Linguagens, códigos e suas tecnologias

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Linguagens, códigos e suas tecnologias"

Transcrição

1 Linguagens, códigos e suas tecnologias Literatura Pré-modernismo Data: Introdução O que se convencionou chamar de Pré-Modernismo no Brasil não se constitui uma escola literária. Não houve manifesto em jornais nem grupo de autores em torno de uma proposta uma ou de um ideário. Pré-Modernismo é, na verdade, um termo genérico que designa toda uma vasta produção literária, que caracteriza os primeiros O violeiro, de Almeida Jr. Os pré-modernistas voltaram-se para a realidade brasileira a fim de denunciar as desigualdades. vinte anos do século 20. Nele é que se encontram as mais variadas tendências e estilos literários desde os poetas parnasianos e simbolistas, que continuavam a produzir, até os escritores que começavam a desenvolver um novo regionalismo, alguns preocupados com uma literatura política, e outros com propostas realmente inovadoras. O Pré-Modernismo iniciou-se em 1902 com a publicação de Os Sertões, de Euclides da Cunha, e Canaã, de Graça Aranha. Terminou em 1922 com a Semana de Arte Moderna. Menos do que uma nova estética literária, ele representou o momento de transição e de preparação para a fase de emancipação da literatura brasileira, o Modernismo. O Pré- Modernismo, que conviveu com o Simbolismo e o Parnasianismo, denunciou os problemas de nossa realidade social e cultural. Creio que se pode chamar Pré-Modernismo (no sentido forte de premonição dos temas vivos em 22) tudo o que, nas primeiras décadas do século, problematiza a nossa realidade social e cultural. (Alfredo Bosi) É importante ressaltar que as primeiras décadas do século 20 foram marcadas por um notável desenvolvimento técnico e científico. As inúmeras invenções e descobertas realizadas de 1900 a 1920 alteraram profundamente a face do mundo, criando novas maneiras de pensar e um novo ritmo de vida para a humanidade. Os novos tempos, guiados pela ciência, entravam definitivamente na vida quotidiana do homem. Nas primeiras décadas do século 20, surgiram no Brasil alguns escritores que, diferentemente da grande maioria, tiveram uma outra atitude perante a nossa realidade sociocultural. Expressando uma visão mais crítica e penetrante dos problemas brasileiros, autores como Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Graça Aranha e Lima Barreto, em maior ou menor grau, acabaram por antecipar uma das tendências que marcaram decisivamente o Modernismo, que é justamente a criação de uma literatura que investigasse e questionasse mais profundamente o Brasil. Por essa característica, portanto, esses autores podem ser considerados pré-modernos. Como já vimos durante a época do Romantismo, o desenvolvimento do regionalismo contribuiu para que aumentasse o interesse pela descrição da "realidade" brasileira. No entanto, ainda não existia um agudo senso crítico, pois os escritores regionalistas, de modo geral, preocuparam-se apenas em "retratar" o interior do Brasil no que ele apresentava de pitoresco e curioso, sem intenções de analisá-lo profundamente. Portanto, podemos dizer que a diferença principal entre esses autores e os considerados pré-modernos está em que estes últimos expressaram em suas obras a consciência de alguns dos problemas que afetavam a realidade nacional, fazendo a denúncia de certos desequilíbrios socioculturais importantes, tais como: a dramática situação do sertanejo nordestino; o contrastante nível de vida das diversas camadas da população brasileira; a decadência e pobreza de muitas regiões isoladas do interior etc. É necessário perceber que o Pré-Modernismo trabalha predominantemente com a tensão entre polos opostos: o Brasil, com suas tensões sociais entre ricos e pobres, brasileiros e estrangeiros, campo e cidade, civilização e barbárie. Os grupos sociais que se destacam no período, em meio a todas essas tensões, fazem com que novos personagens apareçam nos textos literários. Assim, o homem da periferia, o caipira interiorano, o imigrante, o sertanejo, surgem nas obras dessa época, formando um quadro inédito para os leitores. Contexto histórico O início do século XX foi marcado pelo acirramento das rivalidades internacionais, que resultou na Primeira Guerra Mundial ( ) e no surgimento de uma nova potência: os Estados Unidos da América. Em 1917, com a Revolução Russa, o proletariado toma o poder. Começaram, então, a delinear-se dois regimes antagônicos: o comunismo e o capitalismo. No Brasil, o Pré- Modernismo desenvolveu-se na época de transição da República da Espada (marcada pela presença de militares no poder), para a República das Mulheres e crianças prisioneiros na Guerra de Canudos. Foto histórica de 1897, de Flávio Barros. Oligarquias ou República do cafécom-leite, em que o Página 1

2 Brasil foi governado ora por donos de fazenda de café de São Paulo, ora por fazendeiros de Minas, os dois estados mais ricos do país. Marcaram esse período: 1) época áurea da economia cafeeira, quando oligarquias rurais detêm o poder; 2) imigrações, sobretudo da Itália; 3) esplendor da Amazônia com o ciclo da borracha; 4) surto de urbanização de São Paulo; 5) surgimento da burguesia industrial em São Paulo e Rio de Janeiro; 6) inchaço das classes média e operária e do subproletariado: novos estratos socioeconômicos não representados pelo poder oficial; 7) agitações sociais: Nordeste refletiram a situação crítica dessa região marginalizada Bahia: Canudos (1897) Ceará: Padre Cícero (1911) Sertão do Nordeste: cangaço e Lampião (1916) Rio de Janeiro Revolta popular contra a vacinação obrigatória (1904) Revolta da Chibata (1910) Santa Catarina e Paraná Guerra do Contestado (1912) São Paulo greve geral (1917) atividade de grupos anarco-sindicalistas tendências socialistas. Características Ruptura com o passado: os autores adotaram inovações que feriram o academicismo. Regionalismo: a realidade rural brasileira é exposta sem traços idealizadores. Literatura-denúncia: os livros são escritos em tom de denúncia da realidade brasileira. O Brasil oficial (cidades da região Sudeste, belezas do litoral, aspectos positivos da civilização urbana) é substituído por um Brasil não oficial (sertão nordestino, caboclos interioranos, realidade dos subúrbios). Contemporaneidade: a literatura retrata fatos políticos, situação econômica e social contemporâneas, diminuindo a distância entre realidade e ficção. Vejamos autores que exemplificam isso: - Triste fim de Policarpo Quaresma: retrata o governo de Floriano Peixoto e a Revolta da Armada. - Os sertões: um relato da Guerra de Canudos, mostrando o fanatismo e o atraso dos sertanejos baianos. - Cidades Mortas: mostra a passagem do café pelo Vale do Paraíba paulista. - Canaã: um documento sobre a imigração alemã no Espírito Santo. Os pré-modernistas Poesia: Augusto dos Anjos. Prosa: Graça Aranha, Euclides da Cunha, Monteiro Lobato e Lima Barreto. Euclides da Cunha Euclides da Cunha Nasceu no Rio de Janeiro em 1866 e aí morreu em Cursou a Escola Militar e a Politécnica, formando-se em Engenharia. Mais tarde, desligado do Exército, foi colaborador do jornal O Estado de S. Paulo que, em 1897, o enviou a Canudos, interior da Bahia, para informar sobre as operações que o Exército estava realizando para sufocar a rebelião liderada por Antônio Maciel, o Conselheiro. Em 1902, publica Os Sertões, baseado nas pesquisas e reportagens feitas para o jornal paulista, causando um grande impacto não só pela originalidade e exuberância de seu estilo como também pela corajosa crítica às ações do Exército que, em 1889, assumira o governo e proclamara a República. Escreveu ainda Contrastes e confrontos (1907) e À margem da história (1909). Os Sertões Embora não seja ficção, este livro de Euclides da Cunha pode ser considerado uma obra literária em virtude do tratamento artístico a que o autor submeteu o assunto e a linguagem. E pode ser considerado prémoderno pela crítica que o autor se dispôs a fazer sobre a verdade dos fatos que presenciou na região de Canudos. Segundo o autor, os revoltosos de Canudos não poderiam ser considerados culpados, mas vítimas de uma situação social, econômica, geográfica e histórica. Abandonados pela "civilização do litoral", eles acabaram por criar um estilo de vida próprio, que os tornou diferentes: "Os novos expedicionários ao atingirem-no [o sertão] perceberam esta transformação violenta. Discordância absoluta e radical entre as cidades da costa e as malocas de telha do interior, que desequilibra tanto o ritmo de nosso desenvolvimento evolutivo e perturba deploravelmente a unidade nacional. Viam-se em terra estranha... Invadia-os o sentimento exato de seguirem para uma guerra externa. Sentiam-se fora do Brasil. A separação social completa dilatava a distância geográfica: criava a sensação nostálgica de longo afastamento da pátria." Argumentando que caberia à "civilização do litoral" compreender o problema e não simplesmente exterminar os rebeldes pelo massacre, o autor fez uma severa crítica às ações do Exército, culpando-o pelo que chamou "crime de Canudos": "Aquela campanha lembra um refluxo para o passado. E foi, na significação integral da palavra, um crime. Denunciemo-lo." O livro divide-se em três partes: "A terra" em que o autor estuda cientificamente a região; "O homem" Página 2

