A Aquicultura e o Interesse Nacional

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A Aquicultura e o Interesse Nacional"

Transcrição

1 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro A Aquicultura e o Interesse Nacional Dissertação de Mestrado em Engenharia Zootécnica José Gaspar Vieira Cabral de Magalhães e Menezes Orientador: Professor Doutor José Júlio Gonçalves Barros Martins Vila Real, 2014

2 ii

3 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro A Aquicultura e o Interesse Nacional Dissertação de Mestrado em Engenharia Zootécnica José Gaspar Vieira Cabral de Magalhães e Menezes Orientador: Professor Doutor José Júlio Gonçalves Barros Martins Composição do Júri: Vila Real, 2014 iii

4 iv

5 As doutrinas apresentadas são da exclusiva responsabilidade do autor. v

6 vi

7 AGRADECIMENTOS Destaco a valiosa colaboração do Professor Doutor José Júlio Gonçalves Barros Martins que logo que teve conhecimento da intenção da realização deste Mestrado, atendendo à manifesta utilidade do mesmo, imediatamente me incentivou para a prossecução do mesmo, acompanhando todas as fases da sua concretização. dispensado. Igualmente expresso a minha gratidão à minha Família por todo o apoio O presente trabalho é o resultado de cerca de 25 anos de actividade profissional na área da aquicultura e pesca, pelo que é manifestamente impossível de agradecer a todas as pessoas e entidades que permitiram a sua realização. No entanto, realço a colaboração na fase final desta tese a indispensável informação fornecida respectivamente pelo Dr. António de Freitas e pelo Eng.º Paulo Lima Vaz, a quem expresso o meu reconhecimento. A todos os demais um sincero bem hajam. vii

8 viii

9 RESUMO A aquicultura consiste na produção, por acção directa do homem, de espécies vivas em meio aquático. Esta é uma actividade que se tem desenvolvido ao longo do tempo, em todo o mundo, com especial incidência a partir da segunda metade do século XX. O seu maior incremento verificou-se a partir da altura em que as quantidades de pescado provenientes da pesca extractiva estabilizaram. Actualmente, com base nas últimas estatísticas oficiais, o peso da pesca extractiva é quase equiparado ao dos produtos provenientes da aquicultura. Estima-se que brevemente a produção mundial de aquicultura ultrapasse a da pesca extractiva. Este crescimento verificou-se praticamente em todo o mundo, com maior incidência na região do sudeste asiático. Portugal, um país com potencialidades em termos de recursos aquáticos, que inclusive pretende aumentar a sua área territorial de cerca de km 2 para cerca de km 2 (através da ampliação da Zona Económica exclusiva), apresenta dificuldades em acompanhar a evolução do resto do mundo. Ao longo do tempo cada vez produz menos, quer na pesca extractiva quer na aquicultura, encontrando-se neste caso, em contra ciclo relativamente aos restantes países que possuem idênticos recursos. O principal objectivo do presente trabalho consistiu em identificar os mais importantes constrangimentos e apresentar algumas recomendações que permitam a sua resolução, colocando este sector produtivo a acompanhar o desenvolvimento global da aquicultura e contribuindo assim para a criação de riqueza em Portugal. aquícola. Palavras-chave: Aquicultura, piscicultura, pesca, evolução da aquicultura, estatísticas, produção ix

10 x

11 ABSTRACT Aquaculture is the production, by direct action of man, of living species in the aquatic environment. This is an activity which has developed over time, throughout the world, especially from the second half of the 20th century. Its biggest increase occurred from the time when the quantities of fish originating from extractive fishing stabilized. Currently, on the basis of the latest official statistics, the weight of extractive fishing is almost equated to that of products from aquaculture. Briefly it is estimated that world aquaculture production exceeds the extractive fishery. This growth was found practically all over the world, with a higher incidence in the Southeast Asian region. Portugal, a country with potentialities in terms of aquatic resources, which also intends to increase its territorial area of 1, km 2 to about km 2 (through the extension of the exclusive economic zone), is completely unable to follow the evolution of the rest of the world. Over time more and produces less, either in extractive fishing or aquaculture, lying in this case, for the remaining cycle against countries which have identical features. The main objective of this study was to identify the most important constraints and present some recommendations that allow their resolution, placing this productive sector to monitor the global aquaculture development and will thus contribute to the creation of wealth in Portugal. Keywords: Aquaculture, fish farming, fishing, aquaculture development, statistics, aquaculture production. xi

12 xii

13 Índice Geral Página 1. Introdução Metodologia Caracterização de aquicultura Meio ambiente Espécies Estruturas e sistemas de produção A evolução da aquicultura a nível mundial A aquicultura na União Europeia A aquicultura em Espanha A aquicultura em Portugal As pescas nos últimos anos Evolução das capturas Evolução da aquicultura nos últimos anos Os sistemas de produção e sua caracterização Água doce Água salobra Água salgada Perspectivas de evolução Entidades privadas Entidades públicas Casos concretos Projecto de truticultura Projecto de piscicultura de enguias Projecto de maternidade de ostras Considerações finais 51 Bibliografia Anexos xiii

14 xiv

15 Índice de figuras Figura 1 - Exemplo de jaulas em offshore 11 Página Figura 2 - Exemplo de piscicultura semi-intensiva em zona estuarina 12 Figura 3 - Proposta para extensão da plataforma continental nacional 27 xv

16 xvi

17 Índice de gráficos Página Gráfico 1 - Evolução da produção aquícola mundial entre 1951 e Gráfico 2 - Evolução da produção aquícola mundial entre 1951 e Gráfico 3 - Distribuição percentual da produção aquícola mundial em 2011, por espécies aquícolas 16 Gráfico 4 - Distribuição percentual da produção aquícola mundial em 2011, por tipo de suporte aquático 16 Gráfico 5 - Evolução da produção total aquícola e da pesca na União Europeia (27 Estados membros) entre 1951 e Gráfico 6 - Consumo de produtos aquáticos (produção aquícola + pesca) na União Europeia (27 Estados membros) em Gráfico 7 - Evolução da origem dos produtos aquáticos consumidos na União Europeia (27 Estados membros) entre 1976 e Gráfico 8 - Distribuição da produção aquícola nos 27 Estados membros da União Europeia em Gráfico 9 - Distribuição percentual da produção aquícola na União Europeia em 2011, por tipo de suporte aquático 20 Gráfico 10 - Evolução da produção de aquicultura na União Europeia entre 1951 e xvii

18 Gráfico 11 - Evolução da produção aquática total em Espanha entre 1951 e Gráfico 12 - Evolução da produção aquícola em Espanha por espécies animais, entre 1951 e Gráfico 13 - Evolução das produções anuais de peixes Espanha entre 2005 e Gráfico 14 - Evolução da quantidade total de pescado desembarcado em Portugal entre 1986 e 2012, em quantidade e respectivo valor económico 30 Gráfico 15 - Evolução da produção de aquicultura em Portugal entre 1985 e Gráfico 16 - Evolução da produção em piscicultura em Portugal entre 1985 e Gráfico 17 - Evolução da produção de moluscos em Portugal entre 1985 e xviii

19 Índice de tabelas Página Tabela 1 - Principais países produtores de aquicultura em 2011 (toneladas) e sua taxa de crescimento 15 Tabela 2 - Principais espécies produzidas em aquicultura na União Europeia em Tabela 3 - Principais espécies de peixe produzidas em aquicultura em Espanha em xix

20 xx

21 Lista de abreviaturas AIPCE - European Fish Processors Association. APA - Agência Portuguesa do Ambiente. ARH - Administração da Região Hidrográfica. APROMAR - Asociacíon Empresarial de Productores de Cultivos Marinos de España. DGF - Direcção-Geral das Florestas. DGPA - Direcção-Geral das Pescas e Aquicultura. DGV - Direcção-Geral de Veterinária. ESACUA - Asociación Española de Productores de Acuicultura Continental. FAO - Food and Agriculture Organization. GEPP - Gabinete de Estudos e Planeamento das Pescas. IRC - Imposto de Rendimentos Colectivos. JACUMAR - Junta Nacional Asesora de Cultivos Marinos. MAGRAMA - Ministerio da Agricultura, Alimentacíon e Medio Ambiente. OPP - Organización de Productores Piscicultores. PROMAR - Programa Operacional de Pesca 2007 a ton - tonelada. UE - União Europeia. xxi

22

23 1. INTRODUÇÃO A aquicultura é uma das actividades económicas que mais se tem desenvolvido a nível mundial, sendo considerado um sector estratégico e inovador nos países que dispõem de recursos aquícolas. Este crescimento tem sido impulsionado por vários factores, sobressaindo entre outros o esgotamento dos bancos tradicionais de pesca, uma crescente procura de produtos aquícolas para alimentação humana, como efeito da globalização, facilitando esta o acesso aos mesmos e à criação e alargamento das Zonas Económicas Exclusivas por parte dos países com orla costeira. Estes factores associados, a uma grande articulação de esforços na área da investigação científica e empresarial, conduziram à consolidação e desenvolvimento da aquicultura. Esta colaboração implica a criação de riqueza, que além de estabelecer postos de trabalho permanentes na actividade propriamente dita, promove outros, quer a jusante quer a montante. Como suporte das afirmações anteriores, é suficiente referir as estatísticas citadas pela APROMAR (Associacíon Empresarial de Produtores de Cultivos Marinos de España; 2013), da análise das quais resulta que a produção em aquicultura passou de menos de ton/ ano em 1950 para ton/ ano em Segundo a mesma fonte, desde os anos sessenta do século passado, esta actividade apresentou um crescimento médio anual contínuo de 6%. Relativamente às capturas da pesca, segundo a FAO (Food and Agriculture Organization; 2012), estas apresentaram um crescimento médio anual em termos de capturas de 3,2%, entre 1961 e 2009, representando nas estatísticas mais recentes, no ano de 2011, um valor de ton (ano de 2011). Ainda de acordo com a FAO (2012), em 2011 a produção mundial total de aquicultura, sem as plantas aquáticas, foi de de ton, contrastando com as pescas cujo valor foi de de ton, significando que 42,3% da produção de alimentos em meio aquático mundial é proveniente da aquicultura. Nas projecções da APROMAR 1

24 (2013), espera-se que em 2030 a aquicultura represente 63% da produção pesqueira mundial. Contrariamente ao que ocorre a nível global, Portugal, um país com potencialidades nesta área, devido a vários factores, não tem acompanhado este crescente desenvolvimento, encontrando-se numa posição de perfeito contra ciclo. Esta situação ainda não se agravou mais, devido ao apoio do sector da aquicultura espanhol que tem procurado dinamizar e tornar competitiva a sua congénere portuguesa. De qualquer modo, através da observação da localização das unidades de produção no espaço geográfico da Península Ibérica, encontramos a sua presença e actividade em quase toda a sua costa, rias e estuários, com excepção para Portugal. Para uma melhor compreensão deste promissor sector produtivo, no presente trabalho será efectuada uma breve descrição da aquicultura, em termos de espécies, respectivos sistemas de produção e sua localização, apos o que proceder-se-á à caracterização e evolução da aquicultura a nível mundial, da Europa e de Espanha que tem sido uma referência para o desenvolvimento da aquicultura nacional. Seguidamente e relativamente a Portugal, incluir-se-á um sucinto desenvolvimento sobre o sector pesqueiro, em termos de desembarques de pescado, na medida em que este constitui uma actividade directamente relacionada com a aquicultura. Actualmente a aquicultura a nível mundial é considerada um sector complementar das pescas e futuramente, prevê-se que a médio/ longo prazo esta situação se inverta, passando as pescas a constituírem uma actividade complementar e secundária. Por fim, efectuar-se-á uma breve descrição da aquicultura nacional, dando realce à piscicultura que presentemente é o sector aquícola que maior incremento apresenta. Igualmente proceder-se-á à identificação de pontos críticos que constituem um permanente freio ao desenvolvimento desta actividade e das causas que conduziram a que Portugal, confrontado nesta área com o resto do mundo, se encontre numa posição bastante deficitária, demonstrando que esta situação não é somente conjuntural mas sim fortemente estrutural. 2

