Unidade II AVALIAÇÃO EDUCACIONAL. Profa. Glaucia Agreste
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- Benedita Gorjão Martinho
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1 Unidade II AVALIAÇÃO EDUCACIONAL Profa. Glaucia Agreste
2 Avaliação educacional Avaliação nos anos iniciais do Ensino Fundamental e na Educação Infantil Avaliação para além das formas tradicionais Avaliação de sistemas e avaliação institucional Avaliação e pesquisa educacional: dados quantitativos e qualitativos
3 Avaliação formativa: dimensões legais, políticas e éticas A avaliação formativa engloba todas as atividades desencadeadas pelos professores e/ou alunos que tragam informações a serem usadas como realimentação do processo de ensinoaprendizagem. Avaliação contínua com ênfase nos aspectos qualitativos. Possibilidade de aceleração dos estudos. Possibilidade de avanço nas séries. Obrigatoriedade de recuperação para casos de baixo rendimento.
4 Abordagem formativa nos PCN: avaliação como fonte de informação Professor: Oferece subsídios aos professores para uma reflexão contínua sobre a sua prática. Escola: Possibilita a definição de prioridades. Aluno: Permite ao aluno a tomada da consciência de suas conquistas, assim como de suas dificuldades. Possibilidades de organização do aluno na tarefa de aprender.
5 Como o professor pode realizar a avaliação de acordo com os PCN Observação sistemática: Acompanhamento do processo de aprendizagem por meio de registros, diários etc. Análise das produções dos alunos. Atividades específicas para avaliação. Atividades de avaliação semelhantes às usadas nas situações de aprendizagem. Quanto à Educação Infantil, a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao Ensino Fundamental (LDB, 1996, Capítulo II, art. 31).
6 Princípios norteadores da avaliação Parecer CNE/CEB nº 20/2009 As instituições de Educação Infantil, sob a ótica da garantia dos direitos, são responsáveis por criar procedimentos para avaliação do trabalho pedagógico e das conquistas das crianças. Por meio da avaliação sistemática, o professor poderá observar: a preferência das crianças, os seus parceiros prediletos; a forma como realizam as atividades; a narrativa das crianças.
7 Avaliação formativa de acordo com os RCNEI A avaliação deve recair sobre as situações de aprendizagem criadas para a criança, valorizando suas conquistas e seus avanços. A observação e o registro podem ser feitos por diversos meios além da escrita, tais como: áudio e vídeo, produções das crianças, fotografias, compondo o portfólio dos alunos.
8 Avaliação segundo os RCNEI A avaliação é um importante instrumento para que a escola possa planejar o trabalho educativo. A avaliação serve para indicar as prioridades a serem desenvolvidas. A avaliação oferece informações para os pais, pois eles têm o direito de acompanhar a aprendizagem dos filhos, de conhecer seus avanços e conquistas.
9 Interatividade A Lei de Diretrizes de 1996 indica que, na Educação Infantil, a avaliação: a) Deverá ser feita utilizando-se de vários instrumentos que possam identificar o que a criança aprendeu. b) Deverá ser feita ao seu término para que se possa verificar se a criança tem condições de iniciar o Ensino Fundamental. c) Deverá ser feita utilizando-se de desenhos para que a criança possa expressar melhor o que aprendeu. d) Deverá abranger aspectos da linguagem, g conhecimentos matemáticos, natureza e sociedade. e) Far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao Ensino Fundamental.
10 A avaliação para além das formas tradicionais 1. O processo pedagógico é linear: Planejamento Execução Avaliação A avaliação ocorre no final do processo. 2. O processo pedagógico é dialético: O trabalho pedagógico organiza-se em dois eixos: objetivos/avaliação e conteúdo/método.
11 Organização do trabalho pedagógico A organização do trabalho pedagógico incorpora funções sociais seletivas e excludentes. A avaliação escolar incorpora objetivos que vão além das matérias escolares, ligados à função social. Freitas (2011) aponta duas funções principais da educação na sociedade capitalista: 1. produção das qualificações para o trabalho; 2. formação de quadros e elaboração de métodos para um controle político.
12 A avaliação segundo Perrenoud Para o autor, a avaliação ainda coloca muita ênfase na memorização e na aplicação de regras. Ele aponta a necessidade de novas práticas, mais abertas, mais ativas. Para ele: A avaliação absorve muito tempo e energia dos alunos e professores. Os alunos trabalham pela nota. Há dificuldade em avaliar o raciocínio e a comunicação. A avaliação tradicional não atinge o desenvolvimento de algumas competências, como imaginação, senso crítico.
