THAIS GISLON DA SILVA

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1 THAIS GISLON DA SILVA INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM OVINOS (Ovis aries) POR LAPAROSCOPIA: REVISÃO DE LITERATURA CURITIBA 2009

2 THAIS GISLON DA SILVA INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM OVINOS (Ovis aries) POR LAPAROSCOPIA: REVISÃO DE LITERATURA Trabalho apresentado para conclusão do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Paraná. Supervisora: Profª. Drª. Alda Lúcia Gomes Monteiro Orientadora: MV. Maria da Graça Melim Schwartz CURITIBA 2009 i

3 Dedico esse trabalho aos meus pais, aos meus amigos e aos meus mestres que ajudaram a concretizar um sonho. ii

4 AGRADECIMENTOS Agradeço aos meus pais, Márcia e Luiz, por incentivar e apoiar minhas escolhas sempre me ensinando e guiando meus passos. À minha supervisora, Alda Lúcia Gomes Monteiro, que ajudou no aprimoramento dos conhecimentos em ovinos e caprinos. À minha orientadora, Maria da Graça Melim Schwartz, que me ensinou a teoria na prática, abrindo as portas para a rotina da criação de ovinos e caprinos. Aos meus amigos, Damaris, Jonatas, Keila, Marília e a todos que fizeram parte da minha vida acadêmica e me acompanharam por esse trajeto. Ao meu namorado, Rodrigo, que esteve ao meu lado me apoiando e me incentivando. iii

5 Sumário LISTA DE ABREVIATURAS LISTA DE FIGURAS LISTA DE TABELAS LISTA DE GRÁFICOS RESUMO vi vii vii vii viii 1.INTRODUÇÃO 9 2.OBJETIVOS OBJETIVOS GERAIS OBJETIVOS ESPECÍFICOS 12 3.DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO 12 4.DISCUSSÃO 13 5.INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL POR LAPAROSCOPIA EM OVINOS (Ovis aries): REVISÃO DE LITERATURA INTRODUÇÃO MELHORAMENTO GENÉTICO ANATOMIA FISIOLOGIA E CICLO ESTRAL SINCRONIZAÇÃO DO ESTRO TÉCNICA CIRÚRGICA DA I.A. LAPAROSCÓPICA SÊMEN VANTAGENS DA I.A DESVANTAGENS DA I.A CONCLUSÃO REFERÊNCIAS 39 iv

6 6.CONSIDERAÇÕES FINAIS 41 ANEXO 1 INSTRUÇÕES AOS AUTORES: REVISTA ARCHIVES OF VETERINARY SCIENCE 42 v

7 LISTA DE ABREVIATURAS PO = puro de origem GnRH = Hormônio liberador de gonadotrofinas FSH = Hormônio folículo estimulante LH = Hormônio luteinizante PGF2α = Prostaglandina F2α PMSG = Gonadotrofina sérica de égua prenhe UI = Unidade internacional h = horas cm = centímetros L = Litros PG = Prostaglandina I.A. = Inseminação Artificial vi

8 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Guia com cinco graus de anemia do Método FAMACHA 9 Figura 2 - Material para inseminação artificial em ovelhas e cabras 30 Figura 3 - Locais de introdução de trocartes para inseminação laparoscópica 30 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Relação de horas trabalhadas durante o estágio curricular 11 Quadro 2 - Número de casos 18 LISTA DE GRÁFICO Gráfico 1 - Tamanho do rebanho 12 Gráfico 2 - Quantidade de casos durante o estágio curricular 13 Gráfico 3 - Número de casos infecciosos 14 Gráfico 4 - Números de casos reprodutivos 15 Gráfico 5 - Número de casos parasitários 16 Gráfico 6 - Números de casos de traumatismos 17 Gráfico 7 - Procedimentos realizados nas propriedades 18 Gráfico 8 - Efetivo do rebanho ovino e caprino entre 1997 e vii

9 RESUMO A criação de pequenos ruminantes, assim como a demanda por seus produtos tem aumentando gradativamente nos últimos anos. Porém, é necessário que haja mais organização entre os produtores, com a criação de cooperativas para que a produção tenha processamento e destinação adequados chegando, assim, com mais facilidade aos consumidores. Outro item importante é a criação de maiores incentivos e divulgação sobre a carne ovina e caprina, pois seu consumo ainda não faz parte da dieta diária dos consumidores. Para aumentar a qualidade da carne, leite e derivados, os produtores apostam em melhoramento genético constante dos animais. O aperfeiçoamento dos rebanhos é realizado com manejo adequado e a escolha de reprodutores hígidos, com sêmen de boa qualidade e com as características desejadas para os futuros animais. Uma alternativa para obter melhor aproveitamento dos reprodutores com alta genética, ou seja, maior número de descendentes e menor esforço físico, é a realização de colheita de sêmen através de vagina artificial ou eletroejaculador, para assim oferecer esse sêmen fresco, resfriado ou congelado para que se realize a inseminação artificial (I.A.). A I.A. laparoscópica é uma técnica bastante indicada por sua elevada eficiência, porém seu custo benefício é baixo em rebanho comercial. Portanto, esta técnica é mais indicada para fêmeas puro de origem (PO) ou em transferência de embriões. Durante o estágio supervisionado foram acompanhados quatro casos de inseminação artificial em tempo fixo, ou seja, com indução do estro, por laparoscopia em ovelhas da raça Dorper. Foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o assunto já que esta prática é cada vez mais comum na criação de ovinos. viii

10 9 1. INTRODUÇÃO O estágio foi realizado em propriedades com criação de ovinos e caprinos localizadas no município de Curitiba e em cidades vizinhas da região metropolitana, no período de 13 de julho a 17 de outubro de 2009, sob orientação da Médica Veterinária Maria da Graça Melim Schwartz e supervisão da professora Alda Lúcia Gomes Monteiro. Foram visitadas 22 propriedades nas quais proporcionamos auxílios clínico, cirúrgico, reprodutivo e nutricional aos animais. Realizaram-se exames físicos dos animais, além de diagnóstico e tratamento clínico ou cirúrgico de quaisquer enfermidades presentes no rebanho. No auxílio reprodutivo foram feitos exames andrológicos, castrações, inseminações artificiais, tratamentos de enfermidades relacionadas à gestação, intervenção em partos, quando necessário, e ultrassonografia para diagnóstico de prenhez. O auxílio nutricional englobou formulação de rações para as diferentes categorias do rebanho, diagnóstico de enfermidades causadas por deficiências nutricionais e tratamento. A rotina da Médica Veterinária inclui atender algumas propriedades mensalmente ou bimensalmente, com visitas de rotina para acompanhamento do rebanho, além de algumas visitas esporádicas em propriedades quando contatada para tratamento ou alguma emergência presente no rebanho do local. Todos os procedimentos são pagos, sendo de responsabilidade da Médica Veterinária coletar material, encaminhar para o laboratório adequado e, posteriormente, contatar o proprietário dos animais para lhe expor o diagnóstico, se houver necessidade de realizar algum exame laboratorial mais complexo.