25 2. METODOLOGIA A metodologia adoptada que permitiu a realização deste trabalho assentou em dois pilares fundamentais que são nomeadamente dados estatísticos e a observação directa decorrente da actividade profissional neste sector desde o início de Janeiro de Relativamente aos elementos estatísticos, estes são provenientes de duas origens, respectivamente uma nacional e outra internacional. Quanto à origem nacional, as fontes consultadas foram maioritariamente as provenientes do Gabinete de Estudos e Planeamento das Pescas (GEPP) e as da Direcção- Geral das Pescas e Aquicultura (DGPA). APROMAR. No tocante à origem internacional, estas são da responsabilidade da FAO e da Esta opção é fundamentada pelos seguintes factos: - O GEPP e a DGPA são entidades oficiais que recolheram, trabalharam e divulgaram as estatísticas das pescas e da aquicultura nacional; - A FAO é um organismo das Nações Unidas responsável pelo mesmo trabalho a nível mundial; - A APROMAR é uma prestigiada associação espanhola que se dedica ao mesmo labor; - A utilização de mais fontes poderia provocar a dispersão de elementos estatísticos, habitual quando tal se pratica, provocando a dificuldade de obtenção de conclusões. Quanto à observação directa decorrente da actividade profissional, esta teve a sua génese a partir de do início Janeiro de 1990 e tem decorrido ininterruptamente até ao presente. A mesma desenvolveu-se sempre no sector privado, desde a produção de pescado em cativeiro, formação profissional de piscicultores e pescadores, consultadoria a empresas e universidades nesta área, fabrico e comercialização de factores de produção. No percurso 3

26 deste tempo, através da colaboração com empresas líderes a nível mundial e europeu, existiu o acesso a informação privilegiada que permitiu complementar o presente trabalho. 4

27 3. CARACTERIZAÇÃO DE AQUICULTURA Basicamente pode-se definir a aquicultura como uma actividade que se caracteriza pela produção em meio aquático, com intervenção e controlo humano, de seres vivos com os mais diversos fins. Esta produção têm vários destinos, destacando-se entre outros os seguintes: - A utilização directa ou indirecta na alimentação humana. Segundo a FAO (2012), o consumo per capita de pescado mundial na década de sessenta do século XX era de 9,9 kg, enquanto em 2011 o mesmo era de 18,8 kg, traduzindo-se num incremento de 89,9%. Portugal é considerado um dos principais países consumidores de pescado, atribuindo Sousa Reis (2006) um consumo de pescado superior a 65 kg/ pessoa/ ano. - Repovoamento de meios aquáticos. A finalidade pode ser a de recuperar ecossistemas que se encontram desequilibrados ou com fins lúdicos, caso da pesca desportiva. - Aplicação em produtos terapêuticos. Mais recentemente pode-se referir o caso do óleo de salmão. - Utilização como fertilizantes na agricultura. A partir das lamas das unidades de produção ou de certo tipo de algas. - Produção de peixes ornamentais. 5

28 6

29 3.1. MEIO AMBIENTE O suporte ambiental, como o próprio nome indica, é o meio aquático. Este meio divide-se em três grandes grupos, sendo a concentração de salinidade o factor diferenciador. Os referidos grupos são: - Águas doces. A aquicultura desenvolvida neste meio é definida como sendo continental. Situa-se em bacias hidrográficas, constituídas por rios e lagos. A salinidade é inexistente. Praticamente é utilizada para a produção de peixe. Em países sem orla costeira é a única possível de existir. Na Europa e América do Norte, devido a condicionantes ambientais, tem um controlo bastante acentuado, encontrando actualmente dificuldades na sua expansão. - Águas salobras. As unidades de produção inseridas neste meio, localizam-se nas zonas estuarinas, onde a salinidade varia ao longo do ano. Durante o Inverno, por efeito da pluviosidade, a salinidade baixa e no Verão a salinidade pode ser idêntica à do mar. Além de peixes já se podem produzir moluscos, crustáceos e plantas aquáticas. - Águas salgadas. São as unidades que se situam em mar aberto. Podem localizar-se em terra, junto à orla costeira ou em pleno mar. Além da superfície total ocupada por água salgada representar mais de 60% da superfície da Terra, é neste meio que se tem verificado um grande crescimento devido ao desenvolvimento de novas tecnologias, normalmente recorrendo à instalação de jaulas para a produção de peixe e long-lines para a produção de moluscos ESPÉCIES A nível mundial, as espécies maioritariamente produzidas em aquicultura distribuem-se por 2 grupos: animais e vegetais. 7

30 No primeiro encontram-se predominantemente as espécies piscícolas, moluscos e crustáceos. No segundo grupo, vegetal, encontram-se maioritariamente as algas marinhas. Estes 2 grupos caracterizam-se, sucintamente, em: - Espécies piscícolas. Vários são os tipos de peixes produzidos em piscicultura. Normalmente são peixes de elevado valor comercial, que justifiquem o investimento realizado. Estes são quase sempre espécies carnívoras que necessitam de alimentos ricos em proteína. Entre as principais espécies de peixes produzidos sobressaem o salmão (Salmo salar), a truta (Oncorhynchus mykiss), a enguia (Anguilla anguilla), a dourada (Sparus aurata), o robalo (Dicentrarchus labrax), o rodovalho (Psetta maxima), linguado (Solea senegalensis), a carpa (várias espécies), a tilápia (Oreochromis niloticus) e a panga (Pangasius spp.), entre outros. Recentemente está a ter um grande desenvolvimento a produção de bacalhau nos países nórdicos. Com a expansão de centros de investigação aquícola a nível mundial, existe um grande número de peixes que irão ser produzidos no curto prazo. Esta diversificação é necessária, pois durante os últimos anos, no caso da Europa, assistiu-se à concentração da produção de somente quatro espécies: o salmão, a truta, a dourada e o robalo. A distribuição destas unidades de produção existe nos dois hemisférios. As estatísticas da FAO (2012) referem que em 2010, a produção mundial em aquicultura (sem plantas aquáticas) terá sido na ordem de ton, com um valor estimado de milhões de dólares americanos. Ainda segundo a mesma fonte e no mesmo ano, a grande produção de peixes verificou-se em água doce, com 56,4% da produção aquícola mundial, equivalendo a ton. No mesmo ano, estima-se que a produção mundial de peixes marinhos rondou os ton, representando 3,1% da produção mundial, enquanto e a produção mundial aquícola de peixes diádromos foi de ton, representando 6,0% da produção mundial (sem plantas aquáticas). - Crustáceos. Nesta classe, na opinião da APROMAR (2013), a espécie com maior valor comercial na primeira venda a nível mundial é o lagostim branco (Litopenaeus vannamei), atingindo um montante de milhões de Euros (o salmão do atlântico atingiu no mesmo ano milhões de Euros). De acordo com a FAO (2012), em 2010, a produção total mundial de crustáceos foi de ton, representando 9,6% da produção mundial aquícola (sem plantas aquáticas). 8

31 - Moluscos. As espécies mais produzidas em aquicultura a nível mundial nos dois hemisférios são: amêijoas (várias espécies), ostras (Ostrea edulis e Crassostrea gigas) e mexilhões (Mytilus spp.). Segundo a FAO (2012), a sua produção em 2010 foi de ton, significando 23,6% da produção mundial total de aquicultura (sem plantas aquáticas). Ainda de acordo com a FAO (2012), em 2010, as amêijoas tiveram uma produção aproximada de ton, as ostras alcançaram ton e os mexilhões atingiram as ton. - Plantas aquáticas. Estas são dominadas pelas macroalgas ou algas marinhas, que tanto se produzem em águas marinhas como em águas salobras. De acordo com a FAO (2012), as espécies com maior produção são as seguintes: Saccharina/ Laminaria japonica, Eucheuma e Gracilaria spp. A sua grande produção situa-se no Sudeste Asiático, atingindo em 2010 um total de ton, representando 96,6% da produção mundial de plantas aquáticas. De acordo com a mesma fonte, a produção de algas aquáticas teve uma taxa média de crescimento de 9,5% na década de 1990 e de 7,4% na década de 2000, passando de uma produção média de ton em 1990 para ton em A recolha extractiva de algas na natureza representou em 2010, 4,5% da produção total de algas (aquicultura + natureza), com um valor económico estimado de milhões de Dólares americanos, contrastando com milhões de Dólares americanos em De acordo com a FAO e citado pela APROMAR (2013), verifica-se que a distribuição dos meios de suporte aquático é sensivelmente equivalente entre a água doce e a água salgada, com 46% cada um, ficando os restantes 7% com um suporte de produção em meio salobra ESTRUTURAS E SISTEMAS DE PRODUÇÃO produção. As estruturas de produção de aquicultura estão directamente ligadas aos sistemas de 9

32 Na produção de peixes e crustáceos considera-se a existência de três grandes sistemas de produção: - Sistema intensivo. Localiza-se em qualquer suporte aquático, desde o dulcícola ao salgado. Caracteriza-se pela capacidade de produção desde a fase de reprodução até à fase de retirada para comercialização. Igualmente pode ser utilizado somente em engorda. A única fonte de alimentação da espécie em criação é o alimento composto completo, vulgarmente conhecido por ração. Uma das particularidades deste sistema é a obtenção de elevadas cargas de biomassa e destina-se à produção de peixes e crustáceos. Neste sistema, consegue-se acelerar o processo de crescimento, produzindo no mais curto espaço de tempo. A estrutura de produção mais difundida é o tanque em terra firme, que pode situarse em instalações fechadas. Neste tipo de estruturas, o abastecimento de água depende da gravidade (utilizando declives, naturais ou artificiais), como no caso das truticulturas, ou recorrendo a bombagem com auxílio de motores, existindo a possibilidade de controlar quer a quantidade quer a qualidade de água (em termos de temperatura, oxigénio). Em países mais desenvolvidos, onde impera uma consciência de preservação do meio ambiental, estas unidades têm instalado na sua saída sistemas de decantação dos seus efluentes. Mais recentemente surgiu a jaula em offshore como nova estrutura (figura 1.). Esta verificou-se após o grande êxito que representou a produção de salmão nos fiordes da Noruega, tendo rapidamente sido aplicada no resto do mundo para a produção de outras espécies. Instalam-se em plataformas flutuantes ou submersíveis. Uma das razões para o seu sucesso é a de não competir com a ocupação física de terra firme. Actualmente pondera-se a possibilidade de utilizar plataformas petrolíferas desactivadas para a instalação destas estruturas bem como de outras estruturas situadas em mar aberto. 10

33 Figura 1 - Exemplo de jaulas em offshore (cortesia da Skretting, a Nutreco Company). - Sistema semi-intensivo. Normalmente encontram-se nas zonas estuarinas e dedicam-se essencialmente à engorda para comercialização. Os juvenis são provenientes de maternidades ou do meio ambiente onde estas unidades se situam. A principal fonte de alimentação é o alimento composto completo, na medida em que as espécies aqui produzidas têm acesso a alimentação existente no ecossistema onde se inserem. A biomassa é muito inferior à praticada no sistema intensivo, verificando-se a necessidade de um maior tempo para o crescimento. Este tipo de estruturas frequentemente ocupa o espaço deixado por antigas salinas ou sapais. A estrutura de produção utilizada é o tanque de grandes dimensões (figura 2). A renovação de água é originada pela diferença de marés e, atendendo ao elevado volume dos tanques, é bastante lenta. moluscos. Nalgumas aquiculturas, a produção de peixe é complementada com a produção de 11

