Renova. Heliópolis na. Sala São Paulo. Dia da Mudança

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1 2 edição nº Revista da Secretaria Municipal de Habitação de São Paulo Renova Dia da Mudança Famílias deixam áreas de risco de uma favela na Zona Norte rumo aos novos lares construídos pela Prefeitura PÁGINAS 4 e 5 Sinfônica durante última apresentação na Sala, em junho Heliópolis na Cantinho do Computador Escritório de arquitetura transforma dois quartos no conjunto habitacional Lidiane gastando apenas 500 em cada um PÁGINAS 20 a 22 Sala São Paulo A revista acompanhou a preparação dos jovens da comunidade para se apresentarem no palco mais cobiçado da música erudita paulistana PÁGINAS 24 a 26

2 RENOVA SP Í N D I C E Jardim Edite a r t i g o Congraçamento à paulistana RICARDO PEREIRA LEITE Vivemos numa cidade que não para. Talvez, por isso, nós, paulistanos de nascimento ou adoção, nos conheçamos tão pouco. Por nos conhecermos pouco, é comum alimentarmos fantasias, formarmos conceitos errados, até agir com preconceito. Todo ser humano tem medo do desconhecido. Mas há raras oportunidades em que podemos olhar um nos olhos dos outros e descobrirmos que somos iguais, que lutamos por coisas parecidas, que alimentamos sonhos correlatos, independentemente de nossa condição econômica ou cultural. São momentos de felicidade coletiva. Pode ser um show, uma partida de futebol, uma festa onde toca uma música bem conhecida e de repente todos estão dançando e rindo das próprias semelhanças. Foi assim na festa de lançamento da revista Renova SP, dia 11 de julho, no Instituto Cultural Tomie Ohtake, em Pinheiros. Lado a lado, lideranças de comunidades humildes da cidade, empresários e autoridades puderam, no corre-corre de uma segunda-feira, ter esse momento de pausa. Somos todos engenheiros dessa construção chamada São Paulo, uma das maiores cidades do mundo, uma metrópole que cresceu de forma desordenada, no ritmo alucinante dos seus moradores, e que, por isso, ainda não conseguiu garantir a todos a mesma qualidade de vida. Os programas habitacionais da Prefeitura, como o de Urbanização de Favelas, são iniciativas para tornar igual por fora o que já é por dentro, de fazer da cidade um orgulho para todos realmente, de fazer a metrópole abraçar os seus bairros mais precários com respeito e amor, porque são tão importantes na construção de São Paulo quanto os chamados nobres. EXPEDIENTE 3 OPINIÃO E CARTAS HABITAÇÃO 4 Famílias se mudam de área de risco para apartamento seguro 6 Cohab legaliza 52% dos imóveis previstos para atendimento até 2012 DIÁRIO DE OBRAS 8 Jardim Edite começa a sair do papel 9 Mapa das obras na cidade 10 Paraisópolis já soma mais de mil unidades entregues 11 Começa fundação na Gleba H de Heliópolis 12 Terminam obras no Jardim Icaraí II e III 13 Jardim Guarani ganha mais unidades EMPREGOS & FINANÇAS 14 Mulheres invadem o reduto masculino da construção civil 16 Planejamento é o caminho para não se endividar CONSTRUÇÃO & DECORAÇÃO 18 Pisos bons e baratos para a casa 20 Desafio dos 500 Cantinho do computador 23 Passo a Passo e Pergunte ao Arquiteto CULTURA & LAZER 24 Renova SP acompanha a rotina da Sinfônica Heliópolis 26 Minha Receita Pudim de forno 27 Meu Bairro, Minha História Maria Aparecida Mendes, do Real Parque 28 Retrato Prefeito do Município de São Paulo: Gilberto Kassab Secretário Municipal de Habitação: Ricardo Pereira Leite Secretário Municipal de Comunicação: Marcus Vinicius Sinval Superintendente de Habitação Popular: Elisabete França Diretora Comercial e Social da Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo: Ângela Barbon Conselho Editorial: Ricardo Montoro (presidente), Alonso López, Ângela Barbon, Carlos Alberto Pellarim, Elisabete França, Felinto Cunha, Luiz Henrique Girardi, Luiz Henrique Tibiriçá Ramos, Márcia Maria Fartos Terlizzi, Maria Cecília Sampaio Freire Nammur, Maria Teresa Diniz, Nancy Cavallete da Silva, Ricardo Sampaio, Tereza Beatriz Herling, Vanessa Padiá e Violêta Saldanha Kubrusly Coordenadoria de Imprensa do Município: Emerson Figueiredo e Sérgio Rondino Coordenador de Imprensa da Secretaria Municipal de Habitação: Sérgio Duran (jornalista responsável, MTB: ) Editor: Fernando Cassaro Repórteres: Cristiana Vieira, Débora Yuri e Fabiano Melato Fotógrafos: Fabio Knoll, Fernanda Porto, Lucas Lima, Newton Santos, Paulo Pampolin e Zé Carlos Barretta. Projeto Gráfico e Diagramação: André Bunduki/DinBrasil Renova SP é uma publicação mensal da Secretaria Municipal de Habitação produzida pela DS Comunicação/Popcom Assessoria de Comunicação e Imprensa. Tiragem: 100 mil exemplares Letícia Esquaella Ricardo Pereira Leite é secretário municipal de Habitação Renova SP AGOSTO

3 RICARDO MONTORO ARTIGO Capital da criatividade Li com entusiasmo a notícia sobre o concurso de Boas Práticas Sociais para Geração de Renda, que premiou os melhores trabalhos desenvolvidos nas comunidades em urbanização da cidade. Venceu o grupo Mulheres do Iporanga, que confecciona sacolas a partir de banners descartados. O concurso é uma ótima oportunidade não apenas para estimular essas iniciativas, mas também para trocar experiências. O leitor não faz ideia do quanto se aprende ouvindo a população! Criatividade é hoje uma disciplina de faculdade. Especialistas do mundo inteiro pesquisam o assunto a fundo, ensinam como lidar com essa capacidade humana de criar. A melhor conclusão a que chegaram até hoje é a de que a criatividade pode ser estimulada, pode ser treinada. Por isso, trabalho para que as políticas públicas do futuro sejam as que estimulem a população e não as que levam a solução pronta. Temos muito caminho pela frente para tornar São Paulo a capital da criatividade, mas, pelo menos, temos a certeza de que matéria-prima nós temos. E de sobra. Ricardo Montoro é vice-presidente da Cohab-SP C A R T A S ARTE: André Bunduki O número da minha casa está errado no IPTU e isso dificulta o recebimento de minhas correspondências. Gostaria de saber como faço para providenciar a alteração? Milton Gabrielli Filho Para tratar sobre mudanças no cadastro do IPTU, o senhor deve procurar a Secretaria Municipal de Finanças. O atendimento ao público é prestado na praça de atendimento localizada no Vale do Anhangabaú, 206, ao lado da Galeria Prestes Maia. RECLAME AQUI Gostaria de saber como me cadastrar no Programa de Habitação e Requalificação do Centro Renova Centro? Sou casada e não estou mais conseguindo pagar o aluguel. Gostaria que vocês me indicassem o local correto para buscar mais informações. Viviane Neris de Brito O Renova Centro está inserido nos projetos de habitação da Cohab-SP. Para se inscrever nos programas de habitação da Prefeitura de São Paulo, basta preencher a Ficha Cadastral da Cohab pela Internet ( sp.gov.br) ou ir diretamente à Central de Habitação (Av. São João, Centro - de segunda a sexta, das 08h30 às 16h). Para tirar dúvidas, reclamar ou fazer sugestões, entre em contato com a Renova SP pelo leitor@renovasp.com.br Moro no Conjunto Habitacional XV de Novembro, no Jardim São Francisco, desde a entrega, em Desde então, temos vários problemas nos apartamentos: alguns com defeitos na iluminação, outros com falhas no encanamento. Além disso, os blocos não têm cabeamento de telefonia. Alex Júnior Dantas Periodicamente, a Secretaria Municipal de Habitação realiza vistorias nos empreendimentos para detectar possíveis problemas. As queixas são encaminhadas à empreiteira responsável para que os consertos sejam feitos. Sobre o cabeamento telefônico, a instalação é responsabilidade da Telefônica. TELEFONES ÚTEIS Central de atendimento da Prefeitura 156 Central da Habitação A Renova SP se reserva ao direito de publicar apenas trechos das cartas. Informe nome completo, idade, bairro e profissão Renova SP AGOSTO

