UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA LEONARDO DIAS PEREIRA/

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA LEONARDO DIAS PEREIRA/ 06021001501"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA LEONARDO DIAS PEREIRA/ ANÁLISE DA METODOLOGIA DE LEVANTAMENTO EXPERIMENTAL PARA OBTENÇÃO DOS PARÂMETROS DA SUSPENSÃO DE UM VEÍCULO AUTOMOTOR BELÉM 2011

2 LEONARDO DIAS PEREIRA/ ANÁLISE DA METODOLOGIA DE LEVANTAMENTO EXPERIMENTAL PARA OBTENÇÃO DOS PARÂMETROS DA SUSPENSÃO DE UM VEÍCULO AUTOMOTOR Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Colegiado da Faculdade de Engenharia Mecânica do Instituto de Tecnologia da Universidade Federal do Pará para obtenção do grau de Engenheiro Mecânico Orientador: Prof. Dr. Newton Sure Soeiro BELÉM 2011

3 LEONARDO DIAS PEREIRA/ ANÁLISE DA METODOLOGIA DE LEVANTAMENTO EXPERIMENTAL PARA OBTENÇÃO DOS PARÂMETROS DA SUSPENSÃO DE UM VEÍCULO AUTOMOTOR Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para obtenção do grau de Engenheiro Mecânico pela Universidade Federal do Pará. Submetido à banca examinadora constituída por; Prof. Dr. Eng. Newton Sure Soeiro UFPA Orientador, Presidente Prof. Dr. Gustavo da Silva Vieira de Melo UFPA Membro Examinador Prof. Me. Eng. Walter dos Santos Sousa UFPA Membro Examinador Profª. Me. Eng. Keliene Maria Sousa de Jesus UFPA Membro Examinador Julgado em de de 2011 Conceito: BELÉM 2011

4 Dedico aos meus pais José Carlos Rodrigues Pereira e Maria Laudecy Dias Pereira, á minha irmã Wilmara Beserra Pereira e ao meu irmão Fernando Dias Pereira

5 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus por ter me proporcionado saúde e motivação para realização deste trabalho. Aos meus pais que sempre buscaram proporcionar condições favoráveis para o meu desenvolvimento pessoal e profissional e pela compreensão, amor e amizade que sempre deixaram evidente, contribuindo de forma significativa para a realização deste e de todos os trabalhos ao longo de todos os anos da minha vida. Ao Prof. Dr. Newton Sure Soeiro por ter proporcionado todos os recursos e condições necessários para a realização deste trabalho, pela oportunidade oferecida para participar do grupo de Vibrações e Acústica no Programa de Monitoria. Ao Prof. Dr. Antonio Luciano Seabra e a todos os integrantes do Grupo PET- Mecânica que me proporcionaram longos anos de intensa aprendizagem. Ao Prof. Me. Celso Coelho pelos conselhos e orientação em vários momentos de dúvida e indecisão. Ao Professores que fizeram parte da minha banca examinadora. À PROEG, CAPES e Sisu/Mec pelas bolsas de estudo concedidas durante os anos de graduação até a realização deste trabalho. Aos colegas integrantes do GVA, pela amizade, companheirismo, incentivo, colaboração e por proporcionarem um ambiente de trabalho mais descontraído, em especial ao Fábio Setúbal, pelo apoio na realização dos ensaios experimentais, Adry Kleber e Danilo Braga pelo grande apoio na modelagem numérica realizada. Ao Rodrigo Galvão pelo fornecimento de documentos de grande importância para a realização dos experimentos. Aos meus amigos Bruno Cayres, que compartilhou diversos momentos de dificuldade e de alegria ao longo da graduação e que me acompanhou na empreitada de graduação sanduíche numa faculdade francesa em Grenoble, ao Jordane Beltrão pela amizade de longos anos, inclusive na graduação. À Jahnne Brandão por longos anos de companheirismo e amizade, sempre compartilhando momentos de felicidade. À Alessandra Braga por sua presença, tanto na vida pessoal quanto profissional, vindo sempre com palavras de apoio e alegria em momentos de dificuldade e por sua grande contribuição nas sugestões para a formatação deste trabalho.

6 De que adianta conhecer todas as ciências se não conhecer a você mesmo? Luis Carlos Mazzini

7 RESUMO O presente trabalho se propõe sistematizar uma metodologia para o levantamento de parâmetros de um veículo que servirão de base para trabalhos futuros, obtendo com base nesses parâmetros um modelo matemático para a quantificação de vibração de corpo inteiro, O modelo é representado por dados experimentais que auxiliarão no desenvolvimento de uma metodologia de calibração do modelo a partir dos mesmos, tal que seja possível inferir, neste trabalho, as condições reais de exposição à vibração para características operacionais distintas do veículo, utilizando para este fim de recursos numérico assistidos por computador os quais auxiliaram na determinação e validação dos dados experimentais. Os resultados possibilitaram identificar quais aspectos do métodos numéricos e experimentais se deve dar maior atenção, podendo estimar em função desses erros estatísticos e sistemáticos presentes na metodologia trabalhada. Palavras-chave: Vibração, Automóveis, Metodologia, Numérica, Experimental

8 LISTA DE FIGURAS Figura 3.1 Sistema de eixos coordenados adotados no estudo da dinâmica veicular Figure 3.2 Modelo físico de pneu considerando ponto de contato Figure 3.3 Modelo físico de pneu considerando ponto de contato sem amortecimento Figura 3.4 Ilustração das partes de uma suspensão e representação dos principais parâmetros Figura 3.5 Ilustração das massa suspensas e não suspensas de um veículo Figura 3.6 Viga com tensão constante Figura 3.7 (a) Viga com tensão constante cortadas em tiras. (b) Tiras montadas na forma de molas planas Figura 3.8 Conjunto embolo-pistão Figura 3.9 Sistema sub-amortecido (WOLTER, 1998) Figura 3.10 Sistema criticamente amortecido (WOLTER, 1998) Figura 3.11 Sistema super-amortecido (WOLTER, 1998) Figura 3.12 Modelo de ½ veiculo com 2 GDL Figura Indicações das cotas de altura e localização horizontal do CG Figura Discriminação das dimensões do veículo Figura Máquina de ensaio KRATOS, TRCv59D-USB, e o sistema de aquisição de dados Figura 4.3 Disposição da mola nos suportes da máquina de ensaios Figura 4.4 Gráfico Força (kgf)= 10,300 x Alongamento linear (mm)= 5, Figura 4.5 Gráfico Força (kgf)= 20,500 x Alongamento linear (mm)= 12, Figura 4.6 Gráfico Força (kgf)= 40,900 x Alongamento(mm)= 24, Figura 4.7 Gráfico Força (kgf)= 54,000 x Alongamento linear (mm)= 31,080) Figura 4.8 Gráfico Força (N) x Alongamento linear (m) Figura 4.9 Cadeia de medição para o ensaio da viga de aço Figura 4.10 Cadeia de medição para o ensaio da viga de aço Figura Representação da viga modelada como sistema contínuo Figura 4.12 Curvas das FRF, Coerência e Espectro de Fase da primeira medida da viga Figura 4.13 Curvas das FRF, Coerência e Espectro de Fase da segunda medida da viga Figura 4.14 Curvas das FRF, Coerência e Espectro de Fase da terceira medida da viga Figura 4.15 Curvas das FRF, Coerência e Espectro de Fase da primeira medida da viga Figura 4.16 Curvas das FRF, Coerência e Espectro de Fase da segunda medida da viga Figura 4.17 Curvas das FRF, Coerência e Espectro de Fase da terceira medida da viga Figura 4.18 Curvas das FRF, Coerência e Espectro de Fase da primeira medida da viga Figura 4.19 Curvas das FRF, Coerência e Espectro de Fase da segunda medida da viga Figura 4.20 Curvas das FRF, Coerência e Espectro de Fase da terceira medida da viga Figura Representação do elemento utilizado no modelo do feixe de molas Figura 4.22 Modelo de elementos finitos do feixe de molas... 49

9 Figura 4.23 Condição de contorno do modelo de elementos finitos do feixe de molas Figura 4.24 Deformação e estrutura não-deformada para o esforço de 100 N Figura 4.25 Deformação e estrutura não-deformada para o esforço de 200 N Figura 4.26 Deformação e estrutura não-deformada para o esforço de 400 N Figura 4.27 Deformação e estrutura não-deformada para o esforço de 540 N Figura 4.28 Cadeia de medição de FRF para o veículo Figura 4.29 Cadeia de medição de FRF para o veículo Figura 4.30 Escolha do ponto de acoplamento do acelerômetro Figura 4.31 Escolha do ponto médio das vistas frontais e traseiras para acoplamento do acelerômetro Figura 4.32 Aplicação de uma condição inicial ao carro na configuração indicada Figura 4.33 Modelo simplificado para ensaio da suspensão traseira Figura 4.34 Modelo simplificado para ensaio da suspensão dianteira Figura ª medição da FRA para o eixo traseiro Figura ª medição da FRA para o eixo traseiro Figura ª medição da FRA para o eixo traseiro Figura ª medição da FRA para o eixo traseiro Figura ª medição da FRA para o eixo traseiro Figura ª medição da FRA para o eixo dianteiro Figura ª medição da FRA para o eixo dianteiro Figura ª medição da FRA para o eixo dianteiro Figura ª medição da FRA para o eixo dianteiro Figura ª medição da FRA para o eixo dianteiro Figura 4.45 FRA Matlab equivalente a 3ª medição para o eixo traseiro Figura 4.46 FRA Matlab equivalente a 4ª medição para o eixo traseiro Figura 4.47 FRA Matlab equivalente a 5ª medição para o eixo traseiro Figura 4.48 FRA Matlab equivalente a 7ª medição para o eixo traseiro Figura 4.49 FRA Matlab equivalente a 14ª medição para o eixo traseiro Figura 4.50 Determinação do momento de inércia... 65

10 LISTA DE SÍMBOLOS deflexão de uma mola helicoidal N número de espiras ativas da mola helicoidal F força que age sobre uma mola helicoidal diâmetro médio da mola helicoidal diâmetro do fio da mola helicoidal módulo de cisalhamento constante de rigidez da mola helicoidal módulo de elasticidade largura da viga de seção variável h espessura da viga de seção variável comprimento da viga de seção variável constante de rigidez das molas planas c é o coeficiente de amortecimento do amortecedor, em N.s/m é o coeficiente de amortecimento critico, em N.s/m m é a massa do sistema, em kg ω é a freqüência natural, em rad/s k é a constante de elasticidade da mola, em N/m δ é o decremento logarítmico, adimensional n é o número de picos, adimensional é a amplitude do primeiro pico analisado, em / é a amplitude do último pico analisado, em / ξ é o fator de amortecimento, adimensional k é a rigidez da mola dianteira a é a distância do ponto de conexão da mola k até o CG do veículo. b é a distância do ponto de conexão da mola k até o CG do veículo k é a rigidez da mola traseira = reação na roda direita traseira (normalmente em kgf); = reação na roda esquerda traseira (normalmente em kgf); = Distância entre eixos em milímetros; = Peso total (normalmente em kgf); : Massa total do veículo

