Lei Orgânica do Distrito Federal - LODF Auditor de Controle Externo TC/DF Aula 00 - Aula Demonstrativa Profa. Tatiane Rocha

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1 Aula 00 Demonstrativa Apresentação do Curso Lei Orgânica do Distrito Federal Títulos I e II (parte I) Professora: Tatiane Rocha 1

2 Aula 00 Aula Demonstrativa Sumário 1. Apresentação Como será ministrado o curso Como estudar uma matéria que só possui legislação Dicas de como estudar para o concurso Introdução à LODF Fundamentos da Organização dos Poderes e do Distrito Federal Autonomia Valores Fundamentais Objetivos Prioritários Organização do Distrito Federal Organização Administrativa do Distrito Federal Competência do Distrito Federal Competência privativa do DF Competência comum Competência concorrente Marcação da LODF títulos I e II Lista de questões comentadas Lista de questões Gabarito

3 1. Apresentação Olá, prezados alunos! Foi com imenso prazer que recebi e aceitei o convite da equipe do Ponto dos Concursos para ajudá-los na preparação para o concurso de Auditor de Controle Externo para o Tribunal de Contas do Distrito Federal Meu nome é Tatiane Rocha e serei a professora de Lei Orgânica do Distrito Federal. Sou formada em Direito pela Universidade Federal do Paraná Turma de 2009 e atualmente exerço o cargo de Analista Técnico da Superintendência de Seguros Privados SUSEP (concurso de 2010). Também fui aprovada em 2010 para o cargo de Analista do Banco Central do Brasil - BACEN. O curso foi dividido em três aulas, além desta demonstrativa, e cobrirá todo o conteúdo programático cobrado no último concurso, realizado em 2014 pelo CESPE. Ainda não sabemos qual será a banca deste próximo concurso, mas sabemos que o Edital de Abertura está próximo, pois já foi publicada a Portaria de constituição da Comissão do Concurso. Portanto, é importante já começarmos a estudar desde agora. Assim, nosso curso será dividido da seguinte forma: Aula Conteúdo Programático - Aula Demonstrativa apresentação do curso; - Lei Orgânica do DF Títulos I e II 1 Fundamentos da organização dos Poderes e do Distrito Federal. 2 Organização do Distrito Federal (parte I). - Lei Orgânica do DF Título II 2 Organização do Distrito Federal (parte II). - Lei Orgânica do DF Títulos II e III 2 Organização do Distrito Federal (parte III). 3 Organização dos Poderes. - Lei Orgânica do DF Títulos IV e V 4 Tributação e orçamento do Distrito Federal. 5 Ordem econômica do Distrito Federal. 3

4 Antes de começarmos a matéria, gostaria de tratar brevemente sobre três assuntos que considero relevantes para seus estudos: (a) como será ministrado nosso curso, (b) como estudar uma matéria que só possui legislação e (c) dicas de como estudar para o concurso em geral. 1.1 Como será ministrado o curso Para que o aluno conheça melhor o curso que estamos oferecendo e para que possa organizar adequadamente seus estudos, irei explicar exatamente como será ministrado o nosso curso. O primeiro ponto que precisamos ter em mente é que um curso que envolve só legislação é diferente dos demais cursos. Num curso de Direito Administrativo, por exemplo, as aulas são ministradas em forma de texto, apresentando a teoria, as correntes doutrinárias, de que forma a banca cobra determinado assunto, enfim, existe todo um encadeamento de ideias a ser seguido na aula e aprendido pelo aluno. Ministrar legislação é diferente. Nós já sabemos de que forma o assunto será cobrado: será a letra da lei, ou seja, será uma cópia daquilo que está na Lei Orgânica do DF - LODF. E, nesses casos, o aluno terá que, infelizmente, memorizar o que consta nos artigos. Professora, e como decorar tudo? É aí que entra o trabalho do professor! A melhor forma de estudar legislação, acreditem, não é lendo a lei por horas e horas. Isso não é produtivo. A jeito mais eficiente de se estudar legislação é selecionar os artigos que possuem a maior probabilidade de cair, aprender o significado dos conceitos menos usuais e estudar por meio de esquemas, resumos e tabelas que facilitarão a memorização. E é dessa forma que trabalharemos no decorrer do curso. Sempre que o artigo for importante, ele será transcrito para que o aluno se familiarize com os termos da lei. Mas utilizaremos muitos esquemas que ajudarão a tornar a decoreba um processo muito mais simples, menos complicado. Além disso, as normas em geral tendem a ter uma linguagem muito técnica ou cheia de juridiquês que confunde e dificulta o estudo. Quando nos 4

5 depararmos com artigos desse tipo, todos os conceitos serão explicados, para que, mais do que simplesmente decorar, o aluno consiga entender o que a lei quis dizer. Por fim, serão apresentadas questões comentadas de concursos anteriores sobre o tema (da banca organizadora do último certame e de outras bancas) para que o aluno possa treinar exaustivamente o que estudou. Assim, vocês irão adquirir ao longo do curso o conhecimento necessário para responder as questões da prova, sem a necessidade de perder horas tentando decorar e adivinhar qual artigo é o mais relevante. 1.2 Como estudar uma matéria que só possui legislação Agora que vocês já sabem como o curso será ministrado, o próximo passo é saber estudar uma matéria que só possui legislação. Primeiramente, é necessário imprimir a LODF atualizada e sempre estudar as aulas com a legislação do lado. Em cada uma das aulas serão indicados, no decorrer da matéria, os artigos mais importantes que já caíram em provas anteriores ou que possuem maior probabilidade de cair. Além disso, para facilitar, no final de cada aula haverá um tópico, chamado marcação da lei, em que serão listados todos os artigos tratados naquele dia e que deverão ser grifados na LODF pelo aluno. O segundo passo é ler a LODF, principalmente os artigos grifados. Não precisa nem ser no mesmo dia em que você estudar a matéria. Até porque muitos desses artigos já terão sido transcritos na aula. Pode ser no dia seguinte ou alguns dias depois. Não importa. O importante é que você leia. Pode até levar na mochila/bolsa e ler no caminho do trabalho ou quando tiver um tempo livre. É importante que você se familiarize com os termos da lei. Entenda que sair lendo a legislação e tentar decorar é perda de tempo. Mas estudar a aula, entender o que a norma diz para então lê-la irá facilitar muito o aprendizado. Por fim, tente revisar periodicamente as aulas. Faça um cronograma de estudo e, paralelamente, um outro de revisões. Revisar uma aula não demandará mais que meia hora do seu dia. E fará uma grande diferença no final. Manter o assunto fresco na memória é muito importante, principalmente quando falamos 5

