expert PDF Trial Lucro Presumido, Tributos e Contribuições (Atualização) Elaborado por: Luiz Emilio Santos Maciel
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- Manuela Barroso Coelho
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1 Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo Tel. (11) ramal 1529 (núcleo de relacionamento) desenvolvimento@crcsp.org.br web: Rua Rosa e Silva, 60 Higienópolis São Paulo SP Presidente: Luiz Fernando Nóbrega Gestão Palestra Lucro Presumido, Tributos e Contribuições (Atualização) Elaborado por: Luiz Emilio Santos Maciel O conteúdo desta apostila é de inteira responsabilidade do autor (a). A reprodução total ou parcial, bem como a reprodução de apostilas a partir desta obra intelectual, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, de fotocópias e de gravação, somente poderá ocorrer com a permissão expressa do seu Autor (Lei n. 9610) TODOS OS DIREITOS RESERVADOS: É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTA APOSTILA, DE QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ARTIGO 184. Novembro 2013
2 Programa: Distribuição de Lucros ou Dividendos Cruzamentos de Informações Alertas práticos Considerações Iniciais. É com satisfação que me dirijo a todos aqueles que se inscreveram para esta apresentação a respeito da forma de tributação denominada de Lucro Presumido. E no momento em que estou redigindo algo sobre o tema comecei a pensar : Lucro Presumido, mas nada mudou, esta tudo igual. No entanto, desde a sua criação, ocorreram muitas mudanças, principalmente em relação ao compartilhamento de informações em tempo real, o que nos leva a refletir que a figura do Lucro Presumido não significa apenas forma de Tributação, mas sim uma forma simplificada de tributação que envolve procedimentos que serão compartilhados pelos entes Tributantes. 2 1
3 Quais tipos de sociedades poderão adotar o sistema de tributação denominado de Lucro Presumido? Resposta : Enumerar quais sociedades poderão ser objeto de tributação é algo questionável, pois a norma não relaciona atividades. LEI Nº 9.718/98 Art. 13. A pessoa jurídica cuja receita bruta total, no ano-calendário anterior, tenha sido igual ou inferior a R$ ,00 (quarenta e oito milhões de reais), ou a R$ ,00 (quatro milhões de reais) multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 (doze) meses, poderá optar pelo regime de tributação com base no lucro presumido. (NR) (Redação dada ao caput pela Lei nº , de , DOU Ed. Extra, com efeitos a partir de ) Quais tipos de sociedades poderão adotar o sistema de tributação denominado de Lucro Presumido? LEI Nº 9.718/98 Art. 14. Estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas: I - cuja receita total, no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$ ,00 (quarenta e oito milhões de reais), ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses; (NR) (Redação dada ao inciso pela Lei nº , de , DOU Ed. Extra, com efeitos a partir de ) 3 4 2
4 Quais tipos de sociedades poderão adotar o sistema de tributação denominado de Lucro Presumido? LEI Nº 9.718/98 Art. 14. Estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas: II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta; Quais tipos de sociedades poderão adotar o sistema de tributação denominado de Lucro Presumido? LEI Nº 9.718/98 Art. 14. Estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas: III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; IV - que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto; V - que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma do artigo 2º da Lei nº 9.430, de 1996; 5 6 3
5 Quais tipos de sociedades poderão adotar o sistema de tributação denominado de Lucro Presumido? LEI Nº 9.718/98 Art. 14. Estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas: VI - que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring). Quais tipos de sociedades poderão adotar o sistema de tributação denominado de Lucro Presumido? LEI Nº 9.718/98 Art. 14. Estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas: VII - que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio. (NR) (Inciso acrescentado pela Lei nº , de , DOU , conversão da Medida Provisória nº 472, de , DOU , com efeitos a partir de ) 7 8 4