34 Figura 2 - Exemplo de piscicultura semi-intensiva em zona estuarina (cortesia de Skretting, a Nutreco Company). - Sistema extensivo. Este sistema é semelhante ao anterior, diferindo somente pela não utilização de rações para alimentação animal, na necessidade de maior tempo de crescimento e numa biomassa ainda mais pequena. Na produção de moluscos - moluscicultura - os sistemas de produção são distintos, dependendo da espécie. No caso dos bivalves, as principais espécies produzidas são as amêijoas, ostras e mexilhões. Uma vez que que a alimentação destas espécies é obtida através da filtração da água, a sua produção tem lugar em locais cujo meio aquoso apresenta bastante disponibilidade de matéria orgânica. Normalmente as zonas mais adequadas para estas produções são as regiões estuarinas e as da orla costeira. As sementes para a engorda são obtidas em maternidades ou no meio ambiente. As estruturas de produção dependem da espécie em questão. No caso das amêijoas, enterram-se as sementes em zonas que sofrem influência das marés, de modo a poderem ser manuseadas e retiradas. 12

35 As ostras normalmente são inseridas em sacos na fase de semente e ao longo do seu desenvolvimento são manejadas até terem tamanho comercial. Estes sacos são colocados em tabuleiros em zonas semelhantes às das amêijoas. Os mexilhões representam a maior parte dos moluscos produzidos. A sua estrutura de produção é em cordas suspensas em plataformas flutuantes ou mais recentemente em plataformas submersíveis, mais conhecidas por long-lines. 4. A EVOLUÇÃO DA AQUICULTURA A NÍVEL MUNDIAL Acompanhando o crescimento da população mundial, verificou-se um aumento no esforço de capturas de pescado de modo a satisfazer a procura. Da análise do Gráfico 1, com origem na APROMAR (2013), depreende-se que a pesca extractiva atingiu o seu máximo no início dos anos 90, mantendo-se até ao presente estacionária, indicando que os oceanos estão na sua máxima capacidade de produção e exploração, não sendo previsível qualquer hipótese de incremento da mesma no curto ou médio prazo. Gráfico 1 - Evolução da produção aquícola mundial entre 1951 e 2011, em milhões de toneladas (APROMAR, 2013). 13

36 No entanto, a necessidade de proteínas para alimentação humana é crescente e atendendo ao elevado incremento da aquicultura a nível mundial, conclui-se que a mesma está a corresponder de um modo positivo a esta elevada procura. Esta afirmação é demonstrada no seguimento da análise do mesmo Gráfico em que a partir do momento em que a pesca extractiva atinge o máximo, princípios da década de noventa, a aquicultura começa a ter um desenvolvimento exponencial e em 2030 estima-se que alcançará 63% do total de produtos aquáticos mundiais utilizados na alimentação (APROMAR, 2013). No Gráfico 2, está bem patente o desenvolvimento da aquicultura mundial entre 1951 e 2011 (APROMAR, 2013). O momento a partir do qual se verifica um acréscimo significativo é a partir de meados dos anos 80, devido a um grande esforço coordenado entre o sector empresarial e científico em que se começa a controlar a reprodução das espécies mais valorizadas, associando a um grande desenvolvimento no sectores da reprodução, nutrição piscícola, tecnologia de instalação e à procura de novos produtos e mercados. Gráfico 2 - Evolução da produção aquícola mundial entre 1951 e 2011, por espécies aquícolas, em milhões de toneladas (APROMAR, 2013). De acordo com a mesma fonte, os países com maior representação nesta área em termos de produção situam-se na Ásia e na região do sudeste asiático. Na Tabela 1, identificam-se os países com maior produção em aquicultura a nível mundial, bem como respectivas produções, em 2011 (APROMAR, 2013). É de assinalar 14

37 que na Ásia se situam sete dos dez maiores produtores mundiais. Com uma de produção de ton, estes sete países representaram 86,45% da produção mundial. A China, isoladamente, ocupou nesse ano uma quota aproximada de 59,9% com uma produção de ton. Excluindo os dez países maiores produtores, a produção do resto do mundo correspondeu a 11,02% do total global. O grande crescimento no sudeste asiático ocorre na região que apresenta maior concentração de população mundial, cerca de 46,9%, correspondendo a milhões de pessoas, num total mundial de milhões de indivíduos, de acordo com os dados das Nações Unidas referentes a 2012 (United Nations, 2012). Tabela 1 - Principais países produtores de aquicultura em 2011 (ton) e sua taxa de crescimento (APROMAR, 2013). País Ton % de crescimento anual China ,9% Indonésia ,4% Índia ,8% Vietname ,8% Filipinas ,4% Bangladesh ,4% República da Coreia ,9% Noruega ,0% Tailândia ,6% Egipto ,3% Total dos 10 países ,9% Restantes países ,0% Total mundial ,2% 15

38 Da análise do Gráfico 3, conclui-se que os peixes significam cerca de 50% da produção total de aquicultura, seguido pelas espécies vegetais com 25% do total (APROMAR, 2013). Estudando a distribuição dos meios de suporte aquático (Gráfico 4: APROMAR, 2013),verifica-se que esta é sensivelmente equivalente entre a água doce e a água salgada, com 46% cada um, sendo que a produção em água salobra corresponde ao restante, cerca de 7%. Gráfico 3 - Distribuição percentual da produção aquícola mundial em 2011, por espécies aquícolas (APROMAR, 2013). Gráfico 4 - Distribuição percentual da produção aquícola mundial em 2011, por tipo de suporte aquático (APROMAR, 2013). 16

39 No seguimento das informações da APROMAR (2013), referenciando a FAO, as 5 maiores produções aquícolas mundiais por espécies foram as seguintes: carpa prateada (Hypohthalmichthus molitrix), com ton; laminaria japonesa (Undaria pinnatifida), com ,1 ton; alga eucheuma (Eucheuma spp.) com ton; carpa chinesa (Ctenopharyngodon idella), com ton; ostra japonesa (Crassotrea gigas), com ton; e a carpa comum (Cyprinus carpio) com ton. 5. A AQUICULTURA NA UNIÃO EUROPEIA Na Europa dos 27, em 2011, a aquicultura foi responsável pela produção de ton de produtos aquícolas, representando cerca de 20% da produção aquática total (aquicultura + pesca) da União Europeia (APROMAR, 2013). Comparando a evolução da produção aquícola e da pesca extractiva na União Europeia, entre 1951 e 2011, representada no Gráfico 5, verifica-se que esta atingiu o seu pico em 1989 tendo vindo a decrescer até 2011 (APROMAR, 2013). Este decréscimo é devido essencialmente ao sector da pesca extractiva, pois a produção aquícola neste período aumentou significativamente. Gráfico 5 - Evolução da produção total aquícola e da pesca na União Europeia (27 Estados membros) entre 1951 e 2011, em milhões de toneladas (APROMAR, 2013). 17

40 Ainda na União Europeia, analisando o Gráfico 6, constata-se, que o consumo anual de produtos aquáticos per capita em 2009, foi cerca de 25 kg, sendo Portugal o maior consumidor, com cerca de 62 kg/ habitante/ ano e apresentando a Bélgica o valor mais baixo com cerca de 4 kg/ habitante/ ano (APROMAR, 2013, citando a Comissão Europeia). Gráfico 6 - Consumo de produtos aquáticos (produção aquícola + pesca) na União Europeia (27 Estados membros) em 2009, em quilogramas (APROMAR, 2013). Através da análise do Gráfico 7, com origem no boletim da APROMAR (2013), citando a AIPCE (European Fish Processors Association) e a FAO, verifica-se que entre 1976 e 2011 o desembarque das pescas na EU diminuiu, mas o consumo, a produção e importações de produtos aquáticos de produtos aquáticos aumentaram, estas últimas drasticamente. Em 1976 as importações tinham um peso de 20% no total da proveniência dos produtos aquáticos e em 2011 o seu peso era de sensivelmente de 50% do total dos mesmos produtos (APROMAR, 2013). 18

41 Gráfico 7 - Evolução da origem dos produtos aquáticos consumidos na União Europeia (27 Estados membros) entre 1976 e 2011, em milhões de toneladas (APROMAR, 2013). Ainda de acordo com a APROMAR (2013), como se poderá constatar no Gráfico 8, em 2011 o maior produtor aquícola da União Europeia foi a Espanha com cerca de ton, ocupando Portugal um posto a meio da tabela não chegando às ton de produção anual. Gráfico 8 - Distribuição da produção aquícola nos 27 Estados membros da União Europeia em 2011, em toneladas (APROMAR, 2013). Relativamente à distribuição por suporte aquático, como pode ser observado no Gráfico 9, constata-se que na União Europeia o mar ocupa 75% da superfície total ocupada por esta actividade, ficando 20,4% para os recursos hídricos de água doces e 4,6% para as águas estuarinas (APROMAR, 2013). 19

42 Gráfico 9 - Distribuição percentual da produção aquícola na União Europeia em 2011, por tipo de suporte aquático (APROMAR, 2013). No tocante à evolução entre as produções de peixes e moluscos na União Europeia, referido no Gráfico 10 (APROMAR, 2013), entre 1951 e 2011, verifica-se que a primeira passou de uns 10% para 50% do total, enquanto a produção de moluscos passou de 90% para 50%. É no entanto de assinalar que houve um incremento notório em ambas as produções, pois estas passaram, no seu conjunto, de pouco menos de ton em 1951 para de ton em Gráfico 10 - Evolução da produção de aquicultura na União Europeia entre 1951 e 2011, em milhões de toneladas (APROMAR, 2013). 20

43 Quanto às espécies produzidas, de acordo com a Tabela 2 (APROMAR, 2013), em 2011 os mexilhões (Mytilus edulis + galloprovincialis) foram as espécies mais produzidas ( ton), seguidos pela truta arco-íris (Onchorynchus mykiss: ton) e do salmão do atlântico (Salmo salar: ton). Nessa data, estas 3 espécies comportaram 55,5% da produção total de aquicultura da União Europeia. Tabela 2 - Principais espécies produzidas em aquicultura na União Europeia em 2011, em toneladas (APROMAR, 2013). Espécie Nome científico Ton. % var. anual Mexilhão Mytilus edulis + galloprovincialis ,0% Truta arco-íris Onchorynchus mykiss ,8% Salmão atlântico Salmo salar ,1% Ostra do Pacífico Crassostrea gigas ,3% Dourada Sparus aurata ,8% Robalo Dicentrarchus labrax ,8% Carpa comum Cyprinus carpio ,2% Amêijoa japonesa Ruditapes philippinarum ,1% Rodovalho Psetta maxima ,8% Enguia Anguilla anguilla ,0% Totais das 10 espécies ,6% Restantes espécies ,4% Total da aquicultura da União Europeia ,3% 21

44 22

45 6. A AQUICULTURA EM ESPANHA A Espanha é o maior produtor em aquicultura da União Europeia, com um total de ton de produção em 2011, segundo os dados da APROMAR (2013). De acordo com o Gráfico 11 (APROMAR, 2013), constata-se que a pesca extractiva teve um grande incremento entre 1951 e 2011 e a aquicultura teve o seu início por volta de 1961 tendo ao longo do tempo vindo a ganhar volume de produção e peso na produção aquática de Espanha, significando neste último índice a cerca de 13% em Gráfico 11 - Evolução da produção aquática total em Espanha entre 1951 e 2011, em milhões de toneladas (APROMAR, 2013). Tal como na EU, a produção aquícola em Espanha divide-se em 2 grandes grupos: produção de moluscos e produção de peixes. Os moluscos representam a maior produção de aquicultura, representando em 2011 cerca de ton, contabilizados pela MAGRAMA (Ministério da Agricultura, Alimentacíon e Medio Ambiente) e JACUMAR (Junta Nacional Asesora de Cultivos Marinos, citados pela APROMAR (2013), enquanto a produção de peixes no mesmo período atingiu as ton. 23