3 em que procura mostrar as características peculiares do sertanejo; "A luta" em que narra os combates ocorridos entre as tropas do governo e os sertanejos. [Canudos não se rendeu] Fechemos este livro. Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até ao esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados. Forremo-nos à tarefa de descrever os seus últimos momentos. Nem poderíamos fazê-lo. Esta página, imaginamo-la sempre profundamente emocionante e trágica; mas cerramo-la vacilante e sem brilhos. Vimos como quem vinga uma montanha altíssima. No alto, a par de uma perspectiva maior, a vertigem... Ademais, não desafiaria a incredulidade do futuro a narrativa de pormenores em que se amostrassem mulheres precipitando-se nas fogueiras dos próprios lares, abraçadas aos filhos pequeninos?... E de que modo comentaríamos, com a só fragilidade da palavra humana, o fato singular de não aparecerem mais, desde a manhã de 3, os prisioneiros válidos colhidos na véspera, e entre eles aquele Antônio Beatinho, que se nos entregara, confiante e a quem devemos preciosos esclarecimentos sobre esta fase obscura da nossa história? Caiu o arraial a 5. No dia 6 acabaram de o destruir desmanchando-lhe as casas, 5.200, cuidadosamente contadas. Lima Barreto Afonso Henriques de Lima Barreto nasceu no Rio de Janeiro em 1881 e aí faleceu em Foi jornalista, escreveu crônicas, contos e romances. O lugar de destaque que ocupa em nossa literatura se deve ao realismo com que representou a sociedade carioca do começo do século, sobretudo o povo sofrido dos subúrbios. Marginalizado, afastado das "elites" literárias, Lima Barreto expressou em sua própria linguagem essa marginalidade: em vez do excessivo rebuscamento e do cuidado gramatical que dominavam a literatura da época, seu estilo é simples e comunicativo, tendo sido considerado, por seus contemporâneos, um escritor desleixado. No entanto, foi valorizado pelos modernistas e hoje é visto como um dos importantes autores de nossa literatura. De sua obra, merecem destaque os romances Triste fim de Policarpo Quaresma (1915); Recordações do escrivão Isaias Caminha (1909); Numa e a Ninfa (1915); Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá (1919) e os contos que, reunidos, formaram o volume Histórias e sonhos, publicados em Sua maior contribuição para a literatura foi o abandono do modo erudito e artificial de escrever em favor de um estilo mais simples e despojado. Seus romances são fortemente influenciados pelo estilo jornalístico, pela linguagem informal e própria da fala cotidiana. Triste fim de Policarpo Quaresma Este romance é a grande contribuição de Lima Barreto para a literatura brasileira. Nele, o autor representa os anos conturbados da Primeira República, com movimentos militares, revoltas e perseguições. A figura central da obra é o major reformado Policarpo Quaresma, um nacionalista fanático que, vivendo fechado em seu gabinete, cercado de muitos livros, acaba fazendo do Brasil uma imagem totalmente equivocada. Grande parte da narrativa pode ser sintetizada como o elenco das desilusões do protagonista com o seu país. Policarpo Quaresma é um personagem de má sina, como seu nome indica poli, muito, e carpo, choro, sofrimento, e também o sobrenome Quaresma, período de penitências e resguardo que começa no fim do Carnaval e se estende por 40 dias. Patriota extremado, sonha poder resolver os problemas do país por meio da agricultura, mas ao trabalhar no campo acaba entendendo que as terras não são tão férteis como diziam os livros, e as saúvas, mais destruidoras do que imaginara; propõe a revalorização de nossos costumes, censurando a imitação das modas estrangeiras, mas não encontra receptividade da parte de ninguém. Esse nacionalismo o embriaga tanto que, certa vez, pensa na oficialização do tupi como língua brasileira... Por último, seu patriotismo leva-o ao campo militar, incorporando-se voluntariamente às tropas do marechal Floriano Peixoto por ocasião da Revolta da Armada. Mas tem nova desilusão: o marechal não é o chefe que idealizara e, ao denunciar a crueldade da repressão aos adversários, é detido e jogado numa prisão. Assim, no final, o major Quaresma deixa de ser uma espécie de Dom Quixote, sempre a se bater por objetivos inatingíveis, e adquire dimensões de herói trágico que, à custa da própria vida, toma consciência da realidade degradada em que vive. Além da visão crítica, destaca-se em Lima Barreto a simplicidade de sua linguagem, bem diferente do estilo ornamentado que predominava na época. Policarpo Quaresma, cidadão brasileiro, funcionário público, certo de que a língua portuguesa é emprestada ao Brasil; certo também de que, por esse fato, o falar e o escrever em geral, sobretudo no campo das letras, se veem na humilhante contingência do sofrer continuamente censuras ásperas dos proprietários da língua (...) usando do direito que lhe confere a Constituição, vem pedir que o Congresso Nacional decrete o tupi-guarani como língua oficial e nacional do povo brasileiro. Página 3

4 Dom Quixote de la Mancha foi um romance escrito pelo espanhol Miguel de Cervantes. Dom Quixote é considerado um louco por todos, sendo seguido somente pelo seu fiel companheiro Sancho. Essa figura influenciou Lima Barreto na caracterização de Policarpo Quaresma. Ambos acreditavam que podiam mudar o mundo, eram considerados desajustados pela sociedade e, inclusive, dividiam certa semelhança física. Como em todas as obras de Lima Barreto, há uma crítica à sociedade da época, em especial, ao racismo e às atitudes políticas irregulares. Se os romances de Lima Barreto forem analisados detidamente, é possível verificar que muitos dos problemas sociais que até hoje assolam o país já aparecem ali, como pequenas chagas, comportamentos daninhos que perseguem o Brasil ao longo dos anos. Monteiro Lobato José Bento Monteiro Lobato nasceu em Taubaté em 1882 e faleceu em Participou ativamente da vida cultural brasileira, e, ao morrer, deixou uma extensa obra, composta de contos, ensaios, romances e uma série de livros infantis que o tornaram muito popular. A visão crítica da realidade social brasileira revela a face moderna de Lobato; seus princípios estéticos, porém, enraizados em autores "clássicos" da língua portuguesa, impediram-no de assumir compromisso efetivo com as ideias renovadoras que começaram a circular na década de 20. De sua obra de ficção para adultos, destacam-se os contos de Urupês (1918); Cidades mortas (1919); Negrinha (1920). O estilo das obras de Monteiro Lobato é claro, direto, de sabor popular e colorido regional. Em sua literatura infantil, sempre bem-humorado, ele soube contar e ensinar de maneira divertida. Foi um excelente criador de personagens. Suas grandes criações são os habitantes do Sítio do Picapau Amarelo, onde se passam suas histórias infantis. Emília, Pedrinho, Narizinho, Dona Benta, Tia Nastácia, Visconde de Sabugosa e Marquês de Rabicó são personagens que tornaram Monteiro Lobato um dos escritores brasileiros mais conhecidos no exterior. Sua obra de literatura infantil está reunida em 17 volumes. Todos apresentam um aspecto instrutivo de alto valor. Por exemplo, Geografia de Dona Benta apresenta informações sobre geografia; Histórias de Tia Nastácia agrupa várias histórias do folclore brasileiro, e O Poço do Visconde explica para as crianças o problema do petróleo no Brasil. Monteiro Lobato também fez um importante trabalho de tradução e adaptação, para crianças, de grandes obras da literatura universal, como Dom Quixote, Gulliver e Robinson Crusoé. As obras destinadas a adultos estão reunidas em 18 volumes. Mostram Monteiro Lobato como um dos melhores exemplos de escritor voltado para a dignidade da pessoa humana e o progresso social. Entre essas obras, incluem-se tanto livros de ficção como livros que tratam de questões sociais, políticas e econômicas. Todas apresentam caráter nacionalista e se voltam para os problemas do país e para a construção do seu futuro. Jeca Tatu é um piraquára do Paraíba, maravilhoso epitome de carne onde se resumem todas as características da espécie. Ei-lo que vem falar ao patrão. Entrou, saudou. Seu primeiro movimento após prender entre os lábios a palha de milho, sacar o rolete de fumo e disparar a cusparada d esguicho, é sentar-se jeitosamente sobre os calcanhares. Só então destrava a língua e a inteligência. Não vê que... De pé ou sentado as ideias se lhe entramam, a língua emperra e não há de dizer coisa com coisa. De noite, na choça de palha, acocora-se em frente ao fogo para aquentá-lo, imitado da mulher e da prole. Para comer, negociar uma barganha, ingerir um café, tostar um cabo de foice, fazê-lo noutra posição será desastre infalível. Há de ser de cócoras. Nos mercados, para onde leva a quitanda domingueira, é de cócoras, como um faquir do Bramaputra, que vigia os cachimbos de brejaúva ou o feixe de três palmitos. Pobre Jeca Tatu! Como és bonito no romance e feio na realidade! Jeca mercador, Jeca lavrador, Jeca filósofo... * Mais tarde, em um artigo, Monteiro Lobato pede desculpas ao Jeca Tatupor não tê-lo compreendido, por não ter percebido que ele era produto deum meio político-econômicosocial adverso. Considerado pré-modernista pelo regionalismo e pela denúncia social de suas obras, Lobato, no entanto, atacou em um artigo no jornal O Estado de São Paulo a exposição de quadros expressionistas de Anita Malfatti. O artigo Paranoia ou mistificação? foi um dos fatores responsáveis pela Semana de Arte Moderna. Inúmeros artistas saíram na defesa de Anita e começaram a pensar numa exposição de arte coletiva para mostrar o que era o Modernismo. Página 4