6 Quais tipos de sociedades poderão adotar o sistema de tributação denominado de Lucro Presumido? LEI Nº 9.718/98 - na redação da Lei /2013 A partir de 2014 a Lei nº /2013 alterou o limite para : R$ ,00 ( setenta e oito milhões de reais ), ou o equivalente a R$ ,00 ( seis milhões e quinhentos mil reais) mensais, de receita bruta. Adicional de Imposto de renda sobre a parcela que exceder ao valor de R$ ,00 ( sessenta mil reais) por trimestre...? NÃO OCORREU ALTERAÇÃO DE VALORES PARA FINS DE CÁLCULO DO ADICIONAL DE IMPOSTO DE RENDA. Quais tipos de sociedades poderão adotar o sistema de tributação denominado de Lucro Presumido? Da maneira como esta redigida a Lei, não existe lista exemplificativa de atividades que possam ou não possam ser objeto de tributação na forma do Lucro Presumido. Logo, caberá ao contribuinte, com a orientação de profissionais habilitados para tanto, avaliar as condições da empresa, sejam elas operacionais, estratégicas e contábeis, qual a melhor forma de opção. Sendo assim, estamos falando de mudança de Cultura
7 Considerando o aspecto cultural de um País, e o aspecto cultural tributário de um País, estarei fazendo algumas conjecturas. Ao longo do tempo da edição da norma temos agora uma evolução na troca de informações entre os Fiscos Estaduais, Federais e Municipais. A era da Tecnologia fez crescer a automação de informações, principalmente com a exigência da emissão de documentos fiscais na forma eletrônica, inclusive para as Microempresas ou Empresas de Pequeno porte, talvez a partir de Geração de relatórios através dos sistemas denominados de SPED. Troca de informações entre Países desde o exercício de 2008,via Governo Federal. Considerando o aspecto cultural de um País, e o aspecto cultural tributário de um País, estarei fazendo algumas conjecturas. No quesito documentos estaduais, uma criação de CFOPS que proporcionam a visualização imediata de uma operação. No quesito informações tributárias, uma criação de CSTs, código de situação tributaria de um produto ou serviços, distintas, para fins de ICMS, IPI, PIS e COFINS. No quesito informações sociais, a criação recente de mecanismos de desoneração de folha de pagamento, vinculadas a recolhimentos vinculados a percentuais sobre o faturamento das empresas, e interligados pelo CNAE, que também é compartilhado pela base de dados de todos os entes tributantes
8 Considerando o aspecto cultural de um País, e o aspecto cultural tributário de um País, estarei fazendo algumas conjecturas. No quesito, Prevenção de Crimes de Lavagem de Dinheiro, a criação de normas que determinam o acompanhamento constante das operações do cliente e envio de informações ao COAF. No quesito Globalização o transito dentro do nosso País tanto de pessoas físicas quanto de pessoas jurídicas. No quesito Globalização a constante aplicação de normas vinculadas a Transfer Price, com o objetivo de inibir a distribuição disfarçada de Lucros. Considerando o aspecto cultural de um País, e o aspecto cultural tributário de um País, estarei fazendo algumas conjecturas. Minha conclusão até aqui, é que não podemos mais iludir-se imaginando que a figura do Lucro Presumido, envolve apenas o recolhimento de Imposto de Renda e Contribuição Social. Estamos diante sim, de uma forma de tributação que congrega toda a base de um conhecimento que deverá ser compartilhada com os empresários
