Mecanismos da Patogenicidade Viral I
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- Otávio Paranhos Ximenes
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1 Mecanismos da Patogenicidade Viral I Profa. Dra. Mônica Santos de Freitas
2 Patogenicidade Viral Arquitetura do tecido e o sistema imunológico são obstáculos para a infecção viral. A diversidade viral introduz um meio de ultrapassar estes obstáculos. Eventos em séries Eventos estocásticos Sugestão de leitura: Nat. Immunol. 8., , 2007
3 Iniciando a infecção viral Vírus- precisa estar presente para iniciar a infecção; Suscetibilidade- As células precisam estar fisicamente acessíveis aos vírus (receptores virais); Permissividade- As células precisam conter componentes necessários para a replicação viral; O sistema de defesa do hospedeiro precisa estar ausente ou não efetivo durante a etapa inicial;
4 Mousepox exemplo de infecção seqüencial
5 Trato respiratório - Uma das principais rotas de entrada viral; - Aproximadamente, 300 alvéolos próximos a vasos e sistema linfáticos, com área de absorção de cerca de 140m2; - Humanos tem uma vazão de 6L de ar por minuto; - Inúmeras defesas que previnem infecção do trato respiratório;
6 Locais de entrada de vírus Locais de entrada de vírus respiratório
7 Formas de entradas do vírus
8 Locais de entrada de vírus pelo trato alimentar - rota comum de infecção; - local em que ocorre absorção, porém é um ambiente hostil; - Estômago é ácido, intestino é alcalino, existem enzimas digestivas, detergentes biliares, muco epitelial, o lumem do intestino tem anticorpos e células fagocitárias; O que precisam ter os vírus que infectam utilizando esta rota? resistentes a condições extremas de ph, proteases, e detergentes biliares Poliovírus- Infecta via rota oral-fecal O ambiente do trato alimentar pode facilitar a infecção para alguns vírus. No caso dos reovírus, as partículas são proteoliticamente convertidas na forma infecciosa; O que aconteceria com os vírus envelopados entrando por esta rota? Os coronavírus entéricos são exceção, mas não se sabe como eles conseguem suportar tais condições extremas.
9 Entrada dos vírus pelas células M intestinais Transcitose- células M ingerem e entregam antígenos para tecidos linfóides Rotavírus e coronavírus destroem células M, resultando em inflamação e diarréia. O vírus HIV pode entrar por via anal. As células M podem ser a rota de entrada desses vírus, facilitando o contato com células linfóides
10 Trato urogenital - Alguns vírus entram por esta rota por meio de atividade sexual; - O trato urogenital é bem protegido pela presença de mucos e baixo ph; - Alguns vírus promovem infecção local, tal como o papilomavírus; - Outros vírus espalham infectando outras células, tais como o vírus HIV, que infecta células do sistema imune, ou o Herpes simplex, que infecta neuronios senoriais e autonômicos;
11 Pele Epiderme- camada morta, com células queratinizadas que não viabilizam a infecção viral; Picada por insetos ou mordidas de animais. Agulhas; Derme é um tecido altamente vascularizado;
12 Olhos Rotas de entrada pela esclera e conjuntiva; Piscamos e jogamos fora a todo momento, inúmeros patógenos. Reduzida probabilidade de infecção; Infecção geralmente ocorre após machucado, tratamento oftalmológico, piscina; Infecção localizada. Conjutivite; Infecção generalizada. Enterovírus 70 (EV70) espalha para o SNC; HIV-1 pode infectar a córnea e se espalhar para a glia sensorial;
13 Uma pessoa contaminada pode: Uma gota de aerossol pode ter 100 milhões de rinovírus 1mL de sangue pode conter 100 milhões de vírus da hepatite B
14 Liberação de partículas virais Apical Apical Liberação apical das partículas virais. Geralmente o vírus não infecta células subjacentes; Liberação basolateral das partículas virais. Geralmente o vírus infecta células subjacentes. Facilidade para o espalhamento viral; O vírus Sendai tem liberação apical no trato respiratório, local de infecção. Mutantes que são liberados por ambas as rotas baso e apical, apresentam forte probabilidade de disseminação;