5 Monteiro Lobato teve grande influência e foi muito ativo na luta a favor das questões nacionais. Por sua oposição ao governo de Getúlio Vargas, foi detido por seis meses. Graça Aranha José Pereira da Graça Aranha nasceu no Maranhão em 1868 e morreu no Rio de Janeiro em Estudou em Recife, onde conviveu com Tobias Barreto, que exerceu sobre ele grande influência. Embora fosse membro da Academia Brasileira de Letras, criticou seu conservadorismo, ficando ao lado da nova geração de artistas por ocasião da Semana de Arte Moderna de Suas obras principais são: Canaã (1902 romance); Malazarte (1911 drama); A estética da vida (1920 filosofia e crítica); O espírito moderno (1925 ensaios e conferências); A viagem maravilhosa (1929 romance) Canaã A experiência de alguns anos vividos no Espírito Santo deu a Graça Aranha a oportunidade de verificar os contrastes entre o estilo de vida dos colonos alemães e os sertanejos brasileiros. Colocava-se claramente a oposição entre um modo de viver rústico, tropical, e outro mais adiantado, europeu. Apesar de basear sua obra nessas regiões, Graça Aranha não se prendeu aos elementos especificamente regionais, procurando fazer das personagens exemplos de suas ideias a respeito do sentido da vida e da luta do homem na construção de seu destino. É nesse sentido que se devem compreender as ações das duas personagens: Milkau e Lentz, imigrantes alemães. Milkau representa o desejo de integração de todos os povos na natureza, espera o fim das diferenças e a harmonia final: "Aproximemo-nos uns dos outros, suavemente. Todo o mal está na força, e só o amor pode conduzir os homens..." Lentz, por outro lado, sustenta que a integração é impossível, e que as raças mais fortes dominarão inevitavelmente os mestiços: "O processo é o mesmo por toda a parte; e o caminho da civilização é também pelo sangue e pelo crime. Para viver a vida é preciso ir até ao último grau de energia, é preciso não a contrariar. Aqueles que cruzam as armas são os mortos. Os grandes seres absorvem os pequenos." Destaca-se, no desenvolvimento do enredo, o comportamento desinteressado de Milkau em ajudar uma jovem colona, Maria, exemplificando assim suas ideias de fraternidade e esperança. Construído, pois, em função dessa oposição entre a vida pelo amor e a vida pela luta, Canaã é muito menos um romance regionalista do que um romance de ideias. Lentz (olhando a floresta) Vê como tudo te desmente...esta mata que atravessamos é o fruto da luta, a vitória do forte. Combates travou cada árvore destas para chegar à sua esplêndida florescência; a sua história é a derrota de muitas espécies, a beleza de cada uma é o preço da morte de muitas coisas que desde o primeiro contato da semente poderosa foram destruídas... Como é magnífica aquela árvore amarela! Milkau: O ipê, o pau-d arco dos gentios desta terra... Lentz: O ipê é uma glória de luz; é como uma umbela dourada no meio da nave da verde floresta; o sol queima-lhe as folhas e ele é o espelho do sol. Para chegar àquele esplendor de cor, de luz, de expansão carnal, quanto não matou o belo ipê... A beleza é assassina e por isso os homens a adoram mais... O processo é o mesmo por toda a parte; e o caminho da civilização é também pelo sangue e pelo crime. Para viver a vida é preciso ir até o último grau de energia, é preciso não a contrariar. Aqueles que cruzam as armas são os mortos, os grandes seres absorvem os pequenos. É a lei do mundo, a lei monárquica, o mais forte atrai o mais fraco; o senhor arrasta o escravo; o homem, a mulher. Tudo é subordinação e governo. Graça Aranha foi o único dos pré-modernistas que participou ativamenteda Semana de Arte Moderna. Ele proferiu o discurso inaugural no dia 13 defevereiro de Canaã pode ser considerado o primeiro romance ideológico do Brasil, em que se discute o futuro do país e sua formação. Augusto dos Anjos Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos nasceu em 1884, na Paraíba, e faleceu em 1914, em Minas Gerais. Sem ser moderno, mas também sem ter características simplesmente parnasianas ou simbolistas, Augusto dos Anjos é tipicamente um poeta de transição. Ele utilizou, em sua poesia, o vocabulário das ciências biológicas para falar da morte, da decomposição da matéria, dos vermes, expressando uma visão trágica da existência. Jogando admiravelmente com palavras estranhas e inusitadas em poesia, o que à primeira vista choca o leitor, Augusto dos Anjos conseguiu criar grandes efeitos rítmicos e sonoros, uma das causas da atração que sua obra exerce sobre nossa sensibilidade. Em seus versos escabrosos, macabros, desesperançados, o que surpreende é o vocabulário, cheio de termos científicos e antipoéticos como escarro, vômito, vermes, podridão. Sua obra poética está reunida no livro Eu (1912). Psicologia de um vencido Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro de escuridão e rutilância, Sofro, desde a epigênesis da infância, A influência má dos signos do zodíaco. Profundissimamente hipocondríaco, Este ambiente me causa repugnância... Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia Que se escapa da boca de um cardíaco. Página 5

6 Já o verme este operário das ruínas Que o sangue podre das carnificinas Come, e à vida em geral declara guerra, Anda a espreitar meus olhos para roê-los, E há-de deixar-me apenas os cabelos, Na frialdade inorgânica da terra! Página 6

LITERATURA PRÉ-MODERNISMO. Profa. Waleska Gomide Panosso

LITERATURA PRÉ-MODERNISMO. Profa. Waleska Gomide Panosso LITERATURA PRÉ-MODERNISMO Profa. Waleska Gomide Panosso MONTEIRO LOBATO AUGUSTO DOS ANJOS EUCLIDES DA CUNHA LIMA BARRETO GRAÇA ARANHA PRÉ-MODERNISMO O Pré Modernismo no Brasil não se constituiu uma escola

