O ASPECTO SOCIAL EM BAKHTIN E VIGOTSKI

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O ASPECTO SOCIAL EM BAKHTIN E VIGOTSKI"

Transcrição

1 O ASPECTO SOCIAL EM BAKHTIN E VIGOTSKI Angela Francisca Mendez de Oliveira 1 mendez_oliveira@yahoo.com.br RESUMO: Embora os trabalhos de Vigotski e de Bakhtin se sustentem em diferentes objetivos, suas ideias se entrelaçam em muitos aspectos, dentre eles o de considerar as ações humanas em suas dimensões sociais. A compreensão do homem como um conjunto de relações sociais será, então, o foco deste trabalho que visa travar um diálogo entre as ideias expostas nos conceitos de Bakhtin e de Vigotski. Buscaremos tornar visível a convergência de ideias do aspecto social de ambos e, para tanto, nos respaldaremos em alguns autores que se dedicaram a estudar tais teóricos, dentre eles Carlos Alberto Faraco, Maria T. de Freitas, Augusto Ponzio, entre outros. Palavras-Chave: Bakhtin, Vigotski, social, linguagem. INTRODUÇÃO Embora os trabalhos de Vigotski e de Bakhtin se sustentem em objetivos e campos de investigação científica diferentes - Vigotski na área da psicologia do conhecimento e Bakhtin da filosofia da linguagem -, em ambos os autores podemos observar a base comum cultural e ideológica de que surgem seus fundamentos (PONZIO, 2008, p. 71). Segundo pesquisadores da teoria bakhtiniana e vigotskiana, a possibilidade de diálogo entre esses pensadores russos está ligada, além do contexto real existencial, pelo materialismo histórico que está presente como referencial em ambas às teorias, e pela dialética que se constitui em seus métodos de trabalho. No que diz respeito ao contexto existencial, sabemos que ambos estudiosos nasceram na Rússia, desenvolveram suas ideias na União Soviética marxista, em meados da década de 1920, e foram igualmente vítimas de perseguições. Recusaram o comportamentalismo marxista e refutaram a concepção dos fenômenos psíquicos como estados simplesmente subjetivos (PONZIO, 2008, p.73), entendendo que as especificidades 1 Pesquisador e Mestranda PPGL UniRitter. mendez_oliveira@yahoo.com.br 1

2 dos fenômenos psíquicos humanos residem na intermediação, e são produzidos e empregados dentro de formas sociais concretas (idem, p. 79). Vigotski, explica a professora Maria T. de Freitas 2, compreende que todo o fenômeno tem sua história e deve ser estudado como um processo em movimento e mudança, buscando-se conhecer sua gênese e transformação (1995, p.4). Por sua vez, Bakhtin, segue a autora, compreendendo a realidade como essencialmente contraditória e em permanente transformação, propõe uma dialética que, nascendo do diálogo, nele se prolonga, colocando pessoas e textos num permanente processo dialógico (idem, p.5). Adotando, então, a conclusão de Freitas, Ambos são marxistas que valorizaram a consciência (ibdem, p. 158), privilegiando em seus estudos uma perspectiva sóciohistórica. Vigotski e Bakhtin consideram, assim, a linguagem como fator fundamental no processo de conhecimento do mundo e entendem que a constituição dos sujeitos se dá nas interações sociais. Assim como Vigotski, Bakhtin se opõe a reduzir a reação verbal a um fenômeno de caráter unicamente fisiológico, do qual se exclui o elemento sociológico (PONZIO, 2008, p.73). Para os ambos o conceito de signo, de linguagem verbal, ultrapassa a concepção de simples instrumento transmissor de significados. São, além disso, instrumentos de significação e de manifestação social do organismo. Para Freitas os dois teóricos tentaram encontrar a dialética do subjetivo e do objetivo, mediada pelo fenômeno da linguagem. Por isso a linguagem é uma questão central em seus sistemas. [...] Destacaram aí o valor da palavra e da interação com o outro. Consciência e pensamento são tecidos com palavras e ideias que se formam na interação, tendo o outro um papel significativo. [...] Buscaram explicar e compreender, a partir de uma perspectiva social, os fenômenos intrapsíquicos e linguísticos. (FREITAS, 1995, p ) 2 Texto apresentado na mesa redonda: Bakhtin e seus interlocutores, durante o colóquio internacional Dialogismo: 100 anos de Bakhtin USP, Disponível em: Acesso em: jan

3 1 MIKHAIL BAKHTIN A FILOSOFIA DA LINGUAGEM 1.1 O Contexto histórico existencial As ideias e proposições do Círculo de Bakhtin já têm consolidado seu lugar na história dos estudos linguísticos. O conhecido Círculo trata-se de grupo de intelectuais russos, multidisciplinar - agregava profissionais de diversificadas áreas de estudos, tais como arte, literatura, filosofia, biologia, linguística, entre outros -, que se reunia periodicamente entre 1919 e Proposto por Bakhtin, à época em que se formara em História e Filologia pela Universidade de São Petersburgo, os participantes do Círculo, conforme podemos ler em Carlos Alberto Faraco (2009), tinham em comum a paixão pela filosofia e pelo debate de ideias, que progressivamente levou-os a paixão, também, pela linguagem. Sobre a consistência e fundamento das discussões do grupo, Beth Brait 3 aponta que "vale dizer que, antes de refutar qualquer tese, esses pensadores russos delineavam um panorama das ideias e dos conceitos abordados e, partindo de aspectos pouco explorados, propunham novas concepções" (2005). Entre esses intelectuais encontramse dois importantes companheiros e amigos de Bakhtin, cujos textos provocaram algumas polêmicas e confusões autorais: o linguísta Valentin Voloshinov ( ) e o teórico literário Pavel Medvedev ( ). Ao grupo foi atribuído, a posteriori, por estudiosos de seus trabalhos, o nome de Círculo de Bakhtin por ser o filósofo um dos integrantes de maior destaque, dado a originalidade e a densidade de suas reflexões. Bakhtin, segundo prefácio de Todorov à edição francesa de Estética da criação verbal é uma das figuras mais fascinantes e enigmáticas da cultura européia de meados do século XX (2010, p. 13). Importante filósofo de ideias densas, obra rica e temas amplos - que abarcam, além da lingüística, a psicanálise, a teologia e a teoria social, a poética histórica, a axiologia (teoria crítica dos conceitos de valor) e a filosofia -, Mikhail Mikhailóvitch Bakhtin nasceu em Orel, ao sul de Moscou, em 1895, e 3 Revista Nova Escola disponível em Acesso em: 10 de abril de

4 desenvolveu seu trabalho sob condições extremamente difíceis. Nascido em uma Rússia instável sob o regime czarista, na juventude fora discriminado pelo governo de Stálin, viveu à margem do contexto intelectual que o envolvia, sofreu perseguições e exílios políticos, vida de dificuldades assim resumidas por Tezza 4 em resenha à Revista Cult: [...] atravessou a vida inteira praticamente anônimo - sobrevivendo pelas frestas do acaso à Revolução Russa, ao exílio no Cazaquistão, aos expurgos de Stálin, à osteomielite (que lhe obrigou a amputar uma perna), ao silêncio gélido da cultura oficial do estado soviético, à falta crônica de dinheiro e de conforto, e, mais que tudo, ao fato de, motivado sempre pela escrita interminável de seus textos, quase nunca vê-los publicados. (TEZZA, 1998) Resumidamente podemos dizer que o contexto em que viveu Bakhtin em nada lhe contribuiu para que desenvolvesse tão magistralmente suas ideias. Após a Revolução de Outubro 5, com o governo de Lenin, os anos foram marcados por uma intensa atividade cultural - acompanhada de mudanças sociais, econômicas e políticas - na Rússia, que se tornara marxista. Mais tarde, com o advento do regime stalinista, há uma subversão da ideologia marxista e o Círculo passa a ser perseguido. Bakhtin, discriminado por suas ideias e envolvido em acusações incomprovadas, é preso e condenado a seis anos de exílio no Cazaquistão, acusado mais por seu vínculo com a tradição ortodoxa por sua ligação com a Ressurreição, organização religiosa não oficial que por suas posições políticas (BRAIT, p. 22). Em 1937, é exilado novamente, desta vez em Saransk e no ano seguinte, devido ao agravamento da osteomielite sofre a amputação de uma perna. Por essa época defende sua tese de 4 Resenha de Cristóvão Tezza sobre o livro Mikhail Bakhtin, de Katerina Clark e Michael Holquist. Disponível em Acesso em 15 de maio de A Revolução de Outubro na Rússia, também conhecida como Revolução Bolchevique ou Revolução Vermelha, foi a segunda fase da Revolução Russa de Começou com o golpe de estado, liderado por Lenin e pelos bolcheviques, contra o governo provisório. Foi a primeira revolução comunista marxista do século XX e deu o poder aos bolcheviques. A Revolução de Outubro foi seguida pela Guerra Civil Russa ( ) e pela criação da URSS em Após a morte de Lenin, em 1924, os comunistas aceitaram Stalin como a máxima autoridade do marxismo-leninismo, mas as ideias marxista sofreram algumas subversões. 4

