Profa. Tatiane Rocha 1

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1 Aula 00 Legislação Específica para Secretaria da Educação do DF Assistente de Educação Especialidade: Apoio Administrativo Apresentação do curso Lei Orgânica do Distrito Federal Títulos I e II (parte I) Professores: Felipe Silva, Leandro Igrejas e Tatiane Rocha Profa. Tatiane Rocha 1

2 Aula 00 Lei Orgânica do Distrito Federal (parte I) Sumário 1. Apresentação Como será ministrado o curso Como estudar uma matéria que só possui legislação Dicas de como estudar para o concurso Introdução Fundamentos da Organização dos Poderes e do Distrito Federal Autonomia Valores Fundamentais Objetivos Prioritários Organização do Distrito Federal Organização Administrativa do Distrito Federal Competência do Distrito Federal Competência privativa do DF Competência comum Competência concorrente Administração Pública Disposições gerais Administração Tributária Servidores Públicos Marcação da LODF títulos I e II Lista de questões comentadas Lista de questões Gabarito Profa. Tatiane Rocha 2

3 1. Apresentação Olá, prezados alunos! Foi com imenso prazer que recebemos e aceitamos o convite da equipe do Ponto dos Concursos para ajudá-los na preparação para o concurso de Assistente de Educação Especialidade: Apoio Administrativo da Secretaria da Educação do DF. O curso será ministrado por três professores: Felipe Silva, Leandro Igrejas e Tatiane Rocha. Vamos às apresentações: Leandro Igrejas: graduado em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Já foi oficial da Marinha, formado pela Escola Naval (1º colocado), e também Analista Judiciário do TRE/RJ (concurso de 2007, 5º colocado). Atualmente, ocupa o cargo de Analista Técnico da Superintendência de Seguros Privados SUSEP (concurso de 2010, 1º colocado). Felipe Silva: graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em Foi funcionário da Caixa Econômica Federal (concurso de 2002). Atualmente, é Analista Técnico da Superintendência de Seguros Privados SUSEP (concurso de 2010), exercendo suas atividades na Coordenação de Análise e Instrução de Processos, dentro da área de julgamento de Processos Administrativos Sancionadores. Tatiane Rocha: graduada em Direito pela Universidade Federal do Paraná Turma de Atualmente exerce o cargo de Analista Técnico da Superintendência de Seguros Privados SUSEP (concurso de 2010). Também foi aprovada em 2010 para o cargo de Analista do Banco Central do Brasil - BACEN. O curso foi dividido em onze aulas, além desta demonstrativa, e cobrirá todo o conteúdo programático desta disciplina cobrado no último concurso. O edital ainda não foi lançado, mas deve sair em breve e, por isso, é importante que os candidatos já comecem seus estudos desde agora. Mas não se preocupem! Quando for publicado o edital de abertura, caso haja alguma mudança no conteúdo programático, iremos refazer o cronograma para incluir todos os tópicos cobrados pela banca. O objetivo agora é somente Profa. Tatiane Rocha 3

4 fazer com que o aluno possa adiantar seus estudos e aumentar suas chances de ser aprovado. Como vocês verão abaixo e no decorrer do nosso curso, a matéria de Legislação Específica, trata unicamente de legislação. Por isso, é pouco provável que o edital mude muito o conteúdo daquilo que foi cobrado no último certame. Assim, nosso curso será dividido da seguinte forma: Aula 00 Conteúdo Programático - Aula Demonstrativa apresentação do curso; - Lei Orgânica do Distrito Federal (parte I) Lei Orgânica do Distrito Federal (parte II) Lei Orgânica do Distrito Federal (parte III) Lei Orgânica do Distrito Federal (parte IV) Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Princípios de organização e funcionamento escolar na atual LDBEN (parte I). - Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Princípios de organização e funcionamento escolar na atual LDBEN (parte II). - Carreira de Assistência à Educação do Distrito Federal (Lei Distrital n /2013) Lei n /2007 e Lei 4.751/ Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Distrito Federal (Lei Complementar n. 840/2011) Lei n /1993 e suas alterações (parte I) Lei n /1993 e suas alterações (parte II) Estatuto da Criança e do Adolescente. Antes de começarmos a matéria, gostaríamos de tratar brevemente sobre três assuntos que consideramos relevantes para seus estudos: (a) como será Profa. Tatiane Rocha 4

5 ministrado nosso curso, (b) como estudar uma matéria que só possui legislação e (c) dicas de como estudar para o concurso em geral. 1.1 Como será ministrado o curso Para que o aluno conheça melhor o curso que estamos oferecendo e para que possa organizar adequadamente seus estudos, iremos explicar exatamente como será ministrado o nosso curso. O primeiro ponto que precisamos ter em mente é que um curso que envolve só legislação é diferente dos demais cursos. Num curso de Direito Administrativo, por exemplo, as aulas são ministradas em forma de texto, apresentando a teoria, as correntes doutrinárias, de que forma a banca cobra determinado assunto, enfim, existe todo um encadeamento de ideias a ser seguido na aula e aprendido pelo aluno. Ministrar legislação é diferente. Nós já sabemos de que forma o assunto será cobrado: será a letra da lei, ou seja, será uma cópia daquilo que está na legislação. E, nesses casos, o aluno terá que, infelizmente, memorizar o que consta nos artigos. No entanto, se vocês derem uma olhada nas normas que iremos estudar, perceberão que só a Lei Orgânica do DF possui umas 80 páginas e o Estatuto da Criança e do Adolescente possui mais umas 70. Isso sem falar das demais leis. E como decorar tudo isso? É aí que entra o trabalho do professor! A melhor forma de estudar legislação, acreditem, não é lendo leis e decretos por horas e horas. Isso não é produtivo. A jeito mais eficiente de se estudar legislação é selecionar os artigos que possuem a maior probabilidade de cair, aprender o significado dos conceitos menos usuais e estudar por meio de esquemas, resumos e tabelas que facilitarão a memorização das normas. E é dessa forma que trabalharemos no decorrer do curso. Sempre que o artigo for importante, ele será transcrito para que o aluno se familiarize com os termos da lei. Mas utilizaremos muitos esquemas que ajudarão a tornar a decoreba um processo muito mais simples, menos complicado. Profa. Tatiane Rocha 5