Leia mais

Bárbara da Silva. Literatura. Pré-modernismo

Bárbara da Silva. Literatura. Pré-modernismo Bárbara da Silva Literatura Pré-modernismo O pré-modernismo não é propriamente uma escola literária, mas um período em que alguns autores decidiram produzir uma literatura que refletia as questões políticas

Leia mais

Profª Me. Jaqueline Alice Cappellari

Profª Me. Jaqueline Alice Cappellari Profª Me. Jaqueline Alice Cappellari *Não foi propriamente um movimento ou escola literária; * Trata-se de uma fase de transição para o Modernismo, nas duas primeiras décadas do século XX; * É quando surge

Leia mais

PRÉ-MODERNISMO. Professora: Daiane Carneiro

PRÉ-MODERNISMO. Professora: Daiane Carneiro PRÉ-MODERNISMO Professora: Daiane Carneiro Pré-modernismo Primeiros anos do século XX. 1902: publicação de Canaã, de Graça Aranha, e de Os sertões, de Euclides da Cunha. 1922: Semana de Arte Moderna (início

Leia mais

AULA 19 LITERATURA PRÉ-MODERNISMO

AULA 19 LITERATURA PRÉ-MODERNISMO AULA 19 LITERATURA PROFª Edna Prado PRÉ-MODERNISMO I CARACTERÍSTICAS O Pré-Modernismo é um movimento literário tipicamente brasileiro. Convencionou-se chamar de Pré-Modernismo o período anterior à Semana

Leia mais

Revisando o Pré-Modernismo ( )

Revisando o Pré-Modernismo ( ) Revisando o Pré-Modernismo (1902-1922) Não é escola literária. Conjunto de tendências individuais. É um momento literário de transição. A semelhança é que todos os autores são diferentes. Romantismo Realismo

Leia mais

PRÉ-MODERNISMO. Ceará - milagres de Padre Cícero gerando clima de histeria fanático-religiosa

PRÉ-MODERNISMO. Ceará - milagres de Padre Cícero gerando clima de histeria fanático-religiosa PRÉ-MODERNISMO 1 Introdução 1 Não constitui uma "escola literária", ou seja, não temos um grupo de autores afinados em torno de um mesmo ideário, seguindo determinadas características. Na realidade, Pré-Modernismo

Leia mais

O PRÉ-MODERNISMO. Euclides da Cunha Monteiro Lobato Lima Barreto

O PRÉ-MODERNISMO. Euclides da Cunha Monteiro Lobato Lima Barreto O PRÉ-MODERNISMO O PRÉ-MODERNISMO Euclides da Cunha Monteiro Lobato Lima Barreto Graça Aranha Augusto dos Anjos Pré-Modernismo Localização: Não constitui uma escola literária, mas um período de transição

Leia mais

O Pré-Modernismo. Prof. Fernando Pucharelli

O Pré-Modernismo. Prof. Fernando Pucharelli O Pré-Modernismo Prof. Fernando Pucharelli 1900-1922 Contexto histórico Revolução de Canudos O ciclo do cangaço O Misticismo de padre Cícero Revolução do Contestado O ciclo da Borracha A revolta da Vacina

Leia mais

Guerra de Canudos foi uma revolta social ocorrida durante o governo de Prudente de Morais entre

Guerra de Canudos foi uma revolta social ocorrida durante o governo de Prudente de Morais entre Guerra de Canudos foi uma revolta social ocorrida durante o governo de Prudente de Morais entre 1893-1897 Onde aconteceu? Canudos um povoado no sertão da Bahia Arraial de Canudos Se a situação do Nordeste

Leia mais

Augusto dos Anjos ( )

Augusto dos Anjos ( ) Augusto dos Anjos (1884 1914) Augusto dos Anjos Única obra: Eu (1912) Augusto dos Anjos Trata-se de um caso à parte da poesia brasileira. Autor de grande sucesso popular, foi ignorado por certa parcela

Leia mais

Plantando dá. comentado sobre a Associação de Microprodutores Rurais da qual fazem parte. Eles agora estão iniciando mais um bate-papo. Acompanhe.

Plantando dá. comentado sobre a Associação de Microprodutores Rurais da qual fazem parte. Eles agora estão iniciando mais um bate-papo. Acompanhe. Plantando dá A UU L AL A MÓDULO 21 Você viu, na aula passada, Noca e Euclides comentado sobre a Associação de Microprodutores Rurais da qual fazem parte. Eles agora estão iniciando mais um bate-papo. Acompanhe.

Leia mais

A República do Café - I. Prof. Thiago História C Aula 09

A República do Café - I. Prof. Thiago História C Aula 09 A República do Café - I Prof. Thiago História C Aula 09 Prudente de Morais Primeiro presidente Civil; Pacificação da Revolução Federalista Resolveu a questão de limites com a Argentina Messianismo no Brasil

Leia mais

*Não foi propriamente um movimento ou escola literária; * Trata-se de uma fase de transição para o Modernismo, nas duas primeiras décadas do século

*Não foi propriamente um movimento ou escola literária; * Trata-se de uma fase de transição para o Modernismo, nas duas primeiras décadas do século *Não foi propriamente um movimento ou escola literária; * Trata-se de uma fase de transição para o Modernismo, nas duas primeiras décadas do século XX; * É quando surge uma literatura social, através de

Leia mais

Bárbara da Silva. Literatura. Modernismo II

Bárbara da Silva. Literatura. Modernismo II Bárbara da Silva Literatura Modernismo II Em 1930 tiveram início os 15 anos de ditadura da ditadura de Getúlio Vargas. Com o intuito de obter o apoio das massas, Vargas adota uma série de medidas populistas,

Leia mais

BRASIL NA PRIMEIRA REPÚBLICA

BRASIL NA PRIMEIRA REPÚBLICA CAPÍTULO 26 BRASIL NA PRIMEIRA REPÚBLICA Primeiros tempos da república n 15 de novembro de 1889: a república foi proclamada no Brasil por meio de um golpe liderado por militares. O marechal Deodoro da

Leia mais

A cor do subúrbio em Clara dos Anjos: uma leitura da obra de Lima Barreto

A cor do subúrbio em Clara dos Anjos: uma leitura da obra de Lima Barreto A cor do subúrbio em Clara dos Anjos: uma leitura da obra de Lima Barreto Márcio Moraes A cor do subúrbio em Clara dos Anjos: uma leitura da obra de Lima Barreto 1.ª Edição Montes Claros Márcio Adriano

Leia mais

3 o ano Ensino Fundamental Data: / / Revisão de Língua Portuguesa Nome:

3 o ano Ensino Fundamental Data: / / Revisão de Língua Portuguesa Nome: 3 o ano Ensino Fundamental Data: / / Revisão de Língua Portuguesa Nome: Dia 18 de abril é lembrado como o Dia Nacional do Livro Infantil. A data foi criada em 2002 em homenagem a Monteiro Lobato, que foi

Leia mais

O Brasil é regionalizado em cinco regiões. Quem realizou essa divisão foi o IBGE. Essa divisão é baseada nas características culturais, políticas,

O Brasil é regionalizado em cinco regiões. Quem realizou essa divisão foi o IBGE. Essa divisão é baseada nas características culturais, políticas, Cap. 2 O Brasil é regionalizado em cinco regiões. Quem realizou essa divisão foi o IBGE. Essa divisão é baseada nas características culturais, políticas, econômicas e físicas. Foi a Primeira região a

Leia mais

A República Oligárquica. Prof. Thiago

A República Oligárquica. Prof. Thiago A República Oligárquica Prof. Thiago Prudente de Morais Primeiro presidente Civil; Pacificação da Revolução Federalista Resolveu a questão de limites com a Argentina Messianismo no Brasil Tidos como ameaça

Leia mais

A República das Oligarquias

A República das Oligarquias A República das Oligarquias MÓDULO 08 - BRASIL Prof. Alan Carlos Ghedini www.inventandohistoria.com O que foi? Primeira fase civil da República, foi marcada por um domínio hegemônico do Partido Republicano

Leia mais

OS MOVIMENTOS SOCIAIS NA REPÚBLICA VELHA. Prof. Marcos Roberto

OS MOVIMENTOS SOCIAIS NA REPÚBLICA VELHA. Prof. Marcos Roberto OS MOVIMENTOS SOCIAIS NA REPÚBLICA VELHA Prof. Marcos Roberto RURAIS Messiânicos Revolta de Canudos Revolta do Contestado URBANOS Revolta da Vacina Revolta da Chibata O anarcossindicalismo - Cangaço Conflitos

Leia mais

Alunos: Francini Medeiros, Giseli Duarte, Hadassa Marques, Jéssica Santos, Luana Beatriz e Sérgio Araújo. Turma: 9020511.

