EMPREENDEDORISMO SOCIAL: CASO DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA. Relatório de Estágio

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "EMPREENDEDORISMO SOCIAL: CASO DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA. Relatório de Estágio"

Transcrição

1 EMPREENDEDORISMO SOCIAL: CASO DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA Relatório de Estágio Mestrado em Gestão e Estratégia Empresarial Orientador da dissertação: Prof. Doutor José Manuel Fonseca André Santos Lisboa, Janeiro de 2015

2 EMPREENDEDORISMO SOCIAL: CASO DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA Relatório de Estágio 2

3 Declaração de autoria O conteúdo deste relatório é da exclusiva responsabilidade do(a) autor(a). Mais declaro que não incluí neste trabalho material ou dados de outras fontes ou autores sem a sua correta referenciação. A este propósito declaro que li o guia do estudante sobre plágio e as implicações disciplinares que poderão advir do incumprimento das normas vigentes. Data Assinatura 3

4 Agradecimentos Este espaço é dedicado a todos os que contribuíram na realização deste trabalho, expresso os meus sinceros agradecimentos. Agradeço à Universidade Europeia, Laureate International Universities, por todo o apoio e disponibilidade que veio a demonstrar ao longo do meu percurso académico, e por conseguir realizar este projeto e ter criado condições para a sua realização. Agradeço a todos os professores que estiveram presentes ao longo dos anos, em especial ao Professor Doutor José Manuel Fonseca o facto de ter aceite orientar este trabalho e disponibilidade demonstrada ao longo da sua realização, e ao Professor Doutor César Ribeiro orientador do curso que esteve sempre disponível para ajudar e pelo incentivo dado à realização deste mestrado. Por último quero agradecer à minha família, amigos e namorada que estiveram sempre presentes e me apoiaram, em especial aos meus país que me incentivaram e ajudaram à concretização deste mestrado, à minha namorada que esteve sempre presente nos momentos maís difíceis e me deu todo o apoio, e quero deixar um agraciamento muito especial a uma pessoa que já não se encontra presente neste mundo o Sr. Vítor Manuel Da Silva Santos (tio e padrinho) que sempre foi um pai para mim e foi fonte de toda motivação e incentivo para conseguir terminar todo este percurso. A todos estes agradeço o apoio que me deram ao longo deste percurso. 4

5 Índice Geral Declaração de autoria... 3 Agradecimentos... 4 Índice Geral... 5 Índice dos gráficos... 7 Lista de Abreviaturas... 8 Resumo... 9 Abstract Introdução Enquadramento do problema Empreendedorismo Empreendedorismo Social Situação em Portugal Condições Estruturais do Empreendedorismo em Portugal Programas de Apoio Experiência do Estágio Introdução Apresentação do Programa Atividades realizadas

6 3.4 Estratégia Conclusão Bibliografia Anexos

7 Índice dos gráficos Gráfico 1 Taxa TEA por faixa etária Gráfico 2 Avaliação das Condições Estruturais do Empreendedorismo 7

8 Lista de Abreviaturas B BIS Banco de Inovação Social G GEM Global Entrepreneurship Monitor I IAPMEI Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação IEFP Instituto de Emprego e Formação Profissional IES Instituto de Empreendedorismo Social IVA Imposto de Valor Acrescentado M MTSS Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social P PME Pequenas e Médias Empresas R RSI Rendimento de Inserção Social T TEA Total Early-Stage Entrepreneurship Activity U UE União Europeia 8

9 Resumo O empreendedorismo está cada vez mais presente na economia e o seu impacto têm vindo a sentir-se nos países e na sociedade que se encontra. Na economia portuguesa o impacto do empreendedorismo pode ser mais notório, face à economia ter estagnado a solução para muitos economistas e analistas passa por uma economia dinâmica para superar as suas dificuldades e ultrapassar a crise que se instalou não só em Portugal como um pouco em todo o mundo. Ex-ministro da economia Álvaro Santos Pereira que em 2012 citou que A criação de emprego e de riqueza depende muito dos empreendedores e da sua capacidade de arriscar, inovar e de criar. Neste estudo feito, o empreendedorismo social é uma ferramenta essencial que pode atenuar o desemprego e a pobreza em Portugal. A Santa Casa realizou um programa com este prepósito, o programa concentrou-se num segmento de população mais necessitada com vista a obter empreendedores e autonomizar estes indivíduos, ao mesmo que construía bases para atenuar o desemprego e contribuía no crescimento da economia local da região da Amadora. São estes projetos que visam reestruturar a economia em Portugal, a mentalidade dos cidadãos está a tornar-se cada vez mais empreendedora, e resultado desse facto é na atualidade já existem escolas focadas para o empreendedorismo. Tendo como referência o estudo GEM, Portugal têm vindo a apresentar bons resultados face ao empreendedorismo, nos últimos anos a taxa TEA têm aumentado progressivamente e a principal faixa etária a contribuir para este facto situa-se entre os 24 e os 34 anos, o que demostra que o empreendedorismo está mais presente na vida dos jovens. Em Portugal o apoio ao empreendedorismo é insuficiente face ao estudo GEM e continua a ser um entrave a muitos empreendedores, o resultado em 2012 ficou muito aquém das expectativas passando de um cenário nulo (2011) para negativo. A forte aposta no empreendedorismo começou a ter efeitos na economia, a taxa de desemprego que vinha subindo desde 2008 até 2013 (16,2%), em 2014 teve uma queda acentuada para os 13,9%, ainda há muito a fazer neste aspeto mas os indicadores mostram que relativamente ao empreendedorismo Portugal está num bom caminho. 9

10 Palavras-Chave: Empreendedorismo; Empreendedorismo social; Empreendedor; Desemprego; Economia; Crise; Abstract Entrepreneurship is increasingly present in the economy and their impact is more felt in the country and society that is. This theme is having very importance in the Portuguese economy because its growth have stalled and the solution would be a dynamic economy to overcome its difficulties and pass the crisis installed in the EU and many other countries, and for many economists and analysts the solution could be the entrepreneurship. The social entrepreneurship is a tool to be used to alleviate unemployment and poverty in Portugal, the Santa Casa realize a program for this same purpose, the program focused on a more needy population segment with a view to entrepreneurs and help these individuals while participating in contributing to the fight against unemployment and helped in the growth of the local economy of the region. These are projects helped at restructuring the economy in Portugal, the mentality of citizens is becoming more entrepreneurial, and this prove is that today exists schools focused on the theme of entrepreneurship. With reference to the GEM study, Portugal have been showing good results in the entrepreneurship, in recent years the TEA rate has increased gradually and the group to more contribute to this fact is between 24 and 34 years, distribution gender male entrepreneurs amounts to about double the female, tending to decrease this discrepancy. In Portugal the sector most exploited by entrepreneurs, was the sector oriented for consumers, concerned the structural conditions of the country considered favorable access to physical infrastructure, especially in the quality of support the same view of the new industries and growth, opposite the social and cultural standards fall short of expectations being considered one of the main factors to prevent the entrepreneurship. Keywords: Entrepreneurship; Social Entrepreneurship; Entrepreneur; unemployment; Economy; Crisis; 10

11 1. Introdução No quadro do mestrado decidi apresentar como trabalho final o resultado de um estágio profissional realizado ao longo de três meses, em que fiz parte de uma equipa da Santa Casa da Misericórdia da Amadora que preparou um programa de empreendedorismo, um tipo de empreendedorismo especial, pois era restrito a um grupo de pessoas que estão inscritas no centro de emprego e ao mesmo tempo recebiam o rendimento social de inserção (RSI), o que despertou a minha curiosidade, visto que o meu curso pertence a uma área de gestão e economia e era um projeto pouco comum na sociedade em que vivemos. Este projeto foi-me apresentado pelo meu orientador de estágio com um plano muito objetivo e concreto, a apresentação que me foi feita deste projeto intrigou-me e aceitei este visto que era um pouco diferente dos outros e ao mesmo tempo ajudava pessoas carenciadas e contribuía para que a economia local tivesse um maior crescimento económico, outro dos aspetos que foi relevante foi a parceria com uma instituição financeira com relativa importância no mercado português. No fundo este projeto levantava a questão à iniciativa ao próprio emprego e focando-se num dos principais problemas que nos confrontamos na atualidade a elevada taxa de desemprego, sendo este programa uma ferramenta para o combate do mesmo, concentrando-se no grupo de pessoas mais desfavorecidas onde a única fonte de rendimentos que possuem é o RSI. 11

12 2. Enquadramento do problema Nos Tempos atuais, os padrões na economia global mudaram quando comparados aos últimos anos, estes têm sofridos muitas alterações devido a forças como a globalização, novas tecnologias, mudanças de comportamento dos consumidores, que hoje face à elevada concorrência a exigência é maior existindo maior competitividade entre as empresas, e às alterações políticas e económicas do país. Todos estes fatores levaram a que houvesse uma mudança a nível social e criaram espaço ao desenvolvimento do espirito empreendedor da população, o ministro da economia António Pires De Lima cita que Hoje Portugal experimenta uma época de empreendedorismo que representa uma energia nova na economia e sociedade. Muitos economistas procuram as respostas aos problemas impostos pela crise acentuada no globo e a grande parte das pessoas que procuram essas respostas concordam que a solução pode ser encontrada pelo fenómeno chamado empreendedorismo, vice-reitor da Universidade de Coimbra Pedro Saraiva cita que o empreendedorismo é um dos poucos antídotos de que Portugal dispõem para ultrapassar um período complicado de ausência de crescimento económico. As medidas impostas pela maioria dos países da zona euro aos cidadãos para combater este problema baseou-se no aumento de impostos, e por consequência o poder de compra diminui visto que os salários não sofreram alterações, o que destabilizou a economia e o seu crescimento. Estas medidas fizeram com que em Portugal e muitos outros países a economia passou a ficar estagnada, para um país sair da crise e conseguir ter um crescimento económico contínuo é preciso ter uma economia dinâmica. Em Portugal as PME significam 99,9 % do tecido empresarial e é um fato que muitas destas empresas fecharam portas com a recente crise, mas também houve oportunidade para muitos cidadãos mudarem e conseguiram entrar no mundo empresarial principalmente através políticas de motivação ao empreendedorismo. 12

