Interface Humano- Computador (IHC): Avaliação. Isabela Gasparini
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1 Interface Humano- Computador (IHC): Avaliação Isabela Gasparini Sala F211 Tel:
2 Avaliação de Interfaces
3 Usabilidade (ISO 9241) A capacidade que um sistema interativo oferece a seu usuário, em um determinado contexto de operação, para a realização de tarefas, de maneira eficaz, eficiente e agradável.
4 Usabilidade (Nielsen 1999) A usabilidade de um sistema é um conceito que está relacionado à qualidade da interação de sistemas com os usuários e depende de vários aspectos e, esta qualidade está associada aos seguintes princípios e aspectos: Facilidade de Aprendizagem Facilidade de Uso Eficiência de Uso e Produtividade Satisfação do Usuário Flexibilidade Utilidade Segurança no Uso
5 Facilidade de Aprendizagem: refere-se ao tempo e esforço necessários para que o usuário aprenda a utilizar um determinado procedimento da interface, com um certo nível de competência e desempenho; Facilidade de Uso: Está relacionado com o esforço cognitivo do usuário para interagir com o sistema e também como o número de erros cometidos durante esta interação; Eficiência de Uso e Produtividade: A eficiência de uso analisa se a interface faz bem aquilo que se destina, enquanto que o fator de produtividade, avalia a eficácia e a rapidez com que determinados procedimentos são executados ou acessados; (continua...)
6 Satisfação do Usuário: A satisfação avalia se o usuário gosta e sente prazer em trabalhar com a interface; Flexibilidade: Avalia se é possível acrescentar e modificar funções do ambiente inicial da interface; Utilidade: Refere-se à adequação das funções do sistema, às tarefas do usuário; Segurança no Uso: Refere-se ao grau de proteção de uma interface contra condições desfavoráveis ou até mesmo perigosas para o usuário.
7 Problema de Usabilidade... um aspecto do sistema e/ou da demanda sobre o usuário que torna o sistema desagradável, ineficiente, oneroso ou impossível de permitir a realização dos objetivos do usuário em uma situação típica de uso. (Lavery et al, 1997)
8 Tipos de Problemas de Usabilidade (Cybis, 2003) (1/4) Perspectiva da NATUREZA do problema: Barreira na qual o usuário esbarra sucessivas vezes e não aprende a suplantá-la. Obstáculo no qual o usuário esbarra algumas vezes, mas acaba por a suplantá-lo. Ruído que causa uma diminuição de seu desempenho na tarefa.
9 Tipos de Problemas de Usabilidade (Cybis, 2003) (2/4) Perspectiva da TAREFA: Problema Principal: compromete a realização de tarefas freqüentes ou importantes. Problema Secundário: compromete a realização de tarefas pouco freqüentes ou pouco importantes
10 Tipos de Problemas de Usabilidade (Cybis, 2003) (3/4) Perspectiva do USUÁRIO: Problema Geral: atrapalha qualquer tipo de usuário durante a realização de sua tarefa. Problema Preliminar: atrapalha o usuário novato ou intermitente durante a realização de sua tarefa. Problema Especial: atrapalha tipos de usuários especiais (pessoas com necessidades especiais)
11 Tipos de Problemas de Usabilidade (Cybis, 2003) (4/4) Perspectiva do Projeto: Problema Falso : um aspecto da interface que, apesar de quebrar padrões para o projeto, não representa um obstáculo à interação. Problema Novo : um aspecto da interface que representa um obstáculo, que é introduzido no projeto como fruto de uma revisão de usabilidade.
12 Avaliação de Interfaces Necessária no desenvolvimento de sistemas, não exclusivamente de software; Avaliação de projeto geralmente apresenta-se como uma atividade no processo de webdesign; O papel da avaliação é verificar se realmente o sistema comportase como esperado e atende os requisitos dos usuários. Avaliação: Objetivos - por que avaliar? Critérios - o que avaliar? Métodos e técnicas - como avaliar? Forma - quando e onde avaliar? Alvo - quem avaliar?
13 Avaliação de Usabilidade Validar a eficácia da interação humanocomputador frente a realização das tarefas por parte dos usuários, bem como a eficiência desta interação frente aos recursos empregados (CYBIS, 2003).