Alunos: Francini Medeiros, Giseli Duarte, Hadassa Marques, Jéssica Santos, Luana Beatriz e Sérgio Araújo. Turma: 9020511. Alunos: Francini Medeiros, Giseli Duarte, Hadassa Marques, Jéssica Santos, Luana Beatriz e Sérgio Araújo. Turma: 9020511. "Todo momento pré é de prenúncios, de pressupostos. Todo momento pré transita

Leia mais

MOVIMENTOS SOCIAIS DA PRIMEIRA REPÚBLICA ( )

MOVIMENTOS SOCIAIS DA PRIMEIRA REPÚBLICA ( ) VÍDEOAULAS MOVIMENTOS SOCIAIS DA PRIMEIRA REPÚBLICA (1889 1930) - PROF. JOÃO GABRIEL DA FONSECA joaogabriel_fonseca@hotmail.com Conflitos sociais: Movimentos Messiânicos: Líderes religiosos. Guerra de

Leia mais

Jimboê. História. Avaliação. Projeto. 5 o ano. 2 o bimestre

Jimboê. História. Avaliação. Projeto. 5 o ano. 2 o bimestre Professor, esta sugestão de avaliação corresponde ao segundo bimestre escolar ou à Unidade 2 do Livro do Aluno. Projeto Jimboê História 5 o ano Avaliação 2 o bimestre 1 Avaliação História NOME: ESCOLA:

Leia mais

O PRÉ-MODERNISMO. O Pré-Modernismo não pode ser considerado uma escola literária, mas sim um período literário de transição para o Modernismo.

O PRÉ-MODERNISMO. O Pré-Modernismo não pode ser considerado uma escola literária, mas sim um período literário de transição para o Modernismo. PRÉ-MODERNISMO O PRÉ-MODERNISMO O Pré-Modernismo não pode ser considerado uma escola literária, mas sim um período literário de transição para o Modernismo. Principais Objetivos: - Necessidade de transformação

Leia mais

A Semana de Arte Moderna, também conhecida como Semana de 1922, aconteceu no Teatro Municipal de São Paulo, de 11 a 18 de fevereiro de 1922.

A Semana de Arte Moderna, também conhecida como Semana de 1922, aconteceu no Teatro Municipal de São Paulo, de 11 a 18 de fevereiro de 1922. A Semana de Arte Moderna, também conhecida como Semana de 1922, aconteceu no Teatro Municipal de São Paulo, de 11 a 18 de fevereiro de 1922. Foi um encontro de novas ideias estéticas, que mudaram a arte

Leia mais

Não se pode dizer que o Pré-modernismo constitui-se em uma escola literária em si.

Não se pode dizer que o Pré-modernismo constitui-se em uma escola literária em si. 1902 A 1922 Não se pode dizer que o Pré-modernismo constitui-se em uma escola literária em si. É, em verdade, um conjunto de manifestações do espírito de uma época, que apresentava o novo, rompia com o

Leia mais

Lima Barreto

Lima Barreto Lima Barreto 1881-1922 Vida Nasceu e faleceu no Rio de Janeiro Filho de escravos, sentiu os efeitos da escravidão até os 7 anos de idade, Sua mãe foi educada, tornando-se professora da 1 a 4ª série; ela

Leia mais

Recursos para Estudo / Atividades

Recursos para Estudo / Atividades COLÉGIO NOSSA SENHORA DA PIEDADE Programa de Recuperação Paralela 1ª Etapa 2013 Disciplina: Literatura Ano: 2013 Professor (a): Felipe Amaral Turma:3º ano FG/ADM Caro aluno, você está recebendo o conteúdo

Leia mais

1º Período º Período º Período

1º Período º Período º Período OBJETIVOS GERAIS 1. Compreender textos orais de complexidade crescente e de diferentes géneros, apreciando a sua intenção e a sua eficácia comunicativas. 2. Utilizar uma expressão oral correta, fluente

Leia mais

Pré-Modernismo. Principais Obras e Autores + Características

Pré-Modernismo. Principais Obras e Autores + Características Pré-Modernismo Inicia no Brasil em 1902. É um período de transição entre Simbolismo e o Modernismo. Contexto histórico: pós - PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA (1889). Principais Características Linguagem mais

Leia mais

Apostila de Língua Portuguesa 07 Modernismo Segunda Geração

Apostila de Língua Portuguesa 07 Modernismo Segunda Geração Apostila de Língua Portuguesa 07 Modernismo Segunda Geração 1.0 Contexto Histórico Prosa Pós Semana de Arte Moderna. Pós experimentalismo, apologia do novo. Vitória sobre o parnasianismo. Ditadura de Vargas.

Leia mais

Sintaxe do Nome e do Verbo

Sintaxe do Nome e do Verbo Sintaxe do Nome e do Verbo 1. Trata-se, na verdade, de uma obra difusa, na qual eu, Brás Cubas, se adotei a forma livre de um Sterne ou de um Xavier de Maistre, não sei se lhe meti algumas rabugens de

Leia mais

Brasil: Nasce a República

Brasil: Nasce a República Brasil: Nasce a República Apostila 1 Capitulo 1 1 Um novo país? Depois de 67 anos, Monarquia no Brasil foi substituída pela República. O país já havia ficado livre da escravidão um ano antes (1888). (Pintura

Leia mais

Infantil Monteiro Lobato Atividades para Imprimir

Infantil Monteiro Lobato Atividades para Imprimir Atividades Dia do Livro Infantil Monteiro Lobato Atividades para Imprimir Atividades Dia Monteiro Lobato do Livro Infantil Confira algumas Atividades Dia do Livro Infantil Monteiro Lobato para imprimir,

Leia mais

O mundo de cavaleiros destemidos, de virgens ingênuas e frágeis, e o ideal de uma vida primitiva, distante da civilização, tudo isso terminara.

O mundo de cavaleiros destemidos, de virgens ingênuas e frágeis, e o ideal de uma vida primitiva, distante da civilização, tudo isso terminara. O mundo de cavaleiros destemidos, de virgens ingênuas e frágeis, e o ideal de uma vida primitiva, distante da civilização, tudo isso terminara. A segunda metade do século XIX presencia profundas modificações

Leia mais

Confira esta aula em: Professor Danilo Borges

Confira esta aula em:  Professor Danilo Borges Aula anterior... Os Movimentos Sociais Confira esta aula em: http://www.joseferreira.com.br/blogs/sociologia/ Professor Danilo Borges PARTICIPAÇÃO DO JOVENS NOS MOVIMENTOS SOCIAIS BRASILEIROS SÉCULO XIX

Leia mais

Cultura Brasileira Século X X

Cultura Brasileira Século X X Cultura Brasileira Século X X Entre as críticas e inovações, prevaleceu a introdução do pensamento nacionalista, sobretudo, de contestação aos velhos padrões estéticos, às estruturas mentais tradicionais

Leia mais

Primeira Geração ( )

Primeira Geração ( ) LITERATURA Primeira Geração (1922-1930) Caracteriza-se por ser uma tentativa de definir e marcar posições. Período rico em manifestos e revistas de vida efêmera. Um mês depois da SAM, a política vive dois

Leia mais

República Velha

República Velha República Velha 1889-1930 Fases Períodos da República no Brasil: 1889-1930: República Velha (Primeira República) # 1889-1894 República das Espadas # 1894-1930 República Oligárquica 1930-1945: Era Vargas

Leia mais

Revisão de Literatura para o ENEM

Revisão de Literatura para o ENEM Revisão de Literatura para o ENEM Revisão de Literatura para o ENEM 1. Aula de Português "A linguagem na ponta da língua tão fácil de falar e de entender. A linguagem na superfície estrelada de letras,

Leia mais

BRASIL COLÔNIA ( )

BRASIL COLÔNIA ( ) 2 - REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS: Século XVIII (final) e XIX (início). Objetivo: separação de Portugal (independência). Nacionalistas. Influenciadas pelo iluminismo, independência dos EUA e Revolução Francesa.

