A VIABILIDADE JURÍDICADA ALTERAÇÃO EXTRAJUDICIAL DO REGIME DE BENS

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1 1 A VIABILIDADE JURÍDICADA ALTERAÇÃO EXTRAJUDICIAL DO REGIME DE BENS Nalu Caetano Da Silva.1. Altair Gomes Caixeta.2. RESUMO A alteração do regime de bens, na constância do casamento, por via judicial, esta prevista na Lei /2002 do Código Civil Brasileiro. O presente trabalho vem apresentando a conceituação do regime de bens, sua finalidade e princípios. Destaca ainda as modalidades de regimes destacadas no Código Civil, e vem especificando cada uma delas, vem também demonstrando as principais alterações que foram feitas sobre regime de bens contida no artigo do Código Civil, bem como seus requisitos e efeitos, Apresentando de forma prática e célere, maneiras de se realizar tal procedimento pela via extrajudicial, através de escritura pública. Palavras-Chave: Alteração Extrajudicial, Regime de Bens, Possibilidades. 1.Aluna do 10º período da turma Beta Noturno do Curso de Direito da Faculdade Atenas caetana1980@hotmail.com; 2.Professor (a): Mcs. Altair Gomes Caixeta, professor da Faculdade Atenas e advogado atuante na Comarca de Paracatu MG. agcaixeta@uol.com.br

2 2 1 INTRODUÇÃO O Presente artigo apresenta o conceito e as diversas modalidades de regimes de bens existentes no ordenamento jurídico brasileiro, passando então, ao exame da possibilidade de modificação do regime patrimonial, durante a união conjugal, inovação contida no parágrafo segundo do artigo Código Civil, requisitos e efeitos, bem como, analisará a plausibilidade de se realizar tal procedimento, não apenas pela via judicial conforme determina a lei, mas também, em determinados casos, na seara extrajudicial. Assim, sendo o casamento união de vidas entre duas pessoas dessa relação além dos efeitos pessoais decorrem também, dos efeitos patrimoniais, reflexos na relação econômica sobre a relação conjugal, demonstrados através de existir um suporte material e financeiro destinado a custear as despesas do casal. 1.1 PROBLEMA Qual a viabilidade jurídica de se alterar o regime de bens na seara extrajudicial durante a constância do casamento? 1.2 HIPÓTESE DE ESTUDO O presente estudo busca averiguar a possibilidade de se realizar tal procedimento pela via administrativa, ou seja, extrajudicialmente, dando um enfoque à questão da desjudicialização de tal procedimento, com possibilidade de se suprimir a obrigatoriedade de autorização judicial em determinados casos, permitindo-se que o ato seja realizado também na seara extrajudicial, ou seja, pela via administrativa. 1.3 OBJETIVO GERAL Pesquisar a viabilidade jurídica de se alterar o regime de bens por via extrajudicial na constância do casamento OBJETIVOS ESPECÍFICOS

3 3 a) especificar as modalidades de regimes elencadas na legislação civil; b) demonstrar quais as principais alterações inovadoras foram feitas sobre regime de bens, contida no parágrafo segundo do artigo do Código Civil, seus requisitos e efeitos; c) investigar a possibilidade de se realizar tal procedimento pela via administrativa, através de escritura pública. 1.4 JUSTIFICATIVA Se duas pessoas tem a liberdade de livremente se casar e se divorciar quantas vezes lhes for conveniente pela via administrativa, ou seja, podem constituir e desconstituir integralmente a própria existência da relação jurídica principal que é o casamento parece ser uma consequência natural que possam também alterar livremente aspectos desta relação. Em consonância com a atual situação jurídica do Estado, parece sem razão alguma exigir que mudanças de características da relação material de um casamento tenham que se submeter ao exame de uma análise judicial previamente justificada, ao mesmo tempo em que se poderia deixar à responsabilidade do casal. 1.5 METODOLOGIA DE ESTUDO A pesquisa realizada neste projeto classifica-se como descritiva e explicativa. Isso porque proporciona maior compreensão sobre o tema abordado com o intuito de torná-lo mais claro e objetivo. Quanto à metodologia fez-se a opção pelo método dedutivo. Esta opção se justifica porque o método utilizado possui uma análise aprofundada acerca do tema. Em relação ao procedimento optou-se por uma abordagem direta. E por fim, utilizou de pesquisas bibliográficas, com análises de livros, artigos e outros meios impressos e eletrônicos relacionados ao assunto. 1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO No primeiro capítulo apresentamos a introdução com a contextualização do estudo, a formulação do problema de pesquisa, a hipótese do estudo, os objetivos da pesquisa

4 4 sendo geral e específico, as justificativas, relevância e contribuições da proposta de estudo, a metodologia do estudo, bem como definição estrutural da monografia. No segundo capítulo abordamos o assunto principal da pesquisa, as noções introdutórias sobre o regime, bem como o conceito e princípios norteadores do mesmo, abordando a finalidade do regime de bens, durante a constância do casamento. No terceiro capítulo apresentamos quantos e quais são os regimes de bens previstos nos ordenamento jurídico Brasileiro, especificando cada um deles, e considerando suas principais características. No quarto capítulo passamos por uma análise crítica sobre a possibilidade de se fazer a alteração do regime de bens por via administrativa, fundamentando seus aspectos gerais e mutabilidade, bem como, os requisitos e efeitos perante terceiros e por fim sua desjudicialização. No quinto capítulo demonstramos que o procedimento de desjudicialização do regime de bens, ainda não foi autorizado pelo Ordenamento Jurídico Brasileiro e a completa desnecessidade de se exigir que tal procedimento seja realizado apenas pela via judicial, diante da situação em que se encontra o Poder Judiciário Brasileiro.