11 : Massa medida nas rodas dianteiras : Massa medida nas rodas traseiras : Massa não suspensa da suspensão dianteira : Massa não suspensa da suspensão traseira A (Pára-choque dianteiro até centro da roda dianteira) B (Centro da roda dianteira ate centro da roda traseira) C (Centro da roda traseira ate pára-choque traseiro) D (Pára-choque dianteiro ate pára-choque traseiro) ω frequência natural do sistema ρ massa específica do material da viga momento de inércia de área constante de rigidez traseira equivalente constante de rigidez dianteira equivalente

12 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO Objetivos gerais Objetivos específicos Metodologia de pesquisa Estruturação do trabalho REVISÃO DA LITERATURA REVISÃO TEÓRICA Introdução Dinâmica Veicular Pneu Modelos de Pneu Modelo de Ponto de Contato Modelo ponto de contato não amortecido Sistemas de suspensão Massa Massa suspensa Massa não suspensa Molas Molas helicoidais Molas planas Amortecedor Vibrações mecânicas Classificação de vibrações Graus de liberdade Coeficiente de amortecimento crítico e fator de amortecimento Amortecimento do movimento Sistema subamortecido Sistema Criticamente Amortecido Movimento Super-amortecido Decremento logarítmico (δ) Modelo matemático simplificado do veiculo PARÂMETROS DO SISTEMA Características gerais do veículo Massas não suspensa Massas suspensa Características elásticas da suspensão Molas da suspensão dianteira Determinação da Constante Elástica Experimentalmente Determinação da Constante Elástica Analiticamente Feixe de molas da suspensão traseira Análise experimental

13 Modelagem da viga como sistema contínuo Modelagem do feixe de molas no ANSYS para determinação do coeficiente de 48 rigidez Determinação Analítica do coeficiente de rigidez do feixe de molas transversais Características do amortecimento da suspensão Método experimental para obtenção do coeficiente de amortecimento Método analítico para obtenção do coeficiente de amortecimento Cálculo da rigidez equivalente Cálculo do momento de inércia ANÁLISE DOS RESULTADOS Análise das características elásticas Molas da suspensão dianteira Molas da suspensão traseira Análise do amortecimento da suspensão CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS Considerações finais Sugestões para trabalhos futuros REFERÊNCIAS APÊNDICE A Modelo de viga como sistema contínuo APÊNDICE B - Cálculo do módulo de elasticidade de uma viga engastada APÊNDICE C - Vibração livre com amortecimento viscoso / Equação de movimento

14 13 1 INTRODUÇÃO A suspensão de um automóvel destina-se a diminuir as trepidações que resultam do contato das rodas com o solo. Esta compreende todos os elementos que participam da estabilidade, firmeza e controle (MAIA, 2002). Valle (1982) afirma que na suspensão veicular existem dois fatores importantes a serem considerados como conforto dos ocupantes e segurança na estrada. A segurança é indicada pelo valor de força de contato entre o pneu e o solo. Com isso, atribui-se grande importância ao conhecimento das características de um veículo de passeio. Como indicativos de conforto dos ocupantes são utilizadas as acelerações que atuam sobre os mesmos. Na relação veículo automotor-homem o conforto e também o desempenho são as maiores demandas. Assim, para atender a esta demanda e quantificar o quanto o veículo é confortável ao homem alguns estudos publicados na SAE-Ride and Vibration Data Manual, de 1965, relataram a tolerância do corpo humano a tais vibrações. As vibrações verticais atingem as pessoas pelos pés e pelas nádegas. Estas vibrações causam desgaste precoce na coluna vertebral, tais como, degeneração dos discos intervertebrais e o desenvolvimento de artrose, além de perturbações no sistema digestivo e o aumento da susceptibilidade a doenças da próstata e hemorróidas (SELL, 2002). Os efeitos sobre as rodas seriam considerados outro problema, caso não existissem os amortecedores. Sempre que uma das rodas passasse sobre uma irregularidade a mola oscilaria indefinidamente. Esse aspecto acabaria por ser desconfortável para os ocupantes do veículo e, sobretudo, prejudicial para a estabilidade dinâmica (PASSARINI, 2009). 1.1 Objetivos gerais O presente trabalho se propõe sistematizar uma metodologia para o levantamento de parâmetros de um veículo que servirão de base para trabalhos futuros, obtendo com base nesses parâmetros um modelo matemático para a quantificação de vibração de corpo inteiro, tal estudo faz parte de uma dissertação de mestrado desenvolvida. O modelo é representado por dados experimentais que auxiliarão no desenvolvimento de uma metodologia de calibração do modelo a partir dos mesmos, tal que seja possível inferir, neste trabalho, as condições reais de exposição à vibração para características operacionais distintas do veículo, utilizando para este fim de recursos numérico assistidos por computador os quais auxiliaram na determinação e validação dos dados experimentais.

15 Objetivos específicos Estimar experimentalmente e analiticamente as constantes de rigidez dos pneus, molas helicoidais da suspensão dianteira e feixe de molas planas da suspensão traseiras, o coeficiente de amortecimento do sistema de suspensão traseiro e dianteiro. Elaborar um modelo numérico computacional para descrever o comportamento do feixe de molas transversal da suspensão traseira. Avaliar a influência das constantes de rigidez equivalente das molas dianteiras e traseiras ao se comparar a rigidez calculada para cada elemento de mola àquela calculada do analiticamente. Elaborar um modelo numérico simplificado para obter o comportamento dinâmico vertical do veiculo automotor. 1.3 Metodologia de pesquisa Com base na proposta deste trabalho, que é apresentar uma metodologia para o levantamento e análise de dados experimentais os quais servirão de base para determinação e validação de um modelo matemático simplificado referente à dinâmica vertical do veiculo automotor alvo de estudo conforme especificado nos objetivos. Com base em conceitos teóricos da área de estudo de vibrações mecânicas, foram aplicados ensaios não destrutivos aos componentes da suspensão veicular com o objetivo de determinar seus parâmetros e comportamento para que uma análise sobre a influência deste componente na dinâmica vertical fosse avaliada. Após a coleta de dados experimentalmente foi possível desenvolver modelos matemáticos com os mesmos parâmetros coletados experimentalmente, para que fosse possível a comparação dos modelos experimentais e analíticos. Para alguns componentes, foi possível também desenvolver modelos numéricos computacionais e/ou aplicaram-se rotinas computacionais em MATLAB para facilitar os cálculos. Por fim, foi realizada a análise de todos os dados levantados e desenvolvidos anteriormente, tornando possível a comparação dos modelos experimentais, analíticos e

16 numéricos que visem indicar maior ou menor qualidade das informações que irão alimentar um modelo matemático mais detalhado a ser desenvolvido em trabalhos futuros Estruturação do trabalho O capítulo 2 é a revisão da literatura a respeito dos sistemas de suspensão e do levantamento experimental de parâmetros da suspensão e vem ressaltando a importância do estudo das características e do comportamento da suspensão e como esta afeta a transmissão de vibração para o corpo humano. O capítulo 3 faz uma breve descrição de vários conceitos teóricos aplicados ao longo deste trabalho que servirão de base para determinação de modelos de estudo e dos parâmetros de importante quantificação no veículo estudado. O capítulo 4 aborda toda a metodologia experimental utilizada para a determinação das grandezas estudadas neste trabalho, quantificando e validando uma série de valores e comportamentos observados no estudo realizado. O capítulo 5 apresenta a analise e discussão dos resultados apresentados até então. E avaliação da qualidade das medições e de todos os procedimentos, sejam eles analíticos, numéricos ou experimentais. O capítulo 6 apresenta as conclusões do trabalho realizado com discussões de melhorias e sugestões de possíveis trabalhos sobre temas relacionados.

17 16 2 REVISÃO DA LITERATURA O objetivo desta seção é apresentar uma revisão da literatura sobre os aspectos mais relevantes para o desenvolvimento deste trabalho principalmente no que diz respeito às métricas utilizadas para a quantificação dos parâmetros do veículo e suas influências na dinâmica do mesmo. Santos e Barbosa (2007) citaram Stone e Ball (2004) que definem a suspensão como todo o sistema que faz a interface entre a estrutura do veículo e a superfície da pista. De acordo com os autores, as principais funções da suspensão são: isolar os passageiros e a carga transportada de vibrações causadas por irregularidades da pista, promover estabilidade e segurança às manobras do veículo e manter os pneus sempre em contato ao solo, garantindo as interações de contato necessárias entre pneu e pista. Lanchester (1907) determinou que a forma de determinação aproximada do período da suspensão era utilizar 2 ou 3 homens para excitar o chassi do veículo verticalmente com movimento oscilatório tentando acompanhar a freqüência própria de oscilação. Ao mesmo tempo, um observador contava o número de ciclos no tempo. Valle, Kretzer e Souza (1982) evidenciam que no levantamento de parâmetros da suspensão de um veículo se deve destacar três parâmetros fundamentais: massa, mola e amortecedor. As propriedades de rigidez e amortecimento estão relacionadas com a representação do comportamento de elementos flexíveis e dissipativos como os pneus, molas, buchas, coxins e amortecedores. De forma geral, estes componentes são caracterizados através de curvas de força por deflexão ou força por velocidade (LEAL e BORGES, 2003). Maia (2002) descreve modelos para cada um dos elementos presentes na suspensão do veículo, especificando as características de cada um e demonstrando, ao implementar os modelos, como tais elementos influenciam o comportamento do veículo segundo a análise de sensibilidade aplicada ao modelo numérico completo. Soares (2005) desenvolveu um estudo da dinâmica vertical de um veículo off-road de competição com o auxilio de uma ferramenta computacional de simulação de sistemas multicorpos, incluindo os modelos da suspensão dianteira, suspensão traseira, sistema de direção, pneus e massas suspensas. O autor se beneficiou dos recursos disponíveis para analisar a variação dos parâmetros de projeto e suas influências no conforto do veículo durante a simulação. Leal e Borges (2003) desenvolveram um projeto de veículo através de utilização de técnicas multicorpos e métodos de elementos finitos. A metodologia envolve a definição de

18 17 modelos de geometria CAD para os componentes de um veículo de referência, comportamento dinâmico vertical através de teste de campo com o veículo e propriedades de rigidez para molas, pneus e buchas por meio de uma avaliação experimental dos parâmetros envolvidos na simulação, concluindo que o modelo computacional se comportou como esperado e de maneira consistente em relação aos dados experimentais medidos no ensaio de dinâmica vertical. Ferreira (2003) obteve em seu trabalho as freqüências naturais e os modos de vibrar da massa suspensa e não suspensa de um veículo comercial através de um programa computacional desenvolvido em MatLab-Simulink. As frequências naturais dessas massas foram obtidas teoricamente e através de ensaios em laboratório, tendo após isso seus valores comparados. O autor ressalta que o conhecimento desses valores é o primeiro passo para a análise da dinâmica vertical do veículo. Por fim, provou-se que os resultados experimentais e teóricos mantiveram-se próximos mostrando que a rotina computacional desenvolvida é uma opção para o projeto e otimização da suspensão de veículos comerciais. Santos e Barbosa (2007) estudaram o comportamento dinâmico vertical do sistema de suspensão de um veículo off-road comercial e a validaram uma metodologia para o estudo de sistemas multicorpos. Equações de movimento do modelo foram desenvolvidas a partir do formalismo de Kane através do software de multicorpos Autolev. Determinadas as equações dinâmicas do veículo e de posse de alguns perfis de pista, foram realizadas algumas simulações com o modelo desenvolvido visando a validação do mesmo Rezende e Borges (2006) desenvolveram em seu trabalho a modelagem e a validação experimental de um modelo computacional de suspensão duplo triângulo, para implementação em bancada de laboratório. Para isto, os autores construíram um protótipo de ¼ de veículo e este submetido a ensaios com diferentes ajustes de parâmetros de suspensão e diferentes fontes de excitação. Estes ensaios foram reproduzidos utilizando um modelo computacional construído com base na metodologia multicorpos, no software ADAMS. Almeida (2002) desenvolveu em seu trabalho técnicas para simulação e controle de uma suspensão de automóvel utilizando modelos dinâmicos com um, dois e três graus de liberdade. O autor obteve um sistema que satisfizesse as condições de estabilidade e desempenho, estando apto para aplicações práticas, pois os resultados puderam ser comparados adequadamente a dados analíticos, numéricos e experimentais da literatura.