13 Hoje o futuro está nas mãos dos empreendedores, nestes últimos anos têm sido criados vários fatores para ajudar os mesmo, o aparecimento em massa de várias incubadoras, aos apoios financeiros das instituições financeiras através do microcrédito, criação de oportunidade através das Instituições de solidariedade (programa apoio empreendedorismo Santa Casa da Misericórdia Lisboa), entre outros programas de apoio ao empreendedorismo vão servindo de facilitadores para o mesmo e a rápida implementação dos jovens que saem das universidades com grandes projeto mas com recursos limitados. 2.1 Empreendedorismo Origem da palavra O termo empreendedor tem origem na língua francesa ( entre-peneur ) e passou a ser utilizado no começo do século XVI aos homens que coordenavam operações militares, mas na realidade o ato de empreender existe desde a idade média que utilizavam os recursos disponíveis para grandes projetos mas nesta altura o risco não existia, só no século XVII é que Richard Cantillon (1755) deu uma noção à palavra empreendedorismo em 1755 o autor descreve o empreendedor como uma pessoa que adquire um determinado produto por um preço e de seguida vender a um preço incerto. Para Richard Cantillon (1755) e Jean Baptiste Say (1803) o empreendedorismo define pessoas que correm riscos porque investem nos seus empreendimentos através de capital Próprio. Joseph Alois Shumpeter Em 1883 nasceu Joseph Aloís Shumpeter um dos economistas mais importantes da primeira metade do séc. XX, De acordo com Shumpeter (1934), o empreendedorismo está associado à inovação afirmando que a essência do empreendedorismo está na perceção e aproveitamento das novas oportunidades no âmbito dos negócios; tem sempre que ver com a criação de uma nova forma de uso dos recursos nacionais, em que eles sejam deslocados do seu emprego tradicional e sujeitos a novas combinações. 13

14 Shumpeter deixou uma grande marca na história do empreendedorismo foi ele que revolucionou todos os conceitos e deixou uma definição de empreendedor que ainda hoje é utilizada, para Shumpeter O empreendedor é aquele que destrói a ordem económica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos materiais. Tipos de empreendedorismo De uma forma geral o empreendedorismo pode ser dividido em três tipos, o Empreendedorismo Start-up, Empreendedorismo Corporativo e o Empreendedorismo Social. O Empreendedorismo Star-up define-se pelo processo de criação de negócios que são inovadores e que nascem a partir de oportunidades identificadas, quando falamos deste tipo de empreendedorismo estamos a falar de criação de novas empresas para implementação e desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores. O segundo tipo de empreendedorismo é o chamado Empreendedorismo Corporativo ou Intraempreendedorismo, este resume-se ao empreendedorismo dentro da organização ao qual o individuo empreende dentro da própria empresa onde trabalha, mas ao qual não é o dono. Este não se limita a executar tarefas e está sempre à procura de novas oportunidades que visam a melhoria da qualidade da empresa onde este trabalha. O empreendedorismo social é o terceiro tipo de empreendedorismo, e este com grande impacto nas sociedades onde este tipo de empreendedorismo é praticado, como iremos ver mais à frente. Para Bornstein (2014) empreendedorismo social é a construção, avaliação e busca de oportunidade para a mudança social transformadora realizada pelo visionário, indivíduos dedicados apaixonadamente. (Livro Gestão e Estratégia Empresarial Desafios da Globalização, Capítulo 3 Empreendedorismo por Miguel Nuno Portugal.) 14

15 Motivações de empreendedorismo Ângelo (2003) dividiu os empreendedores através da motivação existente em adquirir um negócio, desta forma o autor classificou o empreendedorismo por necessidade e por oportunidade no entanto ainda podemos encontrar outro tipo de motivação ao empreendedorismo. O empreendedorismo por necessidade resulta da ausência de outras oportunidades de obtenção de rendimentos, o que leva os indivíduos a serem forçados a criar alternativas ao trabalho dependente e que uma dessas alternativas pode passar pelo empreendedorismo e a criação do seu próprio negócio. Este tipo de empreendedorismo tem vindo a aumentar em Portugal devido ao desemprego, sobretudo o desemprego de longa duração onde percentagem de desempregados em Portugal é maior do que o desemprego de curta duração, este facto tempo de espera para os cidadãos faz com que muitos destes desistem de procurar e encontrem melhores soluções para a sua vida futura. Outro tipo de motivação ao empreendedorismo que podemos detetar é o empreendedorismo por oportunidade em que são os empreendedores que optam por iniciar um novo negócio, mesmo que existam melhores opções de trabalho, normalmente este empreendedorismo está associado a empreendedores com nível de qualificação elevado, com projetos definidos e tendem como objetivos o aumento dos seus rendimentos, autonomia e realização pessoal. Analisando os dois tipos de motivações, o empreendedorismo de necessidade está mais sensível a situação económica do país, o exemplo em Portugal em que com a degradação económica, tem vindo a aumentar este tipo de empreendedorismo face a menor sensibilidade da população e por outro lado o empreendedorismo por oportunidade tem maiores hipóteses de sucesso e tem um maior impacto económico. Além destes dois tipos de motivação ao empreendedorismo ainda pode existir uma terceira motivação, designado 15

16 empreendedorismo por vocação este empreendedorismo não é dada tanta importância quanto os outros mas tende também ter alguma importância no futuro face aos outros tipos motivações de empreendedorismo, esta motivação centra-se na aptidão que um indivíduo tem para um determinado tipo de negócio, normalmente este empreendedorismo está associado a jovens que entram na universidade já com ideia do que pretendem fazer e vão em busca de conhecimento e da experiência para explorar a sua vocação para determinado tipo de negócio. Vantagens do empreendedorismo Com a palavra empreendedorismo vêm associadas as suas vantagens tanto a nível do empreendedor, como para a sociedade, a economia e principalmente o estado. Para o empreendedor a vantagem mais significativa é a possibilidade de um ganho financeiro bastante mais significativo, poder ter uma maior qualidade de vida e acima de tudo a realização pessoal. Com a recente crise em que nos deparamos, com taxas de desemprego muito altas e a dificuldade em arranjar emprego é cada vez mais um problema na sociedade, esta situação fez com que desencadeasse o fenómeno do empreendedorismo principalmente o empreendedorismo por necessidade, por outro lado a grande parte deste empreendedorismo está a gerar novos postos de trabalho, com esta situação não é apenas uma vantagem para a individuo em si como também para o Estado, pois este fica livre de pagar o sustento ao individuo como o próprio além do rendimento que recebe para se auto sustentar ainda faz os descontos do seu rendimento o que faz com o que o Estado em vez de pagar ainda recebe, sendo uma vantagem para todas as partes. Se olharmos para o outro lado do empreendedorismo em que toda a atividade económica do país tem compras e vendas e que deste processo existe 23% (relativos ao IVA) de todo o dinheiro que entra e sai que vai diretamente para as contas do estado português, e o mesmo é um dos maiores beneficiários do fenómeno empreendedorismo. Tudo se resume à economia e sendo esta quem sofre maiores efeitos, no fim de tudo o empreendedorismo resume-se à criação de novas empresas através de ideias e projetos 16

17 inovadores e quando estes surgem no mercado a economia tende para um cenário mais positivo para o país, pois a aparição destas novas empresas faz com que exista maior competitividade entre as empresas pois a palavra inovação cada vez mais surge no dia-adia das empresas e o investimento principal das empresas hoje esteja focado no departamento de Investigação e Desenvolvimento, além desta competitividade surge a parte dos consumidores que estão cada vez mais exigentes face ao grande poder de escolha que existe na atualidade, assim força as empresas a ter um nível de exigência cada vez maior entre elas, sejam as empresas que optam por uma política de preço e que que cada vez mais tendem reduzir os preços e a parte da qualidade não é a peça relevante ou as empresas que optam por uma politica de qualidade em que os preços não são tão relevantes mas o problema de hoje para as empresas tende a ser as novas empresas que com a mesma qualidade conseguem obter melhores preços o que obriga às mesmas que estão no mercado a reinventarem-se, no fim o sucesso está ligado à palavra inovação e cada vez mais e as empresas precisam de se adaptar cada vez mais depressa, Filion (1999). Características pessoais do empreendedor 1. Necessidade de sucesso O sucesso do empreendedor está interligado com o seu desejo de realização pessoal, mas o excesso dessa necessidade pode levar o individuo a maior necessidade de poder. A vontade de sucesso é uma característica principal do empreendedor pois é a partir da mesma que se percebe o sucesso pessoal do empreendedor. (McClelland 1987) 2. Necessidade de autonomia / independência. Segundo Uriarte (1999) o empreendedor procura atingir um certo nível de independência para no futura encarar as adversidades que vão ocorrendo na sua vida seja a nível pessoal ou profissional. Nesta segunda característica existe um paradoxo em todo o percurso do empreendedor, pois o empreendedor é um individuo com vontade de se sentir livre para poder se confrontar com as dificuldades que vão aparecendo ao longo do percurso como as 17

18 oportunidades e ameaças que ocorrem permanentemente, por outro lado, quando o processo final do empreendimento ocorre, a liberdade do empreendedor é substituída pelo trabalho que o mesmo é submetido ao longo do seu percurso. 3. Criatividade Para Uriarte (1999), a criatividade pode ser a solução para resolver determinado problema inesperado. A criatividade é uma das características mais visíveis no empreendedor, pois é dela que podem surgir novas oportunidade para empreender. Esta é a característica que pode originar a ideia de negócio para o empreendedor, tudo o negócio antes de começar tem de ser pensado e gerado uma ideia, que através da criatividade do empreendedor vai proporcionar que o seu empreendimento tenho sucesso ou não, é preciso que numa fase inicial a criatividade do empreendedor venho ao de cima fazendo com que a ideia do seu negócio seja criativa e diferente das outras. Não é apenas utilizado a criatividade numa fase inicial do empreendimento como também no seu decorrer de vida, pois ao longo do tempo o empreendedor vai enfrentar problemas e contrariedades que poderão ser ultrapassadas de maneira mais eficaz. 4. Calculista Segundo Caird (1988), o empreendedor opta por situações de risco moderado, de modo a conseguir controla-los e prever os seus acontecimentos. Para o empreendedor todo o negócio antes de começar tem de ser calculado os riscos possíveis que o empreendedor consiga antecipar a sua breve solução, o empreendedor é muito calculista tentando sempre prever todos os problemas que irão surgir e todos os desafios ao longo dos seus projetos mas sempre de forma controlada. 5. Impulso e determinação Uriarte (1999) defendia como já acima transcrito Caird (1988) disse que o empreendedor não corria grandes riscos pois os riscos que assumia eram de risco moderado, ao mesmo tempo Uriarte defendia que o empreendedor criava situações favoráveis e alternativas a problemas mesmo antes de terem acontecido. 18