5 5 2 NOÇÕES INTRODUTÓRIAS SOBRE O REGIME DE BENS Os efeitos produzidos pelo casamento são muitos e complexos. Causam efeitos múltiplos e também consequências no ambiente social, especialmente nas relações pessoais e econômicas dos cônjuges também entre estes e seus filhos, gerando direitos e deveres que são normalmente disciplinados por normas jurídicas. O casamento é uma instituição jurídica de eficácia complexa, causando efeitos de variadas ordens na relação conjugal. Limitam-se em regra aos cônjuges e aos filhos e são basicamente de natureza ética e social. Referem-se aos direitos e deveres dos cônjuges e dos pais em relação aos filhos. Abrangem primeiramente o regime de bens, a obrigação de alimentar e os direitos de seus sucessores, e podem eventualmente estender-se aos ascendentes e aos colaterais até o segundo grau, ou até o quarto grau. Assim entende Maria Berenice Dias (2013, p. 228), O regime de bens é uma das consequências jurídicas do casamento È Indispensável alguma espécie de regramento de ordem patrimonial. Quando não há imposição legal do regime da separação, abstendo-se os noivos de eleger um regime de bens, o Estado faz a opção e impõe o regime da comunhão parcial. Com a edição da Lei /2002, o Novo Código Civil prevê e disciplina alguns tipos de regimes diferenciados, cada qual com suas especificidades, criou um novo e distinto regime, o da participação final nos aquestos, também inseriu no parágrafo segundo do artigo 1.639, a possibilidade de se fazer a alteração do regime de bens na constância do casamento. 2.1 CONCEITO E PRINCIPIOLOGIA Conforme visão geral, o casamento produz muitos efeitos, e obrigações legais, para o casal, tais como a fidelidade recíproca, a coabitação, educação, guarda e sustento dos filhos gerando direitos e deveres de valores patrimoniais, disciplinados, por normas jurídicas. O Código Civil Brasileiro estabelece em seus artigos e o seguinte: Art O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges. Art Pelo casamento, homem e mulher assumem mutuamente a condição de consortes, companheiros e responsáveis pelos encargos da família.

6 6 De acordo com os artigos citados, a partir do casamento o casal torna-se responsável pelos encargos familiares deste vínculo, tendo neste momento a necessidade de criar normas que regularizem a relação patrimonial entre os cônjuges que se faz pelo regime de bens. Vários autores conceituam o que é o regime de bens, dentre eles destacam-se: Segundo Maria Helena Diniz (2013, p.171e 172), Regime matrimonial de bens é o conjunto de normas aplicáveis às relações e interesses econômicos resultantes do casamento. É constituído, portanto, por normas que regem as relações patrimoniais entre marido e mulher, durante o matrimônio. Trata-se do estatuto patrimonial dos consortes, que começa a vigorar desde a data do casamento, termo inicial do regime de bens, decorrendo ele da lei ou de pacto. Segundo o entendimento de Carlos Roberto Gonçalves (2014, p. 607), O regime de bens é o conjunto de regras que disciplina as relações econômicas dos cônjuges quer entre si, quer no tocante a terceiros durante o casamento. Regula especialmente o domínio e a administração de ambos ou de cada um sobre os bens anteriores e os adquiridos na constância da união conjugal. Depois de se conceituar sobre o que é o regime de bens, faremos uma breve analise dos princípios que o norteiam, sendo estes, fundamentais: dentre eles podemos destacar: o princípio da liberdade de escolha; o princípio da variabilidade; e o princípio da mutabilidade. O principio da liberdade de escolha é aquele que em regra, afirma que os nubentes podem de acordo com sua autonomia e liberdade de opção, escolher o regime que bem lhes aprouver. Não pode o Estado, salvo quando houver relevante motivo amparado em norma específica, intervir nesta relação matrimonial, impondo este ou aquele regime. O princípio da variabilidade compõe-se na ideia de que a ordem jurídica não admite um regime único, mas sim muitos tipos, permitindo, assim, ao casal, no ato de escolha optar por qualquer um deles. Com o Código Civil de 2002, a liberdade patrimonial dos cônjuges ganhou novos rumos, em razão desta eis que se tem o terceiro princípio o da mutabilidade motivada sendo esta uma exceção, pois somente pode ser obtida em casos especiais mediante sentença judicial, depois de demonstrados e comprovados, em procedimento de jurisdição voluntária, a procedência da pretensão do casal manifestada, e o respeito a direitos de terceiros. 2.2 FINALIDADE DO REGIME DE BENS

7 7 O casamento se faz da união de vida entre duas pessoas que, além de gerar efeitos pessoais para os dois, como respeito mútuo, e assistência entre eles, permite que as partes regulamentem suas situações econômicas fazendo combinações, demonstrando a necessidade de se existir um suporte material e financeiro destinado a suprir as despesas do sustento do lar. Conforme destaca Silvio de Salvo Venosa (2005, p. 353), Durante a vida matrimonial há necessidade de o casal fazer frente às necessidades financeiras para o sustento do lar. Cumpre, portanto, que se organizem essas relações patrimoniais entre o casal, as quais se traduzem no regime de bens. Ainda que não se leve em conta um cunho econômico direto no casamento, as relações patrimoniais resultam necessariamente da comunhão de vida. Assim verifica-se a necessidade de se existir regras acerca das questões que envolvem o patrimônio e a administração dos bens de um casal. O casamento necessita ser observado por regras, com fins a orientar os cônjuges acerca do funcionamento da relação patrimonial entre os mesmos, bem como aclarar tal situação perante terceiros, eventuais credores de um ou de ambos, de modo que se respeitem determinados preceitos para que a instituição permaneça, não ocorrendo assim a sua falência. Todavia quando se concretiza o casamento tendo sido estipulado o regime de regras sobre os bens quando da sua celebração, permanece organizada a sociedade, uma vez que as normas estabelecidas serão norteadoras e também deverão ser respeitadas quando houver o fim do vínculo conjugal.

