BOLSAS DE VALORES E O TERRITÓRIO BRASILEIRO: A ASCENSÃO DA BM&FBOVESPA

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1 BOLSAS DE VALORES E O TERRITÓRIO BRASILEIRO: A ASCENSÃO DA BM&FBOVESPA Wagner Wendt Nabarro FFLCH USP wagner.wn@gmail.com INTRODUÇÃO No período atual, as finanças e a informação ascendem como variáveis de grande relevância para compreender as relações estabelecidas entre os lugares. Torna-se fundamental entender os fluxos informacionais que cortam os territórios para que se compreenda novas dinâmicas que os regem, uma vez que o sistema financeiro mundial, que baseia-se na informação, é cada vez mais influente na economia dos Estados e, por meio disso, integra cada vez mais a vida cotidiana. A bolsa de valores é uma das faces mais conhecidas desse sistema financeiro. Por meio de seu rápido movimento de variação de preços de ativos, de seu caráter altamente especulativo, de seu peso nas economias nacionais e de sua crescente influência em decisões de política econômica, as bolsas são um dos elementos que mais representam as preocupações e incertezas do mercado financeiro. As grandes bolsas, apoiando-se na maioria das vezes em metrópoles dotadas de serviços financeiros avançados e altos conteúdos informacionais, movimentam fluxos globais diversos. Torna-se fundamental, assim, a compreensão da importância geográfica desses elementos da economia financeira. A recente crise enfrentada pelo mercado financeiro mundial, em especial a partir de 2008, revelou a existência de um sistema de bancos às escuras (HARVEY, 2011, p. 26) liderando uma infinidade de investimentos complexificados, como trocas de crédito e derivativos de moeda, e problematizou o grande volume de operações financeiras fugidias ao controle dos Estados, mas com grande impacto nas economias nacionais. A crise, que teve seu estopim em idiossincrasias do sistema financeiro, logo se alastrou por toda a economia, levando a fechamentos de fábricas e aumento do desemprego. Para Harvey (2005), apesar de a crise ter se originado por dinâmicas específicas do mercado financeiro, 149

2 não é um fato isolado, tampouco uma exceção ao funcionamento do capitalismo, que, para o autor, carrega inerentes crises, que são parte constituinte de seu funcionamento. A acumulação capitalista estaria sempre buscando novas formas de se efetivar: o capital é um processo que precisa constantemente mudar suas dimensões e formas de circulação se expande, acumula e reforma o processo de trabalho e os relacionamentos sociais da produção. É com base na ideia de que o capitalismo adquire novas formas e procura se reinventar para seguir seu funcionamento que alguns autores apontam elementos relativos a um novo regime de acumulação capitalista, cujo modo de regulação baseia-se na flexibilidade. Benko (1999) aponta que nesse modo de regulação, imbuído de novas técnicas, novos modos de consumo e novas formas de intervenção estatal, formam-se grandes grupos, empresas de grande porte que se tornam holdings extremamente financeirizadas, com grande flexibilidade de operações e diversificação de atividades, tendo grande peso dos investimentos financeiros na composição de seus ativos. Certas empresas (não-financeiras) passam a depender mais de seus investimentos financeiros do que da produção em si (HARVEY, 2011). Aumenta, com isso, a promiscuidade entre os sistemas produtivo e financeiro, característica essencial para caracterizar o atual perfil de atuação das bolsas de valores (BETEILLE, 1991). A partir da chamada mundialização financeira (CHESNAIS, 1999), uma série de políticas de liberalização e abertura de mercados iniciada nos EUA e na Inglaterra e logo propagada aos demais países firmou uma maior interligação econômica entre os países, garantindo uma intensa troca de fluxos financeiros. Conteúdos do mercado financeiro internacional passam a constituir parte cada vez maior na vida das nações, levando ao surgimento de diversos serviços associados (de associações internacionais a agências de classificação de risco) e instituições de controle e regulação. As bolsas de valores, como um dos elementos desse mercado, exigem o estabelecimento, nos países em que têm significância, de uma série de serviços específicos e a adoção de tecnologias que permitam uma conexão com o mercado global. É pressuposto que haja, nos dizeres de Santos ([1996] 2009), uma unicidade do tempo e uma unicidade da técnica, que permitam aos mercados se utilizarem simultaneamente dos mesmos padrões técnicos em diversos pontos do globo, realizando com isso uma mais-valia global. É também essencial que hajam instituições regulatórias que permitam um funcionamento estável e diário dessa forma de mercado, normas sobre as quais incidem decisões estatais, visto que normas são inseparáveis das 150

