Peste Suína Clássica. Características da Infecção Aspectos Epidemiológicos - Epizootiologia Diagnóstico Laboratorial
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- Gilberto Malheiro Paiva
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1 Peste Suína Clássica Características da Infecção Aspectos Epidemiológicos - Epizootiologia Diagnóstico Laboratorial
2 Peste Suína Clássica - PSC Característica geral: Virose hemorrágica infecto-contagiosa Febre alta, lesões hemorrágicas na pele, convulsões. Hiper aguda, aguda, crônica e de estabelecimento tardio Comprometimento: Sistema imune: inato e adaptativo Órgãos linfóides Sistemas circulatório e linfático Imunossupressão Afeta todo o organismo
3 PSC - Sinonímia: Classical Swine Fever - CSF Hog cholera, Peste Porcine Classique, Fiebre Porcina, Virusschweinepest 1ª descrição: 1830, Tennessee, USA Inglaterra, 1860 Vírus identificado em 1904
4 Importância Econômica Principal causa de perdas econômicas para indústria suinícola e para produtores de suínos. Interdição comercial Organização Mundial para a Saúde Animal OIE (l'office International des Épizooties) Código Zoossanitário Internacional - CZI Lista A da OIE doença notificável
5 CZI: Regulamenta o mercado internacional Proibir o comércio com países onde a PSC não está controlada Importação e trânsito de suínos em seus territórios Entrada de produtos de suíno (direta ou indiretamente) PSC = grandes prejuízos
6 PSC: Prejuízos Diretos: mortalidade e redução da produtividade. Mortalidade de animais em todos os grupos de idade. Desordens reprodutivas Restrições de mercado potenciais; condenação dos produtos de suínos. Restrição da movimentação e comércio Indiretos: medicamentos, trabalho, desinfecção do estabelecimento, o sacrifício de matrizes
7 Vírus da Peste Suína Clássica Classical swine fever virus
8 Vírus da Peste Suína Clássica - VPSC Flaviviridae Flavivirus, Hepacivirus Pestivirus Pestivirus VPSC (só suídeos) BVDV (bovinos) BVD (ovelhas) Um sorotipo Muitas cepas Virulência variada Freitas et al 2001.
9 VPSC Estrutura Composição Genoma
10 VPSC: partícula viral - Vírion Envelope lipoproteico, projeções de glicoproteínas Icosaedro Regular (esférico) Diâmetro: ~60nm
11 Vírion: composição Envelope -Membrana lipoprotéica oriunda da célula hospedeira Glicoproteínas antigênicas Nucleocapsídeo Genoma RNA
12 Glicoproteínas do envelope Propriedades antigênicas Três glicoproteínas E rns, E1, E2 Heterodímeros E1-E2 Homodímeros E2-E2 Anticorpos neutralizantes: E RNS e E2 E2: maior imunogenicidade
13 Glicoproteína E2: estrutura antigênica Modelo Gp Quimérica em Baculovirus Epítetos de neutralização: A B/C Receptores: CD46 (50kd) Heparan sulfato
14 Ciclo viral intracelular
15 Infecção celular: fusão
16 Genoma RNA RNA Fita única, Linear, Senso Positivo Flanqueado nas posições 5 e 3 por regiões NTR. Único ORF (open reading frame) Codifica 3898 aminoácidos
17 Estrutura genômica RNA mensageiro - Infeccioso Clivagens e amadurecimento proteases virais e celulares para produzir as proteínas virais
18 VPSC: replicação citoplasmática Freitas et al. 2001/2006
19 Estabilidade no meio ambiente Vírus envelopado apresenta estabilidade e resistência moderada ao meio ambiente natural: dois a três dias. Sobrevive bem em temperaturas frias principalmente em meio de cultura, tecidos (sangue) ou carne: Carne refrigerada (meses) Carne congelada (anos) Carnes processadas: curadas (salgadas) e defumadas
20 Tratamentos físico-químicos Resistência aos tratamentos físico-químicos depende do estado físico do material que o contém Calor Sobrenadante de cultivo celular: 60 a 56 o C Sangue desfibrinado: > 10 a 64 o C Potencial hidrogeniônico ph: 4-10: virion estável. ph <3.0 ou ph >11.0: virion desnatura e inativa: Virion com envelopado lipoproteico, é susceptível a: Solventes e/ou detergentes: éter, clorofórmio, colatos, Nonidet p40 e a ß-propiolactona 0.4%. Enzimas: tripsinas e fosfolipase C.
