Sumário. Capítulo 1 Estado, Governo e Administração Pública 1

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1 Sumário Prefácio XXIX Capítulo 1 Estado, Governo e Administração Pública 1 1 Estado Formas de Estado Tripartição dos Poderes 4 2 Governo Formas de governo Sistemas de governo 8 3 Administração Pública e seus sentidos 9 4 Origem e conceito de Direito Administrativo 13 5 Objeto do Direito Administrativo Critério legalista Critério do Poder Executivo Critério do serviço público Critério das relações jurídicas Critério teleológico Critério negativo Critério da Administração Pública 18 6 Fontes do Direito Administrativo Leis Doutrina Jurisprudência Costumes 22 7 Sistemas de jurisdição Sistema da unidade de jurisdição 24 VII

2 Direito Administrativo Comentado 7.2 Sistema da dualidade de jurisdição 26 Resumo do capítulo 28 Questões comentadas 32 Capítulo 2 Princípios do Direito Administrativo 39 1 Introdução 39 2 Diferenças entre princípios, normas e regras 40 3 Supraprincípios ou superprincípios Introdução Princípio da supremacia do interesse público Princípio da indisponibilidade do interesse público 46 4 Princípios constitucionais da Administração Pública Introdução Legalidade Legalidade e reserva legal Deslegalização Princípio da impessoalidade Princípio da moralidade Princípio da publicidade Princípio da eficiência 68 5 Outros princípios Princípio da autotutela Princípio da segurança jurídica Princípio da razoabilidade e da proporcionalidade Princípio da continuidade dos serviços públicos Princípio da especialidade ou descentralização Princípio da motivação Princípio da sindicabilidade Princípio da responsividade Princípio da sancionabilidade Princípio da subsidiariedade 85 Resumo do capítulo 86 Questões comentadas 90 Diogo Surdi VIII

3 Sumário Capítulo 3 Organização administrativa Entidades políticas e entidades administrativas Sentidos de Administração Pública Administração Pública em sentido amplo Administração Pública em sentido estrito Administração Pública em sentido material, objetivo e funcional Administração Pública em sentido formal, orgânico e subjetivo Centralização e descentralização administrativa Centralização Descentralização Descentralização por outorga (por serviços ou legal) Descentralização por delegação (por colaboração ou negocial) Concentração e desconcentração administrativa Concentração Desconcentração Relação entre centralização, descentralização, concentração e desconcentração Órgãos públicos Características Classificação Quanto à posição hierárquica Quanto à estrutura Quanto à atuação funcional Administração direta Administração indireta Disposições constitucionais Características comuns das entidades da administração indireta Autarquias Conceito Criação e extinção Classificação Quanto ao nível federativo Quanto ao objeto 133 IX

4 Direito Administrativo Comentado Quanto à natureza Privilégios processuais Responsabilidade civil Imunidade tributária Consórcios públicos Agências executivas Agências reguladoras Fundações Características Distinção entre fundações públicas de direito público e de direito privado Empresas públicas e sociedades de economia mista Áreas de atuação Características comuns Diferenças fundamentais Forma de constituição Constituição do capital Competência para julgamento Privilégios fiscais 157 Resumo do capítulo 159 Questões comentadas 163 Capítulo 4 Terceiro Setor A reforma administrativa Administração patrimonial Administração burocrática Administração gerencial Princípio constitucional da eficiência Contrato de gestão Os setores da atividade econômica O primeiro setor O segundo setor O terceiro setor O quarto setor 188 Diogo Surdi X

5 Sumário 3 Entidades paraestatais Serviços sociais autônomos Organizações sociais Qualificação e desqualificação Formas de incentivo Publicização Organizações da sociedade civil de interesse público Qualificação e desqualificação Áreas de atuação Vedações à qualificação 201 Resumo do capítulo 204 Questões comentadas 207 Capítulo 5 Atos administrativos Conceito de ato administrativo Diferença entre atos administrativos, atos jurídicos, fatos administrativos e atos da Administração O silêncio administrativo Requisitos Competência Características Delegação e avocação Usurpação de função e função de fato Finalidade Forma Motivo Teoria dos motivos determinantes Motivação Objeto Mérito administrativo Atributos do ato administrativo Presunção de legitimidade Autoexecutoriedade Imperatividade 238 XI

