair value). No caso de aplicação da técnica de ajuste a valor presente, passado o primeiro ano, o reconhecimento da receita financeira deve respeitar a taxa de juros da transação na data de sua origem (ou seja, 10% ao ano), independentemente da taxa de juros de mercado em períodos subseqüentes. Assim, depois de um ano, o valor das contas a receber, para fins de registros contábeis, será de R$ 6.830,00, independentemente de variações da taxa de juros no mercado. Ao fim de cada um dos cinco exercícios, a contabilidade deverá refletir os seguintes efeitos: CPC 12 AJUSTE A VALOR PRESENTE RESOLUÇÃO CFC nº 1.151/09 Ano Valor Juros (taxa efetiva) Saldo atualizado AVP COM RTT - COM FCONT COM OPÇÃO PELO RTT - AVP DRE 2008 DRE 2009 DRE 2010 RECEITA VENDAS , DESCONTO A VALOR PRESENTE (3.790,00) - - RECEITA FINANCEIRA - 620,00 683,00 REFLEXO NO RESULTADO CONTÁBIL - EFEITO SOCIETÁRIO (art. 3º, I da IN 949/09) (a) 6.210,00 620,00 683,00 RECEITA VENDAS - FISCAL , REFLEXO NO RESULTADO - EFEITO FISCAL (art. 3º, II da IN 949/09) (b) , DIFERENÇA (b - a) 3.790,00 (620,00) (683,00) AJUSTE NO LALUR (***) 3.790,00 (620,00) (683,00) (***) valor positivo adição e negativo o inverso 13
14 CPC 06 ARRENDAMENTO MERCANTIL RESOLUÇÃO CFC nº 1.141/08 Definições 4. Arrendamento mercantil é um acordo pelo qual o arrendador transmite ao arrendatário em troca de um pagamento ou série de pagamentos o direito de usar um ativo por um período de tempo acordado. Arrendamento mercantil financeiro é aquele em que há transferência substancial dos riscos e benefícios inerentes à propriedade de um ativo. O título de propriedade pode ou não vir a ser transferido. Arrendamento mercantil operacional é um arrendamento mercantil diferente de um arrendamento mercantil financeiro. CPC 06 ARRENDAMENTO MERCANTIL RESOLUÇÃO CFC nº 1.141/08 A classificação de um arrendamento mercantil como arrendamento mercantil financeiro ou arrendamento mercantil operacional depende da essência da transação e não da forma do contrato. Exemplos de situações que individualmente ou em conjunto levariam normalmente a que um arrendamento mercantil fosse classificado como arrendamento mercantil financeiro são: a) o arrendamento mercantil transfere a propriedade do ativo para o arrendatário no fim do prazo do arrendamento mercantil; b) o arrendatário tem a opção de comprar o ativo por um preço que se espera seja suficientemente mais baixo do que o valor justo à data em que a opção se torne exercível de forma que, no início do arrendamento mercantil, seja razoavelmente certo que a opção será exercida; CPC 06 ARRENDAMENTO MERCANTIL RESOLUÇÃO CFC nº 1.141/08 c) o prazo do arrendamento mercantil refere-se à maior parte da vida econômica do ativo mesmo que a propriedade não seja transferida; d) no início do arrendamento mercantil, o valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil totaliza pelo menos substancialmente todo o valor justo do ativo arrendado; e e) os ativos arrendados são de natureza especializada de tal forma que apenas o arrendatário pode usá-los sem grandes modificações. 14
15 ARRENDAMENTO - POSICIONAMENTO FISCAL SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 5 de 20 de Fevereiro de 2009 ASSUNTO: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ EMENTA: ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO. MUDANÇAS NO CRITÉRIO DE CONTABILIZAÇÃO. EFEITOS FISCAIS. Os lançamentos na contabilidade da arrendatária referentes aos contratos de arrendamento mercantil devem estar em conformidade com a nova regra do inciso IV do art. 179 da Lei nº 6.404, de 1976, alterado pela Lei nº , de Contudo, tais mudanças no critério de escrituração contábil não afetarão a base de cálculo do IRPJ apurada pela pessoa jurídica optante pelo Regime Tributário de Transição (RTT). Ou seja, os ajustes decorrentes do critério anterior e do atual devem ser implementados extracontabilmente na empresa optante pelo referido regime, objetivando buscar a neutralidade fiscal. Na hipótese de a consulente não optar pelo RTT, a contabilização dos contratos de arrendamento mercantil na arrendatária também segue a determinação do inciso IV do art. 179 da Lei nº 6.404, de 1976, alterado pela Lei nº , de 2007, sendo vedada a realização de ajustes extracontábeis. ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO- EXEMPLO COMPARATIVO Imagine o caso de empresa que imobilizou máquina decorrente de arrendamento mercantil financeiro em fev/08 (com 3 anos de prazo do arrendamento - Resolução nº 2.309/95 - CMN), e vem depreciando o bem desde sua ativação, sendo que o prazo de vida útil é de 5 anos. As contraprestações do arrendamento se encerrariam após 36 meses, e seriam corrigidas de forma pós-fixada e por hipótese, no momento do registro estaria a valor justo, que seria R$ ,00. Observe-se que a norma aplicável anterior era o art. 11 da Lei nº 6.099/74, a seguir transcrito: Art 11. Serão consideradas como custo ou despesa operacional da pessoa jurídica arrendatária as contraprestações pagas ou creditadas por força do contrato de arrendamento mercantil. Considerando esses dados, demonstramos a seguir dois quadros, o primeiro com a ativação do bem, seguindo o CPC 06 e o segundo na regra anterior onde a contraprestação era lançada a resultado. CPC 06 APROPRIAÇÃO DAS DESPESAS/CUSTOS AO RESULTADO CPC 06 Valor do bem - ATIVO PASSIVO - pagtos do principal juros passivos no RESULTADO EFEITOS NOS RESULTADOS totais , ,00 (7.548,20) (43.548,20) Depreciação (6.600,00) ,00 (3.579,52) (10.179,52) (7.200,00) ,00 (2.759,13) (9.959,13) (7.200,00) ,00 (1.194,79) (8.394,79) (7.200,00) 1.000,00 (14,76) (7.214,76) (7.200,00) (7.200,00) (600,00) (600,00) 15
16 REGRA FISCAL ANTERIOR CONTRAPRESTAÇÃO LANÇADA AO RESULTADO ART. 11, LEI Nº 6.099/74 - REGRA FISCAL ANTERIOR Valor do bem PASSIVO - amortização do principal no RESULTADO juros passivos no RESULTADO EFEITOS NOS RESULTADOS totais 1, ,00 (7.548,20) (43.547,20) ,69 (3.579,52) (14.579,21) ,67 (2.759,13) (14.758,80) ,67 (1.194,79) (13.194,45) ,97 (14,76) (1.014,73) ARRENDAMENTO COM RTT - COM FCONT COM OPÇÃO PELO RTT - ARRENDAMENTO DRE 2008 DRE 2009 DRE 2010 DRE 2011 DRE 2012 DEPRECIAÇÃO E JUROS PASSIVOS - SOCIETÁRIO (10.179,52) (9.959,13) (8.394,79) (7.214,76) (7.200,00) REFLEXO NO RESULTADO CONTÁBIL - EFEITO SOCIETÁRIO (art. 3º, I da IN 949/09) (10.179,52) (9.959,13) (8.394,79) (7.214,76) (7.200,00) CONTRAPRESTAÇÃO - FISCAL (14.579,21) (14.758,80) (13.194,45) (1.014,73) 0,00 REFLEXO NO RESULTADO - EFEITO FISCAL (art. 3º, II da IN 949/09) (14.579,21) (14.758,80) (13.194,45) (1.014,73) 0,00 DIFERENÇA (4.399,69) (4.799,67) (4.799,67) 6.200, ,00 AJUSTE NO LALUR (***) (4.399,69) (4.799,67) (4.799,67) 6.200, ,00 (***) valor positivo adição e negativo o inverso ARRENDAMENTO SEM RTT 2008 E 2009 SEM OPÇÃO PELO RTT - ARRENDAMENTO DRE 2008 DRE 2009 DRE 2010 DRE 2011 DRE 2012 DEPRECIAÇÃO E JUROS PASSIVOS - SOCIETÁRIO (10.179,52) (9.959,13) (8.394,79) (7.214,76) (7.200,00) REFLEXO NO RESULTADO CONTÁBIL - EFEITO SOCIETÁRIO (art. 3º, I da IN 949/09) (10.179,52) (9.959,13) (8.394,79) (7.214,76) (7.200,00) CONTRAPRESTAÇÃO - FISCAL 0,00 0,00 (13.194,45) (1.014,73) 0,00 REFLEXO NO RESULTADO - EFEITO FISCAL (art. 3º, II da IN 949/09) 0,00 0,00 (13.194,45) (1.014,73) 0,00 DIFERENÇA (*) (*) (4.799,67) 6.200, ,00 AJUSTE NO LALUR (***) (*) (*) (4.799,67) 6.200, ,00 (*) art. 8º, 4º IN 949/09 dispensada a elaboração do FCONT. (***) valor positivo adição e negativo o inverso 16
