AMOR E EDUCAÇÃO NA SUMA TEOLÓGICA DE TOMÁS DE AQUINO: O BEM E O MAL MORAL NA PAIXÃO DO AMOR E A IMPORTÂNCIA DO PROCESSO EDUCATIVO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "AMOR E EDUCAÇÃO NA SUMA TEOLÓGICA DE TOMÁS DE AQUINO: O BEM E O MAL MORAL NA PAIXÃO DO AMOR E A IMPORTÂNCIA DO PROCESSO EDUCATIVO"

Transcrição

1 AMOR E EDUCAÇÃO NA SUMA TEOLÓGICA DE TOMÁS DE AQUINO: O BEM E O MAL MORAL NA PAIXÃO DO AMOR E A IMPORTÂNCIA DO PROCESSO EDUCATIVO SANTIN, Rafael H. (PPE/UEM) Resumo Neste texto apresentamos reflexões acerca da relação entre amor e educação em algumas Questões elaboradas por Tomás de Aquino. A intenção é verificar de que modo a educação, na primeira seção da segunda parte da Suma Teológica tomasiana, está relacionada à moral na paixão do amor, isto é, como o processo educativo interfere na relação entre amor e moral. Com efeito, as paixões na concepção de mestre Tomás são movimentos do apetite que estão na base da ação humana. As paixões são, então, como que os princípios do agir do homem. Contudo, as paixões necessitam estar relacionadas à razão para serem consideradas moralmente boas ou moralmente más, pois em si mesmas não podem ser consideradas boas ou más. Para o mestre, o fato de amarmos ou odiarmos não faz de nós seres bons ou maus, mas amarmos ou adiarmos certas coisas, em determinado tempo e espaço, pode inclinar-nos ao vício ou à virtude. Nesse sentido, conforme o teólogo, as paixões estão amalgamadas com a razão e é por isso que podem ser classificadas em boas e más. Importa-nos observar de que modo este problema da relação entre paixão e razão influencia a educação. Palavras chave: História da Educação Medieval. Tomás de Aquino. Suma Teológica. Amor. INTRODUÇÃO Nosso objetivo neste texto é apresentar algumas reflexões sobre a educação no pensamento de Tomás de Aquino (1224/ ), teólogo dominicano que é considerado por alguns historiadores como o maior intelectual medieval (NUNES, 1979; LIBERA, 1990; OLIVEIRA, 2005). Para abordar este problema, estudamos as Questões tomasianas que tratam do amor enquanto paixão da alma. É importante ressaltar, antes mesmo de iniciar o estudo, que a discussão que fazemos deve ser entendida como parte de debates mais amplos, desenvolvidos no âmbito do Grupo de Transformação Social e Educação na Antiguidade e Medievalidade (GTSEAM), coordenado pela professora Dr. Terezinha Oliveira, do qual fazemos parte. Nesse sentido, as posturas que adotamos refletem nossa vinculação a este grupo de pesquisa.

2 O amor é considerado por Tomás de Aquino a primeira dentre as paixões da alma. As paixões são, segundo ele, movimentos do apetite sensitivo que possibilitam o agir humano. Nesse sentido, o amor constitui-se como o princípio da ação do homem. Procuramos analisar a perspectiva de mestre Tomás sobre a educação, partindo de sua análise sobre a relação entre amor e o bem e mal moral nas paixões da alma. Para isso, estudamos, principalmente, duas Questões da primeira seção da segunda parte da Suma Teológica, quais sejam, O bem e mal nas paixões da alma (q. 24) e A causa do amor (q. 27). Além disso, recorremos, conforme a necessidade e a oportunidade, a outras Questões relacionadas às paixões e à educação, bem como a textos de estudiosos da obra de Tomás de Aquino. O CONTEXTO DO SÉCULO XIII Este período, segundo Guizot (2005), foi marcado por uma série de mudanças decorrentes principalmente da consolidação do sistema feudal e dos renascimentos urbano e comercial. Estas transformações desenvolveram-se acompanhadas de outras, que colocavam em pauta novos interesses e valores, como o nascimento das Universidades, o surgimento das Ordens Mendicantes, principalmente a franciscana e a dominicana (OLIVEIRA, 2008). O historiador do século XIX analisa tais transformações e destaca o papel do comércio e das corporações de ofício, dos burgueses e dos mercadores que principiavam a expandir sua influência na cristandade, o que provocou o crescimento dos aglomerados urbanos: No momento em que a feudalidade já estava bem estabelecida, quando cada homem tomou seu lugar, fixando-se na terra, quando a vida errante cessou, ao final de um certo tempo, as cidades recomeçaram a adquirir alguma importância, desenvolvendo-se nelas, novamente, alguma atividade. Como vocês sabem, dá-se com a atividade humana algo semelhante ao que ocorre com a fecundidade da terra: cessada a desordem, tudo volta a germinar e a florir. Basta o menor clarão de ordem e paz e o homem retoma a esperança, e com a esperança o trabalho. É isso que ocorreu nas cidades; desde que o regime feudal se assentara um pouco, surgiram, entre os possuidores de feudos, novas necessidade, um certo gosto pelo progresso, pelo melhoramento. Para satisfazê-las, um pouco de comércio e de indústria reapareceu nas cidades localizadas nos domínios desses senhores; a riqueza, a população, nelas reaparecem (GUIZOT, 2005, p ).

3 Como podemos observar no excerto acima, Guizot considera que as cidades e o comércio renasceram em função dos novos interesses dos homens daquela época. Com efeito, este refinamento dos costumes averiguado por este autor impulsionaram o crescimento das cidades, de modo que no século XIII elas figuravam como espaços essenciais para o amadurecimento da civilização 1 ocidental 2. Além disso, surgiu também nessa época uma instituição nova, cujo ofício era o trabalho intelectual e que nasceu primeiramente da reunião de escolas citadinas e tornou-se corporação de ofício do século XIII, a Universidade. Le Goff (1995) destaca a importância dessa nova instituição, principalmente o papel exercido pela Universidade de Paris na constituição da cristandade e no processo de consolidação do pensamento escolástico. Com efeito, Paris era a cidade em que os estudos filosóficos e teológicos desenvolviam-se mais e para onde afluíam estudantes de várias partes da Europa 3 para estudar com grandes mestres, como Tomás de Aquino e Boaventura de Bagnoregio (OLIVEIRA, 2006). Todas essas novidades determinaram uma nova forma de os homens viverem em sociedade. Na Baixa Idade Média, aconteceu, segundo Duby (1994), a ressurgência do esquema da trifuncionalidade, que era a forma como os medievais, a partir do século XI, melhor compreendiam a configuração social. Em As três ordens ou o imaginário do Feudalismo, Duby (1994) estudou essa ideia da trifuncionalidade, que surgiu no século XI com os escritos de Adalberão de Laon e de Gerardo de Cambrai. O esquema trifuncional, segundo esse autor, compreende uma maneira de conceber a organização da sociedade feudal, de modo a justificar o sistema de produção baseado nas relações entre os senhores e servos. Esse esquema é assim chamado porque é sistematizado sobre o conceito de função social, ou seja, para aqueles que pensam a trifuncionalidade, a sociedade é formada por três grupos que se apóiam mutuamente, desempenhado cada qual sua função específica: orar, combater e trabalhar. Os que oram compõem o clero, a Igreja, incumbidos de zelar 1 François Guizot ( ), na obra Historia da Civilisação na Europa (1907), expõe sua concepção de civilização, a qual emprestamos para a realização de nossa pesquisa. Este historiador afirmou que a sociedade é formada por dois fatos principais, o homem e as relações sociais. Estes dois aspectos se relacionam e determinam-se mutuamente, de modo que somente o desenvolvimento de seu conjunto torna possível a constituição da civilização. Isto quer dizer que um determinado povo se torna civilizado quando os homens e as relações entre eles se aprimoram mutuamente. 2 A discussão sobre a análise de Guizot acerca da sociedade medieval é feita pela professora Terezinha Oliveira em sua tese de Doutorado, intitulada Guizot e a Idade Média: civilização e lutas políticas. 3 Para se ter uma idéia, de acordo com Verger (2006, p. 577), na Universidade de Paris havia 4 nações, destinadas a abrigar mestres e estudantes conforme sua proveniência geográfica : França, Picardia, Normandia, Inglaterra.

4 pelos espíritos de toda a cristandade por meio da oração; os que combatem são os nobres comandados pelo príncipe, aos quais cabe proteger pelas armas toda a sociedade; e os que trabalham são os servos, que devem garantir o sustento de todos pelo trabalho manual. Entre os séculos XII e XIII, esse esquema é consolidado pela intervenção de monges, clérigos e intelectuais que se formavam nas escolas e nas novas instituições, as Universidades, na medida em que retomavam esta concepção para entender a formação da sociedade como um todo ordenado: Foram, pois, incitados a voltar os olhos mais deliberadamente para o social. Assim fizeram; e foi então que se abriu, na história da escolástica, esse hiato entre a abstração lógica do primeiro século XII e a abstração metafísica do século XIII: o tempo de Pedro, chantre de Notre-Dame de Paris, rodeado de um grupo de colegas, Roberto de Courçon e Estêvão Langton, e de alunos, Foulque de Neuily e Tiago de Vitry. Animados do desejo de ver mais claro o desejo que levava, no seu tempo, a aperfeiçoar os instrumentos de óptica esses sábios aplicavam os mesmos métodos, prosseguiam o mesmo fim que os seus antecessores. As suas investigações prolongavam aquelas cujos resultados Honorius Augustodunensis divulgavam e que Hugo de Saint-Victor fizera progredir. Esforçavam-se por afirmar o mesmo projecto de organização social, de forma a torná-la mais útil e a servir cada vez melhor a acção pastoral. Assim se edificaram, paralelamente, duas construções ideológicas: uma, imagem cavaleiresca da sociedade, enquadrada na corte de Henrique Plantageneta pelo esquema trifuncional; a outra, uma imagem clerical da sociedade, fundada no exame lúcido do concreto (DUBY, 1994, p Grifo nosso). Como podemos observar no excerto acima, os intelectuais do século XIII foram incitados a investigar sobre o concreto, sobre o que acontecia na vida terrestre. Assim, com a intervenção desses estudiosos da sociedade, a figura trifuncional desenvolveu-se e constituiu um corpo complexo de explicações sobre as relações sociais. Nesse sentido, consideramos relevante a análise tomasiana do amor, pois incide sobre o ato da vontade humana fundamental para as interrelações entre os homens e destes com o mundo. Com efeito, demonstra Duby (1994) que os intelectuais do século XIII tendiam a voltar-se para a vida cotidiana dos indivíduos e Tomás de Aquino, a nosso ver, não foge à regra. Em outra obra, O tempo das catedrais: a arte e a sociedade ( ), Duby (1978) analisa as aproximações entre a sociedade e a arte que produziu no contexto da Baixa Idade Média. Assim, na segunda parte, em que estuda a arte das catedrais,