5 doutorado no Instituto Gorki, denominada Cultura popular na idade média e no renascimento: o contexto de François Rabelais, porém, o título de doutor só lhe é concedido 20 anos depois. Após a morte de Stalin acaba sendo redescoberto por alguns estudantes de Moscou. Esses estudantes, admiradores de suas obras, descobrem vários estudos do autor ainda inéditos, que pouco tempo depois ganharam uma incrível notoriedade no âmbito acadêmico russo. Suas produções chegaram ao ocidente nos anos e, uma década mais tarde, ao Brasil. Mas Bakhtin já havia morrido, em 1975, de inflamação aguda nos ossos. 1.2 Ideias e conceitos do Círculo de Bakhtin Na Rússia da década de 1920 tinham destaque as teorias de Karl Marx - o marxismo - que, ultrapassando suas bases político-sociais, expressou-se também, no campo das ciências humanas, isto é, no campo da psicologia, da teoria da literatura, da filosofia da linguagem, etc. (PONZIO, 2008, p.71). Bakhtin e o Círculo, explica Ponzio, partem da carência do marxismo no que se refere ao estudo da consciência, da linguagem e da formação de ideologias concretas (idem) para fundamentar suas teorias. Observaram, negando-se a reduzir a reação verbal a um fenômeno de caráter unicamente fisiológico, do qual se exclui o elemento sociológico (ibdem, p. 73), que a língua sofria influências do contexto social, da ideologia dominante e da luta de classes. Por isso entenderam que a linguagem era ao mesmo tempo produto e produtora de ideologias. O que diferencia Bakhtin dos outros filósofos que se ativeram a estudos semelhantes no cerne da linguagem é ter colocado, em sua filosofia da linguagem, a dinâmica social da prática observável da linguagem como força especificadora que estrutura as relações interpessoais. O que o distingue, em outras palavras, é sua ênfase na linguagem como prática tanto cognitiva quanto social, aspectos esses que lhe permitem compreender e explicar os complexos fatores que tornam possível o diálogo que abrange, simultaneamente, as diferenças. 5

6 Para Bakhtin, o social é uma construção historicamente especificada em relação às diferentes formas de produção material e, portanto, da organização cultural, e diversificada com relação à divisão do trabalho (PONZIO, 2008, p. 110). Em sua filosofia da linguagem, compreendida, então, a partir de uma concepção histórica e social, Bakhtin diz que a compreensão dos signos dá-se em ligação com a situação, o contexto em que ele toma forma e esse contexto, essa situação é sempre social. O signo ideológico na constituição do sujeito, afirma Bakhtin, parte do exterior para o interior, ou seja, do social para o individual, e a palavra nada mais é do que produto de interação viva das forças sociais. Na construção de sua filosofia da linguagem, o autor passa a valorizar a fala a enunciação -, deixada de lado por Saussure. Opera este o resgate do sujeito nos estudos linguísticos, pensando as relações da linguagem como um todo, vista do ponto de vista da interação humana. Os conceitos de Bakhtin se contrapõem à concepção de língua como sistema sem sujeito, pois é preciso considerar que o organismo humano não pertence a um meio natural abstrato, mas faz parte integrante de um meio social específico (BAKHTIN, 1990, p.53). A língua, na concepção do Círculo, é a realidade material específica da criação ideológica (idem, p. 25). Na visão do filósofo, a ideologia é algo intrínseco ao semiótico, pois o domínio do ideológico coincide com o domínio dos signos: são mutuamente correspondentes. Ali onde o signo se encontra, encontra-se também o ideológico. Tudo que é ideológico possui um valor semiótico (ibdem, p. 32). A ideologia para o Círculo de Bakhtin, conforme explica Faraco, comporta várias esferas ideológicas, que identificam áreas da produção intelectual humana, ideologia é o nome que o Círculo costuma dar, então, para o universo que engloba a arte, a ciência, a filosofia, o direito, a religião, a ética, a política, ou seja, todas as manifestações superestruturais (2010, p.46). Para o Círculo, então, todo e qualquer enunciado se dá na esfera de uma das ideologias, ou seja, no interior de uma das atividades humanas. Faraco apresenta a seguinte definição de ideologia: Algumas vezes, o adjetivo ideológico aparece como equivalente a axiológico. Aqui é importante lembrar que, para o Círculo [de Bakhtin], a significação dos enunciados tem sempre uma dimensão avaliativa, expressa sempre um posicionamento social valorativo. Desse modo, qualquer enunciado é, na 6

7 concepção do Círculo, sempre ideológico para eles, não existe enunciado não ideológico. E ideológico em dois sentidos: qualquer enunciado se dá na esfera de uma das ideologias (i.e., no interior de uma das áreas da atividade intelectual humana) e expressa sempre uma posição avaliativa (i.e., não há enunciado neutro; a própria retórica da neutralidade é também uma posição axiológica). (FARACO, 2010, p. 47) Tudo que é ideológico possui um significado e é, portanto, um signo, conclusão que se reflete na afirmativa de Bakhtin que diz que sem signo não existe ideologia, firmando com isso que o universo da criação ideológica é de natureza semiótica. A ideologia, uma vez que é constituída pelo semiótico, é inerente à consciência, Meu pensamento, desde a origem, pertence ao sistema ideológico e é subordinado às suas leis (BAKHTIN, apud SOUZA, 1994, p. 114). Bakhtin acredita que os signos foram criados nas relações interindividuais, portanto, são carregados de valores conferidos por diferentes interlocutores. Com isso conclui que a consciência, além de ideológica, é social. A separação da língua de seu conteúdo ideológico constitui um dos erros mais grosseiros do objetivismo abstrato. Assim, a língua, para a consciência dos indivíduos que a falam, de maneira alguma se apresenta como um sistema de formas normativas. O sistema linguístico tal como é constituído pelo objetivismo abstrato não é diretamente acessível à consciência do sujeito falante, definido por sua prática viva de comunicação social (BAKHTIN, 1990, p. 96). A lógica das relações dialógicas do Círculo de Bakhtin está intrinsecamente ligada às múltiplas relações e interações socioideológicas, em que o sujeito vai-se constituindo discursivamente, assimilando vozes sociais. O mundo interior é então uma arena povoada de vozes sociais em suas múltiplas relações de consonância e dissonancias (FARACO, 2010, p. 84). Sendo o sujeito um ser social, imerso em uma determinada cultura, logo todo enunciado expressa consigo o posicionamento do sujeito, com o que, para o Círculo não há enunciado neutro, mas há, podemos inferir, discursos reproduzidos inconscientemente. Nossos enunciados emergem como respostas ativas que são no diálogo social da multidão das vozes interiorizadas. Eles são, assim, heterogêneos. Desse ponto de vista, nossos enunciados são sempre discurso citado, embora 7

8 nem sempre percebidos como tal, já que são tantas as vozes incorporadas que muitas delas são ativas em nós sem que percebamos sua alteridade (na figura bakhtiniana, são palavras que perderam as aspas). (FARACO, 2010, p. 85). 2 LIEV VIGOTSKI PSICOLOGIA DO CONHECIMENTO 2.1 O Contexto histórico existencial Vigotski é o grande fundador da escola soviética de psicologia histórico-cultural, e é a ele que recorrem os psicólogos e estudiosos ao examinarem o modo pelo qual o homem luta, livre do domínio do condicionamento estímulo-resposta (BRUNER, apud VIGOTSKI, 2008, p. 13). Jerome Bruner, na introdução de Pensamento e Linguagem ( ), afirma que sob a perspectiva ideológica marxista, Vigotski tornou-se conhecido como o homem que percebeu a determinação histórica da consciência e do intelecto humanos. Construiu a sua teoria tendo por base o desenvolvimento do indivíduo como resultado de um processo sócio-histórico, enfatizando o papel da linguagem e da aprendizagem nesse desenvolvimento. Foi leitor e estudioso assíduo e profícuo no campo da Linguística, Ciências Sociais, Psicologia, Filosofia, História e das Artes. Homem de inteligencia impar e trabalho ávido, Lev Semenovich Vygotsky, nasceu em Orsha, cidade da Bielorrússia, em 17 de novembro de Formou-se em Direito em 1917 pela Universidade de Moscou, quando simultaneamente estudava Literatura e História na Universidade Popular de Shanyavskii. Nascido sob o regime czarista, na juventude viveu a Revolução Russa de 1917, estudou Marx e Engels e, a partir do materialismo histórico propôs a reorganização da Psicologia, antevendo a tendência de unificação das Ciências Humanas no que denominou como "psicologia cultural-histórica". Assim, o seu interesse pela Psicologia levou-o a uma leitura crítica de toda produção teórica de sua época, tais como a Gestalt, a Psicanálise e o Behaviorismo, além, claro, das ideias do teórico da educação Jean Piaget. Pesquisador impecável, Vigotski também tinha o seu círculo. Vivia rodeado de devotados dicípulos talentosos que, como ele, tinham elevada consciência de sua 8

