Assunto Especial Doutrina

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1 Assunto Especial Doutrina Perda da Qualidade de Segurado A Perda da Qualidade de Segurado e Seus Efeitos no Regime Geral de Previdência Social ADIR JOSÉ DA SILVA JÚNIOR Analista Judiciário Federal, Diretor de Secretaria da Vara do Juizado Especial Federal Previdenciário de Florianópolis, Mestre em Direito, Estado e Sociedade (UFSC), Professor da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). OSCAR VALENTE CARDOSO Juiz Federal Substituto, exercendo o Cargo de Juiz Auxiliar do Supremo Tribunal Federal, no Gabinete do Ministro Teori Zavascki, Doutorando em Direito (UFRGS), Mestre em Direito e Relações Internacionais (UFSC), Professor da Escola Superior da Magistratura Federal de Santa Catarina (Esmafesc). RESUMO: A qualidade de segurado no Regime Geral de Previdência Social (RGPS) depende, em regra, do exercício de atividade legalmente prevista e do recolhimento de contribuições, em decorrência da filiação obrigatória e do caráter contributivo determinados pelo art. 201 da Constituição. Contudo, não há uma perda imediata e automática dessa condição quando o segurado cessar (de forma temporária ou definitiva) sua atividade ou o recolhimento de contribuições. O artigo analisa essas situações e quais são as consequências da perda da qualidade de segurado. PALAVRAS-CHAVE: Direito previdenciário; qualidade de segurado; período de graça; carência; aposentadoria. SUMÁRIO: Introdução; 1 Manutenção da qualidade de segurado e período de graça; 1.1 Gozo de benefício; 1.2 Manutenção a partir da cessação das contribuições; 1.3 Doença de segregação compulsória; 1.4 Reclusão; 1.5 Serviço militar; 1.6 Segurado facultativo; 1.7 Recolhimentos superiores a 120 contribuições; 1.8 Desemprego ou afastamento das atividades; 2 Perda da qualidade de segurado e carência; 3 Perda da qualidade de segurado e direito adquirido à aposentadoria; Conclusões; Referências. INTRODUÇÃO A relação jurídica previdenciária constituída sob o modelo adotado no ordenamento jurídico brasileiro não se apresenta como uma relação única, de caráter sinalagmático bem definido.

2 10 R...RSP Nº 54 Maio-Jun/2013 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA Exige, para a inserção do contribuinte no seu plano de benefícios e serviços (o que se pode definir como relação jurídica de prestação), o cumprimento de requisitos próprios que conferem àquele que atuou na relação jurídica de custeio (contribuição previdenciária prevista no art. 195, II, da Constituição Federal) a qualidade de segurado. A qualidade de segurado pode ser definida, assim, como o atributo conferido àquele que mantém hígido o vínculo jurídico que o caracteriza como potencial beneficiário da proteção de riscos sociais oferecida pelo Regime Geral de Previdência Social. Esse atributo apresenta, na legislação brasileira, disciplina pormenorizada, com a definição de hipóteses delimitadas de sua aquisição, manutenção, perda e prorrogação. O artigo que ora se apresenta tem a pretensão de tratar das principais consequências decorrentes da perda deste atributo por parte do segurado. Para isto, inevitável o exame dos pressupostos da manutenção da qualidade de segurado, inclusive em período para o qual não haja contribuições por parte do segurado ao que chama a legislação de período de graça. Passada essa etapa, cumpre analisar quais os reflexos gerados pela perda da qualidade de segurado para o cumprimento do requisito da carência e para a sua reaquisição. Por fim, são vistas as normas incidentes sobre a concessão de aposentadoria para o segurado que perdeu sua qualidade após o cumprimento dos requisitos. Assim, a perda da qualidade de segurado e as suas consequências recebem, neste estudo, apreciação compatível com a sua importância na formação da relação jurídica socioprevidenciária de prestação. 1 MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO E PERÍODO DE GRAÇA Via de regra, a qualidade de segurado é mantida enquanto este exercer alguma das atividades obrigatórias listadas no art. 11 da Lei nº 8.213/1991 (ou mantiver a relação de contribuição facultativa prevista no art. 13) e, em consequência, forem recolhidas as respectivas contribuições (não necessariamente de responsabilidade do próprio segurado). Logo, em princípio, o segurado mantém a qualidade de segurado enquanto estiver desenvolvendo atividade obrigatoriamente vinculada ao RGPS 1. 1 DUARTE, Marina Vasques. Direito previdenciário. 4. ed. Porto Alegre: Verbo Jurídico, p. 54.

3 RSP Nº 54 Maio-Jun/2013 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA Não obstante, previu o legislador hipóteses em que, muito embora não se mantenha a relação contributiva ou laborativa ensejadora do vínculo previdenciário, a qualidade de segurado se mantenha: o chamado período de graça. Para Miguel Horvath Júnior, o período de graça é uma [...] exceção temporária e material da regra geral de que se mantém a qualidade de segurado com o pagamento de contribuições 2. Ainda, o instituto da manutenção da qualidade de segurado trata do período em que o individuou continua filiado ao Regime Geral de Previdência Social RGPS, por estar no chamado período de graça 3. Em outras palavras, enquanto estiver filiado (obrigatória ou facultativamente) ao RGPS, e recolhendo suas contribuições (diante do caráter contributivo da previdência social) 4, o segurado mantém essa qualidade. Por outro lado, caso deixe de exercer alguma das atividades de filiação obrigatória ou pare de recolher contribuições (se facultativo, ou contribuinte individual com esse dever), o segurado perde essa qualidade. Marcelo Leonardo Tavares afirma que os segurados mantêm sua condição ordinariamente por meio do desempenho de sua atividade laborativa (com exceção do segurado facultativo, que a conserva exclusivamente em virtude de suas contribuições); de outra parte, essa qualidade pode ser mantida extraordinariamente em determinadas situações, ainda que não haja o pagamento de contribuição à previdência social 5. A fim de não criar prejuízos por eventualidades que impeçam a continuidade da atividade laborativa (como o desemprego, ou a doença) e a cessação de contribuições, a qualidade de segurado não é perdida de imediato; a lei confere um intervalo durante o qual, mesmo após parar de desempenhar sua profissão, o segurado conserva sua filiação e continua a ter direito aos benefícios e serviços do RGPS. Durante o período de graça, então, repise-se, apesar de não existir contribuições ao sistema (exceção ao caráter contributivo), o segurado man- 2 HORVATH JÚNIOR, Miguel. Direito previdenciário. 7. ed. São Paulo: Quartier Latin, p CASTRO, Carlos Alberto Pereira de; LAZZARI, João Batista. Manual de direito previdenciário. 5. ed. São Paulo: LTr, p Esse sistema, entretanto, permite que o segurado possa passar algum tempo sem efetuar os seus recolhimentos, mantendo, mesmo assim, a condição de beneficiário do RGPS. Muito injusto seria se um segurado que contribuiu durante vários anos, tendo, por um descuido, deixado de efetuar apenas uma contribuição, fosse, justamente neste mês, acometido de doença incapacitante e não obtivesse a cobertura previdenciária. (KERTZMAN, Ivan. Curso prático de direito previdenciário. 2. ed. Salvador: JusPodivm, p. 238) 5 TAVARES, Marcelo Leonardo. Direito previdenciário. 9. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, p. 92.