46 No Gráfico 12, pode-se observar a evolução das respectivas produções em aquicultura por espécie, entre 1951 e 2011, de acordo com um conjunto de indicadores fornecidos por diversas organizações espanholas, como sendo MAGRAMA, JACUMAR e outros citados pela APROMAR (2013). Gráfico 12 - Evolução da produção aquícola em Espanha, por espécies animais entre 1951 e 2011, em toneladas (APROMAR, 2013). O principal molusco produzido em Espanha é o mexilhão (Mytilus edulis e Mytilus galloprovincialis), que estabilizou a sua produção nos últimos anos entre as e ton. A ostra corresponde à segunda maior produção de moluscos em Espanha, atingindo em 2011 um total de ton. Compreende duas espécies, a ostra plana (Ostrea edulis) e a ostra japonesa (Crassostrea gigas). As amêijoas constituem a terceira maior produção de moluscos em Espanha, atingindo em 2011, de acordo com APROMAR (2013), um total de ton. Identificamse como sendo de três tipos: amêijoa fina (Ruditapes decussatus), amêijoa babosa (Venerupis pullastra) e amêijoa japonesa (Ruditapes philippinarum). 24

47 Ton Relativamente a espécies piscícolas produzidas em aquicultura, em 2012 as produções de trutas arco-íris (Onchorynhcus mykiss), as douradas (Sparus aurata) e os robalos (Dicentrarchus labrax) foram bastante semelhantes, APROMAR, (2013). Outras espécies de peixes, tais como o rodovalho (Psetta maxima), o linguado (Solea senegalensis), a corvina (Argyrosomus regius) e, o goraz de pinta (Pagellus bogaraveo) são produzidas em menor escala. No Gráfico 13, pode-se observar a evolução da produção destas espécies entre 2005 e 2012, sendo possível verificar que entre estes anos a produção aumentou cerca de ton, não obstante ter existido um decréscimo notório na produção de trutas arco-íris e de douradas (APROMAR, 2013). Gráfico 13 - Evolução das produções anuais de peixes Espanha entre 2005 e 2012, em toneladas (APROMAR, 2013) Dourada Robalo Enguia Goraz de pinta Corvina Linguado Truta arco-íris Total Anos Na Tabela 3, registam-se as produções numéricas destas principais espécies piscícolas (APROMAR, 2013). 25

48 Tabela 3 - Principais espécies de peixe produzidas em aquicultura em Espanha em 2012, em toneladas (APROMAR, 2013). Espécie Nome científico Ton. % var. anual Dourada Sparus aurata ,8% Truta arco-íris Onchorynchus mykiss ,7% Robalo Dicentrarchus labrax ,7% Rodovalho Psetta maxima ,8% Total das 4 espécies Relativamente a estas espécies piscícolas, entre 2005 e 2012 verificou-se uma redução em termos de produção de trutas arco-íris e um incremento da produção de espécies marinhas como a dourada e o robalo (APROMAR, 2013). Recentemente estão a surgir novas espécies na produção em cativeiro, tais como sendo o goraz de pinta (Pagellus bogaraveo), esturjão (Acipenser spp.), e atum rabilho (Thunnus thynnus). A Espanha é um país com grande tradição de pesca, caracterizada por possuir uma frota pesqueira que até há pouco tempo se encontrava distribuída por todo o globo, que permanentemente investe na modernização e operacionalidade da mesma e tem, inclusive, aquela que é considerada a maior frota pesqueira privada do mundo, mantendo-se atenta ao esgotar dos recursos pesqueiros e à grande procura de proteína animal de origem aquícola por parte da população mundial. Não obstante, decidiu apostar no desenvolvimento da sua aquicultura como única alternativa sustentável à pesca tradicional. As causas deste investimento, com assinalável sucesso, residem basicamente na existência de uma forte articulação entre a acção governativa, independente dos partidos que constituem os diversos governos, a investigação científica aplicada e o sector empresarial, nos quais são definidos objectivos credíveis e delineadas estratégias reais, nomeadamente na forma periódica de livros brancos e de planos estratégicos nacionais. 26

49 Nesta articulação de meios participa activamente todo o sector aquícola, a montante e a jusante desta actividade envolvendo os aquicultores e respectivas associações, os fabricantes de alimentos compostos para peixe, as maternidades de alevins, os investigadores, os comerciantes de pescado e afins, entidades oficiais, etc. Existe um esforço colectivo com um objectivo comum bem definido: tornar a Espanha o maior produtor aquícola da Europa. 7. A AQUICULTURA EM PORTUGAL Portugal é um país com grande tradição na área das pescas, tendo-se destacado na pesca e consumo do bacalhau. Sendo detentor de uma importante Zona Económica Exclusiva (ZEE), de acordo com elementos cedidos por Sousa Reis (2006), com Km 2, representando 1,6% das ZEE s mundiais, num total de Km 2, apenas efectua 0,2% das capturas mundiais. Em 2005, através da Resolução do Conselho de Ministros nº 9/ 2 005, foi criada a Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC), cuja missão é a de preparar e submeter às entidades internacionais competentes a proposta de extensão da plataforma continental nacional. A ser aceite esta proposta, Portugal passará para o dobro a sua área de influência, aumentando-a de Km 2 para cerca de Km 2, equivalendo a 91% da área imersa da União Europeia (EMPCE, 2012), conforme pode ser observado na Figura 3. Figura 3 - Proposta para extensão da plataforma continental nacional (EMPCE, 2012). 27

50 Esta tradição de pesca reflecte-se no consumo de pescado. Segundo estatísticas da Comissão Europeia, citadas pela APROMAR (2013), Portugal apresenta o maior consumo anual de peixe per capita, da União Europeia, correspondendo em 2009 a um valor aproximado de 62 kg/ pessoa/ ano, seguido da Espanha com um consumo de cerca de 45 kg/ pessoa/ ano. No mesmo período a média comunitária foi de 25 kg/ pessoa/ ano. Perante os recentes desafios provocados pelo condicionamento do livre acesso aos recursos pesqueiros mundiais, à sua diminuição e ao incremento de consumo de pescado seria expectável que Portugal acompanhasse o esforço mundial relativamente ao aumento da sua produção aquícola. No entanto e na prática verifica-se que a postura nacional, perante os mesmos desafios, se caracteriza por uma total passividade, vindo constantemente a perder posição quer no sector pesqueiro quer no sector da aquicultura. 28

51 7.1. AS PESCAS NOS ÚLTIMOS ANOS De modo a permitir uma melhor compreensão do panorama português na área das pescas torna-se necessário efectuar a evolução das descargas em território nacional (continente e ilhas) nos últimos anos EVOLUÇÃO DAS CAPTURAS O pescado capturado em águas nacionais pode ter mais que um destino final. Este pode ser desembarcado nas lotas nacionais, em pontos de descarga no exterior onde os mesmos estejam a operar ou, nomeadamente, em Espanha, em portos próximos do território nacional nos quais o pescado tenha valores mais competitivos. Os elementos colhidos neste trabalho têm por base as estatísticas anuais publicadas primeiramente pelo Gabinete de Estudos e Planeamento das Pescas entre 1987 e 1992 e posteriormente e até ao presente pela Direcção-Geral das Pescas e Aquicultura, numa publicação anual denominada Recursos da Pesca. Estas estatísticas reportam-se ao desembarque registado em território nacional (continente e ilhas) em volume e em valor médio do mesmo. O volume é expresso em ton e o valor médio em euros, tendo-se aplicado para os anos anteriores a 2002 a conversão de 1,00 ser equivalente a 200$482 Escudos. Da análise do Gráfico 14, retirados das estatísticas provenientes do Gabinete de Estudos e Planeamento das Pescas (GEPP) e da Direcção-Geral das Pescas e Aquicultura (DGPA) entre 1986 e 2012 (cujo quadro resumo se encontra no Anexo 1), rapidamente ressalta que o volume de pescado desembarcado tem vindo a diminuir gradualmente desde 1986, passando de ,70 ton, para ,00 ton em Inversamente, o seu valor económico aumentou, passando de ,00 em 1986 com um preço médio de 0,66 / kg, para ,00 em 2012, com um preço médio de 1,81 / kg. Neste 29

52 período constata-se ainda que a redução de pescado desembarcado foi de 57,46%, tendo o seu valor aumentado em 56,37%. Este último facto revela que o mercado consumidor é deficitário em pescado o que obriga à sua importação, com prejuízo para a balança comercial portuguesa. Gráfico 14 - Evolução da quantidade total de pescado desembarcado em Portugal entre 1986 e 2012, em quantidade e respectivo valor económico (GEPP e DGPA) Pescado desembarcado (toneladas) Valor económico (x Euros) 0 Anos Considerando que no último Recenseamento Geral da População, realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE, 2011), existiam em Portugal habitantes e tendo em atenção o consumo médio de pescado nacional por ano de 62 kg/ pessoa, constata-se que em 2011 foram necessárias para a alimentação cerca de ton de pescado. No mesmo ano foram desembarcados cerca de ,50 ton de pescado, apresentando 25% do total necessário, pelo que o país se viu obrigado a importar os restantes 75% de pescado que consumido. Transpondo o mesmo número de habitantes para 1986, com o mesmo consumo per capita, ano em que foram desembarcados ton em portos nacionais, verifica-se que o país foi autónomo em 40% das suas necessidades de pescado. Aplicando o preço médio do pescado de 2011 (1,67 / kg), verifica-se que Portugal teve de importa nesse ano, no mínimo, cerca de de pescado. 30

53 Ton 7.2. EVOLUÇÃO DA AQUICULTURA NOS ÚLTIMOS ANOS Tendo por base os elementos apresentados inicialmente pelo GEPP e posteriormente pela DGPA, resumidas no anexo 2, verifica-se no Gráfico 15, que entre 1985 e 2011 a aquicultura nacional apresentou um decréscimo na ordem dos 13,5%, passando de ton para ton/ano. Tal significa que a sua produção anual neste período de tempo baixou ( ton). O valor de produção anual mais elevado foi registado em 1986 com ton e o mais baixo em 1999 com ton. A aquicultura nacional compreende basicamente espécies de dois grandes grupos: peixes e moluscos, sendo estes maioritariamente bivalves. Gráfico 15 - Evolução da produção de aquicultura em Portugal entre 1985 e 2011, em toneladas (GEPP e DGPA) Peixe Bivalves Total Anos O principal grupo actual de produção é o dos peixes, que tem assistido a um incremento, passando de uma produção registada de ton, em 1985 (maioritariamente representada pela produção de trutas) para ton, em Estes valores expressam um crescimento da ordem dos 117%. 31

54 Ton No Gráfico 16 pode observar-se a evolução das principais espécies de peixes produzidas em piscicultura entre 1985 e Gráfico 16 - Evolução da produção das principais espécies em piscicultura em Portugal entre 1985 e 2011, em toneladas (GEPP e DGPA) Dourada Enguia Linguado Robalo Pregado Truta Atum rabilo Corvina Total Anos Até 1997 assistiu-se à predominância de trutas arco-íris e, a partir desse ano, ao domínio dos peixes marinhos, em especial a partir de 2007 com a produção de rodovalho/ pregado que em 2011 correspondeu a cerca de 57% do total da produção de peixe (3.197 ton para de produção total anual de rodovalho). Ainda em 2011, o segundo grupo, o dos moluscos, essencialmente associado à produção de bivalves e que em 1985 era o mais representativo (8.000 ton), representa actualmente valores inferiores à da produção de peixes. A sua produção teve uma queda de 44% relativamente ao valor registado em No Gráfico 17 pode-se verificar a evolução dos moluscos em aquicultura entre 1985 e As principais espécies produzidas são as amêijoas, seguida das ostras e em terceiro lugar de mexilhões. 32