9 missão no desenvolvimento da ciência (PUZIERI, in VIGOTSKI, 2000, p.21). Sofreu perseguições e teve suas obras proibidas pelo governo stanilista, o que, para estudiosos de Vigotski, iniciou-se com a identificação do teórico como idealista em função de suas críticas à utilização das teoria de Pavlov quanto as potencialidades de condicionamento ambiental. Por volta de 1920, Vigotski iniciou sua luta contra a tuberculose que se estendeu por 14 anos, vindo a falecer em Moscou em 11 de Junho de 1934, então com 37 anos de idade. Somente com o fim da censura do totalitário regime stalinista foi que começou a ser redescoberto iniciando-se pela publicação de seu clássico Pensamento e Linguagem. Atualmente sua obra repercute e influência a psicologia e educação no mundo todo, especialmente no Brasil. 2.2 A psicologia do conhecimento Ideias de Vigotski Vigotski, ao elaborar uma teoria social do conhecimento - buscando reconstruir a origem e o processo de desenvolvimento do comportamento e da consciência -, procurou a possibilidade de o homem, através de suas relações sociais, por intermédio da linguagem, constituir-se e desenvolver-se (FREITAS, 1995, p. 158). Importante elemento a ser considerado na elaboração e no desenvolvimento dos conceitos da teoria vigotskiana é a filosofia marxista e hegelniana que marcavam à época em que vivera Vigotski, e nas quais funda o princípio de suas ideias. Conforme lemos em Kozulin, O que o próprio Vygotsky buscou e encontrou em Marx e Hegel foi uma teoria social da atividade humana. De Hegel, por exemplo, Vigotski assumiu a postura histórica nos processos de desenvolvimento e as formas de realização da consciência humana. Já Karl Marx atraiu Vigotski com seu conceito de práxis humana, isto é, a atividade histórica concreta que é um gerador por trás dos fenômenos de consciência (KOZULIN, apud RIBEIRO, 2010, p. 119). O caráter histórico, assim como o social e o cultural, é a matriz que constitui todo o pensamento vigotskiano, e é a partir dele que podemos definir os valores que o social e a cultura, aspectos fundamentadores que permeiam toda a obra de Vigotski, assumem nas suas análises. É esse caráter, aponta Sirgado, que diferencia a concepção 9

10 de desenvolvimento humano de Vigotski das outras concepções psicológicas e lhe confere um valor inovador ainda nos dias de hoje (SIRGADO, 2000, p.48). A teoria de Vigotski é considerada sócio-histórica e, através de sua epígrafe em seu Manuscrito de 1930, o teórico esclarece-nos sua concepção de homem, ao que diz: Para nós o homem é uma pessoa social. Um agregado de relações sociais encarnadas num indivíduo. Em artigo 6 publicado na revista Educação e Sociedade, encontramos a seguinte colocação de Vigotski: Da mesma maneira que a vida da sociedade não representa um todo único e uniforme, e a sociedade é subdividida em diferentes classes, assim, durante um dado período histórico, a composição das personalidades humanas não pode ser vista como representando algo homogêneo e uniforme, e a psicologia deve levar em conta o fato fundamental que a tese geral que foi formulada recentemente só pode ter uma conclusão direta, confirmar o caráter de classe, a natureza de classe e as diferenças de classe que são responsáveis pela formação dos tipos humanos. As várias contradições internas que foram encontradas em diferentes sistemas sociais encontram sua expressão, ao mesmo tempo, no tipo de personalidade e na estrutura da psicologia humana neste período histórico. (VIGOTSKI apud SIRGADO, 2000, p.63) Marta Kohl Oliveira, autoridade em estudos vigotskianos, explica que como a linguagem é o sistema simbólico comum entre os homens, o seu desenvolvimento e suas relações com o pensamento é objeto central na obra de Vigotski, para quem o pensamento não é simplesmente expresso em palavras; é por meio delas que ele passa a existir (2006, p. 54). Vigotski, segundo Oliveira, trabalha com duas funções básicas da linguagem: o intercâmbio social principal função da linguagem - e o pensamento generalizante que torna a linguagem um instrumento do pensamento. (2006, p ) e em ambos observamos o caráter social que os sustenta. A principal função é a de intercâmbio social: é para se comunicar com seus semelhantes que o homem cria e utiliza os sistemas de linguagem. [...] Para que a comunicação com outros indivíduos seja possível [...] é necessário que 6 Angel Pino Sirgado professor da Unicamp, autor do artigo O social e o cultural na obra de Vigotski no qual realiza uma análise de duas categorias teóricas fundamentais na obra de Vigotski : o social e o cultural. 10

11 sejam utilizados signos, compreensíveis por outras pessoas, que traduzem idéias, sentimentos, vontades, pensamentos [...]. (OLIVEIRA, 2006, p. 42) [...] é a função generalizante da linguagem que a torna um instrumento do pensamento. Ao se utilizar da linguagem o ser humano é capaz de pensar de uma forma que não seria possível se ela não existisse: a generalização e a abstração só se dão pela linguagem. (OLIVEIRA, 2006, p. 51) A unidade dessas duas funções encontra-se no significado que é a propriedade que propicia a mediação simbólica entre o indivíduo e o mundo real, constituindo-se no filtro através do qual o indivíduo é capaz de compreender o mundo e agir sobre ele (OLIVEIRA, 2006, p. 48). A significação confere ao social sua condição humana, o que significa, na visão do professor Sirgado - pesquisador vigotskiano -, que a convivência humana é regida por leis históricas, e não basicamente e unicamente por mecanismos naturais. Sirgado afirma ainda que Vigotski, ao introduzir as relações sociais como definidoras das funções mentais superiores, subverte o pensamento psicológico tradicional (2000, p. 61), abrindo caminho para a discussão para a importância das relações sociais na constituição do sujeito e da consciência. As funções superiores constituem o terceiro tipo de objetos a que Vigotski atribui caráter social, não só porque elas não emergem das funções biológicas, mas porque sua natureza é social. Elas são, diz Vigotski, relações internalizadas de uma ordem social, transferidas à personalidade individual e base da estrutura social da personalidade (1989, p. 58). Tudo nelas é social: sua composição, sua estrutura genética e seu modo de funcionar. De tal modo que, mesmo sendo transformadas em processos mentais, permaneçam quase sociais, como ele diz (1997, p. 106). (SIRGADO, 2000, p. 60) Para Vigotski o pensamento está intimamente vinculado à linguagem e se desenvolve a partir de instrumentos linguísticos e pela interação sócio-cultural do falante. Assim, para o teórico, é na troca com outros sujeitos e consigo próprio que se internalizam os saberes, papéis e funções sociais, o que permite a formação de conhecimentos e da própria consciência. 11

12 Se o desenvolvimento é visto como um acontecimento de natureza individual, mesmo admitindo que ocorre em interação com o meio, a inserção social do indivíduo constitui realmente um problema, pois implica na adaptação das condutas individuais às práticas sociais, consideradas, em tese, fenômenos de natureza diferente. Dessa maneira, a socialização assemelha-se ao fenômeno migratório humano que exige uma adequação das características sociais e culturais do imigrante às condições do novo meio. (SIRGADO, 2000, p.52) Vigotski, explica Sirgado, inverte a direção da relação indivíduo-sociedade. No lugar de nos perguntar como a criança se comporta no meio social, diz o autor, devemos perguntar como o meio social age na criança para criar nela as funções superiores de origem e natureza sociais. (2000, p. 61). Na perspectiva em que se situa Vigotski, as relações sociais são determinadas pelo modo de produção que caracteriza uma determinada formação social. Isso nada tem a ver com qualquer tipo de determinismo mecanicista que ele mesmo critica, uma vez que os modos de produção não são dados pela natureza, mas determinados pelos homens (por aqueles que detêm o poder na sociedade) em função de interesses específicos. Seria ingenuidade portanto pensar que Vigotski fala de relações sociais como algo natural e ideologicamente neutro. (SIRGADO, 2000, p. 63) 2 BAKHTIN E VIGOTSKI DIÁLOGOS POSSÍVEIS Não só pelo materialismo histórico dialético que está presente como referencial teórico nas teorias tanto de Bakhtin quanto de Vigotski ou pela dialética que se constitui em seus métodos de trabalho é que podemos aproximar esses dois teóricos aqui estudados. Poder-se-ia ainda pô-los em diálogo pelo contexto histórico comum em que desenvolveram seus trabalhos, mas o aspecto de maior relevância na obra desses dois intelectuais de importante ideias e teorias é sem dúvida a compreensão do homem como um conjunto de relações sociais. Ligado ao homem e a suas relações está presente a linguagem, aspecto para o qual também se voltaram Vigotski e Bakhtin. Na filosofia da linguagem, o que diferencia Bakhtin dos outros filósofos que se ativeram a estudos semelhantes é ter colocado a dinâmica social da prática observável da linguagem como força especificadora que estrutura as relações interpessoais. Já em Vigotski, na sua psicologia do conhecimento, o caráter histórico e social que constitui o homem e a 12

13 conversão das relações sociais em funções mentais é o que diferencia a concepção de desenvolvimento humano de Vigotski das outras concepções psicológicas e lhe confere um valor inovador ainda nos dias de hoje (SIRGADO, 2000, p. 48). Em palavras da professora Maria T. de Freitas ambos são marxistas que valorizaram a consciência (1995, p. 158), privilegiando em seus estudos uma perspectiva sócio-histórica. Contemporâneos, ambos nasceram, viveram e desenvolveram suas teorias em tempos difíceis, na Rússia fria e, ainda que não haja registros de que Vigotski e Bakhtin se conhecessem 7, esse fato que não invisibiliza a aproximação de suas teorias, já observado que ambos privilegiaram o aspecto cultural e social em seus fundamentos, construindo uma perspectiva histórica e uma compreensão do homem como conjunto de relações sociais (idem, p. 157). Semelhante também é a versatilidade, tanto de Bakhtin quanto de Vigotski, em diversas áreas do conhecimento, o que deve ser compreendida no contexto histórico e cultural da Rússia daquela época, como expõe Zinchenko: Os relatos de Vygotsky sobre a psicologia histórico-cultural emergiram somente quando a era de prata, ou renascença, da cultura russa estava em declínio. Durante essa época não havia nenhuma divisão definida de trabalho entre ciência, filosofia, arte, estética e até mesmo teologia. Gustav Shpet, Aleskei Losev, Mikhail Bakhtin, Pavel Florenskii e o fundador maior da Psicologia histórico-cultural, Lev Vygotsky, eram simultaneamente teóricos e conhecedores dessas esferas da atividade humana. As idéias de Vladimir Solov ev sobre a unidade em tudo no conhecimento racional e espiritual ainda estavam vivas.os notáveis poetas Boris Pasternark e Osip Mandel shtam tinham conhecimento em filosofia e nas ciências. (ZINCHENKO, apud RIBEIRO, 1998, p. 41) Recusaram o comportamentalismo marxista, entendendo que as especificidades dos fenômenos psíquicos humanos residem na intermediação, e são produzidos e empregados dentro de formas sociais concretas. O signo ideológico na constituição do sujeito, afirma Bakhtin, parte do exterior para o interior, ou seja, do social para o 7 Maria Teresa de Assunção Freitas, em seu livro Nos textos de Bakhtin e Vigotski: um encontro possível, registra que encontrou duas notas na obra de Bakhtin o freudismo (1925) que fazem referencia ao artigo A consciência como problema do comportamento de Vigotski, o que mostra, segundo a autora, que Bakhtin sabia da existência de Vygotsky, lera um artigo seu e o citava em seu livro um ano depois. (1995, p.156) 13