8 8 3 TIPOS DE REGIME DE BENS PREVISTOS NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO Embora sejam numerosos os regimes matrimoniais encontrados na legislação de outros países, o nosso Código Civil de 2002, prevê e destaca cinco destes regimes, especificando cada um deles e abordando suas características. De acordo com o Código Civil de 2002, estão na seguinte ordem: Capítulo III - Do regime da comunhão parcial (arts a 1.666); Capítulo IV - Do regime da comunhão universal (arts a 1.671); Capítulo V - Do regime da participação final nos aquestos (arts a em substituição ao antigo regime dotal); Capítulo VI - Do regime de separação de bens (arts e 1.688). E o artigo ainda trata do regime da separação obrigatória ou legal de bens. 3.1 DO REGIME DE COMUNHÃO PARCIAL DE BENS OU REGIME LEGAL Não tendo os nubentes celebrado pacto antenupcial dispondo sobre as questões patrimoniais, prevalece o regime da comunhão parcial de bens. Trata-se do regime de separação quanto ao passado e de comunhão quanto ao futuro. É o único para o qual não há necessidade de elaboração da escritura pública de pacto antenupcial, trata-se de um regime de imposição legal. (CC a 1.666). Tanto no silêncio das partes como na hipótese de ser nulo ou ineficaz o pacto, é esse o regime que vigora por determinação do artigo do Código Civil o qual assim dispõe: não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial. O regime da comunhão parcial de bens é o único que não há a necessidade de elaboração da escritura pública de pacto antenupcial, pois, é regime de imposição legal qual seja automática. Portanto no curso do processo de habilitação para o casamento, Há necessidade de o oficial do Registro Civil reduzir a termo a opção pelo regime da comunhão parcial de bens, alertando os nubentes sobre as consequências do mesmo, a fim de que tenham a oportunidade de escolher outro regime, se assim o quiserem. Ao contrário, dos demais regimes que tem que haver o pacto antenupcial este se consubstancia no ajuste, entre as partes, das condições, que irão gerir a referida relação contratual, bem como do seu registro em livro especial pelo oficial do Registro de Imóveis do

9 9 domicílio dos cônjuges, para que depois da realização do casamento, adquira eficácia perante terceiros. Esse regime que se define pela separação quanto ao passado e comunhão quanto ao futuro, que serão definidos em três blocos distintos de patrimônios: o patrimônio do marido, o da mulher e o patrimônio comum do casal. Segundo Rodrigues (2004 apud GONÇALVES, 2014, p.627 ) diz Os bens que os cônjuges possuem ao casar ou que venham a adquirir por causa anterior e alheia ao casamento, como as doações e sucessões; e em que entram na comunhão os bens adquiridos posteriormente, em regra, a título oneroso. Constitui, portanto um regime misto, formado em parte pelo o da comunhão universal e em parte pelo da separação. O Código Civil estabelece quais os bens que se comunicam e os que se excluem da comunhão. Assim dispõem os artigos 1.658, e Art No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes. Art Excluem-se da comunhão: I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar; II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares; III - as obrigações anteriores ao casamento; IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal; V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão; VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge; VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes. Art Entram na comunhão: I - os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges; II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior; III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges; IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge; V- os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão. Assim demonstrados nos artigos, verifica-se que, a partir da celebração do casamento, os bens e obrigações, ativos e passivos, que cada consorte possuía até aquela data permanecem sob a propriedade e responsabilidade particular e individual de cada um, portanto, são excluídos da comunhão, bem como, todos aqueles que lhe sobrevierem na constância do casamento, por doação ou sucessão, e também, os sub-rogados em seu lugar, ou

10 10 seja, aqueles adquiridos com valores particulares oriundos, por exemplo, da venda de um bem adquirido por doação ou herança e até mesmo da venda de outro bem particular. Ainda, excluem-se da comunhão, as obrigações e dívidas contraídas por apenas um dos cônjuges antes da realização do casamento, respondendo por elas exclusivamente quem as contraiu e com seu patrimônio particular; bem como, as decorrentes de atos ilícitos. Todavia, há exceção a ressalvar, caso a dívida contraída decorra de fato ilícito e reverta em benefício do casal, este se comunicara se o terceiro provar a reversão. 3.2 DO REGIME DE COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS Neste regime se predomina os bens comuns do casal, de propriedade e posse de ambos os cônjuges, não importando, se móveis e imóveis, direitos e ações. O acervo comum permanece indivisível até a dissolução da sociedade conjugal. Embora tudo quanto um deles adquire se transmita imediatamente, por metade, ao outro cônjuge, podem existir, no entanto, os bens próprios do marido e bens próprios da mulher. Exclui-se da comunhão o que a lei ou a convenção antenupcial especialmente mencionam. Inexistindo tal exclusão, não é permitido a um ou a outro cônjuge apossar-se de qualquer dos bens comuns, privando o consorte de igual uso. A ambos, todavia, compete defender a coisa possuída contra as vias de fato ou pretensões de terceiros. O Superior Tribunal de Justiça tem decidido que fazem parte da comunhão, as verbas indenizatórias trabalhistas que correspondem a direitos adquiridos durante o casamento sob o regime de comunhão universal. Com a união do casal e a escolha, de comum acordo, pelo regime, bem como, estabelecidas na escritura de pacto antenupcial as coordenadas acerca da relação patrimonial naquilo que não ferir as normas impostas por lei, ocorrerá uma união entre os bens trazidos pelo homem e pela mulher para o casamento, o que formará um único acervo de bens ao qual se acrescentará tudo aquilo que já existe no patrimônio dos cônjuges, bem como tudo o que for adquirido de forma onerosa e recebido, por qualquer um deles a por doação e herança, na vigência do casamento. Conforme o entendimento de Maria Berenice Dias (2013, p. 249), Os patrimônios se fundem em um só. Comunicam-se todos os bens presentes e futuros, bem como as dívidas passivas contraídas por qualquer dos cônjuges durante o casamento. Instaura-se o que se chama de mancomunhão, ou seja, propriedade em mão comum. Cada consorte é titular da propriedade e posse da metade ideal de todo