55 Ton Gráfico 17 - Evolução da produção de moluscos em Portugal entre 1985 e 2011, em toneladas (GEPP e DGPA) Ameijoa Berbigão Lambujinha Longueirão Mexilhão Ostra Outros bivalves Total Anos No entanto, convém realçar que estas estatísticas oficiais contêm alguns dados que são fortemente questionáveis. Destacam-se o das produções de trutas, em que atendendo às capacidades reais e condicionalismos das truticulturas em 1990 e 1991 era completamente impossível terem atingido um máximo de ton/ ano, considerando-se o valor de 822 ton de 2004 como sendo mais realista. Igualmente é de estranhar o registo de produção de salmão do atlântico em 1998 com um valor de 250 ton, quando as duas salmoniculturas existentes em Portugal (Cantanhede e Viana do Castelo) a partir de 1993 tinham cessado a produção desta espécie. Igualmente nunca existiram registos de produção de salmão do atlântico entre 1990 e Estes são alguns exemplos dos muitos de que enfermam as estatísticas apresentadas pelos organismos oficiais supramencionados. 33

56 34

57 7.3. OS SISTEMAS DE PRODUÇÃO E SUA CARATERIZAÇÃO ÁGUA DOCE A truticultura é considerada a piscicultura intensiva pioneira em Portugal. A sua localização situa-se nos rios e barragens do Norte do país. Teve como agente de fomento a Direcção-Geral de Florestas, detentora de uma série de pequenos postos aquícolas distribuídos pela região Centro e Norte, com a finalidade de reprodução de truta comum para repovoamento dos rios. Paralelamente, dedica à produção de truta arco-íris para venda de ovos, alevins (trutas pequenas para repovoamento de outras truticulturas) e truta com tamanho comercial (peso médio individual de 300 gramas). Não obstante os registos estatísticos oficiais referirem níveis de produção da ordem das ton/ ano em 1990 e 1991, tal nunca se verificou devido a vários factores. Em 2011 apresenta-se uma produção anual de ton, o que é um valor manifestamente exagerado virtude da maior parte das truticulturas nacionais terem encerrado a sua actividade a partir de Neste momento só uma empresa que reúne 2 truticulturas produzirá mais de 90% da produção nacional. Durante bastante tempo somente existiu a Direcção-Geral de Florestas como entidade produtora de trutas. Posteriormente, em Paredes de Coura foi instalada a maior truticultura nacional privada. Só após a integração na Comunidade Económica Europeia, com os apoios comunitários, é que se verificou a instalação de um maior número de unidades de produção privadas. Sensivelmente a partir de 1996 não se verificou a criação de novas unidades, assistindo-se ao encerramento de parte significativa das mesmas. No que toca à produção de enguias em água doce, existiram quatro anguiliculturas de água doce que se encontram actualmente encerradas. As causas desta situação nas pisciculturas de águas interiores são várias, salientando-se os problemas de ordem técnica, da administração pública e empresarial. 35

Aquacultura em Portugal. 26 de Fevereiro de 2014 APA - Associação Portuguesa de Aquacultores 1

Aquacultura em Portugal. 26 de Fevereiro de 2014 APA - Associação Portuguesa de Aquacultores 1 Aquacultura em Portugal 26 de Fevereiro de 2014 APA - Associação Portuguesa de Aquacultores 1 Associação de âmbito nacional Representa 90% da produção aquícola nacional Principal interlocutor do sector

Leia mais

Sistemas de Produção

Sistemas de Produção Sistemas de Produção Portugal assume-se como um país onde pontifica a diversidade. Assim, praticamente todos os sistemas de produção existentes estão representados em Portugal: intensivo em estruturas

Leia mais

Dá a um homem um peixe e alimentá-lo-ás por um dia. Ensina-o a cultivá-los e alimentá-lo-ás para toda a vida. (provérbio chinês)

Dá a um homem um peixe e alimentá-lo-ás por um dia. Ensina-o a cultivá-los e alimentá-lo-ás para toda a vida. (provérbio chinês) Aquacultura Biologia Marinha 07-0808 SÓ MAIS 50 ANOS COM PEIXES NO MAR SÓ MAIS 50 ANOS COM PEIXES NO MAR Pesquisadores norte-americanos e canadenses analisaram dados colhidos desde 1950 e concluíram: a

Leia mais

AQUICULTURA + MAR FAZER ACONTECER O MAR!

AQUICULTURA + MAR FAZER ACONTECER O MAR! AQUICULTURA + MAR FAZER ACONTECER O MAR! Aveiro, 30 de Agosto de 2016 Estratégia Aquicultura + Promover o desenvolvimento de atividades de aquicultura sustentáveis na União Europeia, a fim de contribuir

Leia mais

A TÓ IO IO GOUVEIA AQUACULTURA

A TÓ IO IO GOUVEIA AQUACULTURA A TÓ IO IO GOUVEIA ANTÓNIO NIO GOUVEIA ANTÓNIO NIO PAULO CARVALHO I. INTRODUÇÃO - Historial - Definição de aquacultura. - Estabelecimento da aquacultura a nível mundial. - Estabelecimento da aquacultura

Leia mais

Limitação à captura de sardinha faz disparar as importações e reforça a importância da captura de espécies pouco valorizadas

Limitação à captura de sardinha faz disparar as importações e reforça a importância da captura de espécies pouco valorizadas Estatísticas da Pesca 215 31 de maio de 216 Limitação à captura de sardinha faz disparar as importações e reforça a importância da captura de espécies pouco valorizadas Em 215 a frota de pesca nacional

Leia mais

INE divulga dados da Pesca 2007

INE divulga dados da Pesca 2007 Estatísticas da Pesca 2007 04 de Julho 2008 INE divulga dados da Pesca 2007 As 5 050 embarcações de pesca que operaram em Portugal em 2007 geraram um volume de capturas de pescado fresco em portos nacionais

Leia mais

Aquacultura. Consiste na manipulação dos meios aquáticos naturais ou artificiais para levar a cabo a produção de espécies úteis ao homem.

Aquacultura. Consiste na manipulação dos meios aquáticos naturais ou artificiais para levar a cabo a produção de espécies úteis ao homem. 1 Aquacultura Engloba todas as actividades que têm por objectivo a produção, transformação e comercialização ili de espécies aquáticas, quer se trate de animais ou plantas de água doce, salobra ou salgada.

Leia mais

PORTUGAL NO MUNDO E NA UE (2015, fonte: FAO e Eurostat)

PORTUGAL NO MUNDO E NA UE (2015, fonte: FAO e Eurostat) Observatório europeu do mercado dos produtos da pesca da aquacultura PORTUGAL NO MUNDO E NA UE (2015, fonte: FAO e Eurostat) Portugal ocupa a 11 ª posição na UE no que respeita à produção das pescas e

Leia mais

A aquicultura mundial tem crescido 6 a 8% por ano sendo o sector da produção alimentar. Produção Aquicola Mundial (t) by FAO

A aquicultura mundial tem crescido 6 a 8% por ano sendo o sector da produção alimentar. Produção Aquicola Mundial (t) by FAO 1 Aquicultura e o mundo 1.1 A aquicultura mundial tem crescido 6 a 8% por ano sendo o sector da produção alimentar que apresenta melhor crescimento Produção Aquicola Mundial (t) by FAO 80.000.000 70.000.000

Leia mais

A Competitividade da Aquicultura Brasileira. Márcio Caparroz Diretor Técnico da AB TILÁPIA

A Competitividade da Aquicultura Brasileira. Márcio Caparroz Diretor Técnico da AB TILÁPIA A Competitividade da Aquicultura Brasileira. Márcio Caparroz Diretor Técnico da AB TILÁPIA 1 I. Como atender a demanda mundial por proteína? I. Como atender a demanda mundial por proteína?.... 2 II. Aquicultura

Leia mais

Consumo de pescado. Consumo de peixe per capita por ano (Fonte: FAO)

Consumo de pescado. Consumo de peixe per capita por ano (Fonte: FAO) Lisboa, 17 de Outubro de 2013 Consumo de pescado O consumo de pescado, incluíndo a produção em aquicultura, é uma fonte importante de alimentação, emprego e rendimento em muitos países e comunidades. Nos

Leia mais

Importância da Pesca, em particular em Portugal

Importância da Pesca, em particular em Portugal ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- Universidade do Algarve Faculdade de Ciências do Mar e do Ambiente Mestrado em Biologia Marinha

Leia mais

Programa Operacional

Programa Operacional Programa Operacional Rodrigo Brum Vila Real 23 de abril de 2016 UNIÃO EUROPEIA Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas Mar Português - Visão Global Vasta Zona Económica Exclusiva Elevada diversidade

Leia mais

Nos últimos dois anos o aumento da quota de pesca e as trocas de quotas com Espanha quase duplicaram as possibilidades de pesca do biquerão

Nos últimos dois anos o aumento da quota de pesca e as trocas de quotas com Espanha quase duplicaram as possibilidades de pesca do biquerão Estatísticas da Pesca 2017 30 de maio de 2018 Nos últimos dois anos o aumento da quota de pesca e as trocas de quotas com Espanha quase duplicaram as possibilidades de pesca do biquerão Em 2017 a frota

Leia mais

Programa Operacional. Rodrigo Brum Ilhavo 25 de maio de UNIÃO EUROPEIA. Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas

Programa Operacional. Rodrigo Brum Ilhavo 25 de maio de UNIÃO EUROPEIA. Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas Programa Operacional Rodrigo Brum Ilhavo 25 de maio de 2016 UNIÃO EUROPEIA Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas Mar Português - Visão Global Vasta Zona Económica Exclusiva Elevada diversidade

Leia mais

Receita do pescado transacionado em lota, impulsionada pelo aumento do preço médio, aumenta 3,3% e ascende a 269,5 milhões de euros

Receita do pescado transacionado em lota, impulsionada pelo aumento do preço médio, aumenta 3,3% e ascende a 269,5 milhões de euros Estatísticas da Pesca 31 de maio de 2017 Receita do pescado transacionado em lota, impulsionada pelo aumento do preço médio, aumenta 3,3 e ascende a 269,5 milhões de euros Em, a quantidade de pescado fresco

Leia mais

Importância da Piscicultura Tema 1

Importância da Piscicultura Tema 1 Importância da Piscicultura Tema 1 The Economist - Mulheres que consomem mais peixe durante a gravidez têm crianças mais saudáveis. A quantidade de Ómega 3 presente em alguns alimentos é um factor que

Leia mais

APA Associação Portuguesa de Aquacultores AQUACULTURA EM PORTUGAL: POTENCIAL AINDA POR EXPLORAR

APA Associação Portuguesa de Aquacultores AQUACULTURA EM PORTUGAL: POTENCIAL AINDA POR EXPLORAR AQUACULTURA EM PORTUGAL: POTENCIAL AINDA POR EXPLORAR Aquacultura representa metade do consumo humano de pescado no Mundo e continua a crescer Nos últimos dez anos a aquacultura registou a nível mundial

Leia mais

EVOLUÇÃO DA BALANÇA DE PAGAMENTOS NO SECTOR DA AZEITONA DE MESA ENTRE 2000 E 2009

EVOLUÇÃO DA BALANÇA DE PAGAMENTOS NO SECTOR DA AZEITONA DE MESA ENTRE 2000 E 2009 EVOLUÇÃO DA BALANÇA DE PAGAMENTOS NO SECTOR DA AZEITONA DE MESA ENTRE 2 E 29 Observatório dos Mercados Agrícolas e das Importações Agro-Alimentares Alimentares EVOLUÇÃO DA BALANÇA DE PAGAMENTOS DO SECTOR

Leia mais

Técnicas de maneio, sistemas de gestão e sistemas de produção em aquacultura biológica

Técnicas de maneio, sistemas de gestão e sistemas de produção em aquacultura biológica Técnicas de maneio, sistemas de gestão e sistemas de produção em aquacultura biológica Maria Emília Cunha e Pedro Pousão-Ferreira Estação Piloto de Piscicultura de Olhão, INRB, I.P./ IPIMAR-Olhão, Av.