4 HABITAÇÃO VIDA NOVA Hoje é dia de mudança Com cara de sono, Ana Paula Gonçalves dos Santos, de 33 anos, empilha caixas de papelão no canto do quintal. Enquanto isso, seu marido, Jerônimo dos Santos, de 37, vasculha o que ainda ficou na cozinha atrás de café. Enche um copo e prepara um pão com manteiga. Essa não é uma terça-feira de junho qualquer. Os Santos se preparam para viver uma das datas mais importantes de suas vidas: o dia da mudança. Com outras 18 famílias da região, eles estão a caminho do conjunto habitacional City Jaraguá, em Perus (Zona Norte). São moradores que deixam uma área de risco, no Jardim Guarani (Zona Norte), para receber as chaves de seus novos apartamentos. Já são quase 9h e faz frio na comunidade, que tem cerca de habitantes. Os Santos aguardam o carreto de um vizinho conhecido, alugado por 150. A gente morava aqui por necessidade. O pior é o cheiro do córrego. Quando faz calor, fica insuportável, diz Ana Paula, auxiliar de limpeza, apontando o riacho que corre ao lado da casa e é seu vizinho há 16 anos. Também tem muito rato. Tive de tapar as brechas da porta para eles não entrarem em casa. Para o bem do olfato de todos, o sol deu um tempo e teima em ficar escondido. Tamíris, de 9 anos, uma das duas filhas do casal, Renova SP acompanhou 18 famílias que deixaram áreas de risco rumo aos seus novos apartamentos no City Jaraguá, Zona Norte ronca no colchão da sala. Jerônimo, que conseguiu uma folga no serviço é auxiliar de almoxarifado, acorda a menina. Precisa levar o colchão para o quintal. Enquanto amarra o tênis de Tamíris, Ana Paula suspira: Olha isso, diz, apontando os barracos em volta do córrego. Quem não fica animado de sair daqui? É uma bênção... Para aumentar a expectativa da família, o carreto atrasa. Chega duas horas depois, lá pelas 11h. Mas não cabe nem toda a mudança nem toda a família. Sobe apenas Ana Paula, com parte dos móveis e o peixe de estimação dos Santos num baleiro de vidro. O trajeto dura menos de 20 minutos. No novo endereço, uma confusão de caminhões e Kombis, de fogões e geladeiras passando. São 12h15 quando Ana pega a chave e sobe, mostrando o bicho aos novos vizinhos: O meu xodó veio comigo no caminhão!. Ana elogia o apartamento, de 50 m², com sala, cozinha, banheiro, dois quartos e área de serviço. Eu adorei! É bem feito, limpo, organizado. E aqui tem área verde, espaço para as crianças brincarem. Também tem escola e ponto de ônibus na rua ao lado, ela emenda. O carreto dá a ré às 13h15 para buscar Jerônimo, as duas meninas e o resto da mudança da família no Jardim Guarani. Ana Paula começa a arrumar o novo apê. Alegria. DÉBORA YURI FOTOS: Lucas Lima Família Santos deixou área de risco em junho Renova SP AGOSTO

5 Primeiro dia tem rap, caminhada no bairro e conta de luz Homens da família Lucena subiram estante, geladeira e fogão Obras seguem aceleradas nas duas comunidades Prefeitura continua trabalho tanto no Jardim Guarani quanto no City Jaraguá FOTOS: Lucas Lima Conhecido em todo o Jardim Guarani como Seu Kiko, Francisco Gonçalves de Lucena, de 59 anos, também fez as malas rumo ao City Jaraguá no começo de junho. Ansiosa, sua mulher, Maria da Ajuda de Lucena, de 58 anos, embarcou no carreto às 7h. Duas horas depois, Seu Kiko suava, levando ao apartamento estante, rack, fogão e geladeira: Mudança é sempre estressante, né?. Um de seus dois filhos, Daniel, de 20 anos, operador de empilhadeira, ajudava o pai. Vai ser bom para a minha mãe morar aqui. Lá não batia sol nunca, era sujo, barulhento. Enquanto os homens da casa subiam a mudança, Maria da Ajuda curtia a vista da janela da sala do apartamento localizado no segundo andar: Gostei das árvores, do verde, e aqui é reto e sossegado. Vou fazer muitas caminhadas. Por 20 anos, os Lucena viveram no Jardim Guarani na definição de Seu Kiko, que faz bicos como eletricista, um lugar que tem mais rato do que gente. Esperando o gás ser ligado, ele observava os novos vizinhos jovens carregando armários, ouvindo rap no celular; crianças com mochilas coloridas, explorando o estacionamento; um poodle branco perdido. Quando o poodle, enfim, encontrou sua dona, no quarto andar do prédio, ela estava ocupada, brigando com a filha pequena: Menina, apaga essa luz! Agora a gente vai pagar a conta!. O Jardim Guarani está sendo urbanizado pela Prefeitura, e as obras beneficiarão diretamente mais de mil famílias. O córrego que corta a comunidade será limpo e canalizado, e moradores de áreas de risco como os Santos e os Lucena, reassentados. Com projeto do arquiteto Marcos Boldarini, 108 novas unidades habitacionais serão construídas, em formato de casas tripostas. Já o City Jaraguá, com cerca de apartamentos e mais de 10 mil moradores, está em obras. Receberá pintura, paisagismo, áreas de lazer, cercamento, cobertura nas garagens e equipamentos de segurança. Sua reforma é parte do Programa 3 Rs, criado pela Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) para regularizar, recuperar e comercializar edifícios voltados à habitação social construídos nos anos ARTE: André Bunduki Renova SP AGOSTO

6 REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA O casal José e Terezinha regularizaram imóvel no Jardim da Conquista Na metade do caminho Em dois anos, famílias tiveram seus imóveis legalizados na Cohab. Meta é chegar a até 2012 O casal de aposentados José de Barros, de 56 anos, e Terezinha Paixão, de 58, já tem um lar, doce lar para chamar de seu. Quitei minha casa há dois anos, à vista. Ela custou 5.400, e eu usei um dinheirinho que tinha guardado, conta o marido, morador do Jardim da Conquista, em São Mateus (Zona Leste), desde Há dois anos, a Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (Cohab-SP) tem se esforçado para regularizar empreendimentos de sua titularidade com o objetivo de comercializar os imóveis. Depois que o terreno e a ocupação estão legais, os moradores podem adquirir suas escrituras ou seus contratos de compromisso de venda e compra. Na maioria dos casos, para conseguir a regularização fundiária, é preciso reparar degradações e fazer obras de infraestrutura no local: implantar água, luz, tratamento de esgoto e pavimentação, explica o coordenador de regularização imobiliária da Cohab-SP, Flávio Antes da regularização, Prefeitura realiza obras de infraestrutura no bairro Augusto de Souza. Do total de unidades habitacionais que pertencem à companhia e devem ser regularizadas até 2012, já foram legalizadas o equivalente a 52%. Área particular comprada pela Cohab-SP, o Jardim da Conquista foi ocupado em Nos anos seguintes, 106 casas foram construídas em mutirão e cerca de 8.000, em esquema de autoconstrução. Estamos atendendo a um dos objetivos do Plano Municipal de Habitação (PMH): garantir aos moradores a sua segurança na posse, diz Márcia Terlizzi, coordenadora do Programa 3 Rs Regularização, Recuperação de Créditos e Revitalização dos Empreendimentos, outro programa criado pela Sehab (Secretaria Municipal de Habitação). Acesso a serviços públicos essenciais e integração à cidade formal são outras metas do PMH. Por meio do 3 Rs, a Prefeitura, em parceria com o Governo do Estado de São Paulo, está revitalizando oito conjuntos habitacionais da cidade. As reformas beneficiarão cerca de 18 mil habitantes, moradores de apartamentos. Segundo Ana Lúcia Sartoretto, diretora do Departamento de Regularização do Parcelamento do Solo (Resolo), a explosão da irregularidade em São Paulo aconteceu nos anos A urbanização dos grandes centros levou o pessoal a querer tirar o máximo da terra, em lugares sem a mínima infraestrutura. Muita gente ocupou ou comprou lotes irregulares. DÉBORA YURI Renova SP AGOSTO

