UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE NUTRIÇÃO ELENITA KOEHLER MARTINELLO

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1 UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE NUTRIÇÃO ELENITA KOEHLER MARTINELLO AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR, ESTADO NUTRICIONAL E ESTILO DE VIDA DE PACIENTES PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO II EM UM HOSPITAL DE CRICIÚMA - SC CRICIÚMA, NOVEMBRO DE 2009

2 ELENITA KOEHLER MARTINELLO AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR, ESTADO NUTRICIONAL E ESTILO DE VIDA DE PACIENTES PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO II EM UM HOSPITAL DE CRICIÚMA - SC Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para obtenção do grau de bacharel no curso de Nutrição da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Orientadora: Profª. MSc. Angela Martinha Bongiolo CRICIÚMA, NOVEMBRO DE 2009

3 2 ELENITA KOEHLER MARTINELLO AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR, ESTADO NUTRICIONAL E ESTILO DE VIDA DE PORTADORES DE DIABETES MELLITUS EM UM HOSPITAL DE CRICIÚMA - SC Trabalho de Conclusão de Curso aprovado pela Banca Examinadora para obtenção do grau de bacharel no Curso de Nutrição da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Criciúma, 25 de novembro de 2009 BANCA EXAMINADORA

4 3 Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim. Chico Xavier.

5 4 Dedico este trabalho a três pessoas em especial, meus filhos Nickolas e Nicole e meu esposo, pela paciência, compreensão e incentivo.

6 5 AGRADECIMENTOS Ao Deus criador e favorecedor de todas as coisas: princípio, meio e fim! Que me deu a vida e forças para seguir meu caminho. Aos meus filhos Nickolas e Nicole, que sofreram a minha ausência, mas mesmo assim sempre estiveram carinhosos e pacientes. Ao meu esposo Nicolau, que me incentivou desde o início e acreditou em mim. Aos meus pais terem me dado a vida. Às amigas conquistadas durante o curso pelo companheirismo. À professora Ângela Martinha que aceitou ser minha orientadora e sempre que precisei estava pronta para ajudar. À todos os pacientes que aceitaram participar deste estudo. Ao Hospital São José, que me procionou a otunidade de pesquisa. A todos os professores do curso de nutrição, pelo profissionalismo e dedicação na arte de ensinar. Ao professor Marco e professora Maria Cristina aceitarem participar da banca examinadora, pois é um prazer ter grandes profissionais como estes, avaliando meu trabalho. A todos que de forma direta ou indiretamente me procionaram mais esta conquista. Enfim, a todas as pessoas que fizeram e ainda fazem a diferença em minha vida... Muito Obrigada!!!

7 6 RESUMO O objetivo deste estudo foi avaliar o consumo alimentar de tadores de diabetes comparando com as recomendações e também avaliar o estado nutricional e o estilo de vida destes pacientes. A amostra foi conveniência, composta 20 pacientes tadores de Diabetes Mellitus (DM) tipo II, internados em um hospital localizado na cidade de Criciúma - SC. A avaliação nutricional foi realizada através do índice de massa coral (IMC) e da circunferência da cintura (CC). Para a avaliação dietética foram utilizados História Alimentar e Questionário de Frequência Alimentar. Em relação à amostra 45% eram do sexo masculino e 55% do sexo feminino, adultos e idosos. Em relação ao IMC de adultos e idosos, a maioria (85%) apresentou alterações de peso, como sobrepeso e obesidade, enquanto 10% encontram-se eutróficos e 5% baixo peso. Através da CC foi possível constatar que 55% da amostra apresentaram risco muito elevado e 30% risco elevado para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. Ao se verificar o consumo de macronutrientes através da História Alimentar, se constata que 40% dos pacientes não atingiram as recomendações de carboidratos, 55% ficaram adequados e 5% acima do recomendado. Em relação à proteína, 95% ficaram acima da recomendação e 5% adequado. Dos pacientes pesquisados 45% atingiram a recomendação de lipídios, 25% tiveram um consumo acima do recomendado e 30% abaixo. No caso dos ácidos graxos monoinsaturados (AGM), 95% dos participantes ficaram abaixo do recomendado e 5% conseguiram atingir as recomendações. Em relação ao consumo de ácidos graxos poliinsaturados (AGP), 65% estavam abaixo do recomendado, 15% acima e 20% adequado. Já com relação aos ácidos graxos saturados (AGS), 95% dos participantes tiveram uma ingestão adequada, 5% acima. Através da história alimentar também se obteve dados sobre a ingestão de micronutrientes (zinco, cobre e cromo), a maioria dos pacientes (95%) não atingiram as recomendações e 5% tiveram um ingestão acima do recomendado. Nenhum (100%) paciente conseguiu atingir as recomendações de cobre. Em relação ao mineral cromo, metade dos homens atingiu as recomendações e 50% ficaram abaixo do recomendado, já no caso das mulheres 55% se adequou as recomendações e 45% não conseguiram atingir. Apenas 15% da amostra atingiram as recomendações de zinco, 35% tiveram um consumo acima e 50% abaixo das recomendações. Em relação às fibras apenas 10% se adequou as recomendações, 40% acima e 50% abaixo. O consumo médio de fibra solúvel pelos participantes foi de 3,17g. De acordo com o questionário de frequência, apenas 5% consomem alimentos ricos em cobre, uma vez ao dia, 5% consomem alimentos fonte de zinco e 25% consomem alimentos ricos em cromo mais de uma vez ao dia. Em relação aos ácidos graxos, apenas 10% consomem azeite de oliva uma vez ao dia, sendo esta uma fonte de ácido graxo monoinsaturado, 50% da amostra consomem alimentos fonte de AGP e 10% dos participantes utilizam banha de co pelo menos uma vez ao dia, fonte de AGS. Concluindo-se assim que houve uma prevalência de obesidade e sobrepeso nos pacientes estudados. Podem-se perceber muitos erros no consumo alimentar desses pacientes e o sedentarismo prevalece entre os mesmos. Através dos resultados obtidos, constata-se que há a necessidade de um melhor acompanhamento nutricional e mudança no estilo de vida para a melhoria do controle metabólico da patologia. Palavras-chave: Diabetes Mellitus. Consumo alimentar. Nutrientes. Estilo de vida.