Leia mais

Exercícios Questões Inéditas Modelo ENEM

Exercícios Questões Inéditas Modelo ENEM Exercícios Questões Inéditas Modelo ENEM 1. Psicologia de um vencido Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro de escuridão e rutilância, Sofro, desde a epigênese da infância, A influência má dos signos

Leia mais

Ensino Médio - Unidade Parque Atheneu Professor (a): Aluno (a): Série: 3ª Data: / / 2015. LISTA DE LITERATURA

Ensino Médio - Unidade Parque Atheneu Professor (a): Aluno (a): Série: 3ª Data: / / 2015. LISTA DE LITERATURA Ensino Médio - Unidade Parque Atheneu Professor (a): Aluno (a): Série: 3ª Data: / / 2015. LISTA DE LITERATURA Orientações: - A lista deverá ser respondida na própria folha impressa ou em folha de papel

Leia mais

Bárbara da Silva. Literatura. Modernismo I

Bárbara da Silva. Literatura. Modernismo I Bárbara da Silva Literatura Modernismo I O Modernismo é marcado por inúmeros avanços tecnológicos, no início do século XX, mas também por questões políticas e sociais. A Europa, berço do modernismo, começa

Leia mais

ASSESSORIA DE EDUCAÇÃO PROVÍNCIA DO PARANÁ Colégio Madre Clélia. Pré-modernismo. Prof. Eliana Martens

ASSESSORIA DE EDUCAÇÃO PROVÍNCIA DO PARANÁ Colégio Madre Clélia. Pré-modernismo. Prof. Eliana Martens ASSESSORIA DE EDUCAÇÃO PROVÍNCIA DO PARANÁ Colégio Madre Clélia Pré-modernismo Prof. Eliana Martens O Brasil começa a se conhecer verdadeiramente "Porque não no-los separa um mar, separam-nolos três séculos..."

Leia mais

História do Brasil. Conteúdos: Questão Abolicionista. Questão Religiosa. Questão Republicana. Transição do Império para a República

História do Brasil. Conteúdos: Questão Abolicionista. Questão Religiosa. Questão Republicana. Transição do Império para a República História do Brasil Profº. Esp. Diego Fernandes Custódio Historiador Especialista em História Social Mestrando em Educação 1 E. E. B. PROFª GRACINDA AUGUSTA MACHADO 5/26/2013 2 Conteúdos: Transição do Império

Leia mais

Com base nas imagens acima e em seus conhecimentos, responda ao que se pede.

Com base nas imagens acima e em seus conhecimentos, responda ao que se pede. Questão 1: Lenin discursando para o povo Disponível: e capturada em novembro de 2009. Presidente Wilson no Parlamento dos Estados Unidos Disponível: < ciclo.blogs.sapo.pt>

Leia mais

Português 2º ano João J. Folhetim

Português 2º ano João J. Folhetim Português 2º ano João J. Folhetim Romantismo: Cultura e Estética Burguesa Individualismo Liberalismo Culto ao Novo Cristianismo Materialismo Subjetivismo Liberdade de Expressão Imaginação Criadora Espírito

Leia mais

EUCLIDES DA CUNHA E O FAZER ANTROPOLÓGICO

EUCLIDES DA CUNHA E O FAZER ANTROPOLÓGICO EUCLIDES DA CUNHA E O FAZER ANTROPOLÓGICO Professor: Elson Junior Santo Antônio de Pádua, agosto de 2017 O AUTOR 1886-1909. Engenheiro, sociólogo, jornalista e historiador. Até a Campanha de Canudos, Euclides

Leia mais

01- Qual era o nome completo de Monteiro Lobato? R.: 02- Onde e quando ele nasceu? R.:

01- Qual era o nome completo de Monteiro Lobato? R.: 02- Onde e quando ele nasceu? R.: PROFESSOR: EQUIPE DE PORTUGUÊS BANCO DE QUESTÕES - LÍNGUA PORTUGUESA - 2 ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ==================================================================== TEXTO 1 UM ESCRITOR E AS CRIANÇAS

Leia mais

Euclydiana Patativa do Assaré

Euclydiana Patativa do Assaré Euclydiana 100 + Patativa do Assaré Euclydiana 100 + Patativa do Assaré Ele completaria cem anos em 2009. Patativa do Assaré (Antônio Gonçalves da Silva) nasceu no dia 05 de Março de 1909, ano da morte

Leia mais

INTRODUÇÃO: Vulcão ou pororoca? Tanto faz!

INTRODUÇÃO: Vulcão ou pororoca? Tanto faz! CADERNOS DE SOCIOMUSEOLOGIA Nº 13-1999 11 INTRODUÇÃO: Vulcão ou pororoca? Tanto faz! É hora de inverter o mergulho. É hora de saltar para fora da boca do vulcão. É hora de fazer da lava a lavra, a lavoura

Leia mais

1. Qual a importância das descrições e dos registros feitos nessa parte do livro para o entendimento da obra?

1. Qual a importância das descrições e dos registros feitos nessa parte do livro para o entendimento da obra? C7S 9ºANO 2016 1. Qual a importância das descrições e dos registros feitos nessa parte do livro para o entendimento da obra? 2. Em suas descrições, Euclides da Cunha faz referência a um jogo de opostos,

Leia mais

Português 11º ano PLANIFICAÇÃO ANUAL Ano letivo 2016/2017

Português 11º ano PLANIFICAÇÃO ANUAL Ano letivo 2016/2017 OBJETIVOS GERAIS 1. Compreender textos orais de complexidade crescente e de diferentes géneros, apreciando a sua intenção e a sua eficácia comunicativas. 2. Utilizar uma expressão oral correta, fluente

Leia mais

DISCIPLINA DE LITERATURA OBJETIVOS: 1ª Série

DISCIPLINA DE LITERATURA OBJETIVOS: 1ª Série DISCIPLINA DE LITERATURA OBJETIVOS: 1ª Série Possibilitar reflexões de cunho histórico-cultural por meio da literatura, entendendo o processo de formação desta no Brasil e no ocidente. Explorar variedades

Leia mais

Movimentos Sociais do Campo

Movimentos Sociais do Campo Universidade Federal do Pampa UNIPAMPA Campus Dom Pedrito Curso de Educação do Campo Componente: Movimentos Sociais do Campo CH: 45h Aula 02 24/01 Professor: Vinicius Piccin Dalbianco E-mail: viniciusdalbianco@unipampa.edu.br

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS ARTE

LISTA DE EXERCÍCIOS ARTE LISTA DE EXERCÍCIOS ARTE P2-4º BIMESTRE 8º ANO FUNDAMENTAL II Aluno (a): Turno: Turma: Unidade Data: / /2016 HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Compreender os aspectos históricos-sociais referentes aos objetos

Leia mais

Após a Semana de Arte Moderna e a agitação que ela provocou nos meios artísticos, aos poucos foi surgindo um novo grupo de artistas plásticos, que se

Após a Semana de Arte Moderna e a agitação que ela provocou nos meios artísticos, aos poucos foi surgindo um novo grupo de artistas plásticos, que se Após a Semana de Arte Moderna e a agitação que ela provocou nos meios artísticos, aos poucos foi surgindo um novo grupo de artistas plásticos, que se caracterizou pela valorização da cultura brasileira.

