Título do Case: O papel do Movimento Empresa Júnior na formação de empreendedores que transformam a vida das pessoas Categoria: EJ Empreendedora

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1 Título do Case: O papel do Movimento Empresa Júnior na formação de empreendedores que transformam a vida das pessoas Categoria: EJ Empreendedora Resumo: O Movimento Empresa Júnior (MEJ) brasileiro há mais de 20 anos vem formando empreendedores capazes de gerar impacto e transformar o país. Por meio da vivência empresarial que o MEJ proporciona a estudantes universitários, formam-se pessoas mais bem preparadas para empreender e enfrentar os desafios do mercado. A trajetória do pós-júnior que será descrita neste case é um exemplo de como o Movimento Empresa Júnior é capaz de contribuir para o crescimento daqueles que nele trabalharam. Enquanto presidente de sua Empresa Júnior (EJ), esteve à frente de uma gestão que foi capaz de gerar resultados significativos para a empresa e deixar um legado importante para aqueles que entraram em seguida. Também foi agente de mudanças significativas no Movimento Empresa Júnior, tendo sido presidente FEJEMG e um dos fundadores da Brasil Júnior. Após passar por experiências fortemente vinculadas ao empreendedorismo ainda no Brasil, o pós-júnior foi buscar novos desafios no exterior, no tão cobiçado Vale do Silício, Califórnia. Retornando ao Brasil, concretizou mais uma vez seu gosto pelo empreendedorismo, ao abrir uma start-up no setor de serviços que traz uma proposta de modelo de negócio inovadora em relação ao que já existe no ramo em que atua. 1

2 Introdução: O Movimento Empresa Júnior (MEJ) brasileiro há mais de 20 anos vem formando empreendedores capazes de gerar impacto e transformar o país. Por meio da vivência empresarial que o MEJ proporciona a estudantes universitários, formam-se pessoas mais bem preparadas para empreender e enfrentar os desafios do mercado. A trajetória do pós-júnior que será descrita a seguir é um exemplo de como o Movimento Empresa Júnior é capaz de contribuir para o crescimento daqueles que nele trabalharam. Sua carreira no Movimento Empresa Júnior iniciou em 2001, quando ele foi efetivado como consultor na UFMG Consultoria Júnior. No final desse mesmo ano, se tornou presidente. Segundo o próprio pós-júnior, a experiência como presidente foi de fundamental importância para seu desenvolvimento profissional e pessoal, lhe munindo de competências que viriam a ser muito importantes no futuro. Além da experiência como presidente da UCJ, foi também presidente da FEJEMG, contribuindo não só para o crescimento de sua EJ, mas também para o crescimento de toda a rede. Será apresentada toda a trajetória do pós-júnior em questão com maior detalhamento, para evidenciar como este é um exemplo de caso em que o Movimento Empresa Júnior formou um empreendedor, um jovem comprometido e capaz de gerar transformações no meio em que se insere. Desenvolvimento: No ano de 2001, entravam na UFMG Consultoria Júnior vários novos consultores. Dentre eles, estava aquele que iria, ao final do ano, assumir a presidência da empresa, ao mesmo tempo em que seus colegas assumiram outras diretorias. 2