6 de leis. Se o aluno estudar um assunto hoje será impossível tê-lo na memória até o dia da prova. É preciso revê-lo periodicamente para não o esquecer. 1.3 Dicas de como estudar para o concurso Agora que já tratamos da matéria, de como ela será ministrada e de como deve ser estudada, gostaria de fazer algumas considerações que podem ajudálos a percorrer essa fase de concurseiro e alcançar a sonhada aprovação. Não existe um jeito certo de estudar, porque isso depende de inúmeros fatores que variam de candidato para candidato, como o conhecimento prévio sobre a matéria, o tempo disponível para estudar e outros fatores de ordem pessoal. No entanto, alguns pontos são essenciais para todos aqueles que desejam passar em um concurso público: A Conhecimento da relevância de cada disciplina: antes de começar a estudar é interessante dividir o tempo de estudo entre as disciplinas de acordo com o grau de importância que cada uma tem para aquele concurso. No último concurso para Auditor de Controle Externo do TCDF, as disciplinas foram divididas da seguinte forma: - 80 questões objetivas de Conhecimentos Básicos, valendo 80 pontos; - 70 questões objetivas de Conhecimentos Específicos, valendo 70 pontos; - 2 questões discursivas, valendo 10 pontos cada, e 1 redação de peça de natureza técnica, valendo 30 pontos, totalizando 50 pontos. Só com esta informação já podemos começar a direcionar o planejamento de estudos. Como assim, professora? Note que, diferentemente da maioria dos concursos, este deu praticamente a mesma relevância para a área de Conhecimentos Básicos - CB e para a área de Conhecimentos Específicos - CE. Foram 80 pontos para CB e 70 pontos para CE. Dessa forma, é importante reservar praticamente o mesmo tempo de estudo para cada uma das áreas de conhecimento, pois ambas são muito importantes para o 6

7 certame. Além disso, as questões discursivas possuem um peso muito grande: 50 pontos! Portanto, além de estudar o conteúdo programático, é importante que vocês também se preparem para discursiva. Como temos por base a prova do último concurso sobre quantas questões seriam cobradas por disciplina, é importante delimitar o tempo de estudo a ser dispendido com cada uma, de acordo com o número de questões que foi cobrado por matéria no certame de Então, analisando a prova de 2014, temos o seguinte panorama: Número de Disciplina questões Contabilidade (Contabilidade Geral, Análise das Demonstrações Contábeis e Contabilidade 32 Pública) Língua Portuguesa 15 Economia 12 Controle da Administração Pública 10 Direito Constitucional 10 Direito Administrativo 10 Auditoria Governamental 10 Administração Financeira e Orçamentária 10 Raciocínio Lógico 06 Direito Previdenciário 06 Direito Civil 06 Direito Processual Civil 06 Direito Penal 06 Administração Pública 06 Lei Orgânica do DF 05 Total

8 Após uma análise da tabela, percebemos que, neste concurso, a banca não distribuiu igualitariamente o número de questões por disciplina. O que é muito comum. Geralmente as bancas dão pesos maiores para umas e menores para outras. Assim, o ideal é dividir seu tempo de estudo de acordo com o número de questões que foram cobradas em cada disciplina na última prova. Se Contabilidade foi responsável por 32 pontos e LODF, por exemplo, foi responsável por 05 pontos, não faz sentido gastar o mesmo tempo que você gasta estudando Contabilidade para estudar a LODF. Caso o aluno tenha mais dificuldade em alguma matéria, pode até gastar um pouco mais de tempo com ela, mas nada que seja muito discrepante em relação às demais. Caso termine de estudar todo o conteúdo programático de uma matéria antes das outras, de forma consistente, aí sim o aluno poderá gastar mais tempo com as demais, caso seja necessário. Outros pontos que devem ser considerados no momento do estudo: B Eficiência e objetividade: estudo para concurso não é estudo para tese de mestrado! O concurseiro não tem que ser especialista na matéria. Ele precisa saber o necessário para tirar uma boa nota. Então, quando o professor da disciplina disser que somente as aulas são suficientes, confie nele. Não queira ler livros e tratados sobre o assunto. Um amigo do trabalho (e que também é professor aqui no Ponto) sempre fala: concurso público é um mar de conhecimento com um palmo de profundidade. Ou seja, muita coisa para estudar, mas sem precisar se aprofundar muito na maioria dos temas. Por isso, é importante dar prioridade àquilo que, estatisticamente, possui mais chances de ser cobrado. Uma estratégia de estudo eficiente deve levar em conta três pontos básicos: - a frequência com que um determinado assunto cai nas provas; - a profundidade com que é exigido e - como ele é cobrado. O nosso curso foi montado levando em conta esses três aspectos. 8