Leia mais

Slides por Carlos Daniel S. Vieira

Slides por Carlos Daniel S. Vieira Slides por Carlos Daniel S. Vieira Portugal (início do século XX) invasão das tropas de Napoleão vinda da Família Real para o Brasil Reino Unido a Portugal e Algarve A burguesia de Portugal entra em crise

Leia mais

Língua Portuguesa. Respostas das Atividades 3

Língua Portuguesa. Respostas das Atividades 3 Língua Portuguesa Respostas das Atividades 3 LL.17 2. Em a, temos o objetivo do autor realista: retratar a realidade sem modificá-la, ao contrário dos românticos. Em b, tem-se uma das principais características

Leia mais

ROMANTISMO Profa Giovana Uggioni Silveira

ROMANTISMO Profa Giovana Uggioni Silveira ROMANTISMO Profa Giovana Uggioni Silveira CONTEXTO HISTÓRICO Séc. XIX (Brasil) Independência do Brasil POESIA CARACTERÍSTICAS Individualismo e subjetivismo; Sentimentalismo; Culto à natureza; Formas de

Leia mais

Carta: quando se trata de "carta aberta" ou "carta ao leitor", tende a ser do tipo dissertativoargumentativo

Carta: quando se trata de carta aberta ou carta ao leitor, tende a ser do tipo dissertativoargumentativo Gêneros textuais Os Gêneros textuais são as estruturas com que se compõem os textos, sejam eles orais ou escritos. Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre muito parecidas,

Leia mais

Pré-Modernismo 20 QUESTÕES ANTECIPADAS

Pré-Modernismo 20 QUESTÕES ANTECIPADAS 2 ANO UNIDADE 4 Pré-Modernismo 20 QUESTÕES ANTECIPADAS 01. (FCC-BA) Obra pré-modernista eivada de informações histórias e científicas, primeira grande interpretação da realidade brasileira, que, buscando

Leia mais

Planejamento das Aulas de História º ano (Prof. Leandro)

Planejamento das Aulas de História º ano (Prof. Leandro) Planejamento das Aulas de História 2016 8º ano (Prof. Leandro) Fevereiro Aula Programada (As tensões na Colônia) Páginas Tarefa 1 As tensões na Colônia 10 e 11 Mapa Mental 2 A viradeira 12 Exerc. 1 a 5

Leia mais

MODERNISMO NO BRASIL. O modernismo no Brasil teve início com

MODERNISMO NO BRASIL. O modernismo no Brasil teve início com MODERNISMO MODERNISMO NO BRASIL O modernismo no Brasil teve início com a Semana da Arte Moderna em 1922. Época triste a nossa, em que é mais difícil quebrar um preconceito do que um átomo Albert Einsten

Leia mais

Prefácio: Das tristezas de ontem e de hoje (Laura Antunes Maciel) 9. No curso da vida e das leituras 27. Um assunto autopsiado 84

Prefácio: Das tristezas de ontem e de hoje (Laura Antunes Maciel) 9. No curso da vida e das leituras 27. Um assunto autopsiado 84 Sumário Prefácio: Das tristezas de ontem e de hoje (Laura Antunes Maciel) 9 Introdução 13 1 Entre o sucesso e o silêncio: memórias de e sobre Lima Barreto 23 No curso da vida e das leituras 27 Glória subterrânea

Leia mais

BRASIL IMPÉRIO REVOLTAS REGENCIAIS. Professor: Edson Martins

BRASIL IMPÉRIO REVOLTAS REGENCIAIS. Professor: Edson Martins BRASIL IMPÉRIO REVOLTAS REGENCIAIS Professor: Edson Martins Cabanagem (1835 1840) A rebelião explodiu no Pará Causas: revolta dos liberais contra o presidente nomeado pelo governo regencial situação de

Leia mais

História FUVEST. História 001/001 FUVEST 2008 FUVEST 2008 Q.01. Leia atentamente as instruções abaixo Q.02

História FUVEST. História 001/001 FUVEST 2008 FUVEST 2008 Q.01. Leia atentamente as instruções abaixo Q.02 / FUVEST 8 ª Fase História ou Química (7//8) História LOTE SEQ. BOX / História FUVEST FUNDAÇÃO UNIVERSITÁRIA PARA O VESTIBULAR Leia atentamente as instruções abaixo. Aguarde a autorização do fiscal para

Leia mais

Segundo Reinado 2ª Fase e Crise. Prof. Thiago Aula 07 Frente C

Segundo Reinado 2ª Fase e Crise. Prof. Thiago Aula 07 Frente C Segundo Reinado 2ª Fase e Crise Prof. Thiago Aula 07 Frente C O Ouro Verde Inicialmente produzido no Vale do Paraíba (RJ/SP) depois se expande ao Oeste de São Paulo; Estrutura semelhante à da cana de Açúcar:

Leia mais

NOME: N CAD. DE REC. DE LITERATURA 3º ANO EM TURMA 232 PROFº FÁBIO 2º BIMESTRE

NOME: N CAD. DE REC. DE LITERATURA 3º ANO EM TURMA 232 PROFº FÁBIO 2º BIMESTRE 1925 *** COLÉGIO MALLET SOARES *** 2016 91 ANOS DE TRADIÇÃO, RENOVAÇÃO E QUALIDADE DEPARTAMENTO DE ENSINO DATA: / / NOTA: NOME: N CAD. DE REC. DE LITERATURA 3º ANO EM TURMA 232 PROFº FÁBIO 2º BIMESTRE

Leia mais

A crise da monarquia, a Primeira República e seus movimentos sociais. Prof. Maurício Ghedin Corrêa

A crise da monarquia, a Primeira República e seus movimentos sociais. Prof. Maurício Ghedin Corrêa A crise da monarquia, a Primeira República e seus movimentos sociais. Prof. Maurício Ghedin Corrêa 1. A CRISE DA MONARQUIA: Elementos da crise: A luta anti-escravista A questão militar O movimento Republicano

Leia mais

ARTES 7 ANO PROF.ª ARLENE AZULAY PROF. LÚCIA REGINA ENSINO FUNDAMENTAL

ARTES 7 ANO PROF.ª ARLENE AZULAY PROF. LÚCIA REGINA ENSINO FUNDAMENTAL ARTES 7 ANO PROF. LÚCIA REGINA ENSINO FUNDAMENTAL PROF.ª ARLENE AZULAY CONTEÚDOS E HABILIDADES Unidade I Tecnologia: Corpo, movimento e linguagem na era da informação 2 CONTEÚDOS E HABILIDADES Aula 1.2

Leia mais

CANUDOS SANTOS E GUERREIROS EM LUTA NO SERTÃO

CANUDOS SANTOS E GUERREIROS EM LUTA NO SERTÃO PROJETO PEDAGÓGICO CANUDOS SANTOS E GUERREIROS EM LUTA NO SERTÃO Rua Tito, 479 Lapa São Paulo SP CEP 05051-000 DIVULGAÇÃO ESCOLAR (11) 3874-0884 divulga@melhoramentos.com.br www.editoramelhoramentos.com.br

Leia mais

1º ano. Emprego da fala, adequando-a ao contexto comunicativo e ao que se supõe ser o perfil do interlocutor, em função do lugar social que ele ocupa.

1º ano. Emprego da fala, adequando-a ao contexto comunicativo e ao que se supõe ser o perfil do interlocutor, em função do lugar social que ele ocupa. Emprego da fala, adequando-a ao contexto comunicativo e ao que se supõe ser o perfil do interlocutor, em função do lugar social 1º ano Respeito à fala do outro e aos seus modos de falar. texto, com foco

Leia mais

REFLEXÕES SOBRE A UNIDADE FAMILIAR: UMA PROPOSTA DIDÁTICA SOBRE VIDAS SECAS

REFLEXÕES SOBRE A UNIDADE FAMILIAR: UMA PROPOSTA DIDÁTICA SOBRE VIDAS SECAS REFLEXÕES SOBRE A UNIDADE FAMILIAR: UMA PROPOSTA DIDÁTICA SOBRE VIDAS SECAS Igor Duarte Ismael Moreira Jardim 1. APRESENTAÇÃO Partimos do ponto comum que literatura é toda forma de manifestação poética,

Leia mais

E.B. 2,3 Navegador Rodrigues Soromenho

E.B. 2,3 Navegador Rodrigues Soromenho Faz uma pesquisa sobre esta escritora com vista ao completamento do texto Alice Vieira nasceu em (cidade), em (data). Licenciou-se em e, após uma curta experiência como professora, trabalhou como jornalista

Leia mais

1.º C. 1.º A Os livros

1.º C. 1.º A Os livros 1.º A Os livros Os meus olhos veem segredos Que moram dentro dos livros Nas páginas vive a sabedoria, Histórias mágicas E também poemas. Podemos descobrir palavras Com imaginação E letras coloridas Porque

Leia mais

historiaula.wordpress.com A Era Vargas Professor Ulisses Mauro Lima

historiaula.wordpress.com A Era Vargas Professor Ulisses Mauro Lima historiaula.wordpress.com A Era Vargas Professor Ulisses Mauro Lima 1930-1945 A era Vargas: 1930-1945 1930 2 de janeiro: publicação da plataforma da Aliança Liberal. 1 de março: vitória de Julio Preste

Leia mais

O SILÊNCIO QUE HABITA AS CASAS

O SILÊNCIO QUE HABITA AS CASAS O SILÊNCIO QUE HABITA AS CASAS Fotos e trechos inéditos do diário de trabalho do arquiteto e diretor de arte de cinema, Valdy Lopes Jn, revela um sertão que, apesar de conhecido, ainda é idealizado e esquecido

Leia mais

TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA

TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA Tem o sentido e a verdade, é para tudo refletir. Entender a Sociedade, e pensar caminho a seguir. Romance do pré-modernismo, pura transformação.

