PAULA MAEHLER ESTUDO DAS SOBRECARGAS POSTURAIS EM ACADÊMICOS DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ UNIOESTE CASCAVEL

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1 PAULA MAEHLER ESTUDO DAS SOBRECARGAS POSTURAIS EM ACADÊMICOS DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ UNIOESTE CASCAVEL Cascavel 2003

2 PAULA MAEHLER ESTUDO DAS SOBRECARGAS POSTURAIS EM ACADÊMICOS DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ UNIOESTE CASCAVEL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Campus Cascavel, para obtenção do Título de graduado em Fisioterapia. Orientador: Celeide A. Peres Cascavel 2003

3 PAULA MAEHLER ESTUDO DAS SOBRECARGAS POSTURAIS EM ACADÊMICOS DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ UNIOESTE DA CIDADE DE CASCAVEL BANCA EXAMINADORA... Profª. Mestre Celeide P. A. Peres Orientadora... Prof. Mestre José Muhamed Vilagra... Profª. Mestre Marilú Mattei Martins Aprovada / / em Cascavel.

4 No nosso corpo estão as marcas da nossa história, do nosso esforço, de nossas perdas e de nossas vitórias. Assim, o ser humano é o seu corpo e não apenas tem um corpo. Os homens passam, as descobertas científicas permanecem e a história trata de registrá-las. Munhoz.

5 Dedico este trabalho aos meus pais, Norivaldo Maehler e Edelzina Maehler que me conduziram à vida com amor, dignidade e paciência. Ao meu amigo Joel Basso que permeou este trabalho com carinho e incentivo. Ao Dirceu Barbosa, uma pessoa especial. As minhas colegas de estágios, principalmente a Grasiele Soares de Oliveira pelo apoio e compreensão.

6 AGRADECIMENTOS À Porfª. Celeide A. Peres, pela orientação na elaboração e conclusão deste trabalho. Ao Diretor da Clínica de Odontologia da Unioeste e aos Professores do curso, pela atenção e colaboração. Aos Acadêmicos do 5 ano de graduação do curso de Odontologia da Unioeste, pelo interesse e colaboração. Aos Professores e acadêmicos do curso de Fisioterapia da Unioeste, que de alguma forma contribuíram de maneira relevante à conclusão do trabalho.

7 RESUMO TÍTULO: ESTUDO DAS SOBRECARGAS POSTURAIS EM ACADÊMICOS DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ UNIOESTE CASCAVEL AUTORA: Paula Mehler. ORIENTADOR: Profª Celeide Aguiar Peres. As dores e os problemas posturais sempre foram motivos de muitas reclamações por parte dos cirurgiões-dentistas. Atualmente com os equipamentos mais ergonômicos muitos dos problemas diminuíram, mas mesmo assim, ainda há dificuldades de se evitar os problemas posturais. Pretendeu-se nesse estudo verificar e descrever a prevalência de distúrbios posturais decorrentes da sobrecarga de atendimento e postura que acometem os acadêmicos de graduação do curso de Odontologia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste, bem como verificar as posturas mais constrangedoras e os procedimentos que causam maior desconforto para o profissional desde a fase acadêmica, observar os locais das dores ou desconfortos físicos referidos pelos acadêmicos, verificar os hábitos posturais, assim como analisar as possíveis causas das algias referidas. A pesquisa foi do tipo descritiva de campo e a população constitui-se de 21 acadêmicos de odontologia que atuam na Clínica Escola de Odontologia da Unioeste em Cascavel (PR) e cursam o 5 ano de graduação. Como instrumento de estudo foi utilizado um questionário contendo 43 questões abertas e fechadas aplicado individualmente aos acadêmicos. Os dados foram tratados por estatística descritiva, com utilização de tabelas de freqüência e gráficos. Constatou-se através da análise dos resultados que todos os acadêmicos que participaram da pesquisa apresentam ou já apresentaram algum desconforto decorrente da atividade profissional, que as dores na maioria dos casos aparecem por volta do quarto ano de curso, sendo que a coluna cervical é a região corporal mais acometida pelas algias e que a má postura é a principal causa do desconforto na opinião dos acadêmicos. Palavras-chave: postura corporal, sobrecarga postural, procedimentos odontológicos

8 ABSTRACT TITLE: I STUDY OF THE SOBRECARGAS POSTURAIS IN ACADEMICS OF DENTISTRY OF THE STATE UNIVERSITY OF THE WEST OF PARANÁ - UNIOESTE RATTLESNAKE AUTHOR: Paula Mehler. GUIDING: Profª Celeide Aguiar Peres. The pains and the problems posturais were always reasons of a lot of complaints on the part of the surgeon-dentists. Now with the most ergonomic equipments many of the problems decreased, but even so, there are still difficulties of avoiding the problems postures. It was intended in that study to verify and to describe the prevail of disturbances current postures of the service overload and posture that attack the academics of graduation of the course of Dentistry of the State University of the West of Paraná - Unioeste, as well as to verify the most constraining postures and the procedures that cause larger discomfort for the professional from the academic phase, to observe the places of the pains or physical discomforts referred by the academics, to verify the habits postures, as well as analyzing the possible causes of the referred pain. The research was of the type descriptive of field and the population is constituted of 21 academic of dentistry that act at the Clinical School of Dentistry of Unioeste in Rattlesnake (PR) and they study the 5 year of graduation. As study instrument was used a questionnaire containing 43 open and closed subjects applied the academics individually. The data were treated by descriptive statistics, with use of frequency tables and graphs. It was verified through the analysis of the results that all the academics that participated in the research present or they already presented some discomfort due to the professional activity, that the pains in most of the cases appear about the fourth year of course, and the cervical column is the corporal area more attacked by the pain and that the bad posture is the main cause of the discomfort in the academics' opinion. Word-key: body posture, overload posture, procedures dentistry

9 SÚMARIO RESUMO...07 ABSTRACT...08 LISTA DE FIGURAS...11 LISTA DE TABELAS...12 LISTA DE ANEXOS...13 LISTA DE ABREVEATURAS INTRODUÇÃO PROBLEMA DA PESQUISA OBJETIVOS GERAL ESPECÍFICOS JUSTIFICATIVA DELIMITAÇÃO DO ESTUDO PERGUNTA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA POSTURA CORPORAL POSTURA EM PÉ POSTURA SENTADA ASPECTOS BIOMECÂNICOS DA POSTURA ANATOMOFISIOLOGIA DA POSTURA SENTADA MEMBROS SUPERIORES NA POSTURA SENTADO SOBRECARGAS POSTURAIS RELACIONADOS AO TRABALHO SENTADO DISTÚRBIOS POSTURAIS RELACIONADOS AO TRABALHO DOR CERVICALGIA TENSIONAL LOMBALGIAS...36