7 Magnólia não precisa mais levar sapato reserva na bolsa Magnólia vai quitar sua casa em outubro O Jardim da Conquista, Zona Leste, foi uma das áreas que a Cohab regularizou em De lá para cá, cerca de famílias já quitaram ou estão quitando o seu imóvel junto à companhia. O preço médio gira em torno de e pode ser parcelado em até 100 meses. Em outubro, a líder comunitária Magnólia Bastos Diniz, de 68 anos, vai acabar de pagar sua casa, que tem três quartos, dois banheiros, sala de jantar, sala de estar, cozinha, lavanderia e a adorada varanda do churrasco. Não troco esse cantinho por nada. Aqui, todo mundo me conhece, diz. Mineira, ela vive há 22 anos na comunidade, cujas ruas ganharam nomes de músicas. Aqui era barro. Quando chovia, eu tinha de sair de casa com um par de sapatos reserva na bolsa, lembra Magnólia. A gente trabalhou duro e comeu muito pão com mortadela para poder ter o nosso lugar. FOTOS: Zé Carlos Barretta Como se regulariza uma moradia Apenas áreas regularizadas podem ser registradas no Cartório de Imóveis. Se um morador quer regularizar o seu, é preciso saber qual órgão da Prefeitura procurar para dar andamento ao processo. Áreas pequenas, sem abertura de ruas, estão a cuidado da subprefeitura local. Se o loteamento tiver mais de 20 mil m² ou abertura de ruas, o Resolo, que atende terrenos particulares, é o departamento que cuidará da regularização. As áreas públicas precárias são gerenciadas pela Superintendência de Habitação Popular (Habi). Se o empreendimento pertencer à Cohab-SP, o morador deve acessar o site sp.gov.br. Regularização fundiária é a legalização de áreas e empreendimentos que estão em situação irregular. O objetivo final da Prefeitura é que o morador possa adquirir a escritura do seu imóvel. Em geral, o processo é demorado, pois exige estudo detalhado do loteamento. Além disso, pode ser necessário fazer obras, reformas e melhorias para obter a regularização. No caso de loteamentos da Cohab-SP, o morador deve procurar a companhia e iniciar a quitação do imóvel ou pagá-lo à vista. Quando o pagamento estiver concluído, ele recebe da companhia a escritura ou o contrato de compromisso de compra e venda de seu lote. O morador só tem a garantia de posse do imóvel quando registra a escritura ou o contrato de compromisso de compra e venda no Cartório de Registro de Imóveis de sua região, abrindo uma matrícula do lote. Existem 18 em São Paulo. Ele pode, então, vender, alugar ou transferir o imóvel para terceiros. No caso de áreas públicas, o morador deve pedir o requerimento de posse junto à Prefeitura, que entregará o título do lote em nome do solicitante se os documentos necessários estiverem em ordem. Fontes: Ana Lúcia Sartoretto, diretora do Departamento de Regularização do Parcelamento do Solo (Resolo) da Sehab, e Márcia Terlizzi, coordenadora do Programa 3 Rs (Regularização, Recuperação de Créditos e Revitalização dos Empreendimentos). ARTE: André Bunduki Renova SP AGOSTO

8 DIÁRIO DE OBRAS NORTE SUL LESTE SUDESTE CENTRO mananciais FOTO: Newton Santos CENTRO Jardim Edite começa a sair do papel com obras nos dois primeiros blocos Projeto prevê 252 apartamentos, creche, unidade de saúde e um restaurante-escola Uma das torres já está no quarto pavimento As obras do Jardim Edite, na Zona Sul, começaram a se tornar realidade. Duas torres de 16 andares já estão saindo do chão, sendo que a mais adiantada delas está no quarto pavimento. A outra novidade na área é o início da fundação da creche que será instalada na comunidade. O projeto prevê a construção de cinco prédios. Ao todo, serão 252 apartamentos com 50 m², infraestrutura condominial, áreas institucionais, rede viária, paisagismo e locação comercial. A arquiteta responsável pelo projeto, Marta Moreira, do MMBB Arquitetos, afirmou que a particularidade desse projeto é que o térreo será ocupado por equipamentos públicos, como creche, Unidade Básica de Saúde e um restaurante-escola. Tudo isso traz mais cuidado para o condomínio e o entorno. Vai ser uma área com circulação dos próprios moradores e da vizinhança, que virá para as consultas na UBS e para o restaurante, comenta Marta, que realizou o projeto em parceria com o escritório H+F Arquitetura. Isso é o que garante a qualidade urbana, além de ser um projeto bem diferente daqueles que têm área murada. Localizado próximo à Ponte Estaiada, entre as Avenidas Jornalista Roberto Marinho, George Ohm e Charles Coulob, o projeto vai custar 43 milhões e deve ser concluído em CRISTIANA VIEIRA O Q U E É Área de Risco? É um local onde há risco de morte para as pessoas que o habitam. São identificados em margens de encostas e beira de córregos ou rios. Nesses pontos, sempre há perigo de deslizamentos, solapamentos e inundações. Locais com lixo ou entulho também são áreas de risco... Auxílio Aluguel? É um programa da Prefeitura destinado às famílias retiradas de área de risco ou por conta de obras de urbanização. Também pode ser usado em situação de emergência, como em caso de incêndio ou desabamento. O benefício é de 300 mensais, tendo a duração de seis meses ou até a moradia definitiva ficar pronta.... Cadastramento? É uma ficha que o funcionário da Prefeitura preenche com os dados do morador após uma visita à casa dele. Ela serve para identificar todas as pessoas que vivem em uma comunidade para, futuramente, atender a todos.... Parceria Social? É um programa da Prefeitura voltado a famílias que vivem em situação de rua ou sem residência fixa, em situação de extrema pobreza. O benefício é de 300 mensais, com duração de 30 meses, sendo que a pessoa deve guardar de 6 a 15 por mês em uma caderneta de poupança e cumprir várias obrigações... Programa 3 Rs? É a sigla para Recuperação do Crédito, Revitalização do Empreendimento e Regularização Fundiária da Prefeitura. Foi criado para recuperar conjuntos habitacionais já existentes que estavam degradados, inclusive com a invasão e criação de novas favelas nas áreas comuns dos prédios... Reintegração de Posse? É quando um juiz manda as pessoas que vivem em um terreno particular ocupado saírem. O pedido é feito pelo proprietário da área, e a Prefeitura não tem como impedir... Termo de Atendimento Habitacional? É um documento oficial afirmando que o morador tem direito a receber apartamento ou casa da Prefeitura. É dado quando ele deixa a sua moradia por conta de alguma obra ou remoção... Urbanização? É um projeto da Prefeitura para transformar a favela em um bairro com ruas pavimentadas, calçadas, rede de água e esgoto, praças, posto de saúde. Além disso, o morador recebe a documentação regularizada de sua casa ou apartamento... Verba de Apoio Habitacional? É um dinheiro que o morador recebe para se mudar de bairro ou cidade. É dado quando, durante o cadastramento, a pessoa afirma que prefere o dinheiro. Ao aceitar, não poderá ser atendido novamente pela Prefeitura. Renova SP AGOSTO

