CURSO ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM P/ PREFEITURA DE JABOATÃO DOS GUARARAPES ANALISTA ENFERMEIRO EXCLUSIVO ESF AULA Nº 6 - ASSISTÊNCIA DE

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1 CURSO ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM P/ PREFEITURA DE JABOATÃO DOS GUARARAPES ANALISTA ENFERMEIRO EXCLUSIVO ESF AULA Nº 6 - ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS DOENÇAS INFECTO- CONTAGIOSAS Equipe Professor Rômulo Passos 2015 Página 1 de 68

2 Olá, futuro (a) concursado (a). Bem-vindo (a) a mais uma aula do nosso curso. Nessa aula, vamos tratar da Assistência de enfermagem nas doenças infecto-contagiosas. Como nosso compromisso é com a qualidade e direcionamento, comentaremos questões da AOCP e outras bancas com a mesma linha de confecção de questões.. Boa aula a todos! Profº. Rômulo Passos Profº. Dimas Silva Profª. Raiane Bezerra Página 2 de 68

3 1 - Febre Amarela A febre amarela é uma doença febril aguda, não contagiosa, de curta duração (no máximo 12 dias), que apresenta alta morbidade e letalidade. A infecção pelo vírus da febre amarela causa no homem desde formas leves com sintomatologia febril inespecífica até formas graves com icterícia, albuminúria, oligúria, manifestações hemorrágicas, delírio, obnubilação e choque. A febre amarela é causada por um arbovírus da família Flaviviridae, gênero Flavivirus. A transmissão da doença ocorre por meio da picada de mosquitos hematófagos infectados. Os mosquitos que participam da transmissão de febre amarela são, principalmente, aqueles da família Culicida e, dos gêneros Aedes, Haemagogus e Sabethes. Na transmissão urbana, o Aedes aegypti é o principal vetor. Atenção! Na transmissão urbana da febre amarela, o Aedes aegypti (o mesmo que transmite a dengue) é o principal vetor. Os mosquitos, além de serem transmissores, são os reservatórios do vírus, responsáveis pela manutenção da cadeia de transmissão, pois uma vez infectados permanecem transmitindo o vírus por toda a vida. O modo de transmissão ocorre a partir de mosquitos, fêmeas, que se infectam quando vão se alimentar de sangue de primata (macaco) ou do homem infectado com o vírus da febre amarela. Depois de infectado com o vírus, o mosquito pica uma pessoa saudável, não vacinada contra a febre amarela, e transmite a doença, sucessivamente durante todo seu período de vida. Não existe transmissão de uma pessoa para outra diretamente. Existem dois ciclos epidemiológicos distintos da febre amarela, um silvestre e outro urbano. Esse último não ocorre no Brasil desde Vejam a exemplificação desse ciclo na figura abaixo: Página 3 de 68

4 Figura 1- Ciclos da Febre Amarela (Fonte: Ministério da Saúde, 2009). Gravem isso: O ciclo epidemiológico urbano da febre amarela não ocorre no Brasil desde O ciclo de transmissão silvestre se processa entre o macaco infectado mosquito silvestre macaco sadio. Nesse ciclo, os primatas são os principais hospedeiros do vírus da febre amarela e o homem é considerado um hospedeiro acidental. No ciclo urbano a transmissão se faz entre o homem infectado Aedes aegypti homem sadio. Nesse ciclo, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica. Geralmente, é o homem que introduz o vírus numa área urbana após se infectar no ambiente silvestre. O principal vetor é o mosquito Aedes aegypti. O quadro clínico típico é caracterizado por manifestações de insuficiência hepática e renal, tendo em geral apresentação bifásica, com um período inicial prodrômico (infecção) e um toxêmico, que surge após uma aparente remissão e, em muitos casos, evolui para óbito em aproximadamente uma semana. O diagnóstico específico de cada paciente com suspeita de febre amarela é da maior importância para a vigilância epidemiológica, tanto em casos isolados quanto em situações de surtos. Os principais exames são os de isolamento viral no sangue, detecção de antígenos virais e/ou ácidos nucléicos virais, histopatológico e testes sorológicos. Não existe um tratamento específico no combate à febre amarela. Como os exames diagnósticos da febre amarela demoram em média até uma semana, o tratamento de apoio deve ser iniciado em caso de suspeita clínica dessa doença. O tratamento é apenas sintomático com cuidados a assistência ao paciente que, sob Página 4 de 68

5 hospitalização, deve permanecer em repouso, com reposição de líquidos e perdas sanguíneas quando indicado. Os pacientes que apresentam quadros clínicos clássicos e/ou fulminantes devem ter atendimento em Unidade de Terapia Intensiva, de modo que as complicações sejam controladas e o perigo da morte eliminado. A vigilância epidemiológica tem por objetivos manter erradicada a febre amarela urbana e controlar a forma silvestre. A febre amarela no Brasil apresenta uma ocorrência endêmica prioritariamente na região amazônica. No entanto, surtos da doença são registrados esporadicamente quando o vírus encontra um bolsão de susceptíveis. Na série histórica de 1982 a 2008 (semana epidemiológica 34), foram registrados 675 casos com 334 óbitos, apresentando uma taxa de letalidade de 49%. Essa doença tem potencial de disseminação e transmissão bastante elevado, por isso é importante que a notificação de casos suspeitos seja feita o mais brevemente possível. A febre amarela compõe a lista de doenças de notificação compulsória, classificada entre as doenças de notificação imediata. A notificação imediata é importante, pois é a oportunidade do serviço de saúde poder avaliar a situação e adotar as medidas de vigilância, prevenção e controle, oportunamente. A febre amarela também está entre os agravos que devem ser informados aos organismos de saúde publica internacional. A principal medida de prevenção e controle da febre amarela é a vacina. Produzida no Brasil desde 1937, pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio- Manguinhos. Tem sido usada amplamente no Brasil desde o início de sua produção, proporcionando a prevenção da doença, especialmente daqueles que vivem nas áreas de risco(detalharemos esse assunto em aula futura). O uso da vacina em campanhas e na rotina do calendário básico em grande parte do território brasileiro tem sido a opção mais eficiente para manter sob controle a febre amarela de transmissão silvestre. As atribuições comuns a todos os profissionais das equipes de Atenção Básica/Saúde da Família no controle da Febre Amarela são as seguintes: Participar do planejamento, gerenciamento e avaliação das ações desenvolvidas pela equipe de atenção básica no enfrentamento da febre amarela; Definir estratégias de ação de forma articulada com a vigilância epidemiológica; Página 5 de 68

6 Garantir o acompanhamento e continuidade da atenção, tanto nos casos suspeitos quanto nos que tenham confirmação diagnóstica de febre amarela; Realizar busca ativa de casos suspeitos de febre amarela, utilizando abordagem sindrômica; Planejar e desenvolver ações educativas e de mobilização da comunidade em relação ao controle da febre amarela em sua área de abrangência articulada com a vigilância epidemiológica. 1. (HUWC UFC/EBSERH/MEAC/IAOCP/2014) A febre amarela é uma doença característica de algumas regiões como América Central, América do Sul e África. Típica de locais quentes, que favorecem a proliferação dos mosquitos contaminados pelo flavivírus. Com relação à vacinação contra febre amarela, é correto afirmar que: a) deve ser administrada aos dez meses de idade e a cada dez anos. b) deve ser administrada aos nove meses de idade e aos dez anos, sendo periódica. c) deve ser administrada aos dez meses de idade e aos dez anos. d) deve ser administrada aos doze meses de idade e a cada dez anos, sendo periódica. e) deve ser administrada aos seis meses de idade e a cada dez anos. COMENTÁRIOS: A principal medida de prevenção e controle da febre amarela é a vacina. Produzida no Brasil desde 1937, pelo Instituto de Tecnologia em ImunobiológicosBio- Manguinhos, é constituída por vírus vivos atenuados derivados de uma amostra africana do vírus amarílico selvagem denominada Asibi. Tem sido usada amplamente no Brasil desde o início de sua produção, proporcionando a prevenção da doença, especialmente daqueles que vivem nas áreas de risco. O uso da vacina em campanhas e na rotina do calendário básico em grande parte do território brasileiro tem sido a opção mais eficiente para manter sob controle a febre amarela de transmissão silvestre. A faixa etária inicial é a partir de nove meses, sem limite de idade. Em situações de epidemias, recomenda-se a vacinação a partir de seis meses, por via subcutânea, em dose única de 0,5 ml e reforço de 10 em 10 anos. A alternativa B não deixa claro que esse reforço é a cada dez anos, uma vez que aborda apenas a necessidade da vacinação aos noves meses e aos 10 anos deixando a periodicidade a que se refere em aberto. As demais alternativas também estão incorretas. Página 6 de 68

7 Dessa forma, a questão foi anulada pela banca. 2. (Prefeitura de Mogi das Cruzes-SP/CAIPIMES/2014) A Febre Amarela é uma doença febril aguda, de curta duração (no máximo 12 dias) e gravidade variável. Pode apresentar-se como infecção subclínica e/ ou leve, até formas mais graves. Complete com (V) verdadeiro ou (F) falso e assinale a alternativa correta. ( ) É uma doença de notificação compulsória e sua investigação epidemiológica é obrigatória em todos os casos. ( ) O objetivo das ações da vigilância epidemiológica é reduzir a incidência de Febre Amarela de transmissão silvestre; impedir a transmissão urbana; e detectar oportunamente a circulação viral para orientar as medidas de controle. ( ) A vacinação é a mais importante medida de controle e deve ser realizada a partir dos nove meses de idade, com reforço a cada 20 anos. ( ) Em situações de surto ou epidemia, vacinar a partir dos 2 anos de idade. a) F, V, V, F. b) V, V, F, F. c) V, V, V, F. d) F, F, F, V. COMENTÁRIOS: A febre amarela é uma doença febril aguda, não contagiosa, de curta duração (no máximo 12 dias), que apresenta alta morbidade e letalidade. A infecção pelo vírus da febre amarela causa no homem desde formas leves com sintomatologia febril inespecífica até formas graves com icterícia, albuminúria, oligúria, manifestações hemorrágicas, delírio, obnubilação e choque. Essa doença tem potencial de disseminação e transmissão bastante elevado, por isso é importante que a notificação de casos suspeitos seja feita o mais brevemente possível. A febre amarela compõe a lista de doenças de notificação compulsória. A vigilância epidemiológica tem por objetivos manter erradicada a febre amarela urbana e controlar a forma silvestre. Todos os casos suspeitos da doença devem ser investigados, visando o mapeamento das áreas de transmissão e identificação de populações de risco para prevenção e controle. A ocorrência de suspeita de febre amarela deve ser notificada imediatamente e investigada o mais rapidamente possível, pois se trata de uma Página 7 de 68

8 doença grave e de notificação compulsória. Todos os casos suspeitos devem ser informados às autoridades sanitárias, uma vez que um caso pode sinalizar o início de um surto, o que requer medidas de ação imediata de controle. A principal medida de prevenção e controle da febre amarela é a vacina. Produzida no Brasil desde 1937, pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio- Manguinhos, é constituída por vírus vivos atenuados derivados de uma amostra africana do vírus amarílico selvagem denominada Asibi. Tem sido usada amplamente no Brasil desde o início de sua produção, proporcionando a prevenção da doença, especialmente daqueles que vivem nas áreas de risco. O uso da vacina em campanhas e na rotina do calendário básico em grande parte do território brasileiro tem sido a opção mais eficiente para manter sob controle a febre amarela de transmissão silvestre. A faixa etária inicial é a partir de nove meses, sem limite de idade. Em situações de epidemias, recomenda-se a vacinação a partir de seis meses, por via subcutânea, em dose única de 0,5 ml e reforço de 10 em 10 anos. Vamos resolver a questão: Item I. Correto. É uma doença de notificação compulsória e sua investigação epidemiológica é obrigatória em todos os casos. Item II. Correto. O objetivo das ações da vigilância epidemiológica é reduzir a incidência de Febre Amarela de transmissão silvestre; impedir a transmissão urbana; e detectar oportunamente a circulação viral para orientar as medidas de controle. Item III. Incorreto. A vacinação é a mais importante medida de controle e deve ser realizada a partir dos nove meses de idade, com reforço a cada 10 anos. Item IV. Incorreto. Em situações de surto ou epidemia, vacinar a partir dos 6 meses de idade. Constatamos que o gabarito da questão é a letra B. 3. (Prefeitura de Sul Brasil-SC/ALTERNATIVE CONCURSOS/2014) É uma doença febril aguda, não contagiosa, de curta duração (no máximo 12 dias), que apresenta alta morbidade e letalidade. A infecção pelo vírus causa no homem desde formas leves com sintomatologia febril inespecífica até formas graves com icterícia, albuminúria, oligúria, manifestações hemorrágicas, delírio, obnubilação e choque. Aponte a alternativa abaixo que esta de acordo com o exposto: Página 8 de 68

9 a) Febre maculosa. b) Tuberculose. c) Pancreatite. d) Febre amarela. e) Tétano. COMENTÁRIOS: Com base no Caderno de Atenção Básica n 22, a febre amarela caracteriza-se como uma doença febril aguda, não contagiosa, de curta duração (no máximo 12 dias), que apresenta alta morbidade e letalidade. A infecção pelo vírus da febre amarela causa no homem desde formas leves com sintomatologia febril inespecífica até formas graves com icterícia, albuminúria, oligúria, manifestações hemorrágicas, delírio, obnubilação e choque. A letalidade geral varia de 5% a 10%, considerando os casos oligossintomáticos, entretanto, entre os casos graves que evoluem com icterícia e hemorragias, pode passar de 50%. Os indivíduos mais acometidos são geralmente jovens, do sexo masculino, realizando atividades agropecuárias, extrativistas, praticantes do turismo ecológico e rural das áreas de risco onde adentram áreas de matas sem vacinação preventiva. Portanto, gabarito letra D. 2 Varicela Varicela (catapora) é uma infecção viral primária, aguda, altamente contagiosa, caracterizada por surgimento de exantema de aspecto máculo-papular e distribuição centrípeta, que, após algumas horas, torna-se vesicular, evolui rapidamente para pústulas e, posteriormente, forma crostas, em 3 a 4 dias. Pode ocorrer febre moderada e sintomas sistêmicos. A principal característica clínica é o polimorfismo das lesões cutâneas, que se apresentam nas diversas formas evolutivas, acompanhadas de prurido. Em crianças, geralmente, é uma doença benigna e auto-limitada. Em adolescentes e adultos, em geral, o quadro clínico é mais exuberante. A transmissão é de pessoa a pessoa, através de contato direto ou de secreções respiratórias (disseminação aérea de partículas virais/aerossóis) e, raramente, através de Página 9 de 68