15 Disseminação hematogénea Vírus que causam infecção disseminada, geralmente caem na corrente sangüínea; Vírus podem cair na corrente sangüínea por meio da replicação na epiderme, ou por meio de picadas de mosquito; Uma vez no sangue, os vírus podem acessar vários tecidos; Os capilares linfáticos são mais permeáveis do que os sanguíneos;
16 Viremia - Viremia ativa é ocasionada pela replicação viral; - Viremia passiva é ocasionada pela introdução do vírus na corrente sangüínea sem replicação viral; - Viremia primária- vírus liberado no sangue após replicação inicial no local de entrada. - Viremia secundária- vírus produzido por uma infecção disseminada;
17 Neural Alguns vírus se espalham do ponto de entrada inicial entrando nos terminais neuronais; Para muitos vírus a infecção neural é característico da infecção. Como por exemplo o Hespes Vírus alfa;
18 Neural
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20 Infecção do SNC Vírus neurotrópicos- podem infectar o SNC. A infecção pode ocorrer via infecção neural, ou por infecção via corrente sangüínea. Vírus neuroinvasivo- podem infectar o SNC depois de uma infecção em um tecido periférico; Um vírus neurovirulento é aquele que pode causar infecção no tecido neural; HSV: pouco neuroinvasivo, mas muito neurovirulento Caxumba: altamente neuroinvasivo, pouco neurovirulento Raiva: altamente neuroinvasivo e altamente neurovirulento
21 Rota de entrada do Herpes vírus alfa
22 Infecção hepática
23 Vírus no SNC Vírus no sangue
24 Tropismo tecidual suscetibilidade- presença de receptores virais; permissividade- proteínas celulares que regulam a transcrição, por exemplo; Acessibilidade- prevenção física das células permissivas e suscetíveis; Defesa- física e inata nos sítios de replicação podem ser fraca, forte ou ausente;
25 Replicação do vírus da influenza no epitélio Células clara produzem triptase clara que cliva a proteína HA0, tornando o vírus ativo
26 Receptores virais
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29 Fatores que podem aumentar o tropismo Vírus da influenza podem apresentar inserção de aminoácidos básicos no sítio de clivagem da HA; Com isso proteases intracelulares podem clivar e liberar partículas infecciosas; O H5N1 isolado de algumas pessoas infectadas também apresenta similar substituições de aminoácidos no sítio de clivagem; Em 1918 o H1N1 não apresentou esta modificação;
30 Carreamento de infecção viral A população viral precisa sobreviver no hospedeiro; Favorável rota de transmissão viral; Pode ocorrer no sítio primario de infecção ou nos sítios de disseminação; Secreções respiratórias- Aerossol, tosse, espirro ( gotas contendo vírus), coriza, até mesmo o falar. A secreção nasal contamina mãos e tecidos; Fezes Sangue- mordida de vetores, trabalhadores na área da saúde; Urina (Hantavírus), Semen (HIV, Herpersvírus, HBV)
31 Transmissão de infecção viral A transmissão será dependente da suscetibilidade de um outro hospedeiro; a infecção pode alternar entre insetos e vertebrados, por exemplo. Muitos vírus humanos apresentam o homem como reservatório; Os vírus envelopados são frágeis, sensíveis a ph. Podem ser transmitidos vira aerosol ou secreções, transplante de órgãos, bem como injeção; Vírus não envelopados são resistentes a detergente, baixo ph e altas temperaturas. Podem ser transmitidos pela rota fecal-oral, respiratória,...
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33 Transmissão de infecção viral Transmissão vertical- transmissão entre parentes; Transmissão horizontal- todas as outras formas
34 Geografia e estações do ano Importantes fatores para a presença e disseminação viral; Facilidade de locomoção;
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