RECONHECENDO AS PRINCIPAIS CARACTERISTICAS DA AVALIAÇÃO NACIONAL DA ALFABETIZAÇÃO
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- Luiza Arruda Lagos
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1 RECONHECENDO AS PRINCIPAIS CARACTERISTICAS DA AVALIAÇÃO NACIONAL DA ALFABETIZAÇÃO Patrícia dos Santos Zwetsch- Apresentadora (UFSM) Rosane Carneiro Sarturi- Orientadora (UFSM) INTRODUÇÃO Este trabalho está vinculado ao Projeto Interlocuções entre políticas públicas e ações pedagógicas: limites e possibilidades, aprovado no Programa Observatório da Educação da Coordenação de Aperfeiçoamento e Avaliação da Educação Superior (CAPES) no edital Portanto, este estudo possui como objetivo reconhecer as características da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA). E como problemática de pesquisa Qual a repercussão da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) nas ações pedagógicas e no processo de gestão do ciclo da alfabetização?. Na Portaria nº867, de julho de 2012 é instituído o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC). Este possui como objetivo alfabetizar todos os alunos aos oito anos de idade, ou seja, ao término do 3º ano do Ensino Fundamental, última fase do ciclo de alfabetização. O mesmo corresponde do 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental. Para atingir este objetivo, foi desenvolvido formação continuada para os professores alfabetizadores e distribuído materiais didáticos, como livros e jogos, para as escolas que estão participando do Pnaic. Conforme a Portaria citada anteriormente: Art. 5o As ações do Pacto tem por objetivos: I - garantir que todos os estudantes dos sistemas públicos de ensino estejam alfabetizados, em Língua Portuguesa e em Matemática, até o final do 3º ano do ensino fundamental; II - reduzir a distorção idade-série na Educação Básica; III - melhorar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB); IV - contribuir para o aperfeiçoamento da formação dos professores alfabetizadores; V- construir propostas para a definição dos direitos de aprendizagem e desenvolvimento das crianças nos três primeiros anos do ensino fundamental. Sendo assim, nas ações do Pnaic, nos deparamos com o eixo da avaliação. Este eixo caracteriza-se por avaliações do nível de alfabetização. Os resultados, destes níveis serão obtidos por meio da aplicação anual da Provinha Brasil, no inicio e no término do 2º ano do Ensino Fundamental. E através de uma avaliação externa universal, que será aplicada
2 anualmente, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), no final do 3º ano do ensino fundamental. Esta avaliação foi intitulada como Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA). Portanto, a mesma esta direcionada para as escolas e alunos, que estejam matriculados no 3º ano do Ensino Fundamental, última fase do ciclo de alfabetização. Para fundamentar este trabalho utilizaram-se os seguintes referenciais teóricos: o Documento Básico da Avaliação Nacional da Alfabetização (BRASIL, 2013), a Portaria nº867, de julho de E os seguintes autores: Severino (2007), que auxiliou no entendimento sobre pesquisa documental e bibliográfica, Perrenoud (1999), que contribuiu na compreensão sobre o que é avaliação, Lopes e Sousa (2010), auxiliaram no esclarecimento sobre avaliação e sua contribuição para a qualidade da educação. Esta pesquisa apresenta dados parciais, pois a mesma será desenvolvida durante o Curso de Especialização em Gestão Educacional, da Universidade Federal de Santa Maria. Sendo assim, no período de um ano e meio. Acredita-se, que a presente pesquisa é relevante, pois contribuirá para o desenvolvimento das ações pedagógicas, desenvolvidas no âmbito escolar, principalmente no Ciclo de Alfabetização. Isto porque, a mesma proporcionará uma compreensão e um entendimento sobre um mecanismo de avaliação externa, que será realizado nas escolas participantes do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. METODOLOGIA Para desenvolver este estudo inicial, utilizou-se a pesquisa documental e bibliográfica, como as melhores que adequaram-se a problemática e objetivo deste trabalho. Isto porque, realizou-se um estudo sobre o documento básico da Avaliação Nacional da Alfabetização, dos documentos do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa e de algumas políticas públicas que salientam o PNAIC e ANA. E bibliográfica, pois utilizou-se alguns autores, que auxiliaram na compreensão e no entendimento sobre avaliação. Conforme Severino a pesquisa bibliográfica e documental são: Pesquisa bibliográfica é aquela que se realiza a partir do registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos impressos, como livros, artigos, teses etc. No caso da pesquisa documental, tem-se como fonte documentos no sentido amplo, ou seja, não só de documentos impressos, mas sobretudo de outros tipos de documentos, tais como jornais, fotos, filmes, gravações, documentos legais. (SEVERINO, 2007, p. 122 e 123)
3 Enfim, este estudo possui uma abordagem qualitativa, pois o mesmo não apresenta como objetivo quantificar dados, mas sim analisar os mesmos, e compreende-los a partir dos contextos investigados. Para assim, contribuir para a melhoria das ações pedagógicas realizadas no contexto escolar. RESULTADOS E DISCUSSÃO Durante muito tempo, vem se discutindo e pensando em estratégias, para buscar-se uma melhoria e uma qualidade para educação. Percebe-se, que os resultados que demonstram essa qualidade, são obtidos por meio das avaliações externas. Essas avaliações em larga escala, são desenvolvidas anualmente ou bianualmente, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). As mesmas, possibilitam a produção de dados, de resultados em nível nacional, regional e local. Desta forma, os dados subsidiam a elaboração das políticas públicas educacionais. Isto porque: O debate sobre o que é, afinal, a qualidade que se espera alcançar não pode se restringir à constatação da qualidade que se tem. Precisa avançar. é preciso encarar que a qualidade que se tem na educação pública está profundamente ancorada nas condições de vida das pessoas e que a escola que muitas vezes é a única oportunidade de contato com a cultura sistematizada precisa criar novos canais de diálogo, de difusão e construção de conhecimento, contando para isso com condições objetivas de realização. (SOUSA; LOPES, 2010, p.59) Como uma das avaliações externas da Educação Básica, nos deparamos com a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), esta auxilia na composição dos dados do Sistema de Avalição da Educação Básica (Saeb). A ANA emergiu, a partir das estratégias desenvolvidas pelo Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC). O Pnaic é um acordo formal, que foi assumido pelo governo federal, Distrito Federal, estados e municípios. Este tem como intencionalidade alfabetizar todas as crianças, até os oito anos de idade, ou seja, na última fase do ciclo de alfabetização, que é o 3º ano do Ensino Fundamental. Com isso, a Avaliação Nacional da Alfabetização, possui como principais objetivos: i) Avaliar o nível de alfabetização dos educandos no 3º ano do ensino fundamental. ii) Produzir indicadores sobre as condições de oferta de ensino.