6 Direito Administrativo Comentado 6.4 Tipicidade Invalidação e controle judicial dos atos administrativos Anulação Revogação Convalidação Cassação Caducidade Contraposição Extinção natural Extinção objetiva Extinção subjetiva Espécies de atos administrativos Punitivos Enunciativos Ordinatórios Normativos Negociais Classificação dos atos administrativos Perfeição, validade e eficácia Atos vinculados e atos discricionários Atos de império, atos de gestão e atos de expediente Atos simples, atos compostos e atos complexos Atos gerais e atos individuais 263 Resumo do capítulo 265 Questões comentadas 268 Capítulo 6 Poderes e deveres administrativos Introdução Poder vinculado Poder discricionário Conceitos jurídicos indeterminados Poder hierárquico Poder disciplinar Poder regulamentar 298 Diogo Surdi XII

7 Sumário 6.1 Decretos autônomos Poder de polícia Conceito Poder de polícia em sentido amplo e restrito Diferença entre polícia administrativa e polícia judiciária Formas de exercício Atributos Discricionariedade Autoexecutoriedade Coercibilidade Competência Poder de polícia originário e delegado Ciclo de polícia Prescrição Uso e abuso de poder Excesso de poder Desvio de poder Deveres do administrador público Poder-dever de agir Dever de prestar contas Dever de probidade Dever de eficiência 321 Resumo do capítulo 323 Questões comentadas 326 Capítulo 7 Agentes públicos Conceito de agentes públicos Classificações dos agentes Classificação de Hely Lopes Meirelles Agentes políticos Agentes administrativos Cargo, emprego e função pública Cargos públicos Empregos públicos 350 XIII

8 Direito Administrativo Comentado Função pública Agentes honoríficos Agentes credenciados Agentes delegados Classificação de Maria Sylvia Zanella Di Pietro Agentes políticos Servidores públicos Militares Particulares em colaboração com o Poder Público Regime jurídico Obrigatoriedade do regime jurídico único Regime jurídico estatutário Regime jurídico celetista Disposições constitucionais sobre os agentes públicos Servidores públicos em sentido amplo e restrito Servidores públicos em sentido restrito Servidores públicos em sentido amplo Acesso a cargos, empregos e funções públicas Limite de idade A questão do exame psicotécnico Edital Direito de nomeação Apresentação da documentação Remuneração dos agentes públicos Subsídio Vencimentos Salário Remuneração em sentido amplo e em sentido estrito Teto remuneratório Acumulação de cargos, empregos e funções Direito de greve e de associação sindical Aposentadoria dos servidores públicos Aposentadoria por invalidez Aposentadoria compulsória 389 Diogo Surdi XIV

9 Sumário Aposentadoria voluntária Direitos sociais atribuídos aos servidores 391 Resumo do capítulo 393 Questões comentadas 398 Capítulo 8 Licitações públicas Conceito e finalidade da licitação O dever de licitar e sua dispensa Princípios da licitação Legalidade Impessoalidade Moralidade Igualdade Publicidade Probidade administrativa Vinculação ao instrumento convocatório Julgamento objetivo Sigilo das propostas Adjudicação compulsória Formalismo Modalidades Concorrência Tomada de preços Convite Leilão Concurso Dispensa da realização de licitação Licitação dispensada Licitação inexigível Licitação dispensável Etapas da licitação Fase interna Fase externa 458 XV