9 C Resolução de questões de provas anteriores: a prática é a melhor forma de fixar o conteúdo. Existe uma tendência entre os concurseiros de privilegiarem a teoria em detrimento dos exercícios. Muitos ainda fazem exercícios só quando sobra tempo. O problema é que nunca sobra tempo! Por isso é importante montar um cronograma de estudos que já inclua um momento do dia para resolução de questões. Além disso, quando o estudo não leva em conta as provas anteriores, certos conhecimentos que são importantíssimos para o estudo se perdem: se determinado assunto é cobrado, quais são os temas preferidos, a forma com que são exigidos alguns tópicos, quais são os critérios de correção (no caso da prova discursiva), etc. D Revisões periódicas: esse é outro ponto muito importante que geralmente é negligenciado pelos candidatos. No geral, os alunos estudam um determinado assunto somente uma vez ou só revisam na semana anterior a da prova. No entanto, é interessante criar uma rotina de revisão de cada uma das aulas. A revisão pode ser feita de várias formas: revisar as matérias nos finais de semana, escalonar durante a semana após estudar as aulas do dia ou reservar dias específicos de tempos em tempos somente para fazer as revisões. Tudo vai depender de quanto tempo para estudo cada um tem disponível. No entanto, é importante ter em mente que, quanto mais a matéria é revista, mais rápida será a próxima revisão, pois o aluno estará cada vez mais familiarizado com o conteúdo. E Treinamento da mente e do corpo: Reserve um horário do seu dia para praticar atividade física. É uma forma de relaxamento que, inclusive, melhora seu rendimento nos estudos. F Tempo para o lazer: depois de tudo isso, ainda reserve um tempo na semana para se divertir fazendo algo que lhe dá prazer. Isso é importante para que o aluno não fique desestimulado durante a maratona de estudos e para que possa recarregar as baterias. Com isso, terminamos nossa apresentação inicial. 9

10 Vamos começar a estudar? 2. Introdução à LODF Hoje iniciaremos nossos estudos sobre a Lei Orgânica do Distrito Federal - LODF. Ela será dividida em três aulas (além dessa demonstrativa) para que possamos estudar com calma todos os pontos relevantes para a prova. Iremos selecionar os artigos que, historicamente, mais caem nos concursos públicos sobre esse tópico e, sempre que for necessário, explicaremos alguns conceitos constantes nos artigos para que vocês possam entender sobre o que a LODF está tratando e, assim, consigam memorizar seus dispositivos com mais facilidade. A LODF atualizada pode ser acessada pelo site da Câmara Legislativa do Distrito Federal: É importante que vocês tenham em mãos a norma atualizada, pois a LODF possui inúmeras emendas, muitas bem recentes (de 2014 e 2015), além de algumas declarações de inconstitucionalidade pelo Poder Judiciário. E banca de concurso adora cobrar aquilo que mudou há pouco tempo. A LODF disponível no site da Câmara Legislativa do DF foi a mais atualizada que encontrei. Além disso, gostaria de deixar bem claro o seguinte: a prova irá cobrar, basicamente, a letra da lei. Então, na maioria dos casos, não iremos envolver doutrina, entendimentos jurisprudenciais ou conceitos que não irão ser objeto desse concurso. Isso só serviria para confundi-los e para que vocês demorassem mais que o necessário para absorver o conteúdo dessa matéria. Só iremos tratar dos conceitos que forem necessários ao entendimento dos dispositivos legais. Assim, caso haja alguma dúvida conceitual, não hesitem em perguntar no Fórum. A aula de hoje tratará sobre o primeiro título da LODF e o início do segundo título e abordará os conteúdos sobre (a) fundamentos da organização dos Poderes e do DF e a primeira parte do conteúdo sobre (b) organização do DF. Em primeiro lugar, precisamos entender o que é a Lei Orgânica do DF, ou seja, qual é a sua natureza. A LODF está prevista na Constituição Federal de 1988, em seu artigo 32, que assim dispõe: 10

11 Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios. 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual duração. 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar. Em diversas situações presentes da Constituição Federal, o DF é equiparado aos Estados. No entanto, quanto à norma que irá regê-lo e organizá-lo, a CF/1988 não o equiparou aos Estados (que são regidos por Constituições Estaduais), mas sim aos Municípios (que também são regidos por Lei Orgânica). A diferença, nesse caso, entre DF e Municípios, está no fato de que a LODF atenderá aos princípios constantes somente na CF/1988, enquanto que as Leis Orgânicas dos Municípios devem atender à CF/1988 e a Constituição de seu respectivo Estado. Além disso, a LODF irá tratar tanto de matérias reservadas aos Estados como daquelas consideradas de competência municipal, por força do parágrafo primeiro do artigo 32 da CF/1988. Feitas essas considerações iniciais, vamos à LODF propriamente dita. 11

12 3. Fundamentos da Organização dos Poderes e do Distrito Federal 3.1. Autonomia Art. 1º O Distrito Federal, no pleno exercício de sua autonomia política, administrativa e financeira, observador dos princípios constitucionais, reger-se-á por esta Lei Orgânica. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição Federal e desta Lei Orgânica. Neste primeiro artigo temos que o DF possui autonomia política, administrativa e financeira. Essa autonomia é derivada da própria CF/1988. Assim temos: Autonomia Política diz respeito à capacidade de auto-organização e autolegislação (no caso do DF, de elaborar a Lei Orgânica e as Leis Distritais) e de autogoverno, ou seja, de seus cidadãos elegerem seus representantes (tanto o Chefe do Executivo quanto os membros do Poder Legislativo) e de o DF organizar seus Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Administrativa é o poder de autoadministração, ou seja, de gerenciar e administrar os negócios e serviços públicos no âmbito do DF. Decorre da própria repartição de competências realizada pela CF/1988 com relação a cada um dos entes federados. Financeira é a prerrogativa que o DF e os demais entes federados têm de instituir e arrecadar seus próprios tributos, ou seja, de ter receita própria para manter a máquina pública e prestar os serviços públicos que forem de sua competência. Além disso, o parágrafo único dispõe sobre as formas de exercício do poder popular ( todo poder emana do povo ): de forma direta (chamada democracia direta ou participativa) ou indireta. Vejamos: 12