10 contato com lesões de pele. Indiretamente é transmitida através de objetos contaminados com secreções de vesículas e membranas mucosas de pacientes infectados. O período de incubação ocorre entre 14 a 16 dias, podendo variar entre 10 a 20 dias após o contato. Pode ser mais curto em pacientes imunodeprimidos e mais longo após imunização passiva. O tratamento da varicela pode ser sintomático, tópico e específico. Sintomático antihistamínicos sistêmicos, para atenuar o prurido, e banhos de permanganato de potássio, na diluição de 1: Havendo infecção secundária, recomenda-se o uso de antibióticos sistêmicos. Varicela em crianças é uma doença benigna, que em geral não necessita de tratamento específico; Tópico compressas de permanganato de potássio (1:40.000) ou água boricada a 2%, várias vezes ao dia. Deve-se ter o cuidado de proteger os olhos quando da aplicação do permanganato. Específico antivirais: aciclovir. A ocorrência de casos suspeitos de varicela não requer notificação e investigação por não se tratar de doença de notificação compulsória. Na situação de surto, a notificação deve ser realizada através do módulo de notificação de surtos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). As vacinas contra a varicela são de vírus vivo atenuado. A sua administração é feita por via subcutânea, a partir dos 12 meses de idade. Recentemente a vacina contra a varicela foi incluída no calendário nacional de vacinação do, com a criação da tetra viral (contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela).fiquem tranquilos, pois detalharemos esse assunto (vacina tetravalente) na aula nº 8 do nosso curso. 4. (Prefeitura de São Carlos-SP/VUNESP/2011/RP) Em relação à varicela, doença que atinge principalmente as crianças, é correto afirmar que a) o período de incubação é de 7 a 30 dias. b) se trata de uma doença bacteriana benigna que se caracteriza por manchas vermelhas e coceira intensa. c) enquanto as lesões não evoluírem para crostas, é preciso manter o doente isolado. d) o tratamento consiste no uso de antibióticos. e) a vacinação é indicada no nascimento para prevenir a doença. Página 10 de 68

11 COMENTÁRIOS: Vejamos cada item: Item A. Incorreto. O período de incubação é 14 a 16 dias, podendo variar entre 10 a 20 dias após o contato. Item B. Incorreto. Trata-se de uma doença infecção viral primária, aguda, altamente contagiosa, caracterizada por surgimento de exantema de aspecto máculopapular e distribuição centrípeta, que, após algumas horas, torna-se vesicular, evolui rapidamente para pústulas e, posteriormente, forma crostas, em 3 a 4 dias. Item C. Correto. Enquanto as lesões não evoluírem para crostas, é preciso manter o doente isolado. Item D. Incorreto. O tratamento específico, quando indicado, consiste no uso de antivirais (aciclovir). Item E. Incorreto. A vacinação é indicada a partir dos 12 meses de idade para prevenir a doença. Nesses termos, o gabarito é a letra C. 5. (Prefeitura de Ouro Preto-MG/FUMARC/2011/RP) A varicela é uma doença benigna, mas altamente contagiosa que ocorre principalmente em menores de 15 anos de idade. É mais frequente no final do inverno e início da primavera. Indivíduos imunocomprometidos, quando adquirem varicela primária ou recorrente, possuem maior risco de doença severa. Sobre este contexto, pode-se afirmar EXCETO: a) o período de transmissibilidade varia de 1 a 2 dias antes da erupção até 5 dias após o surgimento do primeiro grupo de vesículas. Enquanto houver vesículas, a infecção é possível. b) o único reservatório do agente etiológico é o homem. c) trata-se de uma doença de notificação compulsória. d) uma das medidas específicas na vigilância epidemiológica refere-se ao isolamento: crianças com varicela não complicada podem retornar à escola no 6º dia após o surgimento do rush cutâneo. Crianças imunodeprimidas ou que apresentam curso clínico prolongado só deverão retornar às atividades após o término da erupção vesicular. COMENTÁRIOS: Página 11 de 68

12 A ocorrência de casos suspeitos de varicela não requer notificação e investigação por não se tratar de doença de notificação compulsória. Na situação de surto, a notificação deve ser realizada através do módulo de notificação de surtos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Por conseguinte, o gabarito da questão é a letra C Raiva Humana A raiva é uma zoonose viral, que se caracteriza como uma encefalite progressiva aguda e letal. Todos os mamíferos são suscetíveis ao vírus da raiva e, portanto, podem transmiti-la. A doença apresenta dois principais ciclos de transmissão: urbano e silvestre, sendo o urbano passível de eliminação, por se dispor de medidas eficientes de prevenção, tanto em relação ao ser humano, quanto à fonte de infecção. Em relação à fonte de infecção, didaticamente, pode-se subdividir a transmissão urbana e rural em quatro ciclos epidemiológicos: ciclo aéreo, que envolve os morcegos; ciclo rural, representado pelos animais de produção; ciclo urbano, relacionado aos cães e gatos; ciclo silvestre terrestre, que engloba os saguis, cachorros do mato, raposas, guaxinim, entre outros animais selvagens. Figura 2 - Ciclos epidemiológicos de transmissão da raiva (Fonte: Ministério da Saúde, 2010). A transmissão da raiva se dá pela penetração do vírus contido na saliva do animal infectado, principalmente pela mordedura e, mais raramente, pela arranhadura e lambedura de mucosas. O vírus penetra no organismo, multiplica-se no ponto de inoculação, atinge o sistema nervoso periférico e, posteriormente, o sistema Página 12 de 68

13 nervoso central. A partir dai, dissemina-se para vários órgãos e glândulas salivares, onde também se replica e é eliminado pela saliva das pessoas ou animais enfermos. Nos cães e gatos, a eliminação de vírus pela saliva (período de transmissibilidade) ocorre de 2 a 5 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos, persistindo durante toda a evolução da doença. A morte do animal acontece, em média, entre 5 a 7 dias após a apresentação dos sintomas. Em relação aos animais silvestres, há poucos estudos sobre o período de transmissibilidade, que pode variar de acordo com a espécie. Por exemplo, especificamente os quirópteros podem albergar o vírus por longo período, sem sintomatologia aparente. Após um período variável de incubação, aparecem os pródromos 1 iniciais, que duram de 2 a 4 dias e são inespecíficos, com o paciente apresentando mal-estar geral, pequeno aumento de temperatura corpórea, anorexia, cefaleia, náuseas, dor de garganta, entorpecimento, irritabilidade, inquietude e sensação de angustia. Podem ocorrer hiperestesia e parestesia nos trajetos de nervos periféricos, próximos ao local da mordedura, e alterações de comportamento. A infecção progride, surgindo manifestações de ansiedade e hiperexcitabilidade crescentes, febre, delírios, espasmos musculares involuntários generalizados e/ou convulsões. Ocorrem espasmos dos músculos da laringe, faringe e língua, quando o paciente vê ou tenta ingerir liquido, apresentando sialorreia intensa. Os espasmos musculares evoluem para quadro de paralisia, levando a alterações cardiorrespiratórias, retenção urinaria e obstipação intestinal. O paciente se mantém consciente, com período de alucinações, até a instalação do quadro comatoso e evolução para óbito. São, ainda, observadas disfagia, aerofobia, hiperacusia, fotofobia. O período de evolução do quadro clínico, após instalados os sinais e sintomas até o óbito, varia, em média, de 5 a 7 dias. A característica mais determinante da evolução clínica da doença e a forma furiosa e/ou paralítica. Em 2004, foi registrado nos Estados Unidos o primeiro relato de tratamento de Raiva humana em paciente que não recebeu vacina ou soro antirrábico e evoluiu para cura. No Brasil, em 2008, foi confirmada Raiva em um paciente mordido por um morcego hematófago e que após suspeita clínica, foi iniciado tratamento dos Estados Unidos, adaptado a realidade brasileira, resultando no primeiro registro de cura de Raiva humana, no país. 1 Pródromo é um sinal ou grupo de sintomas que pode indicar o início de uma doença antes que sintomas específicos surjam Página 13 de 68

14 Raiva A prevenção da Raiva transmitida em áreas urbanas ou rurais, por animais domésticos, é feita mediante a manutenção de altas coberturas vacinais nesses animais, por meio de estratégias de rotina e campanhas; controle de foco e bloqueio vacinal; captura e eliminação de cães de rua; envio de amostras para exame laboratorial, para monitoramento da circulação viral. A profilaxia da Raiva humana é feita com o uso de vacinas e soro, quando os indivíduos são expostos ao vírus rábico pela mordedura, lambedura de mucosas ou arranhadura provocada por animais transmissores da Raiva. A vacinação antirrábica não tem contraindicação, devendo ser iniciada o mais breve possível e garantir o completo esquema de vacinação preconizado. Prevenção da Raiva transmitida em áreas urbanas ou rurais, por animais domésticos. Profilaxia da Raiva Manutenção de altas coberturas vacinais nesses animais, por meio de estratégias de rotina e campanhas; Controle de foco e bloqueio vacinal; captura e eliminação de cães de rua; Envio de amostras para exame laboratorial, para monitoramento da circulação viral. É feita com o uso de vacinas e soro, quando os indivíduos são expostos ao vírus rábico pela mordedura, lambedura de mucosas ou arranhadura provocada por animais transmissores da Raiva. A vacina sempre faz parte do esquema de profilaxia; A indicação do soro ocorre quando se trata de um acidente de alto risco para desenvolvimento da doença. Nobres concurseiros, vejam que os instrumentos disponíveis para prevenção e controle da raiva humana são a vacina e o soro. As vacinas humanas (cultivo celular) são mais potentes, seguras e isentas de risco. São produzidas em cultura de células (diploides humanas, células Vero, células de embrião de galinha, etc.), com cepas de vírus Pasteur (PV) ou Pittman-Moore (PM) inativados pela betapropiolactona. As vias de aplicação são a intramuscular (mais utilizada) e intradérmica (utilizada em casos específicos). Via intramuscular- são apresentadas na dose 0,5ml e 1ml, dependendo do fabricante (verificar embalagem e/ou lote). A dose indicada pelo fabricante NAO DEPENDE da idade ou do peso do paciente. A aplicação intramuscular deve ser profunda, na região do deltoide ou vasto lateral da coxa. Em crianças até 2 anos de idade, está indicado o vasto lateral da coxa. Página 14 de 68

15 Via intradérmica -a dose da via intradérmica e de 0,1ml. Deve ser aplicada em locais de drenagem linfática, geralmente nos braços, na inserção do músculo deltoide. Importante! A vacina antirrábica não deve ser aplicada na região glútea. A vacina contra raiva não tem contraindicação (gravidez, mulheres lactantes, doença intercorrente ou outros tratamentos), devido à gravidade da doença que apresenta letalidade de aproximadamente 100%. As vacinas contra a raiva produzidas em meios de cultura são seguras. De acordo com os trabalhos publicados na literatura, causam poucos eventos adversos e, na quase totalidade dos casos, de pouca gravidade. O soro para uso humano(soro heterólogo) é uma solução concentrada e purificada de anticorpos, preparada em equídeos imunizados contra o vírus da raiva. A dose indicada e de 40UI/kg de peso do paciente. Deve-se infiltrar nas lesões a maior quantidade possível da dose do soro (vejam que o soro é aplicado diretamente ao redor das lesões do animal agressor). Quando a lesão for extensa e múltipla, a dose do soro a ser infiltrada, pode ser diluída, em soro fisiológico, para que todas as lesões sejam infiltradas. Caso a região anatômica não permita a infiltração de toda a dose, a quantidade restante, a menor possível, deve ser aplicada por via intramuscular, na região glútea. No quadro a seguir, encontra-se o esquema para tratamento profilático antirrábico humano. Página 15 de 68

16 Tipo de exposição Contato indireto Acidentes leves Ferimentossuperficiais, poucoextensos, geralmente únicos, em tronco e membros (exceto mãos, polpas digitais e planta dos pés); podem acontecer em decorrência de mordeduras ou arranhaduras causadas por unha ou dente; Lambedura de pele com lesões superficiais; Acidentes graves Ferimentos na cabeça, face, pescoço, mão, polpas digitais e/ou planta do pé; Ferimentos profundos, múltiplos ou extensos, em qualquer região do corpo; Lambedura de mucosas; Lambedura de pele onde já existe lesão grave; Ferimento profundo causado por unha de animal. Cão ou gato sem suspeita de Raiva no momento da agressão Lavar com água e sabão; Não tratar. Lavar com água e sabão Observar o animaldurante10 dias após exposição 1 ; Se o animal permanecer sadio no período de observação, encerrar o caso; Se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, administrar5doses de vacina (dias 0, 3, 7, 14 e 28). Lavar com água e sabão Observar o animal durante 10 dias após exposição 1,2 ; Iniciar esquema profilático com 2 doses, uma no dia 0 e outra no dia 3. Se o animal permanecer sadio no período de observação, encerrar o caso; Se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, dar continuidade ao esquema profilático, administrando o soro 3,4 e completando o esquema até 5 doses. Aplicar uma dose entre o 7 e o 10 dia e uma dose nos dias 14 e 28. Condições do animal agressor Cão ou gato clinicamente suspeito de Raiva no momento da agressão Lavar com água e sabão; Não tratar; Lavar com água e sabão Iniciartratamentoprofilático com 2doses, uma no dia 0 e outra no dia 3. Observar o animal durante 10 dias após exposição 1 ; Se a suspeita de Raiva for descartada após o 10 dia de observação, suspender o tratamento profilático e encerrar o caso; Se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, completar o esquema até 5doses, aplicar uma dose entre o 7 e o 10 dias e uma dose nos dias 14 e 28. Lavar com água e sabão Iniciar o tratamento com soro3 e 5 doses de vacina nos dias 0, 3, 7, 14 e 28; Observar o animal durante 10 dias após exposição; Se a suspeita de Raiva for descartada após o 10 dia de observação, suspender o esquema profilático e encerrar o caso; Cão ou gato raivoso desaparecido ou morto Animais silvestres 5 (inclusive os domiciliados) Animais domésticos de interesse econômico ou de produção Lavar com água e sabão; Não tratar; Lavar com água e sabão; Iniciarimediatamente o esquema profilático com 5doses de vacina administradas nos dias 0, 3, 7, 14 e 28. Lavar com água e sabão Iniciar imediatamente o esquema profilático com soro 3 e 5 doses de vacina administrada nos dias 0, 3, 7, 14 e É necessário orientar o paciente para que ele notifique imediatamente a Unidade de Saúde se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, uma vez que podem ser necessárias novas intervenções de forma rápida, como a aplicação do soro ou o prosseguimento do esquema de vacinação. 2 - É preciso avaliar, sempre, os hábitos do cão e gato e os cuidados recebidos. Podem ser dispensados do esquema profilático as pessoas agredidas pelo cão ou gato que, com certeza, não tem risco de contrair a infecção rábica. Por exemplo, animais que vivem dentro do domicílio (exclusivamente); não tenham contato com outros animais desconhecidos; que somente saem à rua acompanhados dos seus donos e que não circulem em área com a presença de morcegos. Em caso de dúvida, iniciar o esquema de profilaxia indicado. Se o animal for procedente de área de raiva controlada não é necessário iniciar o esquema profilático. Manter o animal sob observação e só iniciar o esquema profilático indicado (soro+vacina) se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso. 3 - O soro deve ser infiltrado na(s) porta(s) de entrada. Quando não for possível infiltrar toda dose, aplicar o máximo possível e a quantidade restante, a menor possível, aplicar pela via intramuscular, podendo ser utilizada a região Página 16 de 68