10 Direito Administrativo Comentado Abertura Habilitação Classificação e julgamento Licitação deserta Licitação fracassada Homologação e adjudicação Anulação e revogação Pregão Aquisição de bens e serviços comuns Inversão das fases da licitação Divisão da fase de julgamento Fases do pregão Fase preparatória (art. 3º da Lei ) Fase externa (art. 4º da Lei ) Vedações Prazo de validade das propostas Sistema de registro de preços A sistemática dos caronas Margem de preferência para ME e EPP Regime diferenciado de contratações públicas (RDC) Campo de aplicação Objetivos Vedações à participação Procedimento no âmbito do RDC Fase preparatória Publicação do instrumento convocatório Apresentação de propostas ou lances Julgamento Habilitação Fase recursal Encerramento 501 Resumo do capítulo 504 Questões comentadas 509 Diogo Surdi XVI

11 Sumário Capítulo 9 Contratos administrativos Conceito Diferença entre contrato administrativo e contratos da Administração Características dos contratos administrativos Formalismo Contrato de adesão Pessoalidade (caráter intuitu personae) Bilateralidade Onerosidade Consensualidade Comutatividade Mutabilidade Presença de cláusulas exorbitantes Cláusulas exorbitantes Alteração unilateral Rescisão unilateral Fiscalização Ocupação temporária Aplicação de penalidades Restrições ao uso do princípio da exceptio non adimpleti contractus (exceção do contrato não cumprido) Exigência de garantias Prazo de duração dos contratos administrativos Responsabilidades pela execução contratual Extinção dos contratos administrativos Advento do termo contratual ou entrega do objeto contratado Anulação Rescisão Rescisão amigável Rescisão unilateral Rescisão judicial Inexecução dos contratos administrativos Diferença entre inexecução culposa e sem culpa 579 XVII

12 Direito Administrativo Comentado 8.2 Teoria da imprevisão Caso fortuito e força maior Fato do príncipe Fato da administração Interferências imprevistas Áleas contratuais Álea ordinária Álea administrativa Álea econômica 587 Resumo do capítulo 588 Questões comentadas 593 Capítulo 10 Serviços públicos Conceito de serviço público Critério subjetivo ou orgânico Critério material Critério formal Titularidade dos serviços públicos Formas de prestação dos serviços públicos Classificação Quanto aos destinatários Quanto à essencialidade Quanto à adequação Quanto à exclusividade Princípios (serviço público adequado) Regularidade Continuidade Eficiência Segurança Atualidade Generalidade Cortesia Modicidade de tarifas Concessão e permissão de serviço público 629 Diogo Surdi XVIII

13 Sumário 6.1 Diferenças entre concessão e permissão Equilíbrio econômico-financeiro Intervenção Licitação prévia O usuário dos serviços públicos Extinção da concessão ou permissão Advento do termo contratual Encampação Caducidade Rescisão Anulação Falência ou extinção da empresa Autorização de serviço público Parcerias público-privadas (PPP) Modalidades Vedações à celebração Características das parcerias público-privadas 647 Resumo do capítulo 649 Questões comentadas 653 Capítulo 11 Responsabilidade civil do Estado Conceito Evolução das teorias de responsabilização Teoria da irresponsabilidade Teoria da culpa civil (ou culpa comum) Teoria da culpa administrativa Teoria do risco administrativo Teoria do risco integral Teoria do risco social Responsabilidade decorrente de ação Ação de indenização e ação regressiva Denunciação à lide e litisconsórcio Responsabilidade decorrente de omissão Omissão genérica e omissão específica 696 XIX

14 Direito Administrativo Comentado 5 Diferenças entre as responsabilidades decorrentes de ação e omissão Responsabilidade das prestadoras de serviço público Responsabilidade dos notários (tabeliães e registradores) Responsabilidade decorrente de obras públicas Responsabilidade por atos legislativos e judiciais 705 Resumo do capítulo 709 Questões comentadas 714 Capítulo 12 Controle da Administração Pública Introdução Conceito Classificações do controle Quanto ao momento Controle prévio Controle concomitante Controle posterior Quanto à origem Controle interno Controle externo Controle popular Quanto ao aspecto Controle de legalidade Controle de mérito Quanto à amplitude Controle hierárquico Controle finalístico Controle administrativo Instrumentos que dão ensejo ao controle administrativo Reclamação Reconsideração Recurso hierárquico próprio e impróprio Controle legislativo Controle político Controle exercido pelo Congresso Nacional 760 Diogo Surdi XX