4 iii) Concorrer para a melhoria da qualidade do ensino e redução das desigualdades, em consonância com as metas e políticas estabelecidas pelas diretrizes da educação nacional. (BRASIL, 2013, p.7) A Avaliação Nacional da Alfabetização utiliza dois instrumentos, para avaliar o processo de alfabetização dos alunos, que encontram-se nas escolas públicas brasileira. Entre eles, podemos destacar: questionários contextuais e testes de desempenho. Os mesmos possuem a intenção de avaliar e verificar, o desempenho dos alunos que passaram pelo ciclo de alfabetização, como também as condições que foram oferecidas, para os mesmos desenvolverem e construírem os seus saberes. Os questionários contextuais serão aplicados com os professores e gestores das instituições escolares. Estes buscarão informações sobre as condições da infraestrutura da escola, formação dos professores alfabetizadores, gestão escolar e sobre a organização do trabalho pedagógico, realizado com os alunos. Os testes de desempenho, serão aplicado no 3º ano do Ensino Fundamental, com os alunos que pertencem a esta última fase do ciclo. Os mesmos possuem o objetivo avaliar e definir os níveis de alfabetização e o desempenho dos alunos em alfabetização e letramento em Língua Portuguesa, assim como a alfabetização em Matemática. Desta forma, os testes são compostos por vinte questões. Ao elaborar uma avaliação em larga escala como a ANA, o INEP formula uma matriz que serve como referência para as avaliações. Com isso, as matrizes construídas para a Avaliação Nacional da Alfabetização, em Língua Portuguesa e Matemática, foram pensadas por pesquisadores e especialistas no campo da alfabetização e do letramento, de várias instituições. Como também, representantes dos governos e da sociedade civil. Portanto, para nortear essas matrizes, utilizaram-se como base diferentes documentos oficiais, que destacavam a definição dos direitos de aprendizagem. Também, foram utilizados documentos e materiais que forma produzidos, para a formação dos professores alfabetizadores no Pnaic. Portanto os resultados elaborados, a partir da ANA serão publicados através de um índice de alfabetização referente às condições medidas em nível nacional. Desta forma, não será divulgado resultados específicos e por aluno, mas sim de modo geral. Contudo, esses resultados podem contribuir para o processo de alfabetização nas escolas públicas, mas os mesmos necessitam ser compreendidos e analisados pelos professores alfabetizadores e pela equipe gestora de cada uma das escolas, pois assim será possível buscar uma melhoria nas ações pedagógicas e nas práticas alfabetizadoras.
5 CONCLUSÕES Conforme Perrenoud (1999, p.71) a avaliação não é, em princípio, um objetivo em si, mas um meio de verificar se os alunos adquiriram os conhecimentos visados. Sendo assim, acredita-se que a Avaliação Nacional da Alfabetização, irá repercutir nas ações pedagógicas dos professores alfabetizadores, pois a mesma realizará um diagnóstico do processo de alfabetização em nível nacional. Com isso, é necessário que os professores pensem e compreendam a avaliação, os testes de desempenho e os questionários contextuais. Pois, somente assim, os resultados serão interpretados e compreendidos, em cada um dos contextos escolares específicos. Desta forma, os resultados não servirão somente para medir os níveis de alfabetização, mas também para qualificar e melhorar a educação, a infraestrutura da escola e os ambientes de construção do conhecimento. Sendo assim, acredita-se que as avaliações em larga escala, pois apresentam resultados e é de extrema importância que estes sejam interpretados, pois assim, será possível destacar os aspectos negativos e positivos, encontrados no cotidiano dos contextos avaliados. Enfim, ao trazer esses resultados da ANA, para o âmbito escolar, tem-se a intenção de ofertar e oferecer subsídios para a orientação das ações pedagógicas, para o Projeto Político Pedagógico, para os processos de gestão entre outros fatores, que contribuem para qualificação da Educação Básica. Contudo, todos necessitam estar envolvidos e participarem ativamente deste processo da busca pela qualidade, pois todos somos responsáveis pela educação. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Portaria nº867, de 4 de julho de Disponível em: 4julho2012_provinha_brasil.pdf. Acesso em: 15, de jun, BRASIL. Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA): documento básico. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens entre duas lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Cortez, SOUSA, S. Z; LOPES, V.V. Avaliação nas Políticas Públicas Educacionais Atuais Reitera Desigualdade. Revista Adups, jan
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