14 individual, e a palavra nada mais é do que produto de interação viva das forças sociais. Para Vigotski o sujeito também se constitui do social para o individual e ao introduzir as relações sociais como definidoras das funções mentais superiores, subverte o pensamento psicológico tradicional (SIRGADO, 2000, p. 61), abrindo caminho para a discussão para a importância das relações sociais na constituição do sujeito e da consciência. REFERÊNCIAS BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. Tradução de Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. 9. ed. São Paulo: Hucitec, BRAIT, Beth e CAMPOS, Maria Inês Batista. Da Rússia czarista à web. Disponível em: Acesso em: maio de BRAIT, Beth. Bakhtin: conceitos-chave. São Paulo: Contexto, BRAIT, Beth. Bakhtin: outros conceitos-chave. São Paulo: Contexto, FARACO, Carlos Alberto. Linguagem & diálogo: as idéias linguísticas do círculo de Bakhtin. São Paulo: Parábola, FREITAS, Maria Tereza de Assunção. Nos textos de Bakhtin e Vigotski: um encontro possível. São Paulo: Contexto, LORDELO, Lia da Rocha e TENÓRIO, Robinson Moreira. A consciência na obra de L.S. Vigotski: análise do conceito e implicações para a Psicologia e a Educação. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional. São Paulo: Volume 14, Número 1, Janeiro/Junho de 2010: Disponível em: Acesso em: maio OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento um processo sócio-histórico. São Paulo: Scipione, PONZIO, Augusto. A revolução bakhtiniana. São Paulo: Contexto, RIBEIRO, Lacy Ramos Jubé. Teoria histórico-cultural,teoria da atividade e educação:uma introdução. Revista Educativa. Goiânia, v. 13, n. 1, p , jan./jun Disponível em: Acesso em: 02 jun de

15 SIRGADO, Angel Pino. O social e o cultural na obra de Vigotski. Educação & Sociedade, ano XXI, nº 71, Julho de Disponível em: Acesso em: 17 maio SOUZA, Solange Jobin e. Infância e Linguagem: Bakhtin, Vygotsky e Benjamin. 6 Ed. Campinas, SP: Papirus, TEZZA, Cristóvão. A vida polifônica de Mikhail Bakhtin. Disponível em: Acesso em: maio de 2011 VIGOTSKI, Lev Semenovich. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, VIGOTSKI, Lev Semenovich. Manuscrito de Disponível em: Acesso em: maio de Recebido Para Publicação em 28 de março de Aprovado Para Publicação em 14 de maio de

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO LINHA DE EDUCAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO LINHA DE EDUCAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO LINHA DE EDUCAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE DISCIPLINA: Análise do Discurso CARGA HORÁRIA: 45 horas PROFESSORA: Dra. Laura Maria Silva Araújo

Leia mais

DACEX CTCOM Disciplina: Análise do Discurso. Profa. Dr. Carolina Mandaji

DACEX CTCOM Disciplina: Análise do Discurso. Profa. Dr. Carolina Mandaji DACEX CTCOM Disciplina: Análise do Discurso cfernandes@utfpr.edu.br Profa. Dr. Carolina Mandaji Análise do Discurso Fernanda Mussalim Condições de produção do discurso Formação discursiva, formação ideológica

Leia mais

DIÁLOGOS POSSÍVEIS - MIKHAIL BAKHTIN E PIERRE BOURDIEU: A NATUREZA SOCIAL DA LINGUAGEM

DIÁLOGOS POSSÍVEIS - MIKHAIL BAKHTIN E PIERRE BOURDIEU: A NATUREZA SOCIAL DA LINGUAGEM Web-Revista SOCIODIALETO www.sociodialeto.com.br Bacharelado e Licenciatura em Letras UEMS/Campo Grande M e s t r a d o e m L e t r a s U E M S / C a m p o G r a n d e ISSN: 2178-1486 Volume 1 Número 5

Leia mais

Anderson Cristiano da Silva a Miriam Baub Puzzo b

Anderson Cristiano da Silva a Miriam Baub Puzzo b MEDVIÉDEV, Pável Nikoláievitch. O método formal nos estudos literários: introdução crítica a uma poética sociológica. Trad. Sheila Camargo Grillo e Ekaterina Vólkova Américo. São Paulo: Contexto, 2012.

Leia mais

PROFA. JAQUELINE SANTOS PICETTI

PROFA. JAQUELINE SANTOS PICETTI PROFA. JAQUELINE SANTOS PICETTI PRIMEIRA AULA Contextualização da Psicologia na Educação. Os Modelos Pedagógicos e os Modelos Epistemológicos. A Aprendizagem na Perspectiva Humanista. PRIMEIRA AULA Há

Leia mais

A LINGUAGEM NO CENTRO DA FORMAÇÃO DO SUJEITO. Avanete Pereira Sousa 1 Darlene Silva Santos Santana 2 INTRODUÇÃO

A LINGUAGEM NO CENTRO DA FORMAÇÃO DO SUJEITO. Avanete Pereira Sousa 1 Darlene Silva Santos Santana 2 INTRODUÇÃO A LINGUAGEM NO CENTRO DA FORMAÇÃO DO SUJEITO Avanete Pereira Sousa 1 Darlene Silva Santos Santana 2 INTRODUÇÃO A natureza humana perpassa pelo campo da linguagem, quando é a partir da interação verbal

Leia mais

Transmissão da ideologia dominante como forma de inserção na cultura científica

Transmissão da ideologia dominante como forma de inserção na cultura científica Transmissão da ideologia dominante como forma de inserção na cultura científica Rafaella Martins* 1 Primeiras Considerações No seu livro Marxismo e filosofia da linguagem (MFL) Mikhail Bakhtin trata sobre

Leia mais

DACEX CTCOM Disciplina: Análise do Discurso. Profa. Dr. Carolina Mandaji

DACEX CTCOM Disciplina: Análise do Discurso. Profa. Dr. Carolina Mandaji DACEX CTCOM Disciplina: Análise do Discurso cfernandes@utfpr.edu.br Profa. Dr. Carolina Mandaji Formação discursiva, Formação ideológica Formações ideológicas Conjunto de valores e crenças a partir dos

Leia mais

VYGOTSKY Teoria sócio-cultural. Manuel Muñoz IMIH

VYGOTSKY Teoria sócio-cultural. Manuel Muñoz IMIH VYGOTSKY Teoria sócio-cultural Manuel Muñoz IMIH BIOGRAFIA Nome completo: Lev Semynovich Vygotsky Origem judaica, nasceu em 5.11.1896 em Orsha (Bielo- Rússia). Faleceu em 11.6.1934, aos 37 anos, devido

Leia mais

O desenvolvimento da imaginação por meio da leitura dos gêneros do discurso na escola

O desenvolvimento da imaginação por meio da leitura dos gêneros do discurso na escola O desenvolvimento da imaginação por meio da leitura dos gêneros do discurso na escola Gislaine Rossler Rodrigues Gobbo. Programa de Pós-Graduação em Educação Marília FFC Universidade Estadual Paulista

Leia mais

Rebak 1 : A alteridade pelo viés dialógico e a prática de escrita do aluno

Rebak 1 : A alteridade pelo viés dialógico e a prática de escrita do aluno Rebak 1 : A alteridade pelo viés dialógico e a prática de escrita do aluno Viviane Letícia Silva Carrijo 2 O eu pode realizar-se verbalmente apenas sobre a base do nós. BAKHTIN/VOLOSHINOV (1926) Bakhtin

Leia mais

Contribuições dos Estudos Bakhtinianos aos Estudos Neurolinguísticos

Contribuições dos Estudos Bakhtinianos aos Estudos Neurolinguísticos Contribuições dos Estudos Bakhtinianos aos Estudos Neurolinguísticos Thalita Cristina Souza Cruz Neste ensaio, apresentarei brevemente alguns conceitos bakhtinianos relacionadas à discussão sobre a significação

Leia mais

Psicologia da Educação. A Teoria Sociocultural do desenvolvimento e da Aprendizagem

Psicologia da Educação. A Teoria Sociocultural do desenvolvimento e da Aprendizagem Psicologia da Educação A Teoria Sociocultural do desenvolvimento e da Aprendizagem Objetivos Definir a Teoria Psicologica da aprendizagem Sócio-cultural Conceituar a Teoria de Vigostki e descrever os conceitos

Leia mais

LEV VYGOTSKY 1896/1934

LEV VYGOTSKY 1896/1934 TEORIA SÓCIO-HISTÓRICA LEV VYGOTSKY 1896/1934 Dados Biográficos - Nasceu em Orsha, Bielorussia, em 17 de novembro de 1896. - Judeu, pertencente a uma família culta e bastante numerosa. Era o segundo de