4 12 R...RSP Nº 54 Maio-Jun/2013 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA tém sua qualidade. Em outras palavras, [...] objetiva dar, por algum tempo, proteção ao trabalhador filiado ao sistema 6. Apesar de garantir a preservação da perda da qualidade de segurado, o período de graça, em regra (salvo exceções do auxílio-doença e da aposentadoria por invalidez) 7, não é computado como tempo de contribuição, por não haver o recolhimento de contribuições ou o desempenho de atividades laborativas. Porém, essa conservação da qualidade de segurado não perdura por tempo indeterminado, especialmente em decorrência do referido princípio do caráter contributivo, que demanda o recolhimento de contribuições para ter direito às prestações do RGPS. O art. 15 da Lei nº 8.213/1991 lista os diferentes períodos de graça: Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: I sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício; II até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela previdência social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração; III até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória; IV até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso; V até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar; VI até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo. 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. 2º Os prazos do inciso II ou do 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. 6 KERTZMAN, Ivan. Curso prático de direito previdenciário. 2. ed. Salvador: JusPodivm, p Do mesmo modo: [...] Dito de outra forma: o desempregado não deixa de ser segurado da previdência social, mas apenas depois de transcorrido um lapso de tempo específico e legalmente definido após a cessação das contribuições previdenciárias (TRF 2ª R., AGT , 4ª T., Rel. Des. Fed. Rogério Carvalho, J , DJ , p. 116). 7 Nesse sentido, dispõe o art. 55, II, da Lei nº 8.213/1991: O tempo de serviço será comprovado na forma estabelecida no Regulamento, compreendendo, além do correspondente às atividades de qualquer das categorias de segurados de que trata o art. 11 desta lei, mesmo que anterior à perda da qualidade de segurado: [...] o tempo intercalado em que esteve em gozo de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez.

5 RSP Nº 54 Maio-Jun/2013 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos perante a previdência social. 4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados neste artigo e seus parágrafos. Somente após o decurso do período de graça (com fundamento em uma ou mais situações entre as listadas no art. 15) o segurado perde o seu vínculo com a previdência social, deixando de fazer jus à maior parte de seus benefícios e serviços (como será visto, alguns benefícios são devidos mesmo após a perda da qualidade de segurado). Para Marina Vasques Duarte, esses prazos são interruptivos, ou seja, o surgimento de alguma causa durante a contagem de outra importa na nova contagem daquela, desconsiderando o tempo já decorrido na primeira. Em suas palavras, [...] se durante o prazo de 12 meses do inciso II o segurado for acometido de alguma doença incapacitante, reinicia-se a contagem do período de graça após o término do benefício previdenciário 8. Conforme o 3º do art. 15, durante o período de graça, o segurado mantém todos os seus direitos no RGPS, ou seja, como se estivesse contribuindo para a previdência social. Já o 4º traz regra de contagem dos períodos de graça e, consequentemente, do termo final de sua manutenção e a consequente perda da qualidade de segurado. Não se faz apenas o cômputo simples a partir do dia ou do mês da cessação da atividade, mas, no encerramento do lapso temporal, leva-se em conta o dia referente ao limite máximo para recolhimento da contribuição do mês seguinte ao final do prazo 9. Pela relativa complexidade da norma, cumpre uma exemplificação. Como a empresa pode recolher a contribuição de seu empregado até o dia 20 do mês subsequente ao da competência (art. 30, I, a e b, da Lei nº 8.212/1991), caso o segurado empregado seja dispensado no dia (por exemplo), o cálculo terá início no dia , mas o prazo final (se for de 12 meses, por exemplo) não ocorrerá em , mas sim em , data-limite para o pagamento da contribuição previdenciária do mês imediatamente posterior (06/2009) ao do final do 8 DUARTE, Marina Vasques. Direito previdenciário. 4. ed. Porto Alegre: Verbo Jurídico, p Redação similar tem o art. 14 do Decreto nº 3.048/1999: O reconhecimento da perda da qualidade de segurado no termo final dos prazos fixados no art. 13 ocorrerá no dia seguinte ao do vencimento da contribuição do contribuinte individual relativa ao mês imediatamente posterior ao término daqueles prazos.