11 11 o patrimônio, constituindo-se um condomínio sobre cada um dos bens, dívidas e encargos. Cada cônjuge torna-se meeiro de todo o acervo patrimonial, ainda que nada tenha trazido e nada adquira na constância do casamento. Compreende-se que a regra nesse regime de bens é bem simples, tudo se comunica entre os cônjuges, tudo faz parte de uma única universalidade de bens, salvo as exceções previstas no artigo do diploma civil, a saber: Art São excluídos da comunhão: I - os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os subrogados em seu lugar; II - os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva; III - as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum; IV - as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade; V - os bens referidos nos incisos V a VII do art Segundo a regra ser a da comum união dos bens, presentes e futuros, que compõem o acervo patrimonial do casal, o legislador brasileiro tratou de eliminar alguns. Por isso, excluíram-se da comunhão universal todos os bens recebidos a título de doação ou herança, cujo título originário de tal direito esteja gravado com a cláusula de incomunicabilidade em desfavor de um ou de outro consorte, e também, os bens sub-rogados ou recebidos em lugar destes. Segundo inciso II do artigo mencionado, para melhor compreender o preceito contido na norma, vem-se a esclarecer o significado de fideicomisso, fiduciário e do fideicomissário. No entender de Rodrigues, ( 2004 apud DIAS, 2013, p. 249), que: Fideicomisso é a instituição de dois herdeiros de modo sucessivo (1.951 a 1.960). O testador institui o primeiro herdeiro ou legatário (fiduciário) e já escolhe quem irá herdar esses bens quando da morte do beneficiário (fideicomissário). A propriedade do fiduciário é resolúvel (extingue-se com sua morte). A propriedade do fideicomissário está sujeita à condição suspensiva (a morte do fiduciário). Nesse contexto, portanto, entende-se que fica excluído da comunhão universal qualquer bem que venha gravado de fideicomisso em favor de qualquer dos cônjuges, como fiduciário; como se exclui da comunhão o direito que este cônjuge herdeiro possua como fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva, que é a morte do fiduciário.

12 12 Ainda, ficam excluídas da comunhão as doações antenupciais feitas, ou seja, estabelecidas na escritura de pacto antenupcial, em favor de um cônjuge ao outro, contemplada com a cláusula de incomunicabilidade. No mesmo sentido, segundo previsto no inciso V do artigo 1.668, não serão objetos de comunhão entre o par (assim como acontece no regime da comunhão parcial), os bens de uso pessoal, livros, instrumentos de profissão, proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge, pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes. Quanto à regra disposta no artigo do estatuto civil, a responsabilidade de cada cônjuge para com os credores do outro cessará no momento em que for extinta a comunhão e efetuada a divisão do ativo e do passivo. Para melhor entendimento Maria Berenice Dias (2013, p. 251) explica que: Extinta a comunhão só pode significar fim da comunhão de vidas, e não extinção do casamento, que só ocorre quando do trânsito em julgado da sentença do divórcio, pela morte de um dos consortes ou com a decretação da invalidade do matrimônio. Ainda autoriza a jurisprudência a preservar a interpretação de que a separação de fato prolonga e extingue o regime de bens e a comunhão respectiva. 3.3 DO REGIME DE SEPARAÇÃO LEGAL OU OBRIGATÓRIA DE BENS Por se tratar de um regime imposto por lei, não há a necessidade de haver um pacto antenupcial. Essa modalidade é obrigatória para as seguintes situações mencionadas no artigo 1.641, do Código Civil, que dispõe: Art É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento; II da pessoa maior de 70 (setenta) anos; III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial. Atente-se para o fato de que nessa espécie de regime de bens não vigora o princípio da livre estipulação ou autonomia de vontade entre os cônjuges, uma vez que sendo de imposição legal, não há que se falar em liberdade de escolha, o que resulta, por consequência, na desnecessidade de se elaborar escrito público de pacto antenupcial para o caso.

13 13 O inciso I do art do Código Civil impõe o regime da separação legal de bens às pessoas que não observarem as causas suspensivas para a celebração do casamento. Causas suspensivas estas previstas no artigo do Código Civil, a saber: Art Não devem casar: I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros; II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal; III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal; IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas. Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o excônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo Não sendo observadas as causas suspensivas acima descritas, torna-se irregular o casamento, impondo-se, então, aos nubentes, o regime da separação legal ou obrigatória como sanção ao descumprimento de outro preceito legal. De outra forma, no parágrafo único do citado artigo 1.523, o legislador abriu exceção permitindo aos nubentes a solicitação, ao juiz, da não aplicação das causas suspensivas, mediante prova da inexistência de prejuízo ao herdeiro, ex-cônjuge e pessoa tutelada ou curatelada nos casos dos incisos I, III e IV e no caso do inciso II, provando-se nascimento de filho ou inexistência de gravidez durante a fluência do prazo referido. Quanto ao inciso II do artigo do Código Civil, a imposição procede da vontade das pessoas maiores de setenta anos unirem-se em matrimônio. Manifestada tal pretensão e bastando que um dos cônjuges supere tal idade, a lei imporá aos mesmos o regime da separação legal de bens, com o objetivo de proteger o patrimônio do idoso e evitar realização de casamento por interesse. Nos dizeres de Carlos Roberto Gonçalves (2013, p. 625) aponta que: Tem a jurisprudência proclamado, porém, que a referida restrição é incompatível com as cláusulas constitucionais de tutela da dignidade da pessoa humana, da igualdade jurídica e da intimidade, bem como com a garantia do justo processo da lei, tomado na acepção substantiva (CF, arts. 1º, III, e 5º, I, X e LIV). Emerge desse entendimento a ideia de desrespeito aos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana, da igualdade entre homem e mulher e do respeito à