3 políticas dos territórios por onde as finanças circulam. Exemplo disso são as políticas fiscais elaboradas de modo a facilitar ou dificultar determinada forma de operação do mercado. Diversos pressupostos técnicos e normativos para a inserção das bolsas de valores no território, no qual as metrópoles ganham destaque ao apresentar grande densidade técnica e informacional (SANTOS, [1996] 2009), formando centros financeiros que, por vezes, possuem inclusive ambientes regulatórios mais propícios ao mercado que as demais cidades (PORTEOUS, 1999). No território brasileiro, deparamo-nos com a Bolsa de Mercadorias, Valores e Futuros de São Paulo (BM&FBovespa) como única bolsa de valores e um dos elementos de maior importância para o mercado financeiro no país, de ampla divulgação por meios midiáticos. Figurando atualmente entre as principais bolsas de valores do mundo, tendo sido a 8ª bolsa do mundo em capitalização de mercado em 2011, apresentando uma recente queda para 17ª em 2013 (WORLD FEDERATION OF EXCHANGES, 2014), representa a principal entidade bursátil da América Latina. A praça financeira do Brasil é atualmente apontada como um dos principais dos chamados mercados emergentes, expressão surgida no mundo das finanças na década de 1990 para as praças financeiras da periferia que estão ligadas em rede com os países do centro do sistema (ARROYO, 2006, p. 182). Essa posição faz com que o país esteja sob constante especulação acerca da possibilidade de novos investimentos e de crescimento econômico. A BM&FBovespa participa ativamente desse processo, impulsionando o mercado financeiro do país na medida em que, mantendo o monopólio do comércio de títulos empresariais do país, colabora para o estabelecimento de normas e decisões na economia brasileira. Apesar da crescente importância do mercado de capitais no país por meio da BM&FBovespa, a economia financeira nacional encontra certas particularidades. Acerca de seu funcionamento, é conhecida a baixa quantidade de empresas listadas na bolsa brasileira, se relacionada ao tamanho da economia: em dezembro de 2013, 363 companhias listavam suas ações (WORLD FEDERATION OF EXCHANGES, 2014). O modo como a bolsa brasileira se consolidou e o modelo de operação adotado ajudam a explicar esse dado. Soma-se a isso a extrema concentração financeira na cidade de São Paulo e o caráter globalista adotado pela BM&FBovespa, a serem explorado adiante. Fato é que a bolsa brasileira ganha, assim, significados específicos por sua localização geográfica. O processo de inserção da economia brasileira no circuito financeiro internacional é, também, inserção do território brasileiro nas vontades desse circuito e, portanto, carrega consigo 151

4 todas as suas propriedades e consequências. Com isso em vista, exploramos a seguir o processo de centralização e a conformação de uma única bolsa no território brasileiro, de caráter monopolista e de pretensões globais. FORMAÇÃO DO MERCADO DE CAPITAIS BRASILEIRO As bolsas de valores no Brasil têm sua origem em meios do século XIX. Embora já houvessem corretores de títulos envolvidos com o comércio de exportação do império, a primeira organização para reunião destes agentes se deu com a fundação da Junta dos Corretores de Fundos Públicos do Rio de Janeiro em 1848 (ARRUDA, 2008). As primeiras organizações bursáteis no Brasil eram bastante ligadas às zonas de exportação do país, tais como as praças do comércio de Salvador e Recife, e baseavam-se na regulamentação e controle daqueles que vendessem títulos. A Junta de Corretores do Rio de Janeiro, durante todo o século XIX e a primeira metade do século XX manteve-se como a principal bolsa do país 1. A Bolsa de Fundos Públicos de São Paulo, futura Bovespa, só passa a existir após 1890, e seu crescimento acompanha o progresso econômico da metrópole paulistana, conforme incorpora títulos de empresas relacionadas à industrialização promovida na cidade e no estado de São Paulo. Passado o período inicial, em que as bolsas se desenvolveram de maneira discreta, associada intimamente com as praças do comércio de cidades exportadoras, no século XX desenvolveram-se bolsas em todas as capitais estaduais do Brasil. A bolsa de valores se tornou um elemento essencial da vida financeira do país e passou a ter bastante atuação do Estado no seu estabelecimento. O processo de formação dessas bolsas se iniciou em 1934, com uma série de regulamentações que aproximavam o funcionamento das bolsas brasileiras do padrão estabelecido pelas bolsas de valores nos Estados Unidos (LEITE, 2011, p. 28), integrando-as e unificando sua forma de funcionamento, embora impulsionando a proliferação de novas instituições. Serviam então a interesses regionais, na medida em que reuniam os principais títulos de empresas de cada estado e permitiam seu comércio nas capitais, facilitando à burguesia local a circulação de capital e a diversificação de investimentos. A partir dos anos 1960, no entanto, a própria noção de bolsa de valores se transforma. No nível internacional, Beteille (1991, p. 1) chama atenção para uma revolução 1 Note-se que a terminologia bolsa só foi incorporada de fato ao vocabulário financeiro brasileiro em 1895, com a oficialização da Bolsa de Fundos Públicos do Rio de Janeiro. 152