6 14 R...RSP Nº 54 Maio-Jun/2013 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA prazo ( ); logo, a perda da qualidade de segurado se dará no dia Se fosse contribuinte individual ou segurado facultativo, o termo inicial também seria em , mas o dia final em (e a perda da qualidade de segurado em ), levando-se em consideração que suas contribuições podem ser pagas até o dia 15 do mês subsequente ao da competência (art. 30, II, da Lei nº 8.212/1991) 10. Doutrinariamente, cita-se o exemplo dado por Marina Vasques Duarte: Por exemplo, o preso que é libertado em fevereiro. Tem doze meses para voltar a contribuir. Esse prazo esgota-se em março. Mas a contribuição de março só é recolhida em abril. Então até abril do ano seguinte deve ter voltado a contribuir, seja na qualidade se segurado obrigatório ou facultativo. [...] 11 Esse prazo de quase 2 meses concedido ao segurado para manter sua condição tem fundamento na possibilidade de o recolhimento da contribuição ser feito no mês posterior ao de sua competência. Por exemplo, a contribuição de 01/2011 pode ser recolhida em 02/2011 (variando apenas o dia, conforme a categoria de segurado). Logo, como a lei fixa o mês posterior ao término do prazo, o segurado ainda terá a possibilidade de recolher a contribuição deste no mês subsequente. Voltando ao caso concreto citado acima, se o prazo final da contagem do período de graça se der em , a qualidade de segurado é mantida até 06/2009; porém, como a contribuição desse mês pode ser recolhida em 07/2009, a qualidade de segurado perdura até o último dia para pagamento da contribuição (e.g., para o empregado, ou para o contribuinte individual ou o facultativo), extinguindo-se apenas no dia seguinte, caso não seja feito o recolhimento. Outro esclarecimento referente ao 4º diz respeito ao seu âmbito de aplicação: apesar de usar a expressão dos prazos fixados neste artigo e seus parágrafos, que pode levar a interpretações divergentes sobre o cômputo 10 Nesse sentido, ainda, exemplo jurisprudencial: [...] Considerando que Nelson Paulo Mota, falecido esposo da recorrida, desligou-se do seu último emprego em , o período de graça perseguido pela recorrida deverá ser assim considerado: desligamento em , com projeção do aviso-prévio, considera-se o desligamento ocorrido em Somando-se os 12 meses de período de graça, após a cessação das contribuições, constantes do disposto no art. 15, II, da Lei nº 8.213/1991, o período de graça vai até Com o acréscimo de mais 12 meses, em função do desemprego do segurado, conforme permitido no 2º, art. 15, da Lei nº 8.213/1991, o período de graça é contado até Considerando, por fim, a prorrogação prevista no art. 14 do Decreto nº 3.048/1999 (Regulamento da Previdência Social), que estipula que a perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia dezesseis do segundo mês seguinte ao término dos prazos fixados no art. 13, o período de graça terminaria em Então, quando o esposo da recorrida faleceu, em , estava acobertado pela previdência social (1ª Turma Recursal do Amazonas, Processo nº , Rel. Juiz Fed. Vallisney de Souza Oliveira, J , DJ ). 11 DUARTE, Marina Vasques. Direito previdenciário. 4. ed. Porto Alegre: Verbo Jurídico, p. 57.

7 RSP Nº 54 Maio-Jun/2013 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA do prazo dos incisos, essa forma de contagem incide sobre todos os seis incisos dos períodos de graça e os prazos de prorrogação dos 1º e 2º. O art. 13 do Regulamento da Previdência Social (anexo ao Decreto nº 3.048/1999) tem redação similar à do art. 15 da Lei nº 8.213/1991, mas com algumas regras adicionais: o 4º do art. 13 prevê que aplica-se o disposto no inciso II do caput e no 1º ao segurado que se desvincular de regime próprio de previdência social. Logo, tanto o prazo de 12 meses após a cessação de benefício ou do pagamento de contribuições quanto a prorrogação para 24 meses concedido a quem tem mais de 120 contribuições (que serão analisados adiante) podem ser conferidos para aqueles que eram filiados a Regime Próprio de Previdência Social, e dele se desvincularam. O 5º do art. 13 do Regulamento preceitua que a perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão das aposentadorias por tempo de contribuição e especial. Já o 6º do art. 13 amplia esse direito à aposentadoria por idade, condicionando o cumprimento dos requisitos na DER: Aplica-se o disposto no 5º à aposentadoria por idade, desde que o segurado conte com, no mínimo, o número de contribuições mensais exigido para efeito de carência na data do requerimento do benefício. Esses dispositivos repetem o que prevê o art. 102, 1º, da Lei nº 8.213/1991 (acrescentado pela Lei nº 9.528/1997): A perda da qualidade de segurado não prejudica o direito à aposentadoria para cuja concessão tenham sido preenchidos todos os requisitos, segundo a legislação em vigor à época em que estes requisitos foram atendidos. Em outras palavras, a perda da qualidade de segurado não extingue o direito à aposentadoria (mesmo que o segurado não a tenha recuperado na DER). Na sequência, serão comentadas as situações descritas nos seis incisos e as hipóteses de prorrogação dos 1º e 2º do citado art. 15 da Lei nº 8.213/ Gozo de benefício Em primeiro lugar, o inciso I do art. 15 prevê que mantém a qualidade de segurado do RGPS quem estiver em gozo de benefício, e sem qualquer limite de prazo. Consequentemente, o fato de ser apenas beneficiário, sem ser contribuinte (por exemplo, o aposentado que efetivamente deixa de trabalhar), não acarreta a perda da qualidade de segurado da previdência social Nesse sentido, o STJ já decidiu que [...] não perde a qualidade de segurado aquele em gozo de benefício, sendo-lhe dispensada a carência (REsp /SP, 5ª T., Rel. Min. Gilson Dipp, J , DJ , p. 129). Também: TRF 1ª R., AC , 1ª T., Rel. Des. Fed. Eustaquio