11 10 Os exames coproparasitológicos são realizados pela própria Médica Veterinária, quando necessário, para atestar a eficiência do vermífugo ou verificação qualitativa e quantitativa da infestação de parasitas intestinais. O controle parasitário dos animais é realizado através do método FAMACHA, sendo este algumas vezes aliado ao exame coproparasitológico do animal. O método FAMACHA tem como objetivo identificar clinicamente animais com diferentes graus de anemia em decorrência da infecção por Haemonchus contortus através da coloração da mucosa conjuntiva ocular, possibilitando o tratamento de forma seletiva e sem a necessidade de recorrer a exames laboratoriais. Cada propriedade é monitorada pela Médica Veterinária através de relatórios, feitos após cada visita, contendo o número de animais, separados em adultos e filhotes, FAMACHA dos animais jovens e adultos e peso dos filhotes até a desmama. Figura 1 Guia com cinco graus de anemia do Método FAMACHA. Fonte:

12 11 Durante o período do estágio curricular supervisionado estavam presentes: Casos reprodutivos: intersexo, criptorquidismo, castração de borregos, auxílio em parto, toxemia da gestação; Inflamações: onfaloflebite, inflamação da cauda; Infecções: ectima contagiosa, linfadenite caseosa, mastite, carbúnculo sintomático, actinomicose, infecção fúngica; Traumatismos: mordida por cão, picada de cobra, corte em orelha, orifício em casco, paralisia de membros posteriores, abscesso e ceratite secundária à entrópio, otohematoma; Parasitismo: miíase no escroto e na vulva, piolhos; Neoplasias: carcinoma epidermóide; Ortopédicos: membros não alinhados; Genéticos: entrópio; Nutricionais: distrofia muscular nutricional deficiência de selênio e vitamina E; Gastrintestinais: prolapso de reto e; Procedimentos: Aplicação de antiparasitários, vacinações, protocolo de inseminação artificial, exame andrológico, ultra-sonografia e exames coproparasitológicos. A criação de ovinos e caprinos está crescendo gradativamente e a prática da Medicina Veterinária nesta área é a que pretendo seguir após a conclusão da graduação. Isso me motivou a realizar este estágio curricular com o intuito de conhecer a rotina do trabalho a campo.

13 12 2. OBJETIVOS 2.1. Objetivos Gerais O objetivo geral do estágio foi o aperfeiçoamento do conhecimento sobre o manejo geral da criação de ovinos e caprinos Objetivos Específicos Os objetivos específicos do estágio foram: Realizar exames clínicos; Acompanhar procedimentos cirúrgicos; Realizar exames físicos e laboratoriais do aparelho reprodutivo; Orientar produtores sobre a dieta dos animais; Realizar exames coproparasitológicos. 3. DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO O estágio foi realizado em propriedades com criação de ovinos e caprinos localizadas no município de Curitiba e em cidades vizinhas da região metropolitana, no período entre 13 de julho e 17 de outubro de 2009, perfazendo um total de 320 horas, conforme demonstrado na Quadro 1 abaixo: Atividades Executadas Número de horas Porcentagem Visitas de rotina ,75% Visitas esporádicas 88 27,50% Exames coproparasitológicos 40 12,50% Emergências 36 11,25% Total ,00% Quadro 1 - Relação de horas trabalhadas durante o estágio curricular.

14 13 4. DISCUSSÃO Os procedimentos realizados nas propriedades, durante o estágio supervisionado, tiveram acompanhamento e ajuda dos funcionários das propriedades que realizavam as tarefas a eles destinadas pela Médica Veterinária, nos intervalos de tempo entre as visitas. Entretanto, em algumas propriedades não havia um compromisso com a saúde e bem-estar dos animais comprometendo, assim, a eficiência do rebanho. Nas demais propriedades havia vigilância constante dos animais e tratamento correto facilitando os cuidados com os animais e, consequentemente, obtendo maior produção. Sempre foram utilizados roupas adequadas e materiais específicos e higienizados para garantir a segurança e qualidade do trabalho realizado. As propriedades visitadas eram relativamente pequenas, contendo em sua maioria até 200 animais. Das 22 propriedades 39% continham de 50 a 200 animais, seguido de 29% com até 10 animais, 25% de 10 a 50 animais e somente 8% com mais de 200 animais, como mostrado no Gráfico abaixo. Gráfico 1 - Tamanho do rebanho

15 14 No período decorrido durante o estágio curricular foram vistos 159 casos que incluíam afecções reprodutivas, infecciosas, inflamatórias, neoplásicas, ortopédicas, traumáticas, parasitárias, nutricionais, genéticas e gastrintestinais. Foram realizados também 429 procedimentos, como: vacinações, desverminações, exames coproparasitológicos, ultra-sonografia, exames andrológicos e inseminação artificial por laparoscopia. Gráfico 2 - Quantidade de casos durante o estágio curricular As doenças de maior ocorrência durante o estágio foram infecções decorrentes de patógenos presentes no ambiente, como: linfadenite caseosa e ectima contagiosa. A linfadenite caseosa é causada pelo bastonete Gram-positivo Corynebacterium pseudotuberculosis frequentemente encontrado no esterco, no solo, na pele e em órgãos infectados. Embora a doença seja economicamente de

