MAIO É FINALIZADO COM PREÇOS ESTÁVEIS, AINDA EVITANDO QUEDAS SAZONAIS
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- Edson Conceição Bennert
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1 Boletim Semanal sobre Tendências de Mercados Nº 398 Ano IX 29/maio/2014 MAIO É FINALIZADO COM PREÇOS ESTÁVEIS, AINDA EVITANDO QUEDAS SAZONAIS No mercado físico de etanol a última semana de maio foi encerrada com preços estáveis e com baixa participação entre agentes compradores e vendedores. Tanto as unidades produtoras quanto as distribuidoras se mostraram distantes das negociações. As distribuidoras, tanto as emergentes quanto as filiadas ao Sindicom ficaram a parte do mercado em função da baixa demanda na ponta final de consumo. A paridade entre o etanol e a gasolina tem se mantido fora da atratividade para os consumidores finais em praticamente todos os estados brasileiros, o que inviabiliza em grande escala a volta da demanda. Somente em São Paulo ela se encontra válida, porém, em níveis elevadamente saturados os quais não incentivam psicologicamente a predisposição dos consumidores finais em optar pelo biocombustível. Até a paridade voltar a níveis mais atrativos, como em São Paulo, Paraná, Goiás e Mato Grosso, as distribuidoras tendem a se manter afastadas das usinas para negócios envolvendo volumes mais expressivos. De modo geral as vendas foram reduzidas a volumes pontuais destinadas somente a recomposição de estoques imediatos. A raiz central da relutância dos preços em cair refere-se a competitividade com a gasolina. Os níveis se encontram acentuadamente desfavoráveis ao etanol em quase todos os estados brasileiros. Somente no estado de São Paulo é que a competitividade é matematicamente válida, mas ainda assim em níveis marginais, muito saturados, acima de 69% que, na prática, ainda não motiva um maior incremento na demanda final, nos postos. Geralmente os consumidores finais costumam prestar mais atenção ao etanol quando a relação de paridade oscila abaixo de 68%, o que não é o caso neste momento. Logo, esta baixa demanda frente ao atraso na moagem neste início de safra, faz com que os preços apresentem uma demora maior do que o esperado para uma devolução dos ganhos acumulados nas semanas anteriores. A demanda ainda permaneceu limitada com a competitividade válida apenas no estado de São Paulo, e ainda assim em níveis marginais. Os novos números de moagem referentes a primeira quinzena de maio indicam que o forte atraso registrado na colheita referente a segunda quinzena de abril já não são mais válidos. Em outras palavras, aquele valor de - 26% referentes ao que fora processado nesta safra em comparação com a safra anterior foi reduzido a pouco mais de -2%. Logo, o mercado não se encontra mais atrasado em relação a safra passada. A evolução do aumento na disponibilidade de oferta de cana e etanol tem colocado as usinas de volta a realidade da entrada da safra 2014/ 15. Com isto, os preços tendem a gradualmente perder o seu suporte observado até agora. Outra questão que marcou a última semana de maio foi sobre a tributação sobre importação. Segundo informações da Agência Câmara, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (28) o texto do Senado para a Medida Provisória 634/13, que isenta os importadores de álcool do pagamento do PIS/Pasep-importação e da Cofins-importação, além de fazer mudanças em outros assuntos tributários. A matéria será enviada à sanção presidencial. Os senadores incluíram GESTÃO ESTRATÉGICA TÉGICA NA COMERCIALIZAÇÃO CIALIZAÇÃO DE AÇÚCAR E ETANOL Dia 07 de Agosto de Ribeirão Preto - SP Inscreva-se já! Vagas limitadas Inscrições on-line: - por eventos@safras.com.br via fone: por fax:
2 Nº 398 Ano IX 29/maio/2014 novamente temas aprovados na comissão mista que analisou a MP. Esses temas, que constam do relatório do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), tinham sido excluídos pelo Plenário da Câmara, por decisão do presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves. Esses dispositivos haviam sido excluídos por serem estranhos ao assunto original da MP. Todos esses temas inicialmente rejeitados pela Câmara foram aprovados nessa segunda votação, exceto a correção das tabelas do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para 2015 e a prorrogação da vigência de áreas de livre comércio, que permaneceram de fora do texto final. Um destaque do PTB, aprovado pelo Plenário, retirou dispositivo Açucar e Etanol é um boletim Semanal especializado de Safras & Mercado. Editor Responsável: Dylan Della Pasqua Diagramação: Carlos Soares Endereço: Av. Independencia,1299 Sala 403 4º andar CEP Porto Alegre RS Telefones: 0(XX) FAX 0(XX) safras@safras.com.br Todos os direitos reservados. Reprodução proibida, exceto mediante permissão por escrito e citada a fonte. Circulação reservada e exclusiva para assinantes.