19 O empreendedor é aquele que não depende de outros, gosta de controlar tudo o que está a sua volta, não gosta de ambiente incerto, mas ao mesmo tempo têm necessidade de correr certos riscos para atingir o sucesso, o empreendedor vive de conquistas e do seu sucesso. Ao longo do seu negócio o empreendedor vai se deparar com situações adversas e irá ser preciso um empreendedor impulsivo de forma a alterar rapidamente a sua estratégia de forma a ultrapassar as dificuldades, sempre que surgirem, e assumir total responsabilidade pelas suas conquistas. 2.2 Empreendedorismo Social O empreendedorismo social visa maximizar o capital social de forma a realizar outras iniciativas, programas e ações que envolvam o mesmo objetivo, e que permitam à sociedade, região ou mesmo o país a desenvolver se de maneira sustentável e contínua Bornstein (2004), segundo o diretor executivo do IES Um empreendedor social pode criar lucro mas antes de o ter têm, na sua génese vontade de dar uma resposta a um problema social. O empreendedorismo social surge como solução inovadora para os problemas mais comuns existentes na sociedade. Ao contrário do empreendedorismo clássico que tem como objetivo o lucro para o empreendedor, o empreendedorismo social procura encontrar soluções sustentáveis para melhorar as condições na sociedade, mas ambos têm um objetivo comum a criação de valor. O empreendedorismo social cada vez mais tem um maior impacto em Portugal, e a prova disso é a criação da primeira escola de negócios criada na inovação e empreendedorismo em Portugal, este projeto foi lançado pelo instituto de empreendedorismo social (IES), além deste instituto continuam a serem criados outros institutos e fundações neste âmbito do empreendedorismo social. Não só em Portugal que o empreendedorismo social está assente mas em todo o mundo, principalmente nos países mais pobres, mesmo com a crise os cidadão dos países desenvolvidos tem maior facilidade em conseguir recursos principalmente monetários ao contrário, por exemplo, os países africanos em que a pobreza é extrema e a dificuldade em conseguir recursos é maior. E para este efeito hoje 19

20 existe uma organização com o nome de ZIVA (origem na palavra swahili que quer dizer "acordo" ou "unidade") que consiste na concessão de crédito em pequenas quantidades através da Internet com o objetivo de ajudar à criação de pequenos negócios ou financiar negócios já existentes dos países do Terceiro Mundo (Parte do continente Africano, Sul da América e alguns países do sul da Ásia), esta instituição não lucrativa é financiada com doações e parcerias de grandes empresas como a Google e Youtube e outras instituições, sendo esta organização intermediária na concessão de crédito, as pessoas que concedem o crédito não têm qualquer lucro mas ajudam no intuito de criar valor a esta população e ajudar a que estes países saem da pobreza, este projeto já tem vários casos de sucesso e é um exemplo a nível mundial de empreendedorismo social. A Santa Casa Da Misericórdia da Amadora também adaptou este tipo de empreendedorismo social, que visa a adaptação das pessoas no mercado de trabalho e sua independência, bem como ajuda no crescimento da economia local da Amadora, a Santa Casa não procura obter lucro sobre este tipo de programas socias em que se envolve, em vez disso cria condições a que muitos cidadãos tenham um futuro melhor. 2.3 Situação em Portugal O projeto GEM têm como base o estudo do empreendedorismo a nível mundial e é considerado o maior estudo independente sobre este tema. É com base neste programa que vou apresentar todas as estatísticas relativas ao tema empreendedorismo, seja de Portugal ou mesmo dos países associados a estes projetos. Este programa é uma avaliação anual de toda a atividade empreendedora e dos fatores que rodeiam este tema, ao mesmo tempo conseguimos comparar vários anos e verificar o crescimento ou decréscimo da situação empreendedora nos respetivos países. Em 2012 o projeto contava com sessenta e nove países, incluindo Portugal que conta com seis participações neste estudo que já existe desde Neste projeto o empreendedorismo é citado como qualquer tentativa de criação de um novo negócio ou nova iniciativa, tal como o emprego próprio, uma nova organização empresarial ou a expansão de um negócio existente, por parte de um individuo, de uma 20

21 equipa de indivíduos, ou de negócios estabelecidos. O principal indicador utilizado neste programa é TEA (Taxa de Atividade Empreendedora) e participam adultos com idades compreendidas entre os 18 e 64 anos e que estejam envolvidos em negócios já existentes ou em novos negócios. Enquadramento Nos últimos anos, o empreendedorismo ganhou alguma importância em Portugal. As últimas estatísticas internacionais mostram que Portugal têm tido um desempenho positivo, o empreendedorismo pode ser considerado um fator decisivo para o crescimento, competitividade e emprego, indicadores que são essenciais para o desenvolvimento do país. Em 2012, Portugal registou uma TEA de 7,7%, ou seja, por cada 100 indivíduos em idade adulta existem 7 a 8 empreendedores, um aumento relativamente ao ano de 2011 de 0,2% apesar de a diferença não ser muita, a tendência é para continuar este crescimento, e é visível esse crescimento em 2013, segundo o GEM a TEA teve um aumento de 0,5%, ou seja, a TEA em Portugal foi de 8,2% em Se recuarmos até 2010 em que por cada 100 indivíduos Portugal tinha 4 a 5 empreendedores constatamos que na atualidade quase duplicamos a taxa para cerca de 8 empreendedores a cada 100 indivíduos. Referente ao ano 2012 Portugal registou uma taxa de 9,2% correspondente ao sexo masculino e o sexo feminino apresentou uma taxa mais baixa de 6,1%, relativamente ao ano 2011 houve uma descida na diferença entre os sexos, ou seja, o rácio de empreendedor / empreendedora em 2011 registava 2,23% o que nos diz que havia mais de o dobro de empreendedores que empreendedoras, no ano 2012 essa taxa diminui para 1,53%. Podemos constatar o mesmo cenário em relação à taxa de desemprego face aos sexos em 2011, o sexo feminino apresentava uma taxa de 13% e o sexo masculino de 12.3%, face ao ano seguinte as diferenças entre ambos eram praticamente nulas apenas com uma diferença de 0.1%, mas agora com um cenário oposto em que existe mais homens desempregados do que mulheres. Em relação à faixa etária a maior fatia desta pertence 21

22 ao grupo dos 25 e 30 anos em que para essa faixa etária a TEA é de 10,6%, o que em ralação aos outros esta faixa etária tem maior preponderância. Antes de fazer qualquer comparação é preciso ter em atenção estes três grupos, em primeiro lugar temos o empreendedorismo orientado por fatores de produção em que neste grupo enquadramos a África Subsariana e alguns países do norte de África e Médio oriente, países com altas taxas de pobreza e ainda longe dos países desenvolvidos, o outro grupo é um empreendedorismo orientado para a eficiência em que a grande parte deste grupo são economias emergentes como Brasil, China e Rússia que ainda não são considerados países desenvolvidos, no último grupo onde se inclui Portugal, a maior parte destes países são desenvolvidos onde aparece Estados Unidos, Japão e a maior parte da zona Euro em que o empreendedorismo é virado para a inovação, e a grande parte destes países apostam forte em atividades de Investigação e Desenvolvimento, como já referi o terceiro sector é o que tem mais ênfase, este sector é capaz de responder às necessidades de uma população em crescimento, face às exigências criadas numa sociedade muito exigente com elevado rendimento (Programa GEM 2012). Nos 67 países analisados no projeto GEM, em Portugal a taxa de TEA é a 45ª mais elevada e comparando entre os grupos orientados para a inovação onde Portugal se inclui, a TEA é a 9ª mais alta ficando à frente de grandes países como Espanha (5.2%), França (5,2%) e a grande potencia mundial Alemanha (5,0%), no top deste ranking temos os Estados Unidos em primeiro. Fora deste grupo encontramos a Zâmbia com a taxa mais elevada dos países analisados com uma taxa de 41,5%. 22

23 Figura 1 - Taxa TEA por faixa etária Fonte: GEM 2012 Estudo sobre o empreendedorismo, pág.20. A nível global o tipo de economia orientada por fatores de produção é a que tem a média mais elevada, isto porque na maioria dos países existe um défice de trabalho dependente e obriga a população a encontrar outras soluções como o empreendedorismo, neste tipo de economia o empreendedorismo de necessidade assuma maior relevância em oposição ao empreendedorismo por oportunidade, que por regra é mais relevante em estados de desenvolvimento mais avançado. Mas nos últimos anos as condições mudaram devido sobretudo ao aparecimento da crise, e com isso veio o aumento do desemprego (2008 com uma taxa de 7,6% e em 2013 com 16,2%) o que levou a inverter um pouco a tendência do empreendedorismo por oportunidade e aumentado o empreendedorismo por necessidade, o facto de a taxa de desemprego ter disparado nos últimos anos em Portugal originou a que houvesse uma maior necessidade das pessoas desempregadas arranjarem meios para se sustentarem e com isso o empreendedorismo começou a ter maior importância. Se virmos o gráfico 1, constatamos que nos três tipos de economia a faixa etária dos 25 aos 34 anos é a que apresenta as maiores taxas, mas se nos focarmos em Portugal podemos reparar que houve alterações face à importância desta faixa etária, em 2011 a TEA para o segmento dos 25 aos 34 anos era de 10, 9% e face ao aumento da TEA em termos gerais em Portugal era expectante que o mesmo acontecesse nesta faixa etária, mas foi o 23

24 contrário pois este segmento teve uma queda, mas isto deve se ao facto de o empreendedorismo por necessidade ter começado a ter maior relevância, em Portugal as empresas procuram jovens qualificados e esquecem se de um grupo de população que indicam não ter tanta margem de progressão e por consequência a faixa etária dos 35 aos 44 e dos 45 aos 54 anos aumentaram porque ao verem que não conseguem arranjar emprego surge a necessidade de se tornarem donos de si próprios e procurarem novas soluções visto que arranjar emprego se torna complicado, o mesmo acontece com a faixa etária dos 18 ao 24 anos que cansados de esperar por uma oportunidade de emprego optam por empreender, é certo que existe uma percentagem desta faixa que já tens projetos definidos para seguir outros caminhos que passam pelo empreendedorismo mas a maior percentagem recai sobre aqueles a quem não é dada uma oportunidade (Programa GEM 2012). 2.4 Condições Estruturais do Empreendedorismo em Portugal No âmbito do projeto GEM em 2012 Portugal foi analisado num conjunto de condições que têm impacto na atividade empreendedora do país, nas quais encontramos: Apoio Financeiro Políticas governamentais Programas Governamentais Educação e Formação Transferência de Investigação e Desenvolvimento Infraestrutura Comercial e Profissional Abertura do Mercado / Barreiras à entrada Acesso a Infraestruturas Físicas Normas Sociais e Culturais Olhando para o gráfico 2 Constatamos que entre 2011 e 2012 Portugal teve um desempenho muito abaixo das expectativas, baixando praticamente em todos os indicadores, à exceção das Normas Sociais e culturais em que a opinião foi mais favorável e no acesso às infraestruturas físicas em que mantivemos a mesma avaliação, assim sendo 24