9 ARTE: André Bunduki PERUS W Y A M O X T campo limpo H PIRITUBA JARAGUÁ R I J D CC FF EE E F 1 butantã BB m boi mirim 36 H 5 6 G FREGUESIA Q BRASILÂNDIA casa verde C B lapa AA S SUL DD santo amaro mananciais 4 parelheiros N NORTE pinheiros N CENTRO cidade ademar 1 capela do socorro 7 6 sé vila mariana jabaquara 4 Z JAÇANÃ TREMEMBÉ santana tucuruvi 2 3 vila maria D vila guilherme U ipiranga V mooca G C I J vila prudente SUDESTE Obras da Secretaria Municipal de Habitação na cidade penha aricanduva ermelino matarazzo REGULARIZAÇÃO DE LOTEAMENTOS 1 - Brasil Novo 2 - Jardim Corisco II 3 - Campo Limpo 4 - Jardim Joana D Arc 5 - Jardim Paulistano 6 - Rua Francisco Reis 7 - Sitio Itaberaba DIVISA DAS REGIÕES LIMITE DAS SUBPREFEITURAS LIMITE DAS ÁREAS DE MANANCIAIS A E K L PARCERIAS 1 - Barra Bonita 2 - Brotas 3 - Campos do Jordão 4 - Leme 5 - Mongaguá 6 - Guarujá 7 - Caraguatatuba 8 - Mirassol 9 - Paranapiacaba 10 - Santa Adélia REASSENTAMENTO 1 - Domenico Martinelli 2 - Areião 3 - Estevão Baião 4 - Corruiras PROGRAMA 3 R s A - Jd. do Lago B - Lidiane C - Jd. Imperador D - Nova Tietê E - São Domingos/Camarazal 4 F - São Domingos/Camarazal 7 G - José Paulino dos Santos H - City Jaraguá I - Chaparral J - Tiquatira K - Goiti são miguel paulista LESTE K guaianases 10 7 Itaquera cidade 8 5 tiradentes 6 9 B 8 são mateus F 2 itaim paulista 1 COHAB 1 - Jardim Mirian 2 - Parque Boa Esperança 3 - Unidos Venceremos 4 - Paulo Freire 5 - Recanto da Felicidade 6 - Parque do Gato 7 - Olarias 8 - Barro Branco II 9 - Barro Branco I, II, III, IV - Sta. Etelvina 1/6A URBANIZAÇÃO DE FAVELAS A - Jardim Nova Tereza B - Dois de Maio C - Sampaio Côrrea D - Nova Jaguaré E - Vitotoma Mastroroza F - São Francisco Global G - Tiro ao Pombo H - Jardim Guarani / Boa Esperança I - Diogo Pires J - Barão de Antonina K - Nove de Julho L - Cinco de Julho M - Carina Ari N - Jardim Edite O - Bamburral P - Lidiane / Sampaio Côrrea Q - Gabi R - Ponte dos Remédios S - Paraisópolis T - Jardim Olinda U - Heliópolis V - Jardim Celeste V W - Jardim das Rosas X - Córrego da Mina Y - Parque Fernanda I Z - Cidade Azul AA - Jardim Colombo BB - São Judas CC - Thomas II DD - Real Parque EE - Sapé FF - Água Podre PROGRAMA MANANCIAIS 1 - Cidade Júlia 2 - Nova Pantanal 3 - Jd. Eldorado / Mata Virgem 4 - Jd. dos Lagos 5 - Santa Margarida V 6 - Jd. Dionísio I e II/Vila Santa Lúcia 7 - Vila Santa Célia 8 - Jd. Ângela II 9 - Jd. São Joaquim 10 - Jd. Arnaldo 11 - Vila Bom Jardim 12 - Nagib I e II 13 - Jd. Planalto 14 - Minuetos 15 - Pq. São Francisco 16 - Kagohara II 17 - Jd. Herculano 18 - Alto da Riviera B 19 - Neumas/Kagohara IV 20 - Pq. Novo Santo Amaro V / Luz Soriano 21 - Pq. Novo Santo Amaro III 22 - Pq. Novo Santo Amaro VI 23 - Pq. Novo Santo Amaro I e II 24 - Boulevard da Paz 25 - Pq. Nova Santo Amaro VII 26 - Costa do Valado 27 - Renato Locchi 28 - Jd. Solange 29 - Jararau II 30 - São Lourenço 31 - Fujihara II 32 - Jd. Fujihara I e III e Nakamura II 33 - Xambores I e II / Vila Verde 34 - Jd. Araguari / Muriçoca 35 - Chácara Flórida / Chácara Bandeirantes 36 - Cidade Ipava / Vila Jaci 37 - Jd. Capela / Santa Bárbara 38 - Pq. das Cerejeiras 39 - Enlevo 40 - Jd. Calú 41 - Chácara Sonho Azul 42 - Arizona 43 - Cavalo Branco 44 - Ângelo Tarsini 45 - Cardeal Rossi 46 - CEU Cidade Dutra 47 - Alcindo Ferreira / Jd. Cruzeiro 48 - Vinte 49 - Jd. Satélite I e II 50 - Dezenove 51 - Jd. Represa 52 - Ribeirão das Pedras 53 - Ipojuca Luis de Araújo 54 - Vila Rubi 55 - Jd. Pouso Alegre 56 - Jd. Real 57 - Pq. América 58 - Jd. Toca 59 - Pq. São José VI 60 - Jd. Itatiaia 61 - Pq. São José I e II 62 - Cantinho do Céu / Gaivota 63 - Jd. Horizonte Azul / Sapato Branco 64 - Jd. Manacás 65 - Pq. São José VII, Três Cânticos e Entorno 66 - Alto da Alegria 67 - Nova Grajaú II 68 - Cocaia I 69 - Jd. Icaraí II e III 70 - Jd. Icaraí IV 71 - Jd. São Bernardo II 72 - Vila Santa Francisca / Cabrini IV 73 - Vila Santa Fé 74 - Pq. Maria Fernando I e II 75 - Chácara do Conde II 76 - Jd. Noronha 77 - Jd. Iporã / Jd. Casagrande 78 - Nova Varginha 79 - Jd. Nova Marilda 80 - Condomínio Vargem Grande 81 - Pabreu Renova SP AGOSTO