13 Direta Plebiscito consulta popular sobre tema que será objeto de ato legislativo ou administrativo. Referendo consulta popular sobre ato legislativo ou administrativo já editado com o objetivo de ratificá-lo ou rejeitá-lo. Iniciativa popular apresentação de projeto de lei, proposto pela população, que deverá ser apreciado pelo Legislativo. Indireta Por meio de seus representantes eleitos (Chefe do Executivo governador e membros do Legislativo deputados distritais) As formas de exercício direto da soberania popular estão dispostos no artigo 5 o. Vejamos: Art. 5º A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular. Sufrágio é o direito de votar e ser votado. Dessa forma, sufrágio universal significa que o direito de votar e ser votado é para todos, sem discriminação (embora possua algumas restrições constitucionais, como estrangeiros, por exemplo). O artigo fala ainda em voto secreto e direto, ou seja, ninguém pode exigir saber em quem algum cidadão votou em determinada eleição. Além disso, o voto é dado diretamente do eleitor para o candidato ao cargo do Executivo ou do Legislativo. Assim, temos: Exercício da soberania popular - Sufrágio universal - Voto direto e secreto, com valor igual para todos - Plesbicito, referendo e iniciativa popular. 13

14 3.2. Valores Fundamentais Art. 2º O Distrito Federal integra a união indissolúvel da República Federativa do Brasil e tem como valores fundamentais: I - a preservação de sua autonomia como unidade federativa; II - a plena cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Parágrafo único. Ninguém será discriminado ou prejudicado em razão de nascimento, idade, etnia, raça, cor, sexo, características genéticas, estado civil, trabalho rural ou urbano, religião, convicções políticas ou filosóficas, orientação sexual, deficiência física, imunológica, sensorial ou mental, por ter cumprido pena, nem por qualquer particularidade ou condição, observada a Constituição Federal. A LODF traz em seu artigo 2 o os valores que irão embasar todos os outros dispositivos da Lei Orgânica e as demais normas que irão compor o ordenamento jurídico do DF. São eles: Valores Fundamentais Pluralismo político - PLU Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa - TRALI Dignidade da pessoa humana - DI Plena Cidadania - CI Autonomia - AUTO Alguns alunos gostam de brincar com as siglas das palavras para facilitar a memorização. É a famosa dica mnemônica: PLU TRALI DI CI AUTO. Já o parágrafo único trata sobre isonomia, ou seja, dispõe que ninguém será prejudicado ou discriminado, qualquer que seja sua condição (idade, sexo, deficiência, raça, etc). As medidas afirmativas (como cotas para portadores de necessidades especiais) se embasam nesse dispositivo, como forma corrigir desigualdades de condições existentes. 14

15 3.3. Objetivos Prioritários Art. 3º São objetivos prioritários do Distrito Federal: I - garantir e promover os direitos humanos assegurados na Constituição Federal e na Declaração Universal dos Direitos Humanos; II - assegurar ao cidadão o exercício dos direitos de iniciativa que lhe couberem, relativos ao controle da legalidade e legitimidade dos atos do Poder Público e da eficácia dos serviços públicos; III - preservar os interesses gerais e coletivos; IV - promover o bem de todos; V - proporcionar aos seus habitantes condições de vida compatíveis com a dignidade humana, a justiça social e o bem comum; VI - dar prioridade ao atendimento das demandas da sociedade nas áreas de educação, saúde, trabalho, transporte, segurança pública, moradia, saneamento básico, lazer e assistência social; VII - garantir a prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; VIII - preservar sua identidade, adequando as exigências do desenvolvimento à preservação de sua memória, tradição e peculiaridades; IX - valorizar e desenvolver a cultura local, de modo a contribuir para a cultura brasileira. X - assegurar, por parte do poder público, a proteção individualizada à vida e à integridade física e psicológica das vítimas e testemunhas de infrações penais e de seus respectivos familiares. XI - zelar pelo conjunto urbanístico de Brasília, tombado sob a inscrição nº 532 do Livro do Tombo Histórico, respeitadas as definições e critérios constantes do Decreto nº , de 2 de outubro de 1987, e da Portaria nº 314, de 8 de outubro de 1992, do então Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural - IBPC, hoje Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional IPHAN. XII promover, proteger e defender os direitos da criança, do adolescente e do jovem. Atenção! Inclusão recente (2014). Notem que a LODF possui objetivos prioritários gerais e alguns bem específicos. Nesse caso, não tem muito como fugir: é melhor ler o artigo mesmo. Mas não se preocupem em decorar esse monte de coisas. As provas, quando cobram esse conteúdo, geralmente misturam valores fundamentais com objetivos prioritários. Então, a dica é: decore o mnemônico dos valores 15

16 fundamentais (PLU TRALI DI CI AUTO) e se atentem para o fato de que os objetivos sempre começam com verbo no infinitivo. - Valores fundamentais - PLU TRALI DI CI AUTO. - Objetivos prioritários verbo no infinitivo. 4. Organização do Distrito Federal Art. 6º Brasília, Capital da República Federativa do Brasil, é a sede do governo do Distrito Federal. Art. 7º São símbolos do Distrito Federal a bandeira, o hino e o brasão. Parágrafo único. A lei poderá estabelecer outros símbolos e dispor sobre seu uso no território do Distrito Federal. Art. 8º O território do Distrito Federal compreende o espaço físico geográfico que se encontra sob seu domínio e jurisdição. Art. 9º O Distrito Federal, na execução de seu programa de desenvolvimento econômico-social, buscará a integração com a região do entorno do Distrito Federal. A parte das disposições gerais sobre a Organização do Distrito Federal é bem simples e não demanda grandes explicações. No entanto, é preciso deixar claro um ponto: Brasília não é sinônimo de Distrito Federal. Conforme dispõe o artigo 6 o, Brasília é a Capital do Brasil e sede do governo do DF. Brasília capital do Brasil e sede do governo do DF! Já o artigo 7 o elencou, em rol não exaustivo, os símbolos do DF: bandeira, hino e brasão. O rol é não exaustivo porque, conforme seu parágrafo único, pode-se estabelecer novos símbolos por meio de lei. 16