Leia mais

A Competitividade da Aquicultura Brasileira. São Paulo, 30 de Maio de 2011

A Competitividade da Aquicultura Brasileira. São Paulo, 30 de Maio de 2011 A Competitividade da Aquicultura Brasileira. São Paulo, 30 de Maio de 2011 Tito Livio Capobianco Jr. Presidente AB TILÁPIA Vice-Presidente SIPESP Sócio e Diretor Comercial GeneSeas Aquacultura 1 I. Panorama

Leia mais

EVOLUÇÃO DA BALANÇA DE PAGAMENTOS NO SECTOR HORTOFRUTÍCOLA ENTRE 2000 E 2009

EVOLUÇÃO DA BALANÇA DE PAGAMENTOS NO SECTOR HORTOFRUTÍCOLA ENTRE 2000 E 2009 EVOLUÇÃO DA BALANÇA DE PAGAMENTOS NO SECTOR HORTOFRUTÍCOLA ENTRE 2 E 29 Alimentares EVOLUÇÃO DA BALANÇA DE PAGAMENTOS DO SECTOR DOS HORTÍCOLAS ENTRE 2 E 29 A produção de vegetais e hortícolas cresceu,

Leia mais

Censos 2001: Resultados Provisórios

Censos 2001: Resultados Provisórios Censos 2001: Resultados Provisórios As expressões sublinhadas encontram-se explicadas no final do texto PRINCIPAIS TENDÊNCIAS EVIDENCIADAS PELOS RESULTADOS PROVISÓRIOS DOS CENSOS 2001 Na População A 12

Leia mais

Domínio: Atividades Económicas. Subdomínio: Pesca

Domínio: Atividades Económicas. Subdomínio: Pesca Domínio: Atividades Económicas Subdomínio: Pesca Resumo 1 2 3 4 Fatores que condicionam a pesca Tipos de pesca Desafios da pesca Aquacultura 5 Retrato de Portugal Fatores que condicionam a pesca Os oceanos

Leia mais

PORTUGAL A CRESCER ECONOMIA DO MAR. Roadshow Portugal Global Setúbal, 2 de março de May 2015

PORTUGAL A CRESCER ECONOMIA DO MAR. Roadshow Portugal Global Setúbal, 2 de março de May 2015 PORTUGAL A CRESCER ECONOMIA DO MAR Roadshow Portugal Global Setúbal, 2 de março de 2016 May 2015 Uma oportunidade económica Área: 92,152 Km 2 (108 º maior país do Mundo) Linha de Costa: 1,859 Km (incluindo

Leia mais

OS RECURSOS PISCÍCOLAS

OS RECURSOS PISCÍCOLAS 1 OS RECURSOS PISCÍCOLAS 16 9,7 12 21,7 27,8 7,8 8,2 6,6 21,1 Contributo do pescado na dieta alimentar (% do total de proteínas animais) Mundo Europa Oriental Europa Ocidental Ásia do sul e sudeste Ásia

Leia mais

Panorama da Aqüicultura Nacional Pesquisador João Donato Scorvo Filho

Panorama da Aqüicultura Nacional Pesquisador João Donato Scorvo Filho Panorama da Aqüicultura Nacional Pesquisador João Donato Scorvo Filho jdscorvo@sp.gov.br A aqüicultura, em franco desenvolvimento, vem se impondo como atividade pecuária, embora ainda seja considerada

Leia mais

EVOLUÇÃO DA BALANÇA DE PAGAMENTOS DO SECTOR DAS CARNES

EVOLUÇÃO DA BALANÇA DE PAGAMENTOS DO SECTOR DAS CARNES EVOLUÇÃO DA BALANÇA DE PAGAMENTOS DO SECTOR DAS CARNES Versão actualizada em Fevereiro de 211 Observatório dos Mercados Agrícolas e das Importações Agro-Alimentares EVOLUÇÃO DA BALANÇA DE PAGAMENTOS DO

Leia mais

Jornadas Locais sobre Sustentabilidade

Jornadas Locais sobre Sustentabilidade Jornadas Locais sobre Sustentabilidade Aquicultura na Península Setúbal Expectativas Cristina Borges (DGRM) 1 2 Nº Estabelecimentos Ativos 60 50 40 30 20 10 0 52 41 42 2012 2013 2014 3 Produção (kg) 1

Leia mais

Apontamentos para contextualização da produção de caprinos a nível nacional e mundial

Apontamentos para contextualização da produção de caprinos a nível nacional e mundial Apontamentos para contextualização da produção de caprinos a nível nacional e mundial 1- Quadro nacional: que destaques principais? 2- Quadro mundial semelhante ao nacional? 3- Dados estatísticos complementares

Leia mais

Valorização Sustentável do Polvo (Octopus vulgaris)

Valorização Sustentável do Polvo (Octopus vulgaris) Valorização Sustentável do Polvo (Octopus vulgaris) DGRM, Isabel Teixeira, Quarteira, 17 de junho de 2013 GESTÃO SUSTENTÁVEL DO RECURSO A Direção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos

Leia mais

Pond. Aquacultura Onshore

Pond. Aquacultura Onshore Pond Aquacultura Onshore ÍNDICE LONGLINE ENVIRONMENT 3 POND AQUACULTURE MANAGEMENT AND DEVELOPMENT 3 POND APLICADO 4 DESCRIPÇÃO DE POND 5 DADOS DO CENTRO DE CULTIVO 7 OUTRAS INFORMAÇÕES 8 CONTACTOS 9 POND

Leia mais

Capturas no Atlântico Norte. Documento Metodológico Versão 1.0

Capturas no Atlântico Norte. Documento Metodológico Versão 1.0 Capturas no Atlântico Norte Documento Metodológico Versão 1.0 Dezembro 2008 INTRODUÇÃO A operação estatística Capturas no Atlântico Norte integra-se na produção corrente de Estatísticas da Pesca, atividade

Leia mais

A PROCURA DE EMPREGO DOS DIPLOMADOS DESEMPREGADOS COM HABILITAÇÃO SUPERIOR JUNHO DE 2007

A PROCURA DE EMPREGO DOS DIPLOMADOS DESEMPREGADOS COM HABILITAÇÃO SUPERIOR JUNHO DE 2007 A PROCURA DE EMPREGO DOS DIPLOMADOS DESEMPREGADOS COM HABILITAÇÃO SUPERIOR JUNHO DE 2007 Nº 1 28 de Setembro de 2007 FICHA TÉCNICA Título A procura de emprego dos diplomados desempregados com habilitação

Leia mais

América Latina: Uma região Produtora e um Mercado Crescente para a Tilápia

América Latina: Uma região Produtora e um Mercado Crescente para a Tilápia América Latina: Uma região Produtora e um Mercado Crescente para a Tilápia Felipe Matias Secretário-Executivo Red de Acuicultura de Las Américas (RAA/ FAO) Aquaculture Network of Americas (RAA/ FAO) Setembro

Leia mais

1. No artigo 1. o, a alínea b), subalínea ii), passa a ter a seguinte redacção:

1. No artigo 1. o, a alínea b), subalínea ii), passa a ter a seguinte redacção: 12.4.2011 Jornal Oficial da União Europeia L 97/9 REGULAMENTO (UE) N. o 350/2011 DA COMISSÃO de 11 de Abril de 2011 que altera o Regulamento (CE) n. o 1251/2008 no que diz respeito aos requisitos em matéria

Leia mais

A Indústria Portuguesa de Moldes

A Indústria Portuguesa de Moldes A Indústria Portuguesa de Moldes A Indústria Portuguesa de Moldes tem vindo a crescer e a consolidar a sua notoriedade no mercado internacional, impulsionada, quer pela procura externa, quer pelo conjunto

Leia mais

Situação Actual da Indústria Portuguesa de Moldes

Situação Actual da Indústria Portuguesa de Moldes Situação Actual da Indústria Portuguesa de Moldes A Indústria Portuguesa de Moldes tem vindo a crescer e a ganhar projecção a nível mundial, impulsionada, pela procura externa e pela perícia e experiência

Leia mais

Ponta Delgada, 12 de janeiro de Com os melhores cumprimentos, O Grupo Parlamentar do BE/Açores. (Zuraida Soares) (Paulo Mendes)

Ponta Delgada, 12 de janeiro de Com os melhores cumprimentos, O Grupo Parlamentar do BE/Açores. (Zuraida Soares) (Paulo Mendes) Excelentíssima Senhora Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores Assunto: Apoio financeiro a pescadores e armadores durante a cessação temporária de atividades de pesca - captura

Leia mais

3. Evolução do Mercado Segurador e de Fundos de Pensões

3. Evolução do Mercado Segurador e de Fundos de Pensões 3. Evolução do Mercado Segurador e de Fundos de Pensões No ano 2008, o volume de produção de seguro directo em Portugal ascendeu a 15.336 milhões de euros, o que traduz um acréscimo de 11,5% face ao valor

Leia mais

A Indústria Portuguesa de Moldes

A Indústria Portuguesa de Moldes A Indústria Portuguesa de Moldes A Indústria Portuguesa de Moldes tem vindo a crescer e a consolidar a sua notoriedade no mercado internacional, impulsionada, quer pela procura externa, quer por uma competitiva

Leia mais

L 57/10 Jornal Oficial da União Europeia

L 57/10 Jornal Oficial da União Europeia L 57/10 Jornal Oficial da União Europeia 2.3.2011 REGULAMENTO (UE) N. o 202/2011 DA COMISSÃO de 1 de Março de 2011 que altera o anexo I do Regulamento (CE) n. o 1005/2008 do Conselho no que diz respeito

Leia mais

nº 4 Dezembro 2009 A VINHA E O VINHO CONJUNTURA MUNDIAL

nº 4 Dezembro 2009 A VINHA E O VINHO CONJUNTURA MUNDIAL nº 4 Dezembro 2009 A VINHA E O VINHO CONJUNTURA MUNDIAL 2005 A 2008 A VINHA E O VINHO CONJUNTURA MUNDIAL Índice 1. INTRODUÇÃO 2 2. ÁREA DE VINHA 3 3. PRODUÇÃO 5 4. CONSUMO GLOBAL 8 5. CONSUMO PER CAPITA

Leia mais

O transporte marítimo e a internacionalização da economia portuguesa Uma década perdida?

