APLICAÇÃO DO DIODO EMISSOR DE LUZ PARA A PROLIFERAÇÃO DE CÂNDIDAS ALBICANS: ESTUDO IN VITRO
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- Tiago Franco Palhares
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1 APLICAÇÃO DO DIODO EMISSOR DE LUZ PARA A PROLIFERAÇÃO DE CÂNDIDAS ALBICANS: ESTUDO IN VITRO FRIES, L. M. V.; TOFFOLI, L.; FARINAZZO, A. F.; CAPEL, L.M. M.; NOWOTNY, J. P. RESUMO: O objetivo foi analisar a influência do diodo emissor de luz (LED) caneta 660nm - 68mw, dose: 2 J/cm² em fungo Candida albicans. O estudo foi realizado in vitro em quatro dias, no primeiro: preparado o meio, no segundo: ativação do fungo, terceiro: irradiação do fungo e quarto: contagem com espectrofotômetro. Analisou-se que houve proliferação do fungo após a contagem. Palavras-Chave: Fungo; Candida albicans; Diodo. ABSTRACT: The objective was to analyze the influence of the light emitting diode (LED) pen 660nm - 68mw, dose: 2 J / cm ² in the fungus Candida albicans. The study was conducted in four days in vitro, the first: the medium prepared in the second: activation of the fungus, thirdly, the fungus and irradiation room count with a spectrophotometer. It was analyzed that proliferation occurred after the count of the fungus. KeyWords: fungus; Candida albicans; diode. INTRODUÇÃO Os fungos são organismos eucariontes, e maior parte considerado seres aeróbios e heterotróficos, que realizam respiração celular para adquirir energia (NOWOTNY, 2011; MOLINARO, 2009). Uma das formas morfológicas principais de fungos são as leveduras que apresentam características arredondadas e unicelulares. Um exemplo é o fungo, Candida albicans (SPICER, 2002). As leveduras Candida albicans são hóspedes naturais do tubo digestivo do homem e em menor quantidade na árvore brônquica e cavidade vaginal. Quando há um desequilíbrio da microbiota a C. albicans se torna patogênica (MOLINARO, 2009). O fungo zoopatogênico C. albicans foi o primeiro genoma sequenciado, sendo possível realizar uma variedade de experimentos (BARBEDO, 2010).
2 As células fúngicas e células animais são muito semelhantes, por isso se torna difícil tratar uma delas sem comprometer a outra, ou seja, os efeitos que a célula fúngica sofrer em uma irradiação, a célula animal possivelmente sofrera igual (NOWOTNY, 2011). A partir da década de 80 foram realizados os primeiros trabalhos científicos para estabelecer as bases para a compreensão dos mecanismos moleculares associados aos efeitos da luz sobre as células (SIQUEIRA et al., 2009). A resposta celular à fotoestimulação, não esta relacionada com a característica específica da luz laser, como a coerência, permitindo trabalhos com outras fontes sem alteração dos efeitos da terapia, como por exemplo, os diodos emissores de luz LEDs (SIQUEIRA et al., 2009). A fotoestimulação decorrente dessa luz atua sobre a permeabilidade da célula, sobre tudo nas mitocôndrias, acarretando o aumento da síntese de ATP, acelerando assim os processos cicatriciais e também no rejuvenescimento da pele (MEYER et al., 2010). Ainda não se encontra um protocolo completo que seja suficiente para a compreensão dos efeitos reais, pois os trabalhos publicados não apresentam rigor científico por terem utilizado metodologias não reproduzíveis, apesar de se comprovar por pesquisas a aceleração do processo de reparo tecidual. (CHAVANTES, 2009). Pela uniformização da amostra, os experimentos realizados in vitro estão sendo muito utilizando para serem obtidos resultados de maneira precisa e amostras homogêneas (CANEVALLI, 2001). O objetivo deste trabalho foi analisar por estudo in vitro a influência do LED em fungo patogênico Candida albicans. REFERENCIAS METODOLÓGICAS: 1 Dia Preparo dos materiais e Meio de cultura: O estudo foi conduzido no Laboratório de Microbiologia do Centro Universitário de Maringá Unicesumar. O meio de cultura utilizado para o cultivo de Candida albicans foi Caldo Sabouraud com dextrose a 2%, e Salina a 0,85% para diluição. Anteriormente ao uso, o meio, estante com ponteira e dois Erlenmeyer lacrados