8 16 R...RSP Nº 54 Maio-Jun/2013 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA Além disso, o dispositivo não faz ressalva, ou seja, o recebimento de qualquer benefício confere essa condição de segurado, desde os temporários (auxílio-doença, salário-maternidade etc.) até os definitivos (aposentadorias e pensão por morte). Com fundamento nessa previsão legal, um segurado que está em gozo de auxílio-acidente (por incapacidade parcial e permanente), mesmo que sem exercer atividade laborativa por 5 anos, tem direito a outros benefícios, como o auxílio-doença (se sobrevier nova incapacidade, total e temporária), o salário-maternidade (nas situações de parto e adoção) ou a aposentadoria (por exemplo, na situação de já ter a carência, e posteriormente completar a idade mínima para a aposentadoria por idade), respeitadas as regras de inacumulabilidade e assegurado o seu direito de optar por um benefício. Em particular, o benefício de auxílio-acidente causa polêmica, havendo quem sustente não gerar direito a outros benefícios, por permitir que o segurado continue trabalhando 13. Entretanto, prevalece o entendimento de que a fruição do auxílio-acidente mantém a qualidade de segurado, permitindo a concessão de outros benefícios ao segurado e seus dependentes: [...]. Segundo o inciso I do art. 15 da Lei nº 8.213/1991, mantém a qualidade de segurado, sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício. Vê-se que a lei não faz discriminação sobre o tipo de benefício. Assim, obtido o auxílio-acidente, mantida a qualidade de segurado, até a data do óbito. (TRF 3ª R., Ap-Reex , 7ª T., Relª Juíza Fed. Eva Regina, J , DJ , p. 779) 14 O Superior Tribunal de Justiça tem precedentes nesse sentido: Processual e previdenciário. Acidente do trabalho. Segurado aposentado. Auxílio-acidente. Perda de qualidade. Legitimidade para agir. Termo inicial. I Não perde a qualidade de segurado aquele em gozo de benefício, sendo- -lhe dispensada a carência. [...]. (REsp /SP, 5ª T., Rel. Min. Gilson Dipp, J , DJ , p. 129) 15 Silveira, J , DJ , p. 94; TRF 2ª R., AC , 5ª T., Rel. Des. Fed. Raldêncio Bonifácio Costa, J , DJ , p. 863; TRF 3ª R., AC , 10ª T., Relª Juíza Fed. Marisa Cucio, J , DJ , p. 2290; TRF 4ª R., Ap-Reex , 6ª T., Rel. Des. Fed. Victor Luiz dos Santos Laus, J , DE ; TRF 5ª R., AC , 4ª T., Rel. Des. Fed. Edilson Nobre, J , DJe , p Nesse sentido: No caso de auxílio-acidente, como ele é encerrado com o óbito do segurado (art. 86, 1º, da LB) e o seu percebimento pressupõe que o trabalhador ainda possuía capacidade laborativa, embora reduzida, não há, segundo entendemos, como transformá-lo em pensão (DUARTE, Marina Vasques. Direito previdenciário. 4. ed. Porto Alegre: Verbo Jurídico, p. 55). 14 Da mesma forma, no TRF 5ª R., AC , 4ª T., Rel. Des. Fed. Edilson Nobre, J , DJ , p Ainda: REsp /SP, 5ª T., Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, J , DJ , p. 376.

9 RSP Nº 54 Maio-Jun/2013 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA Outro exemplo é do segurado que falece enquanto recebia auxílio- -doença (e, por essa razão, não exercia qualquer labor). Mesmo que esse benefício por incapacidade tivesse o afastado do trabalho durante, por exemplo, 3 anos, seus dependentes terão direito à pensão por morte, pois aquele manteve sua qualidade de segurado até a data do óbito, por estar em gozo de benefício 16. Ainda, o STJ entende que, mesmo que o segurado não esteja no gozo de auxílio-doença (ou outro benefício por incapacidade), mas que se encontre incapacitado para o trabalho, preserva sua qualidade de segurado: Previdenciário. Aposentadoria por invalidez. Perda da qualidade de segurado. 1. Não perde a qualidade de segurado o trabalhador que, por motivo de doença, deixa de recolher as contribuições previdenciárias. 2. Precedente do Tribunal. 3. Recurso não conhecido. (REsp /SP, 6ª T., Rel. Min. Anselmo Santiago, J , DJ , p. 193) 17 Salienta-se que essa concepção não se aplica caso a incapacidade surja somente após a perda da qualidade de segurado: [...]. 2. À época do surgimento da incapacidade o segurado havia deixado de contribuir por dezessete meses, isto é, quando já findo o período de graça previsto no art. 15, 2º, da Lei nº 8.213/1991. (STJ, AgRg-REsp /SC, 5ª T., Rel. Des. Conv. Adilson Vieira Macabu, J , DJe ) Conforme decidiu o TRF da 1ª Região: Previdenciário. Mandado de segurança. Pensão por morte. Segurado que recebia benefício de auxílio-doença à época do óbito. Manutenção da qualidade de segurado. Produção de prova documental nesta instância. Documentos que não podem ser considerados novos. Impossibilidade. 1. Para obtenção do benefício de pensão por morte, é necessária a comprovação do óbito, da qualidade de segurado e da condição de dependente do beneficiário. 2. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuição e sem limite de prazo o segurado que estiver em gozo de benefício previdenciário, conforme disposição expressa do art. 15, I, da Lei nº 8.213/ [...]. 4. Não há falar em perda da qualidade de segurado, no presente caso, vez que comprovado que o de cujus recebia, na data do óbito, o benefício de auxílio-doença, razão pela qual deve ser reconhecido o direito à pensão por morte ao cônjuge sobrevivente. 5. [...] (AMS , 1ª T., Rel. Des. Fed. Carlos Olavo, J , DJ , p. 35). 17 Da mesma forma: REsp. Previdenciário segurado. A previdência social, ao contrário da assistência social, reclama contribuições. Ocorre a perda da qualidade de segurado se a contribuição for interrompida por mais de doze (12) meses consecutivos (Decreto nº /1984, art. 7º). Cumpre interpretar o dispositivo finalisticamente. Pressupõe voluntariedade. Não acontece quando o trabalhador fica incapacitado para o trabalho (REsp /SP, 6ª T., Rel. Min. Luiz Vicente Cernicchiaro, J , DJ , p ). Mais recentemente: REsp /SP, 6ª T., Rel. Min. Hamilton Carvalhido, J , DJ , p No TRF da 4ª Região: AC , 5ª T., Rel. Des. Fed. Celso Kipper, J , DE ; AC , 6ª T., Rel. Des. Fed. João Batista Pinto Silveira, J , DJ , p Na doutrina: O segurado não perde a qualidade de segurado se deixou de contribuir em virtude de desemprego decorrente de incapacidade física (HORVATH JÚNIOR, Miguel. Direito previdenciário. 7. ed. São Paulo: Quartier Latin, p. 180). Igualmente: SANTOS, Marisa Ferreira dos. Direito previdenciário. 5. ed. São Paulo: Saraiva, p Do mesmo modo, no TRF 4ª R.: Previdenciário. Pensão por morte. Desemprego do segurado. Auxílio-doença. Perda da qualidade de segurado. 1. Para que se reconheça o direito do de cujus ao benefício de auxílio- -doença, necessário se faz a apresentação de provas de sua incapacidade laborativa quando ainda possuía a qualidade de segurado [...] (AC , 6ª T., Rel. Des. Fed. João Batista Pinto Silveira, J , DJ , p. 599).