6 Além disso, as normas em geral tendem a ter uma linguagem muito técnica ou cheia de juridiquês que confunde e dificulta o estudo. Quando nos depararmos com este tipo de norma, todos os conceitos serão explicados, para que, mais do que simplesmente decorar, o aluno consiga entender o que o artigo quis dizer. Por fim, serão apresentadas questões comentadas de concursos anteriores sobre o tema para que o aluno possa treinar exaustivamente o que estudou. Como algumas normas são bem específicas para esse certame, quando houver poucas questões sobre o tema, serão formuladas outras inéditas pelo professor, caso seja necessário, englobando os itens mais importantes. Assim, vocês irão adquirir ao longo do curso o conhecimento necessário para responder as questões da prova, sem a necessidade de perder horas tentando decorar e adivinhar qual artigo é o mais relevante. 1.2 Como estudar uma matéria que só possui legislação Agora que vocês já sabem como o curso será ministrado, o próximo passo é saber estudar uma matéria que só possui legislação. Primeiramente, é necessário imprimir as normas atualizadas e sempre estudar as aulas com a legislação correspondente do lado. Em cada uma das aulas serão indicados, no decorrer da matéria, os artigos mais importantes que já caíram em provas anteriores ou que possuem maior probabilidade de cair. Além disso, para facilitar, no final de cada aula haverá um tópico, chamado marcação da lei, em que serão listados todos os artigos tratados naquele dia e que deverão ser grifados na lei pelo aluno. O segundo passo é ler a legislação, principalmente os artigos grifados. Não precisa nem ser no mesmo dia em que você estudar a matéria. Até porque muitos desses artigos já terão sido transcritos na aula. Pode ser no dia seguinte ou alguns dias depois. Não importa. O importante é que você leia. Pode até levar na mochila/bolsa e ler no caminho do trabalho ou quando tiver um tempo livre. É importante que você se familiarize com os termos da lei. Entenda que sair lendo a legislação e tentar decorar é perda de tempo. Mas estudar a aula, entender o que a norma diz para então lê-la irá facilitar muito o aprendizado. Profa. Tatiane Rocha 6

7 Por fim, tente revisar periodicamente as aulas. Faça um cronograma de estudo e, paralelamente, um outro de revisões. Revisar uma aula não demandará mais que meia hora do seu dia. E fará uma grande diferença no final. Manter o assunto fresco na memória é muito importante, principalmente quando falamos de leis. Se o aluno estudar um assunto hoje será impossível tê-lo na memória até o dia da prova. É preciso revê-lo periodicamente para não o esquecer. 1.3 Dicas de como estudar para o concurso Agora que já tratamos da matéria, de como ela será ministrada e de como deve ser estudada, gostaríamos de fazer algumas considerações que podem ajudá-los a percorrer essa fase de concurseiro e alcançar a sonhada aprovação. Não existe um jeito certo de estudar, porque isso depende de inúmeros fatores que variam de candidato para candidato, como o conhecimento prévio sobre a matéria, o tempo disponível para estudar e outros fatores de ordem pessoal. No entanto, alguns pontos são essenciais para todos aqueles que desejam passar em um concurso público: A Conhecimento da relevância de cada disciplina: antes de começar a estudar é interessante dividir o tempo de estudo entre as disciplinas de acordo com o grau de importância que cada uma tem para aquele concurso. No entanto, como o edital de abertura ainda não foi publicado, vamos nos basear do último certame realizado, pois o conteúdo nunca sofre grandes alterações de um concurso para o outro. O último concurso foi realizado em 2009 pelo CESPE e dividiu a prova da seguinte forma, sendo que todas as questões valiam um ponto: Disciplina Número de questões Legislação Específica 55 Língua Portuguesa 20 Noções de Informática 15 Raciocínio Lógico 10 Atualidades 10 Profa. Tatiane Rocha 7

8 Matemática 10 Total 120 Como a banca, naquela ocasião, não informou no edital quantas questões seriam cobradas por disciplina, é interessante ter essa noção através da análise da prova. Para baixar as provas, acesse o link abaixo: Com esta informação já podemos direcionar o planejamento de estudos. Como assim? Note que o último concurso deu relevância diferente para cada matéria de Conhecimentos Gerais. A matéria de Legislação Específica, por exemplo, foi responsável por quase metade da pontuação da prova (55 pontos em 120)! Portanto, caso o nosso edital venha, novamente, sem a distribuição de número de questões por disciplina, o ideal é dividir seu tempo de acordo com o número de questões que caíram por matéria no último concurso. Se Legislação Específica foi responsável por 55 pontos e Matemática, por exemplo, foi responsável por 10 pontos, não faz sentido gastar o mesmo tempo que você gasta estudando Legislação Específica para estudar Matemática. Assim, quando for montar seu cronograma de estudo, reserve 45% do seu tempo para estudar Legislação Específica, 15% para estudar Português e assim por diante, seguindo o percentual do último certame ou o que constar no edital, caso tal informação seja fornecida. Se o aluno terminar de estudar todo o conteúdo programático de uma matéria antes das outras, de forma consistente, aí sim poderá gastar mais tempo com as demais, caso seja necessário. Na nossa disciplina, por exemplo, teremos algumas aulas um pouco mais simples que outras a até menores. Use esse tempo para refinar seus estudos sobre os outros assuntos ou até mesmo para descansar um pouco mais. Outros pontos que devem ser considerados no momento do estudo: Profa. Tatiane Rocha 8

9 B Eficiência e objetividade: estudo para concurso não é estudo para tese de mestrado! O concurseiro não tem que ser especialista na matéria. Ele precisa saber o necessário para tirar uma boa nota. Então, quando o professor da disciplina disser que somente as aulas são suficientes, confie nele. Não queira ler livros e tratados sobre o assunto. Um amigo do trabalho (e que também é professor aqui no Ponto) sempre fala concurso público é um mar de conhecimento com um palmo de profundidade. Ou seja, muita coisa para estudar, mas sem precisar se aprofundar muito na maioria dos temas. Por isso, é importante dar prioridade àquilo que, estatisticamente, possui maiores chances de ser cobrado. Uma estratégia de estudo eficiente deve levar em conta três pontos básicos: - a frequência com que um determinado assunto cai nas provas; - a profundidade com que é exigido e - como ele é cobrado. Todo o nosso curso de Legislação Específica foi montado levando em conta esses três aspectos. C Resolução de questões de provas anteriores: a prática é a melhor forma de fixar o conteúdo. Existe uma tendência entre os concurseiros de privilegiarem a teoria em detrimento dos exercícios. Muitos ainda fazem exercícios só quando sobra tempo. O problema é que nunca sobra tempo! Por isso é importante montar um cronograma de estudos que já inclua um momento do dia para resolução de questões. Além disso, quando o estudo não leva em conta as provas anteriores, certos conhecimentos que são importantíssimos para o estudo se perdem: se determinado assunto é cobrado, quais são os temas preferidos, a forma com que são exigidos alguns tópicos, etc. D Revisões periódicas: esse é outro ponto muito importante que geralmente é negligenciado pelos candidatos. No geral, os alunos estudam um determinado assunto somente uma vez ou só revisam na semana anterior a da prova. No entanto, é interessante criar uma rotina de revisão de cada uma das aulas. Profa. Tatiane Rocha 9