9 MOMENTO DA OPÇÃO : Para fins deste trabalho vou dividir o momento da opção em dois tópicos, um para fins Tributários, e outro para fins Operacionais. MOMENTO DA OPÇÃO PARA FINS TRIBUTÁRIOS : No regime do Lucro Presumido a forma de apuração do imposto é realizada de forma trimestral, com períodos encerrados em 31 de Março, 30 de Junho, 30 de Setembro e 31 de Dezembro de cada ano calendário. Sendo assim, a opção dar-se-á com o pagamento da 1º quota em 31 de março de cada ano, não sendo possível a alteração de tributação no decorrer do exercício da opção. MOMENTO DA OPÇÃO : MOMENTO DA OPÇÃO PARA FINS OPERACIONAIS : Para fins operacionais, a opção pela forma de tributação, qualquer que seja ela, Simples Nacional, Lucro Presumido, Lucro Real ou até mesmo o Lucro Arbitrado, deverá ser objeto de reavaliação a cada semestre. Minha opinião esta suportada na constante alteração de negócios que a empresa venha a realizar, tanto em função de demandas como também em função de uma legislação que tem uma alteração constante, gerando inclusive insegurança jurídica
10 EXPLICAÇÃO SOBRE O CONCEITO DE LUCRO PRESUMIDO : Para mim a ideia surgiu do conceito similar aplicado a Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física, quando comparamos a aplicação do modelo simplificado, onde um desconto padrão substitui todas as deduções, ou na declaração completa, quando temos que comprovar todas as despesas utilizadas como dedução da base de cálculo do imposto. Chego a esta conclusão tendo em vista que as alíquotas de Imposto de Renda - 15% e da Contribuição Social - 9,0%, são aplicadas sobre o Lucro das Empresas. Vamos ao seguinte questionamento para fins didáticos. EXPLICAÇÃO SOBRE O CONCEITO DE LUCRO PRESUMIDO : O que é preferível, recolher imposto sobre 8,0% ou 80%? Em relação a distribuição de Lucros, receber os Lucros equivalentes a 80%, livres de imposto de renda, ou o equivalente a 2,17% sobre o faturamento da empresa. Em termos numéricos podemos chegar a seguinte conclusão : Receitas - 100% (-) custos/despesas = 92,0% = 8,0% - Por opção do contribuintes, distribuindo-se os lucros apurados via contabilidade equivalentes a : Receita - 100% (-) custos/despesas = 20% = 80% de Lucro
11 EXPLICAÇÃO SOBRE O CONCEITO DE LUCRO PRESUMIDO : Este pequeno exemplo sintetiza que a aplicação correta da tributação com base no lucro presumido, leva em consideração para fins de tributação, percentuais que devam ser aplicados sobre o faturamento da empresa, para fins de aferição do Lucro Fictício da empresa, sobre os quais incidirão tanto o Imposto de Renda quanto para fins de Contribuição Social. A norma determina percentuais distintos de Lucro para fins de Imposto de Renda e Contribuição Social. PERCENTUAIS DE LUCRO PARA FINS DE IMPOSTO DE RENDA : 1,6 % - Revenda, para consumo de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural 8,0% - Venda de mercadorias ou produtos ( exceto revenda de combustíveis para consumo); Transporte de Cargas, Serviços Hospitalares, Atividade Rural, Industrialização, Atividade Imobiliária, Construção por empreitada Total, quando a empresa fornece todos os materiais e estes sejam incorporados á obra 16,0 % - Serviços de Transporte ( exceto o de cargas), Serviços ( exceto hospitalares, de transporte e de Sociedades Civis de Profissões Regulamentadas), quando a receita bruta não ultrapassar o valor de R$ ,
12 PERCENTUAIS DE LUCRO PARA FINS DE IMPOSTO DE RENDA : 32,0 % - Serviços em geral para os quais não esteja previsto percentual específico, inclusive os prestados por sociedades civis de profissão regulamentada, Intermediação de negócios, Administração, Locação ou Cessão de Bens Móveis, Imóveis e direitos de qualquer natureza, Serviços de Mão de Obra de Construção Civil, quando a prestadora não utilizar materiais de sua propriedade, nem se responsabilizar pela execução da obra. ATIVIDADES DIVERSFICADAS : Para estes casos os percentuais serão aplicados sobre cada atividade desenvolvida, mantendo-se neste caso o percentual de 32% para qualquer prestação de serviços. PERCENTUAIS DE LUCRO PARA FINS DE IMPOSTO DE RENDA DESTAQUES : Cabe ao empresário conceituar determinadas atividades, tendo em vista existirem alguma peculiaridades, como a seguir : SERVIÇOS HOSPITALARES De acordo com a Instrução Normativa nº 1234/2012 são considerados estabelecimentos hospitalares aqueles prestados por estabelecimentos assistenciais de saúde que dispõem de estrutura material e de pessoal destinados a atender á internação de pacientes, garantir atendimento básico de diagnóstico e tratamento, com equipe organizada e com prova de admissão e assistência permanente prestadas por médicos,