10 2.2.4 POSTURAS ADOTADAS NO TRABALHO ODONTOLÓGICO CARACTERIZAÇÃO DA ATIVIDADE PROFISSIONAL METODOLOGIA CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA POPULAÇÃO AMOSTRA INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS COLETA DE DADOS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS PARA A COLETA DE DADOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO POSTURAL MÉTODO MRI MÉTODO RULA RESULTADOS E DISCUSSÕES ANÁLISE E DISCUSSÃO DO QUESTIONÁRIO ANÁLISE DO MÉTODO RULA...54 CONCLUSÕES...56 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...59 ANEXOS...62

11 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 Lordose lombar na postura sentada e em pé...27 FIGURA 2 Atrito entre tendão e ligamento pelo afastamento do braço...29 FIGURA 3 Conseqüências do afastamento do braço maior que FIGURA 4 Porcentagem de incidência de dor causada na postura de trabalho sentada...33 FIGURA 5 Esquema gráfico ISO/FDI...39 FIGURA 6 Horas dispendidas ao atendimento na Clínica Escola de Odontologia da Unioeste...48 FIGURA 7 Procedimentos de maior queixa de desconforto...49 FIGURA 8 Posturas adotadas pelos acadêmicos durante atendimento na Clínica Escola de Odontologia da Unioeste...50 FIGURA 9 Posições mais adotadas pelos acadêmicos de Odontologia da Unioeste durante atendimento segundo Classificação ISSO/FDI...51 FIGURA 10 Tipos de desconforto referido pelos acadêmicos de Odontologia da Unioeste após atendimento na Clínica Escola de Odontologia da Unioeste...51 FIGURA 11 Locais de dor e desconforto referido pelos acadêmicos relacionados as atividades na Clínica Escola de Odontologia da Unioeste...52 FIGURA 12 Outras manifstações relatadas pelos academicos de Odontologia da Unioeste...53

12 LISTA DE TABELAS TABELA 1 Motivo da não utilização do encosto...53

13 LISTA DE ANEXOS ANEXO 1 Requerimento de Autorização...62 ANEXO 2 Questionário...62 ANEXO 3 Solicitação de Avaliação Questionário...67 ANEXO 4 Questionário de Avaliação...68 ANEXO 5 Tabela de Avaliação do Questionário...74 ANEXO 6 Tabela do MRI...75 ANEXO 7 Planilha do RULA...77 ANEXO 8 Resultado Planilha do RULA...78

14 LISTA DE ABREVEATURAS ISO Inténacional Standard Organization FDI Fedération Dentaire Internacionale MRI Método de Registro a Intervalos SNC Sistema Nervoso Central RULA Rapid Upper Limb Assessment (Análise Rápida do Membro Superior)

15 1 INTRODUÇÃO A postura pode ser definida como uma posição ou atitude do corpo, o arranjo relativo das partes do corpo para uma atividade específica, ou uma maneira característica de alguém sustentar seu corpo (KISNER; COLBY, 1998). A boa postura é imprescindível para o bem-estar do indivíduo. A estrutura e função do corpo proporcionam todas as potencialidades para obter e manter a boa postura (KENDALL; McCREARY; PROVANCE, 1995). Os padrões culturais da civilização moderna e os avanços tecnológicos associados às sobrecargas sobre as estruturas básicas do corpo humano para a realização de atividades cada vez mais especializadas e limitadas, que incitam a manutenção de posturas por longos períodos, fazem com que se torne necessárias influências compensatórias de modo a obter a função ideal sob as condições impostas por esse estilo de vida (KENDALL; McCREARY; PROVANCE, 1995). Nesse aspecto, segundo Santos e Barreto (2001) a odontologia tem sido considerada uma profissão estressante, sendo freqüentemente associada a agravos à saúde, tanto de ordem física como psíquica. A alta incidência de desconfortos posturais nessa classe profissional relaciona-se com sua tendência para um padrão de atividade especializado e repetitivo. Estudos sistemáticos sobre os distúrbios músculo-esqueléticos em cirurgiões dentistas vêm sendo realizados desde a década de 50, e são responsáveis pelas primeiras propostas de modificações nos processo de trabalho dos dentistas, inclusive a mudança do trabalho da posição ortostática para a posição sentada (SANTOS, 2001). Entretanto, permanecer sentado durante horas a fio, mesmo em atividades pouco exaustivas, pode causar fadiga, distúrbios circulatórios e dores físicas. E, com a atenção voltada ao trabalho e concentração na tarefa realizada, cria-se tensões e, conseqüentemente, fica fácil assumir, com o passar do tempo, posturas que serão prejudiciais à saúde (CHAFFIN, ANDERSON; MARTIN, 2001).

16 A correção dessas condições existentes depende da compreensão das influências de fundo e da implementação de um programa de medidas educacionais positivas e preventivas. Ambas requerem uma compreensão da mecânica do corpo e sua resposta às sobrecargas e tensões impostas a ele (KENDALL; McCREARY; PROVANCE, 1995). As complexas relações funcionais entre as facetas articulares, articulações intervertebrais, músculos e sistema nervoso no esqueleto axial constituem um desafio para o terapeuta em termos de avaliação, análise dos problemas e desenvolvimento de um programa de exercícios terapêuticos que trate dos mesmos (KISNER; COLBY, 1998). Por ser a odontologia uma profissão passível de distúrbios osteomusculares e posturais, tornam-se de grande relevância o estudo e caracterização do perfil profissional do odontólogo desde a fase de preparação para a profissão, para que se possa orientá-los de maneira a prevenir e/ou minimizar os distúrbios posturais osteomusculares decorrente do trabalho.

