Profilaxia da Raiva Humana
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- Giulia de Sá Gomes
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1 GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E AMBIENTAL COORDENAÇÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DIVISÃO DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS E IMUNOPREVENÍVEIS GERÊNCIA DE DOENÇAS TRANSMITIDAS POR VETORES E ZOONOSES Profilaxia da Raiva Humana Gualberto Teixeira Santos Junior Secretaria de Estado de Saúde do Rio de janeiro Setembro, 2014
2 PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE Nos cães e gatos, a eliminação de vírus pela saliva ocorre de 2 a 5 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos, persistindo durante toda a evolução da doença. A morte do animal acontece, em média, entre 5 a 7 dias após a apresentação dos sintomas. OBSERVAÇÃO Em relação aos animais silvestres, há poucos estudos sobre o período de transmissibilidade, que pode variar de acordo com a espécie. Por exemplo, especificamente os quirópteros podem albergar o vírus por longo período, sem sintomatologia aparente.
3 HOSPEDEIROS Todos os mamíferos são suscetíveis ao vírus da raiva e, portanto, podem transmiti-la. Possui ampla gama de hospedeiros e pode infectar quase todos os mamíferos ATENÇÃO RISCOS NA TRANSMISSÃO Animais silvestres: morcegos, guaxinim, mico, sagui, macaco, gambá, quati; Risco elevado - patogenia pouco conhecida Animais domésticos - cães e gatos patogenia bem conhecida, vacinação! Animais de interesse econômico ou de produção bovinos, equinos, caprinos, ovinos, suínos; Animais de Baixo Risco ratazana, rato de telhado, camundongo, cobaia/porquinho da índia, hamster, coelho Não é indicado tratamento profilático.
4 INCUBAÇÃO É extremamente variável, desde dias até anos, com uma média de 45 dias, no homem, e de 10 dias a 2 meses no cão. Em crianças, existe tendência para um período de incubação menor que no indivíduo adulto. O período de incubação está diretamente relacionado à: localização, extensão e profundidade da mordedura, arranhadura, lambedura ou contato com a saliva de animais infectados; distância entre o local do ferimento, o cérebro e troncos nervosos; concentração de partículas virais inoculadas e cepa viral.
5 TRANSMISSÃO A transmissão da raiva se dá pela penetração do vírus contido na saliva do animal infectado, principalmente pela mordedura e, mais raramente, pela arranhadura e lambedura de mucosas. O vírus penetra no organismo, multiplica-se no ponto de inoculação, atinge o sistema nervoso periférico e, posteriormente, o sistema nervoso central. A partir daí, dissemina-se para vários órgãos e glândulas salivares, onde também se replica e é eliminado pela saliva das pessoas ou animais doentes. Relato de transmissão através de transplante de órgãos (córnea, fígado, rins, pâncreas, etc.). Possibilidade remota de transmissão sexual, respiratória, digestiva (em animais) e vertical também são relatadas.
6 Fonte SINAN/GDTVZ/SES-RJ - Atualizado em maio de 2014 e sujeito à revisão.
7 Atendimentos Antirrábicos Humanos por faixa etária Estado do Rio de Janeiro a ,0 3991,2 3500,0 3448,5 3000,0 2601,6 2500,0 2000,0 1500,0 2008,8 1512,7 1413,1 1391,2 1619,6 2012,3 2209,2 2248,2 1752,7 1000,0 500,0 0,0 Menor 1 ano 1 a 4 anos 5 a 9 anos 10 a 14 anos 15 a 19 anos 20 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos 60 a 69 anos 70 a 79 anos 80 anos e mais Fonte SINAN/GDTVZ/SES-RJ - Atualizado em maio de 2014 e sujeito à revisão.
8 Percentual de Atendimentos Antirrábicos Humanos Segundo Sexo dos Pacientes Estado do Rio de Janeiro a ,7% 51,3% Masculino Feminino Fonte SINAN/GDTVZ/SES-RJ - Atualizado em maio de 2014 e sujeito à revisão.
9 Atendimento Antirrábico Humano Segundo Espécie do Animal Agressor Estado do Rio de Janeiro a Fonte SINAN/GDTVZ/SES-RJ - Atualizado em maio de 2014 e sujeito à revisão.
10 Condição do Animal no Momento da Agressão Estado do Rio de Janeiro a ,3% 10,3% 7,8% 10,0% Sadio 71,5% Suspeito Raivoso Morto/Desaparecido Não classificados Fonte SINAN/GDTVZ/SES-RJ - Atualizado em maio de 2014 e sujeito à revisão.
11 Situação Segundo a Possibilidade de Observação do Animal Agressor Estado do Rio de Janeiro a 2014 Fonte SINAN/GDTVZ/SES-RJ - Atualizado em maio de 2014 e sujeito à revisão.
12 Característica do Ferimento Estado do Rio de Janeiro 2007 a Mordedura Arranhadura Lambedura Outro Contato Indireto Fonte SINAN/GDTVZ/SES-RJ - Atualizado em maio de 2014 e sujeito à revisão.
13 Localização do ferimento Estado do Rio de Janeiro 2007 a Fonte SINAN/GDTVZ/SES-RJ - Atualizado em maio de 2014 e sujeito à revisão.
14 Tipo de Ferimento Estado do Rio de janeiro a Profundo Único Múltiplo Superficial Dilacerante Fonte SINAN/GDTVZ/SES-RJ - Atualizado em maio de 2014 e sujeito à revisão.