13 PERCENTUAIS DE LUCRO PARA FINS DE IMPOSTO DE RENDA DESTAQUES : SERVIÇOS HOSPITALARES.....que possuam serviços de enfermagem e atendimento terapêutico direto ao paciente, durante 24 horas, com disponibilidade de serviços de laboratório e radiologia, serviços de cirurgia e/ou parto, bem como registros médicos organizados para a rápida observação e acompanhamento dos casos. Prestadoras de serviços pré-hospitalares,na área de urgência, realizados por meio de UTI móvel, instalados em ambulâncias de suporte avançado ( tipo D) ou em aeronave de suporte médico. PERCENTUAIS DE LUCRO PARA FINS DE IMPOSTO DE RENDA DESTAQUES : SERVIÇOS HOSPITALARES Prestadoras de serviços de emergências médias realizadas por meio de UTI móvel, instaladas em ambulâncias classificadas nos tipos A, B, C e F, que possuam médicos e equipamentos que possibilitem oferecer ao paciente suporte avançado de vida. OUTROS SERVIÇOS DESDE 01/01/2009 Serviços de auxílio diagnóstico e terapia, patologia clínica, imagenologia, anatomia patológica e citopatológica, medicina nuclear e análises e patologias clínicas, desde que a prestadora seja organizada sob a forma de sociedade empresária e atenda ás normas da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
14 PERCENTUAIS DE LUCRO PARA FINS DE IMPOSTO DE RENDA DESTAQUES : RECEITA DE VENDA DE VEICULOS USADOS Esta atividade tem gerado controvérsias em razão da previsão de equiparar-se tal operação ás operações de consignação, até o momento em razão da Solução de Consulta nº 338/2008, o percentual a ser aplicado sobre a diferença entre o valor da venda e o valor da compra do veiculo, corresponderá a 32,0%. ESCOLAS E CRECHES Por serem consideradas profissões regulamentas, o percentual a ser aplicado corresponde a 32,0%. PERCENTUAIS DE LUCRO PARA FINS DE IMPOSTO DE RENDA DESTAQUES : CURSO DE IDIOMAS De acordo com a solução de divergência Cosit 14/ por não se tratar de serviços de profissão regulamentada poderá aplicar o percentual correspondente a 16,0%, enquanto a receita bruta permanecer inferior a R$ ,00 anuais. RECEITAS FINANCEIRAS - ATENÇÃO ESPECIAL As receitas financeiras decorrentes de aplicação no mercado financeiro serão tributadas diretamente a 15%, enquanto que aqueles derivadas de contratos de Venda de Bens Imóveis serão tributados como integrantes da receita bruta da atividade da empresa
15 PERCENTUAIS DE LUCRO PARA FINS DE CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO Enquanto que para fins de Imposto de Renda os percentuais são aplicados de acordo com as atividades desenvolvidas pela empresa, para fins de contribuição social sobre o lucro liquido, os percentuais são os seguintes : 12,0 % - Receita bruta de venda de mercadorias/produtos/serviços Hospitalares/Transportes 32,0 % - Receita da Prestação de Serviços em geral, (exceto a de serviços hospitalares e de transportes, inclusive de carga),intermediação de Negócios; Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza. PERCENTUAIS DE LUCRO PARA FINS DE CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO 32,0 % - Prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de serviços - (factoring). REGRA APLICÁVEL PARA IRPJ E CSSL DEMAIS RECEITAS E GANHOS DE CAPITAL Deverão ser acrescidos á base de cálculo de ambos os impostos, ou seja, a aplicação dos percentuais sobre a receita bruta da venda ou prestação de serviços conforme o caso