5 também demonstra que os intelectuais do século XIII tiveram um papel capital no desenvolvimento da civilização daquela época. No âmbito artístico, as obras que mais se destacam, segundo o autor, são as catedrais góticas das cidades. Sua arquitetura, afirma, reflete as concepções formuladas no seio da Universidade pelos teólogos, que se esforçavam por convencer racionalmente a cristandade da importância da Igreja e dos sacramentos na constituição da fé católica que conduz os homens que a seguem à salvação. O valor da catedral não era apenas estético. Naquela época, segundo Duby (1978, p ), essa estrutura funcionava também como centro de discussões e resoluções de problemas civis, onde se reuniam o clero e os burgueses para resolverem suas contendas. Era símbolo da aglomeração urbana, de sua organização política. Nas catedrais também havia escolas: Porque, na escola episcopal, o ensino ganha um novo estilo. Descontrai-se, abre-se para o universo presente. As abadias viraram as costas ao mundo, separavam-se dele, protegiam-se dele pela clausura, que o monge não devia transpor. No mosteiro, a educação não se fazia em grupo, antes por partes: cada jovem ligava-se a um veterano que guiava as suas leituras e as suas meditações, o iniciava, o conduzia de degrau em degrau pelas vias da contemplação. Inversamente, a escola catedral é uma aula: um grupo de discípulos reúne-se aos pés dum mestre que para todos lê um livro, o comenta. Estes estudantes não vivem fechados. Misturavam-se com o século. São vistos nas ruas da cidade. Claro que todos, ou quase todos, pertencem à Igreja: são clérigos, tonsurados, submetidos à jurisdição do bispo. Aprender é um acto religioso. Mas a missão para que o ensino os prepara é activa; é secular; é pastoral: é um ministério da palavra. São chamados a espalhar entre os laicos o conhecimento de Deus (DUBY, 1978, p Grifo nosso). Nessa obra, como podemos observar no excerto acima, Duby afirma que os intelectuais do século XIII se voltavam para os problemas cotidianos da sociedade. Contudo, insere algo diferente na discussão: esse era um fenômeno que se manifesta nas escolas das catedrais, o que o caracterizava como tipicamente urbano. Assim, acreditamos que o mestre dominicano Tomás de Aquino, tendo desenvolvido seus estudos num ambiente urbano (principalmente em Paris), foi influenciado por essa tendência. Acreditamos que essa é uma das razões que o conduziu a escrever sobre as paixões da alma e mais particularmente sobre o amor 4. 4 Esse envolvimento do teólogo/filósofo com o desenvolvimento da cidade medieval é explicitado por De Boni (2003) em Entre a urbe e o orbe o De Regno no contexto do pensamento político de Tomás de

6 Com a leitura desse texto de Duby (1978) podemos perceber, também, a relevância do progresso intelectual observado no século XIII, relacionado principalmente pelo nascimento das Universidades. Segundo ele, a sociedade nesse período torna-se mais complexa e, por isso, [...] reclama mais homens capazes de compreender e de exprimir-se (p. 117). Daí a importância da obra de Tomás de Aquino, que aborda temas pertinentes à coletividade dos homens, como as paixões da alma. Aliás, os sentimentos humanos pareciam um problema bastante presente no século XIII. De acordo com Duby (1978; 1994), as transformações ocorridas nessa época faziam da cidade um locus de pecado, mas também de virtude, pois nela havia elementos que demandavam o controle dos impulsos passionais pela razão para manter o necessário equilíbrio no agir. Nesse sentido, tornava-se preciso refletir sobre tais impulsos que, sem a devida regulação, conduzem ao pecado. Desse modo, acreditamos que o estudo de Tomás de Aquino sobre as paixões da alma constituiu-se numa espécie de manual de filosofia prática destinado à formação dos citadinos de sua época, que seguia a tônica da obra na qual está inserido, essencialmente teológica 5. O BEM E O MAL NAS PAIXÕES DA ALMA A Questão 24, intitulada O bem e mal nas paixões da alma, constitui-se numa análise moral a respeito das paixões da alma. Como o próprio título sugere, mestre Tomás reflete se as paixões da alma podem ser moralmente boas ou más para o homem. A ideia essencial desta Questão é a de que as paixões, na perspectiva de Tomás de Aquino, estão relacionadas com a razão, com o conhecimento. Na resposta à primeira objeção do artigo 3 (A paixão aumenta ou diminui a bondade do ato?), o teólogo explicita de que modo as paixões estão relacionadas com a razão: Aquino. Nesse artigo, o autor esclarece que esse pensador segue Aristóteles e afirma ser a cidade a comunidade perfeita, que oportuniza ao homem o bem viver. Contudo, vai além de Aristóteles ao relacionar o bem viver na Terra à felicidade eterna no paraíso, que só pode ser alcançada após a morte. 5 Segundo De Boni (2003), a Suma Teológica deve ser considerada como um empreendimento teórico voltado para a reflexão teológica. Assim, se Tomás de Aquino aborda a questão da felicidade terrena é porque este problema implica o fim último do ser humano, que é Deus. O bem viver na mortalidade está submetido ao bem viver na imortalidade junto ao Criador. Segundo esse mesmo autor, a felicidade do homem na existência terrena na concepção do teólogo/filósofo também depende da percepção de que o amor é uma virtude natural do homem que tende levá-lo à comunhão com seus iguais e com Deus. Daí a importância histórica e social do texto tomasiano para os homens do século XIII.

7 QUANTO AO 1º, portanto, deve-se dizer que as paixões da alma podem se referir ao juízo da razão de duas maneiras. Uma, de modo antecedente. E nesse caso, quando ofuscam o juízo da razão, do qual depende a bondade do ato moral, diminuem a bondade do ato; pois é mais louvável praticar uma obra de caridade pelo juízo da razão do que apenas pela paixão da misericórdia. A outra maneira, conseqüentemente. E isso de dois modos. Primeiramente, a modo de redundância, pois quando a parte superior da alma se move intensamente para algo, a parte inferior segue-lhe também o movimento. Desse modo a paixão que existe conseqüentemente no apetite sensitivo é sinal da intensidade da vontade e indica maior bondade moral. Segundo, por modo de eleição quando o homem pelo juízo da razão elege ser afetado por uma paixão para agir mais prontamente com a cooperação do apetite sensitivo. Assim, a paixão da alma aumenta a bondade da ação (TOMÁS DE AQUINO, ST, I a II ae, q. 24, a. 3, ad. 1 m.). Como podemos observar na passagem acima, Tomás de Aquino distingue dois modos pelos quais as paixões se referem à razão. De modo antecedente, a paixão prejudica o homem e, de modo conseqüente, contribui para a bondade de sua ação, pois segue a orientação da razão e não se sobrepõe a ela. É particularmente interessante para nós a afirmação de que a bondade e a maldade da ação dependem da razão. O homem que submete as paixões ao governo da razão tende para o bem e o homem que coloca as paixões antes da razão tende para o mal. Não podemos deixar de destacar que, para mestre Tomás, os homens conhecem as coisas sob a razão de bem, ou seja, nem tudo que o homem considera como um bem é um bem digno de ser perseguido, pois pode acontecer de considerarmos algo mal como sendo um bem. Na discussão que o autor faz a respeito do amor essa questão aparece de maneira bastante clara: [...] o mal nunca é amado senão sob a razão de bem (TOMÁS DE AQUINO, ST, I a II ae, q. 27, a. 1, ad. 1 m.). Nesse sentido, o homem é bom quando orienta as paixões segundo a razão em direção de um bem verdadeiro: QUANTO AO 2º, deve-se dizer que as paixões que tendem para o bem são boas se esse bem for verdadeiro, e igualmente as que se afastam de um mal verdadeiro. Ao contrário, as paixões que consistem em afastar-se do bem ou tender para o mal são más (TOMÁS DE AQUINO, ST, q. 24, a. 4, ad. 2 m.). Assim, é preciso que o homem desenvolva a reflexão para determinar o que é um bem verdadeiro. A educação, nesta perspectiva, impõe-se como um processo fundamental pelo qual o homem desenvolve suas potencialidades humanas. Em Sobre o

8 ensino (De Magistro), Tomás de Aquino discorre sobre a educação e seus benefícios para o homem: Ora, o conhecimento preexiste no educando como potência não puramente passiva, mas ativa, senão o homem não poderia adquirir conhecimentos por si mesmo. E assim como há duas formas de cura: a que ocorre só pela ação da natureza e a que ocorre pela ação da natureza ajudada pelos remédios, também há duas formas de adquirir conhecimento: de um modo, quando a razão por si mesma atinge o conhecimento que não possuía, o que se chama descoberta; e, de outro, quando recebe ajuda de fora, e este modo se chama ensino (TOMÁS DE AQUINO, 2004, p ). Como podemos observar no excerto acima, Tomás de Aquino afirma que o conhecimento está no homem sob a forma de potência, isto é, o homem vem ao mundo com a potencialidade para conhecer. O movimento para o ato de conhecer é realizado de duas formas: pela descoberta e pelo ensino. O teólogo, mais a frente, explica como o professor ensina o seu aluno e o ajuda a chegar ao saber: E é por isso que se diz que o professor ensina o aluno: porque este processo da razão que a razão natural faz em si é proposto de fora pelo professor por meio de sinais, e assim a razão do aluno por meio do que lhe é proposto como certos instrumentos de ajuda atinge o conhecimento do que ignorava (TOMÁS DE AQUINO, 2004, p. 32). O professor infunde conhecimento no aluno não no sentido numérico de que o mesmo conhecimento que está no mestre passe para o aluno, mas porque neste, pelo ensino, se produz passando de potência para ato um conhecimento semelhante ao que há no mestre (TOMÁS DE AQUINO, 2004, p. 35). Assim, conforme mestre Tomás, o professor não infunde em seu aluno a razão, que é o princípio do conhecimento e da reflexão no homem, mas o auxilia exteriormente por meio de sinais a desenvolver este princípio essencial. Deste modo, a educação se coloca como um processo determinante do amadurecimento do indivíduo enquanto ser dotado de razão. O bem e mal moral nas paixões da alma, nesse sentido, também depende da educação, pois é por ela que indivíduo cultiva a razão, elemento regulador das paixões.