10 18 R...RSP Nº 54 Maio-Jun/2013 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA Tal entendimento advém do reconhecimento do direito adquirido aos benefícios previdenciários quando cumpridos os requisitos, ainda que não haja o requerimento administrativo. O não exercício do direito não impede que tal condição seja considerada para todos os demais efeitos, como no caso em tela. Até mesmo o recebimento do salário-maternidade (que tem duração máxima de 120 dias) mantém a qualidade de segurada e gera o direito à pensão, caso a beneficiária faleça durante a sua fruição 19. A manutenção da qualidade de segurado abrange apenas o recebimento de benefício do Regime Geral de Previdência Social. De outro lado, serviço do RGPS ou benefício de outro regime não permitem a preservação dessa regra 20. Excepcionalmente, há entendimento minoritário no sentido de que os dependentes têm direito à pensão por morte, ainda que o falecido estivesse recebendo benefício assistencial, se demonstrarem que este tinha direito à aposentadoria por idade (ou outro benefício previdenciário) ao invés da prestação da assistência social 21. O mesmo raciocínio aplica-se à pessoa que falece sem ter qualidade de segurado e sem estar em gozo de benefício: há diversos precedentes reconhecendo o direito dos dependentes à pensão por morte caso seja comprovado que o falecido teria direito a algum benefício (em regra, aposen- 19 [...] Com efeito, o segurado da previdência mantém esta condição durante todo o período de graça, nos termos do art. 15 da Lei nº 8.213/1991; e indefinidamente, se estiver em gozo de benefício, como quem recebe salário-maternidade. (TRF 2ª R., AGT , 4ª T., Rel. Des. Fed. Rogério Carvalho, J , DJ , p. 116) 20 Acerca do tema, salientando que o recebimento do benefício da prestação continuada da assistência social não importa na condição de segurado do RGPS: Previdenciário. Pensão por morte de trabalhador rural. Legislação aplicável. Companheira. Não comprova dependência. Perda da qualidade de segurado. Apelação da autora improvida. A existência de união estável, no tempo do óbito, não restou demonstrada pelos documentos apresentados. Não comprovado o exercício da atividade rural pelo falecido, ainda que descontínua, no período imediatamente anterior à data do requerimento, exigido pelo art. 143 da Lei nº 8.213/1991. Ultrapassado o limite temporal, estabelecido pelo art. 15, II e 1º da Lei nº 8.213/1991, entre a data de saída de sua última atividade protegida por relação de emprego e a do óbito, há perda da qualidade de segurado. O falecido estava em gozo de benefício que não tem natureza previdenciária, mas sim natureza assistencial, o qual é personalíssimo, intransferível e que se extingue com a morte do titular, não gerando qualquer direito aos dependentes daquele. Apelação da parte autora improvida (TRF 3ª R., AC , 7ª T., Relª Juíza Fed. Leide Polo, J , DJ , p. 532). 21 Segundo decidiu o TRF da 2ª Região: Previdenciário. Comprovado o direito à aposentadoria por idade rural. Cumulação com benefício de pensão por morte. Preenchidos os requisitos ensejadores. Afastada a alegação de perda da qualidade de segurado do instituidor, que faleceu em gozo de benefício assistencial, quando deveria estar recebendo aposentadoria por idade. 1. A despeito de o instituidor estar recebendo o beneficio de amparo assistencial quando do óbito, fazia jus à aposentadoria por idade, eis que restou comprovado o tempo de serviço trabalhado no exercício de atividade rural. 2. Inexiste proibição legal à cumulação entre os benefícios de aposentadoria por idade rural e pensão por morte, tendo em vista o disposto no art. 124 da Lei nº 8.213/ Recurso a que se nega provimento (AC , 2ª Turma Especializada, Relª Desª Fed. Andrea Cunha Esmeraldo, J , DJ , p. 40). Do mesmo modo já decidiu a Turma Nacional de Uniformização: Pedido de Uniformização nº , Rel. Juiz Fed. Wilson Zauhy Filho, J , DJ

11 RSP Nº 54 Maio-Jun/2013 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA tadoria por idade, por tempo de contribuição e especial, que dispensam a qualidade de segurado, nos termos do art. 3º da Lei nº /2003) na data do óbito, com o fim de readquirir sua condição e permitir a concessão da pensão 22. Por fim, relembra-se que o art. 15, I, da Lei nº 8.213/1991 prevê que fica mantida a qualidade de segurado durante o período de recebimento de benefício, sem limite de prazo. Logo, independentemente do período em que recebe o benefício previdenciário (um dia, seis semanas, trinta anos etc.), o favorecido mantém sua condição de segurado do RGPS. Trata-se de exceção à regra que estabelece prazos determinados para a duração do período de graça. 1.2 Manutenção a partir da cessação das contribuições O inciso II do art. 15 prevê a prorrogação por 12 meses após a última contribuição, para o segurado que deixar de exercer atividade remunerada considerada como sendo de filiação obrigatória, ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração. Portanto, os segurados têm um prazo de 12 meses de graça, após a paralisação de suas atividades e a cessação das contribuições. Relembra-se que, com fundamento no 4º do art. 13 do Decreto nº 3.048/1999, esse intervalo se aplica aos segurados que se desvincularam de Regime Próprio de Previdência Social. Como visto, a contagem tem início não com o dia do término das atividades, mas com a data-limite para o recolhimento da respectiva contribuição previdenciária ( 4º do art. 15), que varia conforme o enquadramento do segurado. Normalmente, essa hipótese é associada apenas à situação de desemprego (dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso), mas também pode ser aplicada ao contribuinte individual, que não 22 Previdenciário. Pensão por morte. Qualidade de segurado. Falecido que tinha direito à aposentadoria proporcional por tempo de serviço. 1. Reconheceu a autarquia, em decisão administrativa (fls. 75/76), que o falecido possuía direito à aposentadoria por tempo de serviço, requerida em , na forma proporcional, aos 31 anos de serviço. 2. É ilegal a decisão de indeferimento do pedido de pensão por morte por falta da qualidade de segurado se o falecido tinha direito a benefício previdenciário. 3. A qualidade de segurado se mantém quando o segurado está em gozo de benefício (art. 15, I, da Lei nº 8.213/1991) e o falecido tinha direito, incontroverso, à aposentadoria por tempo de serviço. 4. Remessa oficial a que se dá provimento, para manter a r. sentença (TRF 3ª R., REOMS , Turma Suplementar da 3ª Seção, Relª Juíza Fed. Louise Filgueiras, J , DJ ). Na Turma Nacional de Uniformização: Pedido de Uniformização nº , Rel. Juiz Fed. Manoel Rolim Campbell Penna, J , DJ Na doutrina: SANTOS, Marisa Ferreira dos. Direito previdenciário. 5. ed. São Paulo: Saraiva, p ; TAVARES, Marcelo Leonardo. Direito previdenciário. 9. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, p