Leia mais

O DISCURSO CITADO: UM ESTUDO SOBRE A OBRA DE BAKHTIN

O DISCURSO CITADO: UM ESTUDO SOBRE A OBRA DE BAKHTIN 103 de 107 O DISCURSO CITADO: UM ESTUDO SOBRE A OBRA DE BAKHTIN Priscyla Brito Silva 7 (UESB) Elmo Santos 8 (UESB) RESUMO Dentre as várias maneiras de abordagem do fenômeno discursivo, surgem, a partir

Leia mais

Introdução. Adriana Trindade Vargas

Introdução. Adriana Trindade Vargas Cadernos de Letras da UFF - Dossiê: Tradução n o 48, p. 283-290 283 ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE A NOÇÃO DE SUJEITO NA TEORIA BAKHTINIANA E NA TEORIA PECHETIANA Adriana Trindade Vargas RESUMO Este trabalho

Leia mais

1 Mestranda em Estudos de Linguagens (CEFET-MG). Belo Horizonte. Correio Eletrônico:

1 Mestranda em Estudos de Linguagens (CEFET-MG). Belo Horizonte. Correio Eletrônico: 165 Suelen MARTINS RESENHA SOBRAL, Adail. Do dialogismo ao gênero: as bases do pensamento do círculo de Bakhtin. Campinas: Mercado das Letras, 2009. Série Ideias sobre linguagem. Suelen MARTINS 1 Palavras-chave:

Leia mais

A filosofia da linguagem no estudo da comunicação 1

A filosofia da linguagem no estudo da comunicação 1 A filosofia da linguagem no estudo da comunicação 1 1 Francismar Formentão 2 Maria José Rizzi Henriques 3 Resumo: Diversas correntes científicas debruçaram-se sobre o estudo da comunicação. A filosofia

Leia mais

Vygotsky e o conceito de pensamento verbal

Vygotsky e o conceito de pensamento verbal Pensadores da Educação Vygotsky e o conceito de pensamento verbal Para Vygotsky, é o pensamento verbal que nos ajuda a organizar a realidade em que vivemos Rodrigo Ratier Camila Monroe Voz do pensamento

Leia mais

O eu e o outro no ato de ler

O eu e o outro no ato de ler O eu e o outro no ato de ler Jessica de Castro Gonçalves 1 O ser humano relaciona-se com a realidade por meio da linguagem. Esta possibilita ao homem apreender, transformar e modificar o mundo ao seu redor.

Leia mais

4 - Vygotsky. Lev Semyonovitch Vygotsky. Influências. Vygotsky. Idéias. Importância do Meio Social. Estágio Curricular Supervisionado em Física I

4 - Vygotsky. Lev Semyonovitch Vygotsky. Influências. Vygotsky. Idéias. Importância do Meio Social. Estágio Curricular Supervisionado em Física I Lev Semyonovitch Vygotsky 4 - Vygotsky Estágio Curricular Supervisionado em Física I nasceu na Rússia em 1896 formou-se em Direito e Medicina e foi professor de Literatura e Psicologia grande produção

Leia mais

Paradigmas filosóficos e conhecimento da educação:

Paradigmas filosóficos e conhecimento da educação: Paradigmas filosóficos e conhecimento da educação: Limites atual do discurso filosófico no Brasil na abordagem da temática educacional Fonte: SEVERINO, Antonio Joaquim (USP) A preocupação do texto Os discursos

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL Nível Mestrado Disciplina eletiva

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL Nível Mestrado Disciplina eletiva 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL Nível Mestrado Disciplina eletiva PROGRAMA DA DISCIPLINA CURSO: HISTÓRIA SOCIAL PERÍODO: 2016/1

Leia mais

COMUNICAÇÃO APLICADA MÓDULO 4

COMUNICAÇÃO APLICADA MÓDULO 4 COMUNICAÇÃO APLICADA MÓDULO 4 Índice 1. Significado...3 1.1. Contexto... 3 1.2. Intertextualidade... 3 1.2.1. Tipos de intertextualidade... 3 1.3. Sentido... 4 1.4. Tipos de Significado... 4 1.4.1. Significado

Leia mais

Suely Aparecida da Silva

Suely Aparecida da Silva Estética da criação verbal SOBRAL, Adail. Estética da criação verbal. In: BRAIT, Beth. Bakhtin, dialogismo e polifonia. São Paulo: contexto, 2009. p. 167-187. Suely Aparecida da Silva Graduada em Normal

Leia mais

TEORIAS INTERACIONISTAS - VYGOTSKY

TEORIAS INTERACIONISTAS - VYGOTSKY TEORIAS INTERACIONISTAS - VYGOTSKY Enquanto: As teorias do condicionamento reduzem o indivíduo às determinações dos objetos; A teoria da Gestalt reduz as possibilidades de conhecimento às estruturas pré-formadas.

Leia mais

UM ESPETÁCULO DE DANÇA COMO MEDIADOR SEMIÓTICO NA AULA DE ARTE

UM ESPETÁCULO DE DANÇA COMO MEDIADOR SEMIÓTICO NA AULA DE ARTE UM ESPETÁCULO DE DANÇA COMO MEDIADOR SEMIÓTICO NA AULA DE ARTE Mary Fátima Gomes Rodrigues Fundação Regional Educacional de Avaré e-mail: rodriguesmary@bol.com.br Laudo Rodrigues Sobrinho Universidade

Leia mais

CLASSIFICADOS DE JORNAIS: DIVERSIDADE DE VOZES E CONSTITUIÇÃO DE SUBJETIVIDADE

CLASSIFICADOS DE JORNAIS: DIVERSIDADE DE VOZES E CONSTITUIÇÃO DE SUBJETIVIDADE CLASSIFICADOS DE JORNAIS: DIVERSIDADE DE VOZES E CONSTITUIÇÃO DE SUBJETIVIDADE Introdução Kelli da Rosa Ribeiro 1 O presente trabalho apresenta reflexões iniciais referentes a um projeto de pesquisa em

Leia mais

AS RELAÇÕES DIALÓGICAS E AS FORMAS DE CITAÇÃO DO DISCURSO DO OUTRO NA CRÔNICA GRIPE SUÍNA OU PORCINA?

AS RELAÇÕES DIALÓGICAS E AS FORMAS DE CITAÇÃO DO DISCURSO DO OUTRO NA CRÔNICA GRIPE SUÍNA OU PORCINA? 729 AS RELAÇÕES DIALÓGICAS E AS FORMAS DE CITAÇÃO DO DISCURSO DO OUTRO NA CRÔNICA GRIPE SUÍNA OU PORCINA? Maricília Lopes da Silva - UNIFRAN A crônica é na essência uma forma de arte, arte da palavra,

Leia mais

Os Sociólogos Clássicos Pt.2

Os Sociólogos Clássicos Pt.2 Os Sociólogos Clássicos Pt.2 Max Weber O conceito de ação social em Weber Karl Marx O materialismo histórico de Marx Teoria Exercícios Max Weber Maximilian Carl Emil Weber (1864 1920) foi um intelectual

Leia mais

como se deu seu desenvolvimento e identificando quais fatores condicionaram sua manifestação. Duarte (2001), outro pesquisador representante dessa

como se deu seu desenvolvimento e identificando quais fatores condicionaram sua manifestação. Duarte (2001), outro pesquisador representante dessa 1 PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: PROPOSIÇÕES E CATEGORIAS MAZZEU, Lidiane Teixeira Brasil UNESP GT-08: Formação de Professores Agência Financiadora: CNPq O presente texto consiste

Leia mais

Psicologia da Educação II Pressupostos Teóricos de Vygotsky. Profa. Elisabete Martins da Fonseca

Psicologia da Educação II Pressupostos Teóricos de Vygotsky. Profa. Elisabete Martins da Fonseca Psicologia da Educação II Pressupostos Teóricos de Vygotsky Profa. Elisabete Martins da Fonseca Recapitulando... Em nossa última aula apresentamos as contribuições de Jean Piaget. Lançamos uma reflexão

Leia mais

A TEORIA DO PENSAMENTO BAKHTINIANO NA ESCOLA PÚBLICA: UMA COMUNICAÇÃO ALÉM DA RETÓRICA E DO VERBO.

A TEORIA DO PENSAMENTO BAKHTINIANO NA ESCOLA PÚBLICA: UMA COMUNICAÇÃO ALÉM DA RETÓRICA E DO VERBO. A TEORIA DO PENSAMENTO BAKHTINIANO NA ESCOLA PÚBLICA: UMA COMUNICAÇÃO ALÉM DA RETÓRICA E DO VERBO. Dra. Maria das Neves Gonçalves de Almeida (1); Dr.Osvaldo Villalba (2). Universidade San Carlos, mestre.neves@hotmail.com

Leia mais

Psicologia da Educação III. Profa. Cecília Regina Carlini Ferreira Coelho

Psicologia da Educação III. Profa. Cecília Regina Carlini Ferreira Coelho Psicologia da Educação III Profa. Cecília Regina Carlini Ferreira Coelho Conteúdos desta aula - continuação Três teorias psicológicas sobre o desenvolvimento humano. Piaget; Freud; Vygotsky; Fórum da próxima

Leia mais

Vygotsky ( ) Vygotsky e a construção sóciohistórica. desenvolvimento. Prof. Daniel Abud Seabra Matos

Vygotsky ( ) Vygotsky e a construção sóciohistórica. desenvolvimento. Prof. Daniel Abud Seabra Matos Vygotsky (1896 1934) Vygotsky e a construção sóciohistórica do desenvolvimento Prof. Daniel Abud Seabra Matos Vygotsky e a construção sócio-histórica do desenvolvimento Aspecto característico da psicologia

Leia mais

FREITAS, Maria Tereza Assunção de. O pensamento de Vygotsky e Bakhtin no Brasil. 5. ed. Campinas: Papirus, 2002.