9 O AMOR COMO PRINCÍPIO DA AÇÃO DO HOMEM Tomás de Aquino analisa o amor em três Questões 6 da primeira seção da segunda parte da Suma Teológica, após ter refletido sobre as paixões em geral, classificando-as e distinguindo-as entre a parte concupiscível e a parte irascível da alma. O amor, segundo o autor, é a principal paixão da parte concupiscível (ST, I a II ae, q. 25, a. 2). As paixões do concupiscível são aquelas que têm o bem e o mal absolutos como objeto, isto é, elas tendem para o bem ou para o mal, proporcionando deleite no primeiro e sofrimento no segundo (ST, I a II ae, q. 23, a. 1). Já as paixões do irascível são aquelas que se desenvolvem diante de alguma dificuldade encontrada pelo indivíduo em perseguir o que lhe parece algo bom e fugir do que pensa ser algo mau. Desse modo, as paixões do concupiscível e do irascível estão relacionadas na medida em que o concupiscível encontra algum obstáculo para a consecução de seu objeto. Tal dificuldade desperta a parte irascível. As paixões do concupiscível são: o amor, o desejo, a alegria, o ódio, a aversão e a tristeza. As paixões do irascível são: a esperança, o desespero, a audácia, o temor e a ira (ST, I a II ae, q. 26, a. 4). Na Questão 26, intitulada O amor, Tomás de Aquino aborda a natureza do amor enquanto paixão da alma. No primeiro artigo, o teólogo/filósofo analisa se o amor pertence ou não à parte concupiscível. Inicia seu argumento discorrendo sobre as diferenças de apetite: O amor é algo próprio do apetite, pois ambos têm o bem por objeto. Daí que segundo seja a diferença do apetite, tal é a diferença do amor. Ora, há um apetite não conseqüente à apreensão do que apetece, mas à de outrem, e este se chama apetite natural. As coisas naturais desejam o que lhes convém por natureza, não por apreensão própria, mas pela apreensão do autor da natureza, como se disse na I Parte. Há, além disso, outro apetite conseqüente à apreensão do que apetece, mas por necessidade e não por um juízo livre, e tal é o apetite sensitivo dos animais irracionais, que nos homens participa de alguma liberdade, enquanto obedece à razão. Enfim, há outro apetite conseqüente à apreensão do que apetece, por um juízo livre, e tal é o apetite racional ou intelectivo, e este se chama vontade (TOMÁS DE AQUINO, ST, I a II ae, q. 26, a. 1, c.). 6 As Questões da Suma Teológica tem a estrutura da disputatio, prática sobre a qual se sustenta o método escolástico, sistematizado nas Universidades do século XIII: primeiro, fixa-se o problema, depois, elabora-se uma hipótese, em seguida, fazem-se objeções para confirmar a hipótese. Às admoestações seguem contra-objeções e a estas a elaboração da resposta pelo mestre, que respeita as posições defendidas no debate. Por fim, dão-se respostas às objeções (NUNES, 1979).

10 Como podemos observar na passagem acima, Tomás de Aquino distingue três espécies de apetite. A diferença desses apetites reflete-se na diferença do amor, pois ambos têm o mesmo objeto: o bem. Desse modo, existe o amor natural que pertence ao apetite natural, mediante o qual o ser se inclina para o bem naturalmente, não necessitando de conhecimento e pensamento reflexivo. Existe, também, o apetite sensitivo que, diferentemente do anterior, exige certo grau de conhecimento proveniente dos sentidos corporais (visão, audição, olfato, paladar e tato). Esse apetite sensitivo é instintivo nos outros animais e no homem partilha da racionalidade, no sentido de que os sentidos estão relacionados à razão. Por fim, existe o apetite intelectivo, também chamado pelo autor de vontade, que decorre da apreensão e reflexão sobre o que é apetecível: Ora, em qualquer destes apetites, chama-se amor o princípio do movimento que tende para o fim amado. No apetite natural, o princípio deste movimento é a conaturalidade do que apetece com o objeto para o qual tende, e pode ser chamado amor natural, como a mesma conaturalidade de um corpo pesado em relação ao seu centro se dá pela gravidade, e pode ser chamado amor natural. Do mesmo modo a mútua adequação do apetite sensitivo ou da vontade a um bem, isto é a complacência no bem se chama amor sensitivo, ou intelectivo ou racional. Logo, o amor sensitivo está no apetite sensitivo, como o amor intelectivo no apetite intelectivo. E pertence ao concupiscível porque se refere ao bem absolutamente, não sob o aspecto de árduo, que é objeto do irascível (TOMÁS DE AQUINO, ST, I a II ae, q. 26, a. 1, c. Grifo nosso). O amor constitui-se, assim, como o princípio da ação, em todos os níveis de apetite. Com efeito, para que se alcance o fim, é preciso que primeiro o fim almejado seja tomado como algo conveniente e realizável, processo encerrado no conceito de amor. Desse modo, entendemos que esse sentimento, para Tomás de Aquino, refere-se à afinidade do ser com relação ao bem que ama, que pode ser, por exemplo, o dinheiro e/ou o conhecimento. No âmbito do apetite intelectivo, de acordo com Tomás de Aquino, a preparação ocorre mediante o exercício do pensamento reflexivo e, por isso, difere do amor natural que é observado no apetite natural que espontaneamente identifica a compatibilidade, chamado de conaturalidade com o fim. Já no primeiro artigo podemos perceber a relação entre amor e saber, no sentido de que o apetite intelectivo deflagra uma espécie de amor inteligente, ou que pressupõe abstração por parte daquele que ama.

11 Diante dessas discussões, o teólogo/filósofo conclui afirmando que o amor está no concupiscível, pois se refere ao bem absolutamente. Isso significa que o amor é o sentimento que desperta o interesse do indivíduo por qualquer coisa diante da possibilidade de obter o fim desejado. A concepção de bem que está presente na obra de Tomás de Aquino é diferente da que temos atualmente. O bem, para o teólogo, está relacionado à perfeição, ao ser enquanto ato consumado. O bem atrai o apetite e o move em sua direção. As pessoas podem inclinar-se para o mal, que é o contrário do bem, mas apreendendo-o sob a razão de bem, isto é, concebendo-o como um bem a ser buscado (NICOLAS, 2003, p. 75). Esta discussão do bem enquanto objeto do amor é empreendida por Tomás de Aquino na Questão 27, intitulada A causa do amor: RESPONDO. Como foi dito acima, o amor pertence à potência apetitiva que é uma força passiva. Por isso seu objeto se refere a ela como à causa de seu movimento ou ato. É preciso, pois, que aquilo que é objeto do amor seja propriamente a sua causa. Ora, o bem é o objeto próprio do amor, porque, como foi dito, o amor implica certa conaturalidade ou complacência do amante com o amado, e para cada um é bom o que lhe é conatural e proporcionado. Por conseguinte, o bem é a causa do amor (TOMÁS DE AQUINO, ST, I a II ae, q. 27, a. 1, c.). Observamos que o teólogo afirma que o amor está na potência apetitiva, que é uma força passiva. Isto é, o bem é causa do amor porque esta paixão implica conaturalidade ou complacência do amante com o amado, isto é, o amante sente-se atraído pela coisa amada como se ela fosse digna de ser buscada e possuída. O amante entende o amado como sendo proporcional a seu querer, a sua vontade. Assim, o homem pode amar o mal, mas somente se apreendê-lo como um bem: QUANTO AO 1º, portanto, deve-se dizer que o mal nunca é amado senão sob a razão de bem, isto é, enquanto é um bem relativo apreendido como um bem absoluto. Assim é mau o amor que não tende para o que é absolutamente o verdadeiro bem. É desta maneira que o homem ama a iniqüidade, enquanto que por ela alcança um certo bem, como o prazer, o dinheiro ou coisa semelhante (TOMÁS DE AQUINO, ST, I a II ae, q. 27, a. 1, ad. 1 m.).

12 Mestre Tomás explica que o mal só pode ser amado sob a razão de bem, ou seja, quando o amante sente o mal como se fosse um bem que pode satisfazer sua vontade. Observamos o exemplo dado pelo autor: o homem pode amar a iniqüidade, que é má, porque sendo iníquo por alcançar prazer, dinheiro ou outras coisas que lhe satisfazem. Como pode, então, o indivíduo preparar-se para direcionar seu amor àquilo que é verdadeiramente bom? Para isso, retomemos a Questão 24. As paixões da alma, conforme a análise de Tomás de Aquino, não são boas nem más por natureza. Podem, sim, inclinar para a virtude como podem inclinar para o vício. O agir conforme a virtude ou conforme o vício depende da razão. É pelo pensamento que o homem ama o bem ou o mal. É porque as paixões estão relacionadas com a razão que elas podem ser caracterizadas como boas ou más. Assim, o amor é bom quando ama o bem verdadeiro e mal quando ama um bem falso. Nesse sentido, faz-se essencial um processo pelo qual o homem é preparado para o exercício do pensar. A educação, cumprindo a função de desenvolver as capacidades humanas de refletir e escolher, figura como algo determinante para o agir conforme a virtude, ou o vício. A educação não visa, no pensamento de Tomás de Aquino, o ensinamento de preceitos morais pré-estabelecidos. É evidente que, sendo um teólogo e frade mendicante, tendo nascido e vivido no Ocidente medieval, marcado pela presença da Igreja Católica, suas ideias e valores são eminentemente cristãos e ele não hesitaria em recomendar um modo cristão de se viver (OLIVEIRA, 2009). Contudo, o homem, para ele, não nasce plenamente capaz de garantir a própria sobrevivência. É preciso, pois, de um processo formativo pelo qual desenvolverá suas potencialidade, principalmente as faculdades do intelecto e da vontade, pelas quais pode exercer autoridade sobre seus sentimentos, encabeçados pelo amor. CONSIDERAÇÕES FINAIS Como pudemos verificar, Tomás de Aquino considera que as paixões da alma devem ser moderadas pela razão, pela capacidade humana de refletir sobre as coisas. Além disso, observamos que o amor é a primeira dentre as paixões, configurando-se como o princípio da ação do homem, uma vez que as paixões são os movimentos que levam o homem a agir. Nesse sentido é o que o homem faz tudo por amor, conforme o teólogo afirma na Questão 27.