17 1.2 PROBLEMA DA PESQUISA Inicialmente, os cirurgiões-dentistas trabalhavam utilizando a posição em pé, ao lado da cadeira com o paciente sentado. Os equipamentos utilizados não permitiam um bom posicionamento. Os equipos eram fixos e ficavam longe forçando os cirurgiões-dentistas a realizar inclinações e rotações que influenciavam o posicionamento correto, levando a problemas de coluna e fadiga. O avanço tecnológico e os estudos ergonômicos tornaram os equipamentos mais adequados para a atuação desses profissionais. Com o surgimento do mocho (assento com encosto destinado ao profissional da odontologia) o dentista passou a trabalhar sentado, porém ainda de forma incorreta devido a falta de adaptações. As cadeiras odontológicas antigas não baixavam o suficiente, não permitindo ao cirurgião uma boa visão e acesso à boca do paciente; não lhes era possível posicionar os membros inferiores embaixo do encosto, para aproximar-se do paciente; os braços largos obrigavam os odontólogos a flexionar a coluna dorsal e aumentar a protusão de cabeça para obter uma melhor visualização. (FLENK, 1989). Com as mudanças da filosofia de trabalho, a prática odontológica teve grande desenvolvimento, e o dentista passou da posição de pé ao lado da cadeira para uma posição sentada. Com o avanço tecnológico, cadeiras mais apropriadas, o mocho regulável e os equipos mais móveis e bem posicionados diminuíram os problemas, no entanto, os cirurgiões-dentistas continuam sendo uma população alvo de muitas dores articulares e musculares, decorrentes das más posturas (GENOVESE, 1991). O fato de trabalhar sentado não é suficiente para diminuir o desgaste físico da prática odontológica, pois os esforços do cirurgião-dentista na posição sentado podem ser maiores, o que torna seus movimentos mais cansativos (GENOVESE, 1991). Durante seu trabalho, o dentista utiliza grupamentos musculares específicos para cada movimento. Com a manutenção da tensão nos mesmos, as repetições no decorrer do trabalho, associado às posturas inadequadas e estresses emocionais, ocorre fadiga e isquemia muscular localizada e, conseqüentemente, o recrutamento

18 de músculos acessórios para auxiliar na realização das tarefas, o que proporciona um aumento do quadro álgico (OLIVEIRA, 1998). Segundo Viel e Esnault (2000) as lombalgias e cervicalgias são conhecidas pelas pessoas que permanecem longo tempo sentadas. Figlioli e Porto (1986) referem que as dores nas costas, decorrentes da má postura sentada, são as queixas de um grande número de cirurgiões-dentistas em todo o mundo. Estudos sobre a sua incidência têm revelado que um terço dos profissionais em exercício, sofrem de dores na região lombar e que um, entre dois dentistas, tem patologias na coluna lombar relacionados com o trabalho. Santos e Barreto (2001) referem em seu estudo que os profissionais odontólogos estão entre os primeiros em afastamentos do trabalho por incapacidade temporária ou permanente. Para Figlioli (1987) no trabalho sentado, é fundamental que o dentista mantenha a postura ergonomicamente correta, ou seja, deve trabalhar com as costas relativamente retas e apoiadas no encosto do mocho; as coxas paralelas ao chão e formando um ângulo de 90 o (graus) com as pernas; os pés apoiados no chão; manter os cotovelos junto ao corpo ou apoiados em local que esteja no mesmo nível; a cabeça ligeiramente inclinada para frente; a distância entre os olhos do dentista e a boca do paciente deve ser de aproximadamente 30 a 40cm e posicionar o apoio de cabeça do paciente para baixo, nos trabalhos realizados na maxila e para cima, na mandíbula. De acordo com Kapandji (1980) pesquisas ortopédicas têm comprovado a relação entre a postura sentada e o aumenta a pressão intradiscal, o que imprime que esta postura está associada a um aumento do desconforto e alterações do disco e da coluna. Estudos afirmam também que o mocho adequado deve ter um apoio para as costas na região lombar. Ainda, as posturas corporais viciosas, pois no exercício de sua profissão, o cirurgião-dentista adota uma mesma posição corporal durante a maior parte da jornada de trabalho, normalmente a postura sentada, e as exigências visuais, as posições rígidas das mãos e os esforços repetitivos que implicam em posições contraídas, acarretam distúrbios posturais na porção superior do corpo (pescoço, ombros, braços e mãos).

19 Dados obtidos por Santos (2001) em uma pesquisa realizada em Belo Horizonte, Minas Gerais, investigando a atividade ocupacional e prevalência de dor osteomuscular em Cirurgiões dentistas, constatou a prevalência de 58% de dor no segmento superior, 22% no braço, 21% na coluna, 20% no pescoço e 17% no ombro, sendo que 26% relataram dor diária e 40% moderada/forte. Mesmo com o avanço tecnológico e ergonômico, que vem em socorro da profissão, o exagero nas horas de trabalho e a predisposição idiopática de cada indivíduo a certos tipos de degenerações esqueléticas que comprometem a coluna, colocam esses profissionais em situações que geram desconforto. Por isso, torna-se imprescindível uma melhor preparação dos mesmos para as sobrecargas físicas diárias. 1.3 OBJETIVOS GERAL Verificar a incidência de sobrecargas posturais em acadêmicos de odontologia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) decorrentes da prática de atividade clínica durante sua formação profissional, passíveis de causar distúrbios álgicos ESPECÍFICOS Identificar os procedimentos clínicos dos acadêmicos do curso de odontologia da Unioeste que produzem maior incidência de dor. Identificar as posturas constrangedoras na atividade prática odontológica na posição sentada dos acadêmicos do curso de odontologia da Unioeste.

20 Analisar os eventos posturais de maior freqüência na prática odontológica que possam estar interferindo nas posturas dos acadêmicos do curso de odontologia da Unioeste. 1.4 JUSTIFICATIVA Hábitos posturais inadequados, como os impostos pela atividade estática e prolongada do cirurgião-dentista, agindo sobre o organismo de forma repetitiva, são capazes de levar a dor e, seus vários mecanismos de defesa, a ações compensatórias (MUNHOZ, 1995). Com a permanência numa mesma posição corporal, associada ao trabalho sedentário, com a utilização exclusiva e sobrecarregada dos membros superiores, podem gerar alterações significativas no alinhamento corporal, além de apresentar dor ou desconforto na musculatura mais utilizada. Conseqüentemente há aquisição de vícios posturais, além de outros problemas que, se não forem prevenidos ou amenizados, afetam a médio e longo prazo o desempenho do cirurgião-dentista no dia-a-dia e na saúde (OLIVEIRA, 1998). Para Genovese e Lopes (1991) e Hamill e Kuntzen (1999) a boa postura gasta menos energia, proporciona um melhor funcionamento das estruturas e órgãos, proporcionando um mínimo desgaste das estruturas, seja em ortostatismo ou sentado. A partir daí, pode-se inferir que estando o corpo, como um todo, em perfeita harmonia com a força gravitacional, este corpo estará protegido dos distúrbios que junto venham a prejudicar a sua postura. Conseqüentemente, o odontólogo terá uma melhor prática da profissão, em virtude de seu bem estar diante dos equipamentos. Muitos estudos foram elaborados analisando as posturas e gestos do profissional durante a realização de procedimentos odontológicos (FIGLIOLI, 1987; PORTO, 1994). Entretanto, se faz necessário um aprimoramento destes estudos também em acadêmicos para uma melhor conscientização preventiva, uma