21 Inativação do vírus: Desinfetantes Cresol, Hidróxido de sódio (2%), Formalina (1%), Carbonato de sódio (4% anidro) Detergentes iônicos e não-iônicos, Iodofor forte (1%) em ácido fosfórico
22 Dispersão e transmissão viral Aspectos gerais
23 Hospedeiros e cepa infectante Suídeos são os únicos hospedeiros naturais Eliminação do vírus: todo curso da doença. Contato direto ou indireto Secreções oro-nasais lacrimais Excreções: urina e fezes Cepa infectante Alta virulência: maior eficiência cursos de 10 a 20 dias Baixa virulência: menor eficiência (anticorpos) intermitente. Crônica: contínua e intermitente
24 PSC: suídeos Família: Suidea (suis scrofa) Porcos Domésticos: todas as raças - todas as idades Javalis Porcos Asselvajados: Porco Monteiro, Javaporco, Javonteiro Mortalidade: zero a 100%: cepa viral e susceptibilidade animal
25 Transmissão: direta e indireta Contato Direto principal via de disseminação entre os suínos. Contato Indireto Contaminação do Meio Ambiente: equipamentos de manejo, roupas, agulhas manutenção do lixo, camas e excretas Utilização de restos de alimentos (lavagem) Utilização de produtos oriundos de suínos (salgados, congelados, refrigerados) Veiculação mecânica Animais domésticos, aves, ratos, artrópodes
26 Estabelecimento da Infecção: Vitalidade: Saúde, Imunidade, idade Virulência de cepa infectante Condições ambientais, estresse, etc
27 PSC: mecanismo da infecção viral Imunopatogênese, virulência e sinais clínicos da PSC
28 Patogênese viral: infecção oro - nasal Células epiteliais das amídalas 7 horas PI Vasos linfáticos Ampla Viremia Linfonodos Cervicais Replicação em leucócitos Viremia Baço Vasos sangüíneos eferentes Sistema Mononuclear Fagocitário 16 horas PI
29 Modelo de imunopatogênese: Sistema imune Inato: infecção de células apresentadoras de antígenos VPSC é monocitotrópico infecta Células dendríticas convencionais (cdc) Células dendríticas plasmocitóides (pdc) Células Dendríticas convencionais Proteína não estrutural viral (N pro ) antagoniza a via de indução Interferon Tipo-1 (IFN) Degradação proteosomal do Fator Regulatório do Interferon (IRF - 3)
30 Modelo de imuno - patogênese: Células dendríticas plasmocitóides Induz a produção do IFN alfa (IFN-α) N pro não interfere com fator IRF7 Exagerada resposta pcd: IFN-α, Fator de Necrose Tumoral (TNF) e outras citocinas Sistema imune adaptativo Interfere na adesão de células endoteliais- rompimento Imunopatológico choque e morte
31 Modelo Patogênese
32 Imunopatologia geral Baço Medula óssea Linfonodos Viscerais Sangue periférico Fígado Cérebro Outros órgãos Necrose do endotélio dos vasos sanguíneos Linfopenia Trombocitopenia Imunodepressão Hemorragia
33 PSC: virulência e formas clínicas Virulência Alta Mortalidade Moderada Mortalidade Baixa (Crônica, Congênita/ Persistente) Mortalidade Forma clínica Per aguda e Aguda ~100% Sub aguda Reduzida Casos assintomáticos / Poucos animais afetados. PSC sempre letal.
34 PSC: curso da doença pós-natal VPSC Transmissão horizontal Doença Aguda < 4 semanas MORTE Convalescença Doença Crônica > 4 semanas
35 PSC: Aguda Febre alta(>41 C) amontoamento Depressão, fraqueza, anorexia, Conjuntivite
36 PSC: Aguda Constipação - diarréia e vômito Hemorragias na pele - cianose Incoordenação, tremores, convulsões e morte
37 PSC: Crônica Sem hemorragias típicas. Febre intermitente, Dermatite difusa Enterite crônica, descoloração rósea do abdômen. Retardo no crescimento (período de recuperação parcial), Perda de peso e pelo. Sobrevivência: dois três meses seguido de morte Forma crônica: menos comum Grande importância epidemiológica: Eliminam vírus desde o estabelecimento da doença até a morte.
38 PSC: Crônica Dermatite difusa e enterite crônica
39 Ocorrência dos sinais clínicos após a infecção
40 PSC: infecção persistente Matrizes prenhes: infecção subclínica Transmissão: transplacentária. Infecção congênita Dependente do Período da gestação.
41 Infecção Congênita: persistência VPSC Barreira Placentária Período da gestação e a Virulência viral Início da gestação Até 90 dias Final da gestação Abortos Natimortos Malformações Fetos imunoincompetentes: imuno tolerância ao vírus Infecção persistente Animais imuno competentes Produção de Anticorpos
42 Infecção Persistente Fetos imuno - incompetentes: Imuno-tolerantes e persistentemente virêmicos. Disseminam vírus a leitegada e ao meio ambiente PSC late onset ou de estabelecimento tardio Somente os persistentemente infectados clinicamente normal, sobrevivem alguns meses e morrem da infecção.
43 PSC congênita
44 PSC: em javalis
45 Referências OIE. Manual of standard 2008 online Agronegócio Brasileiro: ciência, tecnologia e competitividade. CNPq Freitas, T.R.P Semina Ciências Agrárias- online. Classical Swine Fever CFSPH.Iowa state universityonline. CSF Deutchland. Community reference laboratory for classical swine fever.hannover. online.
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