8 7 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ADA Associação Americana de Diabetes; AGM Ácidos Graxos Monoinsaturados; AGP Ácidos Graxos Poliinsaturados; AGS- Ácidos Graxos Saturados; DM Diabetes Mellitus; DP- Desvio Padrão; CC- Circunferência da cintura IMC- Índice de Massa Coral; NET- Necessidades Energéticas Totais; OMS- Organização Mundial da Saúde; SDB- Sociedade Brasileira de Diabetes; VET- Valor energético total; TMB- Taxa Metabólica Basal; UNESC Universidade do Extremo Sul Catarinense.

9 8 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Classificação do estado nutricional em adultos segundo o IMC Quadro 2: Classificação do estado nutricional em idosos segundo o IMC Quadro 3: Circunferência da cintura de acordo com o gênero em caucasianos Quadro 4: Frequência do consumo de alimentos rico em ácidos graxos mono, poli e insaturado Quadro 5: Frequência do consumo de alimentos fonte do mineral cobre Quadro 6: Frequência do consumo de alimentos fonte do mineral zinco Quadro 7: Frequência do consumo de alimentos fonte do mineral cromo... 52

10 9 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1: Classificação em centagem dividida entre o sexo feminino e masculino dos participantes Figura 2: Classificação de acordo com a idade e sexo dos participantes Figura 3: Classificação do estado nutricional de acordo com o índice de massa coral (IMC) Figura 4: Classificação em relação à circunferência da cintura (CC) Figura 5: Média do consumo energético Figura 6: Média do consumo de carboidrato Figura 7: Média do consumo de proteínas Figura 8: Média do consumo lipídios Figura 9: Média do consumo de ácidos graxos monoinsaturados, poliinsaturados, saturados Figura 10: Média do consumo do mineral cobre Figura 11: Média do consumo do mineral cromo Figura 12: Média do consumo do mineral zinco Figura 13: Média do consumo de fibras Figura 14: Média do consumo de fibras solúvel Figura 15: Hábitos de vida dos participantes: atividade física, tabagismo, etilismo... 48

11 10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO Justificativa Objetivos Objetivo geral Objetivos específicos FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Diabetes Mellitus Diabetes tipo I Diabetes tipo II Diabetes gestacional Recomendação Nutricional para Pacientes com Diabetes Tipo II Recomendação de proteína Recomendação de lipídios Recomendação de carboidrato Recomendação de fibras Recomendação de micronutrientes Zinco Cromo Cobre Influências do Estilo de Vida no Diabetes Mellitus Álcool Cigarro Exercícios físicos ASPECTOS METODOLOGICOS Desenho do Estudo População e Amostra Critérios de Inclusão e Exclusão Forma de Obtenção de Dados Formas de Análise dos Dados Aspectos Éticos Limitações do Estudo... 31

12 11 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES Características Referentes aos Participantes Sexo Idade Classificação em relação ao Índice de Massa Coral (IMC) Classificação em relação à Circunferência da Cintura (CC) Consumo energético Consumo de carboidratos Consumo de proteínas Consumo de lipídios Consumo de ácidos graxos Minerais Consumo do mineral cobre Consumo do mineral cromo Consumo do mineral zinco Consumo de Fibras Fibra solúvel Estilo de vida Frequência de Consumo de Alimentos CONCLUSÃO REFERÊNCIAS APÊNDICE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ANEXOS ANEXO A História Alimentar ANEXO B Carta de Aprovação ANEXO C Questionário de Frequência Alimentar... 65

13 12 1 INTRODUÇÃO O diabetes mellitus (DM) é uma síndrome de etiologia múltipla decorrente da falta de insulina e/ou incapacidade da mesma de exercer adequadamente seus efeitos, resultando em resistência à insulina. Constitui um grave problema se saúde pública, devido as suas complicações, mortalidade, altos custos financeiros e sociais envolvidos no tratamento e diminuição da qualidade de vida (PERES; FRANCO; SANTOS, 2006). O DM é a quarta causa de morte no mundo e uma das doenças crônicas mais frequentes, existindo atualmente cerca de 120 milhões de tadores de diabetes no planeta, até 2025 estima-se que serão aproximadamente 300 milhões (TORRES et al., 2009). O diabetes mellitus é dividido em três principais categorias: diabetes tipo I, diabetes tipo II e diabetes gestacional. O DM tipo I é resultado da destruição das células ß pancreáticas, que podem ser fatores genéticos, ambientais ou imunológicos, levando a deficiência de insulina. O tador de DM I apresenta pouca ou nenhuma capacidade de secreção do hormônio insulina, necessitando então de insulina exógena para a compensação metabólica. Os sintomas do DM I são poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso e pode apresentar cetoacidose. O diabetes tipo I é assintomático um longo período de tempo, acredita-se que durante a destruição das células ß ataque auto-imune (HARRISON; BRAUNWALD, 2006; CECIL; GOLDMAN; AUSIELLO, 2005). O diabetes tipo II costuma aparecer depois dos 40 anos de idade, ém pode ocorrer em qualquer idade e acomete 90% dos tadores de diabetes. É decorrente principalmente de maus hábitos alimentares, obesidade e sedentarismo. No DM tipo II a incidência e a prevalência estão aumentando em proções epidêmicas e atingindo a população na idade entre 30 a 69 anos (TORRES et al., 2009). O paciente afetado tem algum grau de resistência à insulina e/ou produção inadequada de insulina. Não necessita de insulina exógena para o controle glicêmico. A cetoacidose ocorre apenas em situações especiais, como infecções graves (CECIL; GOLDMAN; AUSIELLO, 2005).