15 Sumário Controle exercido pela Câmara dos Deputados Controle exercido pelo Senado Federal Controle exercido pelas comissões Controle financeiro Competências atribuídas aos Tribunais de Contas Tomada de contas especial Impossibilidade da quebra do sigilo bancário Controle de constitucionalidade por parte dos Tribunais de Contas Contraditório e ampla defesa Controle judicial Ação popular Conceito e fundamento legal Legitimados Mandado de segurança Fundamento e previsão legal Legitimados e prazo para proposição Hipóteses de descabimento Ação civil pública Fundamento e previsão legal Legitimados Prazo para proposição Hipóteses de descabimento 788 Resumo do capítulo 790 Questões comentadas 793 Capítulo 13 Improbidade administrativa Conceito de improbidade e disposições constitucionais Sujeitos da ação de improbidade Sujeitos ativos Sujeitos passivos Atos de improbidade administrativa Atos que importam enriquecimento ilícito Atos que causam prejuízo ao erário 818 XXI

16 Direito Administrativo Comentado 3.3 Atos que atentam contra os princípios da Administração Pública Características dos atos de improbidade administrativa Indisponibilidade dos bens Penas aplicáveis Declaração de bens Procedimento administrativo e judicial Competência Prescrição 837 Resumo do capítulo 840 Questões comentadas 843 Capítulo 14 Processo administrativo federal Introdução Campo de abrangência da Lei Princípios e critérios orientadores Direitos e deveres dos administrados Fases do processo administrativo Instauração Instrução Suspeição e impedimento Relatório Julgamento Recurso e revisão do processo Prazos, forma, tempo e lugar dos atos processuais Competência Motivação Motivação aliunde Anulação, revogação e convalidação Prioridade de tramitação Prazos previstos na Lei Resumo do capítulo 893 Questões comentadas 897 Diogo Surdi XXII

17 Sumário Capítulo 15 Bens públicos Introdução Sentidos da expressão domínio público Bens públicos Divergência doutrinária Conceito legal Classificações dos bens públicos Quanto à titularidade Quanto à disponibilidade Quanto à destinação Regime jurídico (características) Inalienabilidade Impenhorabilidade Imprescritibilidade Não onerabilidade Afetação e desafetação Uso dos bens públicos Uso pelo povo Uso pela Administração Pública Uso pelos particulares Autorização Permissão Concessão Concessão de direito real de uso Cessão de uso Enfiteuse e direito de superfície Bens públicos em espécie Terras devolutas Terras ocupadas pelos índios Faixa de fronteira Cemitérios públicos Terrenos de marinha e seus acrescidos Terrenos reservados Diferenciação entre terrenos de marinha e terrenos reservados 944 XXIII

18 Direito Administrativo Comentado Resumo do capítulo 945 Questões comentadas 950 Capítulo 16 Intervenção do Estado na propriedade privada Fundamento da intervenção do Poder Público Competência para intervir Modalidades de intervenção Servidão administrativa Formas de instituição Indenização Extinção Características Limitações administrativas Área non aedificandi Diferenças entre a servidão e as limitações administrativas Ocupação temporária Características e possibilidade de indenização Instituição e extinção Requisição administrativa Hipóteses de requisição Instituição Tombamento Fundamento Bens objeto de tombamento Competência Espécies de tombamento Quanto à forma de constituição Quanto à eficácia Quanto aos destinatários Procedimento (instituição, indenização e extinção) Efeitos do tombamento Desapropriação Competência Hipóteses 995 Diogo Surdi XXIV