3 Durante a gestão em que o pós-júnior foi presidente, sua EJ vivenciou diversos pontos marcantes. A empresa passou por transformações significativas, contando com bastante apoio da faculdade e de professores. Nesse período, o número de consultores aumentou em cerca de 600%. Para suportar esse crescimento, foram necessárias ações como a implementação dos conhecimentos do PMBok para a gestão dos projetos de consultoria da empresa. Além disso, naquele período, a UCJ desenvolveu um grande knowhow com o tema Qualidade, passando a implementar indicadores de desempenho e se tornando referência no MEJ como empresa de monitoração da Qualidade. Enquanto presidente, o pós-júnior passou por uma exposição a oportunidades de desafio e desenvolvimento em um momento inesperado de sua carreira. Poucos imaginam que terão essa oportunidade ainda na universidade. Com essa experiência, ele aprimorou sua liderança e seu relacionamento com pessoas, dentre diversas outras habilidades. Mobilizar as pessoas em torno de uma visão comum foi, sem dúvida, um desafio que lhe proporcionou grande crescimento. Não bastasse o fato de ter assumido a presidência de sua EJ, o pós-júnior também foi presidente da FEJEMG. Através desta experiência, foi capaz de aprender ainda mais e de levar sua experiência para o MEJ, deixando também neste último um legado. Seu último dia de Movimento Empresa Júnior foi especialmente importante: estava presente na fundação da Brasil Júnior. Este foi um processo também muito interessante, pois envolvia pessoas diferentes, de lugares diferentes do Brasil, com interesses também diferentes. Entretanto, aquele que se mostrou na época um processo político razoavelmente tenso veio a ser um passo extremamente importante para o crescimento e desenvolvimento do MEJ brasileiro. Logo após esse momento tão marcante, o pós-júnior foi fazer intercâmbio na Bélgica. Chegando lá, ele percebeu o quanto a vivência na EJ contribuiu para 3

4 seu amadurecimento em relação aos alunos de lá. Sem dúvida alguma essa vivência foi o que o ajudou a se destacar em seu intercâmbio. Voltou ao Brasil para terminar o curso na faculdade. Após sua formatura, começou a trabalhar no programa de incubação de empresas de uma instituição que visa o desenvolvimento de negócios no setor de biotecnologia. Durante os dois anos em que esteve lá, o pós-junior lidou com a seleção das empresas que entravam na incubadora, ao mesmo tempo em que ajudava as empresas que já estavam lá dentro. Sua motivação para ter entrado lá foi a vontade de seguir uma carreira empreendedora. A inovação sempre lhe atraiu, assim como a visão de como a tecnologia é capaz de viabilizar produtos que mudam a vida das pessoas para melhor. Após o trabalho na Biominas, ele se juntou a outros dois sócios para montar uma empresa em São Paulo. Foram para lá, e um grupo de investidores financiou a compra de uma empresa, no final de 2007, pela qual ele seria responsável pela gestão do dia-a-dia. Esta foi mais uma grande oportunidade de aprendizado, pois ele e seus sócios se depararam com alguns erros cometidos no processo de compra da empresa, que fizeram com que problemas não identificados nesse processo viessem à tona. Com todos os problemas percebidos, eles tiveram que readaptar a proposta inicial que era apenas de gerar crescimento para a empresa, se voltando para um processo de reestruturação - que já havia sido vivenciado em algum grau pelo pós-júnior, enquanto presidente da UCJ. O processo de turnaround na empresa durou aproximadamente um ano e, em seguida, ela foi vendida. O resultado dessa experiência, então, não foi tão bom quanto o pós-júnior esperava quando se mudou para São Paulo. Ele e seus sócios saíram da empresa no meio da crise de 2008, em um momento economicamente difícil. Após esse período, o pós-júnior já sentia vontade de se aventurar em uma nova experiência no exterior, para pensar em algo maior e ver negócios funcionando nos Estados Unidos. Ainda assim, lhe faltava a confiança de que as coisas dariam certo, em razão do projeto de São Paulo. Sua vontade era 4