FREITAS, Maria Tereza Assunção de. O pensamento de Vygotsky e Bakhtin no Brasil. 5. ed. Campinas: Papirus, 2002. FREITAS, Maria Tereza Assunção de. O pensamento de Vygotsky e Bakhtin no Brasil. 5. ed. Campinas: Papirus, 2002. Capítulo 4 - Implicações pedagógicas das teorias de Vygotsky e Bakhtin: conversas ao longo

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DO SIGNO PARA O APRENDIZADO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

A IMPORTÂNCIA DO SIGNO PARA O APRENDIZADO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL 413 de 664 A IMPORTÂNCIA DO SIGNO PARA O APRENDIZADO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL Nayra Marinho Silva 124 (UESB) Carla Salati Almeida Ghirello-Pires 125 (UESB) RESUMO Este trabalho objetiva investigar

Leia mais

PRODUÇÃO NO CIBERESPAÇO: UMA QUESTÃO DIALÓGICA

PRODUÇÃO NO CIBERESPAÇO: UMA QUESTÃO DIALÓGICA PRODUÇÃO NO CIBERESPAÇO: UMA QUESTÃO DIALÓGICA LUCIENE FONTÃO UFSC DOUTORANDA EM TEORIA LITERÁRIA MESTRE EM LINGÜÍSTICA APLICADA AO TEXTO E ENSINO PROFESSORA DE LÍNGUA PORTUGUESA E METODOLOGIA DE ENSINO

Leia mais

NOÇÕES BÁSICAS DE CONCEITOS EM BAKHTIN

NOÇÕES BÁSICAS DE CONCEITOS EM BAKHTIN NOÇÕES BÁSICAS DE CONCEITOS EM BAKHTIN Milton Pereira Lima. (miltoncau@yahoo.com.br / miltonlima@unifesspa.com) UNIFESSPA. RESUMO Esse estudo tem como tema noções básicas de conceitos problematizados pelo

Leia mais

Gêneros do discurso: contribuições do Círculo de Bakhtin. Profa. Sheila Vieira de Camargo Grillo

Gêneros do discurso: contribuições do Círculo de Bakhtin. Profa. Sheila Vieira de Camargo Grillo Gêneros do discurso: contribuições do Círculo de Bakhtin Profa. Sheila Vieira de Camargo Grillo Gêneros do discurso: notas sobre o artigo Ø Artigo publicado, pela primeira vez, após a morte de Bakhtin,

Leia mais

A CONSTITUIÇÃO DA SUBJETIVIDADE DA CRIANÇA: UMA REFLEXÃO SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DA ESCOLA 1

A CONSTITUIÇÃO DA SUBJETIVIDADE DA CRIANÇA: UMA REFLEXÃO SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DA ESCOLA 1 A CONSTITUIÇÃO DA SUBJETIVIDADE DA CRIANÇA: UMA REFLEXÃO SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DA ESCOLA 1 Sirlane de Jesus Damasceno Ramos Mestranda Programa de Pós-graduação Educação Cultura e Linguagem PPGEDUC/UFPA.

Leia mais

PROGRAMA DE ENSINO. Área de Concentração EDUCAÇÃO ESCOLAR E PROCESSOS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

PROGRAMA DE ENSINO. Área de Concentração EDUCAÇÃO ESCOLAR E PROCESSOS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO PROGRAMA DE ENSINO Disciplina Teoria Histórico-Cultural, Educação Escolar e Formação Humana Semestre Código Ano Letivo Área de Concentração EDUCAÇÃO ESCOLAR E PROCESSOS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO Curso:

Leia mais

Infográfico como linguagem na divulgação científica estudo na perspectiva da análise dialógica do discurso (ADD) de Bakhtin

Infográfico como linguagem na divulgação científica estudo na perspectiva da análise dialógica do discurso (ADD) de Bakhtin Infográfico como linguagem na divulgação científica estudo na perspectiva da análise dialógica do discurso (ADD) de Bakhtin Elisangela S. M. Marques 1 Marcia Reami Pechula 2 O presente texto propõe uma

Leia mais

Contribuições do pensamento de Bakhtin para a alfabetização

Contribuições do pensamento de Bakhtin para a alfabetização Contribuições do pensamento de Bakhtin para a alfabetização Vania Grim Thies 1 O objetivo do presente texto é pensar as questões relativas à linguagem e a educação com as contribuições do pensamento bakhtiniano,

Leia mais

MESA REDONDA - O ENSINO DA LITERATURA NA ESCOLA E O LETRAMENTO LITERÁRIO: QUAIS OS DESAFIOS DO PROFESSOR?

MESA REDONDA - O ENSINO DA LITERATURA NA ESCOLA E O LETRAMENTO LITERÁRIO: QUAIS OS DESAFIOS DO PROFESSOR? MESA REDONDA - O ENSINO DA LITERATURA NA ESCOLA E O LETRAMENTO LITERÁRIO: QUAIS OS DESAFIOS DO PROFESSOR? LETRAMENTO LITERÁRIO: POR QUE E COMO ENSINAR LITERATURA NA ESCOLA? SAMUEL LIRA DE OLIVEIRA Os estudos

Leia mais

Prefácio A obra em contexto: tradução, história e autoria (Sheila Camargo Grillo)...19

Prefácio A obra em contexto: tradução, história e autoria (Sheila Camargo Grillo)...19 Sumário Apresentação Importância e necessidade da obra O método formal nos estudos literários: introdução a uma poética sociológica (Beth Brait)...11 Prefácio A obra em contexto: tradução, história e autoria

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES DEPARTAMENTO DE LETRAS ESTRANGEIRAS MODERNAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES DEPARTAMENTO DE LETRAS ESTRANGEIRAS MODERNAS 'J UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES DEPARTAMENTO DE LETRAS ESTRANGEIRAS MODERNAS PLANO DE ENSINO Ficha Nº 2 (parte variável) Disciplina: Orientação Monográfica em

Leia mais

Introdução ao pensamento de Marx 1

Introdução ao pensamento de Marx 1 Introdução ao pensamento de Marx 1 I. Nenhum pensador teve mais influência que Marx, e nenhum foi tão mal compreendido. Ele é um filósofo desconhecido. Muitos motivos fizeram com que seu pensamento filosófico

Leia mais

2ª feira. 3ª feira. 4ª feira DISCIPLINAS 2º SEMESTRE 2014

2ª feira. 3ª feira. 4ª feira DISCIPLINAS 2º SEMESTRE 2014 DISCIPLINAS 2º SEMESTRE 2014 2ª 3ª Manhã Disciplina: Sociologia da educação: relações família e escola nas diferentes camadas sociais Écio Antônio Portes 08:00 às 12:00 Tarde Disciplina: Cultura Material

Leia mais

A História da Psicologia Social

A História da Psicologia Social Então estamos falando de duas Psicologias Sociais? A História da Psicologia PSICOLOGIA SOCIAL I PROFA. DRA. ROSANA CARNEIRO TAVARES Psicologia Tradicional: descreve, nomeia e conceitua os fenômenos psicossociais,

Leia mais

A MEDIAÇÃO SEMIÓTICA DOS INSTRUMENTOS CULTURAIS NA APRENDIZAGEM DE CONCEITOS CIENTÍFICOS

A MEDIAÇÃO SEMIÓTICA DOS INSTRUMENTOS CULTURAIS NA APRENDIZAGEM DE CONCEITOS CIENTÍFICOS A MEDIAÇÃO SEMIÓTICA DOS INSTRUMENTOS CULTURAIS NA APRENDIZAGEM DE CONCEITOS CIENTÍFICOS Ivan Carlos Pereira GOMES a [ivancpg@yahoo.com.br] Wagner Wilson FURTADO ab [wagner@if.ufg.br] Agustina Rosa ECHEVERRÍA

Leia mais

IMAGINAÇÃO NARRATIVA, CONSCIÊNCIA DE SI E RELAÇÕES DIALÓGICAS: IMPLICAÇÕES NOS PROCESSOS EDUCATIVOS

IMAGINAÇÃO NARRATIVA, CONSCIÊNCIA DE SI E RELAÇÕES DIALÓGICAS: IMPLICAÇÕES NOS PROCESSOS EDUCATIVOS IMAGINAÇÃO NARRATIVA, CONSCIÊNCIA DE SI E RELAÇÕES DIALÓGICAS: IMPLICAÇÕES NOS PROCESSOS EDUCATIVOS Resumo Sabrina Alves de Souza 1 - UPF Grupo de Trabalho Educação e Direitos Humanos Agência Financiadora:

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL Nível Mestrado e Doutorado

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL Nível Mestrado e Doutorado 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL Nível Mestrado e Doutorado PROGRAMA DA DISCIPLINA CURSO: MESTRADO E DOUTORADO EM HISTÓRIA SOCIAL

Leia mais

Sujeito e ideologia para Pêcheux e para Bakhtin: bordando fronteiras. Mikhail Bakhtin e Michel Pêcheux: breves considerações

Sujeito e ideologia para Pêcheux e para Bakhtin: bordando fronteiras. Mikhail Bakhtin e Michel Pêcheux: breves considerações SujeitoeideologiaparaPêcheuxeparaBakhtin: bordandofronteiras FrancisLampoglia 1 ValdemirMiotello 2 LucíliaMariaSousaRomão 3 MikhailBakhtineMichelPêcheux:brevesconsiderações Este trabalho estuda as noções

Leia mais

DISCIPLINAS OPTATIVAS

DISCIPLINAS OPTATIVAS PPGMLS 005 Literatura e Produção de Memória Social (M DISCIPLINAS OPTATIVAS 60 4 Estudo, em perspectiva histórica, das relações entre os diversos gêneros líricos e a perenização do nome cantado. Os usos

Leia mais

META Retomar os caminhos da Linguística, segundo a visão de Saussure e os contrapor à visão de Bakhtin.