25 apesar do crescimento empreendedorismo registado em Portugal as condições para o mesmo diminuíram. Figura 2 - Avaliação das Condições Estruturais do Empreendedorismo Fonte: GEM 2012 Estudo sobre o empreendedorismo, pág. 33. Apoio Financeiro Os empreendedores têm apoio financeiro necessário para empreenderem em Portugal? Em relação em 2011 a avaliação feita a Portugal em 2012 piorou, se em 2011 o cenário em Portugal ainda não era de positiva em 2012 passou mesmo para insuficiente. O apoio financeiro ao empreendedorismo em Portugal é considerado insuficiente, apesar de este cenário não ser o melhor Portugal o da União Europeia não foge à regra e está com um 25

26 cenário idêntico ao do nosso país. Não só em Portugal como em toda a União Europeia as empresas e particulares tem cada vez mais dificuldade em aceder a apoio financeiro. (Fonte: GEM 2012 Estudo sobre o empreendedorismo, pág. 33) Políticas Governamentais Neste parâmetro Portugal têm a pior avaliação de todos os nove fatores, em 2011 Portugal apesar de ter uma avaliação negativa ainda se aproximava do grupo da União Europeia em 2012 o cenário é bastante negativo nem os países das outras economias se aproximam destes resultados, o que demonstra que o Estado Português ainda tem muito trabalho para fazer e se o objetivo é que o empreendedorismo venha a crescer é preciso implementar medidas para o mesmo. Aqui importa realçar a falta de apoio às novas empresas e empresários, políticas públicas, carga burocrática e sobretudo a carga fiscal que em vez de diminuir cada vez mais aumenta e torna se um entrave a estas novas empresas de hoje (Fonte: GEM 2012 Estudo sobre o empreendedorismo, pág. 34) Programas Governamentais Novamente Portugal apresenta uma descida nesta avaliação apesar de não se ter distanciado face a 2011 e tem uma avaliação idêntica à União Europeia, o estudo considera que os programas governamentais não são suficientes nem insuficientes ao apoio da atividade empreendedora. Neste aspeto destaca se os parques de ciência e tecnologia e incubadoras de empresas que em Portugal se têm registado um grande crescimento destas incubadoras, no entanto estes programas são um pouco criticados face à sua eficiência em prestar assistência a quem procura. (Fonte: GEM 2012 Estudo sobre o empreendedorismo, pág. 34) Educação e Formação A avaliação feita foi idêntica a 2011 tendo uma ligeira queda, contudo Portugal está próximo da avaliação feita à União Europeia sendo que estes ainda estão no cenário mais negativo desta avaliação. Na opinião dos especialistas os níveis básicos e secundários do país são bastante desfavoráveis face à capacidade de promover atividade empreendedora, mas face ao ensino superior é a opinião é bastante positiva principalmente na formação 26

27 superior de gestão e negócios. (Fonte: GEM 2012 Estudo sobre o empreendedorismo, pág. 34 e 35) Transferência de Investigação e Desenvolvimento Neste parâmetro à semelhança da Educação e Formação em Portugal desceu ligeiramente mas consegue se manter próximo do grupo da União Europeia, mas tanto Portugal e a União Europeia encontrão se num cenário negativo. Aqui importa realçar a facilidade de acesso ás novas empresas à tecnologia e subsídios governamentais à investigação e desenvolvimento em que a opinião dos avalistas não é tão negativa do que os preços das novas tecnologias e a dificuldade das áreas cientificas e tecnológicas do país em apoiar a criação de novos negócios no ramo da tecnologia ao nível mundial. (Fonte: GEM 2012 Estudo sobre o empreendedorismo, pág. 35) Infraestrutura comercial e financeira A opinião dos avaliadores é mais positiva do que as anteriores neste caso a opinião fica no meio-termo nem é suficiente nem insuficiente, tendo uma ligeira queda face ao ano de 2011, no entanto mantem se próximo das economias orientadas para a inovação e encontra se ao mesmo nível das economias viradas para os fatores de produção e eficiência. Na opinião dos avalistas a disponibilidade dos serviços de consultoria, contabilidade assessoria jurídica e finanças são considerados pontos fortes, mas o seu custo não é visto de maneira positiva. (Fonte: GEM 2012 Estudo sobre o empreendedorismo, pág. 35) Abertura de mercado/ barreiras à entrada No que diz respeito à abertura de mercado / barreiras à entrada Portugal não se afastou muito da opinião retida em 2011, continuando num cenário parcialmente insatisfeito, já a União Europeia está com uma avaliação mais positiva e consegue estar numa posição nula, o aspeto menos negativo que foi detetado em Portugal foi a facilidade de entrada do mercado das novas empresas sem que estas sejam atropeladas por outras existentes e 27

28 grandes empresas, o aspeto mais negativo desta avaliação deve se ao custo de entrada das novas empresas. (Fonte: GEM 2012 Estudo sobre o empreendedorismo, pág. 35 e 36) Acesso a infraestruturas físicas Portugal este aspeto consegue ter a melhor avaliação face aos restantes grupos a opinião é bastante positiva e de todas as nove condições avaliadas é a única em que Portugal consegue ter uma melhor avaliação face a União Europeia e manteve esta avaliação igual ao ano de As opiniões feitas sobre as infraestruturas serviços e utilidades foram bastantes coerentes da forma positiva que avaliaram, no revés o preço das mesmas foi um aspeto menos positivo, ao longo destas avaliações reparamos que o preço é um constante entrave ao empreendedorismo. (Fonte: GEM 2012 Estudo sobre o empreendedorismo, pág. 36) Normas Sociais e Culturais Este foi o único aspeto em que Portugal melhorou relativamente ao ano 2011, contudo Portugal ainda apresenta uma avaliação negativa e ainda distante da União Europeia. Pela primeira vez no estudo GEM Portugal as normas sociais e culturais não são o principal entrave ao empreendedorismo, assumindo agora esse papel as políticas governamentais. Mesmo com uma avaliação melhor à de 2011, a opinião dos avalistas é que o estímulo que a cultura nacional fornece à tomada de risco ao empreendedorismo é negativa, pois a sociedade portuguesa sempre foi uma sociedade com uma cultura um pouco conservadora e com medo de arriscar, ainda hoje os portugueses têm receio em arriscar e tudo o que envolva a palavra risco os mesmos tendem em recuar, mas a nova geração não tem tanto essa mentalidade e a tendência á para haver maior tolerância ao risco. Por outro lado a criatividade e a inovação dos portugueses é visto de um modo mais positivo. (Fonte: GEM 2012 Estudo sobre o empreendedorismo, pág. 36) 28

29 2.5 Programas de Apoio Hoje existem variadíssimos programas de instituições locais para o apoio aos desempregados, nomeadamente programas relacionados com o empreendedorismo, se referimos capital onde existe a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa que criou em 2013 um novo Banco de Inovação Social (BIS), com um total de 32 parceiros com o objetivo de apoiar 30 projetos, tendo em vista criação de novas respostas para o problema do desemprego, seja através do apoio a projetos capazes de gerar emprego ou no apoio a projetos de empreendedorismo social. Além destas instituições, o IEFP com a ajuda do MTSS (Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social) criou um programa com o objetivo de apoiar projetos de criação de novas empresas que tenham como base a criação de novos empregos e que a mesmo contribuem para o crescimento e desenvolvimento da economia local.este programa tem como principais destinatários os jovens que ainda procuram o primeiro emprego, que a sua idade não exceda os 35 anos e têm que ter pelo menos o ensino secundário e que nunca tenham tido um emprego por conta própria ou de outrem. Este programa além da linha de crédito disponibilizada com garantia e bonificação de taxa de juro, ainda oferece apoio técnico no desenvolvimento do projeto e acompanhamento do mesmo. Importa também referir o programa FINICIA criado pelo IAPMEI (apoio ás pequenas e medias empresas e á inovação) que facilita o financiamento de crédito a novas empresas, este financiamento é assegurado pelo Estado, através do IAPMEI, e este partilha o risco com sociedades de capital de risco, instituições bancárias entre outas. É importante realçar os apoios disponibilizados pelo Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação, I.P. (IAPMEI) que através do programa FINICIA facilita o acesso a soluções de financiamento na criação de empresas. Segundo o IAPMEI são abarcados projetos empresariais diferenciadores, próximos do mercado ou com potencial de valorização económica. Este financiamento é garantido, pelo Estado, através do IAPMEI, que partilha o risco com as sociedades de capital de risco, instituições bancárias, sociedades de garantia mútua e Business Angels. 29

30 Ainda a referir o programa Nacional de microcrédito SOU MAIS que facilita no aceso ao crédito com destino a apoiar projetos com investimento e financiamento num limite máximo de 20 mil euros, um dos requisitos é ter pelo menos 18 anos e sem incidentes na banca, além destes requisitos o programa tem como destinatários pessoas com dificuldade à entrada no mercado de trabalho, e além de estes apresentarem uma ideia viável precisam de um projeto de suporte que sustente esse negócio e que tenha uma prospeção viável no futuro. Os outros destinatários são micro entidades e as cooperativas até 10 trabalhadores que apresentam ideias para a criação de novos postos de trabalho e que contribuíam para o desenvolvimento da economia local. Além destes programas apresentados ainda existem mais programas a nível nacional e não só apoiado pelo estado como outras instituições, hoje a maioria de instituições financeiras tem programas específicos envolvendo o microcrédito e parcerias com outras instituições. 3. Experiência do Estágio 3.1 Introdução No âmbito de uma oportunidade de trabalho voluntário surgiu-me a oportunidade de participar num estágio realizado durante 3 meses na Santa Casa da Misericórdia da Amadora, mais concretamente num programa relacionado com a minha área de formação, o programa estava relacionado com o tema empreendedorismo e no segmento de população mais carenciada. 3.2 Apresentação do Programa O programa chama-se micro empreendedorismo e centra-se na integração de Beneficiários de RSI em contexto de trabalho por conta de outrem, ampliando as trajetórias de autonomização face à medida, nomeadamente através da criação do próprio negócio. O diagnóstico social da população alvo e da conjuntura macroeconómica, traduzidos, há um tempo, na identificação de competências de empreendedorismo, resiliência e capacidade crítica, e a outro, nos elevados índices de desemprego e 30

