A r g avo v s o s Ep E i p de d m e i m ol o óg ó i g co c s CON O CEI E T I OS DOE O N E ÇA
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- Malu da Costa Jardim
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1 Agravos Epidemiológicos Parte - 01 PROFa. MSc. MARISE RAMOS CONCEITOS DOENÇA Desajustamento ou uma falha nos mecanismos de adaptação do organismo ou uma ausência de reação aos estímulos a cuja ação está exposto. O processo conduz a uma perturbação da estrutura ou da função de um órgão, ou de um sistema ou de todo o organismo ou de suas funções vitais. Jenicek e Cléroux,
2 Agente etiológico: é o agente causador ou responsável pela origem da doença transmissível. PROTOZOÁRIOS METAZOÁRIOS BACTÉRIAS VÍRUS FUNGOS HOSPEDEIRO Pessoa ou animal vivo, incluindo aves e os artrópodes, que, em circunstâncias naturais, permitem a subsistência ou alojamento de um agente infeccioso. INFECÇÃO É a entrada e desenvolvimento ou multiplicação de um agente infeccioso no organismo de uma pessoa ou animal. INAPARENTE = SUBCLÍNICA INFECÇÃO MANIFESTO = SINAIS E SINTOMAS 2
3 INFECTIVIDADE É a capacidade que têm certos organismos de penetrar e de se desenvolver ou de se multiplicar no hospedeiro ocasionando a infecção. PATOGENICIDADE É a qualidade que tem o agente infeccioso de, uma vez instalado no organismo do homem e de outros animais, produzindo sintomas em maior ou menos proporção dentre hospedeiros infectados. os VIRULÊNCIA É a capacidade do agente de produzir casos graves ou fatais. 3
4 DOSE INFECTANTE É a quantidade de agente etiológico necessária para iniciar uma infecção. PODER INVASIVO É a capacidade que tem o agente de se difundir através de tecidos, sistemas órgãos e anatomofisiológicos do hospedeiro. IMUNOGENICIDADE OU ANTIGENICIDADE É a capacidade que tem o agente para induzir hospedeiro. imunidade específica no 4
5 DOENÇA TRANSMISSÍVEL É qualquer doença causada por um agente infeccioso específico ou seus produtos tóxicos, que se manifestam pela transmissão deste agente ou de seus produtos de um reservatório a um hospedeiro susceptível, seja diretamente de uma pessoa ou animal infectado, ou indiretamente, por meio de um hospedeiro intermediário de natureza vegetal ou animal, de um vetor ou do meio ambiente inanimado. RESERVATÓRIO Qualquer ser humano, animal, artrópode, planta, solo ou matéria inanimada, onde HANSENIASE reservatório humano normalmente vive se Reservatório multiplica um agente extra- humano infeccioso e do qual depende, reproduzindo-se de maneira que possa ser transmitido a um hospedeiro suscetível. raiva tétano É uma pessoa (ou animal) infectado, que alberga um agente infeccioso específico de uma doença, sem apresentar sintomas clínicos e constituindo-se fonte potencial de infecção para o homem. PORTADOR 5
6 INCUBAÇÃO É o intervalo de tempo que decorre entre a exposição a um agente infeccioso e o aparecimento de sinais e sintomas doença respectiva. da P E R Í O D O TRANSMISSIBILIDADE Tempo durante o qual o agente pode ser transferido, direta ou indiretamente, uma de pessoa infectada a outra pessoa, de um animal infectado ao homem ou de um homem a um animal. M O D O S DIRETA -secreções, relações sexuais, lesões (doenças transmissíveis, sarampo, tuberculose) D E T R A N S M I S S Ã O HORIZONTAL VERTICAL INDIRETA - Mediante veículos de transmissão como: objetos ou materiais contaminados (gastrenterites). - Intermédio de um vetor (dengue) - Ocorre pelo ar (gripe) Ocorre durante o processo de reprodução, desenvolvimento fetal ou parto (mãe para filho) (AIDS, Sífilis). VETOR são seres vivos que veiculam o agente, do reservatório até o hospedeiro potencial. BIOLÓGICA: Quando é necessária a propagação, desenvolvimento cíclico ou uma combinação da forma infectante do agente para o homem. MECÂNICA: simples transporte mecânico do agente infeccioso por insetos que caminham ou voam, por contaminação de suas patas ou pela passagem através do trato gastrointestinal. 6
7 16/4/2010 CADEIA EPIDEMIOLÓGICA Respiratórias Geniturinárias Digestivas Pele Transplacentária RAIVA A raiva é uma zoonose viral, que se caracteriza como uma encefalite progressiva aguda e letal. Todos os mamíferos são suscetíveis ao vírus da raiva e, portanto, podem transmiti-la. RESERVATÓRIO 7
8 MODO DE TRANSMISSÃO A transmissão da raiva se dá pela penetração do vírus contido na saliva do animal infectado, principalmente pela mordedura e, mais raramente, pela arranhadura e lambedura de mucosas. PERÍODO DE INCUBAÇÃO É extremamente variável, desde dias até anos. No homem média de 45 dias, Em crianças, existe tendência para um período de incubação menor que no indivíduo adulto. No cão de 10 dias a 2 meses. O período de incubação está diretamente relacionado à: localização, extensão e profundidade da mordedura, arranhadura, lambedura ou contato com a saliva de animais infectados; distância entre o local do ferimento, o cérebro e troncos nervosos; concentração de partículas virais inoculadas e cepa viral. Período de transmissibilidade Nos cães e gatos, a eliminação de vírus pela saliva ocorre de 2 a 5 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos, persistindo durante toda a evolução da doença. A morte do animal acontece, em média, entre 5 a 7 dias após a apresentação dos sintomas. Em relação aos animais silvestres, há poucos estudos sobre o período de transmissibilidade, que pode variar de acordo com a espécie. 8