21 educação precoce dos mesmos de modo a levá-los a novas condições posturais e melhor desempenho profissional. Sendo assim, observa-se a importância de se realizar tal estudo, objetivando verificar os hábitos posturais dos acadêmicos de odontologia, as causas dos desconfortos físicos e as regiões corporais mais acometidas, com auxílio dos métodos de análise MRI (Método de Registro a Intervalos) e RULA (Rapid Upper Limb Assessment Análise Rápida do Membro Superior). 1.5 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO Esta pesquisa delimitou-se em verificar a principais posturas constrangedoras ocupacionais que acometem os odontólogos na fase acadêmica. Utilizou-se um questionário com 43 questões, abertas e fechadas, aplicadas individualmente. Foram questionados 21 acadêmicos de odontologia da Unioeste Universidade Estadual do Oeste do Paraná, da cidade de Cascavel, de ambos os sexos, que atuam na Clínica Escola de Odontologia da mesma, com idade que variam de 22 a 24 anos. Realizou-se também a análise das posturas adotadas durante a realização de procedimentos dos acadêmicos na clínica de odontologia da Universidade. A escolha dos acadêmicos foi aleatória. Os dados de posturas foram analisados pelos métodos MRI e RULA. 1.6 PERGUNTA Quais procedimentos na atividade clínica, durante a formação do acadêmico de odontologia, levam a distúrbios posturais?

22 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 POSTURA CORPORAL Postura é um termo geral definido como uma posição ou atitude do corpo no espaço, não apenas na posição ereta. É a disposição relativa das partes do corpo para uma atividade específica, uma maneira característica de sustentar o próprio corpo (SMITH, WEISS; LEHMKUHL, 1997; MAFFAT; VICKERY, 2002; KISNER; COLBY, 1998). É um conceito dinâmico e não estático. Raramente o corpo permanece parado mais do que alguns momentos e, com freqüência, ele realiza movimento de grande variedade de extensão e direção. Dessa forma, a posição estática serve para simplificar e explicar os mecanismos posturais. É considerada correta quando é utilizada com máxima eficiência e mínimo esforço. Quando uma pessoa apresenta uma postura não compatível, todo o sistema vertebral e tecidos correlacionados estarão descompensados, iniciando assim a indução de uma dor e limitação de movimento (CAILLIET, 1985; GENOVESE; LOPES, 1991). Portanto, as posturas são usadas para realizar atividades com a menor quantidade de energia. Assim, postura e movimento são intimamente associados; o movimento começa em uma postura e pode terminar em outra. Na função normal, os pontos e ajustes posturais são rápidos e automáticos (SMITH, WEISS; LEHMKUHL 1997). Elas, ainda, têm importantes implicações na saúde e no bem-estar geral de grande parte do corpo por determinar a quantidade e a distribuição do esforço sobre os vários ossos, músculos, tendões, ligamentos e discos. A boa postura mantém o esforço em seu mínimo, distribuindo-o para as estruturas mais aptas a suportá-lo. Já a má postura tem efeito contrário, aumentando o estresse total, distribuindo-o para estruturas menos capazes de suportá-lo (MAFFAT; VICKERY, 2002). As costas e a região lombar são extremamente sensíveis a boa ou a má postura. Qualquer má postura coloca as costas e o pescoço em risco de vários

23 distúrbios. Alguns tipos de má postura também deslocam a escápula, interferindo com o livre movimento da articulação do ombro; pode provocar dor de curta duração em uma ou mais áreas; exacerbar algum problema já existente; ser for continuada ou repetida pode originar dor crônica e graves danos a longo prazo (MAFFAT; VICKERY, 2002) POSTURA EM PÉ A postura correta é o alinhamento vertical do corpo, desde a parte de cima da cabeça, passando pelo centro do corpo, até a sola dos pés. Pode-se passar uma linha reta à frente e atrás, que o corpo será dividido ao meio desde a face inferior do esterno até a metade da distância entre os joelhos e os pés. Na lateral, a linha reta vai do lobo da orelha ao ombro, passando logo abaixo da articulação do quadril, ou seja, levemente posterior ao centro da articulação, e na frente das articulações do joelho e do tornozelo (MAFFAT; VICKERY, 2002). Na postura ereta em pé, ocorre mais atividade nos eretores da espinha que em uma atividade em pé relaxada. Na postura relaxada, a maior parte da responsabilidade pela manutenção da postura é passada para os ligamentos e cápsulas (HAMILL; KUNTZEN, 1999). Uma postura relaxada ou inclinada para frente aumenta o estresse sobre os discos vertebrais. Porém, uma postura totalmente ereta, com a região lombar para frente, as escápulas para trás e a cabeça empurrada para trás exige atividade excessiva de todos os músculos da coluna vertebral. Ambas as posturas podem provocar dor, então, para manter uma posição neutra da coluna vertebral é necessário conservar a cabeça ereta, com o queixo levemente empurrado para trás, com um bom alinhamento do quadril, joelhos, tornozelos e pés (MAFFAT; VICKERY, 2002).