31 fragilidade socioeconómica, consubstanciam a importância deste Programa, assente em três eixos estratégicos: Diagnóstico: identificação, através de entrevistas individuais e grupais, de beneficiários com competências de empreendedorismo e/ou com Projeto de criação do próprio negócio; Capacitação: Maximização de competências de empreendedorismo (comunicação, resiliência, gestão de tempo e tarefa, gestão financeira, capacidade crítica, diagnóstico, planeamento), através de processos formativos em ambiente de Mentorização. Implementação: A Implementação do Programa consubstanciar-se-á nas vertentes da gestão de Comunidades Autofinanciadas e na criação do próprio negócio. Tendo como principal objetivo a criação do próprio negócio através da articulação com Instituição Bancária Parceria com âmbito de negócio de Microcrédito, para avaliação. 3.3 Atividades realizadas O que me foi proposto fazer ao longo destes três meses teve principalmente como base a preparação de um programa de empreendedorismo, mas ao longo do estágio também tive atividades referentes ao marketing, como apresentação de outras programas de inserção social, criação de flyers com o mesmo fim e o respetivo plano de ação do programa do micro empreendedorismo, no entanto como o tempo do estágio foi curto, o meu contributo para este programa baseou-se no plano de ação do mesmo. 3.4 Estratégia Ao longo desta tese entrei em contacto com o responsável deste projeto com o objetivo de identificar os resultados obtidos, no entanto a resposta que me foi dada é que o projeto não chegou a arrancar devido à incapacidade de alocar Recursos Humanos face a este projeto. 31

32 Face aos resultados apresentados do programa anterior, o resultado tinha como expectativas que o programa fosse iniciado e os objetivos tivessem sido cumpridos, apesar de ter entrado na parte inicial do programa, este projeto estava muito bem planeado e com objetivos concretos e capazes de realizar, a única falha que este projeto apresentou foi a falta de planeamento face aos seus recursos humanos para dar continuidade ao projeto. Ao contrário de muitos programas que estas instituições tem vindo a desenvolver com base na procura de emprego, o programa de micro empreendedorismo ia muito mais além do que isso, fazia com que estas pessoas se tornam-se independentes e capazes de se governarem sozinhas, como a maior parte destes pequenos negócios se traduzia a serviços ao público (em 2011 com a ajuda deste programa foi aberta uma pequena oficina) e com isso não só gerava emprego para si como ajudava outras pessoas a conseguirem o seu emprego. Na minha opinião este programa têm limitações que fazem com que os objetivos propostos não passem de abertura de duas ou três negócios, pois este programa limita-se às pessoas que recebem RSI (Rendimento social de inserção), o que exclui muitos desempregados da zona da Amadora e não só. Os objetivos deste e de todos os programas dependem de recursos que são disponibilizados e a maior parte destas instituições depende do apoio do Estado o que se torna necessário uma maior intervenção. Como estratégia, este programa podia incluir todos os desempregados do concelho de Amadora, com esta medida haveria mais pessoas a expor a sua ideia de negócio que antes não tiveram a mesma oportunidade, e ao mesmo tempo era necessário obter mais meios principalmente mais pessoas a servir de elo de ligação entre Santa Casa e instituição financeira, pois antes de qualquer ideia ser apresentada à instituição financeira em causa é preciso um plano de negócios e ao mesmo tempo ter alguém que consiga levantar questões sobre a viabilidade do negócio, para que quando o projeto chegasse a instituição financeira não fosse apenas mais uma ideia de muitas, o que facilitaria o processo à instituição financeira que neste caso é o Millennium BCP, consequentemente surge mais um entrave ao programa pois a estratégia deste programa podia ir mais além do que uma instituição financeira. 32

33 Estes elos de ligação entre ambas instituições poderiam ser indivíduos em nome individual com experiência nesta área e parcerias com incubadoras que são hoje um instrumento muito importante para as pessoas com pouca experiência nesta área. A coordenação entre as Santas Casas De Misericórdia podia ser outro tema a abordar neste programa, em vez de o programa se focar apenas na região da Amadora este podia se expandir a todas as Santas Casas de Portugal Continental, relacionando uma boa gestão, boa articulação entre elas e uma rede de troca de informação, iria colocar este programa num nível superior, vejamos o exemplo de duas pessoas que tenham a mesma ideia mas que estas sejam de concelhos diferentes, este negócio sendo viável podia se juntar num só, em vez de uma só ideia ir para adiante ou ambas se tornarem concorrentes. Ao analisar este exemplo levantamos possíveis ideias de negócios que não são viáveis em determinadas regiões do país, e havendo articulação entre as Santas Casas poderia estas ideias não viáveis se tornarem ideias viáveis noutras regiões do país. Principalmente há que reter o seguinte, para este programa e as ideias apresentadas se resumam ao sucesso é indispensável os apoios para o sustento destes negócios, principalmente na fase inicial dos mesmos, sabendo que a maior parte destes negócios são serviços ao público é esperavel que sejam criados mais postos de trabalho para além da pessoa que teve a ideia, aqui a possibilidade de o Estado ajudar a incentivar e apoiar a contratação de pessoas que estejam no centro de emprego, sendo este facilitador para estas novas empresas como por exemplo a participação em parte do pagamento de ordenados ou libertando a carga fiscal às novas empresas, é preciso criar fatores impulsionadores para que estas empresas consigam ultrapassar as dificuldades iniciais, visto que a fase inicial é crucial em todos os negócios. Todas as ideias propostas que referi são de difícil implementação principalmente devido a questões monetárias e visto que o orçamento de Estado têm levado grandes cortes, nos apoios também é importante o apoio de empresários e empresas locais para que este programa tenha uma dimensão muito maior para o propósito criado. 33

Empreendedorismo De uma Boa Ideia a um Bom Negócio

Empreendedorismo De uma Boa Ideia a um Bom Negócio Empreendedorismo De uma Boa Ideia a um Bom Negócio 1. V Semana Internacional A Semana Internacional é o evento mais carismático e que tem maior visibilidade externa organizado pela AIESEC Porto FEP, sendo

Leia mais

Passaporte para o Empreendedorismo

Passaporte para o Empreendedorismo Passaporte para o Empreendedorismo Enquadramento O Passaporte para o Empreendedorismo, em consonância com o «Impulso Jovem», visa através de um conjunto de medidas específicas articuladas entre si, apoiar

Leia mais

I N C E N T I V O S A O E M P R E E N D E D O R I S M O Page 1. Incentivos ao EMPREENDEDORISMO

I N C E N T I V O S A O E M P R E E N D E D O R I S M O Page 1. Incentivos ao EMPREENDEDORISMO I N C E N T I V O S A O E M P R E E N D E D O R I S M O Page 1 Incentivos ao EMPREENDEDORISMO Abril 2015 I N C E N T I V O S A O E M P R E E N D E D O R I S M O Pag. 2 ÍNDICE 1. Enquadramento... 3 2. Criação

Leia mais

Plano e Orçamento para 2015. Políticas de Promoção de Emprego e Empregabilidade

Plano e Orçamento para 2015. Políticas de Promoção de Emprego e Empregabilidade 1 Plano e Orçamento para 2015 Políticas de Promoção de Emprego e Empregabilidade Senhora Presidente da ALRAA Senhoras e Senhores Deputados Senhor Presidente do Governo Senhoras e Senhores Membros do Governo

Leia mais

Freelapro. Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo

Freelapro. Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo Palestrante: Pedro Quintanilha Freelapro Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo Quem sou eu? Eu me tornei um freelancer

Leia mais

PROGRAMA IMPULSO JOVEM

PROGRAMA IMPULSO JOVEM PROGRAMA IMPULSO JOVEM (O PROGRAMA IMPULSO JOVEM APRESENTA UM CONJUNTO DE MEDIDAS DE INCENTIVO À CRIAÇÃO DE EMPREGO JOVEM, UM DOS PRINCIPAIS DESAFIOS COM QUE PORTUGAL SE CONFRONTA ATUALMENTE.) 1. PASSAPORTE

Leia mais

Factores Determinantes para o Empreendedorismo. Encontro Empreender Almada 26 de Junho de 2008

Factores Determinantes para o Empreendedorismo. Encontro Empreender Almada 26 de Junho de 2008 Factores Determinantes para o Empreendedorismo Encontro Empreender Almada 26 de Junho de 2008 IAPMEI Instituto de Apoio às PME e à Inovação Principal instrumento das políticas económicas para Micro e Pequenas

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Chile. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Chile. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Chile Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios A Lei nº 20.416 estabelece regras especiais para as Empresas de Menor Tamanho (EMT).

Leia mais

Sessão de Abertura Muito Bom dia, Senhores Secretários de Estado Senhor Presidente da FCT Senhoras e Senhores 1 - INTRODUÇÃO

Sessão de Abertura Muito Bom dia, Senhores Secretários de Estado Senhor Presidente da FCT Senhoras e Senhores 1 - INTRODUÇÃO Sessão de Abertura Muito Bom dia, Senhores Secretários de Estado Senhor Presidente da FCT Senhoras e Senhores 1 - INTRODUÇÃO Gostaria de começar por agradecer o amável convite que a FCT me dirigiu para

Leia mais

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO DE UMA POLÍTICA DE INTENSIFICAÇÃO DO PROCESSO DE INOVAÇÃO EMPRESARIAL EM PORTUGAL E POTENCIAÇÃO DOS SEUS RESULTADOS 0. EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Leia mais

Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios

Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios Autor: Dominique Turpin Presidente do IMD - International Institute for Management Development www.imd.org Lausanne, Suíça Tradução:

Leia mais

Os desafios do Bradesco nas redes sociais

Os desafios do Bradesco nas redes sociais Os desafios do Bradesco nas redes sociais Atual gerente de redes sociais do Bradesco, Marcelo Salgado, de 31 anos, começou sua carreira no banco como operador de telemarketing em 2000. Ele foi um dos responsáveis

Leia mais

Apresentação. Olá! O meu nome é Paulo Rebelo e sou apostador profissional.