14 13 Com o excesso de peso, a gordura envolve o pâncreas, impedindo a passagem normal da insulina para as células, principalmente em crianças e adolescentes, aumentando o índice de jovens com diabetes. Os sintomas podem demorar anos para aparecer, e se a hiperglicemia for assintomática, a doença aparecerá apenas depois de complicações mais graves. Deve-se ficar atento a alguns sintomas como: sede excessiva, micções frequentes, infecções de pele, náuseas, fadiga e visão turva (HARRISON; BRAUNWALD, 2006; CECIL; GOLDMAN; AUSIELLO, 2005). O diabetes gestacional como o próprio nome já diz aparece pela primeira vez durante a gestação. Refere-se à alteração dos níveis de glicose, após o parto normalmente os níveis de glicose se normalizam. Estudos mostram que depois de 5 a 10 anos, de 30 a 40% das mulheres que tiveram diabetes gestacional, desenvolvem diabetes tipo II (CECIL; GOLDMAN; AUSIELLO, 2005; SAMPAIO; SABRY, 2007). No Sistema Público de Saúde do Brasil cerca de 7,6% das gestantes com mais de 20 anos são tadoras de diabetes gestacional. A mortalidade perinatal em mulheres com diabetes na gestação é maior do que em mulheres saudáveis (SILVA et al., 2007). Portadores de qualquer tipo de diabetes devem seguir uma dieta nutricionalmente adequada para o controle, tratamento e prevenção das complicações decorrentes da doença (BATISTA et al., 2006). A terapia nutricional tem como objetivo atingir e manter os níveis normais de glicemia, perfil lipídico e pressão arterial, prevenir e tratar doenças crônicas do diabetes, promover alimentação saudável, atender as necessidades nutricionais individuais, fornecer energia adequada, reduzir a resistência à insulina perda e/ou prevenção da perda de peso (BATISTA et al., 2006). Alguns problemas são encontrados quando se trata de controle glicêmico em pacientes hospitalizados, o erro mais comum é achar que todos os pacientes com hiperglicemia podem ser tratados de forma mais ou menos igual. Cada paciente deve ser tratado de forma individualizada, assim também deve ser a dieta desses pacientes (LAMEU, 2005). Segundo Mclellan et al. (2007), a mudança do estilo de vida está diretamente ligada à prevenção e tratamento do diabetes, principalmente do tipo II.

15 Justificativa O Diabetes traz um grande impacto econômico para todos os países. Só nos Estados Unidos os custos com a doença em 2002 foram estimados em 132 bilhões de dólares. Mesmo com o surgimento e introdução de novas drogas, o controle do diabetes não está sendo satisfatório. Dados americanos evidenciaram que menos de 50% dos tadores de diabetes mantêm sua doença adequadamente tratada (LYRA et al., 2006). A complexidade do tratamento do diabetes, as restrições dietéticas, o uso de medicamentos e as complicações crônicas associadas (retinopatia, nefropatia, neuropatia, cardiopatia, pé-neuropático entre outras), estão associados a maiores taxas de hospitalizações, representando grande carga para os sistemas de saúde pública (TORRES et al., 2009). A prevalência de diabetes mellitus tipo II vem aumentando muito em diversos países, isso se dá principalmente pelo aumento da obesidade, em decorrência de maus hábitos alimentares e também o sedentarismo (SARTORELLI, 2006). Lyra et al. (2006) afirmam que verificar o estado nutricional é cada vez mais imtante, pois o sobrepeso e a obesidade estão cada vez mais presentes no mundo atual e ligados diretamente à resistência insulínica e desenvolvimento de DM tipo II. Para reduzir o impacto do diabetes tipo II, é necessário diminuir a sua incidência com medidas preventivas, principalmente em indivíduos com alto risco como, os tadores de tolerância diminuída à glicose e de glicemia de jejum alterada (LYRA et al., 2006). O estilo de vida está diretamente relacionado com a incidência de diabetes tipo II, e a obesidade e o sedentarismo aumentam esse risco. O sedentarismo é um fator de risco tanto quanto uma dieta inadequada na incidência de diabetes mellitus do tipo II em adultos e independe do índice de massa coral (IMC) ou da genética (MCLELLAN et al., 2007). Quando a partir do diagnóstico nutricional, se consegue perceber erros na alimentação do paciente se tem a necessidade de modificar a ingestão de nutrientes e também de seu estilo de vida. Com as modificações necessárias realizadas, as metas estabelecidas podem ser atingidas e dessa forma prevenir e tratar os problemas relacionados ao diabetes, como a obesidade, a dislipidemia, as doenças

16 15 cardiovasculares, a hipertensão e a nefropatia (MCLELLAN, 2007; ROSA et al., 2007). A educação nutricional é parte fundamental no tratamento do DM. Apesar de ser difícil a adesão do paciente ao tratamento dietoterápico. As necessidades nutricionais são baseadas no estado nutricional do paciente. Pacientes obesos tem necessidades diferentes de pacientes desnutridos e também os eutróficos. Os guias de alimentação como recordatório 24h, inquérito alimentar são muito imtantes para auxiliar no seguimento da dieta quando aplicados adequadamente (CUPPARI, 2005). Os objetivos do tratamento nutricional são: reduzir a glicose sanguínea deixando-a o mais próximo do normal, reduzir os efeitos da doença, com a manutenção do estado metabólico normal (glicemia, lipídios e aminoácidos sanguíneos normais), prevenir complicações agudas e crônicas, promover mudanças no estilo de vida e atender as necessidades nutricionais, respeitando preferências e nível sócio-econômico. No DM tipo II, o plano alimentar visa o controle glicêmico, a manutenção dos níveis normais de lipídios séricos e de pressão arterial e a redução de peso (NETO, 2003). Sendo assim este estudo se faz necessário, pois é imtante o conhecimento do seguimento da dieta de pacientes tadores de diabetes tipo II, uma vez que apresenta maior prevalência dentre os tipos de diabetes e tem como causas principais, fatores envolvidos com estilo de vida incluindo a má alimentação. 1.2 Objetivos Objetivo geral Avaliar o consumo alimentar, o estado nutricional e o estilo de vida dos pacientes tadores de Diabetes Mellitus tipo II, internados em um hospital de Criciúma - SC Objetivos específicos Avaliar o estado nutricional dos pacientes;

17 16 Avaliar o estilo de vida como: etilismo, sedentarismo e tabagismo; Verificar o consumo habitual através da história alimentar e do questionário de frequência alimentar; Comparar o consumo alimentar dos pacientes com as recomendações de nutrientes definidas para tadores de diabetes.