24 2.1.2 POSTURA SENTADA O modo de vida atual impõe a necessidade de se passar uma grande parte da jornada sentado em razão de se deslocar em automóveis, de permanecer sentado durante o trabalho por longos períodos, durante uma parte do tempo de lazer e todas as refeições. Todavia, a posição sentada foi identificada como um fator de risco para a coluna vertebral e isto incitou certos terapeutas a aconselhar a viver o ritmo das posições sentadas, interpondo períodos de repouso e marcha entre as obrigações do trabalho sentado (VIEL; ESNAULT, 2000). De acordo com os mesmos autores, a lombalgia e a cervicalgia, assim como insônia e as dispepsias são consideradas pequenos males para os quais a medicina não oferece um tratamento convincente. Por essa razão, saber proteger a coluna é um conhecimento essencial. A postura na posição sentada requer menor gasto de energia e impõe menor carga sobre o membro inferior em comparação com a posição em pé. Contudo, posições sentadas prolongadas podem ter efeitos prejudiciais sobre a coluna lombar. Sentar sem suporte é similar a ficar em pé, já que ocorre maior atividade na região torácica do tronco com poucos níveis de atividade nos músculos abdominais e psoas (HAMILL; KUNTZEN, 1999). De acordo com Viel e Esnault (2000) o simples fato de se sentar traz conseqüências. Sentar-se em uma cadeira tradicional produz uma retificação acentuada da lordose lombar. Isso provoca uma tensão nos ligamentos da porção posterior, bem como das fibras posteriores dos discos intervertebrais. Desse modo, o disco, a nível lombar, é deslocado e submetido à deformação. Já na porção anterior, os discos se encontram esmagados e essa compressão desencadeia os efeitos nocivos. Portanto, a postura sentada correta deve permitir manter as curvaturas das costas, com a cabeça ereta e o queixo puxado um pouco para trás. Deve-se evitar uma curva torácica exagerada e queda da cabeça. O encosto deve ser duro, principalmente se for permanecer por muito tempo nessa posição. Deve-se se

25 encostar para trás de forma que a região lombar apóie-se no encosto da cadeira. A altura do assento deve permitir que os pés apóiem-se no solo e que os joelhos fiquem logo abaixo do nível dos quadris (MAFFAT; VICKERY, 2002). Ainda de acordo com os mesmos autores, numa visão geral, a postura sentada poderia ser considerada vantajosa em relação a postura em pé, porque cansa menos, exige menor gasto energético, diminui os movimentos das pernas, entre outras vantagens. No entanto, ela sobrecarrega o corpo, principalmente quando se permanece muito tempo nessa postura e em condições inadequadas. Vários estudos indicam um aumento do risco de dores lombares e dorsalgias em indivíduos que trabalham na posição sentada por causa da fixação postural, ou seja, a manutenção da mesma postura por longos períodos de tempo, em que os movimentos são limitados ou estereotipados (CHAFFIN, ANDERSON; MARTIN, 2001). Para compreender melhor o que acontece na postura sentada, é preciso entender o que acontece com a coluna vertebral quando se senta. 2.2 ASPECTOS BIOMECÂNICOS DA POSTURA A coluna vertebral, também conhecida como coluna dorsal, é uma estrutura de ossos e cartilagens que se estende da base do crânio à pélvis. Ela protege a medula espinhal, e dá sustentação e flexibilidade ao tronco e à cabeça. Ou seja, garante a estabilização da postura ereta do homem e permite os movimentos necessários do corpo. O maior movimento da coluna ocorre na parte cervical e lombar (HAMILL; KUNTZEN, 1999). Uma coluna vertebral bem alinhada passa pelo centro do corpo, desde de trás da cabeça até o cóccix. Observada lateralmente, a coluna vertebral apresenta três curvas naturais, possuindo o formato da letra S. A coluna funciona como uma enorme mola flexível, que permite o movimento, e dura, para dar sustentação ao corpo. Ela conta com 33 ossos ou vértebras. Os últimos 9 se dividem em dois grupos

26 que formam o sacro e o cóccix, ossos que formam a base da sua coluna vertebral. O sacro é uma estrutura triangular formada por 5 vértebras soldadas que apóiam a coluna e a liga a pélvis. O cóccix é formado por quatro vértebras e não possui função específica (HAMILL; KUNTZEN, 1999; EMOKA, 2000). O envelhecimento dos ossos pode levar a desgastes, e estes desgastes causam alterações nos segmentos da coluna vertebral. A diminuição da qualidade do tecido do disco intervertebral é provocada por posturas erradas, longos períodos em pé ou sentado, posição forçada, trabalho com postura inclinada, levantar e carregar cargas pesadas. A parte mais afetada por essas condutas incorretas é a coluna lombar (EMOKA, 2000). Segundo Barros (1991) na posição sentada, os músculos dorsais e ventrais em maior grau, são os mais requisitados e a superfície de apoio propriamente dita, são os ísquios, ossos que fazem parte da pelve e se localizam na região glútea. A postura correta reduz sensivelmente a carga da coluna vertebral. Discos intervertebrais, tendões, articulações e músculos das costas descarregam o peso sobre a coluna vertebral, a qual recupera-se melhor na posição deitada. Nesta posição, o sistema biológico do disco intervertebral relaxa e absorve líquido aumentando seu volume e melhorando, assim, a sua função de defesa. Desse modo, alternâncias entre cargas e descargas sobre os discos é a condição para a saúde da coluna vertebral (HAMILL; KUNTZEN, 1999) ANATOMOFISIOLOGIA DA POSTURA SENTADA Em vista lateral, a coluna normal exibe curvaturas fisiológicas de concavidades anterior (região torácica) e posterior (região cervical e lombar) (KAPANDJI, 1980). Na postura sentada, a parte inferior da coluna, a lordose lombar, é reduzida, sofrendo uma diminuição ou eliminação de sua curvatura fisiológica, tornando-se reta ou mesmo invertendo-se. Assim, diminui-se o espaço existente na parte da

27 frente das vértebras e aumenta-se o de trás, forçando o núcleo pulposo, que estava no centro do disco, para trás (Figura 1) (COURY, 1995). FIGURA 1 Lordose lombar na postura sentada e em pé. FONTE COURY (1995) Nessa postura a pressão dentro do disco aumenta em 35%, ocorre um alongamento das estruturas posteriores da coluna, ligamentos e nervos, especialmente o nervo espinhal, que submetido à tração, recebe menos sangue para a sua nutrição, podendo sofrer alterações na sua função. Esse processo ocorre quando a pelve é roda posteriormente em torno de 10 e a lordose lombar diminui em média 38, principalmente quando sem apoio lombar adequado. Quanto menor for o ângulo entre o tronco e as coxas, maior tenderá a ser a pressão dentro do disco (RODGHER, COURY; SANDE, 1996; CHAFFIN, ANDERSON; MARTIN, 2001). As mensurações realizadas por Schoberth (apud VIEL; ESANULT, 2000, p.5) demonstram que, quando sentado numa superfície horizontal (90 ), não se consegue obter 90 de flexão dos quadris, mas somente 60 e que os 30 restantes devem ser realizados pela região lombar baixa, daí a retificação da lordose ou o aparecimento de uma cifose lombar. Esses fatores, ocasionados pela postura sentada e a ação de se inclinar para a frente, aparentemente benigna, associados ao processo de envelhecimento e a permanência na mesma posição por longos períodos de tempo, tem como conseqüência a pressão intradiscal que pode levar a alterações do disco, como a hérnia de disco causada por microtraumatismos repetidos, que levam a um aumento