13 O amor, enquanto paixão, necessita da moderação da razão. É por esta vinculação com a razão que o amor pode ser moralmente bom ou mal. Ou seja, o amor em si não pode ser considerado bom ou mal, mas sim o que se ama e como se ama. Desse modo, o amor é bom quando é bem orientado pela razão e mal quando mal direcionado. Ora, o homem, de acordo com o pensamento tomasiano, não nasce pronto e acabado, disposto a fazer despertar a razão no momento oportuno. O conhecimento está no homem em potência e é por meio do processo educativo que o homem o desenvolve, que opera o movimento de potência ao ato de conhecimento (TOMÁS DE AQUINO, 2004). Assim, a educação na concepção de mestre Tomás configura-se como algo primordial para o homem agir, pois é por meio dela que desenvolve a razão e, por conseguinte, a capacidade de bem ordenar o amor. REFERÊNCIAS DE BONI, L. (2003). A. De Abelardo a Lutero: estudos sobre filosofia prática na Idade Média. Porto Alegre: EDIPUCRS. DUBY, G. (1978) No tempo das catedrais. Lisboa: Editorial Estampa. DUBY, G. (1994). As três ordens ou o Imaginário do Feudalismo. Lisboa: Editorial Estampa. GUIZOT, F. (1907). História da Civilisação na Europa. Lisboa: Officinas Typographica e de Encadernação. GUIZOT, François. Sétima lição. In: OLIVEIRA, Terezinha; MENDES, Claudinei Magno Magre (Orgs.) (2005). Formação do Terceiro Estado as comunas: coletânea de textos de François Guizot, Augustin Thierry, Prosper de Barante. Maringá: Eduem, p LE GOFF, J. (1995). Os intelectuais na Idade Média. São Paulo: Brasiliense. LIBERA, A. (1990). A filosofia medieval. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. NUNES, R. A. C. (1979). Capítulo IX A escolástica. In:. História da Educação na Idade Média. São Paulo: Edusp, p OLIVEIRA, T. Guizot e a Idade Média: civilização e lutas políticas. Tese de Doutorado em História. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Assis: 1997.

14 OLIVEIRA, T. (2005). Escolástica. São Paulo: Editora Mandruvá. OLIVEIRA, T. A Universidade medieval: uma memória. Mirabilia, n. 6, Disponível em: < Acesso em: 25 mar OLIVEIRA, T. O ensino da caridade: uma virtude para o bem comum sob o olhar de Tomás de Aquino. Notandum, Ano XI, n. 18, jul./dez., OLIVEIRA, T. A importância da leitura de escritos tomasianos para a formação docente. Notandum, Ano XII, n. 21, set./dez., TOMÁS DE AQUINO. (2003). Suma Teológica. São Paulo: Loyola, v. III. TOMÁS DE AQUINO. (2004). Sobre o ensino (De Magistro), Os sete pecados capitais. São Paulo: Martins Fontes. VERGER, J. (2006). Universidade. In: LE GOFF, J.; SCHMITT, J.-C. Dicionário Temático do Ocidente Medieval. Bauru : Edusc, p

A SUMA TEOLÓGICA DE TOMÁS DE AQUINO (SÉCULO XIII) COMO FONTE PARA A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

A SUMA TEOLÓGICA DE TOMÁS DE AQUINO (SÉCULO XIII) COMO FONTE PARA A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO A SUMA TEOLÓGICA DE TOMÁS DE AQUINO (SÉCULO XIII) COMO FONTE PARA A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO SANTIN, Rafael Henrique (UEM) OLIVEIRA, Terezinha (UEM) Introdução Uma primeira análise das Questões tomasianas

Leia mais

AMOR E EDUCAÇÃO EM TOMÁS DE AQUINO: UM ESTUDO NO CAMPO DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO MEDIEVAL

AMOR E EDUCAÇÃO EM TOMÁS DE AQUINO: UM ESTUDO NO CAMPO DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO MEDIEVAL AMOR E EDUCAÇÃO EM TOMÁS DE AQUINO: UM ESTUDO NO CAMPO DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO MEDIEVAL SANTIN, Rafael Henrique (UEM) OLIVEIRA, Terezinha (Orientador/UEM) Agência Financiadora CAPES Introdução Para iniciarmos

Leia mais

AS CAUSAS DO AMOR E A FORMAÇÃO HUMANA NA PERSPECTIVA DE TOMÁS DE AQUINO: REFLEXÕES ACERCA DO PROCESSO EDUCATIVO NO CAMPO DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

AS CAUSAS DO AMOR E A FORMAÇÃO HUMANA NA PERSPECTIVA DE TOMÁS DE AQUINO: REFLEXÕES ACERCA DO PROCESSO EDUCATIVO NO CAMPO DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO AS CAUSAS DO AMOR E A FORMAÇÃO HUMANA NA PERSPECTIVA DE TOMÁS DE AQUINO: REFLEXÕES ACERCA DO PROCESSO EDUCATIVO NO CAMPO DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO Rafael Henrique Santin Resumo Nesta comunicação faremos

Leia mais

EDUCAÇÃO E AFETIVIDADE EM TOMÁS DE AQUINO: UM ESTUDO NO CAMPO DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO MEDIEVAL

EDUCAÇÃO E AFETIVIDADE EM TOMÁS DE AQUINO: UM ESTUDO NO CAMPO DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO MEDIEVAL doi: 10.4025/10jeam.ppeuem.03054 EDUCAÇÃO E AFETIVIDADE EM TOMÁS DE AQUINO: UM ESTUDO NO CAMPO DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO MEDIEVAL SANTIN, Rafael Henrique (PPE/UEM-GTSEAM) OLIVEIRA, Terezinha (DFE/PPE/UEM-GTSEAM)

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR: A ESCOLÁSTICA, UM EXEMPLO RAFAEL HENRIQUE SANTIN (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ).

A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR: A ESCOLÁSTICA, UM EXEMPLO RAFAEL HENRIQUE SANTIN (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ). A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR: A ESCOLÁSTICA, UM EXEMPLO RAFAEL HENRIQUE SANTIN (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ). Resumo Nesta comunicação, ressaltamos a necessidade da leitura

Leia mais

O DEBATE POLÍTICO PELA SEPARAÇÃO DOS PODERES E A EDUCAÇÃO SOB A PERSPECTIVA DE GUILHERME DE OCKHAM

O DEBATE POLÍTICO PELA SEPARAÇÃO DOS PODERES E A EDUCAÇÃO SOB A PERSPECTIVA DE GUILHERME DE OCKHAM O DEBATE POLÍTICO PELA SEPARAÇÃO DOS PODERES E A EDUCAÇÃO SOB A PERSPECTIVA DE GUILHERME DE OCKHAM SILVA, Aline Romero da (PIC/UEM) OLIVEIRA, Terezinha (UEM) INTRODUÇÃO Este texto apresenta os resultados

Leia mais

ALBERTO MAGNO E TOMÁS DE AQUINO

ALBERTO MAGNO E TOMÁS DE AQUINO 1 ALBERTO MAGNO E TOMÁS DE AQUINO A ESCOLÁSTICA E OS PRINCIPAIS REPRESENTANTES ALBERTO MAGNO TOMÁS DE AQUINO Buscaram provar a existência de Deus utilizando argumentos racionais. 2 A UNIDADE ENTRE A FÉ

Leia mais

FILOSOFIA MEDIEVAL: ESCOLÁSTICA 3ªSÉRIE DO ENSINO MÉDIO DRUMMOND 2017 PROF. DOUGLAS PHILIP

FILOSOFIA MEDIEVAL: ESCOLÁSTICA 3ªSÉRIE DO ENSINO MÉDIO DRUMMOND 2017 PROF. DOUGLAS PHILIP 3ªSÉRIE DO ENSINO MÉDIO DRUMMOND 2017 PROF. DOUGLAS PHILIP AULA 2 PATRÍSTICA E : DIFERENÇAS PATRÍSTICA (SÉC. I AO VII) Na decadência do Império Romano, surge a partir do século II a filosofia dos Padres

Leia mais

Pré Socráticos aos Medievais 1

Pré Socráticos aos Medievais 1 Pré Socráticos aos Medievais 1 Períodos da História dafilosofia Patrística Filosofia Medieval Escolástica Renascimento Período: queda do Império Romano (sec. V) ao sec. XV. Guerras, a fome e as grandes

Leia mais

Razão e fé. Filosofia MedievaL. Douglas Blanco

Razão e fé. Filosofia MedievaL. Douglas Blanco Razão e fé Filosofia MedievaL Douglas Blanco CRISTIANO PALAZZINI/SHUTTERSTOCK Aspectos gerais Correntes da filosofia medieval e principais representantes: Patrística (séc. II-V), com Agostinho de Hipona,

Leia mais

UM ESTUDO DA CONCEPÇÃO TOMASIANA DE AMOR NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO: AS QUESTÕES 26, 27 E 28 DA SUMA TEOLÓGICA

UM ESTUDO DA CONCEPÇÃO TOMASIANA DE AMOR NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO: AS QUESTÕES 26, 27 E 28 DA SUMA TEOLÓGICA UM ESTUDO DA CONCEPÇÃO TOMASIANA DE AMOR NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO: AS QUESTÕES 26, 27 E 28 DA SUMA TEOLÓGICA Resumo SANTIN, Rafael H. UEM rafael.h.santin@gmail.com Área temática: História da Educação Agência

Leia mais

Filosofia Medievil: TomásadeaAquino

Filosofia Medievil: TomásadeaAquino MPET Modelagem Conceitual do Pensamento Filosófco MATERIAL DE APOIO Organizador dos slides: Prof.aDr.aGliuciusaDécioaDuirte Atualizado em: 19 ago. 2017 Filosofia Medievil: TomásadeaAquino SÍNTESE DO CRISTIANISMO

Leia mais

FÍSICA FILOSOFIA. Resumex JáEntendi 1. A FILOSOFIA NA IDADE MÉDIA. Características Fundamentais da Idade Média