14 14 intimidade das pessoas. Estudiosos do direito entendem a imposição legal deve ter-se por inconstitucional, uma vez que desinente de lei inferior que, no momento da sua elaboração, acabou por ferir os princípios constitucionais ora citados. Na visão da civilista de Chinelato, ( 2004 apud GONÇALVES, 2013, p.625) Inexiste razão cientifica para a restrição imposta no dispositivo em tela, pois pessoas com mais de 70 anos aportam maturidade de conhecimentos da vida pessoal, familiar e profissional, devendo, por isso ser prestigiadas quanto a sua capacidade de decidir por si mesmas. O legislador ao preocupar-se com a defesa do patrimônio do idoso por desconfiar que pessoas de inferior idade que se casam com outras de idade mais avançada apenas por interesses, acabou por constrangê-las restringindo sua liberdade de contrair matrimônio, atentando assim, contra princípios constitucionais, em especial, o da dignidade da pessoa humana. Referindo-se ao terceiro inciso do artigo do Código Civilista, a restrição contida na norma impõe-se para todos aqueles que queiram casar, mas que para isso, necessitam de autorização judicial. É o caso dos menores que querem contrair núpcias e não tendo sido autorizados pelos pais, buscam autorização na justiça para tanto, sendo-lhes então, imposto o regime da separação legal. Veja-se que da menoridade decorrem duas incapacidades: a absoluta e a relativa. Sendo o menor relativamente incapaz e possuindo este, autorização dos pais para contrair matrimônio, não será aplicável a imposição do regime da separação legal, pois não há, no caso, necessidade de suprimento judicial, podendo assim, optar por qualquer outra forma de regime. O Supremo Tribunal Federal editou a Súmula nº 377, determinando que no regime da separação legal ou obrigatória de bens, comunicam-se todos os bens os que forem adquiridos pelo casal na constância do casamento. Na prática, a incomunicabilidade gerada pelo regime de separação prevalece somente em relação aos bens adquiridos antes do casamento, comunicando-se todos os demais que sobrevierem ao casamento. Em outras palavras os efeitos patrimoniais são os mesmos do regime da comunhão parcial, ressalvada a omissão da Súmula 377, que não fez distinção quanto à forma de aquisição dos bens e presumir-se que comunicam entre os cônjuges todos os bens adquiridos, a qualquer título oneroso ou gratuito, na constância do casamento.

15 DO REGIME DE SEPARAÇÃO NOS AQUESTOS O regime da participação final nos aquestos é figura jurídica inovadora na seara do direito brasileiro, tendo sido criado por ocasião da edição do Código Civil de 2002, constitui matéria quase não utilizada pela sociedade. Oportuno destacar, com a intenção de melhor compreender o conteúdo, que aquestos, etimologicamente, significam bens adquiridos; no direito de família, bens adquiridos na constância do matrimônio. Trata-se de regime de bens normatizado nos artigos a do Código Civil Brasileiro, de natureza complexa e composta. A natureza composta que caracteriza dito regime refere-se, na verdade, à forma como será administrada a relação patrimonial do casal na constância do casamento. Durante a sociedade conjugal, as regras orientadoras da relação serão as mesmas previstas para o regime da separação absoluta de bens, ressalvada a exceção do artigo 1.647, que aplica-se aos demais regimes de bens, incluindo este, que exige autorização do outro cônjuge para realizar determinados atos. Com o fim da sociedade, marcada pelo fim da convivência em comum, ou seja, pela separação de fato do casal, as regras que serão aplicáveis à relação no momento da dissolução serão as mesmas do regime da comunhão parcial de bens. Assim Conceitua Carlos Roberto Gonçalves (2013, p. 638), Um regime de separação de bens, enquanto durar a sociedade conjugal, tendo cada cônjuge a exclusiva administração de seu patrimônio pessoal, integrado pelos que possuía ao casar e pelos que adquirir a qualquer título na constância do casamento, podendo livremente dispor dos móveis e dependendo de autorização do outro para os imóveis (CC, art , parágrafo único). Somente após a dissolução da sociedade conjugal serão apurados os bens de cada cônjuge, cabendo a cada um deles - ou a seus herdeiros, em caso de morte, como dispõe o art a metade dos adquiridos pelo casal, a título oneroso, na constância do casamento. Nessa concepção, entende-se que os cônjuges possuem patrimônios próprios e distintos, administrados separadamente no decorrer da relação matrimonial, cada um podendo dispor livremente dos bens móveis, exceto quanto aos bens imóveis. Cada patrimônio é formado pelos bens particulares que cada consorte trouxe para o casamento e também por aqueles adquiridos individualmente, a qualquer título na constância do mesmo, sendo administrados de forma individual por cada um.