16 15 grande importância para a ovinocultura e caprinocultura, em razão de condenação de carcaça, é conhecida principalmente por provocar linfadenopatia periférica. O microorganismo penetra no animal através de ferimentos superficiais ou das membranas mucosas ou indiretamente mediante o uso de fômites, como lâminas de tosquia, alimentadores, escovas e cama. O microorganismo pode sobreviver no ambiente por longo período. A detecção de animais infectados deve resultar em descarte e maior tentativa para identificar os animais acometidos, prevenindo a contaminação de outros animais e do ambiente. Boas práticas de higiene durante a parição, caudectomia e tosquia podem auxiliar na prevenção da infecção (Pugh, 2005). A ectima contagiosa é causada pelo vírus ORF do gênero Parapoxvirus pertencente a família Poxviridae. Também é comumente conhecida como Dermatite pustular contagiosa ou boca crostosa. Os animais jovens são os mais susceptíveis, embora os mais velhos também possam ser infectados. Os sinais clínicos incluem lesões crostosas proliferativas, a maioria nas quais se localiza nas junções mucocutâneas da boca e do nariz. Também podem haver lesões em outras áreas do corpo, especialmente no úbere de fêmeas que amamentam animais jovens infectados (Pugh, 2005). Devido à alta resistência desse vírus no meio ambiente, a prevenção é a melhor opção. Uma vez instalado, a eliminação do rebanho desse agente se torna trabalhosa necessitando de cuidados rígidos como higiene diária dos apriscos e passagem de vassoura de fogo nas instalações. É ideal que se isole os animais contaminados para que não haja transmissão para o resto do rebanho, porém em muitas propriedades isso se torna impraticável,

17 16 seja pelo excesso de animais ou escassez de instalações dificultando o tratamento e controle dessas doenças. A mastite também foi uma doença de grande incidência. Esta é uma doença plurietiológica e multifatorial. O não esgotamento do úbere após a lactação é um fator que predispõe à infecção por várias bactérias, entre elas Staphylococcus spp., Streptococcus spp., E. coli ou Pasteurella spp.. Ovelhas e cabras reprodutoras desenvolvem mastite mais comumente entre a parição e desmame. Quando há mastite, o úbere se torna quente, edemaciado e dolorido; contudo, os animais acometidos também podem exibir pouco ou nenhum sintoma aparente (Pugh, 2005). Esta doença afeta o crescimento de cordeiros pela falta de leite materno tendo prognóstico ruim para a função do úbere, porém bom para a vida do animal afetado. Mesmo após tratamento com antibiótico intramamário o úbere não restabelece suas funções. Portanto, o melhor controle é a prevenção. Além desses casos infecciosos, estiveram presentes infecção fúngica no dorso da orelha e em face, porém não foi realizado nenhum exame para identificar o fungo. Foi diagnosticado um caso de actinomicose (Actinomyces bovis) no ângulo da mandíbula em ovelha, não sendo realizado tratamento pois não afetava a alimentação e o animal não apresentava reflexo doloroso. Houve também um caso de carbúnculo sintomático (Clostridium chauvoei), que inicialmente apresentava suspeita de ingestão de plástico, apresentando enfisema subcutâneo e claudicação. O animal foi eutanasiado após uma semana, pois apresentava anorexia e enfisema subcutâneo generalizado tendo dificuldade de locomoção. Os números de casos infecciosos vistos estão presentes no Gráfico abaixo.

18 17 Gráfico 3 - Número de casos infecciosos. Com relação aos casos reprodutivos, em um total de oito, estavam presentes uma ovelha intersexo; um cabrito Boer com criptorquidismo unilateral; dois borregos que foram castrados para evitar que realizassem cobertura em suas mães, pois as categorias do rebanho não eram separadas nessa propriedade; uma ovelha com dificuldade de parição devido à distocia de estática fetal e duas ovelhas com dificuldade devido à desproporção materno-fetal; e um caso de ovelha com toxemia da gestação que recebeu propilenoglicol como tratamento, apresentou melhora após alguns dias e pariu dois filhotes, um natimorto e outro foi a óbito por falta de leite materno.

19 18 Gráfico 4 - Números de casos reprodutivos Houve somente 11 casos de infecção de parasitas externos, incluindo um borrego com miíase no escroto, e uma ovelha com miíase na vulva diagnosticada alguns dias após o parto, ambas causadas pela Cochliomyia hominivorax; nove caprinos com presença de piolhos, porém não foi realizado nenhum exame para saber a espécie dos piolhos, que podem ser separados em mastigadores e sugadores. Algumas espécies mastigadoras de caprinos são: Damalinia caprae, Damalinia limbata e Damalinia crassiceps. As espécies sugadoras de caprinos é o Linognathus stenopsis. No caso de ovinos as espécies são: Damalinia ovis (mastigadora) e Linognathus ovillus e L. pedalis são sugadores (Pugh, 2005). Tratando-se de parasitoses internas, foram realizados exames coproparasitológicos com finalidade quantitativa para auxiliar, juntamente com o método FAMACHA, no programa de aplicação de vermífugos e verificar a eficiência de tais nos rebanhos.

20 19 Gráfico 5 - Número de casos parasitários. Os casos traumáticos obtiveram menor casuística com relação aos outros casos. Estiveram presentes um óbito decorrente de acidente ofídico; ovelha com paralisia de membros posteriores sem causa definida; ovelha mordida por cão em membro posterior direito com fratura aberta que foi imobilizada; cordeiro com otohematoma; cordeiro com corte em orelha; ovelha com orifício em casco; e cegueira e abscesso sob a pálpebra inferior direita decorrente de entrópio. Os ferimentos da mordedura canina, do corte em orelha e do orifício em casco foram limpos com iodo povidine e água oxigenada com posterior administração de antibiótico e de pomada cicatrizante. No caso do otohematoma foi realizado corte em s na parte externa da orelha para drenagem do sangue e realizado pontos de pressão para hemostasia e diminuir a chance de reincidência.

21 20 Gráfico 6 - Números de casos de traumatismos. Os casos inflamatórios perfizeram 20, sendo 10 onfaloflebites tratadas com antibiótico; 10 inflamações na cauda tratadas com iodo povidine tópico e antibiótico; dois cabritos e um cordeiro apresentaram membros não alinhados, os quais foram corrigidos com imobilização do membro afetado com talas ou gesso; Uma ovelha desenvolveu carcinoma epidermóide em orelha; cinco cordeiros apresentaram entrópio que foi corrigido com um ponto sob a pálpebra inferior mantendo assim os cílios sem contato com a córnea; 15 cabritos com deficiência nutricional muscular ou doença do músculo branco causado por deficiência de selênio e vitamina E. Para o tratamento da deficiência, os filhotes e animais gestantes foram suplementados com esses minerais na ração. Houve também três ovelhas com prolapso de reto, uma foi realizado sutura em bolsa de tabaco, outra foi eutanasiada, pois havia rompimento de intestino e a última não foi possível realizar redução sendo, portanto, removida cirurgicamente parte do intestino prolapsado.