19 18 3 REVISÃO TEÓRICA 3.1 Introdução O objetivo deste capítulo é apresentar uma revisão da teoria aplicada no desenvolvimento deste trabalho. A revisão da teoria está subdivida em seções que apresentam as características da dinâmica veicular abordando diversos aspectos relacionadas à mesma e segue apresentando todos os procedimentos experimentais, analíticos e numéricos adotadas para determinação dos parâmetros da suspensão veicular. Algumas seções também tratam de outras características responsáveis pelo comportamento dinâmico nos veículos de passeio. 3.2 Dinâmica Veicular O estudo das forças que agem sobre um veículo automotor em movimento é conhecido como dinâmica veicular. O movimento do veículo é definido com referência a um sistema de coordenadas ortogonais fixo ao centro de gravidade (CG) do veículo e pela convenção SAE (Sociedade de Engenharia Automotiva). Essas coordenadas são apresentadas na Figura 3.1 abaixo. Figura 3.1 Sistema de eixos coordenados adotados no estudo da dinâmica veicular. Fonte: Maia, 2002 Os movimentos de rotação em torno dos eixos descritos acima são usualmente denominados pelas expressões na língua inglesa, roll para o movimento em torno do eixo x,

20 19 pitch para o movimento em torno do eixo y, e yaw para o movimento em torno do eixo z. Os movimentos de vertical puro (bouce), roll e pitch são os de maior importância no estudo da dinâmica vertical. Com relação aos movimentos e esforços que o veículo poderá ser submetido dividiu-se o estudo da dinâmica veicular em função de três grandes subsistemas: a) Dinâmica longitudinal; b) Dinâmica lateral; c) Dinâmica Vertical; Como a superfície do terreno por onde o veículo trafega nem sempre é perfeitamente plana e regular, todo veículo deve ser projetado de forma que suas quatro rodas possam se adaptar à estrada mesmo que esta apresente certas irregularidades. Além disso, é necessário também que durante o deslocamento do veículo as rodas sejam capazes de oscilar elasticamente e absorver as irregularidades do terreno, a fim de evitar que as vibrações correspondentes sejam transmitidas à estrutura do veículo e consequentemente aos passageiros e/ou cargas. Dessa forma, promove-se um aumento do conforto interno do veículo e da segurança. 3.3 Pneu O pneu é o elemento de transmissão das irregularidades do pavimento ao veículo, pois este elemento sofre esforço de contato da pista, quando interagindo com a mesma, e destacam-se como principais características a iteração com a estrada que produz força necessária para suportar, movimentar e direcionar o veículo. O pneu é utilizado também para amortecer parte das irregularidades da pista devendo então trabalhar com grande confiabilidade (MAIA, 2002). As características de construção do pneu o definem como um toroide visco-elástico, com modernos refinamentos e otimização de suas propriedades, isto é, um complexo sistema não linear cujo comportamento é difícil de quantificar (MAIA, 2002). Um pneu de carro de passageiros moderno tem uma massa de aproximadamente de 12 kg, sendo um terço composto realmente de borracha (4 kg de borracha, 2 kg de carbono, 2 kg de óleo, 3 kg de aço e 1 kg de rayon) (MAIA, 2002).

21 Modelos de Pneu Para a análise do comportamento dinâmico de um veículo quando trafegando em pista reta com irregularidades no pavimento, é necessário estabelecer um modelo que represente as forças verticais desenvolvidas pelos pneus sobre as massas não suspensas (CARREIRÃO, 2003). Vários modelos simplificados foram desenvolvidos na tentativa de aproximar suas propriedades e performances a um sistema não linear de materiais com características viscoelástico (MAIA, 2003 citou CAPTAIN et al., 1979). Dois modelos de pneus são descritos aqui apresentando níveis sucessivos de sofisticação Modelo de Ponto de Contato O modelo de pneu ponto de contato é representado pela combinação em paralelo do sistema mola - amortecedor que transmite a força da pista para o veículo conectado a pista através de um ponto de acordo com a Figura 3.2. Figure 3.2 Modelo físico de pneu considerando ponto de contato Fonte: Captain et al, 1979

22 Modelo ponto de contato não amortecido Este modelo nada mais é do que a simplificação do modelo ponto de contato descrito por Captain et al, Este é representado pelo sistema massa-mola que transmite a força do pavimento para o veículo com um elemento de contato com a pista representado por um ponto conforme se observa na Figura 3.3. Figure 3.3 Modelo físico de pneu considerando ponto de contato sem amortecimento. Fonte: Maia, 2002 (Adaptado pelo Autor) 3.4 Sistemas de suspensão Segundo Soares (2005) o termo suspensão surgiu quando as carruagens eram literalmente suspensas por molas fixadas ao teto da estrutura desses veículos. Afirma ainda que a utilização destas molas nas carruagens puxadas por cavalos demonstra que a busca por conforto em veículos é antiga e antecede o próprio automóvel. Mas foi no inicio do século XX que surgiram os primeiros estudos de engenharia, utilizando modelos matemáticos focados nos parâmetros de suspensão e na avaliação de conforto dos veículos. A suspensão de um automóvel destina-se a diminuir as trepidações que resultam do contato das rodas com o solo. Esta compreende todos os elementos que participam da estabilidade, firmeza e controle do veículo, e destaca-se por atender aos três princípios fundamentais da dinâmica veicular: isolamento do solo (road isolation), adesão à pista (road

23 22 holding), capacidade de curva (cornering). Estes princípios garantem conforto aos passageiros, a redução dos esforços estruturais, os quais podem gerar trincas, fissuras e rachaduras, e fornecem estabilidade nas curvas. Uma boa suspensão não permite que as irregularidades das superfícies das pistas sejam transmitidas à carroceria do veículo e mantém a adesão das rodas ao solo. A suspensão veicular é o dispositivo que reúne três componentes fundamentais que estão ilustrados na Figura 3.4: massa, mola e amortecedor. Figura 3.4 Ilustração das partes de uma suspensão e representação dos principais parâmetros. Fonte: Passarini, Massa A massa total de um veículo automotor pode ser divida em massa suspensa e massa não suspensa como pode ser observado na figura 3.5. Figura 3.5 Ilustração das massa suspensas e não suspensas de um veículo. Fonte: Passarini, 2009.

24 Massa suspensa Por muitos anos, os eixos, nos quais as rodas eram articuladas, eram fixados direto à estrutura do veículo (charretes, carroças, etc). A necessidade de isolamento da estrutura, das excitações geradas pela pista, motivou a inclusão de molas entre essa estrutura e os eixos do veículo. As primeiras carruagens a utilizar molas apresentaram seus corpos literalmente suspensos por feixes de molas, ou seja, as molas eram conectadas do teto do corpo da carruagem até outra estrutura que seguia até os eixos. Em função desta forma de construção, passou-se a utilizar o nome suspensão para o sistema que conecta o corpo principal do veículo com as rodas e eixos. E toda a massa sustentada ou suportada pelas molas é atualmente conhecida como massa suspensa do veículo, o que significa que as massas suspensas incluem todos os componentes do veículo que estão suspensos, por exemplo, o chassi, a carroçaria, a carga, o motor e a caixa de velocidades. A partir da inclusão das molas, os veículos (carruagens na época) passaram a apresentar um modo de vibrar com movimento predominante vertical da massa suspensa, como corpo rígido, oscilando sobre as molas da suspensão. Esse modo de vibrar é até hoje conhecido como modo de vibrar de massa suspensa Massa não suspensa O termo massa não suspensa é utilizado para definir os componentes do veículo que estão diretamente sujeitos aos choques da superfície da estrada. Estes incluem os eixos, rodas, cubos das rodas e partes da direção. Embora estes componentes sejam designados por massa não suspensas, estes ainda estão separadas da superfície da estrada pelos pneus, que funcionam como pequenas molas pneumáticas. As massas não suspensas estão ligadas às massas suspensas através dos componentes do sistema de suspensão. A sua vibração é transmitida às massas suspensas através das molas, de forma a que as duas massas vibram em gamas de frequências diferentes. A vibração de elevada frequência das massas não suspensas é convertida pelos elementos da suspensão numa vibração de mais baixa frequência.

25 Molas Qualquer elemento mecânico, metálico ou não, pode ser considerado uma mola. Em última análise, todos tem alguma elasticidade e respondem elasticamente pelo menos num pequeno intervalo de solicitações. Nos veículos as molas têm um papel fundamental para absorção das irregularidades do piso, se destacando assim como um dos principais componentes do sistema de suspensão. Para aplicabilidade em veículos é possível encontrar molas do tipo helicoidal, de lâminas que também são conhecidas como molas planas ou uma simples barra de torção (Passsarini, 2009) Molas helicoidais As helicoidais são as mais utilizadas por ser de fácil montagem e pela forma dimensional que ocupa pouco espaço na carroceria monobloco (MAIA, 2002). Elas tem seu comportamento comparado com uma barra de torção por ter esforço de torção nos fios que a constituem quando solicitados. O valor da deflexão em uma mola helicoidal pode ser calculado a partir do método de Castigliano. O resultado para a deflexão de uma mola com N espiras ativas, sob ação de uma força F, é mostrado na equação 3.1. Como a constante de k é definida como o esforço F dividido pela deflexão, o seu valor pode ser calculado conforme a equação 3.1. = 8 = 8 (3.1) Molas planas Já as molas planas são de mais simples fabricação em relação às helicoidais. Outra vantagem deste tipo de mola é a obtenção facilitada de uma ligação rígida entre o eixo e o chassi longitudinalmente e transversalmente. As molas planas também são conhecidas como molas de lâminas, por serem construídas por certo número de lâminas de aços superpostas de comprimento decrescente e ligadas por um parafuso central (ALMEIDA, 2002). O comportamento de molas planas é baseado em vigas de seção retangular e largura variável. A rigidez deste tipo de mola pode ser calculada analiticamente seguindo uma metodologia empregada nas Figura 3.6 e 3.7 (SANTOS, 2001).

26 25 Figura 3.6 Viga com tensão constante. Fonte: Santos, 2001 Figura 3.7 (a) Viga com tensão constante cortadas em tiras. (b) Tiras montadas na forma de molas planas. Fonte: Santos, 2001 Assim a constante de rigidez destas molas pode ser calculada pela equação 3.2. = = h 6 (3.2) Amortecedor O amortecedor é o componente responsável pela dissipação de energia oriunda das irregularidades das pistas e absorvida pelas molas. Este dispositivo é montado associado às molas e, através das rodas do veículo, precisa absorver as vibrações do sistema, prevenindo-o contra aumentos repentinos e diminuindo a influência de ressonâncias indesejáveis (MAIA, 2002).