18 17 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Diabetes Mellitus O diabetes mellitus é uma doença crônica, de etiologia múltipla, decorrente de alterações no metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios. Essas alterações são caracterizadas pela hiperglicemia crônica devido à redução da secreção de insulina, diminuição da utilização e aumento da produção de glicose. A falta de insulina gera alterações fisiopatológicas secundárias associadas ao diabetes, impondo ao paciente uma enorme dificuldade de lidar com a doença (SAMAPIO; SABRY, 2007; CECIL; GOLDMAN; AUSIELLO, 2005; HARRISON; BRAUNWALD, 2006). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Associação Americana de Diabetes (ADA), há uma nova classificação para o diabetes, que inclui estágios clínicos e tipos etiológicos de DM e outras categorias de hiperglicemia, eliminando os termos insulino-dependente e não-insulino-dependente. Considerando que pacientes tadores de qualquer tipo de diabetes tanto I quanto a II, poderão precisar de insulina em algum momento de sua vida. O uso de insulina si só não pode designar a qual categoria de diabetes o paciente pertence (SAMPAIO; SABRY, 2007). O diabetes mellitus é dividido em três categorias: diabetes mellitus tipo I, diabetes mellitus tipo II e diabetes gestacional Diabetes tipo I O DM tipo I é resultado da destruição das células ß pancreáticas, que podem ser fatores genéticos, ambientais ou imunológicos, levando a deficiência de insulina. O paciente com DM I apresenta pouca ou nenhuma capacidade de secreção do hormônio insulina, necessitando então de insulina exógena para a compensação metabólica. Os sintomas do DM I são poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso e pode demonstrar cetoacidose. O diabetes tipo I é assintomático um longo período de tempo, acredita-se que durante a destruição das células ß ataque auto-imune (HARRISON; BRAUNWALD, 2006; CECIL, 2005).

19 Diabetes tipo II É a forma mais frequente de diabetes, afetando 90% da população tadora desta doença. O diabetes tipo II costuma aparecer depois dos 40 anos de idade, ém não é exclusividade. O paciente afetado tem algum grau de resistência à insulina e/ou produção inadequada de insulina. Não necessita de insulina para o controle glicêmico. A cetoacidose ocorre apenas em situações especiais, como infecções graves. As causas do DM tipo II mais comuns são: a obesidade, a genética e maus hábitos alimentares e de estilo de vida (falta de atividade física). Com o excesso de peso, a gordura envolve o pâncreas, impedindo a passagem normal da insulina para as células, principalmente em crianças e adolescentes, aumentando o índice de jovens com diabetes. Os sintomas podem demorar anos para aparecer, e se a hiperglicemia for assintomática, a doença aparecerá apenas depois de complicações mais graves. Deve-se ficar atento a alguns sintomas como: sede excessiva, micções frequentes, infecções de pele, náuseas, fadiga e visão turva (HARRISON; BRAUNWALD, 2006; CECIL; GOLDMAN; AUSIELLO, 2005). Existem ainda outros tipos de diabetes que podem ser atribuídas a uma doença específica, a certos fármacos, ou algumas condições como: doença pancreática, doença endócrina, fármacos, síndromes genéticas, anormalidade nos receptores de insulina e desnutrição (CECIL; GOLDMAN; AUSIELLO, 2005) Diabetes gestacional O diabetes gestacional como o próprio nome já diz aparece pela primeira vez durante a gestação. Refere-se à alteração dos níveis de glicose, após o parto normalmente os níveis de glicose se normalizam. Estudos mostram que depois de 5 a 10 anos, de 30 a 40% das mulheres que tiveram diabetes gestacional, desenvolvem diabetes tipo II (CECIL; GOLDMAN; AUSIELLO, 2005; SAMPAIO; SABRY, 2007). 2.2 Recomendação Nutricional para Pacientes com Diabetes Tipo II A educação nutricional é parte fundamental no tratamento do DM. Apesar de ser difícil a adesão do paciente ao tratamento dietoterápico.

20 19 Como já foi citado o objetivo da terapia nutricional para pacientes com DM tipo II, não é apenas para perda de peso, pois nem sempre uma redução calórica muito grande traz os resultados que se espera. A dieta deve ser hipocalórica, mas com uma diminuição moderada de 250 a 500 calorias. Essa diminuição moderada associada a um plano alimentar com redução de gorduras totais distribuídos em intervalos regulares e aumento da atividade física, ajudam no aumento da sensibilidade à insulina e melhora dos níveis de glicose sanguínea. A perda de peso moderada (5 a 9 kg), independente do peso inicial está associada a uma melhora da hiperglicemia, dislipidemia e hipertensão mesmo antes do peso desejado ser atingido. Quando o paciente tiver peso adequado, este deve receber calorias o suficiente para mantê-lo (CUPPARI, 2005; NETO, 2003) Recomendação de proteína A recomendação de proteína para pacientes tadores de DM segue as de uma pessoa saudável, 0,8 a 1,0 g/kg de peso dia o que corresponde 10% a 20% do valor calórico total. As recomendações da ADA estabelecem que o paciente tador de diabetes não deva consumir um valor maior que 20% de proteínas para evitar nefropatia diabética. Em casos em que a nefropatia já está instalada sugere-se então de 0,6 g a 0,8 g /kg/dia com o objetivo de reduzir a hiperfiltração glomerular e a proteínuria e retardar o início da insuficiência renal crônica. Observou-se que tadores de DM que tiveram uma ingestão protéica menor que 0,6 g /kg /dia tiveram desnutrição, redução da força muscular e aumento da gordura coral. As fontes de proteína devem ser de origem animal (carnes, ovos, leite) e também de origem vegetal (leguminosas) (SAMPAIO, SABRY, 2007; NETO, 2003) Recomendação de lipídios Segundo a ADA, de 80 a 90% de energia devem ser distribuídos entre carboidratos e lipídios e dependem das alterações lipídicas identificadas e da necessidade de redução de peso (CUPPARI, 2005). Menos que 30% do valor total das calorias da dieta devem provir dos lipídios, menos de 10% de gordura saturada, 10% de gordura poliinsaturada menos que 300mg de colesterol e o restante de gordura monoinsaturada, essas