Apresentação. Olá! O meu nome é Paulo Rebelo e sou apostador profissional. Apresentação Olá! O meu nome é Paulo Rebelo e sou apostador profissional. Ao longo dos últimos anos, tem aumentado o interesse em redor das apostas. A imprensa tem-se interessado pelo meu trabalho pelo

Leia mais

Posicionamento Estratégico e Fundo de Apoio ao Empreendedorismo

Posicionamento Estratégico e Fundo de Apoio ao Empreendedorismo Posicionamento Estratégico e Fundo de Apoio ao Empreendedorismo FUNDAÇÃO AEP Fomentar uma verdadeira cultura de empreendedorismo, da valorização e dignificação do papel social do empresário e da modernização

Leia mais

O Empreendedor Fabiano Marques

O Empreendedor Fabiano Marques O Empreendedor Fabiano Marques O interesse pelo empreendedorismo no mundo é algo recente. Neste sentido, podese dizer que houve um crescimento acentuado da atividade empreendedora a partir de 1990. Com

Leia mais

Estratégia Europeia para o Emprego Promover a melhoria do emprego na Europa

Estratégia Europeia para o Emprego Promover a melhoria do emprego na Europa Estratégia Europeia para o Emprego Promover a melhoria do emprego na Europa Comissão Europeia O que é a Estratégia Europeia para o Emprego? Toda a gente precisa de um emprego. Todos temos necessidade de

Leia mais

Ficha de informação 1 POR QUE RAZÃO NECESSITA A UE DE UM PLANO DE INVESTIMENTO?

Ficha de informação 1 POR QUE RAZÃO NECESSITA A UE DE UM PLANO DE INVESTIMENTO? Ficha de informação 1 POR QUE RAZÃO NECESSITA A UE DE UM PLANO DE INVESTIMENTO? Desde a crise económica e financeira mundial, a UE sofre de um baixo nível de investimento. São necessários esforços coletivos

Leia mais

WORKSHOP :EMPREENDEDORISMO E CRIAÇÃO DO PRÓPRIO EMPREGO

WORKSHOP :EMPREENDEDORISMO E CRIAÇÃO DO PRÓPRIO EMPREGO WORKSHOP :EMPREENDEDORISMO E CRIAÇÃO DO PRÓPRIO EMPREGO Entidade: Centro de Emprego de Loulé Tema: Apoios à Criação do Próprio Emprego e de Empresas 1. O Plano de Negócios 2. Apoios à Criação do Próprio

Leia mais

Welcome Call em Financeiras. Categoria Setor de Mercado Seguros

Welcome Call em Financeiras. Categoria Setor de Mercado Seguros Categoria Setor de Mercado Seguros 1 Apresentação da empresa e sua contextualização no cenário competitivo A Icatu Seguros é líder entre as seguradoras independentes (não ligadas a bancos de varejo) no

Leia mais

Lógicas de Supervisão Pedagógica em Contexto de Avaliação de Desempenho Docente. ENTREVISTA - Professor Avaliado - E 5

Lógicas de Supervisão Pedagógica em Contexto de Avaliação de Desempenho Docente. ENTREVISTA - Professor Avaliado - E 5 Sexo Idade Grupo de Anos de Escola docência serviço Feminino 46 Filosofia 22 Distrito do Porto A professora, da disciplina de Filosofia, disponibilizou-se para conversar comigo sobre o processo de avaliação

Leia mais

Perfil de investimentos

Perfil de investimentos Perfil de investimentos O Fundo de Pensão OABPrev-SP é uma entidade comprometida com a satisfação dos participantes, respeitando seus direitos e sempre buscando soluções que atendam aos seus interesses.

Leia mais

ESPECIAL PMEs. Volume III Fundos europeus 2ª parte. um Guia de O Portal de Negócios. www.oportaldenegocios.com. Março / Abril de 2011

ESPECIAL PMEs. Volume III Fundos europeus 2ª parte. um Guia de O Portal de Negócios. www.oportaldenegocios.com. Março / Abril de 2011 ESPECIAL PMEs Volume III Fundos europeus 2ª parte O Portal de Negócios Rua Campos Júnior, 11 A 1070-138 Lisboa Tel. 213 822 110 Fax.213 822 218 geral@oportaldenegocios.com Copyright O Portal de Negócios,

Leia mais

Empresariado Nacional e Tecnologias de Informação e Comunicação: Que Soluções Viáveis para o Desenvolvimento dos Distritos?

Empresariado Nacional e Tecnologias de Informação e Comunicação: Que Soluções Viáveis para o Desenvolvimento dos Distritos? Empresariado Nacional e Tecnologias de Informação e Comunicação: Que Soluções Viáveis para o Desenvolvimento dos Distritos? Carlos Nuno Castel-Branco Professor Auxiliar da Faculdade de Economia da UEM

Leia mais

FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO

FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias dezembro/2006 página 1 FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO Fúlvia Rosemberg: analisa ações de inclusão e apresenta programa voltado para a formação de novas lideranças

Leia mais

Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO

Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO Abril/2014 Porto Velho/Rondônia Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO Terceiro Setor É uma terminologia sociológica que

Leia mais

INOVAÇÃO NA ADVOCACIA A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL NOS ESCRITÓRIOS JURÍDICOS

INOVAÇÃO NA ADVOCACIA A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL NOS ESCRITÓRIOS JURÍDICOS INOVAÇÃO NA ADVOCACIA A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL NOS ESCRITÓRIOS JURÍDICOS Ari Lima Um empreendimento comercial tem duas e só duas funções básicas: marketing e inovação. O resto são custos. Peter Drucker

Leia mais

No E-book anterior 5 PASSOS PARA MUDAR SUA HISTÓRIA, foi passado. alguns exercícios onde é realizada uma análise da sua situação atual para

No E-book anterior 5 PASSOS PARA MUDAR SUA HISTÓRIA, foi passado. alguns exercícios onde é realizada uma análise da sua situação atual para QUAL NEGÓCIO DEVO COMEÇAR? No E-book anterior 5 PASSOS PARA MUDAR SUA HISTÓRIA, foi passado alguns exercícios onde é realizada uma análise da sua situação atual para então definir seus objetivos e sonhos.

Leia mais

EMPREENDEDORISMO. Maria Alice Wernesbach Nascimento Rosany Scarpati Riguetti Administração Geral Faculdade Novo Milênio

EMPREENDEDORISMO. Maria Alice Wernesbach Nascimento Rosany Scarpati Riguetti Administração Geral Faculdade Novo Milênio EMPREENDEDORISMO Maria Alice Wernesbach Nascimento Rosany Scarpati Riguetti Administração Geral Faculdade Novo Milênio RESUMO: O trabalho visa abordar o que vem a ser empreendedorismo e iconoclastas, bem

Leia mais

Planejamento Estratégico

Planejamento Estratégico Planejamento Estratégico Análise externa Roberto César 1 A análise externa tem por finalidade estudar a relação existente entre a empresa e seu ambiente em termos de oportunidades e ameaças, bem como a

Leia mais

VOLUNTARIADO E CIDADANIA

VOLUNTARIADO E CIDADANIA VOLUNTARIADO E CIDADANIA Voluntariado e cidadania Por Maria José Ritta Presidente da Comissão Nacional do Ano Internacional do Voluntário (2001) Existe em Portugal um número crescente de mulheres e de

Leia mais

GRANDES OPÇÕES DO PLANO 2008 PRINCIPAIS ASPECTOS

GRANDES OPÇÕES DO PLANO 2008 PRINCIPAIS ASPECTOS GRANDES OPÇÕES DO PLANO 2008 PRINCIPAIS ASPECTOS I. INTRODUÇÃO O Governo apresentou ao Conselho Económico e Social o Projecto de Grandes Opções do Plano 2008 (GOP 2008) para que este Órgão, de acordo com

Leia mais

Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS

Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS Universidade Federal da Bahia Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS Reunião de 18 de junho de 2010 Resumo

Leia mais

Resumo do Acordo de Parceria para Portugal, 2014-2020

Resumo do Acordo de Parceria para Portugal, 2014-2020 COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 30 de julho de 2014 Resumo do Acordo de Parceria para Portugal, 2014-2020 Informações gerais O Acordo de Parceria abrange cinco fundos: Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional

Leia mais

COMO FAZER A TRANSIÇÃO

COMO FAZER A TRANSIÇÃO ISO 9001:2015 COMO FAZER A TRANSIÇÃO Um guia para empresas certificadas Antes de começar A ISO 9001 mudou! A versão brasileira da norma foi publicada no dia 30/09/2015 e a partir desse dia, as empresas

Leia mais

FrontWave Engenharia e Consultadoria, S.A.

FrontWave Engenharia e Consultadoria, S.A. 01. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA 2 01. Apresentação da empresa é uma empresa criada em 2001 como spin-off do Instituto Superior Técnico (IST). Desenvolve tecnologias e metodologias de inovação para rentabilizar

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

Veículo: Site Estilo Gestão RH Data: 03/09/2008

Veículo: Site Estilo Gestão RH Data: 03/09/2008 Veículo: Site Estilo Gestão RH Data: 03/09/2008 Seção: Entrevista Pág.: www.catho.com.br SABIN: A MELHOR EMPRESA DO BRASIL PARA MULHERES Viviane Macedo Uma empresa feita sob medida para mulheres. Assim

Leia mais

COMO CAPACITAR AS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS PARA SE TORNAREM APTAS PARA RECEBER INVESTIMENTO? Carlos Azevedo carlos@ies-sbs.org Diretor Académico IES- SBS

COMO CAPACITAR AS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS PARA SE TORNAREM APTAS PARA RECEBER INVESTIMENTO? Carlos Azevedo carlos@ies-sbs.org Diretor Académico IES- SBS COMO CAPACITAR AS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS PARA SE TORNAREM APTAS PARA RECEBER INVESTIMENTO? Carlos Azevedo carlos@ies-sbs.org Diretor Académico IES- SBS ECONOMIA CONVERGENTE ONDE NASCE A INOVAÇÃO SOCIAL?