5 bursátil a partir dessa época, na qual novas funções das bolsas de valores se delineiam, ajudando a drenar poupanças, incentivando a abertura de capital das empresas societárias, divulgando-as entre investidores do mundo dos negócios e aumentando a liquidez dos investimentos. No Brasil, uma série de medidas normativas a partir de 1964 (MATTOS FILHO, 1986; LEITE, 2011) culmina na chamada lei do mercado de capitais, que termina por induzir a uma série de fusões e aquisições entre as bolsas, mudando a concepção e a forma de regulação das bolsas de valores no país, agora definidas, conforme a resolução nº 39 do Banco Central do Brasil (BCB), como associações civis, sem finalidades lucrativas (LEITE, 2011, p. 39). As bolsas de então dispõem-se a manter um local ou sistema adequado para operações e compra e venda de títulos e valores mobiliários, em um mercado livre e aberto, organizado e fiscalizado em conjunto com sociedades corretoras membros e autoridades competentes. A partir desse novo cenário, configuram-se algumas bolsas regionais, resultado da fusão de bolsas estaduais 2. Tais bolsas, com novos conteúdos normativos, agora buscam fortalecer seus mercados, aumentar a área para drenagem de capital e atender um maior número de empresas. Finalmente, a década de 1990 prenuncia o término do processo de centralização do mercado de capitais brasileiro, e no ano de 2000, através de um processo de fusão finalizado com a incorporação da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (Boverj) pela Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), as bolsas brasileiras acabam todas unificadas sob o nome da bolsa paulista, que passa a ser a única negociante de ações empresariais do país. O MERCADO E AS NORMAS O funcionamento constante do mercado de capitais dentro do território brasileiro pressupõe um conjunto normativo que estabeleça as regulações a serem seguidas pelos diversos agentes envolvidos nas operações de ativos. Observamos que desde o estabelecimento das primeiras bolsas, estas já se encontravam regulamentadas por meio de decretos imperiais que estabeleciam características como as incumbências dos agentes corretores. No entanto, apenas em 1934 o mercado de capitais como um todo passa a ter uma regulação unificada e é em 1964 que, pela primeira vez, a gestão das bolsas de valores 2 No período, sobreviveram dois tipos de bolsa: aquelas que permaneceram isoladas, devido à força de seu mercado, e aquelas que fundiram-se em bolsas regionais, em busca do fortalecimento. Entre as primeiras estão: Bolsa de Valores de São Paulo; Bolsa de Valores do Rio de Janeiro; Bolsa de Valores de Santos; Bolsa de Valores do Paraná; entre as segundas estão: Bolsa de Valores Pernambuco-Paraíba; Bolsa de Valores Bahia-Sergipe-Alagoas; Bolsa de Valores do Extremo Sul; Bolsa de Valores Minas Gerais-Espírito Santo-Brasília; e Bolsa de Valores Regional (LEITE, 2011, p. 37). 153

6 é interpretada como responsabilidade do governo federal do país. A já abordada lei do mercado de capitais, a lei 4.728/65, organizou o Sistema de Distribuição de Títulos e Valores Mobiliários, através do qual se realizaria obrigatoriamente qualquer emissão, colocação, distribuição ou negociação de títulos (ARRUDA, 2008, p. 157). A lei 4.959/64, por sua vez, reformou o Sistema Financeiro Nacional, estabelecendo a criação do Banco Central do Brasil (BCB) e da Comissão Monetária Nacional (CMN). Anteriormente, a incumbência das finanças e, portanto, do mercado de capitais do país estava com a Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC). Tais instituições passam a controlar e registrar os títulos. As bolsas, agora com autonomia administrativa, financeira e patrimonial, ficam sob supervisão do BCB, que também autoriza o funcionamento das sociedades corretoras, cabendo ao CMN regular e normatizar as bolsas. Uma importante modificação trazida pela lei de 1964 foi a substituição do Corretor oficial de fundos públicos pelas Sociedades Corretoras, que passam a ser consideradas membros das bolsas. A partir dessa legislação, diversas empresas especializadas no serviço de corretagem se instalam nos arredores das bolsas de valores e passam a dotar as metrópoles de novos serviços financeiros. Tais empresas incluem companhias transnacionais de investimentos financeiros e incorporam diversos serviços adicionais, em especial aqueles relativos à informação e análise de investimentos. O BCB e a CMN, no entanto, estavam imersas em toda a vida financeira nacional, não estando, portanto, especializadas no mercado de capitais. Pode-se dizer, portanto, que é a partir de 1976, com o estabelecimento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que o mercado de capitais ganha autonomia normativa no Brasil. Tal instituição, uma autarquia vinculada ao ministério da fazenda (ARRUDA, 2008, p. 160), torna-se a principal responsável pelo estabelecimento da regulação das bolsas de valores do país. Entre suas atribuições, estão o registro da distribuição de valores mobiliários, a organização das bolsas, a fiscalização dos atores envolvidos no mercado. A relativa autonomização normativa das bolsas de valores cresceu por meio da formação de uma instituição especializada na regulação de valores mobiliários (a CVM) e pelo processo de centralização do mercado de capitais (formando a BM&FBovespa). Uma única instituição fortalecida abrigando todo o funcionamento do mercado de capitais significava diversas facilidades técnico-normativas: a garantia de volumes razoáveis de negociação diária, a garantia de maior liquidez, a padronização das atividades e dos dados. Quando a BM&FBovespa se torna a única bolsa de valores do país, a empresa passa a 154