10 A revisão pode ser feita de várias formas: revisar as matérias nos finais de semana, escalonar durante a semana, após estudar as aulas do dia ou reservar dias específicos de tempos em tempos somente para fazer as revisões. Tudo vai depender de quanto tempo para estudo cada um tem disponível. No entanto, é importante ter em mente que, quanto mais a matéria é revista, mais rápida será a próxima revisão, pois o aluno estará cada vez mais familiarizado com o conteúdo. E Treinamento da mente e do corpo: Reserve um horário do seu dia para praticar atividade física. É uma forma de relaxamento que, inclusive, melhora seu rendimento nos estudos. F Tempo para o lazer: depois de tudo isso, ainda reserve um tempo na semana para se divertir fazendo algo que lhe dá prazer. Isso é importante para que o aluno não fique desestimulado durante a maratona de estudos e para que possa recarregar as baterias. Com isso, terminamos nossa apresentação inicial. Vamos começar a estudar? Essa aula 00 será um pouco mais longa que as demais, pois o início da LODF geralmente é uma parte muito cobrada nos concursos e possui conceitos importantes para o restante do estudo. Ela será ministrada pela Profa. Tatiane Rocha. 2. Introdução à LODF Hoje iniciaremos nossos estudos sobre a Lei Orgânica do Distrito Federal - LODF. Ela será dividida em quatro aulas para que possamos estudar com calma todos os pontos relevantes para a prova. Iremos selecionar os artigos que, historicamente, mais caem nos concursos públicos sobre esse tópico e, sempre que for necessário, explicaremos alguns conceitos constantes nos artigos para que vocês possam entender sobre o que a LODF está tratando e, assim, consigam memorizar seus dispositivos com mais facilidade. A LODF atualizada pode ser acessada pelo site da Secretaria da Fazenda do Distrito Federal: ento.cfm?txtnumero=0&txtano=0&txttipo=290&txtparte=. Profa. Tatiane Rocha 10

11 É importante que vocês tenham em mãos a norma atualizada, pois a LODF possui inúmeras emendas, muitas bem recentes (de 2014 e 2015). E banca de concurso adora cobrar aquilo que mudou há pouco tempo. Além disso, é importante frisar que, no último concurso, foram cobradas 10 (dez) questões sobre a LODF. Ou seja, essa e as próximas três aulas serão bem importantes para os seus estudos. No entanto, gostaria de deixar bem claro o seguinte: a prova irá cobrar, basicamente, a letra da lei. Então, na maioria dos casos, não iremos envolver doutrina, entendimentos jurisprudenciais ou conceitos que não irão ser objeto desse concurso. Isso só serviria para confundi-los e para que vocês demorassem mais que o necessário para absorver o conteúdo dessa matéria. Só iremos tratar dos conceitos que forem necessários ao entendimento dos dispositivos legais. Assim, caso haja alguma dúvida conceitual, não hesitem em perguntar no Fórum. Vamos estudar? A aula de hoje tratará sobre os dois primeiros títulos da LODF e abordará os conteúdos sobre (a) fundamentos da organização dos Poderes e do DF e (b) organização do DF. Em primeiro lugar, precisamos entender o que é a Lei Orgânica do DF, ou seja, qual é a sua natureza. A LODF está prevista na Constituição Federal de 1988, em seu artigo 32, que assim dispõe: Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios. 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual duração. 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art Profa. Tatiane Rocha 11

12 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar. Em diversas situações presentes da Constituição Federal, o DF é equiparado aos Estados. No entanto, quanto à norma que irá regê-lo e organizá-lo, a CF/1988 não o equiparou aos Estados (que são regidos por Constituições Estaduais), mas sim aos Municípios (que também são regidos por Lei Orgânica). A diferença, nesse caso, entre DF e Municípios, está no fato de que a LODF atenderá aos princípios constantes somente na CF/1988, enquanto que as Leis Orgânicas dos Municípios devem atender à CF/1988 e a Constituição de seu respectivo Estado. Além disso, a LODF irá tratar tanto de matérias reservadas aos Estados como daquelas consideradas de competência municipal, por força do parágrafo primeiro do artigo 32 da CF/1988. Feitas essas considerações iniciais, vamos à LODF propriamente dita. 2. Fundamentos da Organização dos Poderes e do Distrito Federal 2.1. Autonomia Art. 1º O Distrito Federal, no pleno exercício de sua autonomia política, administrativa e financeira, observador dos princípios constitucionais, reger-se-á por esta Lei Orgânica. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição Federal e desta Lei Orgânica. Neste primeiro artigo temos que o DF possui autonomia política, administrativa e financeira. Essa autonomia é derivada da própria CF/1988. Assim temos: Autonomia Política diz respeito à capacidade de auto-organização e autolegislação (no caso do DF, de elaborar a Lei Orgânica e as Leis Distritais) e de autogoverno, ou seja, de seus cidadãos elegerem seus representantes (tanto Profa. Tatiane Rocha 12

13 o Chefe do Executivo quanto os membros do Poder Legislativo) e de o DF organizar seus Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Administrativa é o poder de autoadministração, ou seja, de gerenciar e administrar os negócios e serviços públicos no âmbito do DF. Decorre da própria repartição de competências realizada pela CF/1988 com relação a cada um dos entes federados. Financeira é a prerrogativa que o DF e os demais entes federados têm de instituir e arrecadar seus próprios tributos, ou seja, de ter receita própria para manter a máquina pública e prestar os serviços públicos que forem de sua competência. Mais adiante veremos que a autonomia do DF possui algumas restrições contidas na própria CF/1988, inclusive quanto à carreira de Polícia Civil do DF. Além disso, o parágrafo único dispõe sobre as formas de exercício do poder popular ( todo poder emana do povo ): de forma direta (chamada democracia direta ou participativa) ou indireta. Vejamos: Direta Plebiscito consulta popular sobre tema que será objeto de ato legislativo ou administrativo. Referendo consulta popular sobre ato legislativo ou administrativo já editado com o objetivo de ratificá-lo ou rejeitá-lo. Iniciativa popular apresentação de projeto de lei, proposto pela população, que deverá ser apreciado pelo Legislativo. Indireta Por meio de seus representantes eleitos (Chefe do Executivo governador e membros do Legislativo deputados distritais) As formas de exercício direto da soberania popular estão dispostos no artigo 5 o. Vejamos: Art. 5º A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; Profa. Tatiane Rocha 13

14 III - iniciativa popular. Sufrágio é o direito de votar e ser votado. Dessa forma, sufrágio universal significa que o direito de votar e ser votado é para todos, sem discriminação (embora possua algumas restrições constitucionais, como estrangeiros, por exemplo). O artigo fala ainda em voto secreto e direto, ou seja, ninguém pode exigir saber em quem algum cidadão votou em determinada eleição. Além disso, o voto é dado diretamente do eleitor para o candidato ao cargo do Executivo ou do Legislativo. Assim, temos: Exercício da soberania popular - Sufrágio universal - Voto direto e secreto, com valor igual para todos - Plesbicito, referendo e iniciativa popular Valores Fundamentais Art. 2º O Distrito Federal integra a união indissolúvel da República Federativa do Brasil e tem como valores fundamentais: I - a preservação de sua autonomia como unidade federativa; II - a plena cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Parágrafo único. Ninguém será discriminado ou prejudicado em razão de nascimento, idade, etnia, raça, cor, sexo, características genéticas, estado civil, trabalho rural ou urbano, religião, convicções políticas ou filosóficas, orientação sexual, deficiência física, imunológica, sensorial ou mental, por ter cumprido pena, nem por qualquer particularidade ou condição, observada a Constituição Federal. A LODF traz em seu artigo 2 o os valores que irão embasar todos os outros dispositivos da Lei Orgânica e as demais normas que irão compor o ordenamento jurídico do DF. São eles: Profa. Tatiane Rocha 14