19 Sumário Desapropriação por interesse social, por necessidade pública e por utilidade pública Desapropriação para fins de reforma urbana Desapropriação para fins de reforma agrária Desapropriação com efeito de confisco Desapropriação indireta ou apossamento administrativo Desapropriação por zonas Bens desapropriáveis Direito de extensão Retrocessão Tredestinação 1009 Resumo do capítulo 1011 Questões comentadas 1015 Capítulo 17 Estatuto dos servidores públicos federais (Lei 8.112) Abrangência e linha do tempo Concurso público Provimento Posse Exercício Estágio probatório Estabilidade Vacância Remoção, redistribuição e substituição Remoção Redistribuição Substituição Direitos e vantagens Vencimento e remuneração Indenizações Ajuda de custo Diárias Transporte Auxílio-moradia 1070 XXV

20 Direito Administrativo Comentado 3.3 Gratificações e adicionais Retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento Gratificação natalina Adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas Adicional pela prestação de serviço extraordinário Adicional noturno Adicional de férias Gratificação por encargo de curso ou concurso Férias Licenças Licença por motivo de doença em pessoa da família Licença por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro Licença para o serviço militar Licença para atividade política Licença para capacitação Licença para tratar de interesses particulares Licença para desempenho de mandato classista Licença para tratamento de saúde Licença à gestante, à adotante e paternidade Licença por acidente em serviço Afastamentos Concessões Direito de petição Regime disciplinar Deveres do servidor Proibições Infrações puníveis com advertência Infrações puníveis com suspensão Infrações puníveis com demissão Acumulação de cargos Responsabilidades 1098 Diogo Surdi XXVI

21 Sumário 4.5 Penalidades Demissão ou destituição de cargo em comissão implicando indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário Demissão ou destituição de cargo em comissão implicando proibição de retornar ao serviço público federal pelo prazo de cinco anos Demissão ou destituição de cargo em comissão implicando impossibilidade de retornar ao serviço público federal indefinidamente Prescrição Autoridades competentes para aplicação das penalidades Processo administrativo disciplinar Sindicância Fases do procedimento administrativo disciplinar Revisão do processo administrativo disciplinar 1111 Resumo do capítulo 1113 Questões comentadas 1120 Referências bibliográficas 1143 XXVII

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23 Prefácio Muito embora seja vasta a literatura de Direito Administrativo, é raro encontrarmos uma obra com tamanha imersão no universo dos concursos públicos. Direito Administrativo Comentado é fruto de um trabalho de excelência do professor Diogo Surdi, que conseguiu, com maestria, reunir foco, objetividade e ciência jurídica em um material completo e indispensável para qualquer concurso público. Tal resultado é decorrência do perfil do autor, professor de extrema competência, dedicado aos alunos e experiente em concursos de alto nível, analisando detalhadamente o histórico de cada banca examinadora. Pode-se dizer que Diogo Surdi é um entusiasta dos concursos públicos, respira essa atmosfera e estuda minuciosamente cada certame e a evolução das bancas examinadoras. Direito Administrativo Comentado é reflexo de todo o conhecimento do autor deste universo tão peculiar, fundamentado à luz da melhor doutrina e antenado com as atualizações jurisprudenciais dos tribunais superiores. De leitura agradável, a obra conta com teoria intercalada com questões comentadas, centenas de esquemas, gráficos e tabelas que facilitam o entendimento do leitor, além de bateria de questões comentadas ao final de cada capítulo, permitindo uma visão completa após o leitor verificar como a matéria é exigida na prática. Além disso, os pontos que apresentam maior grau de dificuldade são facilmente elucidados pela didática impecável de Diogo, ao inaugurar os tópicos denominados Exemplificando, trazendo a matéria para o nosso cotidiano e expandindo os horizontes do leitor, a fim de não deixar qualquer dúvida. Por se tratar de um livro voltado para concursos, nos pontos mais controversos da matéria é apresentada a visão das bancas examinadoras, permitindo ao leitor a segurança necessária para realizar o certame de qualquer organizadora. Não obstante, dada a riqueza de conteúdo e a grande concentração de apontamentos tão precisos, o livro é recomendado também para quem deseja aprender Direito Administrativo dissociado das provas de concursos. XXIX