17 Por fim, há também previsão de que o DF deverá buscar a integração com a região de seu entorno na execução de seu programa de desenvolvimento econômico-social. Só por curiosidade (ou seja, não precisam se preocupar com isso para a prova), o Decreto nº 7.469/2011, que regulamentou a Lei Complementar nº 94/1998, dispôs sobre a criação da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno RIDE e instituiu o Programa Especial de Desenvolvimento do Entorno do Distrito Federal. No Decreto, foi determinado que a RIDE é constituída pelo Distrito Federal, pelos Municípios de Abadiânia, Água Fria de Goiás, Águas Lindas, Alexânia, Cabeceiras, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Corumbá de Goiás, Cristalina, Formosa, Luziânia, Mimoso de Goiás, Novo Gama, Padre Bernardo, Pirenópolis, Planaltina, Santo Antônio do Descoberto, Valparaíso e Vila Boa, no Estado de Goiás, e de Unaí e Buritis, no Estado de Minas Gerais. Dessa forma, se alguma questão cobrar a região do entorno do DF, lembre-se que ele compreende cidades de Goiás e de Minas Gerais Organização Administrativa do Distrito Federal Art. 10. O Distrito Federal organiza-se em Regiões Administrativas, com vistas à descentralização administrativa, à utilização racional de recursos para o desenvolvimento sócio-econômico e à melhoria da qualidade de vida. 1º A lei disporá sobre a participação popular no processo de escolha do Administrador Regional. 2º A remuneração dos Administradores Regionais não poderá ser superior à fixada para os Secretários de Estado do Distrito Federal. 3 A proibição de que trata o art. 19, 8, aplica-se à nomeação de administrador regional. Art. 11. As Administrações Regionais integram a estrutura administrativa do Distrito Federal. 17

18 Art. 12. Cada Região Administrativa do Distrito Federal terá um Conselho de Representantes Comunitários, com funções consultivas e fiscalizadoras, na forma da lei. Art. 13. A criação ou extinção de Regiões Administrativas ocorrerá mediante lei aprovada pela maioria absoluta dos Deputados Distritais. Parágrafo único. Com a criação de nova região administrativa, fica criado, automaticamente, conselho tutelar para a respectiva região. Atenção! Inclusão recente (2014). Como visto no início da aula, a CF/1988, em seu artigo 32, proibiu a divisão do DF em Municípios. Então, para facilitar sua administração e a utilização dos recursos, a LODF previu a possibilidade de o Distrito Federal organizar-se em Regiões Administrativas - RAs. Somente para esclarecer, embora a LODF, em seu artigo 10, fale em descentralização administrativa, as RAs não são entidades com personalidade jurídica, elas são órgãos da Administração Direta do DF. Nesse sentido, a criação das RAs é resultado da desconcentração administrativa. No entanto, na prova, será cobrada a letra da lei. Portanto, considere correto o termo descentralização administrativa, mas saiba que as RAs não possuem personalidade jurídica própria. Mas, professora, como funcionam essas Regiões Administrativas? É basicamente assim: As RAs integram a estrutura administrativa do DF e são administradas por um Administrador Regional, sendo que compete a lei específica dispor sobre a participação da população na escolha desse Administrador. Acontece que, atualmente, esta lei ainda não existe (após manifestação do TJDFT no sentido da necessidade de regulamentação sobre o assunto, o Governo do DF criou, em novembro/2015, um grupo de trabalho para elaborar o projeto de lei sobre a matéria). Então, por enquanto, quem escolhe os Administradores Regionais é o próprio Governador do DF. Além disso, o Administrador Regional não pode ter remuneração superior à dos Secretários de Estado do DF e só podem ser nomeados aqueles que não 18

19 tenham praticado ato tipificado como causa de inelegibilidade prevista na legislação eleitoral. Por fim, as RAs só podem ser criadas ou extintas por lei aprovada pela maioria absoluta dos Deputados Distritais e, uma vez criadas, deverão ter um Conselho de Representantes Comunitários, com funções consultivas e fiscalizadoras, compostos por representantes da população pertencente à respectiva RA, e um Conselho Tutelar. Este último é criado automaticamente, junto com a criação da RA. Vamos resumir tudo isso? Regiões Administrativas - Administradas por um Administrador Regional. - Criadas ou extintas por lei aprovada pela maioria absoluta dos Deputados Distritais. Importante! Lembre-se que é por maioria absoluta! - Existência de Conselho de Representantes Comunitários, com funções consultivas e fiscalizadoras, compostos por representantes da população pertencente à respectiva RA. - Existência de Conselho Tutelar, criado automaticamente junto com a criação da RA. Atenção! Inclusão recente (2014). Administrador Regional - Administram as Regiões Administrativas. - A LODF prevê que, por lei, a escolha do Administrador Regional deve ter a participação da população, mas como esta lei ainda não existe, a escolha atualmente é feita pelo Governador. - Não pode ter remuneração superior à dos Secretários de Estado do DF. - Só podem ser nomeados aqueles que não tenham praticado ato tipificado como causa de inelegibilidade prevista na legislação eleitoral 19