15 Valores Fundamentais Pluralismo político - PLU Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa - TRALI Dignidade da pessoa humana - DI Plena Cidadania - CI Autonomia - AUTO Alguns alunos gostam de brincar com as siglas das palavras para facilitar a memorização. É a famosa dica mnemônica: PLU TRALI DI CI AUTO. Já o parágrafo único trata sobre isonomia, ou seja, dispõe que ninguém será prejudicado ou discriminado, qualquer que seja sua condição (idade, sexo, deficiência, raça, etc). As medidas afirmativas (como cotas para portadores de necessidades especiais) se embasam nesse dispositivo, como forma corrigir desigualdades de condições supostamente existentes Objetivos Prioritários Art. 3º São objetivos prioritários do Distrito Federal: I - garantir e promover os direitos humanos assegurados na Constituição Federal e na Declaração Universal dos Direitos Humanos; II - assegurar ao cidadão o exercício dos direitos de iniciativa que lhe couberem, relativos ao controle da legalidade e legitimidade dos atos do Poder Público e da eficácia dos serviços públicos; III - preservar os interesses gerais e coletivos; IV - promover o bem de todos; V - proporcionar aos seus habitantes condições de vida compatíveis com a dignidade humana, a justiça social e o bem comum; VI - dar prioridade ao atendimento das demandas da sociedade nas áreas de educação, saúde, trabalho, transporte, segurança pública, moradia, saneamento básico, lazer e assistência social; VII - garantir a prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; VIII - preservar sua identidade, adequando as exigências do desenvolvimento à preservação de sua memória, tradição e peculiaridades; IX - valorizar e desenvolver a cultura local, de modo a contribuir para a cultura brasileira. Profa. Tatiane Rocha 15

16 X - assegurar, por parte do poder público, a proteção individualizada à vida e à integridade física e psicológica das vítimas e testemunhas de infrações penais e de seus respectivos familiares. XI - zelar pelo conjunto urbanístico de Brasília, tombado sob a inscrição nº 532 do Livro do Tombo Histórico, respeitadas as definições e critérios constantes do Decreto nº , de 2 de outubro de 1987, e da Portaria nº 314, de 8 de outubro de 1992, do então Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural - IBPC, hoje Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional IPHAN. XII promover, proteger e defender os direitos da criança, do adolescente e do jovem. Atenção! Inclusão recente (2014). Notem que a LODF possui objetivos prioritários gerais e alguns bem específicos. Nesse caso, não tem muito como fugir: é melhor ler o artigo mesmo. Mas não se preocupem em decorar esse monte de coisas. As provas, quando cobram esse conteúdo, geralmente misturam valores fundamentais com objetivos prioritários. Então, a dica é: decore o mnemônico dos valores fundamentais (PLU TRALI DI CI AUTO) e se atentem para o fato de que os objetivos sempre começam com verbo no infinitivo. - Valores fundamentais - PLU TRALI DI CI AUTO. - Objetivos prioritários verbo no infinitivo. 3. Organização do Distrito Federal Art. 6º Brasília, Capital da República Federativa do Brasil, é a sede do governo do Distrito Federal. Art. 7º São símbolos do Distrito Federal a bandeira, o hino e o brasão. Parágrafo único. A lei poderá estabelecer outros símbolos e dispor sobre seu uso no território do Distrito Federal. Art. 8º O território do Distrito Federal compreende o espaço físico Profa. Tatiane Rocha 16

17 geográfico que se encontra sob seu domínio e jurisdição. Art. 9º O Distrito Federal, na execução de seu programa de desenvolvimento econômico-social, buscará a integração com a região do entorno do Distrito Federal. A parte das disposições gerais sobre a Organização do Distrito Federal é bem simples e não demanda grandes explicações. No entanto, é preciso deixar claro um ponto: Brasília não é sinônimo de Distrito Federal. Conforme dispõe o artigo 6 o, Brasília é a Capital do Brasil e sede do governo do DF. Brasília capital do Brasil e sede do governo do DF! Já o artigo 7 o elencou, em rol não exaustivo, os símbolos do DF: bandeira, hino e brasão. O rol é não exaustivo porque, conforme seu parágrafo único, pode-se estabelecer novos símbolos por meio de lei. Por fim, há também previsão de que o DF deverá buscar a integração com a região de seu entorno na execução de seu programa de desenvolvimento econômico-social. O Decreto nº 7.469/2011, que regulamentou a Lei Complementar nº 94/1998, dispôs sobre a criação da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno RIDE e instituiu o Programa Especial de Desenvolvimento do Entorno do Distrito Federal. No Decreto, foi determinado que a RIDE é constituída pelo Distrito Federal, pelos Municípios de Abadiânia, Água Fria de Goiás, Águas Lindas, Alexânia, Cabeceiras, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Corumbá de Goiás, Cristalina, Formosa, Luziânia, Mimoso de Goiás, Novo Gama, Padre Bernardo, Pirenópolis, Planaltina, Santo Antônio do Descoberto, Valparaíso e Vila Boa, no Estado de Goiás, e de Unaí e Buritis, no Estado de Minas Gerais. Dessa forma, se alguma questão cobrar a região do entorno do DF, lembre-se que ele compreende cidades de Goiás e de Minas Gerais. Profa. Tatiane Rocha 17

18 3.1. Organização Administrativa do Distrito Federal Art. 10. O Distrito Federal organiza-se em Regiões Administrativas, com vistas à descentralização administrativa, à utilização racional de recursos para o desenvolvimento sócio-econômico e à melhoria da qualidade de vida. 1º A lei disporá sobre a participação popular no processo de escolha do Administrador Regional. 2º A remuneração dos Administradores Regionais não poderá ser superior à fixada para os Secretários de Governo do Distrito Federal. 3 A proibição de que trata o art. 19, 8, aplica-se à nomeação de administrador regional. Art. 11. As Administrações Regionais integram a estrutura administrativa do Distrito Federal. Art. 12. Cada Região Administrativa do Distrito Federal terá um Conselho de Representantes Comunitários, com funções consultivas e fiscalizadoras, na forma da lei. Art. 13. A criação ou extinção de Regiões Administrativas ocorrerá mediante lei aprovada pela maioria absoluta dos Deputados Distritais. Parágrafo único. Com a criação de nova região administrativa, fica criado, automaticamente, conselho tutelar para a respectiva região. Atenção! Inclusão recente (2014). Como visto no início da aula, a CF/1988, em seu artigo 32, proibiu a divisão do DF em Municípios. Então, para facilitar sua administração e a utilização dos recursos, a LODF previu a possibilidade de o Distrito Federal organizar-se em Regiões Administrativas - RAs. Mas, professora, como funcionam essas Regiões Administrativas? É basicamente assim: Profa. Tatiane Rocha 18