13 Âmbitos da avaliação 1. Formal: A avaliação tem caráter instrucional. É realizada por provas, trabalhos e notas. Os resultados são objetivos. 2. Informal: Avalia comportamentos, atitudes. É baseada em juízos de valor sobre o aluno pelo professor nas interações. Produz imagens e autoimagens, afetando a autoestima do aluno.
14 Como combater os efeitos excludentes da avaliação? Para Freitas, deve ser garantido a todos o acesso ao conhecimento, sem o molde feito pela classe dominante. Os objetivos da educação capitalista buscam moldar os alunos, sem possibilidades de questionamento sobre a vida fora da escola. Para que a escola cumpra sua função emancipadora, faz-se necessário construir estratégias que possibilitem entre aluno e professor indagações sobre as questões sociais.
15 Avaliação e função social Para que a escola garanta a ponte entre a realidade e a sala de aula, Freitas propõe: Os alunos devem ser formados na prática social a partir da realidade das lutas sociais. Deve haver a intermediação entre a prática (realidade) e a teoria (sistematização). Propõe o trabalho em grupos organizados pela idade, de forma flexível e variada.
16 Avaliação e participação dos alunos O aluno deve deixar de ser um mero espectador e passa a ser ativo. Formação de comissões de alunos para as tarefas de limpeza, laboratório, biblioteca etc. Propõe a formação de assembleias. A avaliação formal deve ser substituída pelo contato direto. A motivação não deve vir da nota, mas sim da necessidade de construir o novo por meio de um projeto de vida.
17 Como o professor ajusta o ensino às necessidades detectadas? Para que a escola atinja sua função social por meio de uma educação integral e humanizadora, deve desenvolver saberes cujo domínio seja condição de profissionalização e de desenvolvimento profissional. O professor deve resolver os problemas do dia a dia vinculados aos conteúdos e à avaliação como uma das dimensões do processo de ensino e aprendizagem.
18 Como fazer a inclusão? A inclusão se caracteriza como uma aculturação do excluído. Luta pela inclusão e acesso ao conteúdo escolar sem subordinação. A escola precisa se avaliar, rever o seu currículo e sua metodologia e construir uma cultura educacional que dê sentido ao ensino e envolva os alunos de forma ativa.
19 Avaliação como prática de dominação A avaliação como prática de disciplinamento e dominação pode levar a experiências negativas, tais como: críticas destrutivas; punições; discriminação; bullying; passividade; rebaixamento da autoestima; bloqueios; frustrações.
20 Avaliação formativa Camargo (1997) ressalta a importância da avaliação para a construção da identidade individual e social. A avaliação deve basear-se nos seguintes princípios: 1. entendimento prévio e decisão compartilhada; 2. incentivo à autonomia intelectual; 3. diálogo e transparência na comunicação.
21 Interatividade Pode-se dizer que as consequências da pedagogia do exame, termo usado por Luckesi, são as seguintes: a) Os alunos estudam mais e o professor consegue um rendimento melhor. b) Os professores podem oferecer, aos pais, dados mais objetivos sobre o desenvolvimento e a aprendizagem. c) Essa prática não auxilia a aprendizagem dos alunos, desenvolve personalidades submissas e colabora para a exclusão. d) Essa prática auxilia na formação da personalidade dos alunos, uma vez que desenvolve pessoas competitivas. e) A pedagogia do exame colabora com os processos de democratização.
22 A avaliação de sistemas A avaliação de sistemas é feita por meio de provas realizadas em larga escala. Ex.: SAEB Sistema de Avaliação da Educação Básica. Para Freitas, essa avaliação não tem valor, pois acaba por fomentar a competição nas escolas e não é utilizada na revisão das estratégias. Muitas vezes, é usada para dar bonificação salarial aos professores por mérito.
23 Avaliação externa: aspectos políticos Para Freitas, as políticas regulatórias desejam transferir o poder de regulação do Estado para o mercado por meio das privatizações. O modelo neoliberal diminui a responsabilidade do Estado nas intituições públicas, transferindo para a sociedade civil o acompanhamento do serviço prestado. As avaliações têm demonstrado que escolas que apresentam um nível social econômico mais baixo demonstram pior desempenho.