17 glútea. Sempre aplicar em local anatômico diferente do que aplicou a vacina. Quando as lesões, forem muito extensas ou múltiplas a dose do soro a ser infiltrada pode ser diluída, o menos possível, em soro fisiológico para que todas as lesões sejam infiltradas. 4 - Nos casos em que se conhece só tardiamente a necessidade do uso do soro antirrábico ou quando o mesmo não se encontra disponível no momento, aplicar a dose de soro recomendada antes da aplicação da 3ª dose da vacina de cultivo celular. Após esse prazo o soro não é mais necessário. 5 - Nas agressões por morcegos deve-seindicar a soro-vacinação independentemente da gravidade da lesão, ou indicar conduta de reexposição. 6. (HU-UFS/ EBSERH/ IAOCP/2014)A profilaxia pré-exposição deve ser indicada para pessoas com risco de exposição permanente ao vírus da Raiva, durante atividades ocupacionais exercidas por profissionais como biólogos e médicos veterinários. Assim, o esquema préexposição e os dias de aplicação nestes casos são: a) Esquema: 3 doses; Dias de aplicação: 0,7,28. b) Esquema: 2 doses; Dias de aplicação: 0,3. c) Esquema: Dose única; Dias de aplicação: 0. d) Esquema: 5 doses; Dias de aplicação: 0,3,7,14,28. e) Esquema: 4 doses; Dias de aplicação: 0, 3, 7,14. COMENTÁRIOS: A profilaxia de pré-exposição é indicado para pessoas que, por força de suas atividades profissionais ou de lazer, estejam expostas permanentemente ao risco de infecção pelo vírus da raiva, tais como profissionais e estudantes das áreas de medicina veterinária e de biologia e profissionais/auxiliares de laboratórios de virologia e/ou anatomia patológica para raiva. É indicada, também, para aqueles que atuam no campo na captura, vacinação, identificação e classificação de mamíferos passíveis de portarem o vírus, bem como funcionários de zoológicos. Assim, o esquema e os dias de aplicação nestes casos são: três doses e os dias de aplicação são 0,7,28. Gabarito letra A. 7. (HUCAM-UFES/EBSERH/IAOCP/2014) Homem, 28 anos, como em todos os finais da tarde, após o trabalho, estava bebendo e comendo espetinho com os amigos, sentados à mesa disposta na calçada em frente ao bar, ao chutar um cão de rua que nunca havia visto antes e que se aproximou da comida, foi agredido pelo animal. Os amigos ajudaram-no a afastar o cão. A vítima foi imediatamente ao Pronto Socorro onde o enfermeiro observou que havia um ferimento superficial e sem sangramento ativo no braço direito devido à arranhadura, iniciando a profilaxia da raiva humana. A Página 17 de 68

18 vítima não encontrou mais o cão próximo ao local no qual foi atacado, nos 10 dias consecutivos após sua exposição. Diante desse caso, a conduta proposta pelo Ministério da Saúde (2011) é a) lavar o ferimento com água e sabão e não tratar b) lavar o ferimento com água e sabão e administrar cinco doses de vacina de cultivo celular (dias 0, 3, 7, 14 e 28) c) lavar o ferimento com água e sabão, administrar cinco doses de vacina de cultivo celular (dias 0, 3, 7, 14 e 28) e duas doses de soro (a primeira entre os dias 7 e 10, e a segunda entre os dias 14 e 28) d) lavar o ferimento com solução fisiológica e PVPI degermante, administrar cinco doses de vacina de cultivo celular (dias 0, 3, 7, 14 e 28) e repetir duas doses após 90 dias da exposição (dias 0 e 3) e) lavar o ferimento com solução fisiológica e PVPI degermante e administrar duas doses de soro (a primeira entre os dias 7 e 10, e a segunda entre os dias 14 e 28) COMENTÁRIOS: Vamos observar o esquema para tratamento profilático antirrábico humano em cada caso: Página 18 de 68

19 Tipo de exposição Contato indireto Acidentes leves Ferimentos superficiais, pouco extensos, geralmente únicos, em tronco e membros (exceto mãos, polpas digitais e planta dos pés); podem acontecer em decorrência de mordeduras ou arranhaduras causadas por unha ou dente; Lambedura de pele com lesões superficiais; Acidentes graves Ferimentos na cabeça, face, pescoço, mão, polpas digitais e/ou planta do pé; Ferimentos profundos, múltiplos ou extensos, em qualquer região do corpo; Lambedura de mucosas; Lambedura de pele onde já existe lesão grave; Ferimento profundo causado por unha de animal. Cão ou gato sem suspeita de Raiva no momento da agressão Lavar com água e sabão; Não tratar. Lavar com água e sabão Observar o animaldurante10 dias após exposição 1 ; Se o animal permanecer sadio no período de observação, encerrar o caso; Se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, administrar5doses de vacina (dias 0, 3, 7, 14 e 28). Lavar com água e sabão Observar o animal durante 10 dias após exposição 1,2 ; Iniciar esquema profilático com 2 doses, uma no dia 0 e outra no dia 3. Se o animal permanecer sadio no período de observação, encerrar o caso; Se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, dar continuidade ao esquema profilático, administrando o soro 3,4 e completando o esquema até 5 doses. Aplicar uma dose entre o 7 e o 10 dia e uma dose nos dias 14 e 28. Condições do animal agressor Cão ou gato clinicamente suspeito de Raiva no momento da agressão Lavar com água e sabão; Não tratar; Lavar com água e sabão Iniciar tratamento profilático com 2doses, uma no dia 0 e outra no dia 3. Observar o animal durante 10 dias após exposição 1 ; Se a suspeita de Raiva for descartada após o 10 dia de observação, suspender o tratamento profilático e encerrar o caso; Se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, completar o esquema até 5doses, aplicar uma dose entre o 7 e o 10 dias e uma dose nos dias 14 e 28. Lavar com água e sabão Iniciar o tratamento com soro3 e 5 doses de vacina nos dias 0, 3, 7, 14 e 28; Observar o animal durante 10 dias após exposição; Se a suspeita de Raiva for descartada após o 10 dia de observação, suspender o esquema profilático e encerrar o caso; Cão ou gato raivoso desaparecido ou morto Animais silvestres 5 (inclusive os domiciliados) Animais domésticos de interesse econômico ou de produção Lavar com água e sabão; Não tratar; Lavar com água e sabão; Iniciar imediatamente o esquema profilático com 5doses de vacina administradas nos dias 0, 3, 7, 14 e 28. Lavar com água e sabão Iniciar imediatamente o esquema profilático com soro 3 e 5 doses de vacina administrada nos dias 0, 3, 7, 14 e É necessário orientar o paciente para que ele notifique imediatamente a Unidade de Saúde se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, uma vez que podem ser necessárias novas intervenções de forma rápida, como a aplicação do soro ou o prosseguimento do esquema de vacinação. 2 - É preciso avaliar, sempre, os hábitos do cão e gato e os cuidados recebidos. Podem ser dispensados do esquema profilático as pessoas agredidas pelo cão ou gato que, com certeza, não tem risco de contrair a infecção rábica. Por exemplo, animais que vivem dentro do domicílio (exclusivamente); não tenham contato com outros animais desconhecidos; que somente saem à rua acompanhados dos seus donos e que não circulem em área com a presença de morcegos. Em caso de dúvida, iniciar o esquema de profilaxia indicado. Se o animal for procedente de área de raiva controlada não é necessário iniciar o esquema profilático. Manter o animal sob observação e só iniciar o esquema profilático indicado (soro+vacina) se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso. 3 - O soro deve ser infiltrado na(s) porta(s) de entrada. Quando não for possível infiltrar toda dose, aplicar o máximo possível e a quantidade restante, a menor possível, aplicar pela via intramuscular, podendo ser utilizada a região Página 19 de 68

20 glútea. Sempre aplicar em local anatômico diferente do que aplicou a vacina. Quando as lesões, forem muito extensas ou múltiplas a dose do soro a ser infiltrada pode ser diluída, o menos possível, em soro fisiológico para que todas as lesões sejam infiltradas. 4 - Nos casos em que se conhece só tardiamente a necessidade do uso do soro antirrábico ou quando o mesmo não se encontra disponível no momento, aplicar a dose de soro recomendada antes da aplicação da 3ª dose da vacina de cultivo celular. Após esse prazo o soro não é mais necessário. 5 - Nas agressões por morcegosdeve-seindicar a soro-vacinaçãoindependentemente da gravidade da lesão, ou indicar conduta de reexposição. A partir do exposto, podemos concluir que a alternativa correta é a letra B. 8. (Prefeitura de Silvânia-GO/NOROESTE/2014) A raiva é uma doença grave e pode levar a morte em quase 100% dos casos, em caso de mordida de cachorro ou gato, o Ministério da Saúde recomenda que a) as pessoas procurem logo um posto de saúde para tomar a vacina contra a raiva, e que serão aplicadas até 5 doses, dependendo do caso. b) a vacina contra a raiva seja aplicada somente em casos onde á sangramento na ferida. c) a aplicação da vacina contra a raiva seja feita somente com prescrição médica. d) o causador da mordedura seja sacrificado. COMENTÁRIOS: A raiva é uma doença de extrema importância para saúde pública, devido a sua letalidade de aproximadamente 100%. Mas também por ser uma doença passível de eliminação no seu ciclo urbano (transmitida por cão e gato). Existem medidas eficientes de prevenção em relação ao ser humano e à fonte de infecção, como vacinação humana e animal, disponibilização de soro antirrábico de qualidade para o homem, bloqueios de foco, recolhimento de animais de rua, entre outros. A conduta correta nos casos de mordidas de animais é encaminhar a vítima para um serviço de saúde para receber o atendimento específico. Pois, deve-se avaliar: a espécie animal envolvida, as circunstâncias da mordida, o status imunológico do animal e o histórico de zoonoses, principalmente raiva, na região. Sendo assim, o gabarito é a letra A. Página 20 de 68

21 9. (Prefeitura de Campinas-SP/CAIPIMES/2013/RP) Sobre a Raiva Humana, é correto afirmar: a) A vacina contra a raiva em uso rotineiro no Brasil, a partir de 2002, é a vacina de cultivo celular. As vacinas de cultivo celular são mais imunogênicas e menos reatogênicas. b) No ciclo urbano, as principais fontes de infecção são cão, morcego, jaritaca e macacos. c) A única forma de transmissão da doença é através da lambedura de mucosas. d) Como a vacinação apresenta contraindicação, deve ser iniciada 10 dias após a arranhadura e/ou lambedura de mucosas. COMENTÁRIOS: Vamos aos itens da questão em relação à Raiva humana: Item A. Correto. A vacina contra a raiva em uso rotineiro no Brasil, a partir de 2002, é a vacina de cultivo celular. As vacinas de cultivo celular são mais imunogênicas e menos reatogênicas. Item B. Incorreto. No ciclo urbano, as principais fontes de infecção são o cão e o gato; no ciclo aéreo, o morcego; no ciclo silvestre terrestre, a raposa, coiote, chacal, gato e cachorro do mato, jaritaca, guaxinim, mangusto, macacos; no ciclo rural, representado pelos animais de produção (bovinos, equinos etc.). Item C. Incorreto. A transmissão da raiva se dá pela penetração do vírus contido na saliva do animal infectado, principalmente pela mordedura e, mais raramente, pela arranhadura e lambedura de mucosas. Item D. Incorreto. A vacinação antirrábica não apresenta contraindicação, deve ser iniciada conforme situações, descritas no quadro acima. Nesses termos, o gabarito da questão é a letra A. Página 21 de 68

22 3 Rubéola A Rubéola é uma doença exantemática aguda, de etiologia viral, que apresenta alta contagiosidade, acometendo principalmente crianças. É doença de curso benigno, sua importância epidemiológica está relacionada ao risco de abortos, natimortos, e malformações congênitas, como cardiopatias, catarata e surdez. É denominada síndrome da rubéola congênita (SRC), quando a infecção ocorre durante a gestação. O modo de transmissão ocorre pelo contato com as secreções nasofaríngeas de pessoas infectadas. A infecção se produz por disseminação de gotículas ou através de contato direto com os pacientes. A transmissão indireta, mesmo sendo pouco frequente, ocorre mediante contato com objetos contaminados com secreções nasofaringeanas, sangue e urina. O período de transmissibilidade da doença é aproximadamente, de 5 a 7 dias antes do início do exantema e de 5 a 7 dias após. O quadro clínico é caracterizado por exantema máculo-papular e puntiforme difuso, iniciando-se na face, couro cabeludo e pescoço, espalhando-se posteriormente para o tronco e membros. Além disso, apresenta febre baixa e linfadenopatia (alteração dos linfonodos) retro-auricular, occipital e cervical posterior, geralmente antecedendo ao exantema no período de 5 a 10 dias, podendo perdurar por algumas semanas. Formas da doença inaparentes são frequentes, principalmente em crianças. Adolescentes e adultos podem apresentar um período prodrômico com febre baixa, cefaleia, dores generalizadas (artralgias e mialgias), conjuntivite, coriza e tosse. A leucopenia (deficiência) é comum e raramente ocorrem manifestações hemorrágicas. Apesar de raras, complicações podem ocorrer com maior frequência em adultos, destacando-se: artrite ou artralgia, encefalites (1 para 5 mil casos) e manifestações hemorrágicas (1 para 3 mil casos). O diagnóstico laboratorial é realizado mediante detecção de anticorpos IgM no sangue, na fase aguda da doença, desde os primeiros dias até4semanasapós o aparecimento do exantema. Os anticorpos específicos da classe IgG podem eventualmente aparecer na fase aguda da doença e, geralmente, são detectados muitos anos após a infecção. Vejam que o IgM é detectável no sangue na fase aguda, enquanto o IgG após muitos anos da doença. Página 22 de 68

23 As amostras de sangue dos casos suspeitos devem ser colhidas, sempre que possível, no primeiro atendimento ao paciente. São consideradas amostras oportunas (S1) as coletadas entre o 1º e 28º dias do aparecimento do exantema ou do início dos sintomas. As amostras coletadas após o 28º dia são consideradas tardias, mas, mesmo assim, devem ser enviadas ao laboratório. A realização da segunda coleta (S2) é obrigatória e imprescindível para a classificação final dos casos e deverá ser realizada entre 20 a 25 dias após a data da primeira coleta. Amostras de sangue dos casos suspeitos de rubéola: 1ª amostra, coletada preferencialmente durante o primeiro atendimento; 2ª amostra, coletada preferencialmente entre 20 a 25 dias após a data da primeira coleta. Não há tratamento específico para a rubéola. Os sinais e sintomas apresentados devem ser tratados de acordo com a sintomatologia e terapêutica adequada. Em 2008 ocorreu a maior campanha de vacinação contra rubéola no mundo, com 65,9 milhões de pessoas entre a faixa etária de 19 a 39 anos de idade vacinadas, nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e Maranhão. Nos outros estados, a faixa etária foi de 20 a 39 anos de idade. A cobertura vacinal geral foi de 94,06% da população meta. A principal ação de prevenção da rubéola é a administração da vacina tetra viral. 10. (HC-UFPE/EBSERH/IDECAN/2014) Lactentes com síndrome da rubéola congênita podem eliminar o vírus, até um ano após o nascimento, através de, EXCETO: a) Urina b) Fezes c) Sangue d) Lágrimas e) Secreções nasofaríngeas COMENTÁRIOS: Um lactente portador da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), contudo, pode excretar o vírus nas secreções nasofaríngeas, sangue, urina e fezes por até cerca de meses de vida, funcionando como um reservatório (transmissibilidade de 80% no primeiro mês de vida; 62% do primeiro ao quarto mês; 33% entre o quinto e oitavo mês; 11% entre nove e doze meses e 3% no segundo ano de vida). Logo, podemos concluir que a alternativa incorreta é a letra D. Página 23 de 68