7 operar em conjunto com a CVM e o BCB para a regulação do mercado. É bom notar que as normas estão intimamente ligadas às técnicas de funcionamento da bolsa. Os diversos instrumentos financeiros se baseiam fortemente na garantia da regulação das atividades, que garanta a cada investimento o direito ao retorno que pretende. Se no final da década de 1950 implementou-se o uso dos tickers (ARRUDA, 2008, p. 156) como forma de comunicação dos preços e o pregão era, até então, presencial, observamos, atualmente, a implantação de sistemas que se fazem cada vez mais complexos. A virtualização dos pregões completada, na BM&FBovespa, em 2009 (LEITE, 2011, p. 42) e a diversificação de serviços nas empresas de corretagem colaboraram para que a automatização das operações tenha se colocado como tendência, com o surgimento mais recente da automatização de operações, que permite as chamadas operações de alta frequência (high frequency trade) e causa preocupações para a regulação por parte dos órgãos normativos (PINHEIRO, 2014). A ideia de que a desregulamentação e liberalização dos mercados apontada por Chesnais (1999) levam a uma anarquia de fluxos é contraposta se pensarmos, com Dollfus (1993), que tais movimentos não suprimem regras, mas sim certos controles, visando dar fluidez a certas transações e abrindo campo para a concorrência. O mercado, afinal, sempre demanda novas regras para que o sistema funcione, na medida em que ainda que se alegue a criação de um mercado livre é necessário o estabelecimento de padrões e leis que evitem comportamentos econômicos nocivos e mantenham o funcionamento contínuo do sistema. Logo, a cada inovação do mercado, é necessário criar novos instrumentos de observação e controle, portanto, um sistema financeiro mais complexo é também mais regulado. Da mesma forma, a fluidez é, para Santos ([1996] 2009), uma categoria sociotécnica: junto com as técnicas que a permitem, sempre operam novas normas de ação. Para o autor, a fluidez atual resulta de formas perfeitas, normas e informação universais. Os Estados tiveram papel fundamental no estabelecimento de tais normas, permitindo uma regularização dos conteúdos e das formas de transmissão. A atuação de agências transnacionais de informação que permitem uma interconexão e a padronização de normas de comércio internacionais são alguns dos fatores que fazem da fluidez dos fluxos financeiros. Conforme Arroyo (2006), a própria importância da circulação de dinheiro em setado puro como fator central da acumulação no capitalismo contemporâneo explica-se em grande parte pelas condições políticas e técnicas dos territórios nacionais: a uma base 155

8 material adequada para aumentar a fluidez territorial, soma-se uma base normativa que facilita a porosidade do território a partir de regulações flexíveis. O estabelecimento do meio técnico-científico informacional (SANTOS, 1994), com seus objetos de alta complexidade e sofisticação, ações racionais e pragmáticas é que proporcionam as eficientes condições para que os fluxos financeiros possam se realizar na escala mundial e, para tanto, a instalação desse meio torna o território permissivo à circulação dos fluxos. Assim, para Sassen (2010, p ), a interconexão eletrônica dos mercados, bem como o crescimento dos instrumentos financeiros derivados e a aceleração das inovações possibilitadas pelas ciências financeiras iniciaram nova etapa no sistema financeiro. A gestão do risco e da incerteza se tornou característica da atuação de tais mercados, adquirindo um peso e significado específicos. Pela condição das técnicas de controle do risco, a supervisão externa se tornou cada vez mais difícil devido à velocidade e complexidade dos modelos de operações, o que fez com que muitas instituições regulatórias passassem a buscar nos próprios agentes do mercado financeiro possibilidades de controle, utilizando seus próprios especialistas técnicos para a regulação, impondo a eles metas e normas a serem seguidos, mas perdendo, em razão disso, parte do controle técnico sobre a dinâmica do mercado. Especialmente nos territórios latino-americanos, que se encontram em situação de vulnerabilidade frente aos desmandos do mercado financeiro internacional (ARROYO, 2006), faz-se constantemente o questionamento da posição política a ser tomada na tentativa de controle e supervisão dos fluxos financeiros, uma vez que, com grande peso na política econômica. Se, conforme Raffestin (1993, p. 176), as organizações econômicas têm interesse em anular obstáculos, tornando o território isotrópico de maneira a investir com facilidade ao sabor das modificações técnico-econômicas e favorecer, assim, a difusão dos seus fluxos, é constante a conflituosa dinâmica entre o poder político e o econômico pela imposição de normas que favoreçam ou desfavoreçam a liberdade de transações financeiras. A CONSOLIDAÇÃO DA BM&FBOVESPA O surgimento da única bolsa brasileira da atualidade teve em sua raiz o processo de centralização das diversas bolsas brasileiras e, por fim, sua fusão com a maior bolsa de mercadorias e futuros do país, originando a BM&FBovespa. A implantação de uma bolsa de valores em São Paulo se iniciara com a fundação da Bolsa Livre em 1890 (ARRUDA, 2006, p. 156