22 21 Inflamações Onfaloflebite 10 Inflamação da cauda 10 Ortopédicos Membros não alinhados 3 Neoplásicos Carcinoma epidermóide 1 Genéticos Entrópio 5 Nutricionais Distrofia muscular nutricional 15 Gastrintestinais Prolapso de reto 3 Quadro 2 - Número de casos Os procedimentos realizados no período de estágio curricular englobaram 60 vacinações contra clostridioses; 39 exames coproparasitológicos, utilizando o método de Gordon e Withlock (OPG), para complementar o programa antiparasitário, 250 desverminações utilizando o método FAMACHA; 70 ultrasonografias para diagnóstico de prenhes realizado com aproximadamente 45 dias após a cobertura; quatro inseminações por laparoscopia com sêmen congelado em ovelhas Dorper; e seis exames andrológicos para controle de qualidade de sêmen de carneiros de uma central. Gráfico 7 - Procedimentos realizados nas propriedades.

23 22 5. INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM OVINOS (Ovis aries) POR LAPAROSCOPIA: REVISÃO DE LITERATURA (Artificial Insemination In Ovine (Ovis aries) For Laparoscopic: Literature Revision) RESUMO O melhoramento genético na criação de ovinos é essencial para o crescimento dessa área e aumentar a qualidade dos produtos oferecidos aos consumidores. A inseminação artificial (I.A.) é a técnica singular mais importante desenvolvida para o melhoramento genético dos animais, já que há poucos reprodutores com alta carga genética e sêmen de qualidade para inseminar milhares de fêmeas anualmente. O uso da I.A. por laparoscopia é mais indicado para obter resultados melhores e mais satisfatórios, já que a cérvix da cabra é um obstáculo menor à inseminação que a cérvix da ovelha. O sêmen utilizado na I.A. por laparoscopia normalmente é congelado, após ser colhido de um reprodutor hígido e com alta carga genética através de vagina artificial ou eletroejaculador. O presente trabalho tem por objetivo realizar revisão de literatura sobre inseminação artificial laparoscópica em ovelhas, englobando fisiologia normal do estro, controle do estro através de hormônios, sêmen preferencial e técnica utilizada na I.A.. Palavras-Chave: Inseminação artificial, laparoscopia, ovinos ABSTRACT The genetic improvement in the creation of sheep is essential for the growth of this area and to increase the product quality offered to the consumers. The artificial

24 23 insemination (A.I.) is the most important singular technique developed for the genetic improvement of the animals, since it has few reproducers with high genetic load and semen of quality to inseminate thousand of females annually. The use of A.I. for laparoscopic is more indicated to get better and more satisfactory results, since goat cervix is a lesser obstacle to the insemination than the sheep cervix. The semen used in A.I. for laparoscopic is normally frozen, after being collected from a healthful reproducer and with high genetic load through artificial vagina or eletroejaculator. The present work has for objective to carry through a bibliographical revision on laparoscopic artificial insemination in sheep, going through the normal physiology of oestrus, control of oestrus through hormones, preferential semen and technique used in A.I.. Key Words: Artificial insemination, laparoscopic, sheep 5.1. INTRODUÇÃO O rebanho brasileiro de ovinos, entre 1997 e 2007, teve aumento de 11,7%. Do total de animais, 57,2% estão localizados no Nordeste brasileiro, embora o principal Estado produtor seja o Rio Grande do Sul (Faria, 2008). Para atrair os consumidores com cortes de primeira linha, os produtores de ovinos estão melhorando geneticamente seus animais. Nenhuma técnica de reprodução assistida proporciona com mais rapidez e eficácia a introdução de um material genético do que a inseminação artificial (Pinheiro, 2009). No Brasil as primeiras inseminações ocorreram em 1954, contudo o seu uso mais corrente aconteceu a partir de O uso da inseminação artificial na caprinoovinocultura brasileira é ainda mais recente e, ainda hoje, é muito pouco praticada

25 24 pelos criadores. A inseminação é sem duvida o mais rápido e seguro instrumento disponível para a promoção do melhoramento genético (Cruz e Ferraz, 2007). A possibilidade no aumento da atividade reprodutiva passa necessariamente pela aplicação de manejos que permitam o aproveitamento pleno de animais considerados de alto potencial genético. Nenhuma outra técnica cumpre tão bem essa finalidade quanto à inseminação artificial, principalmente quando associada à criopreservação do sêmen (refrigeração e congelação) (Bicudo, 2002), já que os machos produzem uma quantidade extraordinária de espermatozóides ao longo do ano (Cruz e Ferraz, 2007). A inseminação artificial, apesar de apresentar maior possibilidade de fertilização, requer instrumentos de alto valor e mão-de-obra qualificada, o que tem dificultado a sua utilização com maior frequência de maneira comercial (Cruz e Ferraz, 2007). A maximização da aplicação da inseminação artificial se viabiliza pela incorporação de técnicas que possibilitem a indução/sincronização do estro e ovulação (Bicudo, 2002). Dietas balanceadas, detecção de cio e reprodutor adequado ou aptidão para realizar inseminação artificial são fatores essenciais de um programa de sincronização. Deve-se minimizar a interferência de fatores estressantes porque o estresse pode influenciar o sucesso do programa de sincronização (Pugh, 2005). O presente trabalho tem por objetivo realizar uma revisão de literatura sobre inseminação artificial laparoscópica em ovelhas, englobando fisiologia normal do estro, controle do estro através de hormônios, sêmen preferencial e técnica utilizada na I.A..

26 MELHORAMENTO GENÉTICO O efetivo de ovinos no território brasileiro foi de 16,239 milhões de animais no ano de 2007, apresentando aumento de 1,4% com relação ao ano anterior. A região que mais cresceu foi a Sudeste (11,7%), seguida pelo Centro-oeste, Norte e Sul, 10%, 5% e 2,5%, respectivamente. A região Nordeste apresentou uma queda de 1% (Faria, 2008). Gráfico 8 - Efetivo do rebanho ovino e caprino entre 1997 e Fonte: IBGE Produtores e técnicos falam de crescimento nos últimos anos, e argumentam que a falta de metodologias abrangentes tornam o acompanhamento precário. Para a Secretaria Estadual de Abastecimento (SEAB) o número de cabeças em 2007 estava em cerca de 550 mil no Estado do Paraná, e continua crescendo. Já a Comissão Nacional de Caprinos e Ovinos da Confederação da Agricultura e