10 SUL Obras no Grotinho 2 ficam prontas em setembro Centro de lazer em Paraisópolis entra em fase final Prefeitura também concluiu 123 unidades do Condomínio D FOTO: Fabio Knoll Mais de mil novas moradias: a urbanização de Paraisópolis atingiu essa marca em junho, quando foram entregues 123 apartamentos do Condomínio D. Além de sete blocos com cinco pavimentos cada, o empreendimento inclui 49 unidades comerciais, áreas de convivência e lazer, Ao todo, já foram entregues mais de mil moradias para a comunidade projeto paisagístico e redes de água, esgoto, energia elétrica e drenagem. A segunda maior favela da cidade, que fica no Morumbi (Zona Sul), tem 60 mil habitantes e deve ser transformada em bairro pela Prefeitura até abril de Em julho, outro pedaço da apelidada Nova Paraisópolis entrou em fase final de obras: o Grotinho 2, que terá seis unidades habitacionais, quatro comércios, um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), um espaço comunitário e cinema ao ar livre, interligado ao parque que foi construído no Grotinho 1. Segundo o arquiteto responsável pelo projeto, Marcos Boldarini, o edifício que está sendo finalizado vai complementar a intervenção no Grotinho, região de Paraisópolis em que casas deslizavam pela encosta e a parte baixa inundava. A proposta foi criar novos usos para o parque e aumentar a integração com os arredores. Transformamos uma área que tinha o estigma do risco num centro de lazer e recreação, diz. O Grotinho 2 deve ser entregue em setembro, e as obras custaram cerca de 11 milhões. Com recursos da Prefeitura, Caixa Econômica Federal, Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), Sabesp e do Fundo Municipal de Saneamento Ambiental e Infraestrutura (FMSAI), a urbanização completa de Paraisópolis está orçada em 552,8 milhões e vai beneficiar mais de 20 mil famílias. Até agora, 72% do programa já foi concluído. DÉBORA YURI Transferências avançam no Sapé O atendimento aos moradores da Favela do Sapé, no Rio Pequeno, avançou em julho. A Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) cadastrou, até a primeira quinzena do mês passado, mais de famílias 950 delas já haviam sido transferidas. Elas receberão Aluguel Social até as moradias definitivas ficarem prontas. Próxima à Rodovia Raposo Tavares, a Favela do Sapé é uma área de mais de 80 mil m². As transferências das famílias que viviam em situação de risco começaram em janeiro, e a urbanização da comunidade vai incluir a canalização do córrego do Sapé. Sehab cadastra famílias na Viela da Paz A Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) está finalizando o cadastro de moradores da favela Viela da Paz, no Jardim Peri Peri, que será urbanizada e vai virar um bairro integrado à cidade formal. Até a terceira semana de julho, mais de famílias haviam sido cadastradas. Outras 300, que viviam em áreas de risco, foram reassentadas no ano passado. A Prefeitura estima que existam moradias na Viela da Paz, também conhecida como favela João Caiaffa, devido à avenida homônima em que fica à sua entrada. A Prefeitura está elaborando a licitação para contratar as obras de urbanização. Renova SP AGOSTO

11 SUDESTE Gleba H de Heliópolis entra em fase de fundação Os 200 novos apartamentos serão entregues em novembro de 2012 SUL Prefeitura inicia a revitalização do São Domingos/Camarazal 4 e 7 Começou no mês passado a revitalização de dois conjuntos habitacionais no Butantã: São Domingos/Camarazal 4 e 7. A intervenção beneficiará 704 moradores que vivem em 176 apartamentos. As obras integram o Programa 3 Rs (Regularização, Recuperação dos Créditos e Revitalização dos Empreendimentos), criado pela Secretaria Municipal de Habitação, e custarão cerca de 450 mil. As moradias receberão pintura, paisagismo, novos telhados, ligações de gás, áreas de lazer e cobertura nas garagens. Também serão instalados no empreendimento equipamentos de segurança. A conclusão das reformas está prevista para abril de FOTOS: Fabio Knoll ANTES As obras de intervenção em uma das áreas mais precárias de Heliópolis, a Gleba H, avançaram no mês passado. A Prefeitura iniciou a fundação de dois dos 11 blocos que serão construídos no local. O projeto prevê 200 novos apartamentos, 16 unidades comerciais, área de lazer coberta, tratamento paisagístico, quadra esportiva e playground. Com cerca de m², a Gleba H misturava prédios dos anos 1990 que foram invadidos com casas e barracos que se amontoavam ao redor. Era um caso muito peculiar: cinco prédios completos, junto de outros semidestruídos, comprimidos pela favela que cresceu desordenadamente nos últimos dez anos, conta o arquiteto responsável pelo projeto, Hector Vigliecca. A solução foi desenhar novas habitações, mas com praças, ruas, quadra, acesso aos prédios, comércios: tudo que um bairro deve ter. Todas as moradias irregulares foram demolidas, e as famílias atendidas com Aluguel Social. Os novos blocos serão horizontais e interligados aos cinco prédios remanescentes, que somam 220 apartamentos e vão receber revitalização das fachadas, além de equipamentos de segurança. Com previsão de término para novembro de 2012, as obras na Gleba H custarão cerca de 37,5 milhões. A urbanização da maior favela de São Paulo, que fica no Ipiranga e tem 70 mil habitantes, deve ser concluída em maio de O custo total será de cerca de 570 milhões, com recursos provenientes da Prefeitura, Caixa Econômica Federal, CDHU e FMSAI. DÉBORA YURI LESTE Começam as obras em duas áreas da Bacia do Aricanduva Duas das comunidades que estão inseridas no Programa de Urbanização de Favelas da Bacia Aricanduva, em São Mateus, na Zona Leste, tiveram obras e transferências iniciadas nos último mês. Ao todo, 880 famílias das comunidades de Dois de Maio e Cinco de Julho serão beneficiadas com um investimento de 18 milhões. As intervenções serão concluídas em junho de Na Dois de Maio, começaram as obras para a implantação de 20 unidades habitacionais (UHs). Simultaneamente, teve início a canalização de um trecho do Córrego Cangueiras, onde será construído um parque linear. Também serão feitas obras de paisagismo e implantação de área de lazer. Já na Cinco de Julho, começaram as transferências das famílias que viviam em situação de risco à beira do mesmo Córrego Cangueiras. O projeto de urbanização prevê a recuperação da área à margem do córrego que será canalizado. PROJETO Renova SP AGOSTO Divulgação RAIO-X Famílias 880 beneficiadas 6/ milhões ATUAL Entrega Valor da Obra

12 MANANCIAIS Terminam intervenções no Jardim Icaraí II e III Charme do projeto fica por conta de parque infantil construído para a comunidade O Jardim Icaraí II e III está de cara nova. No mês passado, foram concluídas as obras no bairro, localizado na margem direita da Represa da Guarapiranga, na Zona Sul. Iniciado em setembro de 2008, o projeto beneficia 307 famílias, com investimento no valor de 8 milhões (sendo que 4,5 milhões vieram da Caixa Econômica Federal). O projeto incluiu obras de contenção, rede de drenagem de ruas, rede de esgoto e pavimentação das ruas. A área total da intervenção foi de m². Um dos principais detalhes do projeto fica a cargo da área verde que foi construída para a comunidade. Ela possui parque infantil construído com madeira de reflorestamento, quadra poliesportiva e até equipamentos de ginástica para o público da melhor idade. A área tem rampas e é acessível para cadeirantes, completa o arquiteto responsável pelo projeto, Luciano Zaniboni, da H Proj Planejamento e Projetos. CRISTIANA VIEIRA DEPOIS ANTES Divulgação FOTO: Fabio Knoll Concluídas as obras de urbanização do primeiro trecho do Cantinho do Céu Cantinho do Céu ganhou um campo de futebol Foram concluídas em junho as obras do primeiro trecho da urbanização do Cantinho do Céu, região localizada à margem direita da Represa Billings, na Zona Sul. No projeto, que conta com recursos da Prefeitura, Caixa Econômica Federal e Fundo Municipal de Saneamento Ambiental e Infraestrutura, serão investidos 130 milhões valor que inclui as obras do conjunto habitacional Mata Virgem, em execução (leia texto ao lado). A entrega está prevista para maio de As obras vão beneficiar famílias. Foram construídos uma parte do parque linear, com píer e passarela, e um campo de futebol. Além disso, foram feitas a pavimentação de 63 mil m² de vias, redes de água, esgoto e drenagem. O projeto do arquiteto Marcos Boldarini é reconhecido internacionalmente. Ele já foi apresentado em três bienais: Roterdã, Veneza e Quito. O importante foi fazer um projeto de urbanização com componentes ambientais e intervir no território, resolvendo os problemas de risco, descreve Boldarini. Prédios do Jardim Eldorado/Mata Virgem entram em fase de acabamento As obras no futuro conjunto habitacional da área Jardim Eldorado/Mata Virgem, na Cidade Ademar (Zona Sul), chegaram à metade. O projeto, que prevê 407 unidades habitacionais distribuídas em seis prédios, está orçado em 39 milhões e vai abrigar moradores que viviam em áreas de risco do Cantinho do Céu. A conclusão está prevista para o mês de dezembro. Dos seis prédios, três já estão passando por acabamento interno e externo. A outra metade está em diferentes fases um precisa ter a conclusão do revestimento externo, outro está tendo a cobertura metálica instalada e o terceiro está em fase de concretagem da laje do último pavimento. Renova SP AGOSTO