16 16 Tendo em vista o presente exposto pode-se concluir que a dissolução da sociedade conjugal que pode ocorrer com o divórcio, invalidação do casamento ou morte, é o marco que delimita a migração da administração patrimonial baseada no regime da separação de bens para a aplicação das normas referentes ao regime da comunhão parcial. Logo, o fim da sociedade é espécie de condição suspensiva à qual se vincula o direito de meação dos cônjuges. O que existe é uma expectativa de direito de meação dependente de evento futuro e incerto, ou seja, para que o regime produza seus efeitos é necessário que ocorra uma das hipóteses legais de dissolução da sociedade conjugal. No que diz respeito as dívidas, cada cônjuge é livre para contrair as que desejar, não havendo necessidade de permissão do outro para tal, pois na constância do casamento aplicam-se as regras da separação absoluta, todavia por elas e pelas constituídas antes do casamento, será individualmente responsabilizado. O artigo do Código adjetivo abre a possibilidade de um dos cônjuges quitar a dívida do outro, caso em que, por ocasião da dissolução conjugal, o pagador deverá ser ressarcido. Prosseguindo, o outro cônjuge será solidariamente responsável pelas dívidas contraídas pelo cônjuge devedor, somente quando estas tiverem revertido em benefício de ambos ou da família, cabendo ao que contraiu a dívida provar que esta reverteu em proveito do outro. Caso contrário, deduzir-se-á da meação do devedor a parte que couber ao credor da dívida em aberto na época da dissolução da sociedade conjugal. Conforme determinação do artigo do estatuto civilista, diz-se que o direito à meação, na vigência do regime matrimonial, é irrenunciável, não podendo ser cedido ou penhorado, isso porque na verdade, na constância do casamento amparado por esse regime, não existe meação, pois os bens são administrados individualmente e com base nas regras do regime da separação absoluta. De qualquer maneira, o que existe é apenas uma expectativa de direito à meação, efeito advindo do regime da participação final nos aquestos, que se concretizara somente no momento em que ocorrer uma das hipóteses legais de dissolução da sociedade conjugal. 3.5 DO REGIME DE SEPARAÇÃO CONVENCIONAL OU ABSOLUTA DE BENS No regime da separação convencional ou absoluta de bens não há comunicabilidade de patrimônios dos nubentes, tanto no que diz respeito aos bens trazidos para o casamento, quanto aos adquiridos, a qualquer título, na constância da união. Com o

17 17 casamento realizado sob a égide das normas que orientam este regime, a única união ou comunhão que ocorre é a de vidas, ressalvada a hipótese de os nubentes convencionarem no pacto antenupcial no caso, de elaboração obrigatória sobre a possibilidade de comunicação de um ou outro bem, devendo ser especificado no aludido documento público quando da sua escrituração. Preceitua Carlos Roberto Gonçalves ( 2013, p.642) que: Quando se convenciona o aludido regime, o casamento não repercute na esfera patrimonial dos cônjuges, pois a incomunicabilidade envolve todos os bens presentes e futuros, frutos e rendimentos, conferindo autonomia a cada um na gestão do próprio patrimônio. Cada consorte conserva a posse e a propriedade dos bens que trouxer para o casamento, bem como os que forem a eles sub-rogados, e dos que cada um adquirir a qualquer título na constância do matrimônio, atendidas as condições de pacto antenupcial. Nessa perspectiva, entende-se que a administração dos bens que cada cônjuge trouxer para o casamento, inclusive dos que irá adquirir, a qualquer título, no decorrer dessa união, corresponderá única e exclusivamente a cada um deles separadamente. Nada poderá se comunicar nesse regime, ressalvada a hipótese de convenção em contrário, previamente estabelecida em pacto antenupcial. Nada impede que se delegue a um dos cônjuges, no proprio documento, poderes de gerência sobre os bens do outro. Refere-se Silvio De Salvo Venosa (2005, p. 382 e 383) que, Na separação de bens convencional, como apontamos nada impede que os cônjuges estabeleçam a comunhão de certos bens, se assim o desejarem, bem como a forma de administração. No silêncio do pacto, cada cônjuge conserva a administração e fruição de seus bens. Conforme o artigo do estatuto civil, que ressalvou exclusivamente para o caso de estipulação dessa modalidade de regime, a desnecessidade de autorização de um dos cônjuges na realização de determinados atos como, por exemplo: alienar ou gravar de ônus reais bens imóveis, uma vez que se não há comunicação de patrimônio, não há que se exigir que um cônjuge tenha a autorização do outro quando por sua vontade quiser dispor ou realizar atos que digam respeito aos seus próprios bens. O artigo do Código Civil preconiza que: Art Estipulada a separação de bens, estes permanecerão sob a administração exclusiva de cada um dos cônjuges, que os poderá livremente alienar ou gravar de ônus real.

18 18 No que se diz respeito às dívidas do casal, em regra, não haverá comunicação de responsabilidades. Cada consorte responderá por suas dívidas contraídas antes e depois do casamento, individualmente. Em que pese a regra ser a da incomunicabilidade dos bens e dívidas entre os consortes, a legislação, dispõe genericamente sobre todas as modalidades de regime, também previu situações em que esta não poderá valer. É o caso do artigo combinado com o artigo do Código Civil, que dispondo o primeiro sobre a liberdade que cada cônjuge possui para adquirir ou obter crédito para comprar coisas necessárias a manutenção do lar, no segundo, já tratou de impor a ambos os cônjuges regra que os obriga, solidariamente, a responsabilidade conjunta pelas dívidas contraídas em benefício da economia doméstica. Dessa forma, tem-se o entendimento que não ira escapar a obrigação de ambos, a responsabilidade pelas despesas decorrentes da união matrimonial, proporcionalmente aos rendimentos do trabalho ou dos bens adquiridos por cada um dos cônjuges, ressalvada aqui também, a vontade diversa previamente manifestada em contrato antenupcial.