15 Tratamento Indicado Estado do Rio de Janeiro 2007 a Fonte SINAN/GDTVZ/SES-RJ - Atualizado em maio de 2014 e sujeito à revisão.
16 Conduta Geral O contato indireto e aquele que ocorre por meio de objetos ou utensílios contaminados com secreções de animais suspeitos. Nesses casos, indica-se apenas lavar bem o local com água corrente e sabão. Em casos de lambedura da pele integra por animal suspeito, recomenda-se lavar o local com água e sabão. Não se recomenda a sutura do(s) ferimento(s). Quando for absolutamente necessário, aproximar as bordas com pontos isolados. Havendo necessidade de aproximar as bordas, o soro antirrábico, se indicado, devera ser infiltrado 1 hora antes da sutura. Proceder a profilaxia do tétano segundo o esquema preconizado (caso o paciente não seja vacinado ou esteja com o esquema vacinal incompleto) e usar antibióticos nos casos indicados, apos avaliação médica.
17 A aplicação da vacina é por via intramuscular profunda na região do músculo deltoide. O soro é administrado preferencialmente por infiltração no local da lesão ou via intramuscular profunda na região glútea.
18 Abandono de tratamento No esquema recomendado (dias 0, 3, 7, 14 e 28) as cinco doses devem ser administradas no período de 28 dias, a partir do início do tratamento; Quando o paciente faltar para a 2ª dose: aplicar no dia que comparecer e agendar a 3ª dose com intervalo mínimo de 2 dias; Quando o paciente faltar para a 3ª dose: aplicar no dia que comparecer e agendar 4ª dose com intervalo mínimo de 4 dias; Quando o paciente faltar para a 4ª dose: aplicar no dia que comparecer e agendar 5ª dose para 14 dias após.
19 Como agir diante de uma atendimento com acidente antirrábico? Atenção: A história vacinal do animal agressor NÃO constitui elemento suficiente para a dispensa da indicação do tratamento antirrábico humano!! Havendo interrupção do tratamento completar as doses da vacina prescritas anteriormente e não iniciar nova série!! Recomenda-se que o paciente evite esforços físicos excessivos e bebidas alcoólicas durante e logo após o tratamento!! Sempre que houver indicação tratar o paciente em qualquer momento INDEPENDENTEMENTE do tempo transcorrido entre a exposição e o acesso à unidade de saúde!!
20 Atenção: Indicada para pessoas expostas PERMANENTEMENTE!!!! Esquema 3 doses 0, 7 e 28 vias de administração: intramuscular profunda utilizando dose completa no músculo deltoide (não aplicar no glúteo) ou intradérmica 0,1 ml na inserção do músculo deltoide utilizando seringas de 1 ml e agulhas hipodérmicas curtas. Realizar controle sorológico a partir do 14 dia após última dose do esquema - satisfatório títulos de anticorpos 0,5 UI/mL. Resultado Insatisfatório: fazer uma dose de reforço e reavaliar. Resultado satisfatório: reforço anual e/ou sempre que os títulos forem inferiores ao acima citado.
21 Profilaxia Reexposição *Pelo menos duas doses de vacina de cultivo celular em dias alternados; Não considerar o esquema anterior se o paciente recebeu número menor de doses do referido nas notas anteriores. Em caso de reexposição, com historia de esquema anterior completo, não é necessário administrar o soro antirrábico (homologo ou heterólogo). No entanto, o soro poderá ser indicado se houver duvidas ou conforme a análise de cada caso, exceto nos pacientes imunodeprimidos, que devem receber, sistematicamente, soro e vacina. Para estes casos, recomenda-se que, ao final do esquema, seja realizada a avaliação sorológica apos o 14o dia da aplicação da ultima dose. Devem ser avaliados, individualmente, os pacientes que receberam muitas doses de vacina, como os que receberam o esquema completo de pós-vacinação e vários esquemas de reexposição.
22 Profilaxia no Atendimento Antirrábico Humano Pós Exposição Fonte: Normas Técnicas de Profilaxia da Raiva Humana, Ministério da Saúde, 2011.
23 Profilaxia no Atendimento Antirrábico Humano Pós Exposição Fonte: Normas Técnicas de Profilaxia da Raiva Humana, Ministério da Saúde, 2011.
24 Profilaxia no Atendimento Antirrábico Humano Pós Exposição Fonte: Normas Técnicas de Profilaxia da Raiva Humana, Ministério da Saúde, 2011.
25 Profilaxia no Atendimento Antirrábico Humano Pós Exposição Fonte: Normas Técnicas de Profilaxia da Raiva Humana, Ministério da Saúde, 2011.
26 REFERÊNCIAS:
27 Fonte: em 25/10/2013. OBRIGADO! GERÊNCIA DE DOENÇAS TRANSMITIDAS POR VETORES E ZOONOSES (GDTVZ) Vigilância Epidemiológica/ SES-RJ ADTVZ@SAUDE.RJ.GOV.BR TEL: (21) /3881/3744 Gerente: Dra. Cristina Giordano Equipe: Ângela Veltri (Enfermeira) Carlos Henrique (Médico) Jane Maia (Médica Veterinária) Lausanne Borges (Pedagoga) Maria Inês (Médica) Paula Almeida (Médica Veterinária) Solange Campos (Médica)
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