14 Objetivos da Avaliação Avaliar a funcionalidade do sistema/site Envolve a verificação de quanto o sistema/site é funcional para o usuário. Inclui não somente ter a funcionalidade adequada disponível, mas também torná-la usável, na forma de ações que o usuário precisa efetuar para executar a tarefa Avaliar o efeito da interface junto ao usuário É a avaliação da usabilidade que envolve medir o quão fácil é aprender a utilizar o sistema e verificar a atitude do usuário com relação ao sistema Identificar problemas específicos do sistema/site Identificar aspectos do projeto que quando usados no contexto alvo, causam resultados inesperados ou confusão entre os usuários
15 Técnicas de Avaliação (CYBIS, 2003) Técnicas Analíticas, Preditivas, Diagnósticas ou Inspeção Técnicas Empíricas ou Objetivas Técnicas Prospectivas ou de Pesquisa de opinião
16 Técnicas de Avaliação Técnicas Analíticas Buscam prever os erros de projeto de interfaces (em geral) sem a participação direta de usuários. Baseiam-se em verificações e inspeções de versões intermediárias ou acabadas de sistemas/sites, feitas pelos projetistas ou por especialistas em usabilidade
17 Técnicas de Avaliação Técnicas Analíticas Os principais objetivos deste tipo de avaliação: identificação de problemas de usabilidade: identificar, classificar e contar o número de problemas de usabilidade encontrados durante a inspeção; seleção dos problemas que devem ser corrigidos: após identificar os problemas, a equipe de projeto deve reprojetar a interface para corrigir o maior número possível de problemas. Os problemas a serem corrigidos são priorizados de acordo com a gravidade do problema e o custo associado à correção.
18 Técnicas de Avaliação Técnicas Analíticas Existem três tipos de conhecimento envolvidos em uma avaliação analítica: conhecimento sobre o domínio; é necessário para determinar o que os usuários querem, do que eles precisam, quais são as tarefas mais freqüentes e quais as mais importantes. conhecimento e experiência no projeto e avaliação de interfaces de usuário; avaliador seja capaz de analisar os aspectos mais importantes de um projeto de interfaces (navegação, terminologia, estruturas de controle, etc.) e para que ele conheça os princípios e diretrizes disponíveis. experiência em se realizar um tipo específico de avaliação. dá ao avaliador a capacidade de representar um cliente, bem como o conhecimento sobre o que procurar e o que relatar como resultado da avaliação.
19 Técnicas de Avaliação Técnicas Analíticas Com base nestes tipos de conhecimento, pode-se avaliar os perfis de possíveis avaliadores conforme a seguinte escala, em ordem de preferência: ideal: especialista duplo. Possui experiência tanto nos processos e princípios de usabilidade quanto nos processos e aspectos relevantes do domínio. desejável: especialista em IHC. Conhece o processo de avaliação, bem como os princípios e diretrizes relevantes. Pode aprender o suficiente do domínio para selecionar as tarefas que deverão ser realizadas. menos desejável: especialista no domínio. Tem conhecimento do domínio e estuda princípios de interface e o processo de avaliação para realizar a avaliação. menos desejável ainda: membro da equipe de desenvolvimento. Tem dificuldade em deixar de lado seu papel de desenvolvedor e assumir um ponto de vista semelhante ao de um usuário.
20 Técnicas de Avaliação Técnicas Analíticas Avaliação heurística julgamento das qualidades ergonômicas das interfaces humano-computador por especialistas visa identificar problemas de usabilidade conforme um conjunto de heurísticas ou diretrizes (guidelines) (Nielsen). Ele se baseia em melhores práticas definidas por profissionais experientes e especialistas em IHC, ao longo de diversos anos de trabalho nesta área. Este método não envolve usuários, e deve ser realizado por avaliadores especialistas. Em geral, recomenda-se que 3 a 5 especialistas realizem uma avaliação heurística. Este método é bastante rápido, e de menor custo que a maior parte dos métodos de avaliação.