21 20 recomendações baseiam-se no fato de que o tador de DM tem riscos de doenças cardio e cerebrovasculares (SAMPAIO; SABRY, 2007). Os pacientes tadores de diabetes são mais sensíveis ao colesterol do que a população em geral, devendo então limitar o consumo de gordura saturada (menor que 7% do VCT) e também de gordura trans (CUPPARI, 2005). Quando o objetivo inicial do tratamento for perda de peso, a redução de gordura total se faz necessária (CUPPARI, 2005). Pacientes com hipertrigliceridemia grave e VLDL-colesterol alto, a ingestão de gordura saturada não deve ser superior a 10% das calorias totais e sugere-se também o aumento de gordura monoinsaturada, além de tratamento farmacológico, para diminuir o risco de pancreatite. As gorduras poliinsaturadas (ômega 3) provenientes de peixes de água fria como salmão, sardinha, atum não precisam ser diminuídas em pacientes tadores de DM, essa gorduras ajudam a diminuir LDL-colesterol e aumentar HDL-colesterol (NETO, 2003). A ingestão de gordura de origem animal deve ser evitada, ser rica em gorduras saturadas, deve-se dar preferência às gorduras de origem vegetal como azeite de oliva, óleo de canola, óleo de girassol (FRANCO, 2005). É muito imtante o monitoramento da glicemia, do perfil lipídico e do peso corpóreo para avaliar a efetividade das recomendações nutricionais (FRANCO, 2005) Recomendação de carboidrato Segundo a ADA, a dieta para tadores de diabetes deve conter de 50 a 60% de carboidratos, ém deve ser individualizada a quantidade de carboidrato levando-se em conta os hábitos alimentares e também os objetivos quanto à glicemia e lipídios séricos (FRANCO, 2005). Dietas com grandes restrições de carboidratos não são tão benéficas para os tadores de DM, pois são a maior fonte de energia, vitaminas, minerais e fibras (SAMPAIO; SABRY, 2007). Deve-se dar preferência sempre a cereais integrais, frutas, leguminosas, vegetais e leite, e devem ser distribuídos ao longo do dia em quantidades adequadas para o equilíbrio da glicemia (SAMPAIO; SABRY, 2007). O Índice glicêmico traduz o impacto provocado pelos alimentos na

22 21 glicemia pós-prandial comparando com o efeito de um alimento padrão, geralmente pão ou glicose (NETO, 2003). Alguns fatores como a estrutura do açúcar, os métodos de cocção, o teor de fibras e a quantidade dos demais micronutrientes nos alimentos são responsáveis pela resposta glicêmica dos alimentos, estes fatores alteram a biodisponibilidade do amido (NETO, 2003). A frutose em relação à glicose apresenta índice glicêmico (IG) cinco vezes menor. E a sacarose 40% menor (NETO, 2003). Em relação à absorção dos carboidratos alguns fatores são influenciadores como, o teor de lipídios, proteínas e fibras. O teor de lipídios retarda o esvaziamento gástrico e a velocidade de liberação dos nutrientes para a corrente sanguínea, reduzindo o pico hiperglicêmico pós-prandial. Uma dieta rica em proteína possui ação direta na hipersecreção de insulina, diminuindo a elevação da glicemia pós-prandial. Proteínas que são de mais fácil digestão como de laticínios promovem maior secreção de insulina do que as de ovos crus, exemplo, que demoram mais para serem digeridos (SARTORELLI, 2006). Estudos epidemiológicos recentes apontam que tanto a quantidade quanto a qualidade dos carboidratos seria um imtante fator que pode levar à dislipidemia, doenças cardiovasculares e diabetes, principalmente em indivíduos que tenham resistência à insulina e elevado índice de massa coral (SARTORELLI, 2006). Segundo Sartorelli e Cardoso (2006), dietas com baixo índice glicêmico promovem sensação de saciedade um maior período de tempo, diminuindo o consumo calórico na refeição seguinte. Este efeito estaria ligado à hiperinsulinemia e hipoglicemia, reação decorrente da hiperglicemia pós-prandial imediata após a ingestão de uma refeição rica em carboidratos de rápida absorção. Por outro lado, a hipoglicemia reacional observada após uma refeição com elevado índice glicêmico parece aumentar a sensação de fome um período de tempo menor. Desta forma dietas com elevado índice glicêmico tem sido sugeridas como possível fator de desencadeante da obesidade, considerada fator de risco no desenvolvimento de doenças crônicas. Uma medida imtante na prevenção do diabetes e do controle metabólico é o controle glicêmico. A glicemia de jejum é influenciada pela produção hepática. A glicemia pós-prandial é modulada principalmente pela velocidade de

23 22 liberação de carboidratos para a corrente sanguínea após as refeições, pelo tempo de depuração através da síntese de insulina e pela sensibilidade tecidual periférica à sua ação (SARTORELLI; CARDOSO, 2006). Uma forma de controlar o índice glicêmico da alimentação é através da contagem dos carboidratos que consiste em contar a quantidade de carboidratos da refeição e com o auxílio da lista fazer o cálculo para saber quanto se deve aplicar de insulina. Normalmente 1 unidade de insulina cobre 15g de carboidrato. O uso da contagem de carboidratos é para tadores de diabetes tipo I ou diabetes tipo II que utilizem insulina (CUPPARI, 2005). Os carboidratos, meio de processos digestivos são transformados em açúcar (glicose); fornecem energia para o organismo. Suas principais fontes são os cereais, cenoura, batata, massas e pães. As proteínas são transformadas em aminoácidos meio de processos digestivos. São necessárias para a formação de células, enzimas, hormônios, músculos, ossos e sangue. As principais fontes são: carnes, leite e derivados, ovos, soja, feijão e castanhas. Os lipídios são conhecidos como gorduras, são transformados no organismo em ácidos graxos. Tem a função de fornecer energia ao organismo, proteger a bainha de mielina e fazer o transte das vitaminas lipossolúveis A, D, E e K. Principais fontes: óleos, manteiga, creme de leite, carnes, alimentos fritos, hambúrgueres e castanhas (FRANCO, 2005). Dos três elementos que fornecem energia ao organismo, os carboidratos são ao que se convertem mais rápido em glicose e energia (FRANCO, 2005). Entre as refeições, o fígado libera o açúcar (glicose) ele armazenado na corrente sanguínea. Com a ajuda do pâncreas ocorre liberação da insulina para a corrente sanguínea, enzima que cai na superfície das células e absorve a glicose, assim é feito a manutenção dos níveis de glicose (açúcar) no sangue (FRANCO, 2005). Quando os níveis de glicose sanguínea (glicemia) aumentam, os níveis de insulina também aumentam, para a regulação da glicemia. Quando a insulina termina seu trabalho, ela se decompõe, assim o organismo precisa renovar seu estoque de insulina constantemente (FRANCO, 2005) Recomendação de fibras A recomendação de fibras para tadores de DM é igual da população