9 153). Essa bolsa, de curta duração, foi o embrião da Bolsa de Fundos Públicos de São Paulo estabelecida em 1895, que em 1935 tornou-se a Bolsa Oficial de Valores de São Paulo, vinculado à secretaria da fazenda do estado e, finalmente, Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) após, com a legislação de 1964, as bolsas serem consideradas associações civis. O fortalecimento da Bovespa, que permitiu a ela sobrepor-se à Bolsa do Rio de Janeiro, esteve relacionado à dinâmica econômica das duas cidades, na qual a primeira ganhou destaque como centro financeiro internacional, e coloca-se como o principal fator para explicar o agrupamento das bolsas de valores em São Paulo. A fusão da Bovespa com a Bolsa de Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&F) também foi fundamental para o fortalecimento da BM&FBovespa como instituição financeira global, na medida em que permitiu a diversificação de serviços e instrumentos de investimento e reuniu com as bolsas de valores a principal bolsa de mercadorias do país. Com o nome de Bolsa Mercantil de Futuros de São Paulo (BM&F), havia sido criada a partir de capital da própria Bovespa, em 1986 (ARRUDA, 2006, p. 162). Em 1991, fundiu-se com a Bolsa de Mercadorias de São Paulo (BMSP), existente desde 1917, e em 1997 com a Bolsa Brasileira de Futuros (BBF), existente desde 1983 no Rio de Janeiro, transformando a BM&F na única bolsa do Brasil a realizar pregões com operações tanto de contratos futuros de mercadorias quanto com ativos financeiros e juros (LEITE, 2011, p. 41), e reunindo, assim, boa parte do comércio de futuros e mercadorias em apenas uma instituição. O processo de unificação das bolsas teve seu clímax no ano de 2000, quando a Bovespa e a Bolsa do Rio de Janeiro (Boverj) completam a última etapa de seu processo de fusão (ARRUDA, 2006, p. 248), formando a por vezes chamada Bolsa Brasil. O estopim da união entre as duas bolsas se deu pelo esvaziamento institucional da Boverj, associado a crises de funcionamento (ARRUDA, op. cit., p. 170). A nova bolsa surge com um plano de operação imbuído de novas técnicas e modelos de operação, frequentemente importando métodos de outras bolsas: a informatização da Bovespa já havia se iniciado em 1991, e em 1996 havia remodelado sua plataforma tecnológica, adquirindo o sistema Megabolsa da Bolsa de Paris (ARRUDA, op. cit., p. 165). Esse sistema eletrônico de negociação dava maior agilidade, volume e redução de custos às transações realizadas na bolsa (LEITE, 2011, p. 50). Também em 1998, essa bolsa criara a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), que após a fusão das bolsas se tornaria a única empresa responsável pela compensação das transações no Brasil. Um processo de grande relevância para a conformação da BM&FBovespa como 157

10 bolsa de valores da atualidade foi a desmutualização. Sendo uma tendência das bolsas de valores do mundo na década de 2000, transformava a bolsa de valores de uma associação entre membros (as sociedades corretoras, que tinham direitos patrimoniais) em sociedades anônimas de capital aberto, de maneira a desvincular os direitos patrimoniais dos antigos associados. Conforme narrado por Leite (2011, p. 40), a Bovespa e a BM&F completam a desmutualização em 2007, formando a BM&F S.A e a Bovespa Holding S.A., respectivamente. A desmutualização permite então que, em 8 de maio de 2008, acionistas da Bovespa Holding S.A. e da BM&F S.A. aprovem uma reorganização societária, com as ações de ambas as companhias reunidas em uma única empresa. A nova denominação torna-se BM&FBOVESPA S.A. Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros, companhia de capital aberto, com ações negociadas na própria bolsa. Conforme Silva (2001, p. 122), São Paulo assumiu o domínio do mercado acionário desde os anos 1980, quando o Rio de Janeiro perdeu força como um lugar atrativo para sedes de empresas. A função de gestão federal ocupada pela capital carioca não mais contava pontos para a reunião das atividades e serviços financeiros, enquanto o poderio econômico de São Paulo impulsionava a reunião de capitais. São Paulo, passa a se apresentar, então, como o principal centro financeiro do país, concentrando, juntamente com a atividade financeira, grande parte das sedes de empresas do país, bem como os principais escritórios para o país de diversas empresas transnacionais, em especial aquelas relacionadas a atividades financeiras e informacionais lembrando que a informação pode ser considerada como uma matéria-prima para o funcionamento do mercado financeiro e, portanto, a densidade de um lugar configura-o como preferencial aos agentes do mercado financeiro. Com base nisso, Silva (2001) atribui à prevalência no setor quaternário a chamada contemporaneidade de São Paulo, que dá à metrópole um destaque pelos conteúdos informacionais capaz de mobilizar e pelo caráter de onipresença no território nacional (SILVA, op. cit., p. 103), e coloca São Paulo em posição de destaque na rede urbana brasileira, uma vez que: desenha-se, nesse contexto, uma rede urbana estruturada a partir de fluxos de informações e, paralelamente, recria-se a dialética entre concentração e dispersão no território nacional (SILVA, op. cit., p. 35). Uma unificação do mercado de capitais acompanhada de extrema concentração e centralização por um lado, e pela dissolução no território brasileiro da nova temporalidade ligada às redes financeiras globais do outro (SILVA, op. cit., p. 123). Com a mudança da configuração institucional e, por consequência, geográfica 158