24 11. (Prefeitura de Campinas-SP/CAIPIMES/2013/RP) Leia as frases abaixo e a seguir assinale a alternativa que corresponde à resposta correta. I- A Rubéola é uma doença exantemática viral aguda, caracterizada por febre baixa e exantema maculopapular, que se inicia na face, couro cabeludo e pescoço, espalhandose para tronco e membros. II- O Exantema na Rubéola é precedido, em 5 a 10 dias, por linfadenopatia generalizada, principalmente suboccipital, pós-auricular e cervical posterior. III- Em todos os casos suspeitos de Rubéola deve-se realizar o bloqueio vacinal apenas das pessoas que residam no mesmo domicílio. IV- Caso suspeito de Rubéola é todo paciente que apresente febre e exantema maculopapular, acompanhado de linfadenopatia retroauricular, occipital e cervical, independente da idade e situação vacinal, ou todo indivíduo suspeito com história de viagem ao exterior nos últimos 30 dias ou de contato, no mesmo período, com alguém que viajou ao exterior. a) Apenas as frases I, II e IV estão corretas. b) As frases I, II, III e IV estão corretas. c) Apenas as frases I e III estão corretas. d) Apenas as frases II e III estão corretas. COMENTÁRIOS: Vamos analisar os itens da questão: Item I. Correto. A Rubéola é uma doença exantemática viral aguda, caracterizada por febre baixa e exantema maculopapular, que se inicia na face, couro cabeludo e pescoço, espalhando-se para tronco e membros. Item II. Correto. O Exantema na Rubéola é precedido, em 5 a 10dias, porlinfadenopatia generalizada, principalmente suboccipital, pós-auricular e cervical posterior. Item III. Incorreto. A vacinação de bloqueio da Rubéola limita-se aos contatos do caso suspeito. A vacinação de bloqueio fundamenta-se no fato de que a vacina consegue imunizar o suscetível, em prazo menor, que o período de incubação da doença. Em função disso, a vacina deve ser administrada, de preferência, dentro de 72 horas após a exposição. Página 24 de 68

25 A vacinação de bloqueio deve abranger as pessoas do mesmo domicílio do caso suspeito, vizinhos próximos, creches, ou, quando for o caso, as pessoas da mesma sala de aula, do mesmo quarto de alojamento ou da sala de trabalho, etc. Na vacinação de bloqueio, utilizar a vacina trípliceviral para a faixa etária de 6 meses a 39 anos de idade, de forma seletiva. A vacinação de bloqueio, portanto, deve ser realizada quando ocorre um ou mais casos suspeitos de rubéola. Para outras faixas, acima dos 40 anos de idade, a vacina só é indicada com base na análise da situação epidemiológica. Item IV. Correto. Caso suspeito de Rubéola é todo paciente que apresente febre e exantema maculopapular, acompanhado de linfadenopatia retroauricular, occipital e cervical, independente da idade e situação vacinal, ou todo indivíduo suspeito com história de viagem ao exterior nos últimos30dias ou de contato, no mesmo período, com alguém que viajou ao exterior. Meus amigos, essa questão é facilmente resolvida por eliminação. Ora, o item III está claramente errado. Dessa forma, a única sequência possível, que traz o item 3 como incorreto, é a letra A. 4 Sarampo 12. (Prefeitura de Vilhena-RO/IDECAN/2013) A vacina contra o sarampo é composta por a) fragmentos de vírus b) toxoides bacterianos c) vírus vivos atenuados d) fragmentos de bactérias. e) bactérias vivas atenuadas. COMENTÁRIOS: A vacina contra sarampo é composta de vírus vivos atenuados e cultivados em fibroblastos de embriões de galinha. É distribuída na forma liofilizada, acompanhada de diluente próprio. Portanto, o gabarito da questão é a letra C. Página 25 de 68

26 13. (Prefeitura de Campinas-SP/CAIPIMES/2013/RP) Sobre a prevenção do sarampo, é incorreto afirmar: a) O objetivo da vigilância epidemiológica na doença Sarampo é a identificação precoce de casos para adoção de medidas de prevenção e controle, bem como identificar e monitorar as demais condições de risco. b) O Sarampo é uma doença de notificação compulsória nacional e de investigação epidemiológica obrigatória imediata. c) São consideradas contraindicações para a vacina tríplice viral: alergia e intolerância, que não sejam de natureza anafilática, à ingestão de ovo; contato íntimo com pacientes imunodeprimidos; vacinação recente com a vacinação oral contra a Poliomielite e exposição recente ao Sarampo. d) A vacina tríplice viral é administrada por via subcutânea, de preferência na face externa da parte superior do braço (região deltoide). COMENTÁRIOS: A vacina sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral) é administrada por via subcutânea (preferência na região deltoide). O volume correspondente a uma dose é de 0,5 ml, podendo variar de acordo com o laboratório produtor. A vacina em questão está contraindicada nas ocorrências específicas listadas na sequência: Registro de anafilaxia após recebimento de dose da vacina; Presença de imunodeficiências congênitas ou adquiridas; Atenção! Indivíduos com infecção assintomática pelo HIV podem ser vacinados. Uso de corticosteróides em doses imunossupressoras (nessa situação a pessoa deve ser vacinada, pelo menos, um mês depois da suspensão do uso da droga); Vigência de quimioterapia imunossupressora; Transplantados de medula óssea; Pessoas que fazem uso de imunoglobulina, sangue total ou plasma, no momento da vacinação ou que farão uso em futuro próximo; Na vigência de gravidez. Portanto, são consideradas contraindicações para a vacina tríplice viral: alergia e intolerância, que sejam de natureza anafilática, à ingestão de ovo. Por outro lado, não Página 26 de 68

27 são contraindicações desta vacina: contato íntimo com pacientes imunodeprimidos; vacinação recente com a vacinação oral contra a Poliomielite e exposição recente ao Sarampo. O gabarito, portanto, é a letra C. 5 Coqueluche Coqueluche é uma doença infecciosa aguda, transmissível, de distribuição universal. Compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por paroxismos de tosse seca. Ocorre sob as formas endêmica e epidêmica. Em lactentes, pode resultar em número elevado de complicações e até em morte. O agente etiológico (causador) é a bactéria Bordetellapertussis. A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto de pessoa doente com pessoa suscetível, através de gotículas de secreção da orofaringe eliminadas por tosse, espirro ou ao falar. O período de encubação é, em média, de 5 a 10 dias, podendo variar de 1 a 3 semanas e, raramente, até 42 dias. A principal forma de prevenção é a administração da vacina pentavalente (composta pela vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B recombinante e Haemophilusinfluenzae tipo b conjugada - DTP/HB/Hib). 14. (Prefeitura de Campinas-SP/CAIPIMES/2013/RP) Leia as frases abaixo e a seguir assinale a alternativa que corresponde à resposta correta. I- A Coqueluche é uma doença infecciosa aguda, transmissível e de distribuição universal, que compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por paroxismos de tosse seca. II - A fase catarral da Coqueluche, tem duração de 1 ou 2 semanas e inicia-se com manifestações respiratórias e sintomas leves, seguidos pela instalação gradual de surtos de tosse, cada vez mais intensos e frequentes, até que passam a ocorrer as crises de tosses paroxísticas. III - O homem, o cão e o pombo são considerados reservatórios da doença coqueluche. IV - É considerado caso suspeito todo indivíduo, independente da idade e estado vacinal, que apresentar tosse seca há 14 dias ou mais associada a um ou mais sintomas Página 27 de 68

28 como tosse paroxística, guincho inspiratório e vômitos pós-tosse ou com história de contato com um caso confirmado de Coqueluche pelo critério clínico. a) As frases I, II, III e IV estão corretas. b) Apenas as frases I, II e IV estão corretas. c) Apenas as frases I e III estão corretas. d) Apenas as frases III e IV estão corretas. COMENTÁRIOS: Isto posto, vamos avaliar os itens da questão: Item I. Correto. A Coqueluche é uma doença infecciosa aguda, transmissível e de distribuição universal, que compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por paroxismos de tosse seca. Item II. Correto. A fase catarral da Coqueluche, tem duração de 1 ou 2 semanas e inicia-se com manifestações respiratórias e sintomas leves, seguidos pela instalação gradual de surtos de tosse, cada vez mais intensos e frequentes, até que passam a ocorrer as crises de tosses paroxísticas. Item III. Incorreto. O homem é o único reservatório natural. Ainda não foi demonstrada a existência de portadores crônicos; entretanto, podem ocorrer casos oligossintomáticos, com pouca importância na disseminação da doença. Portanto, o cão e o pombo não são considerados reservatórios da doença coqueluche. Item IV. Correto. É considerado caso suspeito todo indivíduo, independente da idade e estado vacinal, que apresentar tosse seca há 14 dias ou mais associada a um ou mais sintomas como tosse paroxística, guincho inspiratório e vômitos pós-tosse ou com história de contato com um caso confirmado de Coqueluche pelo critério clínico. Nesses termos, o gabarito é a letra B. 7 - Leishmaniose Tegumentar e Visceral Leishmaniose Tegumentar Americana é doença infecciosa, não contagiosa, causada por protozoários do gênero Leishmania, de transmissão vetorial, que acomete pele e mucosas. E primariamente uma infecção zoonótica que afeta outros animais que não o homem, o qual pode ser envolvido secundariamente. Essa doença pode apresentar-se nas formas cutânea e mucosa. Página 28 de 68

29 A doença cutânea apresenta-se classicamente por pápulas, que evoluem para úlceras com fundo granuloso e bordas infiltradas em moldura, que podem ser únicas ou múltiplas, mas indolores. Também pode manifestar-se como placas verrucosas, papulosas, nodulares, localizadas ou difusas. A forma mucosa, secundária ou não a cutânea, caracteriza-se por infiltração, ulceração e destruição dos tecidos da cavidade nasal, faringe ou laringe. Quando a destruição dos tecidos é importante, podem ocorrer perfurações do septo nasal e/ou palato. Há várias espécies de leishmanias envolvidas na transmissão. Nas Américas, são atualmente reconhecidas 11 espécies dermotrópicas de Leishmaniacausadoras de doença humana e 8 espécies descritas, somente em animais. No Brasil, já foram identificadas 7 espécies, sendo 6 do subgênero Vianniae 1 do subgênero Leishmania. As mais importantes são Leishmania (Viannia) braziliensis, L. (L.) amazonensisel. (V.) guyanensis. Os vetores são insetos denominados flebotomíneos, conhecidos popularmente, dependendo da localização geográfica, como mosquito palha, tatuquira, birigui, entre outros. O modo de transmissão ocorre pela picada de flebotomíneos fêmeas que adquirem o parasito ao picar reservatórios (várias espécies de animais silvestres, sinantrópicos e domésticos - canídeos, felídeos e equídeos), transmitindo-o ao homem. Não há transmissão de pessoa a pessoa. Na forma mucosa grave, pode apresentar como complicações: disfagia, disfonia, insuficiência respiratória por edema de glote, pneumonia por aspiração e morte. O diagnóstico é feito pela suspeita clínico-epidemiológica associada à intradermorreação de Montenegro (IDRM) positiva e/ou demonstração do parasito no exame parasitológico direto em esfregaço de raspado da borda da lesão, ou no imprintfeito com o fragmento da biopsia; em histopatologia ou isolamento em cultura. A imunofluorescência não deve ser utilizada como critério isolado para diagnostico de LTA. Entretanto, pode ser considerada como critério adicional no diagnóstico diferencial com outras doenças, especialmente nos casos sem demonstração de qualquer agente etiológico. O tratamento de primeira escolha é a droga o antimonial pentavalente. Não havendo resposta satisfatória com o tratamento pelo antimonial pentavalente, as drogas de segunda escolha são a Anfotericina B e o Isotionato de Pentamidina. Página 29 de 68

30 15. (HGA-SP/CETRO/2013/RP) Sobre a Leishmaniose Tegumentar, analise as assertivas abaixo. I. A Leishmaniose Tegumentar é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por diferentes espécies de protozoários do gênero Leishmania, que acomete pele e mucosas. II. Os vetores da Leishmaniose Tegumentar são caramujos gastrópodes aquáticos, pertencentes à família Planorbidaee ao gênero Biomphalaria, que habitam coleções de água doce, com pouca correnteza ou parada. III. A úlcera típica da Leishmaniose Tegumentar é extremamente dolorosa e secretiva; costuma localizar-se em regiões de dobras cutâneas, apresentando formato arredondado ou ovalado, com bordas rasas e com ausência de granulações. IV. A Leishmaniose Tegumentar é considerada, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como uma das seis mais importantes doenças infecciosas, devido ao alto coeficiente de detecção e capacidade de produzir deformidades. É correto o que se afirma em a) I, II e III, apenas. b) II e IV, apenas. c) I e III, apenas. d) I e IV, apenas. e) II, III e IV, apenas. COMENTÁRIOS: Vamos analisar afirmativas da questão: Item I. Correto. A Leishmaniose Tegumentar é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por diferentes espécies de protozoários do gênero Leishmania, que acomete pele e mucosas. Item II. Incorreto. Os vetores Leishmaniose Tegumentar Americana são insetos denominados flebotomíneos, conhecidos popularmente, dependendo da localização geográfica, como mosquito palha, tatuquira, birigui, entre outros. Item III. Incorreto. A úlcera típica de leishmaniose cutânea (LC) é indolor e costuma localizar-se em áreas expostas da pele; com formato arredondado ou ovalado; mede de alguns milímetros até alguns centímetros; base eritematosa, infiltrada e de consistência firme; bordas bem-delimitadas e elevadas; fundo avermelhado e com granulações grosseiras. Todavia, a infecção bacteriana associada pode causar dor local e produzir exsudato seropurulento que, ao dessecar-se em crostas, recobre total ou Página 30 de 68

31 parcialmente o fundo da ulcera. Adicionalmente, a infecção secundaria e o uso de produtos tópicos podem causar eczema na pele ao redor da ulcera, modificando seu aspecto (forma ectimóide). Por conseguinte, a úlcera típica da Leishmaniose Tegumentar é indolor e não é secretiva; costuma localizar-se em regiões de dobras cutâneas, apresentando formato arredondado ou ovalado, com bordas bem-delimitadas e elevadas e com presença de granulações. Item IV. Correto. De acordo com o Ministério da Saúde (disponível em: a Leishmaniose Tegumentar é considerada, pela OMS, como uma das seis mais importantes doenças infecciosas, devido ao alto coeficiente de detecção e capacidade de produzir deformidades. Disto isto, o gabarito é a letra D. 16. (Prefeitura de Belo Horizonte-MG/FUMARC/2011/RP) Leia as informações para responder à questão: Imagem extraída de em 21/09/2011. Modo de transmissão: Pela picada da fêmea de insetos flebotomíneos das diferentes espécies de importância médico-sanitária do gênero Lutzomyia. São conhecidos popularmente como mosquito palha, tatuquira, birigui, entre outro. Baseando-se nas informações acima, marque a alternativa que corresponde à doença infecto contagiosa. a) Linfogranuloma Venéreo. b) Leishmaniose Tegumentar Americana. c) Oncocercose. d) Paracoccidioidomicose. Página 31 de 68