FÍSICA FILOSOFIA. Resumex JáEntendi 1. A FILOSOFIA NA IDADE MÉDIA. Características Fundamentais da Idade Média FILOSOFIA FÍSICA Resumex JáEntendi 1. A FILOSOFIA NA IDADE MÉDIA O período histórico comumente chamado de Idade Média inicia- se no século V e termina no século XV. Portanto, ele representa mil anos de

Leia mais

Educação Unisinos E-ISSN: Universidade do Vale do Rio dos Sinos Brasil

Educação Unisinos E-ISSN: Universidade do Vale do Rio dos Sinos Brasil Educação Unisinos E-ISSN: 2177-6210 revistaeduc@unisinos.br Universidade do Vale do Rio dos Sinos Brasil Oliveira, Terezinha; Santin, Rafael Henrique Consentimento e uso em Tomás de Aquino: dois preceitos

Leia mais

S. Tomás de Aquino SE A VIDA CONTEMPLATIVA CONSISTE SOMENTE EM UM ATO DO ENTENDIMENTO

S. Tomás de Aquino SE A VIDA CONTEMPLATIVA CONSISTE SOMENTE EM UM ATO DO ENTENDIMENTO SE A VIDA CONTEMPLATIVA CONSISTE SOMENTE EM UM ATO DO ENTENDIMENTO. : Index. S. Tomás de Aquino SE A VIDA CONTEMPLATIVA CONSISTE SOMENTE EM UM ATO DO ENTENDIMENTO Índice Geral PRIMEIRA QUESTÃO SEGUNDA

Leia mais

O ÓDIO E A EDUCAÇÃO NA SUMA TEOLÓGICA DE TOMÁS DE AQUINO

O ÓDIO E A EDUCAÇÃO NA SUMA TEOLÓGICA DE TOMÁS DE AQUINO O ÓDIO E A EDUCAÇÃO NA SUMA TEOLÓGICA DE TOMÁS DE AQUINO SANTIN, Rafael Henrique 1 OLIVEIRA, Terezinha 2 INTRODUÇÃO Este texto apresenta algumas reflexões desenvolvidas durante nossa pesquisa de mestrado

Leia mais

O CONCEITO DE HÁBITO EM TOMÁS DE AQUINO: ESTUDO NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO (SÉC. XIII)

O CONCEITO DE HÁBITO EM TOMÁS DE AQUINO: ESTUDO NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO (SÉC. XIII) doi: 10.4025/10jeam.ppeuem.04013 O CONCEITO DE HÁBITO EM TOMÁS DE AQUINO: ESTUDO NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO (SÉC. XIII) SARACHE, Mariana Vieira (IC Balcão-CNPq/UEM) OLIVEIRA, Terezinha (GTSEAM/ PPE/UEM) Introdução

Leia mais

Ética e Conduta Humana. Aula 5

Ética e Conduta Humana. Aula 5 Ética e Conduta Humana Aula 5 Ética e Conduta Humana Você já pensou como você toma suas decisões? Você é mais emoção ou razão? Age impulsivamente ou é mais ponderado e analítico? Chama-se ética a parte

Leia mais

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, FILOSÓFICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO. A Geografia Levada a Sério

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, FILOSÓFICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO.  A Geografia Levada a Sério FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, FILOSÓFICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO 1 O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete Aristóteles 2 O Mito da Caverna - Platão 3 Entendes??? 4 A Filosofia É um estudo relacionado

Leia mais

FÉ E RAZÃO MUNDO MEDIEVAL

FÉ E RAZÃO MUNDO MEDIEVAL FÉ E RAZÃO MUNDO MEDIEVAL Santo Agostinho séc. IV São Tomás de Aquino séc. XIII PATRÍSTICA e ESCOLÁSTICA Platão séc. IV a.c. Aristóteles séc. III a.c A RELAÇÃO ENTRE FÉ E RAZÃO Questões fundamentais para

Leia mais

CENÁRIO FILOSÓFICO DA GRÉCIA CLÁSSICA I

CENÁRIO FILOSÓFICO DA GRÉCIA CLÁSSICA I CENÁRIO FILOSÓFICO DA GRÉCIA CLÁSSICA I A ideia de que a finalidade da política não é o exercício do poder, mas a realização da justiça para o bem comum da cidade; A ideia de que o homem livre (e somente

Leia mais

Educação, conhecimento e moral na suma teológica de Tomás de Aquino: um estudo no campo da história da educação

Educação, conhecimento e moral na suma teológica de Tomás de Aquino: um estudo no campo da história da educação Educação, conhecimento e moral na suma teológica de Tomás de Aquino: um estudo no campo da história da educação Resumo Essa comunicação tem como tema a relação entre educação, conhecimento e moral na Suma

Leia mais

ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ - ESALQ/USP

ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ - ESALQ/USP ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ - ESALQ/USP CAIO HENRIQUE AMPARO ROSATELI JOÃO PEDRO BACCHIN MILANEZ PEDRO INNOCENTE COLLARES VINÍCIUS HORSTMANN FERNANDES SÃO TOMÁS DE AQUINO Piracicaba

Leia mais

Curso TURMA: 2101 e 2102 DATA: Teste: Prova: Trabalho: Formativo: Média:

Curso TURMA: 2101 e 2102 DATA: Teste: Prova: Trabalho: Formativo: Média: EXERCÍCIOS ON LINE 3º BIMESTRE DISCIPLINA: Filosofia PROFESSOR(A): Julio Guedes Curso TURMA: 2101 e 2102 DATA: Teste: Prova: Trabalho: Formativo: Média: NOME: Nº.: Exercício On Line (1) A filosofia atingiu

Leia mais

Aristóteles, Ética a Nicômaco, X 7, 1177 b 33.

Aristóteles, Ética a Nicômaco, X 7, 1177 b 33. 91 tornar-se tanto quanto possível imortal Aristóteles, Ética a Nicômaco, X 7, 1177 b 33. 92 5. Conclusão Qual é o objeto da vida humana? Qual é o seu propósito? Qual é o seu significado? De todas as respostas

Leia mais

O MÉTODO ESCOLÁSTICO EM TOMÁS DE AQUINO: UM ESTUDO NO CAMPO DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

O MÉTODO ESCOLÁSTICO EM TOMÁS DE AQUINO: UM ESTUDO NO CAMPO DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO O MÉTODO ESCOLÁSTICO EM TOMÁS DE AQUINO: UM ESTUDO NO CAMPO DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO SANTIN, Rafael Henrique (PIBIC/UEM) OLIVEIRA, Terezinha (UEM) INTRODUÇÃO Neste texto pretendemos analisar o método escolástico

Leia mais

TOMÁS DE AQUINO: O HÁBITO COMO QUALIDADE QUE DETERMINA A AÇÃO

TOMÁS DE AQUINO: O HÁBITO COMO QUALIDADE QUE DETERMINA A AÇÃO TOMÁS DE AQUINO: O HÁBITO COMO QUALIDADE QUE DETERMINA A AÇÃO BOVETO, Lais (UEM) OLIVEIRA, Terezinha (Orientadora/UEM) Neste texto, pretendemos abordar a perspectiva tomasiana do conceito de hábito, estabelecendo

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA HISTÓRIA DA FILOSOFIA MEDIEVAL SOBRE O BEM SUPREMO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA HISTÓRIA DA FILOSOFIA MEDIEVAL SOBRE O BEM SUPREMO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA HISTÓRIA DA FILOSOFIA MEDIEVAL SOBRE O BEM SUPREMO Obegair Barcellos Pelotas, março de 2004. Sumário Introdução...2

Leia mais

HUGO DE SÃO VITOR E A IMPORTÂNCIA DA LEITURA E DA ESCRITA

HUGO DE SÃO VITOR E A IMPORTÂNCIA DA LEITURA E DA ESCRITA HUGO DE SÃO VITOR E A IMPORTÂNCIA DA LEITURA E DA ESCRITA SANTIAGO, Viviane Paes (PIBIC/ Fundação Araucária/UNESPAR/FAFIPA) PERIN, Conceição Solange Bution (UNESPAR/FAFIPA) INTRODUÇÃO Esse trabalho apresenta

Leia mais

O CONHECIMENTO E SEUS NÍVEIS

O CONHECIMENTO E SEUS NÍVEIS O CONHECIMENTO E SEUS NÍVEIS 1. O CONHECIMENTO é uma relação que se estabelece entre o sujeito que conhece e o objeto conhecido. O sujeito que conhece se apropria, de certo modo, do objeto conhecido. Através

Leia mais

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO. A Geografia Levada a Sério

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO.  A Geografia Levada a Sério FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO 1 O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete Aristóteles 2 O Mito da Caverna - Platão 3 Entendes??? 4 A Filosofia É um estudo relacionado à existência

Leia mais

DA IDADE MÉDIA À IDADE MODERNA. Prof. Adriano R. 1º Anos

DA IDADE MÉDIA À IDADE MODERNA. Prof. Adriano R. 1º Anos DA IDADE MÉDIA À IDADE MODERNA Prof. Adriano R. 1º Anos CONTEXTO E CARACTERÍSTICAS DA FILOSOFIA MEDIEVAL Séc. V ao Séc. XV d. C. Período da Idade Média (Mil anos de crescimento) - Reintroduzido o comércio

Leia mais

Educação revista quadrimestral

Educação revista quadrimestral Educação revista quadrimestral Porto Alegre, v. 39, n. 2, p. 157-165, maio-ago. 2016 http://dx.doi.org/10.15448/1981-2582.2016.2.16657 ISSN 1981-2582 A relação entre amor e educação na Suma teológica de

Leia mais

Disciplina: HISTÓRIA Professor (a):rodrigo CUNHA Ano: 7º Turmas: 7.1 e 7.2

Disciplina: HISTÓRIA Professor (a):rodrigo CUNHA Ano: 7º Turmas: 7.1 e 7.2 COLÉGIO NOSSA SENHORA DA PIEDADE Programa de Recuperação Paralela 1ª Etapa 2013 Disciplina: HISTÓRIA Professor (a):rodrigo CUNHA Ano: 7º Turmas: 7.1 e 7.2 Caro aluno, você está recebendo o conteúdo de

Leia mais

ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS - BARREIRO Ficha de avaliação de História A. 10.maio.2012 NOME: Nº

ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS - BARREIRO Ficha de avaliação de História A. 10.maio.2012 NOME: Nº ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS - BARREIRO Ficha de avaliação de História A 10º Ano Professor: Renato Albuquerque Duração da ficha: 15 minutos. Tolerância: 5 minutos 3 páginas 10.maio.2012 NOME: Nº 1.