27 26 Pecuária do Brasil (CNA) aponta para um rebanho no Paraná pouco maior que 600 mil cabeças de ovinos e 80 mil cabeças de caprinos (Site Capril virtual, 2009). Atualmente os produtores esbarram na falta de organização e principalmente nos entraves para a comercialização para apostar no aumento da produção (Site Capril virtual, 2009). Para compensar as barreiras que existem na criação de ovinos, os produtores estão melhorando geneticamente os animais oferecendo, assim, produtos de melhor qualidade e aumentando o interesse dos consumidores. Uma maneira eficaz de obtenção do melhoramento genético é a inseminação artificial, que é um método de reprodução que consiste na obtenção de sêmen do macho e deposição deste no trato reprodutivo da fêmea através de instrumentos, não havendo assim nenhum contato direto entre os reprodutores (Pinheiro, 2009). A I.A. não é uma técnica para aumentar a fertilidade do rebanho, mas sim, um método alternativo de acasalamento, que permite o uso mais intensivo de reprodutores geneticamente superiores (Pinheiro, 2009). Segundo Pinheiro (2009) são conhecidas quatro técnicas de inseminação artificial em ovinos, sendo elas: - vaginal: deposição na parte anterior da vagina, com eficiência muito variável e impraticável com sêmen congelado, tendo resultados viáveis com sêmen de alta concentração espermática. - cervical: apresenta baixo custo e relativa facilidade de aplicação. As taxas de concepção variam bastante conforme o tipo de sêmen utilizado. O sêmen fresco e refrigerado tem eficiência entre 75 a 65%, porém quando se utiliza sêmen congelado essas taxas se estabelecem entre 10 e 30%.

28 27 - trans cervical: realizada mediante tração da cérvice para o interior da vagina, com alto grau de manipulação, ocasionando traumas ao órgão e as taxas de prenhes ficam em torno de 57%. - Intrauterina: consiste na deposição do sêmen diretamente dentro dos cornos uterinos. As taxas de fertilização variam entre 50 a 80%, tendo como desvantagens o custo do material e exigir boa técnica do operador. A técnica laparoscópica é a mais indicada para ovinos porque, segundo Pugh (2005), a cérvix da cabra é um obstáculo menor à inseminação que a cérvix da ovelha. A ovelha apresenta excelente competência no fechamento do canal cervical, decorrente do maior pregamento cervical interno determinando a formação de quatro a seis constrições (anéis) com intenso desalinhamento entre eles dificultando a transposição cervical por aplicadores de sêmen mesmo durante a vigência do estro (Bicudo et al., 2005). Entretanto, na cabra pode ser utilizada a inseminação artificial vaginal ou cervical com resultados satisfatórios. A inseminação artificial permite que o sêmen de um único ejaculado seja capaz de fecundar até vinte ovelhas em cio (Bicudo, 2009). A técnica laparoscópica foi introduzida com o intuito de se realizar uma cirurgia pouco invasiva e com alta eficiência, pois o sêmen é colocado diretamente no corno uterino. Apesar de ser um procedimento pouco invasivo, este continua sendo um procedimento cirúrgico e, portanto, deve ser tratado como tal. Embora a I.A. laparoscópica seja bastante eficaz, o seu custo benefício é baixo em rebanhos comerciais e portanto, é mais indicado para fêmeas de alto valor comercial ou em casos de transferência de embriões. E há uma preocupação maior, a possibilidade de formação de aderências do sistema genital das doadoras, reduzindo o numero de

29 28 colheitas numa mesma fêmea e, algumas vezes, até comprometendo a vida reprodutiva futura de animais de alto valor genético (Gusmão et al., 2007). O uso das biotécnicas da reprodução em pequenos ruminantes vem aumentando com o passar dos anos, mas apenas algumas delas são de maior aplicabilidade aos rebanhos brasileiros. A restrição do uso de certas técnicas é devido ao alto custo e à baixa eficiência das mesmas, e ao valor relativamente baixo das doadoras. As técnicas de sincronização do estro e inseminação artificial são as que apresentam maior aplicabilidade aos rebanhos atuais, e a transferência de embriões e a produção in vitro de embriões tem tido seu uso restrito à multiplicação de alguns animais de alto valor genético e comercial (Varago et al., 2009). Programas de sincronização e indução de estros acabam sendo adotados por inúmeros produtores, pois permitem a concentração das inseminações (ou cobrições), dos partos e das lactações na época desejada ou até durante o ano inteiro (Varago et al., 2009). Isso facilita a inseminação durante o período de concepção ótimo. Essa sincronização pode ser feita natural ou farmacologicamente (Hafez et al., 2004) ANATOMIA O sistema reprodutor da ovelha é constituído de genitália externa (vulva, clitóris), vagina, cérvix, útero, ovidutos e ovários. O vestíbulo das ovelhas contém glândulas paramedianas ao longo do orifício uretral. A cérvix situa-se na posição mais cranial da vagina encontrando-se em depressão próxima ao assoalho vaginal. O canal da cérvix tem 5 ou 6 anéis irregularmente sobrepostos. Esse lúmen estreito e tortuoso resulta em grande dificuldade para inseminação artificial transcervical. O útero

30 29 bicorne é composto de um pequeno corpo e dois cornos que são ligeiramente espiralados e repousam no canal pélvico na fêmea não prenhe. A superfície serosa do útero se prende à cavidade abdominal por amplos ligamentos altamente vascularizados. Os dois ovidutos se ligam aos cornos uterinos pela bursa ovariana. Os ovários ovais pequenos (1,5x1 a 2 cm) são parcialmente recobertos pela bursa ovariana. Geralmente a superfície ovariana é irregular. Durante a estação de monta ou a gestação o ovário pode apresentar 2 ou mais corpos lúteos que secretam progesterona (Pugh, 2005) FISIOLOGIA E CICLO ESTRAL A função ovariana nos caprinos e ovinos tem início ainda no período fetal e estende-se após a puberdade, até idades que podem atingir 10 anos. Durante o desenvolvimento fetal, sob influência dos hormônios maternais, os ovários do feto apresentam crescimento e atresia folicular. Do nascimento à puberdade, na ausência de função do hipotálamo e da hipófise, as gônadas femininas permanecem em repouso. Após a puberdade quando o sistema nervoso central e a hipófise iniciam a liberação do hormônio liberador das gonadotrofinas (GnRH) e das gonadotrofinas (hormônio folículo estimulante e hormônio luteinizante) respectivamente, os ovários passam a funcionar realizando um conjunto de atividades, as quais denomina-se ciclo ovariano (Granados et al., 2006). O ciclo estral divide-se em quatro fases: pró-estro, estro, metaestro e diestro. Na fase de pró-estro, que possui uma duração de dois dias, o hipotálamo secreta o GnRH, que estimula a hipófise a secretar o hormônio folículo estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH), os quais atuam nos ovários, promovendo o