17 INDAGAÇÕES JURÍDICAS O ART. 11 DA LEI Nº 6.099/74 FOI EFETIVAMENTE REVOGADO? Sim. A Lei nº 6.404/76 recepcionou o art. 11 da Lei nº 6.099/74 e a mudança ocorrida com o inciso IV do art. 179 da primeira lei, promovido pela Lei nº /07, tornou incompatível a existência do mencionado art. 11, tendo sido revogado em vista o art. 2º, 1º da Lei de Introdução do Código Civil. CPC 13 (itens 21 a 23) ATIVO INTANGÍVEL RESOLUÇÃO CFC nº 1.152/09 ATIVAÇÃO 21. O novo grupo de contas introduzido pela nova Lei está relacionado a direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da entidade ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. 22. Um ativo intangível deve ser reconhecido no balanço se, e apenas se: a) for provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo sejam gerados em favor da entidade; b) o custo do ativo puder ser mensurado com segurança; e c) for identificável e separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado, seja individualmente ou em conjunto com um contrato, ativo ou passivo relacionado. CPC 13 (itens 21 a 23) ATIVO INTANGÍVEL RESOLUÇÃO CFC nº 1.152/ Considerando o exposto, os efeitos da adoção inicial da Lei nº /07 e Medida Provisória nº 449/08 devem ser contabilizados como segue: a) Quando um ativo não cumprir os critérios de reconhecimento de ativo intangível, mas foi anteriormente reconhecido como ativo, este deve ser baixado na data de transição, mediante o registro do valor contra lucros ou prejuízos acumulados, líquido dos efeitos fiscais, (grifo nosso) b) Quando um intangível existe na data da entrada em vigor da Lei nº /07 e o custo com o seu desenvolvimento atende aos critérios de reconhecimento como ativo intangível, mas não foi reconhecido como ativo, a entidade não deve reconhecê-lo de forma retroativa. O reconhecimento como ativo intangível deve ser feito de forma prospectiva, a partir da data de transição e da data em que são satisfeitos os critérios de reconhecimento, nos termos previstos na NBC T 19.8 Ativo Intangível. c) Os critérios de amortização que a entidade vinha adotando para seus ativos intangíveis devem ser mantidos, a não ser que norma específica venha a determinar de forma diferente. (grifo nosso) 17
18 ORIENTAÇÃO OCPC 02 (item 37) ATIVO INTANGÍVEL CPC 04 (itens 67,68 e 119) - RESOLUÇÃO CFC nº 1.139/08 Compõem, normalmente, o grupo do Ativo Intangível, além do ágio por expectativa de rentabilidade futura, patentes, direitos de franquia, direitos autorais, marcas, luvas, custos com desenvolvimento de produtos novos, receitas, fórmulas, modelos, projetos e protótipos, direitos de exploração, direitos de folhas de pagamento, softwares, títulos de periódicos,etc. RECONHECIMENTO DE DESPESA Os gastos com um item intangível devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos, exceto: a) se fizerem parte do custo de ativo intangível que atenda aos critérios de reconhecimento; ou b) se o item é adquirido em uma combinação de negócios e não possa ser reconhecido como ativo intangível. Nesse caso, esse gasto (incluído no custo da combinação de negócios) deve fazer parte do valor atribuível ao ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) na data de aquisição. ORIENTAÇÃO OCPC 02 (item 37) ATIVO INTANGÍVEL CPC 04 (itens 67,68 e 119) - RESOLUÇÃO CFC nº 1.139/08 Em alguns casos são incorridos gastos para gerar benefícios econômicos futuros à entidade, sem a aquisição ou criação de ativo intangível ou outros ativos passíveis de serem reconhecidos. No caso do fornecimento de produtos, a entidade reconhece esse gasto como despesa quando tiver o direito de acessar aqueles produtos. No caso do fornecimento de serviços, a entidade reconhece o