11 das bolsas de valores brasileiras, seus aparatos de apoio também se modificaram. As diversas sociedades corretoras criadas para realizar as operações em bolsas e os demais serviços associados a elas, tais como empresas de informação e análise financeira atualmente se concentram em grande parte na cidade de São Paulo. Conforme levantamento realizado com base em informações da BM&FBovespa (2014), 68% das empresas corretoras estão sediadas em São Paulo, bem como 59% dos vendors 3 nacionais de informação financeira. Cabe ressaltar que ainda há uma concentração relevante de empresas corretoras na cidade do Rio de Janeiro, remanescentes do período no qual a Bolsa do Rio apresentava grande destaque na vida econômica nacional. No entanto, é inegável que São Paulo ascende como grande centro financeiro no Brasil atual. Dicken (2011, p. 391) nos mostra a existência de diversos centros financeiros internacionais no período atual. A elaboração de uma classificação unificada de centros financeiros resultaria complicada, uma vez que são diversos fatores, com pesos diversos, a se considerar para a ordenação dos centros, e a rápida dinâmica de ascensão e queda de serviços, empresas e instituições dificulta a apreensão exata da situação de um centro em relação aos demais. É inconteste, no entanto, a existência de dois centros principais da finança mundializada: Nova Iorque e Londres, que contam com a imensa maioria das grandes empresas financeiras e com grandes volumes de transações, ditando as normas a serem adotadas nos demais mercados do mundo. Também, de acordo com o autor, começam a figurar frequentemente centros em países considerados em desenvolvimento, como Beijing, Nanjing, Nova Delhi e São Paulo. É nos grandes centros financeiros que o mercado se realiza, deles emanando fluxos financeiros e informacionais hegemônicos, mas também a ideologia hegemônica que rege os demais centros. Centros financeiros têm uma longa história de conformação e uma tendência à sua própria manutenção. Para Sassen (2010, p. 455), três traços distintivos os caracterizam: a facilitação da circulação de inovações e a produção de novos critérios de risco, pois são âmbitos de socialização para empresas e autoridades; a garantia do funcionamento das normas e padrões globais pertinentes; e o caráter nacional. Reafirma-se então sua atratividade a empresas relacionadas às finanças, que envolve, de acordo com Porteous (1999), vantagens como externalidades, serviços especializados de intermédio, fatores socioinstitucionais e culturais e estruturas regulatórias mais permissivas. Isso tudo faz com 3 Os chamados vendors são fornecedores autorizados de informação financeira ligados à BM&FBovespa. Tais empresas têm acesso direto a dados como cotações de ações em tempo real, podendo, em uma atividade na qual a rapidez de informação é tão valorizada, aprimorar seus serviços de apoio a investidores. 159

12 que, embora a conformação de um centro financeiro possa ter se dado por diversos fatores históricos, a continuidade deste é garantida pela existência de facilidades ao mercado, sendo centrais aquelas relacionadas à informação, mais disponível e em maior qualidade nos centros já existentes. Enfatizamos, por fim, que conforme Sassen (1998, p. 36), o desenvolvimento das redes técnicas, embora tenha impulsionado certa dispersão territorial das atividades econômicas, não foi de maneira alguma o fim da importância geográfica. O que ocorreu foi a formação de novas maneiras de concentração, agora incentivadas pela possibilidade do contato face a face e pelas externalidades entre empresas. Sassen (2005) ainda pontua que, a despeito das redes eletrônicas globais, a tendência concentradora tanto do ponto de vista da rede urbana quanto do território nacional permanecem por três razões principais: a conectividade social e as funções centrais; as fusões e alianças transfronteiriças, com competição e colaboração entre as principais praças financeiras; e as elites e agendas desnacionalizadas, que favorecem as principais praças financeiras em detrimento dos centros financeiros regionais ou nacionais. São Paulo, assim, constantemente reafirma sua posição como intermediário da inserção do território brasileiro no mercado financeiro mundial, por meio da concentração de serviços especializados tanto no setor de finanças quanto no de informações, através dos quais proliferam-se técnicas e ideologias propícias ao funcionamento do mercado global. Em detrimento de um mercado de capitais descentralizado e focado nas perspectivas regionais, com maior contato com empresas locais, priorizou-se um mercado de capitais todo centralizado em uma única metrópole, diretamente conectado com os demais mercados do mundo, padronizado e sintonizado de acordo com normas originadas nas grandes praças financeiras dos países centrais. UM NOVO RUMO PARA O MERCADO DE CAPITAIS: A COMPETITIVIDADE Conforme Arruda (2008, p. 246), a integração nacional das bolsas visava não apenas enfrentar um esvaziamento institucional das bolsas brasileiras, mas, sobretudo, enfrentar a competição entre bolsas no âmbito mundial, fato que parece, atualmente, direcionar o planejamento do mercado financeiro. Conforme Dutra (2008, p. 169), as mudanças na competição enfrentada pelas bolsas foram determinantes para a alteração da forma de organização iniciadas nos anos Em busca do aumento de seu capital de giro, a BM&FBovespa passou a investir 160