24 23 em geral seguindo uma alimentação saudável. Os valores são de 25 a 30 g de fibra alimentar dia tanto solúvel quanto insolúvel a partir de diferentes fontes alimentares (CUPPARI, 2005). As fibras insolúveis agem reduzindo o tempo de transito intestinal e aumentando o bolo fecal. Exercem pouco efeito sobre a glicemia (NETO, 2003). Segundo Sartorelli e Cardoso (2006), há evidências de que o consumo de dietas de elevada carga glicêmica e baixos teores de fibras de cereais seja um fator de risco para DM. As fibras solúveis aumentam o tempo de transito intestinal, retardam o esvaziamento gástrico e a absorção de glicose, reduzindo a glicemia pós-prandial e o colesterol total e LDL em indivíduos com ou sem diabetes (SAMAPIO; SABRY, 2007). Estudos feitos comprovam a relação entre o consumo de cereais refinados como arroz polido, pão branco e incidência de diabetes, pois o consumo de cereais refinados aumenta o risco de alteração da homeostase glicêmica (SARTORELLI; CARDOSO, 2006) Recomendação de micronutrientes As recomendações de vitaminas e minerais para tadores de DM são iguais da população em geral. Os micronutrientes devem ser de fontes naturais, evitando a suplementação. Para uma alimentação saudável e com todos os micronutrientes recomenda-se o consumo diário de quatro ções de frutas e de três a cinco ções de hortaliças e dar preferência a cereais integrais. A suplementação só é necessária em pacientes idosos, vegetarianos e gestantes (SAMPAIO; SABRY, 2007). Apesar de existirem razões teóricas para a suplementação com antioxidantes, megadoses dessa substância e outras vitaminas e minerais não demonstraram proteção para doenças cardiovasculares, diabetes e câncer e também pacientes que fazem uso de diurético podem ter perda de potássio (SAMPAIO; SABRY, 2007; CUPPARI, 2005). Para tadores de DM, a recomendação de sódio é igual da população em geral (2.400 a 3000 mg / dia), em casos de hipertensão, a quantidade deve ser diminuída não ultrapassando os mg / dia e para pessoas com problemas

25 24 cardíacos e renais a restrição é necessária sendo o valor menor que mg / dia (CUPPARI, 2005). A deficiência de insulina nos tecidos periféricos provoca anormalidades no metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas. Com isso dava-se imtância à monitoração dos macronutrientes em pacientes tadores de diabetes e as recomendações dos minerais, zinco, cromo, magnésio, cálcio e as vitaminas antioxidantes eram cautelosos (COZZOLINO, 2007). Com o desenvolvimento de novas tecnologias para avaliar os micronutrientes nos tecidos e fluídos biológicos, evidenciou-se a necessidade de novos estudos sobre minerais e vitaminas no controle metabólico desses pacientes (COZZOLINO, 2007) Zinco De acordo com Cozzolino (2007), o metabolismo anormal de zinco tem parte no desenvolvimento de diabetes e de algumas de suas complicações. O zinco tem função estrutural e também se relaciona com a modulação da ação da insulina. Alguns estudos foram feitos utilizando animais para verificar os benefícios do zinco no caso de tadores de diabetes. Observou-se diminuição de glicose plasmática em jejum e a diminuição de hiperinsulinemia, após a suplementação de zinco. Em ratos com diabetes, podem-se observar também alterações de retina e decréscimo significativo de zinco na mesma (COZZOLINO, 2007). Estudos feitos com humanos, embora sejam poucos, concluem que a deficiência de zinco tem relação com a intolerância à glicose. Em indivíduos saudáveis nenhuma alteração foi observada após a suplementação com zinco, já em pacientes com diabetes do tipo I, não houve diferença nos valores de zinco e glicose, ém observou-se diminuição de cortisol (NAME, 2007; COZZOLINO, 2007). Diante disso percebe-se a imtância da vigilância nutricional do zinco em diabetes (NAME, 2007) Cromo O cromo é um mineral essencial na regulação do metabolismo da glicose

26 25 e da insulina. Esse mineral age potencializando a ação da insulina, sendo fundamental para a manutenção da função desse hormônio (NAME, 2007). Segundo Cozzolino (2007), o mecanismo de ação exato do cromo na função da insulina não é completamente conhecido. Sabe-se que a suplementação do mineral aumenta o número de receptores de insulina e a ligação da insulina nas células vermelhas. O cromo também aumenta a utilização e a sensibilidade das células beta para a glicose. O cromo é indispensável para tadores de DM tipo II, pois ajuda na redução de produtos de peroxidação lipídica (COZZOLINO, 2007) Cobre O cobre tem características antioxidantes e tem efeito tóxico em quadros graves em casos graves de complicações renais do diabetes (NAME, 2007). Poucos estudos foram feitos sobre a relação entre cobre e o DM, mas o que se tem mostra que a deficiência de cobre tem relação com a diminuição da tolerância à glicose. Em pacientes com DM I e DM II apresentam dosagens sanguíneas de cobre elevadas, sem relação com o estado nutricional adequado de cobre (NAME, 2007). Visto que a concentração de cobre está alterada em tadores de diabetes independente da condição nutricional de cobre deste paciente, é imtante fazer uma avaliação desta condição antes de pro algum suplemento. Há indicativos de que o acúmulo de cobre nos rins pode ser uma das causas do problema renal em tadores de DM. No diabetes há a necessidade de antioxidantes para um equilíbrio do estresse oxidativo. Neste caso o cobre seria primordial, pois tem função antioxidante e poderia atuar no controle dos processos degenerativos e inflamatórios. Dependendo do metabolismo o cobre poderá atuar como antioxidante ou pró-oxidante (COZZOLINO, 2007; NAME, 2007). Devemos, então, conviver com esta dupla finalidade, a de suplementar ou não, pacientes com diabetes, de acordo com o estágio de evolução da doença e o tipo de complicação existente (NAME, 2007).