12 20 R...RSP Nº 54 Maio-Jun/2013 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA esteja desenvolvendo suas atividades profissionais, tendo em vista que o dispositivo utiliza a expressão após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela previdência social 23. Em relação ao segurado especial, em regra o inciso II não tem aplicabilidade, diante da ausência de contribuições; caso opte por efetuar o pagamento, o dispositivo legal incide sobre ele. O segurado facultativo não se enquadra nessa regra, e possui um prazo reduzido, que será visto adiante. A hipótese final do dispositivo ( suspenso ou licenciado sem remuneração ) normalmente diz respeito ao recebimento do benefício de auxílio- -doença ou aposentadoria por invalidez para o segurado empregado (tendo em vista que ao empregado doméstico e ao trabalhador avulso incidem regras próprias, e não a CLT) 24. Há, nesse caso, uma diferenciação entre o inciso anterior: (a) em regra, o segurado mantém a qualidade de segurado do RGPS durante o recebimento de qualquer benefício previdenciário, perdendo-a automaticamente com a sua cessação; (b) excepcionalmente, o recebimento de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez pelo empregado (por motivarem a suspensão do contrato de trabalho) faz o segurado manter sua qualidade por 12 meses após o término desses benefícios. Os segurados empregado doméstico, trabalhador avulso, contribuinte indivi dual e segurado especial não têm direito a essa prorrogação, pois não mantêm vínculo empregatício que possa ser objeto de suspensão ou licença. Por exemplo, se a segurada empregada teve contribuições recolhidas até e recebeu o salário-maternidade até , a partir de não terá mais a qualidade de segurada do RGPS (a menos que tenha o período prorrogado pelos 1º e 2º do art. 15, que serão analisados adiante). Porém, caso tenha recebido o benefício de auxílio-doença até , manterá sua qualidade de segurada até , ou seja, 23 Sobre o assunto: [...] 3. A autora prova o cumprimento da carência; nos autos há comprovação de ter exercido atividade regida por relação de emprego por 25 meses, bem como o pagamento de contribuições como contribuinte individual de abril a dezembro de A manutenção da qualidade de segurada está comprovada pelas contribuições pagas como contribuinte individual de abril a dezembro de A ação foi ajuizada em , dentro do período de graça de 12 meses (TRF 3ª R., AC , 7ª T., Relª Juíza Fed. Leide Polo, J , DJ , p. 143). Igualmente: [...] Assim, no caso sob exame verifica-se que o falecido, contribuinte individual, efetuou recolhimentos até o mês de julho/2005, razão pela qual a perda da qualidade de segurado somente ocorreria no dia , haja vista a observância do prazo de 12 meses previsto no art. 15 da Lei nº 8.213/91 e a disposição transcrita supra (Processo nº , 1ª Turma Recursal de Goiás, Relª Juíza Fed. Maria Divina Vitória, J , DJ ). 24 Conforme o art. 7º, a, da CLT: Os preceitos constantes da presente Consolidação, salvo quando for em cada caso, expressamente determinado em contrário, não se aplicam: aos empregados domésticos, assim considerados, de um modo geral, os que prestam serviços de natureza não econômica à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas.

13 RSP Nº 54 Maio-Jun/2013 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA por mais 12 meses além do período usual, em virtude do que prevê o inciso II do art. 15 da Lei nº 8.213/1991. O fato de, economicamente, ocorrer situações nas quais o segurado permanecer desemprego durante mais de 12 meses não importa prorrogação do prazo legal, mesmo que comprove que buscou sua reinserção no mercado de trabalho. A Lei nº 8.213/1991 fixou objetivamente os intervalos, tratando, de forma similar, todos aqueles que deixam de contribuir para o RGPS, e fixou prazo que entendeu suficiente não só para que os segurados voltem a exercer atividade de filiação obrigatória, mas igualmente para a manutenção do próprio sistema, desobrigando o INSS de prestar benefícios e serviços a quem deixar de contribuir após esse interstício de tempo. 1.3 Doença de segregação compulsória O inciso III do art. 15 preceitua a prorrogação da qualidade de segurado por 12 meses após o isolamento, para o segurado acometido de doença de segregação compulsória. Doença de segregação compulsória é [...] o tipo de doença epidemiológica para a qual a vigilância sanitária obriga o isolamento, a fim de evitar o contágio 25. Ivan Kertzman salienta que este inciso abrange quem tenha sofrido doença epidemiológica para a qual a vigilância sanitária obriga o isolamento com o intuito de evitar a difusão da contaminação. É utilizada apenas em relação a casos em que a enfermidade não enseja a concessão de auxílio-doença. 26 Logo, em comparação com o inciso II do art. 15: (a) o empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso que perceberem auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez ainda continuam com sua qualidade durante 12 meses depois da cessação do benefício; (b) qualquer segurado que esteja acometido de doença de segregação compulsória (e que receba ou não benefício por incapacidade durante esse período) conserva sua qualidade de segurado por mais 12 meses após o término da doença. E se, por exemplo, o segurado estiver acometido de doença de segregação compulsória de a , e receber benefício de auxílio-doença de até , até quando manterá sua qualidade de segurado? 25 EDUARDO, Ítalo Romano; EDUARDO, Jeane Tavares Aragão; TEIXEIRA, Amauri Santos. Curso de direito previdenciário. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, p KERTZMAN, Ivan. Curso prático de direito previdenciário. 2. ed. Salvador: JusPodivm, p. 239.