19 As RAs integram a estrutura administrativa do DF e são administradas por um Administrador Regional, sendo que compete a lei específica dispor sobre a participação da população na escolha desse Administrador. Acontece que, atualmente, esta lei ainda não existe (após manifestação do TJDFT no sentido da necessidade de regulamentação sobre o assunto, o Governo do DF criou, em novembro/2015, um grupo de trabalho para elaborar o projeto de lei sobre a matéria). Então, por enquanto, quem escolhe os Administradores Regionais é o próprio Governador do DF. Além disso, o Administrador Regional não pode ter remuneração superior à dos Secretários de Governo do DF e só podem ser nomeados aqueles que não tenham praticado ato tipificado como causa de inelegibilidade prevista na legislação eleitoral. Por fim, as RAs só podem ser criadas ou extintas por lei aprovada pela maioria absoluta dos Deputados Distritais e, uma vez criadas, deverão ter um Conselho de Representantes Comunitários, com funções consultivas e fiscalizadoras, compostos por representantes da população pertencente à respectiva RA, e um Conselho Tutelar. Este último é criado automaticamente, junto com a criação da RA. Vamos resumir tudo isso? Regiões Administrativas - Administradas por um Administrador Regional. - Criadas ou extintas por lei aprovada pela maioria absoluta dos Deputados Distritais. Importante! Lembre que é por maioria absoluta! - Existência de Conselho de Representantes Comunitários, com funções consultivas e fiscalizadoras, compostos por representantes da população pertencente à respectiva RA. - Existência de Conselho Tutelar, criado automaticamente junto com a criação da RA. Atenção! Inclusão recente (2014). Administrador Regional - Administram as Regiões Administrativas. - A LODF prevê que, por lei, a escolha do Administrador Regional deve ter a participação da população, mas como esta lei ainda não existe, a escolha atualmente é feita pelo Governador. - Não pode ter remuneração superior à dos Secretários de Governo do DF. Profa. Tatiane Rocha 19

20 - Só podem ser nomeados aqueles que não tenham praticado ato tipificado como causa de inelegibilidade prevista na legislação eleitoral 3.2. Competência do Distrito Federal De acordo com o artigo 14 da LODF, o DF acumula as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios. Além disso, como veremos, o DF acumula também quase todas as competências de natureza administrativa/material atribuídas a Estados e Municípios. As competências estão divididas em três seções na LODF: competência privativa, comum e concorrente. Vamos a elas: Competências Privativa são aquelas que só podem ser realizadas pelo DF. Não podem ser exercidas por nenhum outro ente, nem mesmo por delegação do DF. Comum são aquelas que podem ser exercidas pelo DF e pela União, sem hierarquias. Concorrente são aquelas que são exercidas pela União, que estabelece normas gerais, e pelo DF, que estabelece normas específicas observando as normas criadas pela União. Se não houver lei editada pela União sobre normas gerais, o DF poderá legislar plenamente sobre o assunto que for de seu interesse, mas se, posteriormente, a União editar norma sobre o tema, haverá a suspensão da eficácia da lei distrital no que for contrária à lei federal. Agora vamos ver como cada uma dessas competências foram distribuídas na LODF. Como são muitas e será impossível decorar todas elas, iremos dar algumas dicas de como identificar quais casos correspondem a competência privativa, quais são de competência comum e quais se enquadram na competência concorrente Competência privativa do DF A competência privativa do DF está disposta no artigo 15 da LODF. Olhem o tamanho desse artigo! São 27 casos de competência privativa: Art. 15. Compete privativamente ao Distrito Federal: I - organizar seu Governo e Administração; Profa. Tatiane Rocha 20

21 II - criar, organizar ou extinguir Regiões Administrativas, de acordo com a legislação vigente; III - instituir e arrecadar tributos, observada a competência cumulativa do Distrito Federal; - quando a LODF fala em competência cumulativa do DF, ela está falando sobre a acumulação pelo DF das competências atribuídas aos Estados e Municípios. Nesse caso, caberá ao DF instituir e arrecadar tributos como IPTU que, é municipal e IPVA, que é estadual, por exemplo. IV - fixar, fiscalizar e cobrar tarifas e preços públicos de sua competência; V - dispor sobre a administração, utilização, aquisição e alienação dos bens públicos; VI - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial; VII - manter, com a cooperação técnica e financeira da União, programas de educação, prioritariamente de ensino fundamental e pré-escolar; VIII - celebrar e firmar ajustes, consórcios, convênios, acordos e decisões administrativas com a União, Estados e Municípios, para execução de suas leis e serviços; IX - elaborar e executar o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual; - conhecidos como PPA, LDO E LOA. X elaborar e executar o Plano Diretor de Ordenamento Territorial, a Lei de Uso e Ocupação do Solo e Planos de Desenvolvimento Local, para promover adequado ordenamento territorial, integrado aos valores ambientais, mediante planejamento e controle do uso, parcelamento e ocupação do solo urbano; XI - autorizar, conceder ou permitir, bem como regular, licenciar e fiscalizar os serviços de veículos de aluguéis; XII - dispor sobre criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas; XIII - dispor sobre a organização do quadro de seus servidores; instituição de planos de carreira, na administração direta, autarquias e fundações públicas do Distrito Federal; remuneração e regime jurídico único dos servidores; XIV - exercer o poder de polícia administrativa; XV - licenciar estabelecimento industrial, comercial, prestador de Profa. Tatiane Rocha 21

22 serviços e similar ou cassar o alvará de licença dos que se tornarem danosos ao meio ambiente, à saúde, ao bem-estar da população ou que infringirem dispositivos legais; XVI - regulamentar e fiscalizar o comércio ambulante, inclusive o de papéis e de outros resíduos recicláveis; XVII - dispor sobre a limpeza de logradouros públicos, remoção e destino do lixo domiciliar e de outros resíduos; XVIII - dispor sobre serviços funerários e administração dos cemitérios; XIX - dispor sobre apreensão, depósito e destino de animais e mercadorias apreendidas em decorrência de transgressão da legislação local; XX - disciplinar e fiscalizar, no âmbito de sua competência, competições esportivas, espetáculos, diversões públicas e eventos de natureza semelhante, realizados em locais de acesso público; XXI - dispor sobre a utilização de vias e logradouros públicos; XXII - disciplinar o trânsito local, sinalizando as vias urbanas e estradas do Distrito Federal; XXIII - exercer inspeção e fiscalização sanitária, de postura ambiental, tributária, de segurança pública e do trabalho, relativamente ao funcionamento de estabelecimento comercial, industrial, prestador de serviços e similar, no âmbito de sua competência, respeitada a legislação federal; XXIV - adquirir bens, inclusive por meio de desapropriação, por necessidade, utilidade pública ou interesse social, nos termos da legislação em vigor; XXV - licenciar a construção de qualquer obra; XXVI - interditar edificações em ruína, em condições de insalubridade e as que apresentem as irregularidades previstas na legislação específica, bem como fazer demolir construções que ameacem a segurança individual ou coletiva; XXVII - dispor sobre publicidade externa, em especial sobre exibição de cartazes, anúncios e quaisquer outros meios de publicidade ou propaganda, em logradouros públicos, em locais de acesso público ou destes visíveis. Depois de ler todos esses incisos, principalmente as partes em negrito, vocês conseguem identificar uma lógica sobre a competência privativa? Notem Profa. Tatiane Rocha 22

