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- Derek Furtado Bennert
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2 A coluna vertebral, assim como qualquer articulação, apresenta movimentos que possuem tanto grande como pequena amplitude articular. Estes recebem o nome de Macromovimentos e Micromovimentos, respectivamente, e são os responsáveis pela mobilidade da coluna, o que promove lubrificação de suas cápsulas articulares através da produção de uma substância denominada Líquido Sinovial. Sem esse líquido, nossos discos intervertebrais calcificariam, tornando a coluna um enorme osso único, perdendo sua mobilidade. Por que, porém, nossa coluna precisa apresentar essa mobilidade? Quais estrutura(s) vertebral(is) é(são) responsável(is) em promover essa mobilidade? E se a coluna perde-lâ, de forma parcial ou total, como a fisioterapia, aliada a recursos manuais, elétricos e macânicos, poderá restaurá-la? Responderemos a estas perguntas no decorrer deste artigo. Iniciaremos com um resumo sobre Fisiologia da Coluna Vertebral. 01. Fisiologia da Coluna Vertebral A fisiologia da coluna vertebral está diretamente relacionada com a vitalidade celular. A célula é a menor porção viva do corpo de qualquer animal e assim o é no corpo humano. É de importância para a vida celular que haja plena circulação sangüínea no ambiente celular. A circulação permite alimentação da célula e a remoção dos detritos expelidos em seu ambiente, conseqüência de sua atividade metabólica. Em duas regiões do corpo não há circulação de sangue. São elas: o disco intervertebral e a cartilagem articular, Nela a alimentação celular se faz pela circulação de líquido intersticial proveniente da circulação sangüínea anexa. E esta circulação, como um todo, depende da mobilidade continuada da coluna. Assim, a boa vitalidade da coluna depende de suas células, e estas do macro e micro movimentos fisiológicos dos segmentos vertebrais. Página 2
3 COLUNA SAUDAVEL EXIGE COLUNA COM FLEXIBILIDADE DE MOVIMENTOS E MOVIMENTAÇAO CONTINUADA E PERIÓDICA!!! A fisiologia da coluna vertebral depende da estabilidade dos segmentos e, portanto, de todo o edifício vertebral e da capacidade de movimentos dos segmentos vertebrais. Dessa forma, as condições funcionais dos ligamentos e dos grupos musculares de sustentação são de vital importância para o seu funcionamento. Você Sabia?? Os Discos Intervertebrais têm a principal função no suporte das cargas vertebrais. Funcionam como pneus de água que suportam e distribuem as cargas do edifício vertebral. Para o perfeito funcionamento do pneu discal é importante que suas fibras troquem de forma permanente a água no interior do disco, mantendo-as hidratadas e suas células com vitalidade. A Figura 01.1 mostra como funciona um disco intervertebral, com todas as suas estruturas. Página 3
4 Figura 01.1 estruturas e funções de um disco intervertebral. A B C Na figura A vemos a coluna cervical com a presença dos discos intervertebrais (em cinza). A figura B enfatiza o lugar onde ficam os discos intervertebrais, os Espaços Inter articulares. A seguir, na figura C, percebemos uma radiografia, em vista lateral, da coluna cervical. Perceba que não podemos observar num raio-x a presença dos discos. Portanto, NÃO podemos diagnosticar um quadro de hérnia de disco pela radiografia, apenas supor, caso haja uma diminuiação destes espaços. Através de uma ressonância magnética, porém, poderemos, não apenas visualizar os discos, como também suas estruturas, como mostram as figuras C e D. Página 4
5 C Núcleo Pulposo Anel Fibroso Nestas gravuras, visualizamos os discos intervertebrais e suas estruturas. A mostra uma foto de duas vértebras da coluna torácica. B apresenta uma ressonância magnética da coluna cervical em corte lateral esquerdo. Nas duas percebemos as estruturas discais: o núcleo pulposo e o anel fibroso. Responsáveis pela manutenção e distribuição de cargas em torno da coluna. D. Ressonância da coluna cervical Página 5