31 30 desenvolvimento do folículo. Ainda, no folículo, ocorre a secreção do estrogênio, hormônio responsável pelo desenvolvimento dos órgãos sexuais, pelas características sexuais secundárias e pelo cio ou estro que é a próxima fase do ciclo estral. Nesta fase ocorre a ovulação (Otto de Sá e Sá, 2001). Durante a estação reprodutiva, o cio aparece em intervalos de aproximadamente 17 dias e a duração do ciclo estral pode ser influenciada pela raça, pelo estágio da estação de monta, pela idade ou por estresse ambiental. Estes mesmos fatores podem afetar a duração do estro que varia de 30 a 48 horas, sendo que a ovulação ocorre no terço final deste período. Neste período a fêmea se torna receptiva ao macho (Otto de Sá e Sá, 2001). Depois da ovulação, ocorrem as fases de metaestro e diestro que, juntas, têm uma duração aproximada de 13 a 14 dias, quando a secreção de progesterona pelo corpo lúteo, aumenta nos próximos 8 a 9 dias após a ovulação. Em ovelhas gestantes, os níveis plasmáticos de progesterona continuam elevados e a ovulação não mais ocorre. Ao contrário, na ausência do desenvolvimento embrionário, e influenciada pelos esteróides foliculares, a prostaglandina F2α (PGF2α) é liberada pelo útero por volta do 13º dia do ciclo. Esta fase é caracterizada pela regressão do corpo lúteo e declínio na liberação de progesterona o que permite a maturação folicular, a ocorrência de um novo estro, a liberação do hormônio luteinizante (LH) e a ovulação (Otto de Sá e Sá, 2001) SINCRONIZAÇÃO DO ESTRO O método natural para sincronização requer a utilização de um carneiro rufião ou tratado com testosterona para observação do cio duas vezes por dia, com 12 horas

32 31 de intervalo. Ovelhas no cio devem ser inseminadas de 12 a 24 horas após a detecção. Se observadas apenas uma vez por dia, a inseminação deve ser praticada de 13 a 17 horas após a detecção. Esse método é bastante trabalhoso, porém, não incorre em qualquer despesa com drogas (Hafez et al., 2004) Pinheiro (2009) relata que o efeito macho propicia o encurtamento do período de anestro das ovelhas expostas antes da temporada reprodutiva, pois após a exposição um gatilho é disparado que leva ao desenvolvimento dos folículos de fêmeas quer estejam ou não em anestro. Para o método farmacológico, Hafez et al. (2004) indicam dois tratamentos que são comumente utilizados para obter a sincronização do cio em ovelhas: terapia com progesterona e com prostaglandina. A progesterona pode ser aplicada por várias vias: administrada diariamente a ração, por implante, por injeções intramusculares ou inserida na ovelha sob forma de pessário ou esponja vaginal. O pessário impregnado de progesterona, método mais utilizado e conveniente, é inserido na vagina, permanecendo por 12 a 14 dias. Qualquer corpo lúteo de ocorrência natural irá regredir durante esse período, permitindo que a progesterona exógena haja como única fonte desse hormônio. Na retirada do pessário, as ovelhas recebem uma injeção intramuscular de PMSG (gonadotrofina sérica de égua prenhe), que provoca uma sincronização mais exata e aumento na taxa de ovulação. Doses de PMSG de 400 a 500 UI e de 600 a 750 UI geralmente são recomendadas durante a estação de monta natural e durante a estação fora da reprodução, respectivamente; excetuando-se as raças de pequeno porte, para as quais recomenda-se doses de 250 UI.

33 32 A terapia com prostaglandina (PG) depende da presença de um corpo lúteo ativo, portanto, só pode ser utilizada durante a estação de monta. A prostaglandina provoca a regressão do corpo lúteo e, assim, inibe a produção de progesterona. Ela é eficiente somente entre os dias 5 e 14 do ciclo estral. Por isso, são necessárias duas injeções de PG com 10 a 14 dias de intervalo para surtir efeito em todo o rebanho em fase reprodutiva. As taxas de concepção por I.A. são mais baixas quando utilizado o tratamento com PG do que com o método dos pessários com progesterona. A PG pode ser empregada em combinação com curtos períodos de terapia com progesterona e PMSG. Esse método requer um período de tratamento de sete dias com um pessário vaginal, aplicando-se uma única injeção de PG no sexto dia. O PMSG deve ser aplicado por ocasião da remoção do pessário (Hafez et al., 2004). Quando o pessário de progesterona e PMSG são utilizados com os métodos de I.A. vaginal ou cervical, uma única inseminação deve ser feita de 54 a 56 horas após a remoção do pessário. Caso as ovelhas devam ser inseminadas duas vezes, a primeira deve ser feita 48 horas após a remoção do pessário e a segunda, 12 horas mais tarde. Inseminações duplas normalmente resultam em um aumento de 5 a 10% na taxa de concepção, aumentando também a fertilidade. Para ovelhas jovens, recomenda-se inseminá-las 50 horas após a remoção do pessário, já que elas entram em cio mais precocemente do que as ovelhas adultas (Hafez et al., 2004). Com o método de I.A. transcervical, a inseminação deve ser feita entre 48 e 56 horas após a remoção do pessário. Quando a terapia de curto período com progesterona combinada com prostaglandina e PMSG é aplicada, a inseminação deve ser feita de 48 a 60 horas após a remoção do pessário (Hafez et al., 2004).

34 33 No caso do método de I.A. laparoscópica combinado com terapia com progesterona e PMSG, a inseminação deve ser conduzida de 56 a 62 horas após a remoção do pessário. Em ovelhas superovuladas, tratadas com altos níveis de PMSG ou FSH, a inseminação deve ser praticada mais cedo. Utilizando-se sêmen fresco, a inseminação deve ser feita de 36 a 48 horas depois da retirada. Inseminações com superovulação serão praticadas de 44 a 48 horas após a remoção do pessário quando for usado sêmen congelado (Hafez et al., 2004) TÉCNICA CIRÚRGICA DA I.A. LAPAROSCÓPICA Para a técnica de I.A. laparoscópica são necessários os seguintes materiais: fonte luminosa, cabo de fibra óptica, ótica de 6,5 mm, dois trocartes com camisa de 6,5 mm para a ótica e de 5 mm para o aplicador, palheta de 0,25 ml com sêmen congelado, bainha para a palheta, aplicador de 5 mm e insuflador. O procedimento deve ser realizado em local limpo e coberto. As ovelhas devem ser mantidas em jejum alimentar e hídrico durante as 24 h que antecedem a cirurgia (Pugh, 2005). A tricotomia e anti-sepsia do local da incisão são indispensáveis para evitar possíveis infecções. Os animais são posicionados em decúbito dorsal, com a cabeça inclinada para baixo em ângulo de 45º; deve-se possibilitar que a bexiga urinária se afaste do útero no momento do procedimento (Pugh, 2005). Infiltra-se anestésico local em dois pontos, ambos a 5 cm cranial ao úbere e a 4cm da linha média. Após uma incisão de 2 cm no local anestesiado, introduz-se um trocarte ou cânula no local ao lado da linha média e distende-se a cavidade abdominal com 1 a 2 L de dióxido de carbono. Uma segunda cânula é introduzida no lado oposto à primeira. Insere-se o laparoscópio na primeira cânula, identificando-se o útero. O