24 Direito Administrativo Comentado Por todo o detalhamento e clareza na exposição da matéria, Direito Administrativo Comentado tende a seguir o sucesso do seu autor, docente muito elogiado por concurseiros de todo o Brasil. Esta é uma obra que chega com grandes inovações e, por isso, vem para ser referência no estudo de Direito Administrativo para concursos públicos. George Firmino (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, pós-graduado em Direito Tributário, coordenador de curso preparatório, professor de Direito Tributário e Legislação Tributária e autor de livros voltados para concursos públicos.) Diogo Surdi XXX

25 Capítulo 1 Estado, Governo e Administração Pública 1 Estado Historicamente, o ser humano busca, como forma de alcançar os mais diversos objetivos, a associação com outras pessoas que tenham o mesmo propósito. Objetiva-se, com a reunião de vontades, o alcance de realizações que não seriam possíveis caso apenas uma pessoa estivesse envolvida. Logo, a possibilidade de organização e associação, como necessidade humana, deve pautar-se em regras estabelecidas pelo Direito, evitando-se assim que as relações jurídicas constituídas sejam prejudicadas ou que os danos decorrentes dessas atividades não encontrem uma previsão legal para a respectiva responsabilização. Desta forma, cabe ao Estado estabelecer, a um só termo, as diretrizes a serem observadas no âmbito das relações jurídicas, as pessoas que estão sujeitas às suas ações e os limites geográficos de atuação do Poder Público. Deste modo, trata-se o Estado de uma pessoa jurídica de Direito Público constituída por três elementos indissociáveis: povo, território e governo soberano. O povo é o elemento humano, ou seja, todas as pessoas que estão sujeitas ao dever de cumprir com as regras estatais. O território, que é o elemento geográfico, estabelece até onde as regras dispostas por um Estado não entram em conflito com as disposições de outro. O governo soberano, por sua vez, é o elemento condutor, estabelecendo que as decisões tomadas por um Estado atinjam apenas o povo de um determinado território, não devendo observância a nenhum outro governo ou país. 1

26 Direito Administrativo Comentado Os elementos formadores do Estado podem ser mais bem visualizados por meio do quadro a seguir: Povo: pessoas que estão sujeitas às diretrizes do Estado Território: limite até onde as decisões do Estado possuem alcance Governo soberano: as decisões de um Estado são soberanas, não estando sujeitas à interferência de outro governo ou país 1.1 Formas de Estado Quando estudamos as formas de Estado, a preocupação é saber quantos Poderes autônomos existem na organização do país. Assim, podemos ter o Estado Unitário (com a concentração do poder político em um único ente central) ou o Estado Federado (com a divisão das competências e do poder político em vários entes federativos). Em nosso ordenamento, conforme previsão constitucional, somos constituídos sob a forma federativa. Dessa forma, a organização político-administrativa do Brasil é composta por quatro entes federativos, sendo todos eles autônomos: União, estados, Distrito Federal e municípios. Como decorrência da autonomia, tais entes possuem a capacidade de auto- -organização, autolegislação, autogoverno e autoadministração. Por meio da auto-organização, cada um dos entes federativos pode elaborar suas próprias normas fundamentais, que devem ser observadas quando da edição dos demais diplomas legais. No âmbito da União, tal norma é a Constituição Federal. Nos estados, cabe tal função às constituições estaduais. Nos municípios e no Distrito Federal, a norma máxima será expressa por meio de uma lei orgânica. A autolegislação confere aos entes federativos a possibilidade de editarem suas próprias normas jurídicas, tal como as leis ordinárias, as leis complementares e as resoluções. Quando da sua edição, não devem tais entes sofrer influência das disposições emanadas pelas demais pessoas jurídicas. Devem, contudo, observar Diogo Surdi 2