Leia mais

FILOSOFIA CRISTÃ. Jesus Cristo Pantocrator, Uma das mais antigas imagens de Jesus (séc. VI-VII). Monastério Sta. Catarina, Monte Sinai.

FILOSOFIA CRISTÃ. Jesus Cristo Pantocrator, Uma das mais antigas imagens de Jesus (séc. VI-VII). Monastério Sta. Catarina, Monte Sinai. Jesus Cristo Pantocrator, Uma das mais antigas imagens de Jesus (séc. VI-VII). Monastério Sta. Catarina, Monte Sinai. FILOSOFIA CRISTÃ Unidade 01. Capítulo 04: pg. 53-54 Convite a Filosofia Unidade 08.

Leia mais

FILOSOFIA MEDIEVAL: ESCOLÁSTICA 3ªSÉRIE DO ENSINO MÉDIO DRUMMOND 2017 PROF. DOUGLAS PHILIP

FILOSOFIA MEDIEVAL: ESCOLÁSTICA 3ªSÉRIE DO ENSINO MÉDIO DRUMMOND 2017 PROF. DOUGLAS PHILIP 3ªSÉRIE DO ENSINO MÉDIO DRUMMOND 2017 PROF. DOUGLAS PHILIP Por Filosofia Escolástica entende-se a filosofia dominante no período compreendido entre os séculos IX e XIV XV, ensinada comumente nas escolas,

Leia mais

A ÉTICA NA HISTÓRIA DO PENSAMENTO

A ÉTICA NA HISTÓRIA DO PENSAMENTO SOFISTAS Acreditavam num relativismo moral. O ceticismo dos sofistas os levava a afirmar que, não existindo verdade absoluta, não poderiam existir valores que fossem validos universalmente. A moral variaria

Leia mais

As paixões da alma e a formação humana na perspectiva de Tomás de Aquino

As paixões da alma e a formação humana na perspectiva de Tomás de Aquino As paixões da alma e a formação humana na perspectiva de Tomás de Aquino The passions of the soul and human education in the perspective of Tomás of AquinKelly Ludkiewicz Alves Rafael Henrique Santin Centro

Leia mais

Unidade 2: História da Filosofia. Filosofia Serviço Social Igor Assaf Mendes

Unidade 2: História da Filosofia. Filosofia Serviço Social Igor Assaf Mendes Unidade 2: História da Filosofia Filosofia Serviço Social Igor Assaf Mendes Períodos Históricos da Filosofia Filosofia Grega ou Antiga (Séc. VI a.c. ao VI d.c.) Filosofia Patrística (Séc. I ao VII) Filosofia

Leia mais

As provas da existência de Deus: Tomás de Aquino e o estabelecimento racional da fé. Colégio Cenecista Dr. José Ferreira

As provas da existência de Deus: Tomás de Aquino e o estabelecimento racional da fé. Colégio Cenecista Dr. José Ferreira As provas da existência de Deus: Tomás de Aquino e o estabelecimento racional da fé. Colégio Cenecista Dr. José Ferreira Tomás de Aquino (1221-1274) Tomás de Aquino - Tommaso d Aquino - foi um frade dominicano

Leia mais

O MÉTODO ESCOLÁSTICO NA UNIVERSIDADE PARISIENSE DO SÉCULO XIII SANTIN, Rafael UEM/PIBIC/CNPq OLIVEIRA, Teresinha UEM/DFE/PPE

O MÉTODO ESCOLÁSTICO NA UNIVERSIDADE PARISIENSE DO SÉCULO XIII SANTIN, Rafael UEM/PIBIC/CNPq OLIVEIRA, Teresinha UEM/DFE/PPE O MÉTODO ESCOLÁSTICO NA UNIVERSIDADE PARISIENSE DO SÉCULO XIII SANTIN, Rafael UEM/PIBIC/CNPq OLIVEIRA, Teresinha UEM/DFE/PPE Nosso objetivo neste trabalho é analisar aspectos relevantes da Escolástica,

Leia mais

SANTO AGOSTINHO - INFLUÊNCIAS

SANTO AGOSTINHO - INFLUÊNCIAS SANTO AGOSTINHO SANTO AGOSTINHO - INFLUÊNCIAS Em Cartago, Santo Agostinho estudou literatura, filosofia e retórica. Sua paixão por filosofia foi despertada pela leitura do livro Hortensius, de Cícero um

Leia mais

O conceito ética. O conceito ética. Curso de Filosofia. Prof. Daniel Pansarelli. Ética filosófica: conceito e origem Estudo a partir de Aristóteles

O conceito ética. O conceito ética. Curso de Filosofia. Prof. Daniel Pansarelli. Ética filosófica: conceito e origem Estudo a partir de Aristóteles Curso de Filosofia Prof. Daniel Pansarelli Ética filosófica: conceito e origem Estudo a partir de Aristóteles O conceito ética Originado do termo grego Ethos, em suas duas expressões Êthos (com inicial

Leia mais

OS SENTIDOS DA DOCÊNCIA NO PENSAMENTO DE TOMÁS DE AQUINO Liliane Barros de Almeida 1 UFG

OS SENTIDOS DA DOCÊNCIA NO PENSAMENTO DE TOMÁS DE AQUINO Liliane Barros de Almeida 1 UFG OS SENTIDOS DA DOCÊNCIA NO PENSAMENTO DE TOMÁS DE AQUINO Liliane Barros de Almeida 1 UFG Ler Tomás de Aquino, especialmente seus escritos sobre a educação, é fundamental para compreender e pensar a atuação

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br A Dúvida Metódica Em Descartes Antonio Wardison Canabrava da Silva* A busca pelo conhecimento é um atributo essencial do pensar filosófico. Desde o surgimento das investigações mitológicas,

Leia mais

Terezinha Oliveira* Rafael Henrique San n*

Terezinha Oliveira* Rafael Henrique San n* A voluntariedade das ações humanas e a educação na Suma Teológica de Tomás de Aquino The willingness of human ac ons and educa on in the Suma Teológica of Tomás de Aquino Terezinha Oliveira* Rafael Henrique

Leia mais

BEM VINDOS RECOMENDAÇÕES BÁSICAS. Use uma linguagem simples, seja amável em cada uma de suas expressões, não utilize uma linguagem religiosa;

BEM VINDOS RECOMENDAÇÕES BÁSICAS. Use uma linguagem simples, seja amável em cada uma de suas expressões, não utilize uma linguagem religiosa; BEM VINDOS Muitos líderes desejam iniciar seu ministério e assim cumprir o chamado que Deus lhe fez. O primeiro passo para alcançar este propósito é o crescimento através de uma célula. Confira a seguir

Leia mais

A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO. Prof Bruno Tamancoldi

A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO. Prof Bruno Tamancoldi A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO Prof Bruno Tamancoldi META DA AULA Apresentar conceitos sobre o Conhecimento, partindo da Filosofia, distinguindo Ciência e senso comum. OBJETIVOS conceituar lógica e raciocínio;

Leia mais

2º bimestre 1ª série 12 - Era Medieval Formação e consolidação da Igreja Caps. 3.2, 3.3 e 7. Roberson de Oliveira Roberson de Oliveira

2º bimestre 1ª série 12 - Era Medieval Formação e consolidação da Igreja Caps. 3.2, 3.3 e 7. Roberson de Oliveira Roberson de Oliveira 2º bimestre 1ª série 12 - Era Medieval Formação e consolidação da Igreja Caps. 3.2, 3.3 e 7 Roberson de Oliveira Roberson de Oliveira 1 Igreja na Era Medieval Importância: 1. Único poder universal. 2.

Leia mais

FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA PROFESSOR: REINALDO SOUZA

FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA PROFESSOR: REINALDO SOUZA FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA PROFESSOR: REINALDO SOUZA Nada de grande se realizou no mundo sem paixão. G. W. F. HEGEL (1770-1831) Século XIX Revolução Industrial (meados do século XVIII) Capitalismo; Inovações

Leia mais

IMBACH, R. e OLIVA, A. La philosophie de Thomas d Aquin. Repères, Paris: Vrin, Repères Philosophiques, 2009, 179p.

IMBACH, R. e OLIVA, A. La philosophie de Thomas d Aquin. Repères, Paris: Vrin, Repères Philosophiques, 2009, 179p. , Paris: Vrin, Repères Philosophiques, 2009, 179p. Lucio Lobo* Textos podem ter muitos objetivos e este tem um muito claro, a saber, ajudar o leitor a descobrir, num nível introdutório, o pensamento filosófico

Leia mais

2ª FEIRA 26 de novembro

2ª FEIRA 26 de novembro 2ª FEIRA 26 de novembro NA MISERICÓRDIA INTRODUÇÃO Bom dia a todos e boa semana! Vamos dedicar esta semana ao tema da Misericórdia. Dar e receber misericórdia faz de nós pessoas melhores, mais atentas

Leia mais

A arte medieval Estilo românico e estilo gótico

A arte medieval Estilo românico e estilo gótico A arte medieval Estilo românico e estilo gótico Das imagens que aqui se apresentam, quais relacionas com o estilo românico? E com o estilo gótico? A B C Estilo românico A D E Sainte-Chapelle, Paris, séc.