32 COMENTÁRIOS: Conforme comentários da questão anterior, verificamos claramente que o gabarito da questão é a letra B. 17. (Prefeitura do Rio-RJ/2013/IABAS-BIORIO/RP) A leishmaniose visceral (LV) ou Calazar é uma zoonose que afeta o homem, além de outros animais. Apresenta-se sob a forma de doença crônica, sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, astenia, adinamia, entre outras manifestações. Em relação a essa patologia NÃO é correto afirmar que: a) a leishmaniose é uma doença grave que, se não for tratada, pode levar à morte até 90% dos casos humanos; b) os sinais e os sintomas da doença no homem são: febre irregular de longa duração, falta de apetite, emagrecimento, fraqueza e barriga inchada, pelo aumento do fígado e do baço; c) os sinais e os sintomas da doença nos cães são: apatia, lesões na pele, queda de pelos, inicialmente ao redor dos olhos e nas orelhas, emagrecimento, lacrimejamento e crescimento anormal das unhas; d) a prática da eutanásia canina é recomendada para todos os animais infectados, pois eles continuam transmitindo a doença mesmo depois de tratados; e) a transmissão da doença pode ocorrer diretamente de pessoa para pessoa. COMENTÁRIOS: A leishmaniose visceral (LV) é uma protozoose cujo espectro clínico pode variar desde manifestações clínicas discretas até as graves, que, se não tratadas, podem levar a óbito. Essa doença, primariamente, era uma zoonose caracterizada como doença de caráter eminentemente rural. Mas recentemente, vem se expandindo para áreas urbanas de médio e grande porte e se tornou crescente problema de saúde pública no país e em outras áreas do continente americano, sendo uma endemia em franca expansão geográfica. É uma doença crônica, sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, astenia, adinamia e anemia, dentre outras manifestações. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos. Muitos infectados apresentam a forma inaparente ou assintomática da doença. Suas manifestações clínicas refletem o desequilíbrio entre a multiplicação dos parasitos nas células do sistema Página 32 de 68

33 fagocíticomononuclear (SFM), a resposta imunitária do indivíduo e o processo inflamatório subjacente. O agente etiológico é um protozoário tripanosomatideos do gênero Leishmania, espécie Leishmaniachagasi. O modo de transmissão, no Brasil, ocorre da seguinte forma: através da fêmea de insetos flebotomineos das espécies LutzomyialongipalpiseL. cruzi, infectados. A transmissão ocorre enquanto houver o parasitismo na pele ou no sangue periférico do hospedeiro (na área urbana é o cão; no ambiente silvestre são as raposas e os e os marsupiais). As complicações são as seguintes: as mais frequentes são de natureza infecciosa bacteriana. Dentre elas, destacam-se: otite media aguda, otites, piodermites e afecções pleuropulmonares, geralmente precedidas de bronquites, traqueobronquites agudas, infecção urinária, complicações intestinais; hemorragias e anemia aguda. Caso essas infecções não sejam tratadas com antimicrobianos, o paciente poderá desenvolver um quadro séptico com evolução fatal. As hemorragias são geralmente secundarias a plaquetopenia, sendo a epistaxe e a gengivorragiaas mais comumente encontradas. A hemorragia digestiva e a icterícia, quando presentes, indicam gravidade do caso. O diagnóstico é feito da seguinte forma: clínico-epidemiológico e laboratorial. Esse último, na rede básica de saúde, baseia-se, principalmente em exames imunológicos e parasitológicos. Exame sorológico é o de detecção mais fácil para o diagnóstico da LV (imunofluorescência e Elisa, esse último não disponível na rede). Exame parasitológico - É o diagnóstico de certeza feito pelo encontro de formas amastigotas do parasito, em material biológico obtido preferencialmente da medula óssea, por ser um procedimento mais seguro, do linfonodo ou do baço. O tratamento consiste, no Brasil, nos medicamentos Antimonial Pentavalente e a Anfotericina B. A partir dos comentários, verificamos claramente que o gabarito da questão é a letra E. Página 33 de 68

34 18. (Prefeitura de Teresina-PI/NUCEPE/2011/RP) Febre, hepatomegalia, icterícia e ascite são sinais associados à (ao): a) botulismo; b) tétano acidental; c) malária; d) febre tifóide; e) leishmaniose visceral. COMENTÁRIOS: Os sinais e os sintomas da leishmaniose visceral (LV) no homem são: febre irregular de longa duração, falta de apetite, emagrecimento, icterícia, fraqueza e ascite (barriga inchada), pelo aumento do fígado (hepatomegalia) e do baço (espenomegalia). Por isso, o gabarito é a letra E. 8 - Esquistossomose Mansoni A Esquistossomose Mansoni é uma doença infecciosa parasitária provocada por vermes do gênero Schistosoma, inicialmente assintomática, que pode evoluir até as formas clínicas extremamente graves. É doença de veiculação hídrica, cuja transmissão ocorre quando o indivíduo suscetível entra em contato com águas superficiais onde existam caramujos, hospedeiros intermediários, liberando cercarias. Fonte de infecção: o homem infectado elimina ovos viáveis de S. mansoni por meio das fezes. Quando esses ovos entram em contato com a água, rompem-se e permitem a saída da forma larvária ciliada, denominada miracídio. Os miracídios penetram no caramujo, onde se multiplicam e, entre quatro a seis semanas depois, começam a abandoná-lo em grande número, principalmente quando estão sob a ação de calor e luminosidade. A forma infectante larvária que sai do caramujo tem o nome de cercária. As cercarias penetram no homem (hospedeiro definitivo) por meio da pele e/ou mucosas e, mais frequentemente, pelos pés e pernas, por serem áreas do corpo que ficam em maior contato com águas contaminadas. Após atravessarem a pele ou mucosa, ascercárias perdem a cauda e se transformam em esquistossômulos. Esses caem na Página 34 de 68

35 circulação venosa e alcançam o coração e pulmões, onde permanecem por algum tempo. Retornam posteriormente ao coração, de onde são lançados, por meio das artérias, aos pontos mais diversos do organismo, sendo o fígado o órgão preferencial de localização do parasito. No fígado, as formas jovens se diferenciam sexualmente e crescem alimentando-se de sangue, migram para as veias do intestino, onde alcançam a forma adulta, acasalam-se e iniciam a postura de ovos, recomeçando o ciclo. Figura 3- Ciclo de transmissão da esquistossomose mansônica (Fonte: Amaral, R. S, 2006 apud Brasil, 2008). Manifestação da Doença Fase inicial (dermatite cercariana e esquistossomose aguda): A fase inicial da esquistossomose coincide com a penetração da cercária na pele, que pode ser assintomática ou apresentar intensa manifestação pruriginosa - dermatite cercariana- caracterizada por micropápulas avermelhadas semelhantes a picadas de insetos. Essas manifestações duram, em geral, de 24 a 72 horas, podendo chegar até 15 dias. Cerca de um a dois meses após, aparecem os sintomas inespecíficos, como febre, cefaleia, anorexia, náusea, astenia, mialgia, tosse e diarreia, caracterizando a esquistossomose na forma aguda. O fígado e o baço aumentam discretamente de volume e o indivíduo apresenta sensível comprometimento do seu estado geral, podendo, em alguns casos, chegar ao óbito. Fase crônica (intestinal,hepatointestinal e hepatoesplênica): Página 35 de 68

36 A esquistossomose na fase crônica pode apresentar distintas manifestações. Nessa fase, o fígado é o órgão mais frequentemente comprometido. Dependendo da maior ou menor suscetibilidade do indivíduo e da intensidade da infecção, na fase crônica, pode ocorrer a evolução da doença para diversas formas clínicas: a) Intestinal - é a mais comumente encontrada. Pode ser assintomática ou caracterizada por diarreias repetidas, do tipo muco sanguinolenta ou não. O fígado e o baço não são palpáveis, embora exista, frequentemente, queixa de dor abdominal no hipocôndrio direito. b) Hepatointestinal- na forma hepatointestinal, os sintomas intestinais são semelhantes aos descritos para a forma intestinal, sendo, porém, mais frequentes os casos com diarreia e epigastralgia. O fígado encontra-se aumentado de volume e, na palpação, pode ser percebida a presença de nodulações grosseiras de tamanhos variáveis, causadas por áreas de fibrose do tecido hepático. O baço não é palpável. c) Hepatoesplênica - a forma hepatoesplênica pode apresentar-se em três estágios: compensada, descompensada e complicada. O estado geral do paciente fica comprometido. O fígado e baço são palpáveis, o que caracteriza essa fase da doença. As lesões peculiares intra-hepáticas são, em número e extensão, suficientes para causar transtorno na circulação da veia porta. Há manifestação de algum grau de hipertensão, tanto que aesplenomegalia deve-se mais à congestão do baço que às lesões esquistossomóticas propriamente ditas. Pode haver indícios da formação de circulação colateral e varizes esofagianas. No diagnóstico clínico, deve-se levar em conta a fase da doença (aguda ou crônica).além disso, é de fundamental importância a análise detalhada do local de residência dopaciente, principalmente para saber se ele vive ou viveu em região endêmica. O diagnóstico definitivo da esquistossomose mansoni depende sempre de uma confirmação laboratorial. O tratamento quimioterápico da esquistossomose por meio de medicamentos de baixa toxicidade, como o praziquantele a oxamniquina, deve ser preconizado para a maioria dos pacientes com presença de ovos viáveis nas fezes ou mucosa retal. Contudo, existem condições que contraindicam seu uso e que devem ser respeitadas. Página 36 de 68

37 19. (Prefeitura de Vacarias-RS/FUNDATEC/2014) Leia o trecho a seguir: Trata-se de uma doença de veiculação hídrica, cuja transmissão ocorre quando o indivíduo suscetível entra em contato com águas superficiais onde existam caramujos, hospedeiros intermediários, liberando cercárias. Esta descrição refere-se a qual das seguintes doenças: Parte superior do formulário a) Malária. b) Febre Amarela. c) Doença de Chagas. d) Esquistossomose. e) Raiva. COMENTÁRIOS: A esquistossomose é uma doença infecciosa parasitária provocada por vermes do gênero Schistosoma, inicialmente assintomática, que pode evoluir até as formas clínicas extremamente graves. É também conhecida como, xistose, xistosa xistosomose, doença dos caramujos, barriga d água e doença de Manson-Pirajá da Silva. É doença de veiculação hídrica, cuja transmissão ocorre quando o indivíduo suscetível entra em contato com águas superficiais onde existam caramujos,hospedeiros intermediários, liberando cercarias. A suscetibilidade ao verme é geral. Qualquer pessoa independente de sexo, cor (raça), idade, uma vez entrando em contato com as cercarias, pode vir a contrair a doença. A partir do exposto, o gabarito é a letra D. 20. (Prefeitura de Wenceslau Braz-PR/FUNTEF-PR/2013/RP) A Esquistossomose Mansoni é uma infecção produzida por parasito trematódeo digenético, cuja sintomatologia clínica depende de seu estágio de evolução no homem. Após seis meses de infecção, há risco de o quadro clínico evoluir para a fase crônica. Todas as alternativas abaixo refletem as suas formas clínicas, EXCETO a) hepatointestinal. b) hepática. c) anemia hemolítica. d) hepatoesplênica compensada. Página 37 de 68

38 e) hepatoesplênica descompensada. COMENTÁRIOS: A esquistossomose na fase crônica pode apresentar distintas manifestações. Nessa fase, o fígado é o órgão mais frequentemente comprometido. Dependendo da maior ou menor suscetibilidade do indivíduo e da intensidade da infecção, na fase crônica, pode ocorrer a evolução da doença para diversas formas clínicas: a) Intestinal - é a mais comumente encontrada. Pode ser assintomática ou caracterizada por diarreias repetidas, do tipo muco sanguinolenta ou não. O fígado e o baço não são palpáveis, embora exista, frequentemente, queixa de dor abdominal no hipocôndrio direito. b) Hepatointestinal- na forma hepatointestinal, os sintomas intestinais são semelhantes aos descritos para a forma intestinal, sendo, porém, mais frequentes os casos com diarreia e epigastralgia. O fígado encontra-se aumentado de volume e, na palpação, pode ser percebida a presença de nodulações grosseiras de tamanhos variáveis, causadas por áreas de fibrose do tecido hepático. O baço não é palpável. c) Hepatoesplênica - a forma hepatoesplênica pode apresentar-se em três estágios: compensada, descompensada e complicada. O estado geral do paciente fica comprometido. O fígado e baço são palpáveis, o que caracteriza essa fase da doença. As lesões peculiares intra-hepáticas são, em número e extensão, suficientes para causar transtorno na circulação da veia porta. Há manifestação de algum grau de hipertensão, tanto que aesplenomegalia deve-se mais à congestão do baço que às lesões esquistossomóticas propriamente ditas. Pode haver indícios da formação de circulação colateral e varizes esofagianas. Gabarito letra C Leptospirose A Leptospirose é uma doença infecciosa febril de início abrupto, cujo espectro pode variar desde um processo inaparente até formas graves, com ALTALETALIDADE. A fase precoce da doença corresponde à maioria dos casos (90 a 95%) e, quando leve, é frequentemente diagnosticada como síndrome gripal, virose, influenza ou dengue. Trata-se de uma zoonose de grande importância social e econômica, por apresentar elevada incidência em determinadas áreas, alto custo hospitalar e perdas de dias de trabalho, como também por sua letalidade, que pode Página 38 de 68

39 chegar a 40%, nos casos mais graves. Sua ocorrência está relacionada às precárias condições de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados. As inundações propiciam a disseminação e a persistência do agente causal no ambiente, facilitando a ocorrência de surtos. O agente etiológico é a bactéria helicoidal (espiroqueta) aeróbica obrigatória do gênero Leptospira. O principal reservatório é constituído pelos roedores sinantrópicos 2 das espécies Rattusnorvegicus(ratazana ou rato de esgoto), Rattusrattus(rato de telhado ou rato preto) e Mus musculus (camundongo ou catita). Outros reservatórios de importância são: caninos, suínos, bovinos, equinos, ovinos e caprinos. A infecção humana resulta da exposição direta ou indireta a urina de animais infectados. A penetração do microrganismo ocorre através da pele com presença de lesões, da pele integra imersa por longos períodos em água contaminada ou através de mucosas. O contato com água e lama contaminadas demonstra a importância do elo hídrico na transmissão da doença ao homem. Outras modalidades de transmissão possíveis, porém com rara frequência, são: contato com sangue, tecidos e órgãos de animais infectados, transmissão acidental em laboratórios e ingestão de água ou alimentos contaminados. A transmissão entre humanos e muito rara e de pouca relevância epidemiológica, podendo ocorrer pelo contato com urina, sangue, secreções e tecidos de pessoas infectadas. Os animais infectados podem eliminar a leptospira através da urina durante meses, anos ou por toda a vida, segundo a espécie animal e o sorovar envolvido. A leptospirose humana apresenta manifestações clínicas muito variáveis, com diferentes graus de severidade. As manifestações clínicas variam desde formas assintomáticas e subclínicas até quadros clínicos graves associados a manifestações fulminantes. Didaticamente, as apresentações clínicas da leptospirose foram divididas considerando as fases evolutivas da doença: fase precoce (fase leptospirêmica) e fase tardia(fase imune). 2 Espécies sinantrópicassão aquelas que vivem próximas às habitações humanas. Estes animaisaproximaram-se do homem devido à disponibilidade de alimento e abrigo, servindo-se de frestas em paredes e forros detelhado, ou mesmo objetos empilhados em quintais para se abrigar. A principal diferença entre os sinantrópicos e osanimais domésticos (gatos, cães, galinhas, vacas etc.), é que estes são criados em benefício do homem, servindo como companhia, produção de alimentos, entre outros. Já os sinantrópicos são geralmente indesejáveis, por poderem transmitir doenças, inutilizar ou destruir alimentos, ou sujar as residências. Entre eles estão ratos, pombos, baratas, mosquitos, entre outros. Página 39 de 68