5 fazer um MBA em Stanford, universidade localizada no Vale do Silício, onde seria o melhor lugar do mundo para alguém que, como ele, sempre gostou de tecnologia e empreendedorismo. Nesse meio tempo, prestou alguns serviços de consultoria enquanto decidia qual viria a ser seu próximo passo. Finalmente, decidiu por fazer a aplicação para o MBA em Stanford, desacreditado de que realmente passaria. Felizmente, ele foi aprovado e, daí em diante, as coisas começaram a mudar para melhor. Em Stanford, o pós-júnior começou a trabalhar em uma empresa que, em 2010, era uma das três que faziam mais sucesso no Vale do Silício, a Airbnb. O período em que ele estava lá foi curto, mas no qual muita coisa aconteceu. A empresa passou de 40 para 500 funcionários em um ano. Quando ele entrou, ela estava avaliada em US$1,3BI. Por meio dessa experiência, o pós-júnior teve a oportunidade de vivenciar o funcionamento de uma empresa do Vale do Silício pelo lado dos bastidores, o que foi, para ele, muito agregador. O que o pós-júnior observou nessa empresa foi que o dia-a-dia por lá possui grande semelhança com a UFMG Consultoria Júnior. Segundo ele, o que se vê é um "caos organizado", o que define ao mesmo tempo a capacidade criativa e focada para resultados em uma empresa. Algo que lhe impressionou bastante foi a força de vontade e a coragem dos empreendedores que viviam naquele ambiente. Viu que o trabalho e a coragem são o que primordialmente fazem tudo acontecer por lá, além de todo o ecossistema que dá suporte a essas iniciativas. A experiência no Vale do Silício proporcionou um grande aprendizado técnico para o pós-júnior, ao mesmo tempo em que várias lições foram aprendidas pela convivência com as pessoas que estavam ali. Ainda em Stanford, o pós-júnior conheceu outro brasileiro, e eles começaram a pensar em um negócio a ser montado. A motivação para isso era a mesma de quando ele entrou para a Biominas: utilizar a tecnologia e tudo mais que está disponível para criar produtos que simplifiquem ou melhorem a vida das pessoas. 5

6 Tendo passado pela experiência de alugar imóveis no Brasil, e visto o quanto esse serviço na grande maioria das vezes é ruim, - lento, burocrático, fazendo mal uso da internet - eles idealizaram o que viria a ser a empresa deles hoje. A proposta de simplificar e melhorar o processo de aluguel de imóveis passa por pontos como a eliminação da necessidade do fiador e a garantia do recebimento do aluguel para o proprietário. Em Stanford, apresentaram a ideia para investidores, professores e colegas. O resultado foi muito positivo, tanto que alguns ex-alunos da universidade investiram no projeto em sua fase inicial. Em Setembro de 2012, o pós-júnior e seu sócio voltaram para o Brasil com o objetivo de implementar o negócio. Iniciaram as operações em uma cidade paulista, com o intuito de testar o modelo de negócio montado. Sendo assim, nessa fase inicial, a ideia é identificar as coisas que funcionam e as que não funcionam, como forma de aprendizado para que seja possível, em breve, expandir a atuação para outras cidades brasileiras, até que a empresa esteja presente em todo o país. Conclusão: O Movimento Empresa Júnior pode ser visto como um propulsor, sendo o que marcou o início da trajetória empreendedora do pós-júnior em questão. Até hoje ele se lembra e diz o quanto a participação no Movimento foi importante para o seu crescimento profissional e pessoal. Depois de todas as experiências vivenciadas pelo pós-júnior, tanto no MEJ quanto em outras empresas de mercado e na universidade de Stanford, podese entender que ele é hoje uma pessoa mais capaz de empreender com sucesso, gerando impacto na vida de outras pessoas. Hoje é sócio de uma start-up que tem o objetivo de simplificar e melhorar um processo que faz parte da vida de muitas pessoas e, ainda assim, se mostra muito lento e burocrático. Desde Setembro de 2012 em funcionamento, a empresa já alugou vários imóveis, tendo feedbacks muito positivos. Tanto inquilinos quanto proprietários 6

7 e corretores têm gostado e indicado o serviço para outras pessoas, o que é um forte indicador de sucesso. Após ter passado por uma pequena rodada de investimento inicial, com o objetivo de funcionar em pequena escala, agora a empresa está para fazer um novo investimento, com o objetivo de expandir suas operações. 7