27 26 O amortecedor mais utilizado em veículos, atualmente, é do tipo hidráulico o qual seu funcionamento basicamente consiste de um êmbolo (pistão) que se move no interior de um cilindro fechado agindo sobre um fluido. O fluido deve ser transportado de uma câmara para outra à medida que o pistão é acionado. O fluido se desloca através de orifícios feitos para comunicar uma câmera à outra e, assim, criar um efeito de amortecimento no embolo do amortecedor, conforme ilustrado na figura 3.8. orifícios Figura 3.8 Conjunto embolo-pistão. Fonte: Passarini, 2009 Dependendo do diâmetro dos orifícios e do fluído operante, será necessário certa força para movimentar o embolo. O fluído levará algum tempo para passar de uma câmara a outra e é capaz de absorver uma força brusca ou um impacto (PASSARINI, 2009). 3.5 Vibrações mecânicas Vibração ou oscilação é qualquer movimento que se repete, regular ou irregularmente, depois de um intervalo de tempo. Assim, para o perfeito entendimento deste tipo de movimento, torna-se necessário o estudo da oscilação de um corpo em torno de uma posição de equilíbrio, bem como das forças e/ou momentos a ele associadas. Em engenharia estes movimentos ocorrem em elementos de máquinas e nas estruturas em geral, quando

28 27 submetidas a ações dinâmicas (SOEIRO, 2008). O balançar de um pêndulo e o movimento de uma corda dedilhada são exemplos típicos de vibração (RAO, 2009). Em geral, um sistema vibratório inclui um meio para armazenar energia potencial (mola ou elasticidade), um meio para armazenar energia cinética (massa ou inércia) e um meio de perda gradual de energia (amortecedor) (RAO, 2009) Classificação de vibrações Na literatura encontra-se uma variedade de formas de classificar o fenômeno vibratório. Podem-se destacar algumas classificações que serão úteis para o desenvolvimento deste trabalho como, por exemplo: A vibração livre ocorre quando o movimento é mantido por uma força restauradora, gravitacional ou elástica (HIBBELER, 1998), que se observa após uma perturbação inicial, o sistema começa a oscilar por conta própria. A vibração forçada é causada por uma força externa periódica ou intermitente aplicada ao sistema. Essas duas formas de vibração podem ser tanto amortecidas quanto não-amortecidas. As vibrações nãoamortecidas continuam indefinidamente, pois os efeitos de atrito são desprezados na análise. Uma vez que as forças de atrito internas e externas estão sempre presentes, os movimentos de todos os corpos em vibrações são na realidade amortecidos. (HIBBELER, 1998) Graus de liberdade Para que o movimento vibratório de um sistema seja perfeitamente descrito (posição velocidade, aceleração) torna-se necessário que se escolha um sistema de coordenadas. Então em relação a este sistema de referencia, escolhido de forma arbitrária o número mínimo de coordenadas independentes requerido para descrever completamente o movimento de todas as partes que compõe o sistema a qualquer instante (NEWTON, 2008) Coeficiente de amortecimento crítico e fator de amortecimento O coeficiente de amortecimento crítico é definido como o valor do coeficiente de amortecimento para o qual a equação 3.3 seja igual a zero: c 2m k =0 (3.3) m c =2m k m =2 km=2mω

29 Para qualquer sistema amortecido, o fator de amortecimento ξ é definido como a razão entre o coeficiente de amortecimento e o coeficiente de amortecimento crítico: ξ= c c. (3.4) Amortecimento do movimento Observou nos estudos de vibrações três casos para o movimento vibratório amortecido que são o movimento subamortecido, o movimento criticamente amortecido e o movimento superamortecido conforme as seções seguintes Sistema subamortecido < Figura 3.9 Sistema sub-amortecido (WOLTER, 1998) Fonte: POGORELSKY, 2005 Quando c 4mk<0 ou, analogamente, ξ< 1. Neste caso, ocorre oscilação. A solução gráfica para um sistema com m=1, k=4 e c=1 é mostrada na Figura 3.9 (WOLTER, 1998). A literatura de vibrações nos mostra que o sistema subamortecido é um movimento harmônico amortecido de freqüência angular 1 ξ ω ; A equação ω = 1 ξ ω (3.5) é denominada freqüência de vibração amortecida. Pode-se provar que a frequência de vibração amortecida ω é sempre menor do que a frequência de vibração natural não amortecida ω (RAO, 2008).

30 Sistema Criticamente Amortecido = Figura 3.10 Sistema criticamente amortecido (WOLTER, 1998) Fonte: Pogorelsky, 2005 Neste caso c 4mk=0 ou ξ=1. Não há oscilação, isto é, a massa não passa pela sua posição original com o mesmo sentido da velocidade inicial uma segunda vez. Plotamos novamente a resposta do sistema anterior com c=4 na Figura 3.10 (WOLTER, 1998) Movimento Super-amortecido > Figura 3.11 Sistema super-amortecido (WOLTER, 1998) Fonte: Pogorelsky, 2005 Neste caso c 4mk>0 ou ξ> 1. Neste caso, também não há oscilação. A resposta do sistema para c=6 plotada está apresentada na Figura 3.11 (WOLTER, 1998).

31 Decremento logarítmico (δ) O decremento logarítmico representa a taxa de redução da amplitude de uma vibração livremente amortecida. É definido como logaritmo natural da razão entre duas amplitudes sucessivas (RAO, 2009). O decremento logarítmico pode ser calculado pela equação (3.6) ou pela equação (3.7). δ= 1 n lnx X (3.6) δ= 2 π ξ 1 ξ (3.7) 3.6 Modelo matemático simplificado do veiculo. O modelo de ½ veículo com dois GDL é um modelo mais elaborado, isto é considera os movimentos de translação e de rotação da carroceria, conforme figura 3.12 Seja então: m a massa da carroceria; o raio de giração relativo ao eixo horizontal, perpendicular ao plano da figura e passando pelo centro de gravidade CG. Figura 3.12 Modelo de ½ veiculo com 2 GDL. Fonte: Ferreira, 2003 As equações do movimento do centro de massa e do movimento plano fornecem: F =Mx k (x bθ) k (x+aθ) C (x bθ) C x +aθ =mx M =Jθ k (x bθ)b k (x+aθ)a+c x bθ b C (x +aθ)a=jθ Arrumando as equações: mx +(C +C )x + (C a C b)θ +(k +k )x+(k a k b)θ=0

32 31 Jθ +(C a C b)x + C a +C b θ +(k a k b)x+ k a +k b θ=0 Escrevendo na forma matricial m 0 0 j x + (C +C ) (C a C b) θ (C a C b) C a +C b x θ + (k +k ) (k a+k b) (k a k b) (k a +k b ) x θ = 0 (3.8) 0 O centro de gravidade pode ser calculado segundo o sistema abaixo seguindo uma metodologia simples discriminada na Figura 3.13 e na equação 3.9. Figura Indicações das cotas de altura e localização horizontal do CG CG a b = + Logo, Fonte: Autor = + = (3.9) Assim, é possível calcular os momentos de inércia do veículo quando o mesmo é apoiado em um ponto de referência.

33 32 4 PARÂMETROS DO SISTEMA Este capítulo apresenta a descrição dos procedimentos experimentais utilizados para determinação os parâmetros do sistema do veículo automotor alvo de estudo. Para realização dos ensaios experimentais foi selecionado o veículo Fiat Uno, 1000 cilindradas, 8 válvulas, 5 portas, ano 2006 com sistema bicombustível flex. Nas seções seguintes os parâmetros de tal veículos serão determinados segundo o modelo adotado no capítulo anterior. 4.1 Características gerais do veículo O veículo de estudo é um automóvel de passeio com tração dianteira e com sistema de suspensão dianteiro de rodas independentes, tipo McPherson com braços oscilantes inferiores, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos telescópicos de dupla ação (WET). O sistema de suspensão traseiro também é de rodas independentes com braços oscilantes inferiores e amortecedores hidráulicos telescópicos de dupla ação (WET). Feixe de molas transversais de três lâminas que atua também como barra estabilizadora nos movimentos assimétricos das rodas. Todas as articulações com coxins de borracha (FIAT AUTOMÓVEIS, 2006). As rodas empregadas no estudo são do tipo Rodas de ferro (5,5 x 14 ) e pneus tipo 175/65 R14; O peso do veículo foi mensurado em ordem de marcha (com abastecimentos, roda de reserva, ferramentas e acessórios). Para isso, primeiramente pesou-se o automóvel com as quatro rodas, depois com as duas rodas dianteiras e em fim com as duas rodas traseiras apoiadas sobre a balança. As massas medidas pela balança foram: =830 ; =520 ; =310. As dimensões levadas em consideração para este estudo estão determinadas abaixo e estão de acordo com as legendas da Figura 4.1. = 738,70 ; = 2.361,50 ; = 592,60 ; = 3.692,80.

34 33 Figura Discriminacão das dimensões do veículo. Fonte: Manual de Uso e Manutenção Fiat Uno/Fiorino Massas não suspensa Com o objetivo de estimar a massa não suspensa correspondente aos componentes dianteiros e traseiros da suspensão, mediu-se as massas alguns de seus elementos e determinou-se a massa parcial equivalente no ponto central das rodas. Somando estas massas parciais e considerando as duas rodas de cada suspensão, as massas aproximadas equivalentes dianteiras e traseiras são respectivamente. =63 = Massas suspensa A massa suspensa ( ) será calculada descontando da massa total do veículo ( ) e as massas equivalentes das suspensões concentradas nos centros das rodas. = +. Substituindo os dados citados anteriormente, temos: = = Características elásticas da suspensão Molas da suspensão dianteira Neste momento será determinada, analiticamente e experimentalmente, a constante de rigidez elástica da mola helicoidal, avalia-se os resultados obtidos e estimando o erro relativo das constantes.

35 Determinação da Constante Elástica Experimentalmente A mola de aço foi submetida a um ensaio de compressão mecânica na máquina de ensaios Kratos, modelo TRCv59D-USB, acoplada a um microcomputador com sistema de aquisição de dados localizada no Laboratório de ensaios destrutivos do Grupo de Pesquisa em Engenharia de Materiais (GPEMAT) da UFPA conforme pode ser observado na Figura 4.2. Figura Máquina de ensaio KRATOS, TRCv59D-USB, e o sistema de aquisição de dados. Fonte: FEITOSA, 2007 Com o uso de dois suportes foi possível posicionar a mola de maneira que ela se deformasse somente na direção vertical o máximo de tempo possível, e assim poder deformar em apenas um grau de liberdade. Ao equipamento foi fixada uma célula de carga de 500 kgf (correspondente a carga máxima aplicável), a partir de então foi possível determinar qual a variação do alongamento da mola para cinco cargas diferentes. A Figura 4.3 ilustra o procedimento experimentai. Figura 4.3 Disposição da mola nos suportes da máquina de ensaios. Após a configuração citada, foi possível determinar a velocidade de deslocamento da máquina para a compressão das quatro cargas aplicadas.