23 que todos os incisos tratam de matérias bem específicas de interesse somente do DF. A maioria dos casos diz respeito ou à administração da máquina pública do DF ou a assuntos de só interessam às pessoas que moram no DF. Pode-se dizer, assim, que são competências de natureza administrativa ou material. Podemos ver algumas poucas competências legislativas, como instituir tributos e elaborar o PPA, a LDO e a LOA, mas mesmo nestes casos, são competências para legislar sobre assuntos que só interessam ao DF e a sua população. Assim, para identificar se uma determinada competência é privativa, tente identificar se aquele assunto é de interesse somente do DF ou se algum outro ente pode ter interesse naquele tema Competência comum A competência comum está disposta no artigo 16 da LODF e diz respeito a atribuições administrativas e materiais que devem ser exercidas pelo DF e pela União, sem hierarquias. É como uma cooperação, em que ambos são responsáveis. Art. 16. É competência do Distrito Federal, em comum com a União: I - zelar pela guarda da Constituição Federal, desta Lei Orgânica, das leis e das instituições democráticas; II - conservar o patrimônio público; III - proteger documentos e outros bens de valor histórico e cultural, monumentos, paisagens naturais notáveis e sítios arqueológicos, bem como impedir sua evasão, destruição e descaracterização; IV - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; V - preservar a fauna, a flora e o cerrado; VI - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência; VII -prestar serviços de assistência à saúde da população e de proteção e garantia a pessoas portadoras de deficiência com a cooperação técnica e financeira da União; VIII - combater as causas da pobreza, a subnutrição e os fatores Profa. Tatiane Rocha 23

24 de marginalização, promovendo a integração social dos segmentos desfavorecidos; IX - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar; X - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico; XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seu território; XII - estabelecer e implantar política para a segurança do trânsito. Parágrafo único. Lei complementar deve fixar norma para a cooperação entre a União e o Distrito Federal, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e o bem-estar no âmbito do território do Distrito Federal. Atenção! Inclusão recente (2014). Observem a diferença entre os incisos do artigo 16 (competência comum), com os incisos do artigo 15 (competência privativa). O que vocês notaram? As competências do artigo 16 são muito mais amplas e genéricas, que interessam ao DF e à União: meio ambiente, fauna, flora, acesso à cultura, combater a pobreza, assistência à saúde, questões sobre moradia, segurança no trânsito, etc. Vejam, por exemplo, essa diferença: Competência privativa Artigo 15, inciso XXII - disciplinar o trânsito local, sinalizando as vias urbanas e estradas do Distrito Federal. Esse inciso fala sobre o trânsito local, a sinalização das ruas e estradas do DF, ou seja, é bem específico. Competência comum Art. 16, inciso XII - estabelecer e implantar política para a segurança do trânsito. Já esse inciso fala sobre implementação de política para segurança no trânsito. Ele também fala sobre trânsito, mas de uma forma bem mais genérica que o inciso do artigo Profa. Tatiane Rocha 24

25 Competência concorrente Legislação Específica para Assistente de Educação A competência concorrente está elencada no artigo 17 da LODF e possui SOMENTE competências de natureza legislativa. O próprio caput do artigo já começa com Compete ao DF, concorrentemente com a União, legislar sobre (...). Art. 17. Compete ao Distrito Federal, concorrentemente com a União, legislar sobre: I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; II - orçamento; III - junta comercial; IV - custas de serviços forenses; V - produção e consumo; VI - cerrado, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; VII - proteção do patrimônio histórico, cultural, artístico, paisagístico e turístico; VIII - responsabilidade por danos ao meio ambiente, ao consumidor e a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, espeleológico, turístico e paisagístico; IX - educação, cultura, ensino e desporto; X - previdência social, proteção e defesa da saúde; XI defensoria pública e assistência jurídica nos termos da legislação em vigor; - Atenção! Alteração recente (2014). XII proteção e integração social das pessoas com deficiência; - Atenção! Alteração recente (2014). XIII - proteção à infância e à juventude; XIV - manutenção da ordem e segurança internas; XV - procedimentos em matéria processual; XVI - organização, garantias, direitos e deveres da polícia civil. 1º O Distrito Federal, no exercício de sua competência suplementar, observará as normas gerais estabelecidas pela União. 2º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, o Distrito Federal exercerá competência legislativa plena, para atender suas peculiaridades. Profa. Tatiane Rocha 25

26 3º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia de lei local, no que lhe for contrário. Os três parágrafos do artigo 17 explicam o próprio conceito de competência concorrente, que pode ser resumido da seguinte forma: Resumo de Competência Concorrente Regra Geral Exceção União edita normas gerais e DF edita normas específicas (chamada de competência suplementar), observadas as normas gerais estabelecidas pela União. União ainda não editou norma geral sobre o assunto. O DF pode legislar plenamente sobre o tema. Caso, posteriormente, a União legisle sobre esse tema, a lei distrital terá eficácia na parte que não for contrária à lei federal. Caso haja algo que for contrário, esta parte terá sua eficácia suspensa. Vistas as três formas de competência previstas na LODF, vamos fazer um resumo esquemático de como identificar cada uma delas: Competência Natureza Como identificar Assuntos bem Material, administrativa específicos sobre a Privativa e, de forma indireta, administração e legislativa. organização do DF e sobre interesses de sua população. Comum Concorrente Material e administrativa. Legislativa somente. Assuntos bem amplos e genéricos, de interesse de todos. Sempre falará em legislar sobre. Profa. Tatiane Rocha 26

27 3.3. Administração Pública Legislação Específica para Assistente de Educação Neste tópico falaremos sobre os princípios e as regras que devem ser seguidos pela Administração Pública direta e indireta dos três Poderes do DF (Executivo, Legislativo e Judiciário), ou seja, por todos que integram o DF. Esse tema está disposto nos artigos 19 a 24 da LODF, sendo que só o artigo 19 possui mais de quatro páginas (são 23 incisos e 14 parágrafos, sendo que cada parágrafo ainda possui mais alguns incisos). Logicamente não iremos falar sobre todos, pois não seria nada produtivo e precisaríamos de horas e horas de estudo. Nosso objetivo será discorrer sobre os principais pontos desse artigo que realmente têm maiores chances de cair na prova de vocês Disposições gerais A - Princípios da Administração Pública O caput do artigo 19 da LODF dispõe sobre os princípios que devem ser seguidos por toda a Administração Pública do DF: Art. 19. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes do Distrito Federal obedece aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, razoabilidade, motivação, transparência, eficiência e interesse público, e também ao seguinte: (...) Só para vocês entenderem um pouco da importância dos princípios para a Administração Pública, falarei brevemente sobre cada um dos princípios presentes no artigo acima transcrito. Assim, será mais fácil vocês se familiarizarem com tais conceitos e, consequentemente, lembrarem deles na hora da prova. Princípios da Administração Pública Legalidade - A lei, ao mesmo tempo que define, também limita a atuação administrativa, fazendo com que a autoridade administrativa só possa atuar conforme determina a lei. Dessa forma, a Administração Pública só pode fazer o que a lei permite, ao contrário do que ocorre no âmbito das relações particulares, em que é permitido aos indivíduos fazer tudo o que a lei não proíbe. Profa. Tatiane Rocha 27