Leia mais

Filosofia da Arte. Unidade II O Universo das artes

Filosofia da Arte. Unidade II O Universo das artes Filosofia da Arte Unidade II O Universo das artes FILOSOFIA DA ARTE Campo da Filosofia que reflete e permite a compreensão do mundo pelo seu aspecto sensível. Possibilita compreender a apreensão da realidade

Leia mais

Universidade Federal Fluminense Instituto de Ciências Humanas e Filosofia Departamento de História

Universidade Federal Fluminense Instituto de Ciências Humanas e Filosofia Departamento de História 1 Universidade Federal Fluminense Instituto de Ciências Humanas e Filosofia Departamento de História Curso: GHT00548 - PROCESSO DE CENTRALIZAÇÃO MONÁRQUICA NA BAIXA IDADE MÉDIA Turma: A1 Horário: 3as e

Leia mais

NODARI, Paulo César. Sobre ética: Aristóteles, Kant e Levinas. Caxias do Sul: Educs, 2010

NODARI, Paulo César. Sobre ética: Aristóteles, Kant e Levinas. Caxias do Sul: Educs, 2010 NODARI, Paulo César. Sobre ética: Aristóteles, Kant e Levinas. Caxias do Sul: Educs, 2010 12 Daniel José Crocoli * A obra Sobre ética apresenta as diferentes formas de se pensar a dimensão ética, fazendo

Leia mais

UM ESTUDO SOBRE SÃO BOAVENTURA DE BAGNOREGIO

UM ESTUDO SOBRE SÃO BOAVENTURA DE BAGNOREGIO doi: 10.4025/10jeam.ppeuem.04012 UM ESTUDO SOBRE SÃO BOAVENTURA DE BAGNOREGIO SANTIAGO, Viviane Paes (PIBIC/ Fundação Araucáruia-UNESPAR/FAFIPA) PERIN, Conceição Solange Bution (FAFIPA-GTSEAM) Introdução

Leia mais

Prof. José Augusto Fiorin

Prof. José Augusto Fiorin Alta idade média (Séculos v AO X) Baixa Idade Média (SÉCULOS XI AO XV) CARACTERÍSTICAS GERAIS OS POVOS BÁRBAROS O FEUDALISMO O IMPÉRIO CAROLÍNGEO ou REINO CRISTÃO DOS FRANCO O IMPÉRIO BIZANTINO: O IMPÉRIO

Leia mais

A VIDA CULTURAL NA BAIXA IDADE MÉDIA (Séc. XI-XIV) História da Igreja I

A VIDA CULTURAL NA BAIXA IDADE MÉDIA (Séc. XI-XIV) História da Igreja I A VIDA CULTURAL NA BAIXA IDADE MÉDIA (Séc. XI-XIV) História da Igreja I Onde Estudar? Os séculos XI, XII, XIII e XIV foram de grande atividade intelectual. Dentro dos mosteiros e nas escolas das catedrais,

Leia mais

FILOSOFIA COMENTÁRIO DA PROVA DE FILOSOFIA

FILOSOFIA COMENTÁRIO DA PROVA DE FILOSOFIA COMENTÁRIO DA PROVA DE FILOSOFIA Mais uma vez a UFPR oferece aos alunos uma prova exigente e bem elaborada, com perguntas formuladas com esmero e citações muito pertinentes. A prova de filosofia da UFPR

Leia mais

Seminário 1. Livro: De Tramas e Fios Um ensaio sobre música e educação. Autor: Marisa Trench de Oliveira Fonterrada

Seminário 1. Livro: De Tramas e Fios Um ensaio sobre música e educação. Autor: Marisa Trench de Oliveira Fonterrada Seminário 1 Livro: De Tramas e Fios Um ensaio sobre música e educação Autor: Marisa Trench de Oliveira Fonterrada Capítulo 1: Educação musical: tecendo a linha do tempo. Páginas 25 a 40. Antiguidade Grega

Leia mais

Clique para editar o título mestre

Clique para editar o título mestre Clique para editar o título mestre Tomás de Aquino Professor: Juscelino V. Mendes 2014/15 2 Roccasecca, 1225 Fossanova, 1274 - Dominicano Tomás era um teólogo e filósofo escolástico. Mas não se considerava

Leia mais

Marco Aurélio Oliveira da Silva*

Marco Aurélio Oliveira da Silva* VELDE, Rudi A. te. Aquinas on God. The divine science of the Summa Theologiae, Aldershot: Ashgate, Ashgate Studies in the History of Philosophical Theology, 2006, viii+192p. Marco Aurélio Oliveira da Silva*

Leia mais

Grupo 01. I) Ambas as concepções mantêm um discurso no qual é alimentado pela expansão política e econômica das sociedades industrializadas;

Grupo 01. I) Ambas as concepções mantêm um discurso no qual é alimentado pela expansão política e econômica das sociedades industrializadas; Grupo 01 QUESTÃO 01 - Segundo José Luiz dos Santos, ao abordar o tema O Que se Entende por Cultura ele afirma que não há por que nos confundirmos com tanta variação de significado. O que importa é que

Leia mais

Aula 19. Bora descansar? Filosofia Moderna - Kant

Aula 19. Bora descansar? Filosofia Moderna - Kant Aula 19 Bora descansar? Filosofia Moderna - Kant Kant (1724-1804) Nasceu em Könisberg, 22/04/1724 Estudos Collegium Fredericiacum Universidade Könisberg Docência Inicialmente aulas particulares Nomeado

Leia mais

A PRUDÊNCIA NA ÉTICA A NICÔMACO DE ARISTÓTELES

A PRUDÊNCIA NA ÉTICA A NICÔMACO DE ARISTÓTELES A PRUDÊNCIA NA ÉTICA A NICÔMACO DE ARISTÓTELES Introdução/ Desenvolvimento Dagmar Rodrigues 1 Camila do Espírito santo 2 A pretensão do presente trabalho é analisar o que é a prudência enquanto virtude

Leia mais

Filosofia (aula 20) Dimmy Chaar Prof. de Filosofia. SAE

Filosofia (aula 20) Dimmy Chaar Prof. de Filosofia. SAE Filosofia (aula 20) Prof. de Filosofia SAE leodcc@hotmail.com Teorias Éticas - Antropocentrismo; - Reflexão Filosófica; - Ascensão da Burguesia; - Surgimento do Capitalismo; - Visa tornar-se senhor da

Leia mais

FILOSOFIA MEDIEVAL E OUTROS TEMAS PROFESSOR DANILO BORGES FILOSOFIA 9º ANO ENSINO FUNDAMENTAL II

FILOSOFIA MEDIEVAL E OUTROS TEMAS PROFESSOR DANILO BORGES FILOSOFIA 9º ANO ENSINO FUNDAMENTAL II FILOSOFIA MEDIEVAL E OUTROS TEMAS PROFESSOR DANILO BORGES FILOSOFIA 9º ANO ENSINO FUNDAMENTAL II FILOSOFIA NA IDADE MEDIEVAL A IDADE MÉDIA INICIOU-SE NA Europa com as invasões germânicas ou bárbaras no

Leia mais

Edson Gonçalves da Silva 1

Edson Gonçalves da Silva 1 SCHOPENHAUER, Arthur. O livre-arbítrio. São Paulo, SP: Ed. Formar, 1ª vol. Coleção Grandes mestres do pensamento, [19--] 106 p. (nota: livro não datado) Edson Gonçalves da Silva 1 A Liberdade é certamente

Leia mais

A PAIXÃO DA AUDÁCIA EM TOMÁS DE AQUINO: EDUCAÇÃO E SENSIBILIDADE NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO MEDIEVAL

A PAIXÃO DA AUDÁCIA EM TOMÁS DE AQUINO: EDUCAÇÃO E SENSIBILIDADE NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO MEDIEVAL A PAIXÃO DA AUDÁCIA EM TOMÁS DE AQUINO: EDUCAÇÃO E SENSIBILIDADE NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO MEDIEVAL doi: 10.4025/XIIjeam2013.santin.oliveira48 SANTIN, Rafael Henrique 1 OLIVEIRA, Terezinha 2 Introdução Este

Leia mais

4x7 AS RAZÕES DA NOSSA FÉ CURSO DE APROFUNDAMENTO DA FÉ A PARTIR DO YOUCAT CATECISMO JOVEM DA IGREJA CATÓLICA

4x7 AS RAZÕES DA NOSSA FÉ CURSO DE APROFUNDAMENTO DA FÉ A PARTIR DO YOUCAT CATECISMO JOVEM DA IGREJA CATÓLICA 4x7 AS RAZÕES DA NOSSA FÉ CURSO DE APROFUNDAMENTO DA FÉ A PARTIR DO YOUCAT CATECISMO JOVEM DA IGREJA CATÓLICA PAI, DAI-NOS SABEDORIA YOU PRAY Pai, dai-nos sabedoria para Vos reconhecer; desejo de Vos procurar;

Leia mais

Clóvis de Barros Filho

Clóvis de Barros Filho Clóvis de Barros Filho Sugestão Formação: Doutor em Ciências da Comunicação pela USP (2002) Site: http://www.espacoetica.com.br/ Vídeos Produção acadêmica ÉTICA - Princípio Conjunto de conhecimentos (filosofia)

Leia mais

Conceito da Ética Destacando as teorias da formação dos conceitos, o objeto e o objetivo da Ética

Conceito da Ética Destacando as teorias da formação dos conceitos, o objeto e o objetivo da Ética Conceito da Ética Destacando as teorias da formação dos conceitos, o objeto e o objetivo da Ética. Definições e Conceitos O termo ética deriva do grego ethos (caráter, modo de ser de uma pessoa). Ética

Leia mais

INSTRUMENTOS DE TORTURA UTILIZADOS CONTRA AS HERESIAS, CONSOLIDANDO O TRIBUNAL DA INQUISIÇÃO

INSTRUMENTOS DE TORTURA UTILIZADOS CONTRA AS HERESIAS, CONSOLIDANDO O TRIBUNAL DA INQUISIÇÃO INSTRUMENTOS DE TORTURA UTILIZADOS CONTRA AS HERESIAS, CONSOLIDANDO O TRIBUNAL DA INQUISIÇÃO CADEIRA INQUISITÓRIA ESMAGA CRÂNEOS CINTO DE ESTRANGULAMENTO ESMAGA SEIOS FORQUILHA DO HEREGE Sucesso comercial

Leia mais

A finalidade pastoral do Código de Direito Canônico. Tiago Nascimento Nigro. Pe. Luiz Henrique Bugnolo

A finalidade pastoral do Código de Direito Canônico. Tiago Nascimento Nigro. Pe. Luiz Henrique Bugnolo 1 A finalidade pastoral do Código de Direito Canônico Tiago Nascimento Nigro Pe. Luiz Henrique Bugnolo Faculdade Católica de Filosofia e Teologia de Ribeirão Preto. Durante o período de elaboração do novo

Leia mais

A baixa Idade Média: da crise do Feudalismo à formação dos Estados Nacionais na Europa (Séc. XI-XV) [Cap. 5 e 8] Prof. Rafael Duarte 7 Ano

A baixa Idade Média: da crise do Feudalismo à formação dos Estados Nacionais na Europa (Séc. XI-XV) [Cap. 5 e 8] Prof. Rafael Duarte 7 Ano A baixa Idade Média: da crise do Feudalismo à formação dos Estados Nacionais na Europa (Séc. XI-XV) [Cap. 5 e 8] Prof. Rafael Duarte 7 Ano Busca de mais terras para cultivo. 1) A Baixa idade Média e a

Leia mais

Idade Média Século V - XV

Idade Média Século V - XV Séc V Séc XI Séc XV Idade Média Século V - XV IDADE MÉDIA Século V XV Alta Idade Média Séc. V XI (formação e apogeu feudalismo) Baixa Idade Média Séc. XI XV (desagregação do feudalismo) Principais passagens

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: EDUCAÇÃO 1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: EDUCAÇÃO O AMOR COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA SUMA TEOLÓGICA DE TOMÁS

Leia mais

FILOSOFIA. Dos Gregos à Idade Média

FILOSOFIA. Dos Gregos à Idade Média FILOSOFIA Dos Gregos à Idade Média Revisando... Os mitos: Uma narrativa primordial; Trata dos fundamentos de uma cultura... das origens. Os Pré-Socráticos: A impossibilidade da verdade; A importância da

Leia mais

Trabalho de Regulação 1 bimestre

Trabalho de Regulação 1 bimestre Nome: Ano: 7 ano Disciplina: História Professor: Eder Nº: Trabalho de Regulação 1 bimestre 1 - Complete abaixo a Linha do Tempo da Roma Antiga e responda a seguir com suas palavras o que foi a Crise do

Leia mais

Onde Situar a Catequese hoje?