13 NORTE Jardim Guarani recebe mais 12 unidades habitacionais A obra toda beneficiará 108 famílias a um investimento de 22 milhões MANANCIAIS Sehab inaugura parque linear na Chácara do Conde II O parque linear da Chácara do Conde II foi concluído no mês passado. A intervenção é parte de um projeto que ainda prevê a construção de 84 unidades habitacionais. Localizada na margem esquerda da Represa Billings, na Zona Sul, a comunidade também ganhou a urbanização do entorno. A conclusão total do projeto está prevista para fevereiro de 2012, e cerca de 520 famílias serão beneficiadas. O investimento será de 54 milhões, com recursos vindos da Prefeitura, da Caixa Econômica Federal e do Fundo Municipal de Saneamento Ambiental e Infraestrutura. RAIO-X Famílias 520 beneficiadas 2/ milhões Entrega Valor da Obra Até setembro, Jardim Guarani terá 108 moradias Mais 12 famílias foram contempladas com a entrega dos dois novos blocos de casas sobrepostas no Jardim Guarani, na Zona Norte. Ao todo, o condomínio vai abrigar 48 famílias sendo que 36 delas vivem no local desde agosto do ano passado. O projeto prevê 108 casas divididas em blocos de três a nove unidades habitacionais (UHs). A previsão é de que todas as obras sejam concluídas até setembro, com investimento de 22 milhões. Cada casa tem 42 m² com sala, cozinha, dois quartos e banheiro. Porém, seis unidades de um dos blocos contam com três quartos e área de 45m². Essas UHs foram construídas depois de uma pesquisa ter identificado que apenas seis famílias são mais numerosas, tendo de seis a oito pessoas. A área tem topografia difícil e é muito próxima do córrego muitos terrenos ali não comportavam prédios. Daí a solução de fazer casas sobrepostas, afirma o arquiteto responsável pelo projeto, Marcos Boldarini. Pertinho dali, na Boa Esperança, há um projeto de paisagismo, que deve ser entregue até dezembro, onde os moradores poderão optar pela construção de uma quadra de esportes ou um playground. CRISTIANA VIEIRA NORTE Começa a fundação no Lidiane/ Sampaio Côrrea As obras de urbanização da favela Lidiane/Sampaio Côrrea, na Casa Verde (Zona Norte), estão com novidades. No mês passado, começou a fundação do primeiro prédio de cinco andares da comunidade. Até junho, 227 famílias já haviam se mudado do local elas vão receber Aluguel Social até as moradias definitivas ficarem prontas. O projeto prevê a construção de três torres e 241 unidades habitacionais ao valor de aproximadamente 34 milhões. As obras serão entregues em setembro de Bem perto dali, o conjunto habitacional Lidiane/Vila Nova que está sendo reformado pela Prefeitura por meio do Programa 3 Rs (Regularização, Recuperação dos Créditos e Revitalização dos Empreendimentos) deve ter as obras concluídas em setembro. Com 260 apartamentos, o empreendimento é colado à favela Sampaio Côrrea. As melhorias vão beneficiar cerca de moradores e custarão 780 mil. FOTO: Newton Santos Renova SP AGOSTO

14 EMPREGO & FINANÇAS TRABALHO Elas botam a mão na massa Letícia vai prestar vestibular para engenharia civil Com o mercado aquecido, mulheres ocupam vagas no setor da construção civil e enfrentam o preconceito na profissão Cada vez mais as mulheres ocupam cargos em profissões que até então eram exclusivas dos homens, se é que trabalho deve ser distinguido por sexo. A bola da vez é a invasão feminina nos canteiros de obra, nem que estes sejam ali no quintal das suas casas. São pedreiras, pintoras, instaladoras de sistemas elétricos e hidráulicos que representam uma nova geração de profissionais e já respondem por números significativos nas estatísticas. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego apontam que o volume de empregados na construção civil foi de em 2010 sendo mulheres. Com o aquecimento do setor, a oportunidade para a ala feminina fica cada vez maior. Segundo o presidente do site de vagas de emprego Trabalhando.com e especialista em carreiras e mercado de trabalho, Renato Grinberg, a profissão não era atrativa para elas pelo fato de terem de lidar com pessoas machistas e mão de obra desqualificada. Mas esse quadro está mudando. Meninas como a jovem Letícia Esquaella, de 16 anos, sonham com o diploma de Engenharia Civil. Aluna do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Letícia deixou de prestar o vestibular para arquitetura e optou por engenharia civil. A área de trabalho é ampla e temos de aproveitar para quebrar preconceitos, comenta a garota. Há também as mulheres que buscam por cursos de formação continuada, aqueles mais rápidos e que ensinam tarefas específicas como colocação de janelas e instalação hidráulica. Eu não sabia nem trocar lâmpada, brinca a cabeleireira Solange de Oliveira, de 49 anos, que aprendeu a assentar pisos e azulejos, tem noção de elétrica e hidráulica e acabou de se inscrever em um curso de pintura de paredes. Para os empregadores, ter uma mulher no canteiro de obras tem lá suas vantagens: elas são detalhistas e mais cuidadosas com o material (o que evita desperdício), além de terem mais delicadeza no trato com a equipe. Em vez de um homem delegar com jeito ditatorial, a mulher tem mais cuidado para conversar, e dificilmente os trabalhadores se negam a atender seu pedido, observa Grinberg. Para elas, agora, resta apenas preparar a lista de cantadas e esperar os bonitões passarem na frente da obra. CRISTIANA VIEIRA E FABIANO MELATO OS ESTADOS QUE MAIS EMPREGAM MULHERES NA CONSTRUÇÃO CIVIL São Paulo (total ) Minas Gerais (total ) Rio de Janeiro (total ) Bahia (total ) Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego SALÁRIOS Babá Cabeleireiras Costureiras Doméstica Garçonete Manicure Pedreiro Vendedora 600,00 926,50 817,90 600,00 610,92 630, ,80 710,00 Fonte: sindicatos das respectivas categorias FOTOS: Lucas Lima Renova SP AGOSTO