META Retomar os caminhos da Linguística, segundo a visão de Saussure e os contrapor à visão de Bakhtin. SAUSSURE E BAKHTIN: OS (DES)CAMINHOS DA LINGÜÍSTICA META Retomar os caminhos da Linguística, segundo a visão de Saussure e os contrapor à visão de Bakhtin. OBJETIVOS Ao final desta aula, o aluno deverá:

Leia mais

A TEORIA SÓCIO-CULTURAL DA APRENDIZAGEM E DO ENSINO. Leon S. Vygotsky ( )

A TEORIA SÓCIO-CULTURAL DA APRENDIZAGEM E DO ENSINO. Leon S. Vygotsky ( ) A TEORIA SÓCIO-CULTURAL DA APRENDIZAGEM E DO ENSINO Leon S. Vygotsky (1896-1934) O CONTEXTO DA OBRA - Viveu na União Soviética saída da Revolução Comunista de 1917 - Materialismo marxista - Desejava reescrever

Leia mais

1. A dialética de Hegel a) envolve duas etapas, formadas por opostos encontrados na natureza (dia-noite, claro-escuro, friocalor).

1. A dialética de Hegel a) envolve duas etapas, formadas por opostos encontrados na natureza (dia-noite, claro-escuro, friocalor). Exercícios sobre Hegel e a dialética EXERCÍCIOS 1. A dialética de Hegel a) envolve duas etapas, formadas por opostos encontrados na natureza (dia-noite, claro-escuro, friocalor). b) é incapaz de explicar

Leia mais

CÍRCULO DE BAKHTIN: TEORIA INCLASSIFICÁVEL

CÍRCULO DE BAKHTIN: TEORIA INCLASSIFICÁVEL CÍRCULO DE BAKHTIN: TEORIA INCLASSIFICÁVEL Maria Inês Batista CAMPOS* PAULA, L. de; STAFUZZA, G. (Org.). Círculo de Bakhtin: teoria inclassifi cável. Campinas: Mercado de Letras, 2010. 447 p. (Bakhtin:

Leia mais

BAKHTIN E A PÓS-MODERNIDADE: ABERTURA DAS NOÇÕES DE DIALOGISMO E POLIFONIA PARA O PENSAMENTO PÓS- MODERNO

BAKHTIN E A PÓS-MODERNIDADE: ABERTURA DAS NOÇÕES DE DIALOGISMO E POLIFONIA PARA O PENSAMENTO PÓS- MODERNO Publicado na 11 Edição (Novembro e Dezembro de 2009) da Revista Linguasagem www.letras.ufscar.br/linguasagem BAKHTIN E A PÓS-MODERNIDADE: ABERTURA DAS NOÇÕES DE DIALOGISMO E POLIFONIA PARA O PENSAMENTO

Leia mais

I CIED Congresso Internacional de Estudos do Discurso 06, 07 e 08 de Agosto de 2014

I CIED Congresso Internacional de Estudos do Discurso 06, 07 e 08 de Agosto de 2014 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Programa de Pós-graduação em Filologia e Língua Portuguesa Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas I CIED Congresso Internacional

Leia mais

INTERACIONISMO SÓCIO-DISCURSIVO (ISD): CONTRIBUIÇÕES DE BAKHTIN

INTERACIONISMO SÓCIO-DISCURSIVO (ISD): CONTRIBUIÇÕES DE BAKHTIN - SEPesq INTERACIONISMO SÓCIO-DISCURSIVO (ISD): CONTRIBUIÇÕES DE BAKHTIN Ana Paula da Cunha Sahagoff Doutoranda em Letras, Mestre em Letras, Especialista em Educação, Graduada em Letras. (UniRitter) anasahagoff@gmail.com

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA PLANO DE ENSINO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA I. IDENTIFICAÇÃO Curso: Psicologia Semestre: 2018 II Turma: 417 Disciplina: PSI

Leia mais

14- LA TAILLE, Yves. DANTAS, Heloisa e

14- LA TAILLE, Yves. DANTAS, Heloisa e 14- LA TAILLE, Yves. DANTAS, Heloisa e Concurso Público Osasco PEB I - 2017 OLIVEIRA, Marta Kohl de, Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. ed., São Paulo: Summus, 1992 PROFESSOR

Leia mais

1 Origem e definição do problema

1 Origem e definição do problema 1 Origem e definição do problema Se o homem é formado pelas circunstâncias, o que é preciso é formar as circunstâncias humanamente. Karl Marx São cerca de 40 anos de conferências, encontros, seminários,

Leia mais

PRÓ-REITORIA ACADÊMICA ESCOLA DE EDUCAÇÃO, TECNOLOGIA E COMUNICAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇAO STRICTO SENSU EM EDUCAÇÃO

PRÓ-REITORIA ACADÊMICA ESCOLA DE EDUCAÇÃO, TECNOLOGIA E COMUNICAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇAO STRICTO SENSU EM EDUCAÇÃO DISCIPLINA INSTITUCIONAL E OBRIGATÓRIA PARA MESTRANDOS E DOUTORANDOS Epistemologia: Ementa: Construção do conhecimento científico. Diferentes paradigmas de pesquisa em ciências sociais. Delineamento de

Leia mais

10 Seminário de Extensão ERA UMA VEZ... LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA

10 Seminário de Extensão ERA UMA VEZ... LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA 10 Seminário de Extensão ERA UMA VEZ... LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA Autor(es) VALERIA BRAIDOTTI Co-Autor(es) RODRIGO FIDELES FERNANDES Orientador(es) VALÉRIA BRAIDOTTI 1. Introdução

Leia mais

Alteridade e responsividade em Bakhtin

Alteridade e responsividade em Bakhtin Alteridade e responsividade em Bakhtin Sebastiana Almeida Souza (UFMT/MeEL) 1 Sérgio Henrique de Souza Almeida (UFMT/MeEL) 2 Introdução Este artigo pretende trabalhar a noção de alteridade e responsividade

Leia mais

DISCIPLINAS OFERECIDAS NO SEGUNDO SEMESTRE DE 2015

DISCIPLINAS OFERECIDAS NO SEGUNDO SEMESTRE DE 2015 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO PROCESSOS SOCIOEDUCATIVOS E PRÁTICAS ESCOLARES DISCIPLINAS OFERECIDAS NO SEGUNDO SEMESTRE DE 2015

Leia mais

O estudo da mediação do tempo na Comunicação 1

O estudo da mediação do tempo na Comunicação 1 O estudo da mediação do tempo na Comunicação 1 FORMENTÃO, Francismar UNICENTRO/PR RESUMO A comunicação é mediada pela linguagem e instaura a história, no estudo da mediação, a filosofia da linguagem apresentada

Leia mais

A VISÃO DIALÓGICA DO DISCURSO

A VISÃO DIALÓGICA DO DISCURSO A VISÃO DIALÓGICA DO DISCURSO SANTOS, Robson Fagundes dos. (G UNIOESTE) LUNARDELLI, Mariangela Garcia. (UNIOESTE) RESUMO: O presente estudo visa apresentar os pressupostos acerca da Análise do Discurso,

Leia mais

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: a Literatura no Enem. Literatura Brasileira 3ª série EM Prof.: Flávia Guerra

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: a Literatura no Enem. Literatura Brasileira 3ª série EM Prof.: Flávia Guerra Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: a Literatura no Enem Literatura Brasileira 3ª série EM Prof.: Flávia Guerra Competência de área 4 Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação

Leia mais

CURSO: PEDAGOGIA EMENTAS º PERÍODO

CURSO: PEDAGOGIA EMENTAS º PERÍODO CURSO: PEDAGOGIA EMENTAS - 2016.1 1º PERÍODO DISCIPLINA: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO Estudo da história geral da Educação e da Pedagogia, enfatizando a educação brasileira. Políticas ao longo da história engendradas

Leia mais

O ENSINO MÉDIO INOVADOR E A FORMAÇÃO DE LEITORES

O ENSINO MÉDIO INOVADOR E A FORMAÇÃO DE LEITORES O ENSINO MÉDIO INOVADOR E A FORMAÇÃO DE LEITORES Educação, Linguagem e Memória 1 Ronivon Teixeira 1 (roniteixeira@hotmail.com) Angela Cristina Di Palma Back 2 (acb@unesc.net) Introdução Este trabalho,

Leia mais

(A Ideologia Alemã Introdução)

(A Ideologia Alemã Introdução) 1 (A Ideologia Alemã Introdução) 1. Texto e contexto A Ideologia Alemã é uma obra escrita por K. Marx e F. Engels nos anos de 1845/1846. Sem dúvida, a mais importante no que se refere à elaboração dos

Leia mais

A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA Manassés Morais Xavier Universidade Federal de Campina Grande manassesmxavier@yahoo.com.br Maria de Fátima Almeida Universidade Federal