16 COMENTÁRIOS A RESPEITO DA RECEITA BRUTA RECEITA BRUTA PARA FINS DE LIMITE DE ENQUADRAMENTO Incluem-se aqui as Receitas do desenvolvimento das atividades constantes no objeto social, as receitas de quaisquer outras fontes não relacionadas com a atividade da empresa, os rendimentos oriundos de aplicações financeiras, os ganhos líquidos nos mercados de renda variável(bolsa de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhados), bem como a parcela das receitas de exportações com pessoas vinculadas ou domiciliadas em País com tributação favorecida ( que não tribute a renda ou quando tribute este resultar em percentual inferior a 20,0%. COMENTÁRIOS A RESPEITO DA RECEITA BRUTA RECEITA BRUTA PARA FINS DE CÁLCULO DOS IMPOSTOS Regra geral a receita bruta é derivada da emissão de documentos fiscais tais como : Notas Fiscais, Notas Fiscais Eletrônicas de Serviços, Vendas, Comunicação, etc.. Todavia em relação a cessão de bens ou direitos, não são exigidos documentos fiscais e sim Recibos emitidos com base em contratos relativos a estas operações. Sendo assim, cuidados especiais deverão ser levados em consideração quando da apuração de tais receitas
17 COMENTÁRIOS A RESPEITO DA RECEITA BRUTA RECEITA BRUTA PARA FINS DE CÁLCULO DOS IMPOSTOS - EXCLUSÕES Não deverão ser computados na Receita Bruta : As vendas canceladas, as devoluções de vendas, os descontos concedidos incondicionalmente ( constantes da nota fiscal de venda de bens ou serviços, e não dependentes de evento posterior a emissão destes documentos - tais como desconto de R$ 300,00 se pago até o dia xx/xx/xx ) O IPI cobrado destacadamente do comprador ou contratante - via de regra quando o emitente do documentos fiscal seja Industrial ou Importador, tendo em vista que estes são obrigados a destacar o IPI no documento fiscal. COMENTÁRIOS A RESPEITO DA RECEITA BRUTA RECEITA BRUTA PARA FINS DE CÁLCULO DOS IMPOSTOS - EXCLUSÕES Não deverão ser computados na Receita Bruta : As receitas decorrentes de valores em espécie pagos ou creditados pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, relativos ao ICMS ou ISS, no âmbito de concessão de crédito voltados á solicitação de documento fiscal de aquisição de mercadorias ou serviços; vigente desde 01/01/2009. As saídas que não decorram de vendas, a exemplo das transferências de mercadorias para outros estabelecimentos da mesma empresa
18 COMENTÁRIOS A RESPEITO DA RECEITA BRUTA Recomenda-se aqui especial atenção aos CFOP s, que atualmente detalham as operações da empresa, especialmente aqueles que envolvem Vendas para entrega futura, ou qualquer outro que demande operações antecedentes a transmissão de propriedade propriamente dita. REGIME DE CAIXA OU DE COMPETÊ NCIA? O efeito aqui é financeiro e não contábil, já que quando utilizado o regime de caixa para recolhimento de impostos o registro contábil de receitas, despesas ou custos, continua sendo realizado de acordo com a competência, e registra-se em contas separadas os valores a recolher conforme o recebimento destas receitas. COMENTÁRIOS A RESPEITO DA RECEITA BRUTA REGIME DE CAIXA OU DE COMPETÊ NCIA? Geralmente o regime de caixa é utilizado para negócios que demandam tempos longos de recebimento. Alerte-se contudo que o regime de caixa opera-se somente em relação ao Lucro Presumido ou Simples Nacional. Em relação aos demais impostos Estaduais ou Municipais não é comum a existência do regime de caixa. Portanto, cabe aqui uma avaliação junto aos clientes sobre a utilização ou não do regime de caixa
19 COMENTÁRIOS A RESPEITO DA RECEITA BRUTA REGIME DE CAIXA OU DE COMPETÊ NCIA? Geralmente o regime de caixa é utilizado para negócios que demandam tempos longos de recebimento, e atualmente o mais comum refere-se a atividades Imobiliárias. Alerte-se contudo que o regime de caixa opera-se somente em relação ao Lucro Presumido ou Simples Nacional. Em relação aos demais impostos Estaduais ou Municipais não é comum a existência do regime de caixa. Portanto, cabe aqui uma avaliação junto aos clientes sobre a utilização ou não do regime de caixa. RETENÇÕES NA FONTE : Após a apuração do valor dos impostos e contribuições a recolher, a empresa deverá realizar a compensação entre o valor devido e o valor das retenções que a empresa sofreu, conforme abaixo. Imposto de renda retido na fonte A compensação dar-se-á de acordo com o regime de competência do imposto, independentemente do recebimento ou não dos valores constantes da fatura ou nota fiscal. INSS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIARIAS Da mesma forma que o imposto de renda, a compensação dar-se-á de acordo com o regime de competência