gasto como despesa quando recebe os serviços. Por exemplo, gastos com pesquisa devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos (nenhum ativo intangível resultante de pesquisa ou da fase de pesquisa de projeto interno deve ser reconhecido no ativo), exceto quando forem adquiridos como parte de uma combinação de negócios. Exemplos de outros gastos a serem reconhecidos como despesa quando incorridos são: ORIENTAÇÃO OCPC 02 (item 37) ATIVO INTANGÍVEL CPC 04 (itens 67,68 e 119) - RESOLUÇÃO CFC nº 1.139/08 a) gastos com atividades pré-operacionais destinadas a constituir a empresa (ou seja, custo do início das operações), exceto se estiverem incluídas no custo de um item do Ativo Imobilizado. O custo do início das operações pode incluir custos de estabelecimento, tais como custos jurídicos e de secretaria, incorridos para constituir a pessoa jurídica, gastos para abrir novas instalações ou negócio (ou seja, custos pré-abertura) ou gastos com o início de novas unidades operacionais ou o lançamento de novos produtos ou processos; b) gastos com treinamento; c) gastos com publicidade e atividades promocionais (incluindo envio de catálogos); e d) gastos com remanejamento ou reorganização, total ou parcial, da entidade. O CPC 04, que normatiza o Ativo Intangível entra em vigor a partir dos exercícios encerrados em 2009, isto significa que é exigido a partir de 1º/01/
19 ORIENTAÇÃO OCPC 02 (item 113) ATIVO DIFERIDO Desapareceu como grupamento de contas do balanço patrimonial o subgrupo do Ativo Diferido. Seu saldo precisa ser reanalisado e, quando cabível, reclassificado. Os que não puderem ser reclassificados para outras contas de ativo, como gastos pré-operacionais administrativos, de reorganização, gastos com pesquisa, etc. devem ser baixados já no balanço de abertura de 2008 contra Lucros ou Prejuízos Acumulados. Alternativamente, é também admitida legalmente a possibilidade desses saldos permanecerem nesse subgrupo até seu total desaparecimento, lembrando que a Lei das S/A impedia amortização desses valores em prazo superior a dez anos. RIR/99 CAPITAIS E DESPESAS AMORTIZÁVEIS Art Poderão ser amortizados: I - o capital aplicado na aquisição de direitos cuja existência ou exercício tenha duração limitada, ou de bens cuja utilização pelo contribuinte tenha o prazo legal ou contratualmente limitado, tais como: a) patentes de invenção, fórmulas e processos de fabricação, direitos autorais, licenças, autorizações ou concessões; b) investimento em bens que, nos termos da lei ou contrato que regule a concessão de serviço público, devem reverter ao poder concedente, ao fim do prazo da concessão, sem indenização; c) custo de aquisição, prorrogação ou modificação de contratos e direitos de qualquer natureza, inclusive de exploração de fundos de comércio; d) custos das construções ou benfeitorias em bens locados ou arrendados, ou em bens de terceiros, quando não houver direito ao recebimento de seu valor; e) o valor dos direitos contratuais de exploração de florestas; RIR/99 CAPITAIS E DESPESAS AMORTIZÁVEIS II - os custos, encargos ou despesas, registrados no ativo diferido, que contribuirão para a formação do resultado de mais de um período de apuração, tais como: a) as despesas de organização pré-operacionais ou pré-industriais (#); b) as despesas com pesquisas científicas ou tecnológicas(#), inclusive com experimentação para criação ou aperfeiçoamento de produtos, processos, fórmulas e técnicas de produção, administração ou venda,, se o contribuinte optar pela sua capitalização; c) as despesas com prospecção e cubagem de jazidas ou depósitos, realizadas por concessionárias de pesquisa ou lavra de minérios, sob a orientação técnica de engenheiro de minas, de que trata o 1 do art. 349, se o contribui nte optar pela sua capitalização; d) os custos e as despesas de desenvolvimento de jazidas e minas ou de expansão de atividades industriais, classificados como ativo diferido até o término da construção ou da preparação para exploração; 19