O transporte marítimo e a internacionalização da economia portuguesa Uma década perdida? 4/10/2012 O transporte marítimo e a internacionalização da economia portuguesa Uma década perdida? 1. Introdução O movimento global de mercadorias registado nos portos portugueses cresceu 24% entre 1999

Leia mais

América Latina: Uma região Produtora e um Mercado Crescente para a Tilápia

América Latina: Uma região Produtora e um Mercado Crescente para a Tilápia América Latina: Uma região Produtora e um Mercado Crescente para a Tilápia Felipe Matias Secretário Executivo Red de Acuicultura de Las Américas (RAA/ FAO) Aquaculture Network of Americas (RAA/ FAO) Setembro

Leia mais

DIA NACIONAL DA ÁGUA 2007 Água, um bem ambiental global António Eira Leitão

DIA NACIONAL DA ÁGUA 2007 Água, um bem ambiental global António Eira Leitão 1 DIA NACIONAL DA ÁGUA 2007 Água, um bem ambiental global António Eira Leitão GEOTA 1 de Outubro 2007 Dia Nacional da Água A função social e a importância económica e ambiental da água 2 A água é um dos

Leia mais

INFORMAÇÃO PRIVILEGIADA

INFORMAÇÃO PRIVILEGIADA INFORMAÇÃO PRIVILEGIADA ANÚNCIO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS 2009 Em 2009, os Resultados Líquidos do Grupo CIMPOR, após Interesses Minoritários, cifraram-se em 237 milhões de euros, ultrapassando em cerca

Leia mais

1. ORIENTAÇÕES PARA A VALORIZAÇÃO DO PESCADO EM PORTUGAL

1. ORIENTAÇÕES PARA A VALORIZAÇÃO DO PESCADO EM PORTUGAL 1. ORIENTAÇÕES PARA A VALORIZAÇÃO DO PESCADO EM PORTUGAL Com o objectivo de retirar do Colóquio orientações para desenvolver projectos de valorização do pescado em Portugal, de forma assertiva e coesa,

Leia mais

INQUÉRITO ÀS PLANTAÇÕES DE ÁRVORES DE FRUTO 2002

INQUÉRITO ÀS PLANTAÇÕES DE ÁRVORES DE FRUTO 2002 Informação à Comunicação Social 16 de Dezembro de INQUÉRITO ÀS PLANTAÇÕES DE ÁRVORES DE FRUTO Introdução O Inquérito às Plantações de Árvores de Fruto é um operação estatística obrigatória (Directiva 1/9/CE

Leia mais

EVOLUÇÃO DA BALANÇA DE PAGAMENTOS DO SECTOR VITIVINÍCOLA ENTRE 2000 E 2009

EVOLUÇÃO DA BALANÇA DE PAGAMENTOS DO SECTOR VITIVINÍCOLA ENTRE 2000 E 2009 EVOLUÇÃO DA BALANÇA DE PAGAMENTOS DO SECTOR VITIVINÍCOLA ENTRE 2000 E 2009 Observatório rio dos Mercados Agrícolas e das Importações Agro-Alimentares Alimentares Julho 2011 EVOLUÇÃO DA BALANÇA DE PAGAMENTOS

Leia mais

Roteiro do Mar. UNIVERSIDADE DE AVEIRO 23 de fevereiro de 2015 UNIÃO EUROPEIA

Roteiro do Mar. UNIVERSIDADE DE AVEIRO 23 de fevereiro de 2015 UNIÃO EUROPEIA Roteiro do Mar UNIVERSIDADE DE AVEIRO 23 de fevereiro de 2015 UNIÃO EUROPEIA Roteiro do Mar UNIVERSIDADE DE AVEIRO 23 de fevereiro de 2015 UNIÃO EUROPEIA Nova Politica 2014-2020 - Mensagens Chave O Fundo

Leia mais

AGRICULTURA BIOLÓGICA Em Portugal e no Mundo Estratégia Nacional

AGRICULTURA BIOLÓGICA Em Portugal e no Mundo Estratégia Nacional AGRICULTURA BIOLÓGICA Em Portugal e no Mundo Estratégia Nacional AGROBIO Missão: Promover a agricultura biológica em Portugal, fornecendo meios que auxiliem o consumidor e o produtor a efetuarem as melhores

Leia mais

BOLETIMESTATÍSTICO Nº39 3º QUADRIMESTRE DE 2017 MAIS INFORMAÇÃO / MAIOR CONHECIMENTO / MELHOR DECISÃO

BOLETIMESTATÍSTICO Nº39 3º QUADRIMESTRE DE 2017 MAIS INFORMAÇÃO / MAIOR CONHECIMENTO / MELHOR DECISÃO BOLETIMESTATÍSTICO Nº39 3º QUADRIMESTRE DE 1 MAIS INFORMAÇÃO / MAIOR CONHECIMENTO / MELHOR DECISÃO BOLETIM ESTATÍSTICO Município de Vila Real de Stº António POPULAÇÃO Movimentos da população em VRSA /

Leia mais

A RAA em números. Geografia

A RAA em números. Geografia 09 Foto: Espectro A RAA em números Geografia O arquipélago dos Açores é constituído por nove ilhas dispersas no Atlântico Norte ao longo de 600 km, segundo uma orientação noroeste-sudeste e enquadrado

Leia mais

(Actos não legislativos) REGULAMENTOS

(Actos não legislativos) REGULAMENTOS 30.1.2010 Jornal Oficial da União Europeia L 26/1 II (Actos não legislativos) REGULAMENTOS REGULAMENTO (UE) N. o 86/2010 DA COMISSÃO de 29 de Janeiro de 2010 que altera o anexo I do Regulamento (CE) n.

Leia mais

Ano II Nº 1 PESCA E AQUICULTURA DO NORDESTE

Ano II Nº 1 PESCA E AQUICULTURA DO NORDESTE Ano II Nº 1 PESCA E AQUICULTURA DO NORDESTE 2012 Banco do Nordeste do Brasil Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste ETENE Central de Informações Econômicas, Sociais e Tecnológicas - CIEST

Leia mais

Obras concluídas e licenciamento decrescem mais do que em 2005

Obras concluídas e licenciamento decrescem mais do que em 2005 Estatísticas da Construção e Habitação 2006 31 de Julho 2007 Obras concluídas e licenciamento decrescem mais do que em 2005 Com base nos dados das Estatísticas da Construção e Habitação 2006, a partir

Leia mais

ANEXOS 1-3 REGULAMENTO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO

ANEXOS 1-3 REGULAMENTO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 17.12.2013 COM(2013) 889 final ANNEXES 1 to 3 ANEXOS 1-3 do REGULAMENTO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO que altera os Regulamentos (CE) n.º 850/98, (CE) n.º 2187/2005, (CE)

Leia mais

- Procedeu-se à construção de um açude de terra para fechar o rio Sorraia de forma a se conseguir aproveitar toda a água disponível no mesmo.

- Procedeu-se à construção de um açude de terra para fechar o rio Sorraia de forma a se conseguir aproveitar toda a água disponível no mesmo. Comentários da Associação de Beneficiários da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira às Questões Significativas da gestão da água da Bacia Hidrográfica do Tejo. Introdução O Aproveitamento Hidroagrícola

Leia mais

I - NATURAL II - ESTRUTURAL. Os problemas estruturais que caracterizam a agricultura nacional podem ser de ordem:

I - NATURAL II - ESTRUTURAL. Os problemas estruturais que caracterizam a agricultura nacional podem ser de ordem: Os problemas estruturais que caracterizam a agricultura nacional podem ser de ordem: I - NATURAL Relacionados com condicionalismos naturais, já que a atividade agrícola está muito dependente de fatores

Leia mais

Palavras-chave: pescado, piscicultura, regional Purus, sistema de produção

Palavras-chave: pescado, piscicultura, regional Purus, sistema de produção MANEJO PRODUTIVO DE PEIXES NO MUNICÍPIO DE SENA MADUREIRA - AC Leila de Oliveira SOARES* 1, André Luiz Nunes SILVEIRA 1, Jizele Barbosa do NASCIMENTO 1, Laine Oliveira da SILVA 1, Marina Marie Bento NOGUEIRA

Leia mais

A actividade piscatória em Portugal

A actividade piscatória em Portugal A actividade piscatória em Portugal I. Localização dos principais portos de pesca do país Guião do Aluno 1. Abre o Google Earth e na Opção de Viajar escreve Porto de Viana do Castelo e depois clica na

Leia mais

II Semana de Consumo Sustentável CONSUMO DE PEIXE RESPONSÁVEL E SUSTENTÁVEL. Contributo: PONG-Pesca Apresentação por Joana Margarida Pestana Dionísio

II Semana de Consumo Sustentável CONSUMO DE PEIXE RESPONSÁVEL E SUSTENTÁVEL. Contributo: PONG-Pesca Apresentação por Joana Margarida Pestana Dionísio CONSUMO DE PEIXE RESPONSÁVEL E SUSTENTÁVEL Contributo: PONG-Pesca Apresentação por Joana Margarida Pestana Dionísio ÍNDICE I. Apresentação da Plataforma de Organizações Não Governamentais sobre a Pesca

Leia mais

Escola ES/3 Dos Carvalhos Março 2007 Geografia A - 10

Escola ES/3 Dos Carvalhos Março 2007 Geografia A - 10 Análise da notícia Lisboa mais pobre Trabalho Realizado por: Ana Luísa nº2 Maria Elisa nº16 Mariana nº18 Marta Daniela nº19 10ºD 1 Título da Notícia Lisboa mais pobre Data de edição da notícia Setembro

Leia mais

Trabalho da Disciplina de Economia Internacional e Geopolítica. Professor: Fernando Seabra Alunos: Ricieri Pereira Francisco Paulini

Trabalho da Disciplina de Economia Internacional e Geopolítica. Professor: Fernando Seabra Alunos: Ricieri Pereira Francisco Paulini Trabalho da Disciplina de Economia Internacional e Geopolítica. Professor: Fernando Seabra Alunos: Ricieri Pereira Francisco Paulini Produtos Exportados por Santa Catarina: 2002 e 2009 e Análise de Mercados

Leia mais

Em 2015, o Algarve foi a região com maior crescimento, impulsionado pelo setor do turismo

Em 2015, o Algarve foi a região com maior crescimento, impulsionado pelo setor do turismo Contas Regionais 2014 e 2015Pe 16 de dezembro de 2016 Em 2015, o Algarve foi a região com maior crescimento, impulsionado pelo setor do turismo De acordo com os resultados preliminares de 2015, no Algarve

Leia mais

ATUAÇÕES PARA MELHORAR A MOBILIDADE E A ACESSIBILIDADE DOS PEIXES MIGRADORES NO HABITAT FLUVIAL

ATUAÇÕES PARA MELHORAR A MOBILIDADE E A ACESSIBILIDADE DOS PEIXES MIGRADORES NO HABITAT FLUVIAL ATUAÇÕES PARA MELHORAR A MOBILIDADE E A ACESSIBILIDADE DOS PEIXES MIGRADORES NO HABITAT FLUVIAL Apresentação pública do projeto MigraMiño-Minho Salvaterra do Miño, 27.novembro.2017 Índice 1. Enquadramento

Leia mais

EVOLUÇÃO DA BALANÇA DE PAGAMENTOS NO SECTOR DO AZEITE ENTRE 2000 E 2009

EVOLUÇÃO DA BALANÇA DE PAGAMENTOS NO SECTOR DO AZEITE ENTRE 2000 E 2009 EVOLUÇÃO DA BALANÇA DE PAGAMENTOS NO SECTOR DO AZEITE ENTRE 2 E 29 Observatório dos Mercados Agrícolas e das Importações Agro-Alimentares Alimentares EVOLUÇÃO DA BALANÇA DE PAGAMENTOS DO SECTOR DO AZEITE

Leia mais

Aquacultura: Desenvolvimento em Cabo Verde. Márcia Perazzo Valadares Costa

Aquacultura: Desenvolvimento em Cabo Verde. Márcia Perazzo Valadares Costa Aquacultura: Desenvolvimento em Cabo Verde Márcia Perazzo Valadares Costa Aquacultura Produção de matéria viva em meio aquático com viabilidade econômica Manejo dos biótopos aquáticos Domínio das técnicas

Leia mais

OBRAS CONCLUÍDAS E LICENCIAMENTO CAEM EM 2004

OBRAS CONCLUÍDAS E LICENCIAMENTO CAEM EM 2004 Estatísticas da Construção e Habitação 24 11 de Julho de 25 OBRAS CONCLUÍDAS E LICENCIAMENTO CAEM EM 24 Em 24 o número total de edifícios licenciados registou um decréscimo de 7,6% face ao ano anterior.