20 4.2. Competência do Distrito Federal De acordo com o artigo 14 da LODF, o DF acumula as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios. Além disso, como veremos, o DF acumula também quase todas as competências de natureza administrativa/material atribuídas a Estados e Municípios. As competências estão divididas em três seções na LODF: competência privativa, comum e concorrente. Vamos a elas: Competências Privativa são aquelas que só podem ser realizadas pelo DF. Não podem ser exercidas por nenhum outro ente, nem mesmo por delegação do DF. Comum são aquelas que podem ser exercidas pelo DF e pela União, sem hierarquias. Concorrente são aquelas que são exercidas pela União, que estabelece normas gerais, e pelo DF, que estabelece normas específicas observando as normas criadas pela União. Se não houver lei editada pela União sobre normas gerais, o DF poderá legislar plenamente sobre o assunto que for de seu interesse, mas se, posteriormente, a União editar norma sobre o tema, haverá a suspensão da eficácia da lei distrital no que for contrária à lei federal. Agora vamos ver como cada uma dessas competências foram distribuídas na LODF. Como são muitas e será impossível decorar todas elas, iremos dar algumas dicas de como identificar quais casos correspondem a competência privativa, quais são de competência comum e quais se enquadram na competência concorrente Competência privativa do DF A competência privativa do DF está disposta no artigo 15 da LODF. Olhem o tamanho desse artigo! São 27 casos de competência privativa: Art. 15. Compete privativamente ao Distrito Federal: I - organizar seu Governo e Administração; II - criar, organizar ou extinguir Regiões Administrativas, de acordo com a legislação vigente; III - instituir e arrecadar tributos, observada a competência cumulativa do Distrito Federal; - quando a LODF fala em competência 20

21 cumulativa do DF, ela está falando sobre a acumulação pelo DF das competências atribuídas aos Estados e Municípios. Nesse caso, caberá ao DF instituir e arrecadar tributos como IPTU que, é municipal e IPVA, que é estadual, por exemplo. IV - fixar, fiscalizar e cobrar tarifas e preços públicos de sua competência; V - dispor sobre a administração, utilização, aquisição e alienação dos bens públicos; VI - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial; VII - manter, com a cooperação técnica e financeira da União, programas de educação, prioritariamente de ensino fundamental e pré-escolar; VIII - celebrar e firmar ajustes, consórcios, convênios, acordos e decisões administrativas com a União, Estados e Municípios, para execução de suas leis e serviços; IX - elaborar e executar o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual; - conhecidos como PPA, LDO E LOA. X elaborar e executar o Plano Diretor de Ordenamento Territorial, a Lei de Uso e Ocupação do Solo e Planos de Desenvolvimento Local, para promover adequado ordenamento territorial, integrado aos valores ambientais, mediante planejamento e controle do uso, parcelamento e ocupação do solo urbano; XI - autorizar, conceder ou permitir, bem como regular, licenciar e fiscalizar os serviços de veículos de aluguéis; XII - dispor sobre criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas; XIII - dispor sobre a organização do quadro de seus servidores; instituição de planos de carreira, na administração direta, autarquias e fundações públicas do Distrito Federal; remuneração e regime jurídico único dos servidores; XIV - exercer o poder de polícia administrativa; XV - licenciar estabelecimento industrial, comercial, prestador de serviços e similar ou cassar o alvará de licença dos que se tornarem danosos ao meio ambiente, à saúde, ao bem-estar da população ou que infringirem dispositivos legais; XVI - regulamentar e fiscalizar o comércio ambulante, inclusive o de 21

22 papéis e de outros resíduos recicláveis; XVII - dispor sobre a limpeza de logradouros públicos, remoção e destino do lixo domiciliar e de outros resíduos; XVIII - dispor sobre serviços funerários e administração dos cemitérios; XIX - dispor sobre apreensão, depósito e destino de animais e mercadorias apreendidas em decorrência de transgressão da legislação local; XX - disciplinar e fiscalizar, no âmbito de sua competência, competições esportivas, espetáculos, diversões públicas e eventos de natureza semelhante, realizados em locais de acesso público; XXI - dispor sobre a utilização de vias e logradouros públicos; XXII - disciplinar o trânsito local, sinalizando as vias urbanas e estradas do Distrito Federal; XXIII - exercer inspeção e fiscalização sanitária, de postura ambiental, tributária, de segurança pública e do trabalho, relativamente ao funcionamento de estabelecimento comercial, industrial, prestador de serviços e similar, no âmbito de sua competência, respeitada a legislação federal; XXIV - adquirir bens, inclusive por meio de desapropriação, por necessidade, utilidade pública ou interesse social, nos termos da legislação em vigor; XXV - licenciar a construção de qualquer obra; XXVI - interditar edificações em ruína, em condições de insalubridade e as que apresentem as irregularidades previstas na legislação específica, bem como fazer demolir construções que ameacem a segurança individual ou coletiva; XXVII - dispor sobre publicidade externa, em especial sobre exibição de cartazes, anúncios e quaisquer outros meios de publicidade ou propaganda, em logradouros públicos, em locais de acesso público ou destes visíveis. Depois de ler todos esses incisos, principalmente as partes em negrito, vocês conseguem identificar uma lógica sobre a competência privativa? Notem que todos os incisos tratam de matérias bem específicas de interesse somente do DF. A maioria dos casos diz respeito ou à administração da máquina pública do DF ou a assuntos de só interessam às pessoas que moram no DF. Pode-se dizer, 22