28 nos elementos fibrosos do anel e uma diminuição do número relativo de elementos elásticos (SMITH; WEISS; LEHMKUHL, 1997; VIEL; ESNAULT, 2000). A hérnia de disco sempre foi uma lesão associada a trabalho pesado, contudo, alguns estudos recentes têm relatado cada vez mais esse distúrbio em indivíduos que trabalham na postura sentada (VIEL; ESNAULT, 2000). Além disso, a permanência prolongada nessa postura tende a reduzir a circulação de retorno dos membros inferiores, promover desconfortos na região do pescoço, quando este permanecer estático, e nos membros superiores, principalmente quando são executados movimentos repetitivos ou associados ao uso de força (CHAFFIN, ANDERSON; MARTIN, 2001). Coury (1995) aborda algumas conseqüências da postura sentada sobre as pernas e membros superiores: Quanto as pernas, o principal problema na postura sentada é a dificuldade de retorno venoso, que com o passar do tempo leva a uma diminuição da temperatura nas pernas, sensação de formigamento, dormência, dor e inchaço. Um indivíduo (sem qualquer problema circulatório) que trabalha 8 horas por dia, fazendo intervalos normais para almoço e lanche, chega ao final da jornada de trabalho com um aumento de até 5 a 7% no volume total de suas pernas. Quanto aos membros superiores, a postura inadequada, ausência de descanso, mobília e equipamentos mal projetados, repetição de movimentos, uso de força excessiva nos movimentos, posturas fixas por longos períodos, são as principais causas das dores e desconfortos. Quando se trabalha sentado, existem dois movimentos do braço que ocorrem com freqüência: o deslocamento do braço para frente e o deslocamento do braço para o lado; esses movimentos são prejudiciais quando forem amplos e freqüentes.

29 MEMBROS SUPERIORES NA POSTURA SENTADO Com relação ao ombro, segundo Coury (1995) a contração muscular estática prolongada torna os músculos doloridos ou mesmo inflamados, sobrecarregando os tendões. Se o braço for afastado do corpo, o ligamento córaco-acromial se atrita aos tendões do ombro que passam entre o osso e o ligamento (Figura 2). FIGURA 2 Atrito entre tendão e ligamento pelo afastamento do braço. FONTE COURY (1995) Se o braço for afastado do corpo mais que 60, num nível acima dos cotovelos, resulta em abdução dos ombros, com aumento do estresse sobre estas articulações, assim como sobre os músculos da região dos braços e pescoço. Esse atrito facilita o aparecimento de tendinites, que podem acometer posteriormente as bursas, ligamentos e a própria articulação, se os movimentos não cessarem. Os nervos e vasos sangüíneos também podem ser afetados, dando a sensação de formigamento e dor que podem ser sentidos localmente ou de forma referida nas mãos, punhos e coluna (Figura 3). Recomenda-se um ângulo de abdução dos ombros de 15 a 20 ou menos para trabalhos prolongados (CHAFFIN, ANDERSON; MARTIN, 2001; COURY, 1995).

30 FIGURA 3 - Conseqüências do afastamento do braço maior que 60. FONTE COURY (1995) Os movimentos do cotovelo e punho, extensão ou flexão, particularmente os do punho, são perigosos, principalmente quando maiores de 25, por causar atrito entre os tendões, ligamentos e ossos, que podem levar a dor, dormência, formigamento e diminuição de movimento. Estes podem ser desencadeados também pelos movimentos repetitivos de pinça (CHAFFIN, ANDERSON; MARTIN, 2001; COURY, 1995). Saquy e Pécora (1996) recomendam como ideal, a inclinação média da coluna vertebral no sentido anteroposterior, justificando que nesta posição é menor o grau de exigência dos músculos de sustentação e conseqüentemente há menor fadiga muscular. Figlioli e Porto (1987) e Chaffin, Anderson e Martin (2001) recomendam que os pés permaneçam completamente apoiados sobre o solo, distribuindo o peso uniformemente, reduzindo a carga sobre as nádegas e sobre a região posterior das coxas, além de manter a posição de equilíbrio. Pois, a pressão aplicada na região poplítea pode levar a edema das pernas e pressão sobre o nervo ciático. Aconselham, também, que as coxas devem estar paralelas ao chão e o ângulo formado entre a perna e as coxas deve estar entre 90 e 120, pois quanto mais aumenta essa angulação, maior será a compressão da circulação venosa de retorno, o que causa desconforto e favorece o aparecimento de varizes nos membros inferiores. Referem, ainda, que a posição da cabeça do dentista deve ser ligeiramente inclinada para frente e para baixo, evitando a curvatura excessiva do

31 pescoço, e a distância média recomendada entre os olhos do profissional e a boca do paciente deve ser de 30 a 40 cm SOBRECARGAS POSTURAIS RELACIONADOS AO TRABALHO SENTADO Por melhor que seja o posicionamento sentado ele impõe carga biomecânica significativa sobre os discos intervertebrais, principalmente lombares. Se o trabalho proporciona pouca movimentação, uma carga estática sobre certos segmentos corporais é produzida e, mesmo não sendo intensa, se for muito prolongada associada à inércia músculo-ligamentar causa fadiga (BAÚ, 2002). Para Chaffin, Anderson e Martin (2001) em geral, a postura de um indivíduo sentado depende não somente do formato da cadeira, mas também dos hábitos pessoais de postura e da tarefa a ser desenvolvida, pois, sentar-se corretamente não é uma atitude contemplada pela nossa cultura e, quando um indivíduo permanece nesta posição por mais de quatro horas diárias, sua postura poderá afetar pescoço, ombros e costas, bem como membros inferiores. Além disso, a altura e a inclinação do assento da cadeira, a posição, forma e inclinação do encosto e a presença de outros tipos de apoio influenciam na postura. É relevante que a cadeira permita alterações posturais, pois pequenas mudanças nas dimensões e na organização do ambiente de trabalho podem mudar, consideravelmente, a postura ideal e, além disso, não há uma única postura ideal e, mesmo uma postura de repouso não pode ser mantida indefinidamente. Um posicionamento que seria correto na posição sentada é a seguinte: Pescoço com flexão até no máximo de 30 o, sendo ideal o alinhamento com 10 o de flexão, onde a musculatura dos olhos está na posição de menor exigência, evitando atividade lateralizada da cabeça e torções (ocorre redução do espaço do forame de conjunção pela postura, no lado da lateralização, provocando dores musculares e, com o tempo possíveis lesões das articulações intervertebrais);