35 34 clínico introduz a pipeta de inseminação na segunda cânula e insemina cada um dos cornos, utilizando agulha especial acoplada à extremidade da pipeta. Como alternativa, um dispositivo de inseminação com extremidade metálica para injeção ou uma agulha esterilizada é introduzida na cânula na cavidade abdominal. Identifica-se a região avascular na porção anterior do corno uterino e introduz-se a agulha no lúmen do útero, perpendicular à parede uterina. Deve-se introduzir a agulha no centro do corno, assegurando que a agulha atingiu o lúmen do órgão. O sêmen deve fluir com facilidade e ser depositado lentamente no interior do útero. Caso isso não aconteça, é possível que a agulha não tenha atravessado a parede uterina, devendo ser redirecionada. Após a inseminação o laparoscópio e a cânula são removidos e os locais são recobertos com pomada antimicrobiana. As ovelhas devem ser transferidas para área tranquila destinada à recuperação, aí permanecendo 1 a 2 horas (Pugh, 2005). A dose inseminante deve conter entre 150 e 200 milhões de espermatozóides viáveis o que resulta na possibilidade de inseminação de 15 a 30 ovelhas com um único ejaculado (Bicudo et al., 2005). Figura 2 - Material para inseminação artificial em ovelhas e cabras. (A) Pipeta de inseminação laparoscópica. (B) Agulha para ser acoplada a uma seringa para inseminação laparoscópica. (C e D) Pipetas Cassou utilizada para inseminação intracervical e intravaginal. Fonte: Clínica de Ovinos e Caprinos, Pugh, 2005.

36 35 Figura 3 Locais de introdução de trocartes para inseminação laparoscópica. O trocarte e a cânula para os instrumentos ópticos são introduzidos no ponto 1 e o trocarte e a cânula para os instrumentos de inseminação são introduzidos no ponto 2. Fonte: Clínica de Ovinos e Caprinos, Pugh, A eficiência da técnica de inseminação artificial esta ligada a fatores como adequação do manejo do rebanho, que envolve aspectos sanitários, nutricionais e reprodutivos (Bicudo, 2009). Pinheiro (2009) relata que a eficiência é afetada significativamente pelo fator propriedade, condição corporal e as interações propriedade e tipo de sêmen e propriedade e condição corporal. E segundo Pugh (2005), o sucesso depende muito da qualidade e motilidade dos espermatozóides SÊMEN O sêmen congelado, permite uma estocagem a 196 graus negativos por tempo indeterminado, ultrapassando certamente a décadas. Essa grande vantagem é em

37 36 parte contrastada pela necessidade do emprego de mão-de-obra, métodos e equipamentos especiais para sua realização. Para a obtenção de índices superiores a 70% de gestação é necessário que o sêmen após a descongelação seja colocado diretamente no útero da ovelha, empregando-se a técnica de laparoscopia (BICUDO, S.D., 2009). É ideal que se verifique a qualidade do sêmen após o congelamento visualizando em microscópio com lâminas, diluente e uma placa aquecida para que não haja choque térmico e morte espermática. Com inseminação empregando-se sêmen congelado existem relatos de se obter até cordeiros de um único pai cujo sêmen havia sido colhido previamente e estocado ao longo da pré-temporada de acasalamento (Bicudo, 2009). O sêmen, fresco ou resfriado, também podem ser utilizados na I.A. laparoscópica com alta eficiência, porém é preferível que tais sêmens sejam utilizados em técnicas de inseminação intravaginal ou intracervical, pois também possui boa eficiência e não é necessário procedimento cirúrgico VANTAGENS DA I.A. Segundo Hafez (2004), as principais vantagens da I.A. são melhoramento genético, controle de doenças venéreas, avaliabilidade de recordes acurados de reprodução, serviço econômico e segurança graças à eliminação de reprodutores inferiores. Para que os resultados sejam satisfatórios é necessário contar com um pessoal treinado em técnicas adequadas e dispor de boas condições para o manuseio das fêmeas durante a terapia hormonal, além de detecção de cio e a própria inseminação, particularmente em condições de criação a campo.

38 37 As taxas de fertilidade com sêmen congelado com deposição intra-uterina pela via laparoscópica estão em torno de 40% a 70% (Varago et al., 2009) DESVANTAGENS DA I.A. Umas das desvantagens é o custo da I.A. laparoscópica. Portanto, deve-se levar em conta que a I.A. exige requisitos mínimos de intensificação de manejo reprodutivo e condições mínimas devem ser atendidas (Bicudo et al., 2005). A aplicação de biotecnologia da reprodução na espécie ovina, principalmente aquelas relacionadas a I.A., permitem aliar a intensificação do manejo à precocidade potencial da espécie além de maximizar a utilização de reprodutores de alto mérito genético promovendo adequação ao seu valor econômico (Bicudo et al., 2005) CONCLUSÃO A área de criação de ovinos e o seu mercado consumidor estão crescendo e, portanto, os produtores devem acompanhar esse crescimento oferecendo produtos de qualidade. A inseminação artificial por laparoscopia é um artifício bastante eficiente para o melhoramento genético dos animais. Porém, apresenta algumas dificuldades de manejo, custo e instalações. Assim sendo, atualmente, é mais direcionado a fêmeas que possuam alto valor comercial ou em realização de transferência de embriões para que haja retorno financeiro adequado. O sêmen congelado só pode ser usado neste tipo de técnica de I.A. para ter resultados satisfatórios, pois é necessário que seja colocado diretamente no corno uterino. O sêmen fresco ou resfriado pode ser utilizado em I.A. via laparoscopia com resultados ótimos, porém se utilizado em I.A. vaginal ou cervical apresenta, também, resultados

39 38 satisfatórios. Concluindo, a I.A. laparoscópica é um excelente método de melhoramento genético, mas como seu custo é alto deve ser destinado para situações específicas até que se torne viável financeiramente para rebanho comercial.