40 A fase precoce da doença é caracterizada pela instalação abrupta de febre, comumente acompanhada de cefaleia e mialgia e, frequentemente, não pode ser diferenciada de outras causas de doenças febris agudas. Em aproximadamente 15% dos pacientes, a leptospirose progride para a fase tardia da doença, que e associada com manifestações mais graves e potencialmente letais. Fase precoce Na fase precoce também podem ocorrer diarreia, artralgia, hiperemia, tosse seca, fotofobia, dor ocular e hemorragia conjuntival. Exantema ocorre em 10 a 20% dos pacientes e apresenta componentes de eritema macular, papular, urticariforme ou purpúrico, distribuídos no tronco ou região pré-tibial. Hepatomegalia, esplenomegalia e linfadenopatia podem ocorrer, mas são achados menos comuns (<20%). Esta fase tende a ser autolimitada e regride em 3 a 7 dias, sem deixar sequelas. É frequentemente diagnosticada como uma síndrome gripal, virose ou outras doenças que ocorrem na mesma época, como dengue ou influenza. Fase tardia Em aproximadamente 15% dos pacientes com leptospirose, ocorre a evolução para manifestações clínicas graves, que tipicamente iniciam-se após a primeira semana de doença, mas que pode ocorrer mais cedo, especialmente em pacientes com apresentações fulminantes. A manifestação clássica da leptospirose grave é a síndrome de Weil, caracterizada pela tríade de icterícia rubinica, insuficiência renal aguda e hemorragias, mais comumente pulmonar. Entretanto, essas manifestações podem se apresentar concomitante ou isoladamente na fase tardia da doença. A síndrome de hemorragia pulmonar é caracterizada por lesão pulmonar aguda e sangramento pulmonar maciço e vem sendo cada vez mais reconhecida no Brasil como uma manifestação distinta e importante da leptospirose na fase tardia. Atenção! A manifestação clássica da leptospirose grave é a síndrome de Weil, caracterizada pela tríade de icterícia rubinica, insuficiência renal aguda e hemorragias, mais comumente pulmonar. A icterícia é considerada um sinal característico e tipicamente apresenta uma tonalidade alaranjada muito intensa (icterícia rubinica) e geralmente aparece entre o 3º e o 7º dia da doença. A presença de icterícia é frequentemente usada para auxiliar no Página 40 de 68

41 diagnóstico da leptospirose, sendo um preditor de pior prognóstico, devido a sua associação com a síndrome de Weil. O comprometimento pulmonar da leptospirose se expressa com tosse seca, dispneia, expectoração hemoptoica e, ocasionalmente, dor torácica e cianose. A hemoptise franca denota extrema gravidade e pode ocorrer de forma súbita, levando a insuficiência respiratória síndrome da hemorragia pulmonar aguda e síndrome da angustia respiratória aguda (SARA) e óbito. A insuficiência renal aguda é uma importante complicação da fase tardia da leptospirose e ocorre em 16 a 40% dos pacientes. Outras manifestações frequentes na forma grave da leptospirose são: miocardite, acompanhada ou não de choque e arritmias, agravadas por distúrbios eletrolíticos; pancreatite; anemia e distúrbios neurológicos como confusão, delírio, alucinações e sinais de irritação meníngea. Atenção! Os casos da forma pulmonar grave da leptospirose podem evoluir para insuficiência respiratória aguda, hemorragia maciça ou síndrome de angustia respiratória do adulto. Muitas vezes precede o quadro de icterícia e insuficiência renal. O óbito pode ocorrer nas primeiras 24 horas de internação. O método de diagnóstico laboratorial de escolha depende da fase evolutiva em que se encontra o paciente. Na fase precoce, as leptospiras podem ser visualizadas no sangue por meio de exame direto, de cultura em meios apropriados, inoculação em animais de laboratório ou detecção do DNA do microrganismo, pela técnica da reação em cadeia da polimerase (PCR). A cultura somente se finaliza (positiva ou negativa) após algumas semanas, o que garante apenas um diagnóstico retrospectivo. Na fase tardia, as leptospiras podem ser encontradas na urina, cultivadas ou inoculadas. No Brasil, os métodos sorológicos são consagradamente eleitos para o diagnóstico da Leptospirose. Os mais utilizados no país são o teste ELISA-IgM e a micro aglutinação (MAT). Esses exames deverão ser realizados pelos Lacens, pertencentes à Rede Nacional de Laboratórios de Saúde Publica. O tratamento (antibioticoterapia) está indicado em qualquer período da doença, mas sua eficácia parece ser maior na primeira semana do início dos sintomas. A leptospirose apresenta distribuição universal. No Brasil, é uma doença endêmica, tornando-se epidêmica em períodos chuvosos, principalmente nas capitais e áreas metropolitanas, devido às enchentes associadas à aglomeração populacional de Página 41 de 68

42 baixa renda, as condições inadequadas de saneamento e a alta infestação de roedores infectados. 21. (TCE-PI/FCC/2014)Na homepage do Coren Piauí constou a seguinte informação: Sesapi (Secretaria de Estado da Saúde) alerta para os riscos de doenças durante o período de chuvas. Uma das doenças característica desse período é a a) hepatite C: virose cuja principal transmissão é a via fecal oral b) leptospirose: causada pela espiroqueta Leptospira encontrada na urina dos ratos. c) febre tifoide: riquetsiose conhecida popularmente como tifo d) oncocercose: infecção fúngica sistêmica causada pela Onchocerca e) histoplasmose: infecção bacteriana de transmissão inter-humanos COMENTÁRIOS: A Leptospirose é uma doença infecciosa febril de início abrupto, cujo espectro pode variar desde um processo inaparente até formas graves, com alta letalidade. A fase precoce da doença corresponde à maioria dos casos (90 a 95%) e, quando leve, é frequentemente diagnosticada como síndrome gripal, virose, influenza ou dengue. Trata-se de uma zoonose de grande importância social e econômica, por apresentar elevada incidência em determinadas áreas, alto custo hospitalar e perdas de dias de trabalho, como também por sua letalidade, que pode chegar a 40%, nos casos mais graves. Sua ocorrência está relacionada às precárias condições de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados. As inundações propiciam a disseminação e a persistência do agente causal no ambiente, facilitando a ocorrência de surtos. O agente etiológico é a bactéria helicoidal (espiroqueta) aeróbica obrigatória do gênero Leptospira. O principal reservatório é constituído pelos roedores sinantrópicos das espécies Rattusnorvegicus (ratazana ou rato de esgoto), Rattusrattus (rato de telhado ou rato preto) e Mus musculus (camundongo ou catita). Outros reservatórios de importância são: caninos, suínos, bovinos, equinos, ovinos e caprinos. A infecção humana resulta da exposição direta ou indireta a urina de animais infectados. A penetração do microrganismo ocorre através da pele com presença de lesões, da pele integra imersa por longos períodos em água contaminada ou através de mucosas. O contato com água e lama contaminadas demonstra a importância do elo hídrico na transmissão da doença ao homem. Outras modalidades de transmissão possíveis, Página 42 de 68

43 porém com rara frequência, são: contato com sangue, tecidos e órgãos de animais infectados, transmissão acidental em laboratórios e ingestão de água ou alimentos contaminados. A transmissão entre humanos é muito rara e de pouca relevância epidemiológica, podendo ocorrer pelo contato com urina, sangue, secreções e tecidos de pessoas infectadas. Os animais infectados podem eliminar a leptospira através da urina durante meses, anos ou por toda a vida, segundo a espécie animal e o sorovar envolvido. A leptospirose apresenta distribuição universal. No Brasil, é uma doença endêmica, tornando-se epidêmica em períodos chuvosos, principalmente nas capitais e áreas metropolitanas, devido às enchentes associadas à aglomeração populacional de baixa renda, as condições inadequadas de saneamento e a alta infestação de roedores infectados. Tendo visto isto, conclui-se que o gabarito da questão é a letra B. 22. (Prefeitura de Campinas-SP/CAIPIMES/2013/RP) Sobre a doença Leptospirose, é correto afirmar que: a) os animais infectados apenas eliminam a leptospira na urina, em um período máximo de 6 meses a um ano. b) a icterícia é um sinal característico, possuindo uma tonalidade alaranjada muito intensa e geralmente aparece entre o 3 e o 7 dia da doença. c) a antibioticoterapia está indicada em qualquer período da doença, e a doxicilina deve ser utilizada em crianças menores de 9 anos, mulheres grávidas e em pacientes portadores de nefropatias ou hepatopatias. d) não é uma doença de notificação compulsória nacional. COMENTÁRIOS: Vamos avaliar os itens da questão: Item A. Incorreto. Os animais infectados podem eliminar a leptospira através da urina durante meses, anos ou porto da a vida, segundo a espécie animal e o sorovar envolvido. Item B. Correto. A icterícia é um sinal característico, possuindo uma tonalidade alaranjada muito intensa e geralmente aparece entre o 3 e o 7 dia da doença. Item C. Incorreto. A antibioticoterapia está indicada em qualquer período da doença, mas sua eficácia parece ser maior na 1ª semana do início dos sintomas. A Página 43 de 68

44 doxiciclina não deve ser utilizada em crianças menores de 9 anos, mulheres grávidas e em pacientes portadores de nefropatias ou hepatopatias. Item D. Incorreto. É uma doença de notificação compulsória no Brasil. Tanto a ocorrência de casos suspeitos isolados como a de surtos deve ser notificada, o mais rapidamente possível, para o desencadeamento das ações de vigilância epidemiológica e controle. Nesses termos, o gabarito é a letra B Meningite O termo meningite expressa à ocorrência de um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro. Essa doença pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus e fungos, dentre outros, e agentes não infecciosos (ex.: traumatismo). As meningites de origem infecciosa, principalmente as causadas por bactérias e vírus, são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública, pela magnitude de sua ocorrência e potencial de produzir surtos. Dentre elas, destacam-se aquelas a seguir relatadas. Neisseriameningitidis (Meningococo) Streptococcus pneumoniae Mycobacterium tuberculosis Haemophilus influenzae Meningites virais Principais Agentes Causadores de Meningite - Bactéria gram-negativa em forma de coco. Possui diversos sorogrupos, de acordo com o antígeno polissacarídeo da cápsula. Os mais frequentes são os sorogrupos A, B, C, W135 e Y. - Bactéria Gram-positiva com característica morfológica esférica (cocos), disposta aos pares. - Bacilo não formador de esporos, sem flagelos e que não produz toxinas. É uma espécie aeróbica estrita, necessitando de oxigênio para crescer e se multiplicar. - Bactéria gram-negativa que pode ser classificada, atualmente, em 6 sorotipos (a, b, c, d, e, f), a partir da diferença antigênica da cápsula polissacarídica. Representadas principalmente pelos enterovírus. Nesse grupo, estão incluídas as 3 cepas dos poliovírus, 28 cepas de echovírus, 23 cepas do vírus coxsackie A, 6 do vírus coxsackie B e 5 outros enterovírus. Em geral, a transmissão e de pessoa a pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções da nasofaringe, havendo necessidade de contato intimo (residentes da mesma casa, pessoas que compartilham o mesmo dormitório ou alojamento, comunicantes de creche ou escola, namorado) ou contato direto com as secreções respiratórias do paciente. Página 44 de 68

45 O período de transmissibilidade é variável, dependendo do agente infeccioso e da instituição do diagnóstico e tratamento precoces. No caso da doença meningocócica, a transmissibilidade persiste até que o meningococo desapareça da nasofaringe. Em geral, isso ocorre após 24 horas de antibioticoterapia. A meningite é uma síndrome na qual, em geral, o quadro clínico é grave e caracteriza-se por febre, cefaleia intensa, náusea, vômito, rigidez de nuca, prostração e confusão mental, sinais de irritação meningea, acompanhados de alterações do líquido cefalorraquidiano (LCR). No curso da doença, podem surgir delírio e coma. Dependendo do grau de comprometimento encefálico, o paciente poderá apresentar também convulsões, paralisias, tremores, transtornos pupilares, hipoacusia, ptose palpebral e nistagmo. Casos fulminantes, com sinais de choque, também podem ocorre. A irritação meningea associa-se aos sinais descritos abaixo: Sinal de Kernig - resposta em flexão da articulação do joelho, quando a coxa e colocada em certo grau de flexão, relativamente ao tronco. Sinal de Brudzinski - flexão involuntária da perna sobre a coxa e dessa sobre a bacia, ao se tentar fletir a cabeça do paciente. Crianças de até 9 meses poderão não apresentar os sinais clássicos de irritação meningea. Nesse grupo, outros sinais e sintomas permitem a suspeita diagnóstica, tais como: febre, irritabilidade ou agitação, choro persistente, grito meningeo (criança grita ao ser manipulada, principalmente, quando se flete as pernas para trocar a fralda) e recusa alimentar, acompanhada ou não de vômitos, convulsões e abaulamento da fontanela. As infecções causadas pelas bactérias N. meningitidis, H. influenzaees. pneumoniaepodem limitar-se a nasofaringe ou evoluir para septicemia ou meningite. A infecção pela N. meningitidis pode provocar meningite, meningococcemia e as duas formas clínicas associadas: meningite meningocócica com meningococcemia, a qual se denomina doença Meningocócica. A vigilância da doença meningocócica é de grande importância para a saúde pública em virtude da magnitude e gravidade da doença, bem como do potencial de causar epidemias. As principais complicações das meningites bacterianas são: perda da audição, distúrbio de linguagem, retardo mental, anormalidade motora e distúrbios visuais. Página 45 de 68

46 Em se tratando de meningite bacteriana, o tratamento com antibiótico deve ser instituído tão logo seja possível, preferencialmente logo após a punção lombar e a coleta de sangue para hemocultura. O uso de antibiótico deve ser associado a outros tipos de tratamento de suporte, como reposição de líquidos e cuidadosa assistência. De um modo geral, a antibioticoterapia é administrada por via venosa por um período de 7 a 14 dias, ou até mais, dependendo da evolução clínica e do agente etiológico. A precocidade do tratamento e do diagnóstico é fator importante para o prognóstico satisfatório das meningites. As principais estratégias de prevenção e controle são as seguintes: Orientar a população sobre a importância da higiene corporal e ambiental, bem como a manutenção de ambientes domiciliares e ocupacionais ventilados e evitar aglomerados em ambientes fechados. Informar sobre os mecanismos de transmissão da doença. Capacitar profissionais de saúde para o diagnóstico e o tratamento precoces. Notificar todos os casos suspeitos às autoridades de saúde. Investigar imediatamente todos os casos notificados como meningite. Realizar, de forma adequada e em tempo hábil, a quimioprofilaxia dos contatos íntimos, quando indicada. Manter alta cobertura vacinal contra BCG e pentavalente (composta pela vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B recombinante e Haemophilusinfluenzae tipo b conjugada - DTP/HB/Hib 3 ), observando a importância da cobertura homogênea nos municípios. Detectar precocemente e investigar rapidamente situações que indiquem possibilidade de surto. Realizar a vacinação para bloqueio de surtos, quando indicada. Página 46 de 68