27 Influências do Estilo de Vida no Diabetes Mellitus Alguns hábitos são prejudiciais à saúde, como fumar e beber em excesso, e para tadores de diabetes isso pode ser ainda pior Álcool Em tadores de diabetes o álcool induz a hipoglicemia, agrava a hipertrigliceridemia e predispõe a esteatose hepática, favorece a cetogênese e acidose metabólica, interage com drogas e altera o estado mental, interferindo no padrão alimentar usual e induzindo a erros na dosagem de insulina (NETO, 2003). Se o tador de diabetes estiver de estômago vazio e beber, o efeito do álcool no organismo pode levar à hipoglicemia. Os sintomas são parecidos com a embriaguez, e se a pessoa não for socorrida a tempo poderá entrar em coma diabético (FRANCO, 2005). Pequenas doses são permitidas para tadores de diabetes, ém devem ser consumidas junto às refeições e as calorias nela contida devem fazer parte do VCT (SAMPAIO; SABRY, 2007) Cigarro O cigarro é prejudicial a todas as pessoas aumentando o risco de algumas doenças, como câncer, problemas do coração, derrame cerebral, problemas respiratórios, falta de memória (FRANCO, 2005). Para tadores de diabetes o problema pode ser ainda pior, a nicotina e o alcatrão contribuem para o aumento da glicose na corrente sanguínea e interfere no tempo de ação e nos efeitos da insulina. Aumenta em mais de 40% a probabilidade de problemas renais e é um dos responsáveis pela falta de circulação dos pés, pernas e mãos (FRANCO, 2005) Exercícios físicos A prática de atividades físicas deve ser feita sob a supervisão de um profissional especializado, contribui para facilitar a entrada de glicose nas células,

28 27 controlar o peso, melhorar a ação da insulina, reduzir fatores de risco cardiovasculares e promover a saúde física e mental (NETO, 2003). A atividade física pode e deve ser adotado tanto tadores de diabetes tipo I e II, ém com cuidados diferentes e sempre com orientações médicas. No caso do diabetes tipo I, a atividade física pode ajudar no controle das taxas glicêmicas e aumentar a sensibilidade à insulina, sempre com orientações nutricionais adequadas sobre o que deve comer antes dos exercícios para prevenção da hipoglicemia. Para os tadores de DM tipo II, como normalmente não há a necessidade de aplicação de insulina o exercício deve ser praticado diariamente, pois ajuda no controle da glicose sanguínea, ém sempre junto a uma alimentação equilibrada, senão os resultados não serão visíveis (FRANCO, 2005). Os exercícios regulares ajudam no controle do açúcar na corrente sanguínea e os níveis de hemoglobina glicolisada (FRANCO, 2005). O sedentarismo e o consumo de uma dieta inadequada são fatores de risco para a obesidade e possui uma relação direta com o aumento da incidência de diabetes tipo II em adultos, independentemente do IMC (índice de massa coral) ou de história familiar de diabetes mellitus (MCLELLAN et al., 2007). A gordura visceral resulta em várias alterações fisiopatológicas como menor extração de insulina pelo fígado, com aumento da produção hepática de glicose e diminuição da captação de glicose pelo tecido muscular. Em pacientes com DM tipo II estes eventos irão influenciar o controle glicêmico, refletido maiores níveis de hemoglobina glicolisada. Fato este que deve ser analisado, pois estudos recentes demonstram que o controle glicêmico nestes pacientes é fundamental para diminuir os riscos de complicações microvasculares (CORREA et al., 2003). O IMC e a circunferência da cintura são parâmetros utilizados para avaliação do estado nutricional, estes devem estar dentro de um padrão (IMC à 18,5kg/m² e < que 24,9kg/ m² e C.C. para homens <que 94cm e mulheres < 80cm). Quando os valores destes estiverem acima do ideal, indica sobrepeso (IMC maior que 24,9kg/ m²) e/ou obesidade (IMC maior que 30 kg/ m²), relacionando-se diretamente com DM tipo II (CRUZ FILHO et al., 2002). Estudo realizado com tadores de DM, intolerância à glicose e/ou glicemia de jejum alterada, mostrou que a maioria estava com IMC alterado, acima do adequado e também com acúmulo de gordura na região abdominal (CRUZ

29 28 FILHO et al., 2002) Índice de massa coral A avaliação do excesso de peso e da quantidade de gordura coral em estudos clínicos tem sido realizada através de medidas antropométricas de massa coral e estatura, ou da combinação de ambos, apresentar vários benefícios relacionados ao baixo custo, fácil interpretação e a praticidade (RECH et al., 2006). Em 1835, um matemático chamado Lambert Adolphe Jacques Quetelet percebeu que o peso dos adultos normais era procional à altura ao quadrado, surgindo desta forma o índice de Quetelet, sendo hoje conhecido como Índice de Massa Coral, ou seja, a relação entre peso/altura² (MARTINS, 2008). O Índice de Massa Coral tem sido um dos métodos antropométricos mais utilizados na identificação de indivíduos de risco nutricional em virtude de todos os seus benefícios citados. Também, é um método que se correlaciona bem com outros indicadores antropométricos, como as pregas cutâneas e gordura abdominal ou visceral além de estar fortemente relacionado com a gordura coral total (SAMPAIO; FIGUEIREDO, 2005). Então, o IMC tornou-se o primeiro método para se diagnosticar a obesidade. O mesmo possui a desvantagem de não permitir identificar a localização da alteração coral, ém para isso são utilizados outros métodos para avaliar a gordura coral isoladamente (ORSATTI et al., 2008). Existem muitas evidências de que as pessoas com sobrepeso e obesidade, principalmente na juventude, tendem a morrer mais cedo do que os indivíduos eutróficos. Com o IMC acima de 20 kg/m² já existe aumento do risco de morbidades diabetes tipo 2, hipertensão, doença coronariana, acidente vascular cerebral, doença da vesícula biliar, osteoartrite, apnéia do sono, LDL - colesterol, aumento de triglicerídeos no sangue e alterações respiratórias, como também alguns tipos de câncer como de próstata, cólon, endométrio e mama. Quando o IMC atinge e ultrapassa 25 kg/m² os riscos de morbidade e mortalidade doenças crônicas aumentam (MARTINS, 2008; RECH et al., 2006). Muitos outros métodos foram estudados vários autores, ém o IMC foi o que apresentou correlação mais próxima das estimativas de gordura coral identificadas outros métodos. Alguns autores sugerem combinar o IMC com a