24 Indicadores de avaliação Resultados com base em 2003: falta de professores; falta dos alunos; insuficiência de recursos pedagógicos; insuficiência de recursos financeiros; alta rotatividade de professores; insatisfação salarial; formação continuada; falta de horário para a formação.
25 Avaliação institucional e de sala de aula A avaliação tem o papel de fazer a mediação entre a avaliação externa e a de sala de aula dirigida pelo professor. A avaliação de redes, a institucional e a de sala de aula devem estar interligadas. A avaliação deve mobilizar a comunidade local das escolas na construção de sua qualidade. Para que a avaliação institucional produza efeitos, deve haver a participação de todos.
26 Autoavaliação dos professores Dimensões do trabalho docente: domínio do conteúdo; pontualidade, assiduidade; planejamento e estratégias de ensino; participação nos conselhos de escola; recuperação contínua; relacionamento interpessoal. participação na APM.
27 Interatividade Freitas afirma que a escola deve se construir com uma função formativa. Assim, pode-se afirmar que a avaliação consiste em: a) Possibilitar o desenvolvimento global dos alunos num processo contínuo e permanente de formação. b) Valorar os resultados obtidos pelos alunos, buscando compreender o processo seletivo de análise dos resultados da aprendizagem. c) Diagnosticar a quantidade de conhecimentos adquiridos pelos alunos. d) Selecionar os alunos mais preparados e competentes. e) Classificar, sancionar e quantificar os alunos.
28 Avaliação e pesquisa educacional Abordagens quantitativas e qualitativas Segundo Gatti (2004): Há poucos estudos quantitativos na área da pesquisa educacional. Dificuldade de uma leitura crítica e consciente. Desconfiança em relação à manipulação dos dados. Problemas diversificados.
29 Abordagem quantitativa Há três tipos de dados: categóricos; ordenados; métricos. O pesquisador precisa conhecer a área e o contexto em que os problemas ocorrem.
30 Analfabetismo, percurso e fracasso escolar A avaliação deve abordar a questão das desigualdades educacionais regionais. Confrontar a relação existente entre e o analfabetismo e o Ensino Fundamental. Possibilitar a análise dos programas para erradicar o analfabetismo. É um meio para explicar o fracasso das políticas públicas.
31 Avaliação educacional Os dados quantitativos têm ênfase em: estudo dos resultados da avaliação do SARESP; estudo do perfil cognitivo da população brasileira; análise do desempenho dos alunos. O SARESP existe desde 1996 e não demonstrou um salto qualitativo na melhoria dos processos de ensino e aprendizagem.
32 A questão do letramento Gatti, a partir dos dados quantitativos, destacou trabalhos da ONG Ação Educativa. Foram feitos testes e questionários a jovens e adultos entre 15 e 54 anos. A análise dos dados apontou que a maioria não conseguiu demonstrar domínio de habilidades relativas à alfabetização. A partir da pesquisa, cabem ações e propostas de planos para a democratização em nosso país.
33 Políticas de educação básica Para analisar os impactos das políticas na educação básica, Gatti usou uma pesquisa realizada em meados de A partir desse estudo, surgiram outros que influenciaram a administração da educação pública. Foram realizadas pesquisas sobre a oferta de Educação Infantil, por exemplo. A partir da última LDB, as creches e pré- escolas foram integradas ao sistema de ensino.
34 Resultado do Ensino Médio As avaliações do ENEM mostraram que o IDEB, índice de Desenvolvimento da Educação Básica, é baixo. Foi estabelecida a meta de 5,2 para o Ensino Médio dentro de poucos anos, para rebater os atuais 3,6. A partir da análise dos dados, são sugeridas as mudanças no currículo e o estabelecimento de novas estratégias de ensino.
35 Interatividade Pedro, professor do 6º ano de uma escola pública, no início de ano realiza atividades com seus alunos para que possa conhecer um pouco da realidade deles e também pensar em como trabalhar para que aconteça uma transformação necessária, e, com isso, faça valer aquilo que ele acredita ser a função da escola. Após o término de cada módulo, realiza exercícios para que ele e seus alunos reflitam sobre o processo de ensino e aprendizagem. As avaliações realizadas por ele são: a) Formativas e classificatórias. b) Diagnósticas e somatórias. c) Diagnósticas e formativas. d) Mediadoras e classificatórias. e) Mediadoras e formativas.
36 ATÉ A PRÓXIMA!
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