23 assim, que são competências de natureza administrativa ou material. Podemos ver algumas poucas competências legislativas, como instituir tributos e elaborar o PPA, a LDO e a LOA, mas mesmo nestes casos, são competências para legislar sobre assuntos que só interessam ao DF e a sua população. Assim, para identificar se uma determinada competência é privativa, tente identificar se aquele assunto é de interesse somente do DF ou se algum outro ente pode ter interesse naquele tema Competência comum A competência comum está disposta no artigo 16 da LODF e diz respeito a atribuições administrativas e materiais que devem ser exercidas pelo DF e pela União, sem hierarquias. É como uma cooperação, em que ambos são responsáveis. Art. 16. É competência do Distrito Federal, em comum com a União: I - zelar pela guarda da Constituição Federal, desta Lei Orgânica, das leis e das instituições democráticas; II - conservar o patrimônio público; III - proteger documentos e outros bens de valor histórico e cultural, monumentos, paisagens naturais notáveis e sítios arqueológicos, bem como impedir sua evasão, destruição e descaracterização; IV - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; V - preservar a fauna, a flora e o cerrado; VI - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência; VII -prestar serviços de assistência à saúde da população e de proteção e garantia a pessoas portadoras de deficiência com a cooperação técnica e financeira da União; VIII - combater as causas da pobreza, a subnutrição e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos segmentos desfavorecidos; IX - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar; X - promover programas de construção de moradias e a melhoria das 23

24 condições habitacionais e de saneamento básico; XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seu território; XII - estabelecer e implantar política para a segurança do trânsito. Parágrafo único. Lei complementar deve fixar norma para a cooperação entre a União e o Distrito Federal, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e o bem-estar no âmbito do território do Distrito Federal. Atenção! Inclusão recente (2014). Observem a diferença entre os incisos do artigo 16 (competência comum), com os incisos do artigo 15 (competência privativa). O que vocês notaram? As competências do artigo 16 são muito mais amplas e genéricas, que interessam ao DF e à União: meio ambiente, fauna, flora, acesso à cultura, combater a pobreza, assistência à saúde, questões sobre moradia, segurança no trânsito, etc. Vejam, por exemplo, essa diferença: Competência privativa Artigo 15, inciso XXII - disciplinar o trânsito local, sinalizando as vias urbanas e estradas do Distrito Federal. Esse inciso fala sobre o trânsito local, a sinalização das ruas e estradas do DF, ou seja, é bem específico. Competência comum Art. 16, inciso XII - estabelecer e implantar política para a segurança do trânsito. Já esse inciso fala sobre implementação de política para segurança no trânsito. Ele também fala sobre trânsito, mas de uma forma bem mais genérica que o inciso do artigo

25 Competência concorrente A competência concorrente está elencada no artigo 17 da LODF e possui SOMENTE competências de natureza legislativa. O próprio caput do artigo já começa com Compete ao DF, concorrentemente com a União, legislar sobre (...). Art. 17. Compete ao Distrito Federal, concorrentemente com a União, legislar sobre: I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; II - orçamento; III - junta comercial; IV - custas de serviços forenses; V - produção e consumo; VI - cerrado, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; VII - proteção do patrimônio histórico, cultural, artístico, paisagístico e turístico; VIII - responsabilidade por danos ao meio ambiente, ao consumidor e a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, espeleológico, turístico e paisagístico; IX - educação, cultura, ensino e desporto; X - previdência social, proteção e defesa da saúde; XI defensoria pública e assistência jurídica nos termos da legislação em vigor; - Atenção! Alteração recente (2014). XII proteção e integração social das pessoas com deficiência; - Atenção! Alteração recente (2014). XIII - proteção à infância e à juventude; XIV - manutenção da ordem e segurança internas; XV - procedimentos em matéria processual; XVI - organização, garantias, direitos e deveres da polícia civil. 1º O Distrito Federal, no exercício de sua competência suplementar, observará as normas gerais estabelecidas pela União. 2º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, o Distrito Federal exercerá competência legislativa plena, para atender suas peculiaridades. 25

26 3º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia de lei local, no que lhe for contrário. Os três parágrafos do artigo 17 explicam o próprio conceito de competência concorrente, que pode ser resumido da seguinte forma: Resumo de Competência Concorrente Regra Geral Exceção União edita normas gerais e DF edita normas específicas (chamada de competência suplementar), observadas as normas gerais estabelecidas pela União. União ainda não editou norma geral sobre o assunto. O DF pode legislar plenamente sobre o tema. Caso, posteriormente, a União legisle sobre esse tema, a lei distrital terá eficácia na parte que não for contrária à lei federal. Caso haja algo que for contrário, esta parte terá sua eficácia suspensa. Vistas as três formas de competência previstas na LODF, vamos fazer um resumo esquemático de como identificar cada uma delas: Competência Natureza Como identificar Assuntos bem Material, administrativa específicos sobre a Privativa e, de forma indireta, administração e legislativa. organização do DF e sobre interesses de sua população. Comum Concorrente Material e administrativa. Legislativa somente. Assuntos bem amplos e genéricos, de interesse de todos. Sempre falará em legislar sobre. 26

27 E assim encerramos a aula demonstrativa do nosso curso. Nesta aula buscou-se trazer os temas que, historicamente, são os mais cobrados em concursos públicos sobre o Título I e sobre os Capítulos I, II e III do Título II da LODF. A seguir estão os artigos mais importantes que deverão ser marcados na legislação e uma lista de questões comentadas sobre o assunto. Na próxima aula daremos continuidade aos estudos sobre o Título II da LODF. Até a próxima aula!. 27

28 5. Marcação da LODF títulos I e II Essa primeira parte da LODF possui vários artigos importantes, por isso leiam todos os que estão listados abaixo. Sempre que for citado somente o artigo, recomenda-se a leitura de todo o dispositivo citado, com seus parágrafos, incisos e alíneas. Lei Orgânica do DF Títulos I e II Fundamentos artigos 1 o, 2 o, 3 o e 5 o. Organização (disposições gerais) artigos 6 o, 7 o, 8 o e 9 o. Organização (organização administrativa) artigos 10, 11, 12 e 13 Organização (competência) artigos 14, 15, 16 e