3 Nº 398 Ano IX 29/maio/2014 que condicionava o reconhecimento de ação judicial contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) à negativa prévia de requerimento administrativo. Isso seria válido no caso de pedido de revisão, concessão ou restabelecimento de benefícios. Segundo o governo, a isenção dos tributos tem o objetivo de evitar o acúmulo de créditos pelas empresas importadoras de álcool, pois elas já contam com o benefício de um crédito presumido estabelecido pela Lei /13. A isenção dos tributos relacionados à importação será até dezembro de 2016, ano previsto para o fim do crédito presumido de PIS/Pasep e de Cofins na comercialização no mercado interno. Desse ano em diante, a MP determina que os importadores deverão ser enquadrados no regime especial de apuração e pagamento de PIS/Pasep-importação e de Cofins-importação, criado pela Lei 9.718/98, independentemente de opção. De acordo com esse regime especial, os tributos são pagos por volume de álcool comercializado. Assim, a partir de 2017, todos os importadores desse produto passarão a pagar R$ 23,88 por m (PIS/Pasep-importação) e R$ 107,52 por m (Cofinsimportação). Outra mudança que a MP faz na Lei /13 especifica que a compensação do saldo credor de créditos acumulados de PIS/Pasep e de Cofins com débitos perante o Fisco federal será permitido se ele for relativo a custos, despesas e encargos vinculados à produção e à comercialização de álcool. Dessa forma, fica excluída a hipótese de custos relativos à importação. Para tornar mais clara a proibição de incorporar o crédito presumido na revenda, a MP restringe a situação ao álcool adquirido no mercado interno. Isso permite às empresas o cálculo do crédito na revenda de álcool comprado no exterior. Editada em dezembro do ano passado, a MP 634/13 também muda a lei sobre desoneração de folha de pagamento para equiparar o consórcio de empresas a empresa para fins de enquadramento nesse benefício. A desoneração da folha de pagamentos, mecanismo criado em 2011, permite a substituição da contribuição patronal devida à Previdência por uma alíquota incidente na receita bruta. Com a inclusão das empresas de construção de obras de infraestrutura nesse mecanismo a partir de janeiro deste ano, o governo pretende não prejudicar aquelas que atuam em consórcio. Dessa forma, cada empresa consorciada deverá recolher a alíquota de 2% sobre a receita bruta conseguida no consórcio proporcionalmente à sua participação no empreendimento. Para todas as empresas beneficiadas com a desoneração, outra mudança nessas regras esclarece que devem ser usados os mesmos critérios do PIS/Pasep e da Cofins no caso de contratos de longo prazo, quando as receitas são reconhecidas para tributação conforme são recebidas. O relator aperfeiçoou a redação ao especificar que as consorciadas têm responsabilidade solidária em relação aos pagamentos devidos pelo consórcio em substituição à contribuição da folha. Segundo a MP, portos alfandegados que tenham movimentação diária média, no período de um ano, inferior a 100 unidades de carga por dia terão prazo até 31 de dezembro de 2014 para instalar escâneres de contêineres. O novo prazo também valerá para os recintos alfandegados que comprovem a compra e o não recebimento por dificuldades da empresa fornecedora. O governo argumenta que a dilatação do prazo, que acabou em 2012, é necessária para viabilizar o investimento nos portos pequenos e resolver problemas de fornecimento. Quem recebeu os equipamentos até a data de edição da MP (27 de dezembro de 2013), mas fora do prazo, não será multado. Este relatório foi preparado pela SAFRAS & MERCADO para uso exclusivo por parte dos seus clientes, sendo proibida sua reprodução, mesmo que parcial, sob qualquer forma, exceto mediante autorização prévia e por escrito. Este relatório é distribuído somente com o objetivo de prover informações e não representa, em nenhuma hipótese, indicação, sugestão ou ainda oferta de compra e venda de qualquer instrumento financeiro ou serviço. As informações contidas neste relatório são obtidas no mercado de fontes confiáveis na data na qual este relatório foi publicado, entretanto, a SAFRAS & MERCADO não garante que as informações aqui contidas estejam isentas de erros das fontes primárias. As opiniões contidas neste relatório são meras avaliações de mercado e estimativas, estando, portanto, sujeitas a mudanças e não representam nenhuma recomendação.
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