15 Diploma em vez da força masculina A principal porta de entrada das mulheres na construção civil é o curso de Edificações. Desde 2008, o diretor da Escola Orlando Laviero Ferraiuolo, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Abílio Weber, observa o crescimento do interesse feminino nesses cursos. Onde não há necessidade da força bruta masculina, elas estão presentes, diz. Edite Bernardo de Araújo, de 24 anos, é uma das que usam a cabeça no lugar da força. Ela é gerente de obras em São Paulo. Sempre quis trabalhar com construção, conta a carioca que se formou técnica em Edificações no Senai. Provavelmente por pouco tempo, já que seu plano é tornar-se engenheira. Para as mais apressadinhas, há cursos como os do Doutores da Construção, que oferecem treinamentos gratuitos. As aulas duram em média um mês e são ministradas em depósitos de construção. Trabalhamos nessas lojas porque é lá que o profissional está, explica a gerente geral da empresa, Katia Matias. São 120 centros de treinamento espalhados por 240 lojas em todo o Brasil. Casada e mãe de dois rapazes de 16 e 17 anos, Maria Dias Rocha, de 45, teve dificuldade de encontrar mão de obra para construir sua casa e decidiu fazer um curso rápido. Enquanto os pedreiros subiam as paredes, ela aprendeu a pintar, assentar azulejos e ficou mais segura para dar orientações nos serviços mais pesados. Economizei 30% em material só por acompanhar a obra, pois evitava o desperdício, orgulha-se. Ela gostou tanto dessa vida, que hoje colabora com as obras na igreja, no posto de saúde e no centro comunitário do bairro em que vive, na cidade de Osasco. A convivência com os machões Pedreira: 660 Instalação Elétrica: 780 Instalação Hidráulica: 200 Pintura: 400 Edite estudou no Senai e hoje é gerente de obras No começo da carreira, a luta contra o desrespeito é diária. Até que elas começam a ser levadas a sério. A ex-jogadora do clube de futebol Tigres do Brasil, Larissa Florins de Oliveira, de 22 anos, decidiu fazer um curso de carpinteiro para ocupar suas tardes. Largou o futebol, que lhe rendia 100 mensais, e hoje trabalha na obra de um condomínio residencial. É encarregada de ajudante e conferente de material, convivendo diariamente com cerca de 80 homens. Seu primeiro desafio foi aprender a se defender dentro de um universo até então dominado por homens. No primeiro dia fiquei envergonhada. Ouvia comentários de que lugar de mulher é no fogão e alguns até xingavam. Mas em pouco tempo começaram a me ajudar e a dar dicas de como usar o martelo sem machucar o dedo, colocar o prumo, o sarrafo, lembra. Hoje, a sua renda subiu para OS 10 CURSOS MAIS PROCURADOS PELAS MULHERES 10% Textura e efeitos especiais 6,5% Tinturas para paredes, madeiras e metais 5,5% Soluções em água quente 4% Sistema de esgoto 3,5% Dispositivos de proteção 3,5% Sistema de aterramento 3% Técnicas de revestimento cerâmico 3% Sistema de descarga 3% Execução de fundações e alicerces Fonte: Doutores da Construção CURSOS SENAI* (VALORES MENSAIS) SERVIÇO: Doutores da Construção: Projeto Mão na Massa: Senai: , *Os cursos têm duração média de quatro meses. A escola fornece o material, mas o aluno tem de comprar o equipamento de segurança individual FOTO: Lucas Lima Renova SP AGOSTO

16 CONTAS EM DIA Planejamento é o melhor caminho para fugir das dívidas O caderno tem planilhas, listas, contas e avisos. Às 5 da manhã, é comum ver a diarista Maria Helena dos Santos Lopes, de 53 anos, debruçada sobre ele, caneta numa mão e calculadora na outra. Aqui eu anoto todos os gastos da família, dia a dia, para não estourar o nosso limite. Também faço o orçamento mensal da casa, conta ela, que mora com o marido e três dos cinco filhos na Vila Albertina, Tremembé (Zona Norte). No passado, Helena recebia o dinheiro, gastava e acabou. O roteiro começou a mudar depois que participou de palestras sobre orçamento doméstico ministrados por equipes sociais da Secretaria Municipal da Habitação (Sehab). Animada porque conseguiu abrir e alimentar uma caderneta de poupança, ela fez outro curso sobre Planejamento e Economia Doméstica no Secovi-SP (Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo). Aprendi a pôr a caneta no papel e fazer uma previsão do mês. Minha mãe já dizia: A gente tem de colocar o pé onde o nosso pé alcança. Segundo a coordenadora do trabalho social da Regional Sudeste (Habi-Sudeste) da Sehab, Sueli Pace Girardi, a maior dificuldade da população é aprender a planejar o orçamento. Queremos dar condições para os moradores organizarem suas finanças, diz. Além de palestras nas comunidades, a Sehab produziu e distribuiu guias educativos sobre o tema. Com gastos mais enxutos, é possível poupar e investir dinheiro, qualquer que seja a sua faixa salarial, afirma o consultor financeiro Marcos Silvestre, da rádio BandNews FM. É com pouco que se começa. Uma família que desperdiça um pãozinho a cada manhã joga fora 0,25 por dia ou 7,50 por mês, ou 90 por ano. Dá para fazer um belo churrasco de picanha, ilustra ele (veja mais dicas na página ao lado). Seguindo os ensinamentos, a família de Helena consegue economizar dinheiro que é devidamente aplicado na poupança. Eu esqueço o dinheiro que guardo lá para usar numa emergência, diz ela, que vai ao mercado em dias de promoções, controla o tempo de banho dos filhos, paga sempre a fatura total do cartão de crédito, faz prestação só no mercado no máximo, em três vezes e já planeja o próximo gasto considerado extra : duas calças novas para o caçula enfrentar o inverno sem passar frio. DÉBORA YURI FOTO: Lucas Lima Tome cuidado com as compras parceladas no cartão de crédito Engorde o seu porquinho O consultor financeiro Marcos Silvestre, apresentador do programa Na Ponta do Lápis, da rádio BandNews FM, dá dicas para organizar as finanças pessoais. COMO ECONOMIZAR Não abuse de um determinado gasto só porque ele, aparentemente, é de baixo valor unitário. Se a frequência do gasto no mês for intensa, ele pesará no orçamento. Pesquise sempre o menor preço à vista do produto, já que esse é o seu verdadeiro preço. Pagar tudo à vista e com um bom desconto é um dos segredos para economizar. ALTERNATIVA ÀS PARCELAS Parcelar no cheque, cartão de crédito ou boleto do crediário é um jeito de adquirir o produto antes, para pagar parcelado depois. É tentador, mas a carga de juros embutidos aumenta o valor do produto. O mais recomendável é poupar um pouco todos os meses para comprar à vista. COMO EVITAR AS DÍVIDAS Cuidado com o poder de sedução da modalidade de crédito. As dívidas muito fáceis aquelas que você não precisa pedir autorização a ninguém, como cheque especial e crédito rotativo do cartão são as mais perigosas. Caso vá parcelar uma compra, pense no valor da parcela mensal e no seu peso no orçamento familiar. Qualquer parcela que ultrapasse 5% da renda familiar mensal deve ser, sempre que possível, evitada. Helena consegue poupar dinheiro com planejamento ARTE: André Bunduki Renova SP AGOSTO

17 TABELA DE CONTROLE ORÇAMENTÁRIO MORADIA DESPESAS Aluguel Condomínio Prestação da casa Conta de luz Conta de água Gás Impostos Telefone celular Telefone residencial Consertos/manutenção Outros PREVISTO GASTO REAL ALIMENTAÇÃO Supermercado Feira/sacolão Outros TRANSPORTE Prestação do carro Seguro Combustível Estacionamento Impostos Ônibus/trem/metrô Outros SAÚDE Planos de saúde Médicos/dentistas Farmácia Outros EDUCAÇÃO Mensalidades escolares Cursos extras - idiomas/computação Vestuário Outros LAZER / INFORMAÇÃO Academia Jornais/revistas TV por assinatura Internet Programas culturais Outros RESERVAS Impostos Viagem Outros ARTE: André Bunduki CORTE AQUI DESPESA TOTAL: : : Fonte: Regional Sudeste (Habi-Sudeste) da Sehab