21 Nielsen propôs um conjunto básico de heurísticas (Nielsen, 1993). Cada elemento de interface (ou conjunto de elementos) deve ser analisado para verificar sua conformidade com cada uma das seguintes heurísticas: visibilidade do estado do sistema: mantenha os usuários informados sobre o que está acontecendo, através de feedback adequado e no tempo certo. correspondência entre o sistema e o mundo real: utilize conceitos, vocabulário e processos familiares aos usuários. controle e liberdade do usuário: forneça alternativas e saídas de emergência ; possibilidades de undo e redo consistência e padronização: palavras, situações e ações semelhantes devem significar conceitos ou operações semelhantes; caso haja convenções para o ambiente ou plataforma escolhidos, estas devem ser obedecidas prevenção de erro: tente evitar que o erro aconteça, informando o usuário sobre as conseqüências de suas ações ou, se possível, impedindo ações que levariam a uma situação de erro
22 ajuda aos usuários para reconhecerem, diagnosticarem e se recuperarem de erros: mensagens de erro em linguagem simples, sem códigos, indicando precisamente o problema e sugerindo de forma construtiva um caminho remediador reconhecimento em vez de memorização: torne objetos, ações e opções visíveis e compreensíveis flexibilidade e eficiência de uso: ofereça aceleradores e caminhos alternativos para uma mesma tarefa; permita que os usuários customizem ações freqüentes design estético e minimalista: evite porções de informação irrelevantes. Cada unidade extra de informação em um diálogo compete com as unidades de informação relevantes e reduz sua visibilidade relativa. ajuda e documentação devem ser fáceis de buscar, focadas no domínio e na tarefa do usuário, e devem listar passos concretos a serem efetuados para atingir seus objetivos Heurísticas encontradas em: Para cada problema encontrado, ou seja, para cada heurística violada, deve-se definir ainda a localização do problema, ou seja, onde ele ocorre na interface, e sua gravidade.
23 Técnicas de Avaliação Técnicas Analíticas Análise ergonômica via checklist Vistorias baseadas em listas de verificação; A avaliação de usabilidade por inspeção com listas de conferência é realizada por meio de vistorias através das quais profissionais diagnosticam rapidamente problemas gerais e repetitivos das interfaces. Esses profissionais podem ser programadores analistas, ou especialistas em usabilidade. Nesse tipo de técnica, a qualidade das listas determina as possibilidades de avaliação. Exemplo: Ergolist do LABIUTIL
24 Técnicas de Avaliação Técnicas Analíticas Percurso Cognitivo Avaliar o design quanto à sua facilidade de aprendizagem (por exploração) O que é necessário? Descrição detalhada da interface Cenário da tarefa Suposições explícitas sobre a população de usuários e o contexto de uso Seqüência de ações que o usuário terá de fazer O percurso cognitivo é um método analítico que avalia uma proposta de projeto de IHC no contexto de tarefas específicas do usuário. Ele visa avaliar principalmente a facilidade de aprendizado do sistema, em particular pela exploração dos usuários. A motivação para este tipo de avaliação advém do fato de que muitas pessoas preferem aprender sobre a funcionalidade de um sistema computacional enquanto trabalham em suas tarefas típicas, adquirindo conhecimento sobre novas características ou funções apenas quando seu trabalho as requerer.
25 Técnicas de Avaliação Técnicas Empíricas Contam com a participação direta de usuários Se referem basicamente aos ensaios de interação e as sessões com sistemas espiões (monitoramento de sessões de uso). Ensaios de interação Um ensaio de interação consiste da simulação de uso do sistema onde participam pessoas representativas de sua população-alvo, tentando fazer tarefas típicas de suas atividades, com uma versão do sistema pretendido As características dos ensaios usuário possui ou não conhecimento de que está sendo vigiado
26 Técnicas de Avaliação Técnicas Prospectivas Técnicas prospectivas: Questionário Buscam a opinião do usuário sobre a interação com o sistema/site. Consiste na aplicação de questionários/entrevistas com o intuito de avaliar o nível de satisfação do usuário em relação ao sistema/site e sua operação Necessidade da elaboração de um pequeno número de questões sucintas para este questionário. Um espaço para opiniões e sugestões livres deve sempre ser proposto ao usuário. A elaboração do questionário de avaliação deve contar com a participação de especialistas.
27 Referências Walter de Abreu Cybis,2003 (UFSC): YALE: NIELSEN: Livros Usabilidade na Web Projetando WebSites HomePage: Usabilidade 50 sites desconstruídos Design e Avaliação de interfaces humano-computador
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