Leia mais

Canudos Luiz Antonio Aguiar PROJETO DE LEITURA. Romance histórico. O autor. Ficha Autor: Quadro sinóptico

Canudos Luiz Antonio Aguiar PROJETO DE LEITURA. Romance histórico. O autor. Ficha Autor: Quadro sinóptico Canudos Luiz Antonio Aguiar PROJETO DE LEITURA 1 O autor Luiz Antonio Aguiar nasceu em 1955, no Rio de Janeiro. Mestre em Literatura Brasileira, pela PUC-RJ, com tese sobre leitura na cultura de massas,

Leia mais

José Saramago

José Saramago José Saramago 1922-2010 José de Sousa Saramago nasceu na aldeia de Azinhaga, no sul de Portugal, no dia 16 de novembro de 1922 e faleceu em Tias, na ilha de Lanzarote, a 18 de junho de 2010. Seus pais

Leia mais

1. Fernando Pessoa. Oralidade. Leitura

1. Fernando Pessoa. Oralidade. Leitura 1. Fernando Pessoa Oralidade Exposição sobre um tema. Tema musical. Rubrica radiofónica. Texto de opinião. Anúncio publicitário. Documentário. Debate 1. Interpretar textos orais de diferentes géneros.

Leia mais

SÉCULO XIX NO BRASIL: A MODERNIZAÇÃO DA ARTE

SÉCULO XIX NO BRASIL: A MODERNIZAÇÃO DA ARTE SÉCULO XIX NO BRASIL: A MODERNIZAÇÃO DA ARTE 1 Em meados do séc. XIX o Brasil passou por um período de crescimento econômico, estabilidade social e incentivo às letras, ciência e arte por parte do imperador

Leia mais

Autor: Antoine Saint-Exupéry Repleto de elementos fantásticos, o livro ensina as crianças que somos responsáveis por aquilo que cativamos

Autor: Antoine Saint-Exupéry Repleto de elementos fantásticos, o livro ensina as crianças que somos responsáveis por aquilo que cativamos Dicas de leitura para as férias Para todas as idades 1. O Pequeno Príncipe Autor: Antoine Saint-Exupéry Repleto de elementos fantásticos, o livro ensina as crianças que somos responsáveis por aquilo que

Leia mais

Parnasianismo Realismo Romantismo problematizar o Brasil

Parnasianismo Realismo Romantismo problematizar o Brasil Pré-Modernismo No início do século XX, ainda prevalecia na literatura brasileira, na poesia, o Parnasianismo; na prosa, ainda eram fortes os resquícios do Realismo e também do Romantismo. Entretanto, surgiram

Leia mais

Monteiro Lobato e Sítio do Picapau Amarelo nas práticas pedagógicas de alfabetização.

Monteiro Lobato e Sítio do Picapau Amarelo nas práticas pedagógicas de alfabetização. Monteiro Lobato e Sítio do Picapau Amarelo nas práticas pedagógicas de alfabetização. A Literatura Infantil corresponde a um importante instrumento de construção de aprendizagem, tanto no que se refere

Leia mais

TOQUE DE SILÊNCIO (POESIA)

TOQUE DE SILÊNCIO (POESIA) TOQUE DE SILÊNCIO (POESIA) - Em homenagem às vítimas da Intentona Comunista de 1935 - TOQUE DE SILÊNCIO (Canto em memória dos Soldados assassinados em 1935) CARLOS MAUL Escritor e jornalista de grande

Leia mais

SEGUNDA REPÚBLICA A REVOLUÇÃO TRAÍDA GETÚLIO ASSUME E FICA A República Armada ( ) (Recapitulação)

SEGUNDA REPÚBLICA A REVOLUÇÃO TRAÍDA GETÚLIO ASSUME E FICA A República Armada ( ) (Recapitulação) Paulo Victorino 1930-1945 - SEGUNDA REPÚBLICA A REVOLUÇÃO TRAÍDA GETÚLIO ASSUME E FICA 005 - A República Armada (1889-1930) (Recapitulação) A Proclamação da Independência (1822) - A Proclamação da República

Leia mais

CATÁLOGO OBJETIVO: METODOLOGIA: O desenvolvimento da proposta será por meio da exposição da história narrada no livro Grande Sertão veredas.

CATÁLOGO OBJETIVO: METODOLOGIA: O desenvolvimento da proposta será por meio da exposição da história narrada no livro Grande Sertão veredas. CATÁLOGO ÁREA: Estética TEMA: As multiplicidades Virtuais HISTÓRIA DA FILOSOFIA: Filosofia Contemporânea. INTERDISCIPLINARIDADE: Literatura Pós-moderna brasileira DURAÇÃO: 1 aula de 50 AUTORIA: Caroline

Leia mais

FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA PROFESSOR: REINALDO SOUZA

FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA PROFESSOR: REINALDO SOUZA FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA PROFESSOR: REINALDO SOUZA Nada de grande se realizou no mundo sem paixão. G. W. F. HEGEL (1770-1831) Século XIX Revolução Industrial (meados do século XVIII) Capitalismo; Inovações

Leia mais

EXERCICIOS SOBRE MENINO DO ENGENHO. 2. (FAENQUIL / VUNESP) Leia o fragmento do romance Menino de Engenho, de José

EXERCICIOS SOBRE MENINO DO ENGENHO. 2. (FAENQUIL / VUNESP) Leia o fragmento do romance Menino de Engenho, de José EXERCICIOS SOBRE MENINO DO ENGENHO 1. (FAENQUIL / VUNESP) Leia o fragmento do romance Menino de Engenho, de José Sobre Menino de Engenho, é correto afirmar que a) integra o conjunto de romances regionalistas

Leia mais

Quem é Marcos? Marcos, autor do primeiro Evangelho, vivia em Jerusalém. A mãe se chamava Maria. Em sua casa reuniam-se os cristãos da cidade.

Quem é Marcos? Marcos, autor do primeiro Evangelho, vivia em Jerusalém. A mãe se chamava Maria. Em sua casa reuniam-se os cristãos da cidade. Atenção O Catequista, coordenador, responsável pela reunião ou encontro, quando usar esse material, tem toda liberdade de organizar sua exposição e uso do mesmo. Poderá interromper e dialogar com o grupo;

Leia mais

Felicidade Clandestina. Clarice Lispector

Felicidade Clandestina. Clarice Lispector Felicidade Clandestina Clarice Lispector FELICIDADE CLANDESTINA Autor: Clarice Lispector Escola literária: Terceira Geração Modernista (1945 / 1960) Principais características: 1. Temática intimista: o

Leia mais

( ) ENSINO MÉDIO PROFESSOR: ABDULAH

( ) ENSINO MÉDIO PROFESSOR: ABDULAH Primeira República (1889-1930) ENSINO MÉDIO PROFESSOR: ABDULAH Brasil Império D. Pedro II Fonte: (desconhecida) REPÚBLICA DA ESPADA GOVERNO PROVIS. DE DEODORO (nov.1889/fev.1891) Militares + Cafeicultores

Leia mais

Imagem: Propaganda do Estado Novo (Brasil) / desconhecido / Creative Commons CC0 1.0 Universal. Public Domain Dedication

Imagem: Propaganda do Estado Novo (Brasil) / desconhecido / Creative Commons CC0 1.0 Universal. Public Domain Dedication MARCOS ROBERTO Imagem: Propaganda do Estado Novo (Brasil) / desconhecido / Creative Commons CC0 1.0 Universal Public Domain Dedication O período dos Governos Populistas no Brasil (1945-1964) é marcado

Leia mais