36 35 O software da máquina de ensaios nos fornece a relação Força (kgf) x Alongamento linear (mm). O mesmo apresentou: o relatório de ensaio, a célula de carga utilizada, a velocidade do deslocamento aplicado, a temperatura e a umidade relativa do ambiente. Podemos visualizar todas estas informações nos arquivos em anexo. Os gráficos ilustrados abaixo consideram como condição inicial (C.I) aquela em que a mola não sofre deformação e não há aplicação de carga sobre a mesma. Figura 4.4 Gráfico Força (kgf)= 10,300 x Alongamento linear (mm)= 5,840. Fonte: Máquina de ensaios Kratos Figura 4.5 Gráfico Força (kgf)= 20,500 x Alongamento linear (mm)= 12,140. Fonte: Máquina de ensaios Kratos

37 36 Figura 4.6 Gráfico Força (kgf)= 40,900 x Alongamento(mm)= 24,160. Fonte: Máquina de ensaios Kratos Figura 4.7 Gráfico Força (kgf)= 54,000 x Alongamento linear (mm)= 31,080). Fonte: Máquina de ensaios Kratos

38 37 Com os valores coletados dos gráficos acima foi possível calcular a rigidez correspondente como pode ser visto na tabela. As informações foram tratadas para que pudessem ser estudados no sistema internacional. Amostragem Tabela 4.1 Cosntantes dos experimentos para o cálculo da rigidez. Carga (N) Alongamento Linear (m) Rigidez Correspondente (N/m) C.I 0,00 0, ª Amostra 101,01 0, ,23 2ª Amostra 201,11 0, ,49 3ª Amostra 401,23 0, ,16 4ª Amostra 529,74 0, ,40 Média ,32 =16878,32 N/ A Tabela 4.1 deu origem ao gráfico que relaciona a carga aplicada ao sistema e o deslocamento linear representado na figura 4.8. A função gerada permite uma boa visualização do comportamento da reta o que nos permite afirmar, com boa aproximação, que a mola tem um comportamento linear. Por fim, temos que o valor da rigidez experimental da mola é o valor médio das constantes de rigidez correspondentes. Figura 4.8 Gráfico Força (N) x Alongamento linear (m) Rigidez Correspondente (N/m) 600,00 500,00 y = 16861x R² = 0,9995 Força (N) 400,00 300,00 200,00 100,00 0,00 0, , , , ,04000 Alongamento Linear (m) Rigidez Correspondente (N/m) Linear (Rigidez Correspondente (N/m))

39 Determinação da Constante Elástica Analiticamente Para confrontar valores e ter uma medida de referência optou-se pela determinação analítica da constante elástica de uma mola helicoidal sob carga axial com base na equação 3.1. Pelo procedimento analítico desenvolvido foi possível gerar valores como: para uma mola helicoidal de aço Callister (2007) diz que seu módulo de rigidez a torção (G) é 75,8 GPa, ou ,1597 Kgf/cm². O diâmetro do fio da mola (d) é igual a 12 mm e foi obtido com o uso de um paquímetro. O número de espiras (N) calculado é de 6. O diâmetro médio foi obtido por meio de uma média entre os diâmetros internos e externos de cada espira e encontrou-se o valor 123,07 mm. Submetendo esses valores a equação 3.1 descrita no capitulo anterior obteremos 17,568 kn/m correspondente a Rigidez analítica da mola como pode ser visto na equação. = N/m Feixe de molas da suspensão traseira Da mesma forma que para a mola dianteira, objetiva-se quantificar parâmetros da mola traseira. Porém, as molas presentes no sistema de suspensão traseiro apresentaram grande empecilho para quantificá-las pelos métodos convencionais, isso nos conduziu a necessidade do uso de instrumentos de medição para o teste de vibrações com martelo de impacto em um corpo de prova, para o qual determinamos o módulo de elasticidade. Posteriormente, utilizamos este valor num modelo numérico criado no software comercial Ansys que nos fornecerá o parâmetro alvo de nossas medições, coeficiente de elasticidade do feixe de molas. Figura 4.9 Cadeia de medição para o ensaio da viga de aço

40 Análise experimental. Conforme foi citado na introdução deste capítulo, informações sobre os parâmetros da maioria dos componentes, que tem influência na resposta de vibração do veículo, são escassas. Portanto, a solução mais apropriada adotada foi a realização de ensaios experimentais para quantificar esses parâmetros. Tentou-se, primeiramente, aplicar ensaios não destrutivos de compressão ao feixe de molas da suspensão traseira, porém, apesar da simplicidade do ensaio, foi muito difícil aplicar as cargas referentes à solicitação das molas em serviço nos ensaios, já que, quando as molas estão sendo solicitadas pelos esforços do percurso, as extremidades operam de forma que uma seja independente da outra. Portanto, para cada carga aplicada aos ensaios encontraram-se valores de rigidez diferentes, caracterizando, obviamente, a não linearidade do feixe de molas. No entanto, este problema se deu por um equivoco cometido na aplicação do esforço nas molas. Após cometer esse erro, buscou-se na literatura a forma que a solicitação é aplicada ao feixe de molas e a partir dessa informação percebeu-se que seria muito trabalhoso e custoso desenvolver uma cadeia de medição para a solicitação que o feixe de molas transversais necessitaria. Com base nessa dificuldade e tendo em mãos uma série de recursos numéricos e computacionais, optou-se por desenvolver um modelo numérico computacional que descrevesse toda a problemática em questão. Para criação de um modelo numérico computacional deparou-se com outra dificuldade que seria a caracterização do material utilizado no feixe de molas. A única informação presente na literatura era o tipo de aço utilizado, porém deixando claro que havia uma infinidade de materiais daquele tipo. Uma solução para este problema seria aplicar um ensaio de impacto pontual em corpo de prova do mesmo material. Para esta finalidade foi usado o martelo de impacto PCB modelo 086C04, acelerômetro PCB modelo 352B68 e o analisador de sinais PULSE B&K modelo A figura 4.9 mostra a cadeia de medição usada para o calculo das FRs da viga, a qual levou em consideração uma viga engastada, presa por uma morça. Um tutorial foi desenvolvido para reproduzir as configurações do software PULSELabshop e foi apresentado no relatório pertinente à calibração de acelerômetros (Apêndice D).

Controle de vibração significa a eliminação ou a redução da vibração.

Controle de vibração significa a eliminação ou a redução da vibração. Quais são os métodos mais utilizados para controle de vibrações? Defina um absorvedor de vibração? Qual é função de um isolador de vibração? Por que um eixo rotativo sempre vibra? Qual é a fonte da força

Leia mais

DESCRIÇÃO VALOR UNIDADE Comprimento máximo

DESCRIÇÃO VALOR UNIDADE Comprimento máximo CAPA Na capa da Ficha Técnica devem estar claramente as informações para identificação da equipe, escola, número do carro, semelhante às capas utilizadas nos relatórios de projeto da competição nacional.

Leia mais

Ivan Guilhon Mitoso Rocha. As grandezas fundamentais que serão adotadas por nós daqui em frente:

Ivan Guilhon Mitoso Rocha. As grandezas fundamentais que serão adotadas por nós daqui em frente: Rumo ao ITA Física Análise Dimensional Ivan Guilhon Mitoso Rocha A análise dimensional é um assunto básico que estuda as grandezas físicas em geral, com respeito a suas unidades de medida. Como as grandezas

Leia mais

Ensaio de torção. Diz o ditado popular: É de pequenino que

Ensaio de torção. Diz o ditado popular: É de pequenino que A UU L AL A Ensaio de torção Diz o ditado popular: É de pequenino que se torce o pepino! E quanto aos metais e outros materiais tão usados no nosso dia-a-dia: o que dizer sobre seu comportamento quando

Leia mais

Foto cortesia de Honda Motor Co., Ltd. Sistema de suspensão de braços triangulares superpostos no Honda Accord Coupe 2005

Foto cortesia de Honda Motor Co., Ltd. Sistema de suspensão de braços triangulares superpostos no Honda Accord Coupe 2005 Introdução Quando as pessoas pensam sobre o desempenho de um automóvel, geralmente vem à cabeça potência, torque e aceleração de 0 a 100 km/h. No entanto, toda a força gerada pelo motor é inútil se o motorista

Leia mais

Disciplina: Resistência dos Materiais Unidade I - Tensão. Professor: Marcelino Vieira Lopes, Me.Eng. http://profmarcelino.webnode.

Disciplina: Resistência dos Materiais Unidade I - Tensão. Professor: Marcelino Vieira Lopes, Me.Eng. http://profmarcelino.webnode. Disciplina: Resistência dos Materiais Unidade I - Tensão Professor: Marcelino Vieira Lopes, Me.Eng. http://profmarcelino.webnode.com/blog/ Referência Bibliográfica Hibbeler, R. C. Resistência de materiais.

Leia mais

CONSTRUINDO UMA PONTE TRELIÇADA DE PALITOS DE PICOLÉ

CONSTRUINDO UMA PONTE TRELIÇADA DE PALITOS DE PICOLÉ CONSTRUINDO UMA PONTE TRELIÇADA DE PALITOS DE PICOLÉ Objetivo do projeto. Neste projeto, você irá construir um modelo de ponte treliçada que já estará previamente projetada. Quando terminada a etapa construção,

Leia mais

FAPERJ & PIUES/PUC-Rio FÍSICA E MATEMÁTICA DO ENSINO MÉDIO APLICADAS A SISTEMAS DE ENGENHARIA

FAPERJ & PIUES/PUC-Rio FÍSICA E MATEMÁTICA DO ENSINO MÉDIO APLICADAS A SISTEMAS DE ENGENHARIA FAPERJ & PIUES/PUC-Rio FÍSICA E MATEMÁTICA DO ENSINO MÉDIO APLICADAS A SISTEMAS DE ENGENHARIA 1) INTRODUÇÃO Rio de Janeiro, 05 de Maio de 2015. A equipe desenvolvedora deste projeto conta com: - Prof.

Leia mais

Mandrilamento. determinado pela operação a ser realizada. A figura a seguir mostra um exemplo de barra de mandrilar, também chamada de mandril.

Mandrilamento. determinado pela operação a ser realizada. A figura a seguir mostra um exemplo de barra de mandrilar, também chamada de mandril. A UU L AL A Mandrilamento Nesta aula, você vai tomar contato com o processo de mandrilamento. Conhecerá os tipos de mandrilamento, as ferramentas de mandrilar e as características e funções das mandriladoras.

Leia mais

6 Conclusões e Trabalhos futuros 6.1. Conclusões

6 Conclusões e Trabalhos futuros 6.1. Conclusões 6 Conclusões e Trabalhos futuros 6.1. Conclusões Neste trabalho estudou-se o comportamento do sistema que foi denominado pendulo planar com a adição de uma roda de reação na haste do pendulo composta de

Leia mais

ROTEIRO 20 PÊNDULO SIMPLES E PÊNDULO FÍSICO

ROTEIRO 20 PÊNDULO SIMPLES E PÊNDULO FÍSICO ROTEIRO 20 PÊNDULO SIMPLES E PÊNDULO FÍSICO INTRODUÇÃO Estamos cercados de oscilações, movimentos que se repetem. Neste roteiro vamos abordar oscilações mecânicas para uma classe de osciladores harmônicos

Leia mais

CONCURSO DE ADMISSÃO AO CURSO DE FORMAÇÃO E GRADUAÇÃO FÍSICA CADERNO DE QUESTÕES

CONCURSO DE ADMISSÃO AO CURSO DE FORMAÇÃO E GRADUAÇÃO FÍSICA CADERNO DE QUESTÕES CONCURSO DE ADMISSÃO AO CURSO DE FORMAÇÃO E GRADUAÇÃO FÍSICA CADERNO DE QUESTÕES 1 a QUESTÃO Valor: 1,00 A L 0 H mola apoio sem atrito B A figura acima mostra um sistema composto por uma parede vertical

Leia mais

Funções de Posicionamento para Controle de Eixos

Funções de Posicionamento para Controle de Eixos Funções de Posicionamento para Controle de Eixos Resumo Atualmente muitos Controladores Programáveis (CPs) classificados como de pequeno porte possuem, integrados em um único invólucro, uma densidade significativa

Leia mais

LEI DE OHM. Professor João Luiz Cesarino Ferreira. Conceitos fundamentais

LEI DE OHM. Professor João Luiz Cesarino Ferreira. Conceitos fundamentais LEI DE OHM Conceitos fundamentais Ao adquirir energia cinética suficiente, um elétron se transforma em um elétron livre e se desloca até colidir com um átomo. Com a colisão, ele perde parte ou toda energia

Leia mais

Aproveitamento de potência de tratores agrícolas *

Aproveitamento de potência de tratores agrícolas * Aproveitamento de potência de tratores agrícolas * 1. Introdução Uma das principais fontes de potência, responsáveis pela alta produção agrícola com significante economia de mão-de-obra, é o trator agrícola.