13 em diversos programas de divulgação. Há oferecimento de diversos cursos básicos e avançados a investidores e interessados, bem como diversas iniciativas educacionais ( Mulheres em ação para o público feminino, Turma da bolsa para o público infantil e BM&FBovespa vai até você para divulgação itinerante). A busca pela internacionalização se coloca como uma das principais diretrizes da bolsa de valores brasileira. Práticas de governança corporativa se tornaram uma das palavras-chave do mercado de capitais brasileiro, conforme observado em Dutra (2008), buscando atingir uma padronização e divulgação de informações compatíveis com o mercado financeiro internacional e, assim, ampliar as possibilidades de seu acesso mercado brasileiro, ampliando os investimentos estrangeiros. Para ampliar a divulgação do mercado brasileiro no exterior, destacam-se programas como o BEST (Brazil: Excellence in Securities Transactions), iniciado em 2004 para a divulgação no exterior e o BRAiN (Brasil Investimentos & Negócios), instituto criado em 2010 para promover o Brasil como polo de investimentos e centro de negócios para a América Latina, ambos idealizados pela BM&FBovespa em conjunto com associações relacionadas ao mercado de capitais brasileiro. Cabe ressaltar, ainda, a existência de escritórios em Nova York, Londres e Shanghai, buscando a divulgação em algumas das maiores praças financeiras do mundo. Discussões também são constantes sobre o lançamento de uma terceira bolsa. O monopólio recentemente alcançado pela BM&FBovespa também é alvo de grandes incômodos para alguns agentes do mercado, em especial àqueles ligados à posição do Rio de Janeiro como centro financeiro de peso para o Brasil. A intenção de inaugurar uma nova bolsa de valores já foi manifestada pela Bats Global Markets e pela Direct Edge (VALOR ECONÔMICO, 2013), ambas empresas importantes do mercado de capitais dos Estados Unidos, embora nenhum dos projetos tenha ganhado continuidade. Um dos maiores empecilhos para a quebra do monopólio é a operação da Caixa de Liquidação e Custódia, toda a cargo da BM&FBovespa, e os fortes laços que a bolsa mantém com os organismos reguladores, favorecendo sua permanência em detrimento de empresas estrangeiras. CONCLUSÕES Conforme Labasse (1974) conclui em seu seminal estudo sobre espaço financeiro, a circulação de capitais se organiza num sentido único, em detrimento das províncias e em favor das metrópoles, em um movimento aparentemente irreversível. Santos ([1996] 2009) também exprime juízo nesse sentido, citando uma hierarquia 161

14 financeira entre os lugares e notando que os diferentes tipos de dinheiro não estão disponíveis em todos os lugares, mas se combinam em áreas de maior densidade na circulação financeira. Para o autor, ainda, as formas de dinheiro correm todas as noites para as metrópoles, onde as informações sobre elas são instantaneamente recolhidas por centros de inteligência bancária que, cada dia, permitem que sejam tomadas as grandes decisões financeiras, até mesmo as de relocalização seletiva dos dinheiros (SANTOS, op. cit., p. 134) Assistimos, assim, como parte da dinâmica mais recente da formação socioespacial brasileira (SANTOS, 1982), a formação da chamada Região Concentrada (SANTOS; SILVEIRA, 2001, p. 140). Conforme os autores, no período atual, como em todos os períodos, o novo não é completamente difundido no território. Forma-se uma região concentrada no território, contraposta a uma extensa área de apenas manchas e pontos do meio técnico-científico informacional, mais ou menos superposto a outras divisões territoriais do trabalho nas metrópoles, capitais estaduais, capitais regionais, regiões agrícolas e industriais modernas. A concentração financeira em torno da metrópole paulistana colabora com a aglomeração de objetos técnico-informacionais nessa região, na qual se localiza, atualmente, grande parte dos aparatos relacionados ao mercado financeiro. O modelo adotado pelo Brasil para seu mercado de capitais a partir dos anos 1960 induziu à centralização das instituições e da regulação do mercado. Klagge e Martin (2005), avaliam as questões que permeiam a existência de um sistema centralizado ou descentralizado de regulação bursátil, apontando para o exemplo da Alemanha, cujo sistema descentralizado favorece o financiamento de pequenas e médias empresas, mantendo a relevância das bolsas regionais e diminuindo a tendência à concentração de capital na rede urbana. O Brasil, ao focar sua política para o mercado de capitais na competitividade global, optou por extinguir aspectos regionalistas da atividade financeira e especializar-se na diversificação de serviços e na busca de atração de investimentos internacionais. Como país periférico, porém um dos maiores integrantes do grupo que vem sendo chamado de mercados emergentes, em posse de uma praça financeira de relevância mundial, o Brasil enfrenta questões sobre o futuro da regulação e expansão de seu mercado de capitais. A internacionalização e a integração em busca de investimentos estrangeiros e participação no circuito financeiro internacional coloca em voga questões de vulnerabilidade nacional, visto que o sistema financeiro atual se caracteriza por altos índices 162

15 de especulação, instabilidade e volatilidade (ARROYO, 2006, p. 22) e a globalização financeira é produtora de instabilidade na medida em que são crescentes os riscos decorrentes da multiplicidade de oferta para os investimentos existentes nas praças financeiras (SILVA, 2001, p. 129). REFERÊNCIAS ARROYO, Mónica. A vulnerabilidade dos territórios nacionais latino-americanos: o papel das finanças. In: ; LEMOS, A. I. G.; SILVEIRA, M. L. (org.). Questões territoriais na América Latina. Buenos Aires: Clacso, ARRUDA, José. A florescência tardia: Bolsa de Valores de São Paulo e mercado global de capitais ( ). Tese (Doutorado em História Econômica) Departamento de História Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, BENKO, Georges. Economia, espaço e globalização na aurora do século XXI. São Paulo: Hucitec, BETEILLE, George. La revolution boursiere international. L information Géographique, n 1. Armand Colin, BM&FBOVESPA. BM&FBovespa: participantes. Disponível em: bmfbovespa.com.br/. Último acesso em: 27/07/2014. CHESNAIS, François. Introdução. In: (org.). A mundialização financeira: gênese, custos e riscos. São Paulo: Xamã, DICKEN, Peter. Global shift: mapping the changing contours of the world. 6ª edição. Nova Iorque: The Guilford Press, DOLLFUS, Olivier. L espace financier et monetaire mondial. L Espace Géographique, n. 2, p , DUTRA, Marcos G. L. As novas estruturas organizacionais das bolsas. Tese (Doutorado em Direito Comercial) Universidade de São Paulo. São Paulo, HARVEY, David [1975]. A produção capitalista do espaço. São Paulo: Annablume, O enigma do capital. São Paulo: Boitempo, KLAGGE, Britta; MARTIN, Ron. Descentralized versus centralized financial systems: is there a case for local capital markets? Journal of economic geography, vol. 5, LABASSE, Jean. L Espace Financier. Paris: Armand Colin, LEITE, Marcelo Pires. A BM&F Bovespa: a construção de um mercado nacional de bolsas de valores, mercadorias e de futuros no Brasil. Dissertação (Mestrado em Políticas Públicas) Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, LOJKINE, Jean. A revolução informacional. São Paulo: Cortez, MATTOS FILHO, Ary. A natureza jurídica das atividades das bolsas de valores. Revista de Administração de Empresas. Rio de Janeiro, vol. 26, n. 1, jan./mar PINHEIRO, Vinicius. Bolsas mantêm planos para o Brasil. Valor Econômico, São Paulo, 27/08/2013. Disponível em: sas-mantem-planos-para-o-brasil#ixzz30zxrv5 jl.. BM&FBovespa cria sistema para limitar riscos com alta frequência. Valor Econômico. São Paulo, 27/06/2014. Disponível em: fbovespa-cria-sistema-para-limitar-riscos-com- 163