Leia mais

EMISSOR: Presidência do Conselho de Ministros e Ministério da Economia e do Emprego

EMISSOR: Presidência do Conselho de Ministros e Ministério da Economia e do Emprego DATA: Segunda-feira, 31 de dezembro de 2012 NÚMERO: 252 SÉRIE I EMISSOR: Presidência do Conselho de Ministros e Ministério da Economia e do Emprego DIPLOMA: Portaria n.º 427/2012 SUMÁRIO: Regulamenta a

Leia mais

Capacitando, assessorando e financiando pequenos empreendimentos solidários a Obra Kolping experimenta um caminho entre empréstimos em condições

Capacitando, assessorando e financiando pequenos empreendimentos solidários a Obra Kolping experimenta um caminho entre empréstimos em condições Programa Fundo Solidário Construído para garantir inclusão socioeconômica Capacitando, assessorando e financiando pequenos empreendimentos solidários a Obra Kolping experimenta um caminho entre empréstimos

Leia mais

Plano de Atividades 2014

Plano de Atividades 2014 ADRA PORTUGAL Plano de Atividades 2014 Rua Ilha Terceira, 3 3º 100-171 LISBOA Telefone: 213580535 Fax: 213580536 E-Mail: info@adra.org.pt Internet: www.adra.org.pt Introdução A ADRA (Associação Adventista

Leia mais

Avanços na transparência

Avanços na transparência Avanços na transparência A Capes está avançando não apenas na questão dos indicadores, como vimos nas semanas anteriores, mas também na transparência do sistema. Este assunto será explicado aqui, com ênfase

Leia mais

ASPECTOS PRINCIPAIS SOBRE

ASPECTOS PRINCIPAIS SOBRE ASPECTOS PRINCIPAIS SOBRE EMPREENDEDORISMO Empreendedorismo A Administração da revolução O empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século 21 mais do que a revolução industrial foi

Leia mais

FINICIA. Como funciona?

FINICIA. Como funciona? FINICIA O FINICIA consiste no financiamento bancário em regime bonificado para a criação de novas microempresas e para expansão de atividades de empresas já constituídas na fase inicial do seu ciclo de

Leia mais

Recursos Próprios. Amigos e Familiares

Recursos Próprios. Amigos e Familiares Recursos Próprios Chamado de booststrapping, geralmente é a primeira fonte de capital utilizada pelos empreendedores. São recursos sem custos financeiros. O empreendedor tem total autonomia na tomada de

Leia mais

EMPREENDEDORISMO DE. Professor Victor Sotero

EMPREENDEDORISMO DE. Professor Victor Sotero EMPREENDEDORISMO DE NEGÓCIOS COM INFORMÁTICA Professor Victor Sotero 1 OBJETIVOS DA DISCIPLINA Esta disciplina apresenta uma metodologia para formação de empreendedores. Aberta e flexível, baseada em princípios

Leia mais

IX Colóquio Os Direitos Humanos na Ordem do Dia: Jovens e Desenvolvimento - Desafio Global. Grupo Parlamentar Português sobre População e

IX Colóquio Os Direitos Humanos na Ordem do Dia: Jovens e Desenvolvimento - Desafio Global. Grupo Parlamentar Português sobre População e IX Colóquio Os Direitos Humanos na Ordem do Dia: Jovens e Desenvolvimento - Desafio Global Grupo Parlamentar Português sobre População e Cumprimentos: Desenvolvimento Assembleia da República 18 de Novembro

Leia mais

Cresce o numero de desempregados sem direito ao subsidio de desemprego Pág. 1

Cresce o numero de desempregados sem direito ao subsidio de desemprego Pág. 1 Cresce o numero de desempregados sem direito ao subsidio de desemprego Pág. 1 CRESCE O DESEMPREGO E O NUMERO DE DESEMPREGADOS SEM DIREITO A SUBSIDIO DE DESEMPREGO, E CONTINUAM A SER ELIMINADOS DOS FICHEIROS

Leia mais

1. Introdução. 1.1 Apresentação

1. Introdução. 1.1 Apresentação 1. Introdução 1.1 Apresentação Empresas que têm o objetivo de melhorar sua posição competitiva diante do mercado e, por consequência tornar-se cada vez mais rentável, necessitam ter uma preocupação contínua

Leia mais

EMPREENDEDORISMO: POR QUE DEVERIA APRENDER?

EMPREENDEDORISMO: POR QUE DEVERIA APRENDER? EMPREENDEDORISMO: POR QUE DEVERIA APRENDER? Anderson Katsumi Miyatake Emerson Oliveira de Almeida Rafaela Schauble Escobar Tellis Bruno Tardin Camila Braga INTRODUÇÃO O empreendedorismo é um tema bastante

Leia mais

INOVAÇÃO, EMPREENDEDORISMO E O FUTURO MINISTÉRIO DA ECONOMIA

INOVAÇÃO, EMPREENDEDORISMO E O FUTURO MINISTÉRIO DA ECONOMIA INOVAÇÃO, EMPREENDEDORISMO E O FUTURO MINISTÉRIO DA ECONOMIA Empresas INOVAÇÃO PRODUTOS DIMENSÃO MERCADO PRODUÇÃO MARKETING GESTÃO LIDERANÇA FINANCIAMENTO RH COMPETÊNCIAS Empreendedorismo VISÃO ESTRUTURADA

Leia mais

Rendimentos e despesas das famílias europeias

Rendimentos e despesas das famílias europeias Insights precisos para o crescimento europeu Rendimentos e despesas das famílias europeias Como está a crise a afetar a vida quotidiana? Think... nº 6 Janeiro 2013 TNS 2013 Insights precisos para o crescimento

Leia mais

Empreendedorismo social

Empreendedorismo social Empreendedorismo social Piedade Lalanda Grupo Parlamentar do Partido Socialista Se há conceito e vocábulo que passou a fazer parte do discurso político é o termo empreendedor ou empreendedorismo. Apesar

Leia mais

ESTRUTURA EMPRESARIAL NACIONAL 1995/98

ESTRUTURA EMPRESARIAL NACIONAL 1995/98 ESTRUTURA EMPRESARIAL NACIONAL 1995/98 NOTA METODOLÓGICA De acordo com a definição nacional, são pequenas e médias empresas aquelas que empregam menos de 500 trabalhadores, que apresentam um volume de

Leia mais

Criatividade e Inovação Organizacional: A liderança de equipas na resolução de problemas complexos

Criatividade e Inovação Organizacional: A liderança de equipas na resolução de problemas complexos Criatividade e Inovação Organizacional: A liderança de equipas na resolução de problemas complexos Dizer que o grande segredo do sucesso das empresas, especialmente em tempos conturbados, é a sua adaptabilidade

Leia mais

Empreender para Crescer

Empreender para Crescer Empreender para Crescer R. Miguel Coelho Chief EntusiastPersonalBrands Caros Pais e Encarregados de Educação, este ano lectivo, por iniciativa da Assoc. Pais do Colégio, vai iniciar-se em Novembro uma

Leia mais

UWU CONSULTING - SABE QUAL A MARGEM DE LUCRO DA SUA EMPRESA? 2

UWU CONSULTING - SABE QUAL A MARGEM DE LUCRO DA SUA EMPRESA? 2 UWU CONSULTING - SABE QUAL A MARGEM DE LUCRO DA SUA EMPRESA? 2 Introdução SABE COM EXATIDÃO QUAL A MARGEM DE LUCRO DO SEU NEGÓCIO? Seja na fase de lançamento de um novo negócio, seja numa empresa já em

Leia mais

Empreendedorismo de Negócios com Informática

Empreendedorismo de Negócios com Informática Empreendedorismo de Negócios com Informática Aula 5 Cultura Organizacional para Inovação Empreendedorismo de Negócios com Informática - Cultura Organizacional para Inovação 1 Conteúdo Intraempreendedorismo

Leia mais

Título do Case: O papel do Movimento Empresa Júnior na formação de empreendedores que transformam a vida das pessoas Categoria: EJ Empreendedora

Título do Case: O papel do Movimento Empresa Júnior na formação de empreendedores que transformam a vida das pessoas Categoria: EJ Empreendedora Título do Case: O papel do Movimento Empresa Júnior na formação de empreendedores que transformam a vida das pessoas Categoria: EJ Empreendedora Resumo: O Movimento Empresa Júnior (MEJ) brasileiro há mais

Leia mais

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020 Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020 Medida 1 INOVAÇÃO Ação 1.1 GRUPOS OPERACIONAIS Enquadramento Regulamentar Artigos do Regulamento (UE) n.º 1305/2013, do Conselho e do Parlamento

Leia mais

Empreendedorismo e desenvolvimento sustentável O papel da educação em Empreendedorismo Marco Lamas

Empreendedorismo e desenvolvimento sustentável O papel da educação em Empreendedorismo Marco Lamas Empreendedorismo e desenvolvimento sustentável O papel da educação em Empreendedorismo Marco Lamas EMPREENDEDORISMO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Empreendedorismo cultura Educação desenvolvimento sustentável

Leia mais

IMIGRANTES E SERVIÇOS FINANCEIROS QUESTIONÁRIO. N questionário. Cidade em que habita:. Sexo: M F Idade:

IMIGRANTES E SERVIÇOS FINANCEIROS QUESTIONÁRIO. N questionário. Cidade em que habita:. Sexo: M F Idade: IMIGRANTES E SERVIÇOS FINANCEIROS QUESTIONÁRIO N questionário Cidade em que habita:. Sexo: M F Idade: Grau de Ensino: 1. Nenhum 2. Escola primária ou ciclo preparatório 3. Escola Secundária/qualificações

Leia mais

Novo Modelo para o Ecossistema Polos e Clusters. Resposta à nova ambição económica

Novo Modelo para o Ecossistema Polos e Clusters. Resposta à nova ambição económica Novo Modelo para o Ecossistema Polos e Clusters Novo Modelo para o Ecossistema Polos e Clusters Resposta à nova ambição económica Resposta à nova ambição económica 02-07-2012 Novo Modelo para o Ecossistema

Leia mais

COMPETITIVIDADE E INTERNACIONALIZAÇÃO DAS EMPRESAS DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2014-2020

COMPETITIVIDADE E INTERNACIONALIZAÇÃO DAS EMPRESAS DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2014-2020 COMPETITIVIDADE E INTERNACIONALIZAÇÃO DAS EMPRESAS DA 2014-2020 18-11-2015 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL, IP-RAM MISSÃO Promover o desenvolvimento, a competitividade e a modernização das empresas

Leia mais

UMA PROPOSTA INOVADORA PARA ENSINAR EMPREENDEDORISMO AOS JOVENS

UMA PROPOSTA INOVADORA PARA ENSINAR EMPREENDEDORISMO AOS JOVENS UMA PROPOSTA INOVADORA PARA ENSINAR EMPREENDEDORISMO AOS JOVENS www.empreende.com.br emp@empreende.com.br FAZENDO ACONTECER Programa de ensino de empreendedorismo inovador em nível mundial, desenvolvido

Leia mais

APRESENTAÇÃO INSTITUCIONAL. Empowering People O Poder das Pessoas

APRESENTAÇÃO INSTITUCIONAL. Empowering People O Poder das Pessoas APRESENTAÇÃO INSTITUCIONAL Empowering People O Poder das Pessoas O mundo está nas mãos daqueles que têm a coragem de sonhar e correr o risco de viver os seus sonhos... Paulo Coelho 2 QUEM SOMOS As atuais

Leia mais

PROGRAMA DE PROMOÇÃO DA

PROGRAMA DE PROMOÇÃO DA UNIVERSIDADE DO PORTO PROGRAMA DE PROMOÇÃO DA LITERACIA FINANCEIRA DA U.PORTO Outubro de 2012 Enquadramento do programa na Estratégia Nacional de Formação Financeira Plano Nacional de Formação Financeira

Leia mais

Sumário Executivo. Amanda Reis. Luiz Augusto Carneiro Superintendente Executivo

Sumário Executivo. Amanda Reis. Luiz Augusto Carneiro Superintendente Executivo Comparativo entre o rendimento médio dos beneficiários de planos de saúde individuais e da população não coberta por planos de saúde regional e por faixa etária Amanda Reis Luiz Augusto Carneiro Superintendente

Leia mais

Programa de Desenvolvimento Social

Programa de Desenvolvimento Social Programa de Desenvolvimento Social Introdução A Portucel Moçambique assumiu um compromisso com o governo moçambicano de investir 40 milhões de dólares norte-americanos para a melhoria das condições de

Leia mais

1. Introdução. 1.1 Contextualização do problema e questão-problema

1. Introdução. 1.1 Contextualização do problema e questão-problema 1. Introdução 1.1 Contextualização do problema e questão-problema A indústria de seguros no mundo é considerada uma das mais importantes tanto do ponto de vista econômico como do ponto de vista social.