9 NOTIFICAÇÃO Todo caso humano suspeito de raiva é de notificação individual, compulsória e imediata aos níveis municipal, estadual e federal. Todo atendimento antirrábico deve ser notificado, independente do paciente ter indicação de receber vacina ou soro antirrábico. MEDIDAS DE CONTROLE Profilaxia pré-exposição. Esquema para profilaxia pós-exposição da raiva humana com vacina de cultivo celular. Esquemas de reexposição com uso de vacina de cultivo celular. Captura e extermínio de animais vadios. Vacinação dos animais domésticos. 9
10 INFLUENZA A influenza ou gripe é uma infecção viral aguda do sistema respiratório, de elevada transmissibilidade e distribuição global. 10
11 Vírus Influenza sazonal humana Influenza pandêmica aviária A(H5N1) Influenza pandêmica suínos A(H1N1)2009 Modo de transmissão Período de incubação Período de transmissibi lidade transmissão direta (pessoa a pessoa), por meio de pequenas gotículas de aerossol expelidas pelo indivíduo infectado. presentes nas fezes, sangue e secreções respiratórias das aves infectadas. Contaminação humana, ainda que rara, pode ocorrer por meio da inalação dessas secreções (inclusive durante a limpeza e a manutenção nos aviários ou criadouros, sem os cuidados necessários de proteção) ou durante o abate ou manuseio de aves infectadas. transmitida de pessoa a pessoa, por intermédio da tosse, espirros ou fala. A transmissão indireta também pode ocorrer ao tocar olhos, nariz e boca, após contato com superfícies contaminadas com o vírus. 1 a 4 dias. 2 a 8 dias. variar de 1 a 7 dias, sendo mais comum entre 1 a 4 dias. 2 dias antes do início dos sintomas, até 5 dias após o início dos sintomas. Até o presente momento não foi identificada transmissão interhumana do vírus da influenza aviária H5N1, fundamentada cientificamente. Para o adulto, o período pode variar de 1 dia antes até o 7 dia após o início dos sintomas. Menores de 12 anos, 1 dia antes até o 14 dia após o início dos sintomas. NOTIFICAÇÃO As autoridades locais de saúde deverão ser imediatamente notificadas, diante de qualquer suspeita, preferencialmente por telefone: caso suspeito de influenza por novo subtipo viral; surto ou agregado de casos ou óbitos de influenza humana; epizootias e/ou mortes de animais cuja suspeita seja influenza aviária de alta patogenicidade; resultados laboratoriais de casos individuais de influenza por novo subtipo viral e de amostras procedentes de investigação de surtos de influenza humana. 11
12 MEDIDAS DE CONTROLE VACINAÇÃO Higiene das mãos com água e sabão, depois de tossir ou espirrar, após usar o banheiro, antes das refeições, antes de tocar os olhos, boca e nariz; evitar tocar os olhos, nariz ou boca, após contato com superfícies; proteger com lenços (preferencialmente descartáveis a cada uso) a boca e nariz, ao tossir ou espirrar, para evitar disseminação de aerossóis; orientar para que o doente evite sair de casa enquanto estiver em período de transmissão da doença (até 5 dias após o início dos sintomas); evitar entrar em contato com outras pessoas suscetíveis. Caso não seja possível, usar máscaras cirúrgicas; evitar aglomerações e ambientes fechados (deve-se manter os ambientes ventilados); repouso, alimentação balanceada e ingestão de líquidos. SARAMPO E RUBÉOLA: doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmissível e extremamente contagiosa, muito comum na infância. SÍNDROME DA RUBÉOLA CONGÊNITA: complicação da infecção pelo vírus da rubéola durante a gestação, principalmente no primeiro trimestre, podendo comprometer o desenvolvimento do feto e causar aborto, morte fetal e anomalias congênitas. Vírus RUBÉOLA SARAMPO SÍNDROME DA RUBÉOLA CONGÊNITA Modo de transmissão Período de incubação Período de transmissibili dade Através de contato com as secreções nasofaríngeas de pessoas infectadas. A transmissão indireta, mesmo sendo pouco frequente, ocorre mediante contato com objetos contaminados com secreções nasofaringeanas, sangue e urina. Em geral, este período varia de 14 a 21 dias, durando em média 17 dias. A variação máxima observada é de 12 a 23 dias. Aproximadamente, de 5 a 7 dias antes do início do exantema e de 5 a 7 dias após. É transmitido diretamente de pessoa a pessoa, através das secreções nasofaríngeas, expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. contágio por dispersão de gotículas com partículas virais no ar, em ambientes fechados como, por exemplo: escolas, creches e clínicas. Geralmente de 10 dias (variando de 7 a 18 dias), desde a data da exposição até o aparecimento da febre, e cerca de 14 dias até o início do exantema. É de 4 a 6 dias antes do aparecimento do exantema, até 4 dias após. O período de maior transmissibilidade ocorre 2 dias antes e 2 dias após o início do exantema. A SRC é transmitida pela via transplacentária, após a viremia materna. RN com SRC podem excretar o vírus da rubéola nas secreções nasofaríngeas, sangue, urina e fezes por longos períodos. O vírus pode ser encontrado em 80% das crianças no 1 mês de vida, 62% do primeiro ao 4 mês, 33% do 5 ao 8 mês, 11% entre 9 e 12 meses, e apenas 3% no 2 ano de vida. 12
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