Onde Situar a Catequese hoje? Onde Situar a Catequese hoje? Qual é o nosso conceito de catequese? Conceito amplo Itinerário amplo Conceito estrito Limitado ao momento do encontro A CATEQUESE É UMA AÇÃO ESSENCIALMENTE EDUCATIVA AÇÃO

Leia mais

Filosofia Moderna: a nova ciência e o racionalismo.

Filosofia Moderna: a nova ciência e o racionalismo. FILOSOFIA MODERNA Filosofia Moderna: a nova ciência e o racionalismo. Período histórico: Idade Moderna (século XV a XVIII). Transformações que podemos destacar: A passagem do feudalismo para o capitalismo

Leia mais

Universidade Federal de Uberlândia PRGRA Pró-Reitoria de Graduação DIRPS Diretoria de Processos Seletivos

Universidade Federal de Uberlândia PRGRA Pró-Reitoria de Graduação DIRPS Diretoria de Processos Seletivos FILOSOFIA GABARITO OFICIAL DEFINITIVO Questão 1 a) A virtude, segundo Aristóteles, consiste em manter o justo meio entre um excesso e uma falta vinculados a sentimentos, paixões e ações. A virtude ética

Leia mais

SANTO AGOSTINHO E O CRISTIANISMO

SANTO AGOSTINHO E O CRISTIANISMO SANTO AGOSTINHO SANTO AGOSTINHO E O CRISTIANISMO Aos 28 anos, Agostinho partir para Roma. Estava cansando da vida de professor em Cartago e acreditava que em Roma encontraria alunos mais capazes. Em Milão,

Leia mais

A fé nos liberta do isolamento do eu, porque nos conduz à comunhão. Isso significa que uma dimensão constitutiva

A fé nos liberta do isolamento do eu, porque nos conduz à comunhão. Isso significa que uma dimensão constitutiva A fé nos liberta do isolamento do eu, porque nos conduz à comunhão. Isso significa que uma dimensão constitutiva do acontecimento cristão é o fato de pertencer a uma comunidade concreta na qual podemos

Leia mais

CHAMADOS A VIVER EM COMUNHÃO MEMBROS DE UM SÓ CORPO EM CRISTO JESUS (1COR 12,12)

CHAMADOS A VIVER EM COMUNHÃO MEMBROS DE UM SÓ CORPO EM CRISTO JESUS (1COR 12,12) CHAMADOS A VIVER EM COMUNHÃO MEMBROS DE UM SÓ CORPO EM CRISTO JESUS (1COR 12,12) I. Significado bíblico de comunhão II. Igreja de Cristo e comunhão - Comunhão dos santos III. Comunhão como forma de ser

Leia mais

HTAU I O que é Arquitetura?

HTAU I O que é Arquitetura? BIBLIOGRAFIA BÁSICA: COLIN, Silvio. Uma Introdução à Arquitetura. Rio de Janeiro: UAPÊ, 2000. a rquitetura. S.f. Arte de criar espaços organizados e animados, por meio do agenciamento urbano e da edificação,

Leia mais

ESTUDO REFLEXIVO- SISTÊMICO DAS OBRAS DE ALLAN KARDEC E DO EVANGELHO DE JESUS.

ESTUDO REFLEXIVO- SISTÊMICO DAS OBRAS DE ALLAN KARDEC E DO EVANGELHO DE JESUS. ESTUDO REFLEXIVO- SISTÊMICO DAS OBRAS DE ALLAN KARDEC E DO EVANGELHO DE JESUS MÓDULO 9 O SIGNIFICADO DAS LEIS DE PROGRESSO E TRABALHO EM NOSSAS VIDAS A ESSÊNCIA DAS LEIS DE PROGRESSO E DE TRABALHO 1º.

Leia mais

ARISTÓTELES ÉTICA A NICÔMACO LIVROS I E II JOÃO PAULO OCKE DE FREITAS

ARISTÓTELES ÉTICA A NICÔMACO LIVROS I E II JOÃO PAULO OCKE DE FREITAS ÉTICA A NICÔMACO LIVROS I E II ÉTICA A NICÔMACO LIVRO I 1. O bem: conceito. Teleologia. 2./5./7./8. O Bem supremo ou o melhor dos bens: características e conceito. 7./8./12. Felicidade: características

Leia mais

PARADIGMAS SOCIOLÓGICOS DECORREM DA FORMA DE VER A RELAÇÃO ENTRE O INDIVÍDUO E A SOCIEDADE.

PARADIGMAS SOCIOLÓGICOS DECORREM DA FORMA DE VER A RELAÇÃO ENTRE O INDIVÍDUO E A SOCIEDADE. PARADIGMAS SOCIOLÓGICOS DECORREM DA FORMA DE VER A RELAÇÃO ENTRE O INDIVÍDUO E A SOCIEDADE. 1. Teorias que consideram que a sociedade é uma instância que se impõe aos indivíduos sendo estes produto dessa

Leia mais

Patriarcado de Lisboa JUAN AMBROSIO / PAULO PAIVA 1º SEMESTRE ANO LETIVO Instituto Diocesano da Formação Cristã

Patriarcado de Lisboa JUAN AMBROSIO / PAULO PAIVA 1º SEMESTRE ANO LETIVO Instituto Diocesano da Formação Cristã TEMA DA SESSÃO 1. INTRODUÇÃO 2. OUSAR FAZER TEOLOGIA 3. O MÉTODO TEOLÓGICO 3.1. ELEMENTOS CONSTITUTIVOS 3.2. RITMO BINÁRIO 3.3. MAGISTÉRIO 3.4. A COMPREENSÃO DA PALAVRA 3.5. O TEÓLOGO 3.6. TEOLOGIA,MAGISTÉRIO,

Leia mais

Idade Média (século V ao XV)

Idade Média (século V ao XV) Idade Média (século V ao XV) Alta Idade Média (séculos V ao X): formação e consolidação do feudalismo Baixa Idade Média (séculos XI ao XV): apogeu e crise do sistema feudal. 1 Povos Romanos e germanos,

Leia mais

As transformações de saberes, crenças e poderes na transição para a Idade Moderna. Profª Ms. Ariane Pereira

As transformações de saberes, crenças e poderes na transição para a Idade Moderna. Profª Ms. Ariane Pereira As transformações de saberes, crenças e poderes na transição para a Idade Moderna Profª Ms. Ariane Pereira Introdução Na Idade Média a Igreja era fundamental na produção cultural e expansão da religião

Leia mais

Rede Nacional de Intercessão: A importância da oração pessoal do intercessor Seg, 26 de Setembro de :03

Rede Nacional de Intercessão: A importância da oração pessoal do intercessor Seg, 26 de Setembro de :03 Muitas vezes somos tentados a pensar que a intercessão não constitui um grande Ministério. Somos inclinados a julgar que o pregador que fala a milhares de pessoas, ou o missionário que alcança as nações,

Leia mais

Rede Nacional de Intercessão: A importância da oração pessoal do intercessor Seg, 26 de Setembro de :03

Rede Nacional de Intercessão: A importância da oração pessoal do intercessor Seg, 26 de Setembro de :03 Muitas vezes somos tentados a pensar que a intercessão não constitui um grande Ministério. Somos inclinados a julgar que o pregador que fala a milhares de pessoas, ou o missionário que alcança as nações,

Leia mais

RESOLUÇÃO FILOSOFIA SEGUNDA FASE UFU SEGUNDO DIA

RESOLUÇÃO FILOSOFIA SEGUNDA FASE UFU SEGUNDO DIA RESOLUÇÃO FILOSOFIA SEGUNDA FASE UFU SEGUNDO DIA 1) Para Parmênides o devir ou movimento é uma mera aparência provocada pelos enganos de nossos sentidos. A realidade é constituída pelo Ser que é identificado

Leia mais

ILUMINAÇÃO INTERNA E ILUMINAÇÃO EXTERNA EM BOAVENTURA DE BAGNOREGIO: VISÕES DA CIÊNCIA NO PERÍODO MEDIEVAL

ILUMINAÇÃO INTERNA E ILUMINAÇÃO EXTERNA EM BOAVENTURA DE BAGNOREGIO: VISÕES DA CIÊNCIA NO PERÍODO MEDIEVAL ILUMINAÇÃO INTERNA E ILUMINAÇÃO EXTERNA EM BOAVENTURA DE BAGNOREGIO: VISÕES DA CIÊNCIA NO PERÍODO MEDIEVAL Paulo Rogerio Sequeira de Carvalho Bacharel e licenciado em filosofia/ UERJ Pós-graduado em Filosofia

Leia mais

O Evangelismo é a força que move a Igreja! O Discipulado, Consolida. Pág. 1

O Evangelismo é a força que move a Igreja! O Discipulado, Consolida. Pág. 1 O Evangelismo é a força que move a Igreja! O Discipulado, Consolida. Pág. 1 LIÇÃO 8 ARREPENDIMENTO Ponto de partida: O Arrependimento é uma das chamadas Doutrinas da Salvação. É essencial ao evangelho

Leia mais