20 RETENÇÕES NA FONTE : PIS,COFINS E CSSL A compensação destas retenções dar-se-á de acordo com o período em que os valores forem recebidos. Desta maneira deverá ser exigido da empresa um controle de valores a receber que indique quais os valores devidos. A norma aplica-se sobre as notas fiscais que apresentem valor individual acima de R$ 5.000,00,ou então, quando de valores inferiores, no momento do pagamento resultem em valores iguais ou superiores a R$ 5.000,00. É o caso por exemplo de recebimento de notas fiscais em atraso. PAGAMENTO DO IMPOSTO Diferentemente dos demais impostos em que o recolhimento é realizado de acordo com o estabelecimento gerador da receita, o recolhimento do Imposto de Renda, Contribuição Social, Pis e Cofins, é realizado pelo estabelecimento matriz, abrangendo a empresa como um todo. PRAZO DE RECOLHIMENTO O imposto de renda e a contribuição social são recolhidos por períodos trimestrais encerrados em 31/03-30/06-30/09 e 31/12, vencendo-se o imposto no último dia do mês subsequente ao encerramento do trimestre, podendo ser objeto de parcelamento
21 PAGAMENTO DO IMPOSTO PRAZO DE RECOLHIMENTO -QUOTAS Nenhuma quota poderá ser de valor inferior a R$ 1.000,00, e o imposto de valor inferior a R$ 2.000,00 deverá ser pago em quota única. CÓDIGOS PARA FINS DE RECOLHIMENTO DOS IMPOSTOS Imposto de Renda Contribuição Social ALGUNS EXEMPLOS PARA REFLEXÕES SOBRE O TEMA : Receitas Vendas R$ ,00 Custos - R$ ,00 Despesas - R$ ,00 Resultado - R$ ,00 Analise individual = Lucro Presumido = 8,0% s/ R$ ,0 Lucro Presumido = R$ 8.000,00 Imposto de Renda = 15 % sobre R$ 8.000,00 = R$ 1.200,
22 ALGUNS EXEMPLOS PARA REFLEXÕES SOBRE O TEMA : Receitas Vendas R$ ,00 Custos - R$ ,00 Despesas - R$ ,00 Resultado - R$ ,00 Analise individual = Lucro Presumido = 12,0% s/ R$ ,0 Lucro Presumido = R$ ,000 Contribuição Social = 9,0% sobre R$ ,00 = R$ 1.080,00 ALGUNS EXEMPLOS PARA REFLEXÕES SOBRE O TEMA : Receitas Vendas R$ ,00 Custos - R$ ,00 Despesas - R$ ,00 Resultado - R$ ,00 PIS = 0,65% X R$ ,00 = R$ 650,00 COFINS = 3,00 % x R$ ,00 = R$ 3.000,00 TOTAL DOS IMPOSTOS = R$ 5.930,00 PROPORCIONALMENTE AO FATURAMENTO = 5,93 %
23 ALGUNS EXEMPLOS PARA REFLEXÕES SOBRE O TEMA LUCRO REAL Receitas Vendas R$ ,00 Custos - R$ ,00 Despesas - R$ ,00 Resultado - R$ ,00 PIS = 3,65% X R$ ,00 = R$ 3.285,00 COFINS = 7,60 % x R$ ,00 = R$ 6.840,00 BASE DE CÁLCULO LUCRO REAL = SEM AJUSTES NO LALUR R$ ,00 - R$ ,00 = R$ ,00 ALGUNS EXEMPLOS PARA REFLEXÕES SOBRE O TEMA LUCRO REAL BASE DE CÁLCULO LUCRO REAL = SEM AJUSTES NO LALUR R$ ,00 R$ ,00 = R$ ,00 IRPJ = 15,00 % x R$ ,00 = R$ ,25 CSSL = 9,00 % x R$ ,00 = R$ 6.288,75 TOTAL DOS IMPOSTOS = R$ ,00 PROPORCIONALMENTE AO FATURAMENTO = 26,89 % - (GUARDADAS AS PROPORÇÕES DO EXEMPLO, JÁ QUE QUALQUER ALTERAÇÃO NOS DADOS DE CUSTOS X RECEITAS MUDA O PERFIL)
24 45 ALGUNS EXEMPLOS PARA REFLEXÕES SOBRE O TEMA LUCRO REAL No exemplo dado em que a margem de lucro equivale a 80% do valor da venda podemos notar como a margem de lucro interfere diretamente na forma de tributar os resultados, ou no Lucro Presumido ou Lucro Real. Outro fator preponderante é que para fins de cálculo de PIS e Cofins, os custos de materiais diretamente ligados a produção, venda ou prestação de serviços, poderão ser abatidos na apuração das referidas contribuições. Para que ocorra equivalência nas alíquotas de pis e cofins, torna-se necessário que os custos com direito a crédito correspondam a 65% no mínimo do valor das vendas. ALGUNS EXEMPLOS PARA REFLEXÕES SOBRE O TEMA LUCRO REAL INCENTIVOS FISCAIS Na figura do Lucro Presumido não existe a possibilidade de dedução de despesas a título de incentivo fiscal, tal qual acontece na esfera das empresas tributadas com base no Lucro Real. Conclui-se até aqui que embora ocorra a simplificação para fins de recolhimento de Imposto de Renda e Contribuição Social, o mesmo não se aplica em relação a capacidade profissional daqueles que realizam a Contabilidade da Empresa. Recomendamos compartilhar sempre as decisões sobre a escolha do modelo de Tributação