Leia mais

As leis de Newton e suas aplicações

As leis de Newton e suas aplicações As leis de Newton e suas aplicações Disciplina: Física Geral e Experimental Professor: Carlos Alberto Objetivos de aprendizagem Ao estudar este capítulo você aprenderá: O que significa o conceito de força

Leia mais

Acoplamento. Uma pessoa, ao girar o volante de seu automóvel, Conceito. Classificação

Acoplamento. Uma pessoa, ao girar o volante de seu automóvel, Conceito. Classificação A U A UL LA Acoplamento Introdução Uma pessoa, ao girar o volante de seu automóvel, percebeu um estranho ruído na roda. Preocupada, procurou um mecânico. Ao analisar o problema, o mecânico concluiu que

Leia mais

a) O tempo total que o paraquedista permaneceu no ar, desde o salto até atingir o solo.

a) O tempo total que o paraquedista permaneceu no ar, desde o salto até atingir o solo. (MECÂNICA, ÓPTICA, ONDULATÓRIA E MECÂNICA DOS FLUIDOS) 01) Um paraquedista salta de um avião e cai livremente por uma distância vertical de 80 m, antes de abrir o paraquedas. Quando este se abre, ele passa

Leia mais

EXERCÍCIOS DE RECUPERAÇÃO PARALELA 4º BIMESTRE

EXERCÍCIOS DE RECUPERAÇÃO PARALELA 4º BIMESTRE EXERCÍCIOS DE RECUPERAÇÃO PARALELA 4º BIMESTRE NOME Nº SÉRIE : 1º EM DATA : / / BIMESTRE 3º PROFESSOR: Renato DISCIPLINA: Física 1 VISTO COORDENAÇÃO ORIENTAÇÕES: 1. O trabalho deverá ser feito em papel

Leia mais

4 Avaliação Econômica

4 Avaliação Econômica 4 Avaliação Econômica Este capítulo tem o objetivo de descrever a segunda etapa da metodologia, correspondente a avaliação econômica das entidades de reservas. A avaliação econômica é realizada a partir

Leia mais

e-mail: ederaldoazevedo@yahoo.com.br

e-mail: ederaldoazevedo@yahoo.com.br Centro de Ensino Superior do Amapá-CEAP Curso: Arquitetura e Urbanismo Assunto: Cálculo de Pilares Prof. Ederaldo Azevedo Aula 4 e-mail: ederaldoazevedo@yahoo.com.br Centro de Ensino Superior do Amapá-CEAP

Leia mais

IBM1018 Física Básica II FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Aula 6. O trabalho feito pela força para deslocar o corpo de a para b é dado por: = =

IBM1018 Física Básica II FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Aula 6. O trabalho feito pela força para deslocar o corpo de a para b é dado por: = = Energia Potencial Elétrica Física I revisitada 1 Seja um corpo de massa m que se move em linha reta sob ação de uma força F que atua ao longo da linha. O trabalho feito pela força para deslocar o corpo

Leia mais

0800 709 8000 - www.brasifmaquinas.com.br. Distribuidor exclusivo: Distrito Federal. Espírito Santo. Goiás. Minas Gerais. Paraná

0800 709 8000 - www.brasifmaquinas.com.br. Distribuidor exclusivo: Distrito Federal. Espírito Santo. Goiás. Minas Gerais. Paraná 0800 709 8000 - www.brasifmaquinas.com.br Distribuidor exclusivo: Distrito Federal. Espírito Santo. Goiás. Minas Gerais. Paraná Santa Catarina. São Paulo. Rio Grande do Sul. Tocantins ÍNDICE Confiança

Leia mais

DINÂMICA. Força Resultante: É a força que produz o mesmo efeito que todas as outras aplicadas a um corpo.

DINÂMICA. Força Resultante: É a força que produz o mesmo efeito que todas as outras aplicadas a um corpo. DINÂMICA Quando se fala em dinâmica de corpos, a imagem que vem à cabeça é a clássica e mitológica de Isaac Newton, lendo seu livro sob uma macieira. Repentinamente, uma maçã cai sobre a sua cabeça. Segundo

Leia mais

Capítulo 4 Trabalho e Energia

Capítulo 4 Trabalho e Energia Capítulo 4 Trabalho e Energia Este tema é, sem dúvidas, um dos mais importantes na Física. Na realidade, nos estudos mais avançados da Física, todo ou quase todos os problemas podem ser resolvidos através

Leia mais

Estrategia de resolução de problemas

Estrategia de resolução de problemas Estrategia de resolução de problemas Sistemas Isolados (p. 222) Muitos problemas na física podem ser resolvidos usando-se o princípio de conservação de energia para um sistema isolado. Deve ser utilizado

Leia mais

Movimento Harmônico Simples: Exemplos (continuação)

Movimento Harmônico Simples: Exemplos (continuação) Movimento Harmônico Simples: Exemplos (continuação) O Pêndulo Físico O chamado pêndulo físico é qualquer pêndulo real. Ele consiste de um corpo rígido (com qualquer forma) suspenso por um ponto O e que

Leia mais

Ensaio de tração: cálculo da tensão

Ensaio de tração: cálculo da tensão Ensaio de tração: cálculo da tensão A UU L AL A Você com certeza já andou de elevador, já observou uma carga sendo elevada por um guindaste ou viu, na sua empresa, uma ponte rolante transportando grandes

Leia mais

Miguel C. Branchtein, Delegacia Regional do Trabalho no Rio Grande do Sul

Miguel C. Branchtein, Delegacia Regional do Trabalho no Rio Grande do Sul DETERMINAÇÃO DE CONDIÇÃO DE ACIONAMENTO DE FREIO DE EMERGÊNCIA TIPO "VIGA FLUTUANTE" DE ELEVADOR DE OBRAS EM CASO DE QUEDA DA CABINE SEM RUPTURA DO CABO Miguel C. Branchtein, Delegacia Regional do Trabalho

Leia mais

Caminhões basculantes. Design PGRT

Caminhões basculantes. Design PGRT Informações gerais sobre caminhões basculantes Informações gerais sobre caminhões basculantes Os caminhões basculantes são considerados como uma carroceria sujeita à torção. Os caminhões basculantes são

Leia mais

Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto

Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto Prof. Walter Cunha falecomigo@waltercunha.com http://waltercunha.com PMBoK Organização do Projeto Os projetos e o gerenciamento

Leia mais

( ) ( ) ( ( ) ( )) ( )

( ) ( ) ( ( ) ( )) ( ) Física 0 Duas partículas A e, de massa m, executam movimentos circulares uniormes sobre o plano x (x e representam eixos perpendiculares) com equações horárias dadas por xa ( t ) = a+acos ( ωt ), ( t )

Leia mais

Elementos de Máquinas

Elementos de Máquinas Professor: Leonardo Leódido Introdução Definição Classificação Características Aplicação Representação Definição São elementos que ligam peças permitindo que essas se movimentem sem sofrerem alterações.

Leia mais

Como escrever um bom RELATÓRIO

Como escrever um bom RELATÓRIO Como escrever um bom RELATÓRIO Mas o que é uma EXPERIÊNCIA? e um RELATÓRIO? Profa. Ewa W. Cybulska Profa. Márcia R. D. Rodrigues Experiência Relatório Pergunta à Natureza e a procura da Resposta Divulgação

Leia mais

AS LEIS DE NEWTON PROFESSOR ANDERSON VIEIRA

AS LEIS DE NEWTON PROFESSOR ANDERSON VIEIRA CAPÍTULO 1 AS LEIS DE NEWTON PROFESSOR ANDERSON VIEIRA Talvez o conceito físico mais intuitivo que carregamos conosco, seja a noção do que é uma força. Muito embora, formalmente, seja algo bastante complicado

Leia mais

Um momento, por favor

Um momento, por favor Um momento, por favor A UU L AL A Outro domingo! Novo passeio de carro. Dessa vez foi o pneu que furou. O pai se esforça, tentando, sem sucesso, girar o parafuso da roda. Um dos filhos então diz: Um momento,

Leia mais

grandeza do número de elétrons de condução que atravessam uma seção transversal do fio em segundos na forma, qual o valor de?

grandeza do número de elétrons de condução que atravessam uma seção transversal do fio em segundos na forma, qual o valor de? Física 01. Um fio metálico e cilíndrico é percorrido por uma corrente elétrica constante de. Considere o módulo da carga do elétron igual a. Expressando a ordem de grandeza do número de elétrons de condução

Leia mais

Tratores Agrícolas 1

Tratores Agrícolas 1 Tratores Agrícolas 1 TRATOR AGRÍCOLA 1 DEFINIÇÃO???? Máquina autopropelida provida de meios que, além de lhe conferirem apoio estável sobre uma superfície horizontal, capacitam-no a tracionar, transportar

Leia mais

1 Descrição do Trabalho

1 Descrição do Trabalho Departamento de Informática - UFES 1 o Trabalho Computacional de Algoritmos Numéricos - 13/2 Métodos de Runge-Kutta e Diferenças Finitas Prof. Andréa Maria Pedrosa Valli Data de entrega: Dia 23 de janeiro

Leia mais

Universidade Gama Filho Campus Piedade Departamento de Engenharia de Controle e Automação

Universidade Gama Filho Campus Piedade Departamento de Engenharia de Controle e Automação Universidade Gama Filho Campus Piedade Departamento de Engenharia de Controle e Automação Laboratório da Disciplina CTA-147 Controle I Análise da Resposta Transitória (Este laboratório foi uma adaptação

Leia mais

ENGENHARIA MECÂNICA NA

ENGENHARIA MECÂNICA NA ENGENHARIA MECÂNICA NA Gonçalo Falcão Marta Ramos Paulo Fernandes Pedro Lima Pedro Forte Pedro Seabra 1M05_03 Supervisor: Monitor: Ana Reis Mário Silva Mestrado Integrado Engenharia Mecânica Motores Energy

Leia mais

GUINDASTE SOBRE CAMINHÃO STC1300. Capacidade de Elevação 130t

GUINDASTE SOBRE CAMINHÃO STC1300. Capacidade de Elevação 130t GUINDASTE SOBRE CAMINHÃO STC1300 Capacidade de Elevação 130t PÁGINA 01 GUINDASTE SOBRE CAMINHÃO STC1300 Comprimento da extensão total da lança principal de 60m, perfil U, placa de aço WELDOX de alta resistência.