29 6. Lista de questões comentadas 01 (CESPE/TC-DF/2014 Técnico de Administração Pública) Com base nos dispositivos da LODF, julgue os itens subsequentes. A participação popular no processo de escolha de administrador regional deve ser regulada por lei. Comentários: O 1º do artigo 10 da LODF prevê que a lei disporá sobre a participação popular no processo de escolha do Administrador Regional. Portanto, item correto. Gabarito: C 02 (CESPE/TC-DF/2014 Conhecimentos básicos) Se o governo do DF normatizar a exibição de cartazes em logradouros públicos e em locais de acesso livre, ele estará exercendo uma competência que compartilha à União. Comentários: Essa é uma competência privativa do DF, conforme inciso XXVII do artigo 15 da LODF. Perceba que é uma competência bem específica sobre o DF. Portanto, item errado. Gabarito: E 03 (CESPE/TC-DF/2014 Conhecimentos básicos) Caso o governo do DF pretenda executar determinado projeto e realize uma audiência pública sobre o tema, essa audiência caracterizará o exercício da soberania popular. Comentários: O exercício da soberania popular está previsto no artigo 5º da LODF que prevê que: a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; 29

30 III - iniciativa popular. Dessa forma, a audiência pública não consta como exercício de soberania popular. Gabarito: E 04 - (CESPE/TC-DF/2014 Conhecimentos básicos) A substituição de um administrador regional destituído do cargo, cuja remuneração pode ser igual à de um secretário de Estado do DF, deverá ser feita mediante um processo de escolha com participação popular. Comentários: O item descreveu o que dispõe os 1º e 2º do artigo 10 da LODF sobre administradores regionais: a remuneração não poderá ser superior à fixada para os Secretários de Estado do DF e haverá participação popular na escolha do Administrador Regional. Gabarito: C 05 (CESPE/TC-DF/2014 Auditor de Controle Externo) Considerando o que dispõe a LODF a respeito de competências, julgue os próximos itens. Conforme previsão na LODF, é objetivo prioritário do DF assegurar a plena cidadania. Comentários: Assegurar plena cidadania está prevista na LODF como um valor fundamental (artigo 2º) e não como um objetivo prioritário (artigo 3º). Gabarito: E 06 (CESPE/TCDF/2014 Auditor de Controle Externo) Considerando o que dispõe a LODF a respeito de competências, julgue os próximos itens. O DF possui a competência privativa de adquirir bens por interesse social, necessidade ou utilidade pública, até mesmo mediante desapropriação, observada a legislação em vigor. 30

31 Comentários: A questão cobrou conhecimento do inciso XXIV do artigo 15 da LODF que assim dispõe: Art. 15. Compete privativamente ao Distrito Federal: (...) XXIV adquirir bens, inclusive por meio de desapropriação, por necessidade, utilidade pública ou interesse social, nos termos da legislação em vigor. Notem que esta é uma competência bem específica, que interessa somente ao DF e, portanto, faz sentido que seja privativa do Distrito Federal. Gabarito: C 07 (CESPE/DPE-DF/2013 Defensor Público) Julgue os próximos itens, relativos à Lei Orgânica do DF. O DF organiza-se em regiões administrativas, com vistas à descentralização administrativa, cabendo ao Poder Executivo, mediante decreto, a criação ou extinção de novas regiões administrativas, conforme a conveniência e o interesse de ordem pública. Comentários: De acordo com o artigo 13 da LODF, a criação ou extinção de Regiões Administrativas ocorrerá mediante lei aprovada pela maioria absoluta dos Deputados Distritais. Portanto, não poderá se dar por decreto do Poder Executivo. Gabarito: E 08 (EXATUS/CEB-DISTRIBUIÇÃO/2014 Analista de Sistemas) Sobre a organização do Distrito Federal, marque a alternativa INCORRETA: a) O Distrito Federal organiza-se em Regiões Administrativas, com vistas à centralização administrativa. b) Brasília, capital da República Federativa do Brasil, é a sede do governo do Distrito Federal. c) São símbolos do Distrito Federal a bandeira, o hino e o brasão. 31

32 d) O Distrito Federal, na execução de seu programa de desenvolvimento econômico-social, buscará a integração com a região do entorno do Distrito Federal. Comentários: O artigo 10 da LODF prevê a organização do DF em Regiões Administrativas com vistas à descentralização administrativa e não à centralização conforme afirmado no item A. Os demais itens estão corretos pois estão previstos na LODF nos seguintes termos: - Item B artigo 6º ( Brasília, Capital da República Federativa do Brasil, é a sede do governo do Distrito Federal.) - Item C artigo 7º ( São símbolos do Distrito Federal a bandeira, o hino e o brasão.) - Item D artigo 9º ( O Distrito Federal, na execução de seu programa de desenvolvimento econômico-social, buscará a integração com a região do entorno do Distrito Federal.) Gabarito: A 09 (IADES/METRÔ-DF/2014 Administrador) Considerando que a competência do Distrito Federal (DF) é assunto tratado na respectiva Lei Orgânica, assinale a alternativa correta no que se refere às competências concorrentes do DF com a União. a) São competências arroladas visando à competência para legislar concorrentemente com a União. b) O Distrito Federal, no exercício de sua competência suplementar, observará as normas complementares estabelecidas pela União. c) Existindo lei federal sobre normas gerais, o Distrito Federal exercerá competência legislativa plena, para atender suas peculiaridades. d) A organização, as garantias, os direitos e os deveres das polícias civil e militar são competências do Distrito Federal, concorrentemente com a União. 32

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