14 22 R...RSP Nº 54 Maio-Jun/2013 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA Com fundamento nos incisos II e III, e no 4º do art. 15 da Lei nº 8.213/1991, se for segurado empregado, empregado doméstico ou trabalhador avulso, terá qualidade de segurado (independentemente de novas contribuições) até (dia seguinte ao do término do prazo para recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior aos 12 meses, contados a partir da cessação do auxílio-doença). Já os demais segurados (com exceção do facultativo) manterão sua condição até (segurado especial, que não recolhe contribuições) ou até (contribuinte individual), pois os 12 meses serão contados a partir do fim da doença de segregação compulsória. 1.4 Reclusão Há um período de graça de 12 meses após o livramento, para o segurado que esteve recluso ou detido (inciso IV do art. 15). Apesar de o dispositivo utilizar a expressão retido, as penas privativas de liberdade no Código Penal são divididas em duas espécies: (a) reclusão, cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto; (b) e detenção, em princípio cumprida no regime semiaberto ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado (arts. 33/42 do CP). Portanto, o período de graça se aplica ao segurado recluso ou detido (ao invés de retido). Assim, durante a reclusão ou detenção, fica mantida a qualidade de segurado, em virtude da impossibilidade (em regra) de se desenvolver alguma atividade de filiação obrigatória ao RGPS. Tendo em vista que o dispositivo legal utiliza a expressão após o livramento, é controversa a prorrogação da qualidade de segurado na hipótese de fuga do recluso ou detido. Sustentando essa possibilidade, Ivan Kertzman afirma que, [...] mesmo no caso de fuga do segurado detido ou recluso, terá ele direitos previdenciários durante o período de 12 meses 27. Do mesmo modo, cita-se precedente do TRF da 4ª Região: [...]. 2. O de cujus também manteve a condição de segurado, nos termos do art. 15, IV, da atual Lei de Benefícios, ao ser recapturado em (fl. 18), após ter permanecido foragido por sete ou nove meses ante a divergência quanto à data da fuga verificada entre as certidões das fls. 18 e 58. (AC , 5ª T., Rel. Des. Fed. Celso Kipper, J , DJ , p. 352) 27 KERTZMAN, Ivan. Curso prático de direito previdenciário. 2. ed. Salvador: JusPodivm, p. 240.

15 RSP Nº 54 Maio-Jun/2013 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA Por outro lado, entendendo que não se aplica esse período de graça, mas apenas (se cabível) um dos demais incisos e do art. 15, a 1ª Turma Recursal do Paraná decidiu: Auxílio-reclusão. Qualidade de segurado. Fuga. 1. Não é aplicável a prorrogação do período de graça prevista no 2º do art. 15 da Lei nº 8.213/1991 (desemprego) ao segurado recluso que foge da prisão, ficando a qualidade de segurado mantida por doze meses, nos termos dos incisos II e/ou IV ou, em sendo o caso, por vinte e quatro meses, conforme 1º, ambos do mesmo dispositivo legal. 2. Para a contagem do termo final do período de graça do segurado que foge da prisão, não se aplica a regra do 4º do art. 15 da Lei nº 8.213/1991, considerando-se perdida a qualidade de segurado após exatos doze meses, ou após decorridos vinte e quatro meses, se for aplicável a prorrogação do 1º. (Recurso nº , Relª Juíza Fed. Ana Beatriz Vieira da Luz Palumbo, J ) Assim, a questão é polêmica, não havendo uniformidade sobre a aplicação ou não do período de graça de 12 meses nos casos de fuga. 1.5 Serviço militar Durante a prestação do serviço militar, fica mantida a qualidade de segurado, havendo um período de graça de 3 meses após o licenciamento (inciso V do art. 15). Trata-se de exceção à regra geral do inciso II do art. 15, que estabelece o prazo de 12 meses para qualquer segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela previdência social. O segurado que for incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar mantém sua qualidade durante o período de incorporação, e por mais 3 meses depois de seu término (caso não volte a exercer atividade reputada de filiação obrigatória). E se, por exemplo, o segurado exercer atividade obrigatória até , e ficar incorporado ao serviço militar durante 6 meses, de a , até quando manterá sua qualidade de segurado? A regra legal é omissa e não oferece resposta a essa pergunta. Doutrinariamente, mencionou-se que, para Marina Vasques Duarte, os prazos do art. 15 são interruptivos; logo, o aparecimento de uma causa durante a contagem de outra implica nova contagem daquela, desconsiderando o tempo transcorrido na primeira 28. Seguindo esse raciocínio, no caso referido, deve ser aplicado o prazo de 6 meses após o término do serviço militar, mesmo 28 DUARTE, Marina Vasques. Direito previdenciário. 4. ed. Porto Alegre: Verbo Jurídico, p. 57.

16 24 R...RSP Nº 54 Maio-Jun/2013 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA que este não tenha a duração de 12 meses, e importe em um período de graça menor para o segurado. Em outras palavras, conta-se sempre o prazo da hipótese mais recente, mesmo que existam situações anteriores de graça. 1.6 Segurado facultativo Outra regra excepcional: ao contrário dos demais segurados, que contam com um período de 12 meses quando deixam de desempenhar suas atividades, o período de graça para o segurado facultativo é de 6 meses, a partir da última contribuição (inciso VI do art. 15). A natureza da filiação do segurado ao RGPS causa reflexos sobre a contagem do período de graça, com esse prazo reduzido para o facultativo. Por exemplo, suponha-se que o segurado foi filiado como obrigatório durante 10 anos (na condição de empregado), permaneceu 13 meses sem vínculo laboral e contribuições, mas, a fim de não perder a sua qualidade, volta a recolher contribuições como facultativo durante 20 meses; findo esse prazo, o período de graça será de 6 meses (sem prejuízo da possibilidade de aplicação das prorrogações dos 1º e 2º), tendo em vista a natureza de sua filiação no momento da última contribuição. 1.7 Recolhimentos superiores a 120 contribuições O 1º do art. 15 prevê a prorrogação do período de graça por 24 meses, desde que o segurado conte com mais de 120 contribuições mensais, ainda que com interrupção, mas desde que tenham sido recolhidas sem a perda da qualidade de segurado. Importante ressaltar que tal prorrogação tem aplicação específica para a hipótese do inciso II do art. 15, que se refere ao período de graça conferido a quem cessa suas contribuições, e não às demais hipóteses. Relembra-se de que, com fundamento no 4º do art. 13 do Decreto nº 3.048/1999, esse prazo se aplica aos segurados que se desvincularam de Regime Próprio de Previdência Social. Tendo em conta que o dispositivo utiliza a expressão mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais, o segurado precisa ter pelo menos 121 contribuições para fazer jus a essa prorrogação. Ainda, tem relevância o fato de que essas contribuições podem ter sido recolhidas com períodos de interrupção, desde que estes não acarretem a perda da qualidade de segurado. Por exemplo, terá direito à prorrogação do 1º do art. 15 da Lei nº 8.213/1991 o segurado que tiver recolhido 80 contribuições ininterruptas