Leia mais

OSCILAÇÕES: Movimento Harmônico Simples - M. H. S.

OSCILAÇÕES: Movimento Harmônico Simples - M. H. S. Por Prof. Alberto Ricardo Präss Adaptado de Física de Carlos Alberto Gianotti e Maria Emília Baltar OSCILAÇÕES: Movimento Harmônico Simples - M. H. S. Todo movimento que se repete em intervelos de tempo

Leia mais

Física FUVEST ETAPA. ε = 26 cm, e são de um mesmo material, Resposta QUESTÃO 1 QUESTÃO 2. c) Da definição de potência, vem:

Física FUVEST ETAPA. ε = 26 cm, e são de um mesmo material, Resposta QUESTÃO 1 QUESTÃO 2. c) Da definição de potência, vem: Física QUESTÃO 1 Um contêiner com equipamentos científicos é mantido em uma estação de pesquisa na Antártida. Ele é feito com material de boa isolação térmica e é possível, com um pequeno aquecedor elétrico,

Leia mais

Corte e dobra. Nesta aula, você vai ter uma visão geral. Nossa aula. Princípios do corte e da dobra

Corte e dobra. Nesta aula, você vai ter uma visão geral. Nossa aula. Princípios do corte e da dobra A U A UL LA Corte e dobra Introdução Nesta aula, você vai ter uma visão geral de como são os processos de fabricação por conformação, por meio de estampos de corte e dobra. Inicialmente, veremos os princípios

Leia mais

Multiplexador. Permitem que vários equipamentos compartilhem um único canal de comunicação

Multiplexador. Permitem que vários equipamentos compartilhem um único canal de comunicação Multiplexadores Permitem que vários equipamentos compartilhem um único canal de comunicação Transmissor 1 Receptor 1 Transmissor 2 Multiplexador Multiplexador Receptor 2 Transmissor 3 Receptor 3 Economia

Leia mais

4 Estudos de Casos Problema Direto

4 Estudos de Casos Problema Direto 35 4 Estudos de Casos Problema Direto Este capítulo mostra o resultado de simulações feitas a partir do modelo desenvolvido para veículos deformáveis descrito na tese de mestrado de DE CARVALHO, F. A.,

Leia mais

Minuta de Norma AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO HUMANA À VIBRAÇÃO VISANDO O CONFORTO DA COMUNIDADE PREFÁCIO

Minuta de Norma AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO HUMANA À VIBRAÇÃO VISANDO O CONFORTO DA COMUNIDADE PREFÁCIO Minuta de Norma AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO HUMANA À VIBRAÇÃO VISANDO O CONFORTO DA COMUNIDADE PREFÁCIO As vibrações afetam as pessoas de muitas formas causando desconforto, problemas de saúde, diminuição da

Leia mais

Força atrito. Forças. dissipativas

Força atrito. Forças. dissipativas Veículo motorizado 1 Trabalho Ocorrem variações predominantes de Por ex: Forças constantes Sistema Termodinâmico Onde atuam Força atrito É simultaneamente Onde atuam Sistema Mecânico Resistente Ocorrem

Leia mais

Capítulo 3. Avaliação de Desempenho. 3.1 Definição de Desempenho

Capítulo 3. Avaliação de Desempenho. 3.1 Definição de Desempenho 20 Capítulo 3 Avaliação de Desempenho Este capítulo aborda como medir, informar e documentar aspectos relativos ao desempenho de um computador. Além disso, descreve os principais fatores que influenciam

Leia mais

Introdução ao Projeto de Aeronaves. Aula 39 Relatório de Projeto Técnicas de Estruturação

Introdução ao Projeto de Aeronaves. Aula 39 Relatório de Projeto Técnicas de Estruturação Introdução ao Projeto de Aeronaves Aula 39 Relatório de Projeto Técnicas de Estruturação Tópicos Abordados Relatório de Projeto. Técnicas de Estruturação para uma boa Avaliação. Elaboração do Relatório

Leia mais

OBJETIVOS: CARGA HORÁRIA MÍNIMA CRONOGRAMA:

OBJETIVOS: CARGA HORÁRIA MÍNIMA CRONOGRAMA: ESTUDO DIRIGIDO COMPONENTE CURRICULAR: Controle de Processos e Instrumentação PROFESSOR: Dorival Rosa Brito ESTUDO DIRIGIDO: Métodos de Determinação de Parâmetros de Processos APRESENTAÇÃO: O rápido desenvolvimento

Leia mais

FÍSICA. Questões de 01 a 04

FÍSICA. Questões de 01 a 04 GRUPO 1 TIPO A FÍS. 1 FÍSICA Questões de 01 a 04 01. Considere uma partícula presa a uma mola ideal de constante elástica k = 420 N / m e mergulhada em um reservatório térmico, isolado termicamente, com

Leia mais

2. Representação Numérica

2. Representação Numérica 2. Representação Numérica 2.1 Introdução A fim se realizarmos de maneira prática qualquer operação com números, nós precisamos representa-los em uma determinada base numérica. O que isso significa? Vamos

Leia mais

- online Shaft Calculation

- online Shaft Calculation - online Shaft Calculation O Eficiente Software de Cálculo do Grupo Schaeffler Além de fornecer componentes de alta qualidade para atender as aplicações de nossos clientes, o suporte técnico é uma importante

Leia mais

Tópico 8. Aula Prática: Sistema Massa-Mola

Tópico 8. Aula Prática: Sistema Massa-Mola Tópico 8. Aula Prática: Sistema Massa-Mola. INTRODUÇÃO No experimento anterior foi verificado, teoricamente e experimentalmente, que o período de oscilação de um pêndulo simples é determinado pelo seu

Leia mais

Física Experimental - Mecânica - Conjunto Arete - EQ005.

Física Experimental - Mecânica - Conjunto Arete - EQ005. Índice Remissivo... 4 Abertura... 6 Guarantee / Garantia... 7 Certificado de Garantia Internacional... 7 As instruções identificadas no canto superior direito da página pelos números que se iniciam pelos

Leia mais

Questão 1. Questão 2. Resposta. Resposta

Questão 1. Questão 2. Resposta. Resposta Questão 1 Na natureza, muitos animais conseguem guiar-se e até mesmo caçar com eficiência, devido à grande sensibilidade que apresentam para a detecção de ondas, tanto eletromagnéticas quanto mecânicas.

Leia mais

Cap. 4 - Princípios da Dinâmica

Cap. 4 - Princípios da Dinâmica Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Física Física I IGM1 2014/1 Cap. 4 - Princípios da Dinâmica e suas Aplicações Prof. Elvis Soares 1 Leis de Newton Primeira Lei de Newton: Um corpo permanece

Leia mais

6. Geometria, Primitivas e Transformações 3D

6. Geometria, Primitivas e Transformações 3D 6. Geometria, Primitivas e Transformações 3D Até agora estudamos e implementamos um conjunto de ferramentas básicas que nos permitem modelar, ou representar objetos bi-dimensionais em um sistema também

Leia mais

Física Aplicada PROF.: MIRANDA. 2ª Lista de Exercícios DINÂMICA. Física

Física Aplicada PROF.: MIRANDA. 2ª Lista de Exercícios DINÂMICA. Física PROF.: MIRANDA 2ª Lista de Exercícios DINÂMICA Física Aplicada Física 01. Uma mola possui constante elástica de 500 N/m. Ao aplicarmos sobre esta uma força de 125 Newtons, qual será a deformação da mola?

Leia mais

IW10. Rev.: 02. Especificações Técnicas

IW10. Rev.: 02. Especificações Técnicas IW10 Rev.: 02 Especificações Técnicas Sumário 1. INTRODUÇÃO... 1 2. COMPOSIÇÃO DO IW10... 2 2.1 Placa Principal... 2 2.2 Módulos de Sensores... 5 3. APLICAÇÕES... 6 3.1 Monitoramento Local... 7 3.2 Monitoramento

Leia mais

Física Experimental - Mecânica - EQ005H.

Física Experimental - Mecânica - EQ005H. Índice Remissivo... 4 Abertura... 6 Guarantee / Garantia... 7 Certificado de Garantia Internacional... 7 As instruções identificadas no canto superior direito da página pelos números que se iniciam pelos

Leia mais

Medida da velocidade de embarcações com o Google Earth

Medida da velocidade de embarcações com o Google Earth UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Instituto de Física Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física Mestrado Profissional em Ensino de Física Medida da velocidade de embarcações com o Google Earth

Leia mais

Núcleo de Informática Aplicada à Educação Universidade Estadual de Campinas

Núcleo de Informática Aplicada à Educação Universidade Estadual de Campinas Núcleo de Informática Aplicada à Educação Universidade Estadual de Campinas Resumo A construção de dispositivos controlados através do computador, como ferramenta educacional associado ao trabalho com

Leia mais

Descobertas do electromagnetismo e a comunicação

Descobertas do electromagnetismo e a comunicação Descobertas do electromagnetismo e a comunicação Porque é importante comunicar? - Desde o «início dos tempos» que o progresso e o bem estar das sociedades depende da sua capacidade de comunicar e aceder

Leia mais

Ensaios Mecânicos de Materiais. Aula 10 Ensaio de Torção. Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues

Ensaios Mecânicos de Materiais. Aula 10 Ensaio de Torção. Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Ensaios Mecânicos de Materiais Aula 10 Ensaio de Torção Tópicos Abordados Nesta Aula Ensaio de Torção. Propriedades Avaliadas do Ensaio. Exemplos de Cálculo. Definições O ensaio de torção consiste em aplicação

Leia mais

Controle de Múltiplos Pivôs Centrais com um único Conjunto Motor-Bomba

Controle de Múltiplos Pivôs Centrais com um único Conjunto Motor-Bomba Controle de Múltiplos Pivôs Centrais com um único Conjunto Motor-Bomba Thiago de Lima MUNIZ, Bernardo Pinheiro de ALVARENGA, José Wilson de Lima NERYS, Antônio Marcos de Melo MEDEIROS Escola de Engenharia

Leia mais

Mecânica 2007/2008. 6ª Série

Mecânica 2007/2008. 6ª Série Mecânica 2007/2008 6ª Série Questões: 1. Suponha a=b e M>m no sistema de partículas representado na figura 6.1. Em torno de que eixo (x, y ou z) é que o momento de inércia tem o menor valor? e o maior

Leia mais

Capítulo 3 Propriedades Mecânicas dos Materiais

Capítulo 3 Propriedades Mecânicas dos Materiais Capítulo 3 Propriedades Mecânicas dos Materiais 3.1 O ensaio de tração e compressão A resistência de um material depende de sua capacidade de suportar uma carga sem deformação excessiva ou ruptura. Essa

Leia mais

Departamento de Matemática - UEL - 2010. Ulysses Sodré. http://www.mat.uel.br/matessencial/ Arquivo: minimaxi.tex - Londrina-PR, 29 de Junho de 2010.

Departamento de Matemática - UEL - 2010. Ulysses Sodré. http://www.mat.uel.br/matessencial/ Arquivo: minimaxi.tex - Londrina-PR, 29 de Junho de 2010. Matemática Essencial Extremos de funções reais Departamento de Matemática - UEL - 2010 Conteúdo Ulysses Sodré http://www.mat.uel.br/matessencial/ Arquivo: minimaxi.tex - Londrina-PR, 29 de Junho de 2010.