16 alta-frequencia#ixzz35uiks600. PORTEOUS, David. The development of financial centres: location, information, externalities and the path dependence. In: MARTIN, R. L. (org.). Money and the space economy. Chichester: Wiley, RAFFESTIN, Claude [1980]. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, SANTOS, Milton. Sociedade e Espaço: Formação Espacial como teoria e como método. In:. Espaço e Sociedade: ensaios. Petrópolis: Vozes, Técnica, espaço, tempo: globalização e meio técnico-científico informacional. São Paulo: Hucitec, [1996]. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, SANTOS, Milton; SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, SASSEN, Saskia. As cidades na economia mundial. São Paulo: Studio Nobel, The embeddedness of electronic markets: the case of global capital markets. In: CETINA, Karin Knorr; PREDA, Alex (orgs.). The sociology of financial markets. New York: Oxford University Press, Las redes digitales, la autoridade estatal y la politica. In:. Território, autoridade y derechos: de los ensamblajes medievales a los ensamblajes globales. Buenos Aires: Katz Editores, SILVA, Adriana Bernardes. A contemporaneidade de São Paulo: produção de informações e novo uso do território brasileiro Tese (Doutorado em Geografia Humana). Departamento de Geografia Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, WORLD FEDERATION OF EXCHANGES. Statistics. Disponível em: Último acesso em: 27/07/

17 BOLSAS DE VALORES E O TERRITÓRIO BRASILEIRO: A ASCENSÃO DA BM&FBOVESPA EIXO 1 Transformações territoriais em perspectiva histórica: processos, escalas e contradições RESUMO A Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBovespa) se encontra, atualmente, entre as maiores bolsas de valores em funcionamento no mundo. Localizando-se na metrópole paulista, ajuda a configurá-la como a principal praça financeira do território nacional. Resultando de um processo de centralização do mercado de capitais brasileiro, originou-se através de fusões de diversas bolsas de valores regionais, se consolidando como única bolsa de valores em operação no país. Tomando a informação e as finanças como as variáveis-chave do período, buscamos entender como as instituições do mercado de capitais nacional preparam-se para colocar São Paulo como participante de peso no mercado financeiro mundial, levando em conta as consequências da concentração das finanças e da informação financeira nessa metrópole para a distribuição desigual de recursos no território e para a configuração de sua rede urbana. Preocupa-nos também problematizar a priorização da competitividade no mercado global como fator fundamental para o mercado financeiro nacional, em detrimento, por exemplo, dos interesses econômicos regionais. Por meio da análise do movimento de fusão das bolsas de valores, das políticas tomadas a respeito do mercado de capitais, das regulações impostas e dos programas de expansão, visamos entender como se dá a ascensão da BM&FBovespa como única bolsa de valores brasileira e, por consequência, de São Paulo como a principal praça financeira do território nacional. Observamos que por meio da criação de diversos instrumentos financeiros regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e de uma ampla divulgação, a BM&FBovespa investiu na ampliação do número de investidores e na atratividade de seus títulos, atingindo em 2013 um volume total negociado de 1,83 trilhão de reais. Isso resultou em um atrelamento cada vez maior de parte significativa da economia brasileira ao movimento global das finanças, acarretando em maior vulnerabilidade para o território nacional, na medida em que muitas ações que nele se efetivam passam a ser medidas de acordo com lógicas exógenas, tais como as crises financeiras mundiais. Além disso, a centralização das bolsas de valores dotou a metrópole paulista de crescentes conteúdos financeiros e informacionais, fazendo com que passasse a participar cada vez mais do circuito financeiro mundial. Essa participação de São Paulo ocorre em detrimento de outras metrópoles brasileiras, em especial do Rio de Janeiro, outrora a principal praça financeira do território, causando modificações na rede urbana na medida em que a concentração de atividades relacionadas às finanças e à informação têm a capacidade de valorizar e desvalorizar lugares no período da globalização. Palavras-chave: bolsa de valores; território brasileiro; BM&FBovespa. 165

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