17 RSP Nº 54 Maio-Jun/2013 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA de 01/1995 a 08/2001, 10 contribuições ininterruptas de 07/2002 a 04/2003 e 36 contribuições ininterruptas de 01/2004 a 12/2006, pois terá 126 contribuições (mais de 120) sem ter perdido a qualidade de segurado. De outro lado, não fará jus a essa prorrogação o segurado que tiver pago 80 contribuições ininterruptas de 01/1995 a 08/2001, 10 contribuições ininterruptas de 07/2005 a 04/2006 e 36 contribuições ininterruptas de 01/2007 a 12/2009; apesar de ter as mesmas 126 contribuições, perdeu a qualidade de segurado entre os dois primeiros intervalos, e possui apenas 80 e 46 contribuições (menos de 120) sem a perda dessa condição. A 1ª Turma Recursal do Paraná já decidiu que esse período de graça pode ser utilizado a qualquer tempo, mesmo que o segurado tenha perdido essa condição e que, posteriormente, volte a recolher contribuições: Previdenciário. Aposentadoria por invalidez. Qualidade de segurado. Prorrogação do período de graça. Segurado que conta com mais de 120 contribuições. Perda superveniente da qualidade de segurado. Irrelevância. 1. Com respeito ao período de graça que se reconhece pela circunstância de o segurado contar com mais de 120 contribuições sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado, não prejudica a prorrogação o eventual fato do trabalhador supervenientemente perder a qualidade de segurado. 2. Uma vez alcançado o número de contribuições exigidas em lei (art. 15, 1º, da Lei nº 8.213/1991), o autor pode valer-se, a qualquer tempo, da prorrogação decorrente do número de contribuições vertidas ao sistema. [...]. (Recurso nº , Rel. Juiz Fed. Erivaldo Ribeiro dos Santos, J ) O TRF da 4ª Região tem decisão contendo ponto de vista similar: [...]. 4. Como o falecido também havia recolhido mais do que 120 contribuições sem perda da qualidade de segurado, adquiriu o direito de ter estendido o seu período de graça por mais 12 meses, conforme estabelece o 1º do art. 15 da Lei nº 8.213/ O implemento pelo segurado da condição prevista no 1º do art. 15 da Lei nº 8.213/1991 lhe assegura o direito de que o seu período de graça seja sempre acrescido de no mínimo mais 12 meses, sendo irrelevante que tenham ocorrido outras situações de perda da qualidade de segurado posteriormente ao implemento da condição, pois se trata de regra que visa a assegurar tratamento diferenciado ao segurado que já tenha realizado um aporte significativo de 120 contribuições ao RGPS em consonância com o princípio contributivo. [...]. (AC , Turma Suplementar, Rel. Des. Fed. Ricardo Teixeira do Valle Pereira, J , DE ) Com base nesse entendimento, o segurado que tiver mais de 120 contribuições terá direito à prorrogação do período de graça por mais 24 meses mesmo que venha a perder a qualidade de segurado, e em mais de uma

18 26 R...RSP Nº 54 Maio-Jun/2013 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA oportunidade. Por exemplo, se contribuiu ao RGPS de 01/1995 a 04/2006, deixou de pagar de 05/2006 a 07/2010, e voltou a contribuir de 08/2010 a 05/2011, terá novamente direito à prorrogação do 1º do art. 15 a partir de 06/ Desemprego ou afastamento das atividades Por fim, o 2º do art. 15 prevê que os prazos do inciso II ou do 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. A ressalva feita no item anterior vale novamente: há aplicação restrita deste dispositivo à base formada pela concessão feita pelo legislador ao segurado que cessa suas contribuições no inciso II do art. 15, eventualmente ampliada pelo 1º do mesmo dispositivo. O desemprego do segurado da previdência social, apesar de não gerar efeitos sobre a contagem do tempo de contribuição, produz reflexos sobre a manutenção da sua condição. Desse modo, a situação fática de desemprego permite que o período de graça seja ampliado por mais 12 meses, aumentando o prazo durante o qual o desempregado mantém sua qualidade de segurado do RGPS e, em consequência, de sua proteção pelas prestações e serviços da previdência social. Salienta-se que esse prazo de prorrogação do 2º não se confunde com o período de graça previsto no inciso II do art. 15 da Lei nº 8.213/1991, mas a ele é somado: (a) a primeira parte do inciso II fixa o período de graça de 12 meses para o segurado do RGPS que deixar de exercer atividade remunerada; (b) por sua vez, o 2º estabelece o acréscimo do prazo de 12 meses, para o segurado que permanecer desempregado após o término do período de graça, ou seja, prorroga a qualidade de segurado por 24 meses (que ainda pode ser adicionada de 12 meses, caso tenha mais de 120 contribuições, nos termos do 1º, analisado anteriormente). Consequentemente, o segurado pode manter sua qualidade durante 36 meses após a cessação das contribuições, caso esteja comprovadamente desempregado (enquadrando-se no inciso II e no 1º do art. 15), e já tiver recolhido mais de 120 contribuições sem perda dessa condição. Ainda, apesar de o dispositivo utilizar a expressão desemprego, há quem entenda não se aplicar somente aos segurados empregado e empregado doméstico (que têm seus vínculos formalizados na CTPS), ou ao

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