3 com boneca de algodão e papel craft foram devidamente acondicionados e esterilizados. 2 Dia Ativação do fungo Candida albicans: Dentro do fluxo laminar em temperatura ambiente foi retirado uma alçada do fungo C. albicans e transferida para um tubo de ensaio contendo Caldo Sabouraud para sua ativação. Em seguida, o tubo contendo a levedura foi levado à estufa para o crescimento por um período de 24 horas em temperatura de 36,5ºC. 3 dia - Irradiação das leveduras: Após 24 horas, o tubo de ensaio contendo C. albicans foi retirado da estufa para que a mesma atingisse a temperatura ambiente, sendo levado ao fluxo laminar. Dentro do fluxo, foram transferidas três a cinco gotas da suspensão de C. albicans com o auxilio de pipeta automática para um tubo de ensaio contendo 6,0 ml de solução salina 0,85%, onde foi utilizado o tubo número cinco da escala de MacFarland, como padrão de comparação. Em duas placas 96 wells, foram pipetados em cada poço 190 µl de Caldo Sabouraud e 10 µl da suspensão de levedura preparada em salina. Foram utilizados 24 poços de cada placa sendo eliminados os poços ao redor para que durante a aplicação do LED o feixe de luz não interferisse nos resultados dos poços próximos. Uma placa foi utilizada para ser o grupo irradiado pelo LED e outra placa para ser o grupo controle, que não sofreu a ação do LED. O aparelho de LED que foi fabricado no laboratório de engenharia elétrica do Unicesumar, calibragem: Caneta 660nm - 68mw, dose: 2 J/cm², profundidade: superficial, frequência: contínuo, dosimetria: densidade J/cm². Foram retirados 200 µl dos 24 poços do grupo controle, sendo depositados em um Erlenmeyer fechado com rolha de algodão e papel craft. O mesmo procedimento foi realizado com o grupo irradiado e assim os dois recipientes foram levados à estufa em 36,5ºC por um período de 24 horas. 4 Dia Contagem: Após 24 horas de incubação foi feita a contagem com o auxílio de espectrofotômetro, com frequência de 540 nm e descontado o valor do branco (meio de cultura). Antes da leitura, as amostras foram diluídas, onde foi colocado 0,2 ml de Caldo Sabouraud em 2,8 ml de água destilada.
4 CONCLUSÃO A amostra foi dividida em dois grupos: cinco do grupo irradiado e cinco do grupo controle. Foi utilizado o programa estatístico SPSS statistics 17.0 para analisar os resultados parciais do trabalho. Apurou-se a média e o desvio padrão da amostra. Observa-se na Tabela 1 que o grupo irradiado apresentou diferença estatística em relação ao grupo controle. Tabela 1. Grupo Nº Média DP p* CONTROLE 5 0,33 ±0,027 0,00* IRRADIADO 5 0,48 ±0,070 0,00* Analisou-se no trabalho que bioestimulação causada pelo LED, no fungo Candidas albicans na densidade de energia 2J/cm², é eficaz para a proliferação da mesma. REFERÊNCIAS: BARBEDO, L. S.; SGARBI, D. B. G. Candidíase. Jornal brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Rio de Janeiro, v. 22, n. 1, p , CARNEVALLI, C. M. M. Efeito da radiação do diodo laser (λ=830nm) em cultura de fibroblastos (CHO-k1) f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Biomédica) - Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Universidade do Vale do Paraíba, São José dos Campos, CHAVANTES, M., C. Laser em Biomedicina: Princípios e Prática. São Paulo: Atheneu, MEYER, P. F.; ARAÚJO, H.G.; CARVALHO, M.G.F.; TATUM, B.I.S.; FERNANDES, I.C.A.G.; RONZIO,O.A.; PINTO, M.V.M.Avaliação dos efeitos do LED na cicatrização de feridas cutâneas em ratos Wistar. Fisioterapia Brasil, São Paulo, v. 11, n. 6, p , nov./dez MOLINARO, E. M.; CAPUTO, L. F. G.; AMENDOEIRA, M. R. R.Conceitose Métodos para formação de profissionais em laboratórios de saúde. Rio de Janeiro: EPSJV, 2009.
5 NOWOTNY, J. P. Influência da associação da terapia fotodinâmica e azul de metileno na respiração do fungo patogênico Paracoccidioides brasiliensis f. Dissertação (Mestrado em Bioengenharia) - Universidade do Vale do Paraíba, Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento, São José dos Campos, SIQUEIRA, C. P. C. M.; TOGINHO FILHO, D. O. T.; LIMA,F. M.; SILVA, F. P.; DURANTE, H.; DIAS, I. F. L.;DUARTE, J. L.; KASHIMOTO, R. K.; CASTRO, V. A. B. Efeitos biológicos da luz: aplicação de terapia de baixa potência empregando LEDs (Light Emitting Diode) na cicatrização da úlcera venosa: relato de caso.semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 30, n. 1, p , jan./jun SPICER, W. John. Bacteriologia, micologia e parasitologia clínicas: um texto ilustrado em cores. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
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