32 Ângulo tronco-coxa em torno de 100 a 110 o, preferindo utilizar o encosto do assento, onde reduz significativamente a sobrecarga dos discos intervertebrais lombares e a tensão sobre cervical e cintura escapular; Ângulo coxa-perna em torno de 90 a 120 ; Braços na posição vertical, alinhados ao tronco, formando um ângulo de 90 a 110 o com antebraços, sendo para atividades leves de esforço; Punho em alinhamento natural com antebraços, evitando flexão ou extensão extrema, ou seja, variando de 0 a 20 o, tanto para flexão como para extensão estudos relatam que o ponto neutro do túnel do carpo é de 10 o de flexão (BAÚ, 2002) DISTÚRBIOS POSTURAIS RELACIONADOS AO TRABALHO De acordo com Baú (2002) além da predisposição, o hábito de manter posturas extremas e sua freqüência durante o trabalho levam o indivíduo a desenvolver certas patologias músculo-esqueléticas, tais como: Tendinite do Ombro manutenção de ombros elevados e/ou abduzidos acima de 45 o, onde entra o esforço do músculo supra-espinhoso; Tendinite do Ombro e Síndrome do Desfiladeiro Torácico braços mantidos acima do nível; Tendinite do Bíceps antebraços fletidos sobre os braços acompanhado de posição supina dos antebraços; Compressão do Nervo Mediano do Túnel do Carpo extensão mantida de punho; Compressão do Nervo Mediano do Túnel do Carpo e Epicondilite medial extensão de punho associado à força;

33 Doença de DeQuervain desvio do punho na direção ulnar; Fadiga e Dor no Trapézio braços mantidos em sustentação; Tendinite da Face Ventral do Punho flexão repetitiva dos dedos do carpo; Tendinite da Face Dorsal do Punho extensão do carpo e dedos; Tendinite dos Finos Tendões Flexores dos Dedos e Nódulos compressão mecânica na superfície ventral dos dedos ou carpo DOR De acordo com Guyton (1993) a dor é um mecanismo protetor do corpo. Ocorre sempre que qualquer tecido é lesado, e determina uma reação do indivíduo para remover o estímulo doloroso. Entretanto, não existem termos específicos que permitam descrever uma dor, e a vítima de um desconforto sério é obrigada a lançar mão de analogias freqüentemente descritivas: dor em queimação, picada, torcer, transfixante, fulgurante, paralisante etc. sendo a descrição imprecisa (VIEL; ESNAULT, 2000). Na Figura 4, anatomicamente, estão assinaladas as percentagens de incidência das dores que afligem indivíduos que trabalham na postura sentada. Nenhuma parte do corpo escapa de uma incidência menor ou maior de dor quando o assento não proporciona o devido suporte à estrutura óssea e, associado à postura incorreta, causa pressão indevida sobre os tecidos moles do corpo interferindo na circulação sangüínea (VOTELLER, 2002).

34 FIGURA 4 Porcentagem de incidência de dor causada na postura de trabalho sentada. FONTE Voteller, 2002 A dor é uma qualidade sensorial complexa, freqüentemente não relacionada ao grau de lesão tecidual. A interpretação da sensação dolorosa envolve não apenas os aspectos físico-químicas a nocicepção, mas também os componentes sócio-culturais dos indivíduos e as particularidades do ambiente onde o fenômeno nociceptivo é experimentado. Para que ocorra é preciso que haja a transformação dos estímulos ambientais em potenciais de ação que, das fibras nervosas periféricas, são transferidos para o SNC (Sistema Nervoso Central) (TEIXEIRA, 1994; RANNEY, 2000). A dor não é devida a estimulação excessiva de todos os nervos sensitivos presentes, mas ao estímulo de fibras específicas para a dor (SELKURT, 1986). Os receptores nociceptivos ou receptores da dor são representados por terminações nervosas livres presentes nas fibras mielínicas finas A-delta e amielínicas C. De acordo com Ranney (2000) essas pequenas fibras C desmielinizadas são sensíveis nos tecidos após trauma. Os nociceptores relacionados com as fibras C respondem a estimulação mecânica, térmica e/ou química de forma lenta e, os relacionados as fibras A-delta, a estimulação mecânica e/ou térmica de forma rápida. A atividade dos receptores nociceptivos é modulada pela ação de substâncias químicas algogênicas, neurotransmissores, (acetilcolina, prostaglandinas, histamina, serotonina, bradicinina, substância P, entre outras) liberadas nos tecidos, em decorrência de processos inflamatórios, traumáticos e/ou

35 isquêmicos. Das substâncias químicas a bradicinina parece ser a mais dolorosa de todas. Por esta razão, muitos pesquisadores sugeriram que a bradicinina poderia ser o agente individual mais responsável por provocar o tipo de dor de lesão tecidual (TEIXEIRA, 1994; RANNEY, 2000). Ao chegarem a medula espinhal pelas raízes espinhais-dorsais, as fibras de dor sobem e descem pelo feixe de Lissauer, onde as fibras projetam-se nas unidades celulares do corno posterior da substância cinzenta na medula. Da medula espinhal, os sinais de dor seguem por duas vias diferentes até o encéfalo. Pelo feixe neoespinotalâmico, que conduz as fibras rápidas tipo A-delta, unilateral, mas que cruza, terminando algumas fibras nas áreas reticulares do tronco cerebral e outras no tálamo, terminando em sua maior parte no complexo ventrobasal, de aspectos discriminativos. E, pelo feixe paleoespinotalâmico, que transmite a dor de forma lenta através das fibras tipo C, trajeto bilateral que distribui amplamente a inflamação álgica terminando difusamente no tronco cerebral e apenas um décimo das fibras seguindo até o tálamo, terminando também em múltiplas áreas do bulbo, na ponte e no mesencéfalo, relaciona-se com aspectos emocionais da dor. Ambos os feixes cruzam para o lado oposto da medula pela comissura anterior e depois sobem ao encéfalo pelas colunas ântero-laterais (GUYTON, 1993). A informação para o cérebro não depende só do estímulo direcionador aferente, mas também das influências moduladoras de neurotransmissores que atuam sobre o sistema. Observou-se que o estresse emocional de indivíduos no momento da lesão altera os sintomas. Registros indicam que durante a guerra ou em catástrofes, os pacientes gravemente feridos não sentiam nenhuma dor no momento da lesão, devido ao estresse ou à emoção. Isso indica que os impulsos neurais descendentes, que se originam do cérebro e atuam sobre as células, na medula, podem determinar quais os tipos de impulsos ascendentes alcançarão o cérebro (SELKURT, 1986). Se a transmissão do impulso nociceptivo pode ser modulada ao nível da medula espinhal, a transmissão total da dor pode ser bloqueada (p. ex., a administração intratecal de um anestésico local pode ser efetuada para o bloqueio de todo impulso sensitivo). Embora os neurotransmissores preferenciais à medula espinhal não sejam bem conhecidos, é bem sabido que opiáceos exógenos, como a