25 DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS OU DIVIDENDOS A nomenclatura indica que tanto uma sociedade limitada quanto uma sociedade anônima podem optar por tributar seus resultados na forma do Lucro Presumido, mesmo quando tenham participação de pessoas residentes ou domiciliadas no exterior. Destacamos aqui um projeto de Lei que disciplina que as empresas tributadas com base no Lucro Presumido sejam obrigadas a manter contabilidade regular, ainda não aprovado até a presente data. Para fins de recolhimento de Impostos na forma do Lucro Presumido dispensa-se a Escrituração Contábil, tudo em razão da aplicação de percentuais sobre a receita decorrente das atividades desenvolvidas pela empresa. DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS OU DIVIDENDOS REFLEXOS DESTA NORMA = Receita Bruta da Empresa = R$ ,00 Lucro Presumido = R$ 8.000,00 Distribuição de Lucro Permitida = Lucro Presumido deduzido dos impostos correspondentes = R$ 8.000,00 R$ 5.930,00 = R$ 2.070,00 SALDO DE LUCROS A DISPOSIÇÃO = R$ ,00 LUCROS ISENTOS = R$ 2.070,00 LUCROS TRIBUTADOS EM 27,5% = R$ ,
26 DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS OU DIVIDENDOS A norma dispõe que a distribuição a titulo de lucros isentos, ou seja sem incidências de impostos aos sócios ou acionistas será : O valor da base de cálculo do imposto diminuída de todos os impostos e contribuições a que estiver sujeito a pessoa jurídica; e A parcela dos lucros ou dividendos excedentes ao valor do item anterior, desde que a empresa demonstre, por meio de escrituração contábil fiscal, que o lucro obtido com observância dos métodos e critérios aplicáveis, é maior que o determinado segundo as normas para apuração do cálculo do imposto na forma do Lucro Presumido. DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS OU DIVIDENDOS Partindo destas regras, temos que uma vez mantida a escrituração contábil regular, o lucro ou dividendo isento corresponderá ao valor de R$ ,00. Alerte-se contudo que a escrituração contábil regular faz parte das regras estabelecidas pelo Código Civil Brasileiro. Recomendamos cautela quanto análise dos saldos das contas contábeis, vez que podem levar a erro. Outrossim, conforme disposto em norma, fica proibida a distribuição de lucros ou dividendos quando os impostos não estiverem pagos
27 DISTRIBUIÇÃO ANTECIPADA DE LUCROS Desde que amparada por cláusula contratual específica, a empresa poderá realizar a distribuição antecipada de Lucros, respeitando o que for disposto quanto a proporcionalidade no Capital Social. Em relação ás Sociedades Anônimas, a distribuição de dividendos deverá respeitar o disposto no Estatuto a respeito. Em qualquer caso, a distribuição de lucros ou dividendos deverá estar amparada por Demonstração Contábil, pois uma vez ocorrendo a distribuição de valores excedentes, estes serão submetidos a tributação de acordo com a Tabela progressiva do Imposto de Renda. CONSIDERAÇÕES FINAIS : Vale a pena observar que em decorrência das constantes exigências de apresentação de arquivos digitais contendo as mais variadas informações, a tributação com base no Lucro Presumido não é mais apenas uma opção sem consequências. O Profissional contábil deve valer-se cada vez mais do compartilhamento de responsabilidades juntos aos sócios, devendo portanto comprovar a apresentação das demonstrações aos sócios e responsáveis pela Gestão da Companhia
28 Bibliografia : Decreto 3.000/99 - Regulamento do Imposto de renda Lei nº 9.718/98 e alterações posteriores Programa: Apuração de Impostos Empresas optantes Limites para enquadramento Vantagens e desvantagens - Presumido x Real CONTATO: desenvolvimento@crcsp.org.br 27
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