30 29 Circunferência da Cintura, como ferramentas de avaliação de risco de várias patologias, dentre elas as doenças cardiovasculares (MARTINS, 2008) Circunferência da Cintura Como o IMC não permite identificar a distribuição de gordura coral, são utilizados outros métodos que auxiliam no diagnóstico, como a CC. Sendo que a mesma permite verificar os riscos que um indivíduo apresenta de desenvolver doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes tipo 2, distúrbios metabólicos, dislipidemias, fibrinólise, aceleração e progressão da aterosclerose, fatores psicossociais, HAS e doenças cardiovasculares. Essa alta vulnerabilidade ao desenvolvimento destas doenças está relacionada ao fato de que a CC estima a quantidade de gordura visceral (ORSATTI et al., 2008; MARIATH et al., 2007; MARTINS; MARINHO, 2003). Os estudos mais recentes recomendam a utilização da CC isolada, lembrando que a medida se torna independente da altura e apresenta uma relação bastante satisfatória em relação ao IMC. Além disso, a CC parece estimar melhor a gordura visceral do que a relação cintura quadril (RCQ) (KAMIMURA et al., 2005). A obtenção da CC dos indivíduos exige muita atenção, pois qualquer alteração pode prejudicar a classificação. Deste modo, a técnica para a obtenção dos valores deve ser padronizada e realizada da seguinte forma: O paciente deve ficar em pé e a fita métrica deve circular o corpo do paciente no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca, devendo a leitura ser feita no momento da expiração (KAMIMURA et al., 2005). Portanto, a circunferência da cintura pode ser utilizada para avaliar o risco de desenvolver doenças como também pode ser utilizada para avaliar a perda de peso proveniente dos tratamentos (MARTINS, 2008).

31 30 3 ASPECTOS METODOLOGICOS 3.1 Desenho do Estudo Esta pesquisa caracteriza-se pela sua natureza como básica. De acordo com os objetivos é uma pesquisa descritiva e exploratória (ANDRADE, 2005). Em relação aos procedimentos técnicos é uma pesquisa com levantamento e ordem bibliográfica (ANDRADE, 2005). Quanto a sua abordagem é uma pesquisa quanti-qualitativa. O estudo quanto ao período de tempo será então transversal, devido ao pouco tempo para a realização do mesmo (APPOLINÁRIO, 2006; ANDRADE, 2005). 3.2 População e Amostra A amostra foi determinada conveniência, sendo composta 20 pacientes, dos 23 internados no período de três dias, que a pesquisadora esteve no hospital. Dos 23 pacientes, um negou-se participar da pesquisa e outros dois estavam acamados não sendo possível coletar dados como peso e altura. 3.3 Critérios de Inclusão e Exclusão Participaram do estudo, pacientes tadores de diabetes tipo II, adultos, hospitalizados que aceitaram participar e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (Apêndice A). Foram excluídos do estudo os pacientes que não se alimentavam via oral e sem condições de responder o que lhes era questionado, pacientes acamados e também os que não aceitaram participar da pesquisa. 3.4 Forma de Obtenção de Dados Para a avaliação antropométrica foi utilizada: uma balança Ironman da

32 31 marca Tanita, com capacidade para 150 kg e com precisão em gramas, sendo que foi aferido o peso atual do paciente; a altura foi coletada com auxílio de um estadiômetro tátil Cardiomed, com precisão em milímetros e capacidade para 2 metros; a CC também foi coletada no momento, com o auxílio de uma fita antropométrica com capacidade para 150 cm, com precisão em milímetros. O ponto utilizado para aferir a CC, foi o ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca e a leitura realizada no momento da expiração (ORSATTI et al., 2008; MARIATH et al., 2007; MARTINS; MARINHO, 2003). Para a avaliação do consumo alimentar dos participantes a coleta de dados foi realizada em forma de entrevista estruturada com utilização do método História Alimentar (ANEXO A) e um Questionário de Frequência Alimentar (ANEXO B). A História Alimentar é um método utilizado para obter informações relacionadas aos hábitos alimentares atuais e passados do indivíduo entrevistado. Consiste em coletar informações relacionadas ao número de refeições normalmente realizadas, o tipo de alimentos consumidos, a quantidade, forma de preparo e quantos dias na semana são consumidos entre outros. Este método prociona maiores detalhes em relação a padrões de consumo, tamanho de ções, frequência de consumo de alimentos como também algumas informações adicionais podem ser obtidas. Este método é vantajoso, pois descreve a dieta usual de um indivíduo, sendo descartadas as variações do dia-a-dia (FISBERG et al., 2005). O Questionário de Frequência alimentar em formato qualitativo é uma lista de alimentos com um espaço onde o entrevistado pode responder com que frequência que o alimento é consumido sem acrescimento do tamanho de ções. Este método é vantajoso, pois permite identificar o consumo de determinados nutrientes com a construção de uma nova lista de alimentos fontes dos nutrientes a serem identificados (FISBERG et al., 2005). Quando se elabora uma nova lista de alimentos para o questionário de frequência alimentar, utilizam-se tabelas de composição de alimentos ou até mesmo a colaboração de nutricionistas. Porém, quando se cria uma nova lista se enfatiza os alimentos imtantes para o conteúdo da pesquisa, entretanto, muitas vezes estes alimentos são pouco complacentes com os hábitos alimentares da população estudada (FISBERG et al., 2005).

33 Formas de Análise dos Dados A análise dos dados foi realizada no software de nutrição Dietwin, onde se verificou o consumo de macronutrientes (carboidratos, lipídios e proteínas), dentre os lipídios analisados, foi averiguado o consumo de lipídios saturados e insaturados (poliinsaturados e monoinsaturados), e também dos micronutrientes mais envolvidos com o diabetes mellitus (minerais cromo, zinco e cobre), comparando os dados obtidos com o exposto na literatura avaliando a qualidade da alimentação destes pacientes. Utilizando-se o Índice de Quetelet, foi possível diagnosticar o estado nutricional da população adulta seguindo valores de referência fornecidos pela Organização Mundial da Saúde (1995; 1997 apud KAMIMURA et al., 2005) através dos quadros 1 e 2. IMC (Kg/m²) Classificação <16 Magreza grau III 16 a 16,9 Magreza grau II 17 a 18,4 Magreza grau I 18,5 a 24,9 Eutrofia 25 a 29,9 Pré-obeso 30 a 34,9 Obesidade grau I 35 a 39,9 Obesidade grau II 40 Obesidade grau IIl Quadro 1: Classificação do estado nutricional em adultos segundo o IMC Fonte: OMS, 1995 e 1997 apud CUPPARI, IMC (Kg/m²) Classificação <22 Baixo peso 22 a 27 Eutrofia >27 Obesidade Quadro 2: Classificação do estado nutricional em idosos segundo o IMC Fonte: LIPSCHITZ, 1994 apud CUPPARI, Para a avaliação da CC (circunferência da cintura) dos pacientes, foram utilizados valores de referência fornecidos pela Organização Mundial da Saúde

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