Leia mais

4 passos para uma Gestão Financeira Eficiente

4 passos para uma Gestão Financeira Eficiente 4 passos para uma Gestão Financeira Eficiente Saiba como melhorar a gestão financeira da sua empresa e manter o fluxo de caixa sob controle Ciclo Financeiro Introdução Uma boa gestão financeira é um dos

Leia mais

ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO 9000. As Normas da família ISO 9000

ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO 9000. As Normas da família ISO 9000 ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário Gestão da Qualidade 2005 1 As Normas da família ISO 9000 ISO 9000 descreve os fundamentos de sistemas de gestão da qualidade e especifica

Leia mais

ENTREVISTA Coordenador do MBA do Norte quer. multiplicar parcerias internacionais

ENTREVISTA Coordenador do MBA do Norte quer. multiplicar parcerias internacionais ENTREVISTA Coordenador do MBA do Norte quer multiplicar parcerias internacionais entrevista novo mba do norte [ JORGE FARINHA COORDENADOR DO MAGELLAN MBA] "É provinciano pensar que temos que estar na sombra

Leia mais

EMPREENDEDORISMO: Características, tipos e habilidades. Prof. Dr. Osmar Manoel Nunes

EMPREENDEDORISMO: Características, tipos e habilidades. Prof. Dr. Osmar Manoel Nunes EMPREENDEDORISMO: Características, tipos e habilidades. Prof. Dr. Osmar Manoel Nunes 1 Em análise de qualquer empreendimento encontram-se dois tipos de empreendedor: o que empreende em relação à oportunidade

Leia mais

BIS - Banco de Inovação Social

BIS - Banco de Inovação Social BIS - Banco de Inovação Social Natureza do BIS Missão do BIS Instrumentos do BIS Iniciativas e Programas do BIS Os Membros do BIS Orgânica Estratégico Executivo MEMBROS MEMBROS 5 Empresários inovadores

Leia mais

Estudo de Caso. Cliente: Rafael Marques. Coach: Rodrigo Santiago. Duração do processo: 12 meses

Estudo de Caso. Cliente: Rafael Marques. Coach: Rodrigo Santiago. Duração do processo: 12 meses Estudo de Caso Cliente: Rafael Marques Duração do processo: 12 meses Coach: Rodrigo Santiago Minha idéia inicial de coaching era a de uma pessoa que me ajudaria a me organizar e me trazer idéias novas,

Leia mais

Gastos Tributários do governo federal: um debate necessário

Gastos Tributários do governo federal: um debate necessário do governo federal: um debate necessário Coordenação de Finanças Sociais Diretoria de Estudos e Políticas Sociais Assessoria Técnica da Presidência do Ipea Este Comunicado atualiza trabalho publicado ano

Leia mais

A Descrição do Produto ou Serviço e a Análise do Mercado e dos Competidores Fabiano Marques

A Descrição do Produto ou Serviço e a Análise do Mercado e dos Competidores Fabiano Marques A Descrição do Produto ou Serviço e a Análise do Mercado e dos Competidores Fabiano Marques "O plano de negócios é o cartão de visitas do empreendedor em busca de financiamento". (DORNELAS, 2005) A partir

Leia mais

Qual o âmbito deste protocolo e que tipo de projectos pretende apoiar?

Qual o âmbito deste protocolo e que tipo de projectos pretende apoiar? QUESTÕES COLOCADAS PELO JORNALISTA MARC BARROS SOBRE O PROTOCOLO ENTRE A FNABA E O TURISMO DE PORTUGAL Qual o âmbito deste protocolo e que tipo de projectos pretende apoiar? Com propostas para fazer e

Leia mais

w w w. y e l l o w s c i r e. p t

w w w. y e l l o w s c i r e. p t consultoria e soluções informáticas w w w. y e l l o w s c i r e. p t A YellowScire iniciou a sua atividade em Janeiro de 2003, é uma empresa de consultoria de gestão e de desenvolvimento em tecnologias

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas na Alemanha. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas na Alemanha. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas na Alemanha Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios A definição na Alemanha é a adotada pela União Europeia e pelo Institut für Mittelstandsforschung

Leia mais

estão de Pessoas e Inovação

estão de Pessoas e Inovação estão de Pessoas e Inovação Luiz Ildebrando Pierry Secretário Executivo Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade Prosperidade e Qualidade de vida são nossos principais objetivos Qualidade de Vida (dicas)

Leia mais

Condições do Franchising

Condições do Franchising Condições do Franchising ÍNDICE Introdução 1. Vantagens em entrar num negócio de franchising 2. O que nos distingue como sistema de franchising 2.1. vantagens para o franchisado face a outras redes 2.2.

Leia mais

O Marketing Educacional aplicado às Instituições de Ensino Superior como ferramenta de competitividade. Xxxxxx Xxxx Xxxxxxx Xxxxxxx Xxxxxxxxxxx

O Marketing Educacional aplicado às Instituições de Ensino Superior como ferramenta de competitividade. Xxxxxx Xxxx Xxxxxxx Xxxxxxx Xxxxxxxxxxx O Marketing Educacional aplicado às Instituições de Ensino Superior como ferramenta de competitividade Xxxxxx Xxxx Xxxxxxx Xxxxxxx Xxxxxxxxxxx Araçatuba SP 2012 O Marketing Educacional aplicado às Instituições

Leia mais

COMO INVESTIR PARA GANHAR DINHEIRO

COMO INVESTIR PARA GANHAR DINHEIRO COMO INVESTIR PARA GANHAR DINHEIRO Por que ler este livro? Você já escutou histórias de pessoas que ganharam muito dinheiro investindo, seja em imóveis ou na Bolsa de Valores? Após ter escutado todas essas

Leia mais

Evolução do Número de Beneficiários do RSI

Evolução do Número de Beneficiários do RSI Evolução do Número de Beneficiários do RSI Carlos Farinha Rodrigues De acordo com os dados do Instituto da Segurança Social (ISS), em Julho houve 269.941 pessoas a receber o Rendimento Social de Inserção,

Leia mais

Marketing Turístico e Hoteleiro

Marketing Turístico e Hoteleiro 1 CAPÍTULO I Introdução ao Marketing Introdução ao Estudo do Marketing Capítulo I 1) INTRODUÇÃO AO MARKETING Sumário Conceito e Importância do marketing A evolução do conceito de marketing Ética e Responsabilidade

Leia mais

FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO

FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO Organização Resiquímica, Resinas Químicas, SA Diretor(a) Marcos Lagoa Setor de Atividade Indústria química Número de Efetivos 117 NIF 508204950 Morada Rua Francisco Lyon de Castro,

Leia mais

DE ESTAGIÁRIO A CEO. 12 dicas de Marco Costa, CEO da Critical Software

DE ESTAGIÁRIO A CEO. 12 dicas de Marco Costa, CEO da Critical Software DE ESTAGIÁRIO A CEO 12 dicas de Marco Costa, CEO da Critical Software 1. Sê escrupulosamente leal: à tua empresa, ao teu chefe e aos teus colegas por esta ordem. Defende, acima de tudo, os interesses da

Leia mais

PROGRAMA BOM NEGÓCIO PARANÁ- APOIO AO EMPREENDEDORISMO AVALIAÇÃO DO NÚCLEO MARINGÁ

PROGRAMA BOM NEGÓCIO PARANÁ- APOIO AO EMPREENDEDORISMO AVALIAÇÃO DO NÚCLEO MARINGÁ PROGRAMA BOM NEGÓCIO PARANÁ- APOIO AO EMPREENDEDORISMO AVALIAÇÃO DO NÚCLEO MARINGÁ AREA TEMÁTICA: TRABALHO LAIS SILVA SANTOS 1 CARLOS VINICIUS RODRIGUES 2 MARCELO FARID PEREIRA 3 NEUZA CORTE DE OLIVEIRA

Leia mais

Resolução de Exercícios Orientações aos alunos

Resolução de Exercícios Orientações aos alunos 2015 Resolução de Exercícios Orientações aos alunos Área de Concentração: EXATAS Disciplina de Concentração: FÍSICA Professores: Gustavo Castro de Oliveira, Reine Agostinho Ribeiro. UBERABA 2015 Colégio

Leia mais

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias outubro/2007 página 1 EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Moysés Kuhlmann :A educação da criança pequena também deve ser pensada na perspectiva de

Leia mais

Introdução. Procura, oferta e intervenção. Cuidados continuados - uma visão económica

Introdução. Procura, oferta e intervenção. Cuidados continuados - uma visão económica Cuidados continuados - uma visão económica Pedro Pita Barros Faculdade de Economia Universidade Nova de Lisboa Introdução Área geralmente menos considerada que cuidados primários e cuidados diferenciados

Leia mais

Gestão de Pequenas Empresas no Brasil - Alguns Dados Importantes.

Gestão de Pequenas Empresas no Brasil - Alguns Dados Importantes. Gestão de Pequenas Empresas no Brasil - Alguns Dados Importantes. Por Palmira Santinni No Brasil, nos últimos anos, está ocorrendo um significativo aumento na criação de novas empresas e de optantes pelo

Leia mais