6 02. Movimentos da Coluna Vertebral A coluna vertebral é constituída por ossos, músculos, cápsulas articulares e ligamentos que apresentam cada um, dentro do seu próprio contexto, fatores determinantes nos movimentos realizados por ela. Por exemplo, regiões das vértebras, denominadas facetas articulares, determinam quais movimentos serão realizados em cada região da coluna. As cápsulas articulares são as responsáveis por permitir que tais movimentos aconteçam. Os músculos são os que executam os movimentos e os ligamentos limitam-nos, para que a coluna não se mobilize de forma indesejada. Perceba todas estas estruturas na Figura Figura 02.1 estruturas elementares da coluna vertebral. A B C D Ossos Ligamentos Músculos Profundos Músculos Superficiais As cápsulas articulares estão presentes nas facetas articulares e são as responsáveis por determinar a direção dos movimentos da coluna. Como um todo, a coluna apresenta oito movimentos: Flexão, extensão, látero-flexão direita, láteroflexão esquerda, rotação para a direita, rotação para a esquerda, decoaptação e coaptação. Esses movimentos ocorrem em todos os eixos e planos de movimento Página 6
7 e podem ser percebidos por técnicas de terapia manual. Através destas técnicas, podemos perceber bloqueios, limitações, contraturas musculares, lesões e tudo mais que poderá atrapalhar os movimentos fisiológicos de cada região. Por exemplo, pela palpação do processo transverso é possível perceber se a vértebra está rodada para um dos lados. Isso pode ser causado por uma acomodação da coluna em extensão, ou flexão, látero-flexão e rotação para o mesmo lado. Caso a rotação esteja para o lado oposto à látero-flexão, sem a presença de uma flexão ou extensão, isso descreve uma escoliose já estruturada da coluna. Durante uma flexão máxima de quadril na posição em pé, também é possível perceber a presença de escoliose se o paciente apresentar o que chamamos de gibosidade, que é uma lombada presente na coluna quando vista de baixo para cima, por isso se faz necessário uma flexão de quadril. Tal gibosidade pode ser visualizada na Figura Figura 02.2 Visualização da gibosidade escoliótica. Página 7
8 É de vital importância que a coluna apresente sua mobilidade fisiológica, pois sem ela, diversas compensações apareceriam em conseqüência. Temos de entender que a coluna é um órgão com vários ossos, várias articulações, e que se posiciona de modo central no corpo, ou seja, qualquer lesão poderia gerar complicações em outras articulações do corpo que não fazem parte da coluna, como a articulação do ombro, do quadril, do joelho e tornozelo. A coluna também aloca um órgão vital: a medula espinhal. Lesões vertebrais podem lesionar a coluna de modo a gerar na pessoa acometida uma paralisia envolvendo os membros daquele ponto para baixo. Lesões em vértebras altas podem causar paralisia até mesmo de órgãos vitais, como o coração, levando a pessoa à morte. Dificuldades nos movimentos da coluna, sejam por dor, lesões ou contraturas, podem levar nossos pacientes a um estado depressivo, diminuindo assim sua qualidade de vida. Por isso se faz necessário tratamentos fisioterápicos de qualidade. Técnicas de terapias manipulativas e osteopáticas, técnicas da medicina tradicional chinesa (acumputura), RPG, Pilates, Hidroterapia e Eletroterapia são as principais técnicas usadas pela fisioterapia e que geram excelentes resultados, se usadas de forma planejada e responsável. acumputura e alongamentos. Página 8
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13 Testes de mobilidade da coluna cervical. Liberação miofascial Página 13
14 Liberação da coluna lombar Página 14
15 Técnica de manipulação da coluna vertebral DOG Página 15
16 Uso de Eletroterapia Página 16
17 Pilates Solo Hidroterapia Página 17
18 Referências: Coluna.com SOBOTTA Atlas of Human Anatomy, Urban e Schwarzenberg; CELEBRA 200 Diagramas Musculoesqueléticos; Pharmacia Brasil Ltda., 2002; Página 18
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