20 RIR/99 CAPITAIS E DESPESAS AMORTIZÁVEIS e) a parte dos custos, encargos e despesas operacionais registrados como ativo diferido durante o período em que a empresa, na fase inicial da operação, utilizou apenas parcialmente o seu equipamento ou as suas instalações (#); f) os juros durante o período de construção e pré-operação (#); g) os juros pagos ou creditados aos acionistas durante o período que anteceder o início das operações sociais ou de implantação do empreendimento inicial (#); h) os custos, despesas e outros encargos com a reestruturação, reorganização ou modernização da empresa (#). (#) sujeito ao lançamento como despesa. ATIVO DIFERIDO COM RTT - COM FCONT COM OPÇÃO PELO RTT ATIVO DIFERIDO DRE 2008 DRE 2009 BAIXA DE ATIVO DIFERIDO (PRÉ-OPERACIONAL ETC) - SOCIETÁRIO REFLEXO NO RESULTADO CONTÁBIL - EFEITO SOCIETÁRIO (art. 3º, I da IN 949/09) AMORTIZAÇÃO DE BAIXA DE ATIVO DIFERIDO LANÇADO EM LUCROS ACUMULADOS FISCAL (**) REFLEXO NO RESULTADO - EFEITO FISCAL (art. 3º, II da IN 949/09) (1.000,00) (1.000,00) (1.000,00) (1.000,00) DIFERENÇA (1.000,00) (1.000,00) AJUSTE NO LALUR (1.000,00) (1.000,00) (**) valor baixado em LAC R$ 5.000,00 ATIVO DIFERIDO SEM RTT SEM FCONT SEM OPÇÃO PELO RTT ATIVO DIFERIDO DRE 2008 DRE 2009 BAIXA DE ATIVO DIFERIDO (PRÉ-OPERACIONAL ETC) - SOCIETÁRIO - - REFLEXO NO RESULTADO CONTÁBIL - EFEITO SOCIETÁRIO (art. 3º, I da IN 949/09) - - AMORTIZAÇÃO DE BAIXA DE ATIVO DIFERIDO LANÇADO EM LUCROS ACUMULADOS FISCAL (**) REFLEXO NO RESULTADO - EFEITO FISCAL (art. 3º, II da IN 949/09) DIFERENÇA - - AJUSTE NO LALUR - - (**) valor baixado em LAC R$ 5.000,00 20
21 CPC 02 (itens 45 E 46) VARIAÇÃO CAMBIAL INVESTIMENTO RESOLUÇÃO CFC nº 1.120/ Os resultados e os balanços patrimoniais de uma entidade no exterior cuja moeda funcional não é de economia hiperinflacionária, depois de ajustados para eliminar diversidade de critérios, princípios e práticas contábeis em relação à entidade que reporta, devem ser convertidos para a moeda de apresentação por meio dos seguintes procedimentos: a) os ativos e passivos para cada balanço patrimonial apresentado (i.e., incluindo os comparativos) devem ser convertidos utilizando a taxa de fechamento na data do respectivo balanço; b) o patrimônio líquido inicial de cada balanço corresponde ao patrimônio líquido final do período anterior conforme convertido à época; as mutações do patrimônio inicial durante o período corrente devem ser convertidas pela taxa de suas respectivas datas; c) as receitas e despesas para cada demonstração do resultado (i.e., incluindo as comparativas) devem ser convertidas utilizando as taxas cambiais em vigor nas datas das transações, observado o item 46 quando aplicável; e CPC 02 (itens 45 E 46) VARIAÇÃO CAMBIAL INVESTIMENTO RESOLUÇÃO CFC nº 1.120/08 d) as variações cambiais resultantes dos itens (a), (b) e (c) acima devem ser reconhecidas em conta específica no patrimônio líquido (item 47). 