18 FOTO: Carolina Ribeiro / Divulgação MORAR Banheiro feito com cimento queimado Com qual piso eu vou? Para muita gente a fim de começar vida nova numa casa ou apartamento, o piso é o X da questão. Hoje, ele não precisa seguir a fórmula batida do ruim e barato. A seguir, os arquitetos Fuad Murad, especialista em intervenções domésticas de custo baixo, e Thaís Aquino, sócia do DT Estúdio, nos Jardins, dão dicas alternativas para áreas com cerca de 50 m². TIPO DE PISO Cimento queimado é a melhor opção: além de ser barato, resistente e de fácil manutenção, deixa o ambiente bonito. O aspecto final é de um piso sem rejuntes isso dá a sensação de que o ambiente é maior. Mistura de cimento, areia e água, o cimento queimado também pode ganhar cor. Basta adicionar corante em pó. Esse tipo de piso é muito alternativo e moderno. Você pode fazê-lo com pó ocre, verde, que dá uma mistura legal, diz Fuad Murad. É preciso colocar juntas de dilatação de plástico, madeira, pedra ou metal a cada dois metros, para evitar trincas, lembra Thaís Aquino. O próprio morador pode fazer a instalação, o que deixa a obra mais barata. Outra dica é usar piso laminado. O metro colocado custa cerca de 45 e não é preciso gastar dinheiro com cimento. Porcelanato deixou de ser artigo de luxo. Muitos fabricantes hoje oferecem preços acessíveis, e as peças menores já não custam tanto os cortes especiais e maiores é que são salgados. Bons tamanhos: de 30 cm x 30 cm a 60 cm x 60 cm. PODE MISTURAR? Em casas ou apartamentos de cerca de 50 m2, coloque um só tipo de piso na sala e nos quartos. Fazer o piso contínuo dá a impressão de amplitude ao ambiente, diz Thaís. E é mais fácil negociar o preço do piso comprando maiores quantidades. Jamais misture dois pisos finos. A casa vai ficar parecendo um show room, critica Fuad. DESENHADO OU NÃO? Prefira pisos lisos, clean (limpos), sem desenhos, porque os decorados poluem muito o ambiente e impedem o uso de um tapete ou um sofá mais colorido. CORES Use pisos claros, para ampliar o ambiente. Em área pequena, pisos escuros a diminuem ainda mais. Evite as cores muito chamativas. Nunca use piso totalmente branco. Escolha tons acinzentados, de creme ou bege Renova SP AGOSTO

19 SELO DE QUALIDADE O piso deve ter PEI (grau de resistência) de, no mínimo, 4. O melhor é o 5, mas é mais caro. Para Fuad, comprar o 3 é exemplo de economia burra. Ele começa a lascar em um mês. Sempre pergunte: Qual o PEI desse piso?. ONDE COMPRAR C&C Casa & Construção Promoções permanentes sempre rolam nas maiores filiais, como a da Marginal Tietê. Marginal Tietê, 7.207, Barra Funda, e mais 13 endereços. Tel COMO ECONOMIZAR Percorra depósitos de bairro e procure promoções. Faça a compra junto de conhecidos. Quanto maior a área de piso comprada, maior a chance de negociar descontos com sucesso. Usar peças menores de porcelanato é uma boa ideia. Se uma delas quebra, você perde uma área pequena. Além disso, em ambientes molhados, como banheiro, cozinha e varanda, você precisa fazer o caimento uma leve inclinação, para a água não ficar parada no piso. Com peças menores, isso é mais fácil, explica Thaís. E OS AZULEJOS? Hoje em dia, não há nenhum problema em fazer só meia parede de azulejos, conta Fuad, que recomenda não misturar azulejos desenhados com parede pintada de cor mais forte. Nesse caso, escolha um tom claro para a pintura: de areia, gelo ou, no máximo, mel (amarelo mais claro). Misturar azulejos com uma parede colorida pintada é bacana, continua o arquiteto. Na cozinha, dá para fazer algo mais descontraído. Se o azulejo for claro, você pode usar cores fortes na parede: laranja, vermelho, ocre. Nunca pinte as quatro paredes de uma cor forte você vai se sentir dentro de uma caixa de presente. DÉBORA YURI Cemitério dos Azulejos Os azulejos antigos e raros são caros, mas a rede também vende porcelanato, pisos, pastilhas e ladrilhos velhos bem em conta. Av. Santo Amaro, 1.845, Moema. Tel Joli Boa rede para garimpar produtos a preços baixos, de revestimentos a porcelanatos. Av. Morvan Dias de Figueiredo, 897, Vila Maria, e mais 5 endereços. Tel Leroy Merlin Vende diversos tipos de pisos a preços camaradas. Av. Pres. Castelo Branco, 6.061, Marginal Tietê, e mais 5 endereços. Tel Telhanorte Costuma ter saldões nos estacionamentos e fazer promoções. R. Comendador Gil Pinheiro, 463, Aricanduva, e mais 10 endereços. Tel Piso Extra Rocha Grês, estilo liso. 6,90 o m² Porcelanato Tebas White, Buschinelli. 13,90 o m 2 Porcelanato Arena Bege, Buschinelli. 13,90 o m 2 Porcelanato Tebas Bege, Buschinelli. 13,90 o m 2 Porcelanato Venato Natural White, da Portinari. 22,90 o m 2 Revestimento Bali Snow, Incepa. 17,90 o m 2 Piso Dakota Bege, Buschinelli. 8,78 o m 2 Piso Alabama White, Buschinelli. 13,90 o m 2 Porcelanato Rossini Snow, Eliane. 20,90 o m 2 Preços pesquisados na semana de 18 de julho FOTOS: Divulgação 8 9 AGRADECIMENTOS: DT Estúdio. Tel Fuad Murad. duo@uol.com.br 9 Renova SP AGOSTO

20 Cantinho do computador FOTO: Fernanda Porto Convidadas pela Renova SP, a arquiteta Legiane Borba e a designer de interiores Lenice Cinti arrumaram um lugarzinho bacana para o PC de dois apartamentos no conjunto Lidiane Se ele não fica espremido num dos quartos, é jogado no meio da sala, atravancando todo o espaço. O computador virou item essencial para as famílias, mas onde acomodá-lo numa casa ou apartamento de 50 m²? A arquiteta Legiani de Melo Borba e a designer de interiores Lenice Cinti, do escritório LL&S Arquitetura, toparam o desafio da Renova SP e criaram dois novos cantinhos do computador um para Danila da Silva, de 20 anos, e outro para os irmãos Edielton de Oliveira, de 23 anos, e Elian de Oliveira, de 21 anos. Danila vive com a mãe e o irmão mais velho no conjunto habitacional Lidiane, na Casa Verde (Zona Norte), que está sendo revitalizado pela Prefeitura. Seu computador ficava na sala, junto da mesa de jantar, dois sofás, rack e videogame. Não tenho privacidade. Meu irmão fica jogando o tempo todo, minha mãe recebe visitas e vê TV. Meu sonho é levar o micro para o quarto, pediu ela. Também moradores do Lidiane, os irmãos Oliveira já tinham um cantinho para computador e laptop no quarto que dividem, mas queriam remodelar o ambiente. Legiani e Lenice visitaram os dois apartamentos, pesquisaram preços e projetaram os novos quartos. Com verba cedida pela revista 500 para cada intervenção, compraram móveis e objetos de decoração, contrataram mão de obra e finalizaram as reformas que você vê a seguir. DÉBORA YURI Legiani e Lenice criaram dois cantinhos para o computador no conjunto habitacional Lidiane AGRADECIMENTO: LL&S Arquitetura. R. dos Campineiros, 392, Mooca. Tels e Renova SP AGOSTO