28 Impessoalidade - A doutrina tem entendido esse princípio sob um duplo aspecto. Num primeiro sentido, decorrente do princípio da finalidade pública, está a ideia de que a Administração não pode atuar com o objetivo de beneficiar ou prejudicar pessoas determinadas, já que é o interesse público que deve nortear sua atuação. Para a Administração, não deve interessar quem será atingido por um ato administrativo, a atuação deve ser a mesma, independentemente de quem será afetado. Nesse sentido, ele se aproxima da ideia de isonomia (ou igualdade) entre os administrados. Num segundo sentido, está o conceito de que os atos administrativos não devem ser imputados ao agente que o pratica, mas ao órgão ou entidade da Administração Pública, sendo este último o autor institucional do ato. Essa acepção está ligada à ideia de proibição de promoção pessoal do agente público pela sua atuação como administrador. Moralidade - Em linhas gerais, sempre que se observar que o comportamento da autoridade administrativa ou do administrado que se relaciona com a Administração Pública, embora esteja em consonância com a lei (ou seja, não fere o princípio da legalidade), ofende a ideia comum de honestidade no trato com a coisa pública, as regras da boa administração, a boa-fé e a equidade, estaremos diante de uma ofensa ao princípio da moralidade administrativa. Publicidade - O princípio da publicidade exige a ampla divulgação dos atos praticados pela Administração Pública, exceto as hipóteses de sigilo previstas em lei, como violação à intimidade, à vida privada, à honra ou à segurança nacional, por exemplo. A publicidade é uma forma de se viabilizar o controle da atividade do Estado. Razoabilidade - O princípio da razoabilidade é uma tentativa de impor limites à atuação administrativa, de modo que uma decisão da autoridade administrativa possa ser considerada ilegítima ainda que não transgrida expressamente qualquer norma. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando a Administração não fundamenta sua decisão, quando não leva em conta fatos públicos e notórios ou quando sua decisão não guarda uma proporção adequada entre os meios que emprega e o fim que a lei almeja alcançar (ou seja, quando se trata de uma decisão desproporcional, excessiva). O princípio da razoabilidade costuma estar ligado às análises de adequação e necessidade do ato administrativo. Profa. Tatiane Rocha 28

29 Motivação - determina que a Administração Pública exponha os fundamentos de fato e de direito que embasaram uma decisão administrativa. No entanto, em caráter excepcional, a norma pode prever casos em que a motivação não é obrigatória. Transparência - Nesse princípio está presente a ideia de que a autoridade administrativa deve atuar de forma transparente, dando conhecimento à população dos atos por ela praticados. Está muito ligado ao princípio da publicidade, já que a transparência se dá por meio da publicidade dos atos da Administração Pública. Eficiência - Tal princípio indica que a atuação do agente público e a organização e estruturação da Administração Pública devem ser efetivados com o objetivo de alcançar os melhores resultados na prestação de um serviço público utilizando o menor número de recursos possíveis. Tal princípio trouxe a ideia de que o agente público deve realizar suas funções com presteza e rendimento funcional, satisfazendo as necessidades dos administrados. Interesse Público - As normas de Direito Público e a atuação da Administração Pública como um todo, embora protejam indiretamente o interesse individual, têm o objetivo primordial de atender ao interesse público. Por conta disso, esse princípio está presente tanto no momento de criação das normas como no momento de sua execução, vinculando a autoridade administrativa em toda a sua atuação. É também chamado de princípio da finalidade pública. Assim, se a lei dá à Administração Pública os poderes de desapropriar, intervir, punir, é porque tem por objetivo atender ao interesse geral da população. No entanto, se a autoridade administrativa usa desse poder para prejudicar ou beneficiar alguém, ela estará fazendo prevalecer o interesse individual sobre o público e, consequentemente, terá se desviado da finalidade pública que a lei busca proteger. Além do caput do artigo 19, o artigo 22 da LODF também discorre sobre os princípios que devem ser observados pela Administração Pública em alguns de seus incisos e parágrafos. Vejamos: Profa. Tatiane Rocha 29

30 Art. 22. Os atos da administração pública de qualquer dos Poderes do Distrito Federal, além de obedecer aos princípios constitucionais aplicados à administração pública, devem observar também o seguinte: I - os atos administrativos são públicos, salvo quando a lei, no interesse da administração, impuser sigilo; II - a administração é obrigada a fornecer certidão ou cópia autenticada de atos, contratos e convênios administrativos a qualquer interessado, no prazo máximo de trinta dias, sob pena de responsabilidade de autoridade competente ou servidor que negar ou retardar a expedição; V - a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e as campanhas dos órgãos e entidades da administração pública, ainda que não custeada diretamente pelo erário, obedecerá ao seguinte: - ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar símbolos, expressões, nomes ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos; - ser suspensa noventa dias antes das eleições, ressalvadas aquelas essenciais ao interesse público. 1º Os Poderes do Distrito Federal, com base no plano anual de publicidade, ficam obrigados a publicar, nos seus órgãos oficiais, quadros demonstrativos de despesas realizadas com publicidade e propaganda, conforme dispuser a lei. 2º Os Poderes do Distrito Federal mandarão publicar, trimestralmente, no Diário Oficial demonstrativo das despesas realizadas com propaganda e publicidade de todos os seus órgãos, inclusive os da administração indireta, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações mantidas pelo Poder Público, com a discriminação do beneficiário, valor e finalidade, conforme dispuser a lei. 3º Os Poderes do Distrito Federal mandarão publicar, mensalmente, nos respectivos sítios oficiais na internet, demonstrativo de todas as despesas realizadas por todos os seus órgãos, de forma clara e compreensível ao cidadão, inclusive os da administração indireta, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações mantidas Profa. Tatiane Rocha 30

31 pelo Poder Público, com a discriminação do beneficiário, do valor e da finalidade, conforme dispuser a lei. Da leitura do artigo se extrai alguns conceitos importantes: - A LODF recepciona os princípios constitucionais da Administração Pública o artigo 37, caput, da Constituição Federal prevê tais princípios. São eles: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (sigla de memorização LIMPE). Note que esses princípios foram expressamente considerados no artigo 19, mas o artigo 22 deixa clara a recepção deles na LODF por força da previsão existente na Constituição Federal de A LODF trata de forma específica de como se dará a obediência ao princípio da publicidade o artigo trata de alguns prazos para publicar em Diário Oficial ou nos sítios oficiais na Internet e para disponibilizar documentos solicitados pela população em geral: - 30 dias para fornecer certidão ou cópia de atos, contratos e convênios administrativos; - obrigatoriedade de publicar quadros demonstrativos de despesas realizadas com publicidade e propaganda; - publicar, trimestralmente, no Diário Oficial e, mensalmente, nos sítios oficiais na Internet demonstrativos de todas as despesas realizadas por todos os seus órgãos, com a discriminação do benefício, do valor e da finalidade. B - Ingresso em função de confiança, cargo ou emprego público Trataremos aqui dos incisos e parágrafos do artigo 19 que versam sobre questões atinentes ao ingresso em função de confiança, cargo ou emprego público. Para termos um estudo mais linear e completo sobre os temas, irei sempre agrupar os dispositivos da LODF sobre um determinado assunto. Isso agilizará seus estudos e facilitará a compreensão da matéria. Art. 19 (...) II a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e Profa. Tatiane Rocha 31