27 Estado, Governo e Administração Pública as normas expressas pela Constituição Federal (que possui alcance nacional) e pela norma fundamental do respectivo ente federativo. Exemplificando Um estado da Federação, fazendo uso da prerrogativa de auto-organização, edita a respectiva Constituição Estadual. Tal norma deve ser observada por todos os administrados do respectivo ente federativo. Da mesma forma, quando o estado, fazendo uso da autolegislação, editar normas com a finalidade de regulamentar os mais diversos assuntos, deverá observar as regras emanadas pela Constituição Estadual. No entanto, todos os entes federativos, independente da obrigação de observar as regras previstas nas respectivas normas fundamentais, devem obediência às disposições da Constituição Federal, uma vez que esta possui abrangência nacional, alcançando todos os entes federados. A prerrogativa de autogoverno refere-se à possibilidade de cada um dos entes federativos escolher seus próprios representantes e organizar os membros que atuarão nos demais Poderes. No âmbito dos cargos eletivos, a escolha será feita de forma direta pela população, oportunidade em que os eleitores serão convocados a, por meio do voto direto, obrigatório e secreto, manifestar suas vontades em eleições realizadas periodicamente. No âmbito dos membros dos demais Poderes, a escolha se dará conforme a previsão expressa na norma fundamental de cada ente. A autoadministração, por fim, refere-se às competências administrativas próprias que são estabelecidas, pela Constituição Federal, a cada um dos entes federativos. Assim, ainda que cada um dos entes se organize internamente e possua a capacidade de criar normas destinadas ao correto funcionamento interno, certas competências são atribuídas diretamente pela Constituição Federal. Importante frisar que, ao passo que certas competências são atribuídas aos entes em caráter exclusivo (não podendo ser exercidas por outro ente que não o previsto na Constituição), inúmeras outras, ainda conforme as disposições da Constituição Federal, devem ser exercidas cumulativamente, ou seja, por todos os entes da Federação. 3 Capítulo 1

28 Direito Administrativo Comentado Auto-organização Autolegislação Autogoverno Autoadministração Os entes podem elaborar suas próprias Constituições (Federal ou Estadual) ou Leis Orgânicas Os entes podem elaborar suas próprias normas, devendo observar as regras da Constituição Federal e da respectiva norma fundamental de cada ente Os entes podem organizar seus próprios poderes. Nos cargos eletivos, a escolha será feita pela população. Nos demais Poderes, será feita conforme previsão de cada um dos entes Cada ente possui competências administrativas próprias, estabelecidas pela Constituição de forma exclusiva ou cumulativa 1.2 Tripartição dos Poderes O poder é um atributo inerente ao Estado, possuindo caráter instrumental e servindo como forma de alcançar o bem-estar de toda a coletividade. Fazendo uso dos diversos poderes a ele conferido, o Estado consegue executar todas as atividades necessárias ao atendimento do interesse público. Para que essas atividades sejam desempenhadas de uma melhor forma, o poder atribuído ao Estado, que é uno, divide-se de acordo com as atividades desempenhadas, dando ensejo ao surgimento dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Neste mesmo sentido, é o teor do artigo 2º da Constituição Federal, que estabelece, a um só tempo, quais são os Poderes existentes em nosso ordenamento e as características basilares de cada um deles: independência e harmonia. São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Do mencionado artigo, consegue-se extrair que, ainda que cada um dos Poderes seja independente no desempenho de suas atribuições, deve ser observada, quando da sua utilização, a harmonia com os demais Poderes. Com isso, evita-se o abuso de exercício no desempenho de uma atividade ligada a um determinado Poder, criando um sistema de controle, por parte dos demais Poderes, sobre a atividade que está sendo desempenhada. Diogo Surdi 4