46. Por razões práticas, uma taxa que se aproxime das taxas cambiais em vigor nas datas das transações, por exemplo, uma taxa média para o período, é normalmente utilizada para converter itens de receita e despesa. Entretanto, se as taxas cambiais flutuarem significativamente, o uso da taxa média do período é inapropriado. Também não é apropriado o uso de taxa média se a distribuição das receitas ou das despesas não for uniforme dentro do período considerado. O CPC 02, que normatiza o registro da Variação Cambial entra em vigor a partir de 22/02/08. VARIAÇÃO CAMBIAL SOBRE INVESTIMENTOS - POSICIONAMENTO FISCAL SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 132 de 03 de Abril de 2007 ASSUNTO: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ EMENTA: Variação Cambial. Investimento em coligada ou controlada. A contrapartida do ajuste de investimentos no exterior, avaliados pelo método da equivalência patrimonial, quando decorrente da variação cambial, não será computada na determinação do lucro real. (grifo nosso) Observe-se que tanto o lançamento contra o PL, como o anterior procedimento de lançamento contra Resultado, não oferecem diferença fiscal em relação ao IRPJ e CSLL. 21
22 CPC 01 IMPAIRMENT RESOLUÇÃO CFC nº 1.110/08 E CPC 13 (item 25) O objetivo desta Norma é definir procedimentos visando assegurar que os ativos não estejam registrados contabilmente por um valor superior àquele passível de ser recuperado por uso ou por venda. Caso existam evidências claras de que ativos estão avaliados por valor não recuperável no futuro, a entidade deve imediatamente reconhecer a desvalorização por meio da constituição de provisão para perdas. A Norma também define quando a entidade deve reverter referidas perdas e quais divulgações são necessárias. Em termos de transição, a presente Norma reforça a orientação já contida no item 131 da NBC T 19.10, de forma que: deve ser aplicado somente prospectivamente, não sendo aplicável em bases retroativas, ou seja, no balanço de abertura. As desvalorizações ou as reversões de desvalorizações que resultam da adoção desta Norma devem ser reconhecidas de acordo com esta Norma, ou seja, na demonstração do resultado, a menos que um ativo seja contabilizado pelo valor reavaliado. A desvalorização ou a reversão de desvalorização de um ativo reavaliado deve ser tratada como uma diminuição ou um aumento de reavaliação. Aplicar-se o teste de recuperabilidade (impairment) a todos os ativos, incluindo os imobilizados, nos exercícios sociais encerrados a partir de dezembro de 2008, ou seja, incluindo o exercício findo em 31 de dezembro de IMPAIRMENT - EXEMPLO COMPARATIVO Considerando a aplicação do impairment a partir de 2008, por hipótese, houve o provisionamento sobre um ativo não circulante, sendo que nos aspectos fiscais a despesa dele decorrente não seria tratada como dedutível. Vamos imaginar a despesa com o provisionamento em R$ 6.000,00. Observe-se que o inciso I do art. 13 da Lei nº 9.249/95 está vigente e dá o tratamento fiscal para as provisões, como segue: Art. 13. Para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido, são vedadas as seguintes deduções: I - de qualquer provisão, exceto as constituídas para o pagamento de férias de empregados e de décimo-terceiro salário, a para créditos de liquidação duvidosa (art. 9º da Lei nº 9.430/96) e as provisões técnicas das companhias de seguro e de capitalização, bem como das entidades de previdência privada, cuja constituição é exigida pela legislação especial a elas aplicável; (atualização nossa) Não sendo uma provisão dedutível, teríamos os seguintes reflexos no RTT: IMPAIRMENT COM E SEM RTT SEM FCONT COM E SEM OPÇÃO PELO RTT - IMPAIRMENT DRE 2008 DRE 2009 PROVISÃO EM 2008 E REVERSÃO EM NÃO CIRCULANTE - SOCIETÁRIO (6.000,00) 6.000,00 REFLEXO NO RESULTADO CONTÁBIL - EFEITO SOCIETÁRIO (6.000,00) 6.000,00 AJUSTE NO LALUR 6.000,00 (6.000,00) OBS: TRATAMENTO DADO DE PROVISÃO INDEDUTÍVEL, SENDO O MESMO CASO COM RTT OU SEM ELE ( 3º, art. 2º, IN 949/09). 22
23 OBRIGADO!!! SETEMBRO Contato: ovalleleao@ovalleleao.com.br AV. Professor Mário Werneck, 26/ sl 503 Estoril BH Tel: /
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