47 23. (MEAC e HUWC UFC/EBSERH/IAOCP/2014) Um paciente internado na Clínica médica é diagnosticado com meningite viral. Nesse caso, a enfermeira deve a) instituir o isolamento de aerossóis para paciente, até completar 72 horas de antibioticoterapia. b) instituir o isolamento de contato para paciente, até completar 24 horas de antibioticoterapia. c) instituir o isolamento de gotículas para paciente, até a alta hospitalar. d) instituir o isolamento de gotículas para paciente, até completar 24 horas de antibioticoterapia. e) considerar que não é necessário o isolamento do paciente. COMENTÁRIOS: A meningite é causada por agentes infecciosos (bactérias, vírus, fungos, protozoários, helmintos), e agentes não infecciosos (ex: traumatismo). As meningites de origem infecciosa, principalmente as causadas por bactérias e vírus, são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública, pela magnitude de sua ocorrência e potencial de produzir surtos. Em geral, a transmissão é de pessoa a pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções da nasofaringe, havendo necessidade de contato íntimo (residentes da mesma casa, pessoas que compartilham o mesmo dormitório ou alojamento, comunicantes de creche ou escola, namorado) ou contato direto com as secreções respiratórias do paciente. O período de transmissibilidade é variável, dependendo do agente infeccioso e da instituição do diagnóstico e tratamento precoces. No caso da doença meningocócica, a transmissibilidade persiste até que o meningococo desapareça da nasofaringe. Em geral, isso ocorre após 24 horas de antibioticoterapia. Tendo visto isto, conclui-se que o gabarito da questão é a letra D. Página 47 de 68

48 24. (Prefeitura do Rio-RJ/2013/IABAS-BIORIO/RP) Com relação à doença meningocócica, é correto afirmar que: a) o tratamento de escolha é composto pela associação da ceftriaxona com o cloranfenicol; b) a porta de entrada mais comum para o meningococo é a nasofaringe; c) o diagnóstico diferencial entre a meningite meningocócica e pneumocócica pode ser feito apenas pela avaliação clínica; d) o agente etiológico pode ser isolado do líquor e das lesões petequiais e visualizado como diplococos gram positivos à microscopia ótica; e) ceftriaxona é o antimicrobiano de escolha para a profilaxia dos contactantes. COMENTÁRIOS: De acordo com explanação teórica, vamos resolver a questão, com base nas diretrizes do Ministério da Saúde (disponível em Item A. Incorreto. O tratamento de escolha da meningite meningocócica é composto pela associação da penicilina cristalina, a UI/kg/dia, com dose máxima de UI/dia, IV, fracionada em 3/3 ou 4/4 horas, durante 7 a 10 dias; ampicilina, 200 a 400mg/kg/dia, ate no Maximo de 15g/dia, IV, fracionada em 4/4 ou 6/6 horas, durante 7 a 10 dias. Em casos de alergia, usar cloranfenicol, na dose de 50 a 100mg/kg/dia, IV, fracionada em 6/6 horas. Vejam que o tratamento de escolha não é composto pela associação da ceftriaxona com o cloranfenicol. Item B. Correto. Conforme dito anteriormente, a porta de entrada mais comum para o meningococo é a nasofaringe. Item C. Incorreto. O diagnóstico da meningite meningocócica é feito por meio do isolamento da N. meningitidis do sangue ou no líquor. O líquido céfalo-raquidiano (LCR) pode se apresentar turvo, com cor leitosa ou xantocrômica. A bioquímica evidencia glicose e cloretos diminuídos (concentração de glicose inferior a 50% da glicemia, coletada simultaneamente ao líquor), proteínas elevadas (acima de 100mg/dl) e aumento do número de leucócitos, predominando polimorfonucleares neutrófilos. A contra-imunoeletroforese (CIE) e reagente, a bacterioscopia evidencia a presença de diplococos gram-negativos e a cultura evidencia o crescimento de N. meningitidis. Página 48 de 68

49 Portanto, o diagnóstico diferencial entre a meningite meningocócica e pneumocócica pode ser feito pela avaliação laboratorial, e não apenas pela avaliação clínica. Item D. Incorreto. O agente etiológico da meningite meningocócica pode ser isolado do líquor e do sangue e visualizado como diplococos gram negativos à microscopia ótica; Item E. Incorreto. A quimioprofilaxia da meningite meningocócica feita em contatos íntimos do doente. A droga de escolha é a rifampicina, na dose de 600mg, VO, de 12/12 horas, durante 2 dias (dose máxima total de 2.400mg), para adultos. Crianças de 1 mês até 10 anos, administrar 10mg/kg/dose em 4 tomadas, com intervalos de 12/12 horas, sendo a dose máxima de 600mg. Recém-nascidos, 5mg/kg/dose, de 12/12 horas, em 4 tomadas (dose máxima de 600g). A quimioprofilaxia não garante proteção absoluta, mas ajuda a prevenir a ocorrência de casos secundários. Neste sentido, a rifampicina, e não a Ceftriaxona, é o antimicrobiano de escolha para a profilaxia dos contactantes. Constatamos que o gabarito da questão é a B Malária A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários do gênero Plasmodium, caracterizada por febre alta acompanhada de calafrios, suores e cefaléia, que ocorrem em padrões cíclicos, a depender da espécie do parasito infectante. Possui uma fase sintomática inicial, caracterizada por mal-estar, cefaleia, cansaço, mialgia, náuseas e vômitos, que geralmente precede à clássica febre da malária. O ataque paroxístico inicia-se com calafrio que dura de 15 minutos até uma hora, sendo seguido por uma fase febril, com temperatura corpórea podendo atingir 41 C ou mais. Após um período de duas a seis horas, ocorre de fervecência da febre e o paciente apresenta sudorese profusa e fraqueza intensa. Após a fase inicial, a febre assume um caráter intermitente, dependente do tempo de duração dos ciclos eritrocíticos de cada espécie de plasmódio: 48 horas para Plasmodiumfalciparum(P. falciparum) e Plasmodiumvivax(P. vivax) - e 72 horas para Plasmodiummalariae(P. Malariae). Página 49 de 68

50 No Brasil, três espécies de Plasmodium causam malária: P. malariae, P. vivaxep. Falciparum. Os principaisvetores da malária são os mosquitos pertencentes à ordem dos dípteros, família Culicidae, gênero Anopheles. A espécie Anophelesdarlingié o principal vetor no Brasil, destacando-se na transmissão da doença pela distribuição geográfica, antropofilia e capacidade de ser infectado por diferentes espécies de plasmódios. Popularmente, os vetores da malária são conhecidos por "carapanã", "muriçoca", "sovela", "mosquito-prego" e "bicuda". O homem é o único reservatório importante da malária. A transmissão ocorre através da picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada pelo plasmodium. Os esporozoítos, formas infectantes do parasito, são inoculados na pele do homem sadio por meio da saliva da fêmea do Anopheles infectada por Plasmodium. A fêmea é infectada ao sugar o sangue de uma pessoa doente. Não há transmissão direta da doença de pessoa a pessoa. Adultos não imunes, bem como crianças e gestantes, podem apresentar manifestações mais graves da infecção (complicações), podendo ser fatal no caso de P. Falciparum em cerca de 1% dos casos. É inquestionável hoje que o principal fator determinante das complicações na malária por P. falciparum principalmente de adultos não imunes é o atraso de seu diagnóstico e a postergação da terapêutica específica. Infecções por P. vivax e P. malariae são geralmente benignas e os raros casos relatados de morte por essas espécies ocorreram em função de complicações peculiares como a ruptura espontânea do baço ou concomitância com outra entidade patológica de evolução fatal. O diagnóstico de certeza da infecção malárica só é possível pela demonstração do parasito, ou de antígenos relacionados, no sangue periférico do paciente. Gota espessa é o método oficialmente utilizado no Brasil para o diagnóstico da malária. Mesmo após o avanço de técnicas para o diagnóstico da malária ocorrido nas últimas décadas, o exame da gota espessa de sangue continua sendo um método simples, eficaz, de baixo custo e de fácil realização. O tratamento da malária visa principalmente a interrupção da esquizogonia sanguínea, responsável pela patogenia e manifestações clínicas da infecção. O tratamento adequado e oportuno da malária é hoje o principal alicerce para o controle da doença. A decisão de como tratar o paciente com malária deve ser precedida de informações sobre os seguintes aspectos: gravidade da doença; espécie de plasmódio; Página 50 de 68

51 idade do paciente; história de exposição anterior à infecção e suscetibilidade dos parasitos aos antimaláricos convencionais. Toda suspeição de malária deve ser notificada às autoridades de saúde, tanto na área endêmica, pelo Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Malária(Sivep-Malária), quanto na área não endêmica, pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Notificação da malária: área endêmica (Sivep-Malária) e área não endêmica (Sinan). Os principais objetivos do Programa Nacional de Controle da Malária (PNCM) do Ministério da Saúde são reduzir a letalidade e a gravidade dos casos, reduzir a incidência da doença, eliminar a transmissão em áreas urbanas e manter a ausência da doença em locais onde a transmissão já foi interrompida. O quadro epidemiológico da malária no Brasil é preocupante nos dias atuais. Embora em declínio, o número absoluto de casos no ano de 2008 ainda foi superior a pacientes em todo o país. Desses, 99,9% foram transmitidos nos Estados da Amazônia Legal, sendo o Plasmodiumvivaxa espécie causadora de quase 90% dos casos. No entanto, a transmissão do P. falciparum, sabidamente responsável pela forma grave e letal da doença, tem apresentado redução importante nos últimos anos. 25. (Prefeitura de Cambé-PR/FUNTEF-PR/2014) Malária é uma doença infecciosa febril aguda, mais conhecida como maleita, sezão, tremedeira, batedeira ou febre e tem como reservatório a) os suínos, os equinos, as focas e as aves. b) a natureza: em solos, sedimentos de lagos e mares. c) o homem, único reservatório. d) os cães. e) os gados. COMENTÁRIOS: Malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários do gênero Plasmodium, caracterizada por febre alta acompanhada de calafrios, suores e cefaléia, que ocorrem em padrões cíclicos, a depender da espécie do parasito infectante. É muito conhecida como paludismo, impaludismo, febre palustre, febre intermitente, febre terçã benigna, febre terçã maligna, além de nomes populares, como maleita, sezão, tremedeira, batedeira. Página 51 de 68

52 No Brasil, três espécies de Plasmodium causam malária: P. malariae, P. vivax e P. falciparum. A malária por Plasmodium ovale (P. ovale) ocorre apenas no continente africano. Entretanto, ocasionalmente pode ser diagnosticado no Brasil casos importados, devendo ser tratado da mesma forma que a malária por P. vivax. O homem é o único reservatório importante. Nesses termos, o gabarito é a letra C. 26. (Prefeitura de Machadinho D Oeste-RO/FUNCAB/2012) São medidas de controle da Malária: a) orientação à população quanto à doença, ao uso de repelentes, cortinados ou mosquiteiros, roupas protetoras, telas em portas e janelas; investigação entomológica. b) verificar a extensão da presença de carrapatos na área e instruir a população sobre a necessidade da retirada dos mesmos nos indivíduos infestados (com luvas), já que a doença parece ocorrer com maior frequência em indivíduos que permanecem com o vetor no corpo por mais de 6 horas. c) controle de roedores (antirratização e desratização); armazenamento apropriado de alimentos; destino adequado do lixo; cuidados com a higiene; remoção e destino adequado de resíduos alimentares humanos e animais; manutenção de terrenos baldios murados e livres de mato e entulhos. d) educação da população quanto às boas práticas de higiene, com ênfase na lavagem das mãos após o uso do banheiro, quando da preparação de alimentos e antes de se alimentar; disposição sanitária de fezes; medidas de saneamento básico, com água tratada e esgoto. e) manutenção do controle rigoroso da qualidade dos hemoderivados transfundidos, por meio de triagem sorológica dos doadores. COMENTÁRIOS: De acordo com o Cadernos de Atenção Básica n 21. Vigilância em Saúde (2008) são medidas a serem adotadas no controle da malária: orientação à população quanto à doença, uso de repelentes, cortinados, mosquiteiros, roupas protetoras, telas em portas e janelas; investigação entomológica. Por isso, o gabarito é a letra A. Página 52 de 68

53 27. (Assembleia Legislativa do Amazonas-AM/ISAE/2011/RP) O Art. n. 30 do Código de Ética afirma que é proibido administrar medicamentos sem conhecer a ação da droga e sem certificar-se da possibilidade de riscos. Partindo dessa premissa e de acordo com o Guia prático de tratamento da Malária no Brasil, 2010, os procedimentos a serem adotados no tratamento de uma paciente com malária devem ser precedidos das informações relacionadas nas alternativas a seguir, à exceção de uma. Assinale-a. a) A espécie de plasmódio infectante, pela especificidade dos esquemas terapêuticos a serem utilizados. b) A idade da paciente, pela maior toxicidade em adultos jovens. c) O histórico de exposição anterior à infecção, uma vez que indivíduos primo infectados tendem a apresentar formas mais graves da doença. d) As condições associadas, tais como gravidez, e o levantamento de outros problemas de saúde. e) A gravidade da doença, pela necessidade de hospitalização e de tratamento com esquemas especiais de antimaláricos. COMENTÁRIOS: A decisão de como tratar o paciente com malária deve ser precedida de informações sobre os seguintes aspectos: espécie de plasmódio infectante, pela especificidade dos esquemas terapêuticos a serem utilizados; idade do paciente, pela maior toxicidade para crianças e idosos, e não em adultos jovens isso é lógico, pois a faixa etária mais forte é a de adultos jovens; história de exposição anterior a infecção uma vez que indivíduos primo infectados tendem a apresentar formas mais graves da doença; condições associadas, tais como gravidez e outros problemas de saúde; gravidade da doença, pela necessidade de hospitalização e de tratamento com esquemas especiais de antimaláricos. Nessa tela, o gabarito é a letra B. Página 53 de 68

54 16 - Tétano, Difteria 28. (IF-SC/2013/RP) Doença respiratória infectocontagiosa grave, causada por um bacilo que se instala nas amídalas, faringe, laringe, nariz e, em alguns casos, nas mucosas e na pele. O período de incubação costuma durar em torno de um a seis dias, altamente transmissível mediante contato direto, através de gotículas eliminadas pela tosse, pelo espirro e ao falar, ou pelo contato com as lesões cutâneas: a) Tétano b) Coqueluche c) Sarampo d) Parotidite e) Difteria COMENTÁRIOS: Item A. Tétano acidental é uma doença infecciosa aguda não contagiosa, causada pela ação de exotoxinas produzidas pelo Clostridium tetani, as quais provocam um estado de hiperexcitabilidade do sistema nervoso central. Clinicamente, a doença manifesta-se com febre baixa ou ausente, hipertonia muscular mantida, hiperreflexia e espasmos ou contraturas paroxísticas. Em geral, o paciente mantém-se consciente e lúcido. A infecção ocorre pela introdução de esporos em solução de continuidade da pele e mucosas (ferimentos superficiais ou profundos de qualquer natureza). Em condições favoráveis de anaerobiose, os esporos se transformam em formas vegetativas, que são responsáveis pela produção de tetanopasminas. A presença de tecidos desvitalizados, corpos estranhos, isquemia e infecção contribuem para diminuir o potencial de oxirredução e, assim, estabelecer as condições favoráveis ao desenvolvimento do bacilo. A principal forma de prevenção é a administração da vacina pentavalente (composta pela vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B recombinante e Haemophilus influenzae tipo b conjugada - DTP/HB/Hib), DTP e dt 4 ). Item B. Coqueluche é uma doença infecciosa aguda, transmissível, de distribuição universal. Compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por paroxismos de tosse seca. Ocorre sob as formas 4 Maiores detalhares, ver aula sobre imunização. Página 54 de 68