36 morfina, atuam preferencialmente nas fibras A-delta/C nos receptores de opiáceos, e atuam no bloqueio da descarga dos impulsos da dor pelas fibras A-delta/C. Hoje já é sabido que o corpo possui substâncias endógenas próprias denominadas endorfinas que exercem a mesma ação que os alcalóides opiáceos exógenos no bloqueio da atividade evocada pelas fibras A-delta/C inibindo seletivamente a dor (O SULLIVAN; SCHMITZ, 1993) CERVICALGIA TENSIONAL É uma desordem orgânica e funcional provocada pelo trabalho repetitivo, aumentando a carga muscular estática, secundária a postos de trabalho inadequados (Ex. flexão acentuada cervical ou extensão) ou falta de orientação postural no trabalho (BAÚ, 2002). O indivíduo sente dor na região cervical e ombros, cefaléia, fraqueza que é mais evidente nas fibras superiores do músculo trapézio e fadiga muscular, além de parestesia e tontura. Apresenta-se com contratura da musculatura cérvico-torácica com nódulos (pontos gatilhos) dor a palpação, limitação da movimentação cervical e redução da lordose cervical e ombros deprimidos (BAÚ, 2002) LOMBALGIAS A coluna vertebral é a estrutura que permite o amortecimento de cargas, tanto aquelas decorrentes de pesos colocados sobre a cabeça ou carregados pelos próprios membros superiores, como aquelas decorrentes de pancadas. Devido ao fato dos músculos das costas estarem próximos ao centro de apoio (alavanca) na hora de elevar um peso do chão com as costas dobradas (sem dobrar os joelhos) os músculos têm que desenvolver uma força dezessete vezes maior que o peso da carga que está sendo elevada. Os discos intervertebrais, que são 23, são estruturas

37 encarregadas de amortecer cargas e pressões ao longo da coluna vertebral, sendo o mais importante o último disco (entre a quinta lombar e o osso sacro) onde a sobrecarga é maior na hora do esforço (BAÚ, 2002). Os movimentos mais agressivos para a coluna lombar são: Abaixar-se e elevar-se com torção do tronco, isto aumenta imensamente a pressão dentro do disco intervertebral e exige muito da musculatura, causando dor; Flexionar as costas para apanhar um objeto com os joelhos estendidos, os joelhos devem ser dobrados na hora de elevar um objeto, para reduzir a sobrecarga lombar; Permanecer muito tempo em uma única posição, tanto sentado quanto em pé, isto aumento a produção de ácido lático nos músculos, causando dor; Elevar um peso longe do corpo. Todo peso deve ser elevado e transportado o mais próximo possível do tronco e de maneira simétrica, distribuindo igual, nunca só de um lado; Movimentos amplos, quando o indivíduo apresenta encurtamento muscular, por exemplo, não consegue alcançar as mãos até o chão com joelhos estendidos, isto predispõe a distensões musculares por falta de alongamento, aumentando o esforço nas alavancas da coluna vertebral. Quando a carga do trabalho ultrapassa a capacidade aeróbica (boa oxigenação dos tecidos) as pausas se tornam indispensável como forma de prevenção da fadiga crônica. Quantos mais freqüentes as pausas, mesmo de curta duração, permite ao indivíduo manter seu ritmo de trabalho por longo tempo com melhor qualidade física e com uma quantidade total de trabalho bem maior do que se a atividade fosse desenvolvida de forma contínua (BAÚ, 2002). Índices demonstram que 80% da população é afetada por lombalgias entre os 30 e 40 anos. Associado a má posturas e manuseios ocupacionais inadequados, elas aparecem precocemente, com casos de jovens de 20 anos de idade, que à primeira instância são robusto e suportam um ritmo com maior cadência de trabalho,

38 porém como qualquer indivíduo, também têm limites e, acabam muito cedo com danos precoces, como: desgaste intervertebral, levando a artrose, antes mesmo da estabilização estrutural da coluna que ocorre por volta dos 25 anos de idade (BAÚ, 2002) POSTURAS ADOTADAS NO TRABALHO ODONTOLÓGICO O objetivo da ergonomia na odontologia é obter meios e sistemas para prevenir fadiga, oferecer maior conforto e simplificação do trabalho, tanto para o cirurgião-dentista quanto para o paciente, ou seja, racionalização do trabalho odontológico, diminuído estresse físico e mental, prevenindo doenças relacionadas com a prática odontológica (BARROS, 1991). São preconizadas diversas posições e posturas para o cirurgião-dentista ter melhor acesso e visibilidade. As posições de trabalho podem ser classificadas numericamente de acordo com o esquema gráfico ISO (Inténacional Standard Organization) e pela FDI (Fedération Dentaire Internacionale) que descrevem o espaço físico de um consultório, onde o dentista deve trabalhar. O esquema consiste no mostrador de um relógio imaginário colocado sobre a cadeira odontológica, com o número 12 sobre o apoio da cabeça da mesma e o número 6 sobre a outra extremidade, isto é, no local onde ficam os pés do paciente, como demonstrado na Figura 5. Conforme o número do mostrador para o qual estiver voltada a costa do dentista no momento de trabalho, será denominada a posição de trabalho. Em torno do centro, a partir da boca do paciente na cadeira odontológica, são traçados três círculos concêntricos de raios 0,5, 1,0 e 1,5 metros. Assim, o eixo 6-12 horas divide a sala em duas áreas: à direita (área do dentista) e à esquerda (área do auxiliar) (FLENK, 1989; IIDA, 1990). De acordo com Iida (1990) a área limitada pelo círculo de 0,5 de raio ou 1,0 metro de diâmetro, corresponde a chamada área de transferência, onde tudo que se transfere à boca do paciente deve estar situado nesse espaço, como os instrumentos e as pontas do equipo. Também devem estar aí dois mochos para o

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