40 REFERÊNCIAS BICUDO, S.D. Sistemas de Acasalamento em Ovinos: Monta Natural e Inseminação Artificial, Disponível em: Acessado em: 27/10/2009. BICUDO S.D.; AZEVEDO H.C.; SILVA MAIA M.S.; SOUSA D.B.; RODELLO L. Aspectos peculiares da inseminação artificial em ovinos. Acta Scientiae Veterinariae. 33 (Supl 1): , BICUDO S.D., Sumário das Pesquisas em Reprodução Ovina Desenvolvidas na Fmvz Unesp Botucatu, Disponível em: Acessado em: 27/10/2009. CAPRIL VIRTUAL, Rebanho ovino menor, mas com genética melhor, Disponível em: Acessado em: 21/10/2009. CRUZ, J.F.; FERRAZ, R.C.N. Manejo Reprodutivo de Caprinos e Ovinos, Núcleo de Estudo e Pesquisa em Produção Animal, FARIA, D. G. L. Análise do crescimento do rebanho de ovinos e caprinos no Brasil, 07/07/2008. Disponível em: Acessado em: 21/10/2009. GRANADOS, L.B.C.; DIAS, A.J.B.; SALES, M.P. Aspectos gerais da reprodução de caprinos e ovinos, Disponível em: Acessado em: 08/11/2009. GUSMÃO, A.L.; SILVA, J.C; QUINTELA, A.; MOURA, J.C. A.; RESENDE, J.; GORDIANO,H.; CHALHOUB, M.; RIBEIRO FILHO, A.L.; BITTENCOURT, T. C. B. S. C.; BARBOSA, L. P. Colheita Transcervical de Embriões Ovinos da Raça Santa Inês no Semi-árido Nordestino, Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal, v.8, n.1, p , 2007 HAFEZ, B.; HAFEZ, E.S.E. Reprodução Animal, 7ª edição, editora Manole, 2004, SP, p. 381,

41 40 OTTO DE SÁ,C.; SÁ,J.L. Ciclo Estral de Ovelhas, CRISA - Desenvolvimento em Pecuária Ovina, EMBRAPA, PINHEIRO, C.B.M. Uso do sêmen ovino congelado em inseminações artificiais cervicais e fatores que afetam a fertilidade dos rebanhos, 2009, Porto Alegre, 46f. Dissertação (Mestrado em Ciências Veterinárias) - Curso de Pós-graduação em Ciências Veterinárias, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. PUGH, D.G. Clínica de Ovinos e Caprinos, 1ª edição, editora Roca, 2005, SP, p Varago, F.C.; Moustacas, V.S.; Cruz, B.C.; Lagares, M.A.; Henry, M.R.J.M. Biotecnologias da Reprodução aplicadas a pequenos Ruminantes, Ciência Animal Brasileira, Suplemento 1 VIII Congresso Brasileiro de Buiatria, Anais, 2009

42 41 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS O estágio supervisionado realizado em propriedades de Curitiba e cidades vizinhas trouxe a possibilidade de aplicação prática do conhecimento teórico obtido em sala de aula. Tive a oportunidade de saber quais os procedimentos, diagnósticos e decisões que devem ser tomadas em criações a campo de ovinos e caprinos. Tais conhecimentos serão fundamentais no exercício da Medicina Veterinária em ovinos e caprinos.

43 ANEXO 1 INSTRUÇÕES AOS AUTORES: REVISTA ARCHIVES OF VETERINARY SCIENCE 42

44 43 Archives of Veterinary Science Diretrizes para Autores INSTRUÇÃO AOS AUTORES O periódico ARCHIVES OF VETERINARY SCIENCE (AVS) é publicado trimestralmente, sob orientação do seu Corpo Editorial, com a finalidade de divulgar artigos completos e de revisão relacionados à ciência animal sobre os temas: clínica, cirurgia e patologia veterinária; sanidade animal e medicina veterinária preventiva; nutrição e alimentação animal; sistemas de produção animal e meio ambiente; reprodução e melhoramento genético animal; tecnologia de alimentos; economia e sociologia rural e métodos de investigação científica. A publicação dos artigos científicos dependerá da observância das normas editoriais e dos pareceres dos consultores ad hoc. Todos os pareceres têm caráter sigiloso e imparcial, e os conceitos e/ou patentes emitidos nos artigos, são de inteira responsabilidade dos autores, eximindo-se o periódico de quaisquer danos autorais. A submissão de artigos deve ser feita diretamente na página da revista ( Mais informações são fornecidas na seção Informações sobre a revista. APRESENTAÇÃO DOS ARTIGOS 1. Digitação: O artigo com no máximo vinte e cinco páginas deverá ser digitado em folha com tamanho A4 210 x 297 mm, com margens laterais direita, esquerda, superior e inferior de 2,5 cm. As páginas deverão ser numeradas de forma progressiva no canto superior direito. Deverá ser utilizado fonte arial 12 em espaço duplo; em uma coluna. Tabelas e Figuras com legendas serão inseridas diretamente no texto e não em folhas separadas. 2. Identificação dos autores e instituições: Todos os dados referentes a autores ou instituição devem ser inseridos exclusivamente nos metadados no momento da submissão online. Não deve haver nenhuma identificação no corpo do artigo enviado para a revista. Os autores devem inclusive remover a identificação de autoria do arquivo e da opção Propriedades no Word, garantindo desta forma o critério de sigilo da revista. 3. Tabelas: Devem ser numeradas em algarismo arábico seguido de hífen. O título será inserido na parte superior da tabela em caixa baixa (espaço simples) com ponto final. O recuo da segunda linha deverá ocorrer sob a primeira letra do título. (Ex.: Tabela 1 Título.). As abreviações devem ser descritas em notas no rodapé da tabela. Estas serão referenciadas por números sobrescritos (1,2,3). Quando couber, os cabeçalhos das colunas deverão possuir as unidades de medida. 4. Figuras: Devem ser numeradas em algarismo arábico seguido de hífen. O título será inserido na parte inferior da figura em caixa baixa (espaço simples) com ponto final. O recuo da segunda linha deverá ocorrer sob a primeira letra do título (Ex.: Figura 1 Título). As designações das variáveis X e Y devem ter iniciais maiúsculas e unidades entre parênteses. São admitidas apenas figuras em preto-e-branco. Figuras coloridas terão as despesas de clicheria e impressão a cores pagas pelo autor. Nesse caso deverá ser solicitada ao Editor (via ofício) a impressão a cores.

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