55 endêmica e epidêmica. Em lactentes, pode resultar em número elevado de complicações e até em morte. O agente etiológico (causador) é a bactéria Bordetella pertussis. A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto de pessoa doente com pessoa suscetível, através de gotículas de secreção da orofaringe eliminadas por tosse, espirro ou ao falar. O período de encubação é, em média, de 5 a 10 dias, podendo variar de 1 a 3 semanas e, raramente, até 42 dias. A principal forma de prevenção é a administração da vacina pentavalente (composta pela vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B recombinante e Haemophilus influenzae tipo b conjugada - DTP/HB/Hib). Item C. Sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmissível e extremamente contagiosa, muito comum na infância. A viremia, causada pela infecção, provoca uma vasculite generalizada, responsável pelo aparecimento das diversas manifestações clínicas, inclusive pelas perdas consideráveis de eletrólitos e proteínas, gerando o quadro espoliante característico da infecção. Além disso, as complicações infecciosas contribuem para a gravidade do sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores de 1 ano de idade. O agente etiológico é o vírus do sarampo pertence ao gênero Morbillivirus, família Paramyxoviridae. É transmitido diretamente de pessoa a pessoa, através das secreções nasofaríngeas, expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. O período de encubação é geralmente de 10 dias (variando de 7 a 18 dias), desde a data da exposição até o aparecimento da febre, e cerca de 14 dias até o início do exantema. A principal forma de prevenção é a administração da vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela). Item D. Parotidite infecciosa (papeira, caxumba) é uma doença viral aguda, caracterizada por febre e aumento de volume de uma ou mais glândulas salivares, geralmente a parótida e, às vezes, glândulas sublinguais ou submandibulares. O agente etiológico é vírus da família Paramyxoviridae, gênero Paramyxovirus. A transmissão ocorre por via aérea, através disseminação de gotículas, ou por contato direto com saliva de pessoas infectadas. O período de encubação é de 12 a 25 dias, sendo, em média, 16 a 18 dias. Página 55 de 68

56 A principal forma de prevenção é a administração da vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela). Item E. Difteria é uma doença transmissível aguda, toxiinfecciosa, imuno prevenível, causada por bacilo toxigênico, que frequentemente se aloja nas amígdalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, em outras mucosas e na pele. É caracterizada por placas pseudomembranosas típicas. O agente etiológico é a bactéria Corynebacteriumdiphtheriae. A transmissão se dá pelo contato direto de pessoa doente ou portadores com pessoa suscetível, através de gotículas de secreção respiratória, eliminadas por tosse, espirro ou ao falar. O período de encubação é, em geral, de 1 a 6 dias, podendo ser mais longo. A principal forma de prevenção é a administração da vacina pentavalente(composta pela vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B recombinante e Haemophilus influenzaetipo b conjugada - DTP/HB/Hib. A partir dos comentários, verificamos que o gabarito é a letra E. Referências udo=4580&codmoduloarea=789 html -> Cadernos de Atenção Básica do Ministério da Saúde: Vigilância em Saúde: Zoonoses: Demanda Espontânea: -> Manuais de Vigilância: Página 56 de 68

57 LISTA DE QUESTÕES 1. (HUWC UFC/EBSERH/MEAC/IAOCP/2014) A febre amarela é uma doença característica de algumas regiões como América Central, América do Sul e África. Típica de locais quentes, que favorecem a proliferação dos mosquitos contaminados pelo flavivírus. Com relação à vacinação contra febre amarela, é correto afirmar que: a) deve ser administrada aos dez meses de idade e a cada dez anos. b) deve ser administrada aos nove meses de idade e aos dez anos, sendo periódica. c) deve ser administrada aos dez meses de idade e aos dez anos. d) deve ser administrada aos doze meses de idade e a cada dez anos, sendo periódica. e) deve ser administrada aos seis meses de idade e a cada dez anos. 2. (Prefeitura de Mogi das Cruzes-SP/CAIPIMES/2014) A Febre Amarela é uma doença febril aguda, de curta duração (no máximo 12 dias) e gravidade variável. Pode apresentar-se como infecção subclínica e/ ou leve, até formas mais graves. Complete com (V) verdadeiro ou (F) falso e assinale a alternativa correta ( ) É uma doença de notificação compulsória e sua investigação epidemiológica é obrigatória em todos os casos. ( ) O objetivo das ações da vigilância epidemiológica é reduzir a incidência de Febre Amarela de transmissão silvestre; impedir a transmissão urbana; e detectar oportunamente a circulação viral para orientar as medidas de controle. ( ) A vacinação é a mais importante medida de controle e deve ser realizada a partir dos nove meses de idade, com reforço a cada 20 anos. ( ) Em situações de surto ou epidemia, vacinar a partir dos 2 anos de idade. a) F, V, V, F. b) V, V, F, F. c) V, V, V, F. d) F, F, F, V. Página 57 de 68

58 3. (Prefeitura de Sul Brasil-SC/ALTERNATIVE CONCURSOS/2014) É uma doença febril aguda, não contagiosa, de curta duração (no máximo 12 dias), que apresenta alta morbidade e letalidade. A infecção pelo vírus causa no homem desde formas leves com sintomatologia febril inespecífica até formas graves com icterícia, albuminúria, oligúria, manifestações hemorrágicas, delírio, obnubilação e choque. Aponte a alternativa abaixo que esta de acordo com o exposto: a) Febre maculosa. b) Tuberculose. c) Pancreatite. d) Febre amarela. e) Tétano. 4. (Prefeitura de São Carlos-SP/VUNESP/2011/RP) Em relação à varicela, doença que atinge principalmente as crianças, é correto afirmar que a) o período de incubação é de 7 a 30 dias. b) se trata de uma doença bacteriana benigna que se caracteriza por manchas vermelhas e coceira intensa. c) enquanto as lesões não evoluírem para crostas, é preciso manter o doente isolado. d) o tratamento consiste no uso de antibióticos. e) a vacinação é indicada no nascimento para prevenir a doença. 5. (Prefeitura de Ouro Preto-MG/FUMARC/2011/RP) A varicela é uma doença benigna, mas altamente contagiosa que ocorre principalmente em menores de 15 anos de idade. É mais frequente no final do inverno e início da primavera. Indivíduos imunocomprometidos, quando adquirem varicela primária ou recorrente, possuem maior risco de doença severa. Sobre este contexto, pode-se afirmar EXCETO: a) o período de transmissibilidade varia de 1 a 2 dias antes da erupção até 5 dias após o surgimento do primeiro grupo de vesículas. Enquanto houver vesículas, a infecção é possível. b) o único reservatório do agente etiológico é o homem. c) trata-se de uma doença de notificação compulsória. d) uma das medidas específicas na vigilância epidemiológica refere-se ao isolamento: crianças com varicela não complicada podem retornar à escola no 6º dia após o surgimento do rush cutâneo. Crianças imunodeprimidas ou que apresentam curso Página 58 de 68

59 clínico prolongado só deverão retornar às atividades após o término da erupção vesicular. 6. (HU-UFS/ EBSERH/ IAOCP/2014) A profilaxia pré-exposição deve ser indicada para pessoas com risco de exposição permanente ao vírus da Raiva, durante atividades ocupacionais exercidas por profissionais como biólogos e médicos veterinários. Assim, o esquema préexposição e os dias de aplicação nestes casos são: a) Esquema: 3 doses; Dias de aplicação: 0,7,28. b) Esquema: 2 doses; Dias de aplicação: 0,3. c) Esquema: Dose única; Dias de aplicação: 0. d) Esquema: 5 doses; Dias de aplicação: 0,3,7,14,28. e) Esquema: 4 doses; Dias de aplicação: 0, 3, 7, (HUCAM-UFES/EBSERH/IAOCP/2014) Homem, 28 anos, como em todos os finais da tarde, após o trabalho, estava bebendo e comendo espetinho com os amigos, sentados à mesa disposta na calçada em frente ao bar, ao chutar um cão de rua que nunca havia visto antes e que se aproximou da comida, foi agredido pelo animal. Os amigos ajudaram-no a afastar o cão. A vítima foi imediatamente ao Pronto Socorro onde o enfermeiro observou que havia um ferimento superficial e sem sangramento ativo no braço direito devido à arranhadura, iniciando a profilaxia da raiva humana. A vítima não encontrou mais o cão próximo ao local no qual foi atacado, nos 10 dias consecutivos após sua exposição. Diante desse caso, a conduta proposta pelo Ministério da Saúde (2011) é a) lavar o ferimento com água e sabão e não tratar b) lavar o ferimento com água e sabão e administrar cinco doses de vacina de cultivo celular (dias 0, 3, 7, 14 e 28) c) lavar o ferimento com água e sabão, administrar cinco doses de vacina de cultivo celular (dias 0, 3, 7, 14 e 28) e duas doses de soro (a primeira entre os dias 7 e 10, e a segunda entre os dias 14 e 28) d) lavar o ferimento com solução fisiológica e PVPI degermante, administrar cinco doses de vacina de cultivo celular (dias 0, 3, 7, 14 e 28) e repetir duas doses após 90 dias da exposição (dias 0 e 3) e) lavar o ferimento com solução fisiológica e PVPI degermante e administrar duas doses de soro (a primeira entre os dias 7 e 10, e a segunda entre os dias 14 e 28) Página 59 de 68

60 8. (Prefeitura de Silvânia-GO/NOROESTE/2014) A raiva é uma doença grave e pode levar a morte em quase 100% dos casos, em caso de mordida de cachorro ou gato, o Ministério da Saúde recomenda que a) as pessoas procurem logo um posto de saúde para tomar a vacina contra a raiva, e que serão aplicadas até 5 doses, dependendo do caso. b) a vacina contra a raiva seja aplicada somente em casos onde á sangramento na ferida. c) a aplicação da vacina contra a raiva seja feita somente com prescrição médica. d) o causador da mordedura seja sacrificado. 9. (Prefeitura de Campinas-SP/CAIPIMES/2013/RP) Sobre a Raiva Humana, é correto afirmar: a) A vacina contra a raiva em uso rotineiro no Brasil, a partir de 2002, é a vacina de cultivo celular. As vacinas de cultivo celular são mais imunogênicas e menos reatogênicas. b) No ciclo urbano, as principais fontes de infecção são cão, morcego, jaritaca e macacos. c) A única forma de transmissão da doença é através da lambedura de mucosas. d) Como a vacinação apresenta contraindicação, deve ser iniciada 10 dias após a arranhadura e/ou lambedura de mucosas. 10. (HC-UFPE/EBSERH/IDECAN/2014) Lactentes com síndrome da rubéola congênita podem eliminar o vírus, até um ano após o nascimento, através de, EXCETO: a) Urina b) Fezes c) Sangue d) Lágrimas e) Secreções nasofaríngeas Página 60 de 68

61 11. (Prefeitura de Campinas-SP/CAIPIMES/2013/RP) Leia as frases abaixo e a seguir assinale a alternativa que corresponde à resposta correta. I- A Rubéola é uma doença exantemática viral aguda, caracterizada por febre baixa e exantema maculopapular, que se inicia na face, couro cabeludo e pescoço, espalhandose para tronco e membros. II- O Exantema na Rubéola é precedido, em 5 a 10 dias, por linfadenopatia generalizada, principalmente suboccipital, pós-auricular e cervical posterior. III- Em todos os casos suspeitos de Rubéola deve-se realizar o bloqueio vacinal apenas das pessoas que residam no mesmo domicílio. IV- Caso suspeito de Rubéola é todo paciente que apresente febre e exantema maculopapular, acompanhado de linfadenopatiaretroauricular, occipital e cervical, independente da idade e situação vacinal, ou todo indivíduo suspeito com história de viagem ao exterior nos últimos 30 dias ou de contato, no mesmo período, com alguém que viajou ao exterior. a) Apenas as frases I, II e IV estão corretas. b) As frases I, II, III e IV estão corretas. c) Apenas as frases I e III estão corretas. d) Apenas as frases II e III estão corretas. 12. (Prefeitura de Vilhena-RO/IDECAN/2013) A vacina contra o sarampo é composta por a) fragmentos de vírus b) toxoides bacterianos c) vírus vivos atenuados d) fragmentos de bactérias. e) bactérias vivas atenuadas. 13. (Prefeitura de Campinas-SP/CAIPIMES/2013/RP) Sobre a prevenção do sarampo, é incorreto afirmar: a) O objetivo da vigilância epidemiológica na doença Sarampo é a identificação precoce de casos para adoção de medidas de prevenção e controle, bem como identificar e monitorar as demais condições de risco. b) O Sarampo é uma doença de notificação compulsória nacional e de investigação epidemiológica obrigatória imediata. Página 61 de 68

62 c) São consideradas contraindicações para a vacina tríplice viral: alergia e intolerância, que não sejam de natureza anafilática, à ingestão de ovo; contato íntimo com pacientes imunodeprimidos; vacinação recente com a vacinação oral contra a Poliomielite e exposição recente ao Sarampo. d) A vacina tríplice viral é administrada por via subcutânea, de preferência na face externa da parte superior do braço (região deltoide). 14. (Prefeitura de Campinas-SP/CAIPIMES/2013/RP) Leia as frases abaixo e a seguir assinale a alternativa que corresponde à resposta correta. I- A Coqueluche é uma doença infecciosa aguda, transmissível e de distribuição universal, que compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por paroxismos de tosse seca. II - A fase catarral da Coqueluche, tem duração de 1 ou 2 semanas e inicia-se com manifestações respiratórias e sintomas leves, seguidos pela instalação gradual de surtos de tosse, cada vez mais intensos e frequentes, até que passam a ocorrer as crises de tosses paroxísticas. III - O homem, o cão e o pombo são considerados reservatórios da doença coqueluche. IV - É considerado caso suspeito todo indivíduo, independente da idade e estado vacinal, que apresentar tosse seca há 14 dias ou mais associada a um ou mais sintomas como tosse paroxística, guincho inspiratório e vômitos pós-tosse ou com história de contato com um caso confirmado de Coqueluche pelo critério clínico. a) As frases I, II, III e IV estão corretas. b) Apenas as frases I, II e IV estão corretas. c) Apenas as frases I e III estão corretas. d) Apenas as frases III e IV estão corretas. 15. (HGA-SP/CETRO/2013/RP) Sobre a Leishmaniose Tegumentar, analise as assertivas abaixo. I. A Leishmaniose Tegumentar é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por diferentes espécies de protozoários do gênero Leishmania, que acomete pele e mucosas. II. Os vetores da Leishmaniose Tegumentar são caramujos gastrópodes aquáticos, pertencentes à família Planorbidaee ao gênero Biomphalaria, que habitam coleções de água doce, com pouca correnteza ou parada. Página 62 de 68

63 III. A úlcera típica da Leishmaniose Tegumentar é extremamente dolorosa e secretiva; costuma localizar-se em regiões de dobras cutâneas, apresentando formato arredondado ou ovalado, com bordas rasas e com ausência de granulações. IV. A Leishmaniose Tegumentar é considerada, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como uma das seis mais importantes doenças infecciosas, devido ao alto coeficiente de detecção e capacidade de produzir deformidades. É correto o que se afirma em a) I, II e III, apenas. b) II e IV, apenas. c) I e III, apenas. d) I e IV, apenas. e) II, III e IV, apenas. 16. (Prefeitura de Belo Horizonte-MG/FUMARC/2011/RP) Leia as informações para responder à questão: Imagem extraída de em 21/09/2011. Modo de transmissão: Pela picada da fêmea de insetos flebotomíneos das diferentes espécies de importância médico-sanitária do gênero Lutzomyia. São conhecidos popularmente como mosquito palha, tatuquira, birigui, entre outro. Baseando-se nas informações acima, marque a alternativa que corresponde à doença infecto contagiosa. a) Linfogranuloma Venéreo. b) Leishmaniose Tegumentar Americana. c) Oncocercose. d) Paracoccidioidomicose. Página 63 de 68

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