19 19 4 A ALTERAÇÃO EXTRAJUDICIAL DO REGIME DE BENS E SUA VIABILIDADE JURIDICA Depois de apresentados todos os regimes de bens elencados no Código Civil Brasileiro, bem como suas peculiaridades, passamos a analisar a possibilidade de se fazer a alteração do regime de bens, previstos no parágrafo segundo do artigo do Código Civil Brasileiro, pela via administrativa, extrajudicialmente se adequando a nova realidade em que se encontra o Poder Judiciário Brasileiro. Por se tratar, de um procedimento menos burocrático, poderia ser feito pelo cartório, administrativamente, visando desafogar o poder judiciário, sendo mais viável para ambas as partes, tanto na celeridade do procedimento, quanto economicamente. 4.1 ASPECTOS GERAIS E FUNDAMENTOS DA MUTABILIDADE No antigo Código Civil de 1916 não se previa a possibilidade de alteração do regime patrimonial de bens, princípio da imutabilidade absoluta, ou seja, não havia qualquer possibilidade de alterar-se o regime de bens entre os cônjuges. Diante da realidade vivida, viu-se a necessidade de se modificar e até mesmo de se incluir novos dispositivos na legislação civil brasileira. Neste sentido, foi editado o Código Civil de 2002 com algumas alterações que visavam adequar a aplicação da legislação a realidade e necessidade da sociedade brasileira. Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, conforme prevê o artigo 5º, inciso I, da Constituição Federal de Também o artigo 226, parágrafo quinto, da Carta Magna, refere que homens e mulheres devem exercer igualmente os direitos e deveres perante a sociedade conjugal. Assim, a possibilidade de alteração do regime de bens entre os cônjuges apresenta-se como uma das mudanças inovadoras do Código Civil Brasileiro de 2002, cuja disciplina consta do artigo 1.639, parágrafo segundo, que assim prescreve: Art É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver. 2o É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros.

20 20 O Referido artigo do Código Civil Brasileiro de 2002 foi elaborado observando os princípios constitucionais e com respeito ao princípio da livre estipulação ou autonomia de vontade entre os cônjuges, ressalvadas as imposições legais. Uma vez que o legislador civil permite aos nubentes antes de celebrado o casamento, que estes tenham ampla liberdade de escolha sobre as regras que irão conduzir a futura união, no que concerne aos seus bens patrimoniais, nada seria mais justo do que aplicar o mesmo entendimento quando tais preceitos não fosse viável a realidade vivida pelo casal, autorizando-se, então, diante de casos especiais e mediante observando alguns requisitos, a alteração do regime de bens entre os mesmos durante o casamento. No entendimento de Carlos Roberto Gonçalves ( 2014, p.609) diz que: O Código Civil de 2002, dessarte, inovou, substituindo o princípio da imutabilidade absoluta do regime de bens pelo da mutabilidade motivada ou justificada. A inalterabilidade continua sendo a regra e a mutabilidade a exceção, pois esta somente pode ser obtida em casos especiais, mediante sentença judicial, depois de demonstrados e comprovados, em procedimento de jurisdição voluntária, a procedência da pretensão bilateralmente manifestada e o respeito a direitos de terceiros. Sendo assim fica evidente que tal modificação permitida pelo legislador civil encontra obstáculo no artigo do Código Civil, que impõe o regime da separação obrigatória de bens para os casos nele previstos. Fica, portanto, proibida qualquer modificação desse regime de bens, ressalvada a hipótese prevista no parágrafo único do artigo do Código Civil que permite a solicitação do casal, ao juiz, da não aplicação das causas suspensivas previstas naquele preceito, mediante comprovada inexistência de prejuízos, caso em que estes poderão requerer a alteração do regime. Quanto à questão da imposição do regime da separação legal de bens, no que se refere à idade dos consortes aos maiores de 70 anos não há vedação explícita na legislação ao pedido de alteração do regime de bens, caso em que o casal poderá requerer a mudança como e quando bem entender. Neste sentido Maria Berenice Dias (2013, p.262) reitera que: A restrição é de flagrante inconstitucionalidade. Como a justificativa para a restrição é a possível indução do idoso a erro, sendo o pedido de alterações formulado em juízo, caberá ao magistrado verificar a real intenção dos cônjuges e indeferir a pretensão, caso verifique a possibilidade da ocorrência de dano enorme a um dos requerentes.

21 21 No que tange a aplicação de se alterar o regime de bens dos casamentos, realizados sob o amparo do Código Civil de 1916, o Superior Tribunal de Justiça já decidiu pela sua admissibilidade, bem como não há qualquer tipo de vedação na legislação atual a respeito do assunto. 4.2 REQUISITOS PARA A ALTERAÇÃO DO REGIME DE BENS A alteração do regime deve ser requerida atendendo-se a quatros requisitos fundamentais o pedido formulado por ambos os cônjuges, a autorização judicial, as razões relevantes e a ressalva dos direitos de terceiro. ( GONÇALVES, 2014, p.447 ). O primeiro requisito, a legislação brasileira impôs a necessidade de pedido bilateral, ou seja, ambos os cônjuges devem peticionar conjuntamente acerca da pretensão de alteração do regime patrimonial. Trata-se de uma convenção de vontades, cuja resistência de uma das partes impossibilitará a possibilidade, não podendo ser suprida judicialmente. O segundo requisito e que o pedido de alteração do regime de bens processa-se na Vara de Família do domicílio dos cônjuges, seguindo o rito do procedimento de jurisdição voluntária previsto a partir do artigo do Código de Processo Civil, deverá haver consenso entre os cônjuges no momento da propositura. O terceiro requisito o pedido de alteração do regime de bens deve ser motivado, os cônjuges devem apresentar razões relevantes que justifiquem a solicitação, não servindo como explicação apenas o mero desejo dos mesmos, a alteração do regime legal de comunhão parcial para o de separação de bens, tendo em vista que os cônjuges passaram a ter vidas econômicas e profissionais próprias, sendo conveniente a existência de patrimônios próprios para garantirem obrigações que necessitam profissionalmente ou para incorporação em capital social de empresa. O Quarto requisito diz respeito à ressalva dos direitos de terceiros, obrigações pela qual os cônjuges a terceiros e, em se tratando de direitos patrimoniais, terceiros são os que sejam de boa-fé e possam ser atingidos em seus patrimônios, com a alteração do regime de bens. 4.3 EFEITOS DA ALTERAÇÃO DO REGIME DE BENS PERANTE TERCEIROS