32 títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado, em lei, de livre nomeação e exoneração; III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, o aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados, para assumir cargo ou emprego na carreira; V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e pelo menos cinquenta por cento dos cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos e condições previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; VII - a lei reservará percentual de cargos e empregos públicos para portadores de deficiência, garantindo as adaptações necessárias a sua participação em concursos públicos, bem como definirá critérios de sua admissão; VIII - a lei estabelecerá os casos de contratação de pessoal por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público; 6º Do percentual definido no inciso V deste artigo excluem-se os cargos em comissão dos gabinetes parlamentares e lideranças partidárias da Câmara Legislativa do Distrito Federal. 8 É proibida a designação para função de confiança ou a nomeação para emprego ou cargo em comissão, incluídos os de natureza especial, de pessoa que tenha praticado ato tipificado como causa de inelegibilidade prevista na legislação eleitoral. 9º Fica vedada a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada, na administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes do Profa. Tatiane Rocha 32

33 Distrito Federal, compreendido na vedação o ajuste mediante designações recíprocas. Vamos primeiramente entender os principais conceitos trazidos nos incisos e parágrafos acima transcritos. Primeiramente, vamos entender o significado e as diferenças entre esses três itens: cargo público, emprego público e função de confiança. Os três conceitos são unidades de atribuições ocupadas por servidores públicos, sendo que a distinção se dá pelo tipo de vínculo que liga o servidor ao Estado. Aquele que ocupa um emprego público possui um vínculo contratual, regido pela Consolidação das Leis do Trabalho CLT, enquanto que o servidor que ocupa um cargo público possui um vínculo estatutário, regido pelo Estatuto dos Servidores Públicos (uma lei que institui o regime jurídico único). Por fim, a função de confiança tem sua própria individualidade, na medida em que corresponde a uma série de atribuições previstas em lei, exercidas por servidores públicos, mas sem o correspondente cargo ou emprego. Pode-se dizer, assim, que é um conceito residual: é o conjunto de atribuições às quais não corresponde um cargo ou emprego. As funções de confiança dizem respeito somente a atribuições de direção, chefia e assessoramento. Resumindo: Servidores Públicos podem ocupar: Cargo público conjunto de atribuições ocupado por servidor público estatutário, regido por lei própria (Estatuto) que irá definir o regime jurídico a que está subordinado. A União e cada um dos entes da federação possui normativo que dispõe a respeito do regime jurídico único dos seus servidores públicos. Emprego público - conjunto de atribuições ocupado por servidor público contratado, também chamado de empregado público, regido pela CLT. Embora sujeitos à CLT, submetem-se a normas referentes a requisitos para investidura, acumulação de cargos, vencimentos, dentre outras características próprias de servidores públicos que não possuem previsão na CLT. Função de confiança de forma residual, é o conjunto de atribuições às quais não corresponde um cargo ou emprego público. Além disso, as funções de confiança dizem respeito somente a atribuições de direção, chefia e assessoramento. Profa. Tatiane Rocha 33

34 Visto isso, vamos ver o que a LODF fala sobre cada um deles: - Para entrar em um cargo ou emprego público, o indivíduo depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a complexidade do cargo ou emprego. Cargo ou Emprego Público - Cargos em comissão: são cargos de chefia, direção ou assessoramento, que deverão estar dispostos em lei. Não são preenchidos por meio de concurso público, mas por livre nomeação. São também de livre exoneração. Diferem-se das funções de confiança por estarem previstos em lei como cargo e não como função. Deverão ser preenchidos com pelo menos 50% de servidores públicos concursados, nos casos e condições previstos em lei. - Nos casos de cargos em comissão dos gabinetes parlamentares e lideranças partidárias da Câmara Legislativa do DF não há essa limitação de 50%. - Um percentual dos cargos e empregos públicos deverá ser destinado a portadores de deficiência. Esse percentual é definido em lei. Função de Confiança - As funções de confiança dizem respeito a atribuições de chefia, direção ou assessoramento e deverão ser preenchidas unicamente por servidores públicos concursados (que são ocupantes de cargo efetivo). Quanto ao concurso público, a LODF determina que este terá prazo de validade de até dois anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período. Assim, a validade máxima de um concurso será de 4 anos. Mas atenção! Se no edital do concurso constar que ele possui validade de 1 ano, ele poderá ser prorrogado um vez por mais um ano e terá, assim, validade máxima de 2 anos. Além disso, durante o prazo improrrogável de validade do concurso previsto no edital (considerado prazo + prorrogação), aquele que tiver sido aprovado deverá ser convocado antes daqueles que forem aprovados em concursos públicos posteriores para o mesmo cargo/emprego. Profa. Tatiane Rocha 34

35 A LODF também fala de servidores temporários, estabelecendo que, por lei, o poder público poderá estabelecer os casos em que é possível a contratação de pessoal por período determinado, desde que seja para atender a uma necessidade de caráter temporário de excepcional interesse público. Por fim, além do disposto acima, a LODF ainda prevê duas limitações quanto a ocupação de cargo em comissão e função de confiança: A) A pessoa indicada não pode ter praticado ato tipificado como causa de inelegibilidade prevista em legislação eleitoral (é a mesma limitação que existe para nomeação de Administrador Regional, lembra-se?); B) São proibidos o nepotismo e o nepotismo cruzado. Nesse ponto, a LODF praticamente reproduziu a Súmula Vinculante n. 13 do STF, que assim dispõe: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. Vamos a cada um dos conceitos: B.1) Nepotismo a autoridade que vai nomear uma pessoa para cargo em comissão ou função de confiança não pode indicar alguém que seja seu cônjuge, companheiro ou parente ou que seja cônjuge, companheiro ou parente de algum outro servidor que trabalhe no órgão para o qual se pretende efetuar a nomeação e que tenha cargo de direção, chefia ou assessoramento. E isso vale para nomeação em cargo/função em qualquer ente público do DF (administração direta e indireta de qualquer dos Poderes). B.2) Nepotismo cruzado a LODF proíbe até mesmo tentativas de se burlar o nepotismo. Para esconder a nomeação de cônjuge, companheiro ou parentes, alguns agentes nomeavam para cargo em comissão ou função de confiança o cônjuge, companheiro ou parente de algum colega de trabalho. E este, por sua vez, nomeava o cônjuge, companheiro ou parente daquele agente para outro cargo em comissão Profa. Tatiane Rocha 35

36 ou função de confiança. No entanto, a lei também proibiu esse tipo de prática que é comumente chamada de nepotismo cruzado. Exceção: essas restrições acima não são válidas para os casos em que se nomeia o cônjuge/companheiro ou parente que já ocupa cargo efetivo (ou seja, que é concursado) para ocupar cargo em comissão ou função de confiança que seja da mesma estrutura do cargo efetivo que ele ocupa. Nesses casos a nomeação é válida e não é configurado nepotismo. Definição de parente: para encerrarmos esse tópico, é preciso que vocês entendam quem é considerado parente para questões de nepotismo. A LODF fala em cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive ( ) Bisavô (3 o ) Avô (2 o ) Tio (3 o ) Pai (1 o ) Primo (4 o ) Você Irmão (2 o ) Filho (1 o ) Sobrinho (3 o ) Neto (2 o ) Bisneto (3 o ) A regra de grau de parentesco funciona da seguinte forma: Profa. Tatiane Rocha 36

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