Leia mais

Alunas: Carine Pereira, Géssica do Nascimento e Rossana Mendes Rosa SEMINÁRIO DE ENERGIA E MOVIMENTO

Alunas: Carine Pereira, Géssica do Nascimento e Rossana Mendes Rosa SEMINÁRIO DE ENERGIA E MOVIMENTO Licenciatura em Ciências da Natureza: Habilitação em Biologia e Química UAC 32- Energia e Movimento Professor Sergio Mittmann dos Santos Alunas: Carine Pereira, Géssica do Nascimento e Rossana Mendes Rosa

Leia mais

DESCRITIVO TÉCNICO. 1 Alimentador

DESCRITIVO TÉCNICO. 1 Alimentador DESCRITIVO TÉCNICO Nome Equipamento: Máquina automática para corte de silício 45º e perna central até 400 mm largura Código: MQ-0039-NEP Código Finame: *** Classificação Fiscal: 8462.39.0101 1 Alimentador

Leia mais

Medidas de Grandezas Fundamentais - Teoria do Erro

Medidas de Grandezas Fundamentais - Teoria do Erro UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DO PONTAL Medidas de Grandezas Fundamentais - Teoria do Erro Objetivo As práticas que serão trabalhadas nesta aula têm os objetivos de

Leia mais

Medição tridimensional

Medição tridimensional A U A UL LA Medição tridimensional Um problema O controle de qualidade dimensional é tão antigo quanto a própria indústria, mas somente nas últimas décadas vem ocupando a importante posição que lhe cabe.

Leia mais

Recomendamos esta secção se quiser familiarizar-se com o mundo dos pneus para automóveis.

Recomendamos esta secção se quiser familiarizar-se com o mundo dos pneus para automóveis. Tudos Sobre Pneus Conhecimento Do Pneu Da Pirelli Mais de cem anos de experiência em tecnologia do pneu permitiu à Pirelli combinar nos seus produtos níveis máximos de segurança, longevidade, conforto

Leia mais

Decidir como medir cada característica. Definir as características de qualidade. Estabelecer padrões de qualidade

Decidir como medir cada característica. Definir as características de qualidade. Estabelecer padrões de qualidade Escola de Engenharia de Lorena - EEL Controle Estatístico de Processos CEP Prof. MSc. Fabrício Maciel Gomes Objetivo de um Processo Produzir um produto que satisfaça totalmente ao cliente. Conceito de

Leia mais

Universidade Luterana do Brasil. Engenharia Mecânica Automotiva. Orientador: Dr. Rafael Antônio Comparsi Laranja Coordenador do TCC: Dr.

Universidade Luterana do Brasil. Engenharia Mecânica Automotiva. Orientador: Dr. Rafael Antônio Comparsi Laranja Coordenador do TCC: Dr. Universidade Luterana do Brasil Engenharia Mecânica Automotiva Medição de Coeficientes de Amortecimento de Amortecedores Jack Pogorelsky Jr Junho de 2005 Orientador: Dr. Rafael Antônio Comparsi Laranja

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE

DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE Mariane Alves Gomes da Silva Eliana Zandonade 1. INTRODUÇÃO Um aspecto fundamental de um levantamento

Leia mais

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SÃO PAULO CEFET-SP. Instrumentação Industrial - ITI Medição de Pressão. Força por unidade de área F A.

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SÃO PAULO CEFET-SP. Instrumentação Industrial - ITI Medição de Pressão. Força por unidade de área F A. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SÃO PAULO CEFET-SP Instrumentação Industrial - ITI Medição de Pressão Definição - I Força por unidade de área p = Força (F) grandeza vetorial Área (A) grandeza

Leia mais

Os caracteres de escrita

Os caracteres de escrita III. Caracteres de Escrita Os caracteres de escrita ou letras técnicas são utilizadas em desenhos técnicos pelo simples fato de proporcionarem maior uniformidade e tornarem mais fácil a leitura. Se uma

Leia mais

Física. Pré Vestibular / / Aluno: Nº: Turma: ENSINO MÉDIO

Física. Pré Vestibular / / Aluno: Nº: Turma: ENSINO MÉDIO Pré Vestibular ísica / / luno: Nº: Turma: LEIS DE NEWTON 01. (TEC daptada) Dois blocos e de massas 10 kg e 20 kg, respectivamente, unidos por um fio de massa desprezível, estão em repouso sobre um plano

Leia mais

SOLUÇÕES EM METROLOGIA SCANNER CMM 3D PARA APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

SOLUÇÕES EM METROLOGIA SCANNER CMM 3D PARA APLICAÇÕES INDUSTRIAIS SOLUÇÕES EM METROLOGIA SCANNER CMM 3D PARA APLICAÇÕES INDUSTRIAIS TRUsimplicity TM MEDIÇÃO MAIS FÁCIL E RÁPIDA PORTÁTIL E SEM SUPORTE. MOVIMENTAÇÃO LIVRE AO REDOR DA PEÇA USO FACILITADO. INSTALAÇÃO EM

Leia mais

Introdução. elementos de apoio

Introdução. elementos de apoio Introdução aos elementos de apoio A UU L AL A Esta aula - Introdução aos elementos de apoio - inicia a segunda parte deste primeiro livro que compõe o módulo Elementos de máquinas. De modo geral, os elementos

Leia mais

Proposta de Trabalho para a Disciplina de Introdução à Engenharia de Computação PESQUISADOR DE ENERGIA

Proposta de Trabalho para a Disciplina de Introdução à Engenharia de Computação PESQUISADOR DE ENERGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ENGENHARIA E INSTITUTO DE INFOMÁTICA ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Bruno Silva Guedes Cartão: 159033 Proposta de Trabalho

Leia mais

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Cruzeiro SP 2008 FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Projeto de trabalho de formatura como requisito

Leia mais

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE. Modelos de Processo de Desenvolvimento de Software

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE. Modelos de Processo de Desenvolvimento de Software PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE Introdução Modelos de Processo de Desenvolvimento de Software Os modelos de processos de desenvolvimento de software surgiram pela necessidade de dar resposta às

Leia mais

Bacharelado Engenharia Civil

Bacharelado Engenharia Civil Bacharelado Engenharia Civil Disciplina: Física Geral e Experimental I Força e Movimento- Leis de Newton Prof.a: Msd. Érica Muniz Forças são as causas das modificações no movimento. Seu conhecimento permite

Leia mais

SUPERESTRUTURA estrutura superestrutura infra-estrutura lajes

SUPERESTRUTURA estrutura superestrutura infra-estrutura lajes SUPRSTRUTUR s estruturas dos edifícios, sejam eles de um ou vários pavimentos, são constituídas por diversos elementos cuja finalidade é suportar e distribuir as cargas, permanentes e acidentais, atuantes

Leia mais

Polias e correias. Polias

Polias e correias. Polias A U A UL LA Polias e correias Introdução Às vezes, pequenos problemas de uma empresa podem ser resolvidos com soluções imediatas, principalmente quando os recursos estão próximos de nós, sem exigir grandes

Leia mais

Tópico 8. Aula Prática: Movimento retilíneo uniforme e uniformemente variado (Trilho de ar)

Tópico 8. Aula Prática: Movimento retilíneo uniforme e uniformemente variado (Trilho de ar) Tópico 8. Aula Prática: Movimento retilíneo uniforme e uniformemente variado (Trilho de ar) 1. OBJETIVOS DA EXPERIÊNCIA 1) Esta aula experimental tem como objetivo o estudo do movimento retilíneo uniforme

Leia mais

Organizada por: Pedro Alves. A tabela a seguir contém algumas integrais que podem ser úteis durante a prova.

Organizada por: Pedro Alves. A tabela a seguir contém algumas integrais que podem ser úteis durante a prova. SIMULADO 01-1ª Prova de Seleção para as OIF s 2016 1. A prova é composta por CINCO questões. Cada questão tem o valor indicado nos eu início. A prova tem valor total de 100 pontos. 2. Não é permitido o

Leia mais

Elementos de Transmissão Correias

Elementos de Transmissão Correias Elementos de Transmissão Correias Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. Transmissão por polias e correias Transmissão por polias e correias As polias são peças cilíndricas, movimentadas pela rotação do eixo

Leia mais

Projeto Manutenção Preditiva. Análise de vibrações. www.gatec.com.br

Projeto Manutenção Preditiva. Análise de vibrações. www.gatec.com.br Projeto Manutenção Preditiva Análise de vibrações www.gatec.com.br ANÁLISE DE VIBRAÇÃO 1 - DEFINIÇÃO TÉCNICA 2 - CONCEITUAÇÃO : 2.1 ANÁLISE DE VIBRAÇÃO X ASSINATURA ESPECTRAL 2.2 MONITORAMENTO DA VIBRAÇÃO

Leia mais

CONCURSO DE ADMISSÃO AO CURSO DE FORMAÇÃO E GRADUAÇÃO FÍSICA CADERNO DE QUESTÕES

CONCURSO DE ADMISSÃO AO CURSO DE FORMAÇÃO E GRADUAÇÃO FÍSICA CADERNO DE QUESTÕES CONCURSO DE ADMISSÃO AO CURSO DE FORMAÇÃO E GRADUAÇÃO FÍSICA CADERNO DE QUESTÕES 2011 1 a QUESTÃO Valor: 1,00 Um varal de roupas foi construído utilizando uma haste rígida DB de massa desprezível, com

Leia mais

Programa de Retomada de Conteúdo - 3º Bimestre

Programa de Retomada de Conteúdo - 3º Bimestre Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio Regular. Rua Cantagalo 313, 325, 337 e 339 Tatuapé Fones: 2293-9393 e 2293-9166 Diretoria de Ensino Região LESTE 5 Programa de Retomada de Conteúdo

Leia mais

ENERGIA POTENCIAL E CONSERVAÇÃO DE ENERGIA Física Geral I (1108030) - Capítulo 04

ENERGIA POTENCIAL E CONSERVAÇÃO DE ENERGIA Física Geral I (1108030) - Capítulo 04 ENERGIA POTENCIAL E CONSERVAÇÃO DE ENERGIA Física Geral I (1108030) - Capítulo 04 I. Paulino* *UAF/CCT/UFCG - Brasil 2012.2 1 / 15 Sumário Trabalho e EP Energia potencial Forças conservativas Calculando

Leia mais

Barramento Elétrico Blindado KSL70

Barramento Elétrico Blindado KSL70 Barramento Elétrico Blindado KSL70 PG: 2 / 19 ÍNDICE PÁG. 1.0 DADOS TÉCNICOS 03 2.0 - MÓDULO 04 3.0 SUSPENSÃO DESLIZANTE 05 4.0 TRAVESSA DE SUSTENTAÇÃO 06 5.0 EMENDA DOS CONDUTORES E DOS MÓDULOS 07 6.0

Leia mais

MÓDULO 03 - PROPRIEDADES DO FLUIDOS. Bibliografia

MÓDULO 03 - PROPRIEDADES DO FLUIDOS. Bibliografia MÓDULO 03 - PROPRIEDADES DO FLUIDOS Bibliografia 1) Estática dos Fluidos Professor Dr. Paulo Sergio Catálise Editora, São Paulo, 2011 CDD-620.106 2) Introdução à Mecânica dos Fluidos Robert W. Fox & Alan

Leia mais