22 22 Os efeitos da alteração do regime de bens passam a ter validade a partir do trânsito em julgado da sentença, mas sua eficácia contra terceiros interessados depende de registro imobiliário. Os efeitos jurídicos gerados pela sentença que defere o pedido de alteração devem constar expressamente na peça processual, portanto, o juiz, vai fundamentar dizendo se eles retroagirão à data da celebração do casamento, caso em que o efeito será denominado extunc, ou se terão eficácia somente a partir do trânsito em julgado da referida decisão, quando, então, passa a traduzir em efeitos ex- nunc, ou seja, não retrocedem à data do casamento e apenas produzem resultados para o futuro. O juiz determinará durante a sentença quais serão os efeitos que foram adquiridos na sociedade conjugal, em virtude da alteração do regime de bens, ficando, portanto, sempre protegidos os direitos de terceiros que eventualmente estejam envolvidos economicamente com o casal, pois estes decorrem da lei. 4.4 DESJUDICIALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE ALTERAÇÃO DO REGIME O presente trabalho vem demonstrar a inconveniência de se exigir autorização judicial para a alteração do regime de bens, e abordando os principais os aspectos da mudança, ressalvando ser conveniente, que a lei passe a possibilitar a alteração por meio de escritura pública sem necessidade de autorização judicial. Deste modo, foram apresentadas, todas as formas de regime de bens existentes, bem como suas diretrizes, procedimentos e condicionantes, a visão de cada doutrinador sobre cada um dos regimes, partindo agora para uma análise mais objetiva na qual se poderia realizar demandas menos gravosas, como a Alteração do regime de bens, pelar via extrajudicial, obtento assim um resultado mais econômico e mais célere, deixando para encargo do judiciário somente aquelas demandas mais gravosas. O Poder Judiciário vem adquirindo a cada dia mais demandas, ficando este impossibilitado de exercer sua função de forma eficiente em tempo razoável, deixando de prestar pela qualidade na prestação do seu serviço, no interesse das partes; não seria mais viável que estas demandas menos burocráticas, fossem resolvidas extrajudicialmente? Uma sociedade que se desenvolve em ritmo acelerado e que, em vista disso, precisa solucionar seus problemas de uma forma mais célere, porém eficiente, requer alternativas que possibilitem a conseguir este objetivo, fato este que não ocorre, quando se depara com a realidade, a de um judiciário lotado de demandas que se multiplica a cada dia.

23 23 Com a edição da Lei nº /2007 que alterou alguns dispositivos do Código de Processo Civil e introduziu o artigo A, passando a permitir a realização do inventário, da partilha, da separação e do divórcio consensuais pela via administrativa, ou seja extrajudicialmente, deve-se buscar um entendimento, para que a alteração de regime de bens siga os mesmos critérios dos dispositivos relacionados no artigo A. No mesmo entrever de Tepedino, (1997 GONÇALVES, 2014, P.451) diz que: Com a promulgação da lei n , de 2007 que permite separação e divórcios consensuais, alem da partilha por meio de escritura pública, venha a ser cogitada a possibilidade de mudança legislativa que autorize a alteração extrajudicial do regime de bens, desde que assegurada, evidentemente, a proteção de terceiros, por meio de certidões negativas atinentes a dívidas e execuções em face dos cônjuges. Os cônjuges também poderão ter a possibilidade de realizar tal procedimento pela via judicial, se assim achar melhor, ou seja, tendo total liberdade de escolha. Os direitos decorrentes da alteração do regime de bens, inclusive, os de terceiros que estiverem economicamente envolvidos com eles, ficarão protegidos, independente do motivo que configura tal pedido, ou do lugar em que foi realizado o ato, seja na esfera judicial ou extrajudicial, sendo estes previstos no parágrafo segundo do artigo do Código Civil, o qual deve ser obrigatoriamente observado durante a realização do procedimento.

24 24 5 CONSIDERAÇOES FINAIS Em consonância com a atual situação jurídica do Estado parece sem razoabilidade exigir que mudanças de características da relação material de um casamento tenham que se submeter a uma análise judicial previamente justificada, enquanto mais fácil seria deixar na responsabilidade dos cônjuges. Neste contexto buscou-se com o presente trabalho, especificar todas as modalidades de regimes elencadas na legislação civil, destacando quais as principais alterações foram feitas, e por fim demonstrando a possibilidade de se realizar tal procedimento pela via administrativa, através de escritura pública. Elegeu-se como problema de pesquisa a viabilidade jurídica de se alterar o regime de bens na seara extrajudicial durante a constância do casamento. Estabeleceu-se como hipótese a possibilidade de se suprimir a obrigatoriedade de autorização judicial em determinados casos, permitindo-se que o ato seja realizado também na seara extrajudicial, ou seja pela via administrativa. De onde se conclui que tal procedimento ainda não foi autorizado por lei, mas, porém, diante da situação atual por que passa o poder judiciário brasileiro e a urgência em desafogá-lo, é de suma importância que venha autorizar o mais rápido possível, tal procedimento, a fim de contribuir com o ordenamento jurídico.

25 25 REFERÊNCIAS BRASIL. Lei n de 04 de Janeiro de Trata da alteração de dispositivos do Código de Processo Civil, possibilitando a realização de inventário, partilha, separação consensual e divórcio consensual por via administrativa. Disponível em: < Acesso em 15 de maio DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. 9 ed. rev. atual e ampl.- São Paulo: Ed. revista dos tribunais, DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: direito de família. 28. ed.- São Paulo: Saraiva, 2013 FACULDADE ATENAS. Manual Elaboração de Projeto de Pesquisa. Faculdade Atenas, GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Esquematizado. São Paulo: Saraiva, GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. 11 ed.- São Paulo: Saraiva MACHADO, Antônio Cláudio Da Costa, CHINELLATO, Silmara Juny. Código Civil Interpretado. 6 ed. Barueri, São Paulo: Manole, VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil: direito de família. 5 ed.- São Paulo: Atlas, 2005, (Coleção direito civil; v.6)

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