Leia mais

QUERCUS- ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA. Relatório de avaliação da implementação da Directiva Quadro da Água

QUERCUS- ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA. Relatório de avaliação da implementação da Directiva Quadro da Água QUERCUS- ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA Janeiro de 2016 Índice Enquadramento... 3 Resultados do de planeamento... 3 RH1... 4 RH2... 4 RH3... 5 RH4... 6 RH5... 6 RH7... 8 RH8... 8 Panorama

Leia mais

Verticalização da tilapicultura - O segredo para a produção em escala. Médico Veterinário Renato Morandi

Verticalização da tilapicultura - O segredo para a produção em escala. Médico Veterinário Renato Morandi Verticalização da tilapicultura - O segredo para a produção em escala Médico Veterinário Renato Morandi Renato Augusto Morandi Jaú - SP Idade: 31 anos Formação: Médico Veterinário pela Universidade Estadual

Leia mais

Plano Aquícola Nacional política e sua implementação

Plano Aquícola Nacional política e sua implementação Plano Aquícola Nacional política e sua implementação Carlos Alexandre Gomes de Alencar Engenheiro de Pesca, MSc. Superintendência Federal de Aquicultura e Pesca no Estado do Ceará A Aquicultura no mundo

Leia mais

Senhor Presidente Senhoras e Senhores Deputados Senhor Presidente do Governo Senhora e Senhores Membros do Governo

Senhor Presidente Senhoras e Senhores Deputados Senhor Presidente do Governo Senhora e Senhores Membros do Governo do Governo As propostas de Plano e Orçamento para 2005 e das Orientações de Médio Prazo para 2005-2008, agora em discussão, assinalam um novo ciclo para os Açores, após a fase do ciclo da Nova Autonomia

Leia mais

A Economia Azul face às alterações climáticas. Manuela Bocayuva Carvalho

A Economia Azul face às alterações climáticas. Manuela Bocayuva Carvalho A Economia Azul face às alterações climáticas Manuela Bocayuva Carvalho Economia Azul * Conceito: promoção atividades econômicas por meio do uso e manejo inteligente e sustentável dos espaço marinho e

Leia mais

PERFIL PROFISSIONAL TÉCNICO/A DE AQUICULTURA

PERFIL PROFISSIONAL TÉCNICO/A DE AQUICULTURA PERFIL PROFISSIONAL TÉCNICO/A DE AQUICULTURA Publicado no Despacho n.º13456/2008, de 14 de Maio, que aprova a versão inicial do Catálogo Nacional de Qualificações. 1ª Actualização publicada no Boletim

Leia mais

IPCTN.99 IPCTN.99 IPCTN.99 IPCTN.99

IPCTN.99 IPCTN.99 IPCTN.99 IPCTN.99 IPCTN.99 IPCTN.99 IPCTN.99 IPCTN.99 Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional S u m á r i o s e s t a t í s t i c o s S u m á r i o s e s t a t í s t i c o s S u m á r i o s e s t a t í

Leia mais

Factos e números sobre a PCP. Dados básicos sobre a Política Comum da Pesca

Factos e números sobre a PCP. Dados básicos sobre a Política Comum da Pesca Factos e números sobre a PCP Dados básicos sobre a Política Comum da Pesca Ediçãode2004 Estatísticas fornecidas pelo Eurostat. Encontramse disponíveis numerosas outras informações sobre a União Europeia

Leia mais

Portucel Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A. Informação Intercalar 1º Semestre de 2007

Portucel Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A. Informação Intercalar 1º Semestre de 2007 Portucel Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A. Sociedade Aberta Matriculada sob o nº. 05888/20001204 na Conservatória do Registo Comercial de Setúbal Capital Social: 767 500 000 N.I.P.C. 503 025 798

Leia mais

AGRICULTURA, PECUÁRIA E INDÚSTRIA TRANSFORMADORA RELATÓRIO DE CONJUNTURA

AGRICULTURA, PECUÁRIA E INDÚSTRIA TRANSFORMADORA RELATÓRIO DE CONJUNTURA AGRICULTURA, PECUÁRIA E INDÚSTRIA TRANSFORMADORA RELATÓRIO DE CONJUNTURA AEP / GABINETE DE ESTUDOS Julho de 2006 1. Sectores a montante da indústria agroalimentar Os sectores a montante da indústria agroalimentar

Leia mais

VII Congresso Nacional do Milho A perspectiva da produção do leite na economia futura do milho em Portugal OR

VII Congresso Nacional do Milho A perspectiva da produção do leite na economia futura do milho em Portugal OR OR 08-02-2010 01 Produzimos leite de alta qualidade, trabalhando em conjunto com os nossos clientes, fornecedores e colaboradores competentes e dedicados, fazendo da Eco-Eficiência o nosso desenvolvimento

Leia mais

1º Caderno de Exercícios

1º Caderno de Exercícios 1º Caderno de Exercícios Exercícios Referentes aos Capítulos 1 e 2 do Programa 1. Considere os seguintes elementos referentes ao Capital e o valor da Produção na empresa do Sr. A, ao longo dos últimos

Leia mais

Saber mais. Pescas AS PESCAS SÃO UM SECTOR VITAL PARA A ECONOMIA E O DESENVOLVIMENTO E NOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO?

Saber mais. Pescas AS PESCAS SÃO UM SECTOR VITAL PARA A ECONOMIA E O DESENVOLVIMENTO E NOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO? Pescas Saber mais AS PESCAS SÃO UM SECTOR VITAL PARA A ECONOMIA E O DESENVOLVIMENTO O mar e os recursos marinhos dão uma contribuição importante para o crescimento e o emprego na União Europeia: o mar

Leia mais

- PARQUES DE CAMPISMO- -Novembro 2017-

- PARQUES DE CAMPISMO- -Novembro 2017- - PARQUES DE CAMPISMO- -Novembro 2017- Departamento de Investigação, Planeamento e Estudos 22.novembro.2017 Índice Enquadramento 3 Oferta dos Parques de Campismo Portugal 5 Número de Parques de Campismo

Leia mais

Resultados Preliminares do Inquérito ao Consumo de Energia no Sector Doméstico 2010

Resultados Preliminares do Inquérito ao Consumo de Energia no Sector Doméstico 2010 Consumo de Energia no Sector Doméstico 20 Julho de 2011 2010 (1) Resultados Preliminares do Inquérito ao Consumo de Energia no Sector Doméstico 2010 Em Portugal assistiu-se a uma alteração dos hábitos

Leia mais

Caracterização Sócio-Económica do Concelho de Mondim de Basto Actividade Económica

Caracterização Sócio-Económica do Concelho de Mondim de Basto Actividade Económica 6. Em 2001 a taxa de actividade em Mondim de Basto ascendeu a 35,8%, valor este, ligeiramente inferior à média registada na NutIII-Tâmega e Região Norte. No concelho registou-se um acréscimo na taxa de

Leia mais

A Atividades Piscatória

A Atividades Piscatória A Atividades Piscatória A Pesca é a captura e extração de peixes e outras espécies aquáticas do seu meio natural como invertebrados, crustáceos e moluscos. Ancestralmente, é uma das atividades económicas

Leia mais

Alto Minho: desafio Portugal e a preparação da próxima geração de políticas do mar José Apolinário Gestor do PROMAR

Alto Minho: desafio Portugal e a preparação da próxima geração de políticas do mar José Apolinário Gestor do PROMAR Alto Minho: desafio 2020 Portugal e a preparação da próxima geração de políticas do mar 2014-2020 José Apolinário Gestor do PROMAR 12.Janeiro.2012 1 Visão Global do Sector Vasta Zona Económica Exclusiva

Leia mais

BOLETIM ESTATÍSTICO MAIS INFORMAÇÃO/MAIOR CONHECIMENTO/MELHOR DECISÃO Nº 13 - DEZEMBRO 2009

BOLETIM ESTATÍSTICO MAIS INFORMAÇÃO/MAIOR CONHECIMENTO/MELHOR DECISÃO Nº 13 - DEZEMBRO 2009 BOLETIM ESTATÍSTICO Nº 13 - DEZEMBRO 29 MAIS INFORMAÇÃO/MAIOR CONHECIMENTO/MELHOR DECISÃO População População residente em VRSA, 21 Município Freguesias Monte Gordo V.N. de Cacela VRSA a 14 anos 2 753

Leia mais

A pesca e o mercado de animais ornamentais

A pesca e o mercado de animais ornamentais A pesca e o mercado de animais ornamentais Quando se pensa num aquário, provavelmente imaginamos um ou vários peixes coloridos, característicos dos recifes de coral, nomeadamente das Caraíbas ou Sueste

Leia mais

Acção 7.1 Agricultura Biológica e Acção 7.2 Produção Integrada Execução relativa ao ano de 2015

Acção 7.1 Agricultura Biológica e Acção 7.2 Produção Integrada Execução relativa ao ano de 2015 Acção 7.1 Agricultura Biológica e Acção 7.2 Produção Integrada Execução relativa ao ano de 2015 Neste INFO AMBIENTE E ÁGUA faz-se uma primeira análise aos dados apresentados no Relatório de Execução Anual

Leia mais

Nas últimas duas décadas, o nível de instrução dos agricultores e a sua idade média aumentaram

Nas últimas duas décadas, o nível de instrução dos agricultores e a sua idade média aumentaram Nas últimas duas décadas, o nível de instrução dos agricultores e a sua idade média aumentaram O Instituto Nacional de Estatística produz, desde o início dos anos 80, um vasto conjunto de estatísticas

Leia mais

PLANO DE ACÇÃO DE DESENVOLVIMENTO DA AQUACULTURA

PLANO DE ACÇÃO DE DESENVOLVIMENTO DA AQUACULTURA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DO MAR, ÁGUAS INTERIORES E PESCAS INSTITUTO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA PESCA E AQUACULTURA PLANO DE ACÇÃO DE DESENVOLVIMENTO DA AQUACULTURA 1 Introdução Objectivos

Leia mais

Contas dos Sectores Institucionais

Contas dos Sectores Institucionais Contas dos Sectores Institucionais Ano de 2015 Próxima edição: Outubro de 2018 31de Outubro de 2017 Contacto (s): José Fernandes Joses.Fernandes@ine.gov.cv Contas dos Sectores Institucionais As contas

Leia mais

INE Divulga Estatísticas das Empresas em Seminário Internacional

INE Divulga Estatísticas das Empresas em Seminário Internacional Seminário Processos de Reengenharia nas Estatísticas das Empresas 2007 11 de Outubro de 2007 INE Divulga Estatísticas das Empresas em Seminário Internacional Os resultados preliminares das Estatísticas

Leia mais

ANÚNCIO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS EM 2003

ANÚNCIO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS EM 2003 CIMPOR-CIMENTOS DE PORTUGAL, SGPS, S.A. Sociedade Aberta Sede: Rua Alexandre Herculano, 35 1250-009 LISBOA Capital Social: 672.000.000 Euros Registada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa, sob

Leia mais

O Potencial de Setúbal como Hub Atlântico

O Potencial de Setúbal como Hub Atlântico O Potencial de Setúbal como Hub Atlântico Ricardo Félix Novembro de 2010 0 Situação Actual (ex. Sector automóvel) Uma economia global e de fluxos, com primado da especialização e com alta volatilidade

Leia mais

Aquicultura Sustentável Entre o Lucro e o Meio Ambiente. ll PROAQUAS 20 de junho de 2013

Aquicultura Sustentável Entre o Lucro e o Meio Ambiente. ll PROAQUAS 20 de junho de 2013 Aquicultura Sustentável Entre o Lucro e o Meio Ambiente ll PROAQUAS 20 de junho de 2013 Ocupação humana Fonte: http://geology.com/articles/satellite-photo-earth-at-night.shtml População mundial (9 bilhões

Leia mais

Hugo Quental Ferreira, Pedro Pousão-Ferreira, Emília Cunha Biólogo marinho, Estação Piloto de Piscicultura de Olhão

Hugo Quental Ferreira, Pedro Pousão-Ferreira, Emília Cunha Biólogo marinho, Estação Piloto de Piscicultura de Olhão Contribuição da Aquacultura para a Economia Circular: o IMTA (produção multitrófica integrada) Hugo Quental Ferreira, Pedro Pousão-Ferreira, Emília Cunha Biólogo marinho, Estação Piloto de Piscicultura

Leia mais