Leia mais

CAPITULO 4 SOCIOLOGIA ALEMÃ: KARL MARX E MAX WEBER

CAPITULO 4 SOCIOLOGIA ALEMÃ: KARL MARX E MAX WEBER CAPITULO 4 SOCIOLOGIA ALEMÃ: KARL MARX E MAX WEBER Karl Marx (1818-1883) Mercadoria como base das relações sociais Mercantilização: tudo vira mercadoria. Materialismo Histórico Dialético Toda e qualquer

Leia mais

Capitulo 16 - Filosofia -

Capitulo 16 - Filosofia - Capitulo 16 - Filosofia - Pensamento do século XIX Século XIX: Expansão do capitalismo e os novos ideais De acordo com a periodização tradicional considera-se a Revolução Francesa o marco inicial da época

Leia mais

O ato como representação do professor responsável

O ato como representação do professor responsável O ato como representação do professor responsável Lidiane Costa dos Santos 1 Welington da Costa Pinheiro 2 Para Bakhtin, os sujeitos constituem-se nas relações sociais, logo, é inevitável não recordar

Leia mais

Linguagem e Ideologia

Linguagem e Ideologia Linguagem e Ideologia Isabela Cristina dos Santos Basaia Graduanda Normal Superior FUPAC E-mail: isabelabasaia@hotmail.com Fone: (32)3372-4059 Data da recepção: 19/08/2009 Data da aprovação: 31/08/2011

Leia mais

4 PERSPECTIVAS BAKHTINIANAS

4 PERSPECTIVAS BAKHTINIANAS 40 4 PERSPECTIVAS BAKHTINIANAS A vida conhece dois centros de valores que são fundamentais e essencialmente diferentes, e ainda assim correlacionados um com o outro: eu mesmo e o outro; e é em torno desses

Leia mais

CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA. Profº Ney Jansen Sociologia

CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA. Profº Ney Jansen Sociologia CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA Profº Ney Jansen Sociologia Ao problematizar a relação entre indivíduo e sociedade, no final do século XIX a sociologia deu três matrizes de respostas a essa questão: I-A sociedade

Leia mais

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO Para que se possa compreender de forma mais ampla o tema da afetividade na educação infantil, entendemos que primeiramente faz-se necessário

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA

PROGRAMA DE DISCIPLINA PROGRAMA DE DISCIPLINA Disciplina: FILOSOFIA Código da Disciplina: NDC 141 Curso: Engenharia de Produção Semestre de oferta da disciplina: 1 Faculdade responsável: Núcleo das Disciplinas Comuns (NDC) Programa

Leia mais

ENUNCIADOS SOBRE A CONSTRUÇÃO DE UM PERCURSO ENTRE PESQUISADORAS E COORDENADORAS DE CRECHES PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE JUIZ DE FORA

ENUNCIADOS SOBRE A CONSTRUÇÃO DE UM PERCURSO ENTRE PESQUISADORAS E COORDENADORAS DE CRECHES PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE JUIZ DE FORA ENUNCIADOS SOBRE A CONSTRUÇÃO DE UM PERCURSO ENTRE PESQUISADORAS E COORDENADORAS DE CRECHES PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE JUIZ DE FORA Vanessa Almeida Stigert Mestranda em Educação PPGE/UFJF Marília Dejanira

Leia mais

PLANO DE CURSO. Discutir (com reflexão e revisão permanente) os principais conceitos da Teoria sóciohistórico-cultural

PLANO DE CURSO. Discutir (com reflexão e revisão permanente) os principais conceitos da Teoria sóciohistórico-cultural 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: PLANO DE CURSO Curso: Bacharelado em Psicologia Disciplina: Teoria sócio histórico cultural de Vygotsky Professora: Camila Vasconcelos Carnaúba Lima Código: PSI06 Carga Horária:

Leia mais

AS CONTRIBUIÇÕES DO ESTUDO DE VYGOTSKY PARA A EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA E AS TEORIAS PEDAGÓGICAS

AS CONTRIBUIÇÕES DO ESTUDO DE VYGOTSKY PARA A EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA E AS TEORIAS PEDAGÓGICAS 611 AS CONTRIBUIÇÕES DO ESTUDO DE VYGOTSKY PARA A EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA E AS TEORIAS PEDAGÓGICAS Amanda Rodrigues TAVARES Anyelle Vasconcelos REZENDE Fabiane Alves do VALE Marlene Barbosa de Freitas REIS

Leia mais

PSICOLOGIA E DIREITOS HUMANOS: Formação, Atuação e Compromisso Social

PSICOLOGIA E DIREITOS HUMANOS: Formação, Atuação e Compromisso Social A CONSTITUIÇÃO DA TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL: ESTUDOS SOBRE O CONTEXTO DE VIGOTSKI Vinícius Stein* (Departamento de Teoria e Prática da Educação. Universidade Estadual de Maringá, Maringá PR, Brasil); Marta

Leia mais

9º Congresso de Pós-Graduação PRODUÇÃO INTELECTUAL NA PERSPECTIVA HISTÓRICO-CULTURAL NAS REUNIÕES DA ANPED ( )

9º Congresso de Pós-Graduação PRODUÇÃO INTELECTUAL NA PERSPECTIVA HISTÓRICO-CULTURAL NAS REUNIÕES DA ANPED ( ) 9º Congresso de Pós-Graduação PRODUÇÃO INTELECTUAL NA PERSPECTIVA HISTÓRICO-CULTURAL NAS REUNIÕES DA ANPED (2006-2010) Autor(es) ALESSANDRA DILAIR FORMAGIO MARTINS Co-Autor(es) CAROLINA JOSÉ MARIA Orientador(es)

Leia mais

12 Introdução ao pensamento de Bakhtin

12 Introdução ao pensamento de Bakhtin Vida e obra Em sua época, Chesterton dividiu a espécie humana em três grandes categorias: pessoas simples, intelectuais e poetas. As pessoas simples são capazes de sentir, mas não de expressar seus sentimentos;

Leia mais

10/06/2010. Prof. Sidney Facundes. Adriana Oliveira Betânia Sousa Cyntia de Sousa Godinho Giselda da Rocha Fagundes Mariane da Cruz da Silva

10/06/2010. Prof. Sidney Facundes. Adriana Oliveira Betânia Sousa Cyntia de Sousa Godinho Giselda da Rocha Fagundes Mariane da Cruz da Silva Teoria Gramatical Análise do Discurso Prof. Sidney Facundes Adriana Oliveira Betânia Sousa Cyntia de Sousa Godinho Giselda da Rocha Fagundes Mariane da Cruz da Silva Análise do Discurso Conforme Maingueneua

Leia mais

Teorias do materialismo histórico-dialético e históricocultural como fundamento para a formação docente

Teorias do materialismo histórico-dialético e históricocultural como fundamento para a formação docente Teorias do materialismo histórico-dialético e históricocultural como fundamento para a formação docente AUGUSTA PADILHA(UNINGÁ)¹ MARTA SILENE FERREIRA BARROS(G-UNINGÁ) 2 RESUMO Este artigo é resultado

Leia mais

- Foi ele quem introduziu um sistema para compreender a história da filosofia e do mundo,

- Foi ele quem introduziu um sistema para compreender a história da filosofia e do mundo, - Foi ele quem introduziu um sistema para compreender a história da filosofia e do mundo, - Chamado geralmente dialética: progressão na qual cada movimento sucessivo surge como solução das contradições

Leia mais

FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA PROFESSOR: REINALDO SOUZA

FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA PROFESSOR: REINALDO SOUZA FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA PROFESSOR: REINALDO SOUZA Nada de grande se realizou no mundo sem paixão. G. W. F. HEGEL (1770-1831) Século XIX Revolução Industrial (meados do século XVIII) Capitalismo; Inovações

Leia mais

DIDÁTICA DAS CIÊNCIAS HUMANAS II PC h

DIDÁTICA DAS CIÊNCIAS HUMANAS II PC h EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA: DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL NO CONTEXTO DO CAMPO ANÁLISE E PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA ESCOLAS

Leia mais

Faculdade de Educação (Faed) Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEdu)

Faculdade de Educação (Faed) Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEdu) 01. Disciplinas e s DOUTORADO EM EDUCAÇÃO ATIVIDADES OBRIGATÓRIAS FORMAÇÃO PEDAGÓGICA E PROBLEMAS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS Origem, natureza e finalidade da formação pedagógica. Bases metafísico-teológicas

Leia mais

Apontamentos sobre o conceito de cultura no Círculo de Bakhtin e a esfera político-cultural no Brasil contemporâneo

Apontamentos sobre o conceito de cultura no Círculo de Bakhtin e a esfera político-cultural no Brasil contemporâneo Apontamentos sobre o conceito de cultura no Círculo de Bakhtin e a esfera político-cultural no Brasil contemporâneo Inti Anny Queiroz (USP) 1 Nosso estudo busca a reflexão acerca do conceito de cultura

Leia mais

DIÁLOGO E SIGNIFICAÇÃO NA RESOLUÇÃO DE POTÊNCIAS COM BASE RACIONAL E EXPOENTE NEGATIVO DE ESTUDANTES DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO

DIÁLOGO E SIGNIFICAÇÃO NA RESOLUÇÃO DE POTÊNCIAS COM BASE RACIONAL E EXPOENTE NEGATIVO DE ESTUDANTES DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO SECCIÓN ANÁLISIS DEL DISCURSO MATEMÁTICO ESCOLAR DIÁLOGO E SIGNIFICAÇÃO NA RESOLUÇÃO DE POTÊNCIAS COM BASE RACIONAL E EXPOENTE NEGATIVO DE ESTUDANTES DO º ANO DO ENSINO MÉDIO Maria Helena Palma de Oliveira,

Leia mais

Linguagem em (Dis)curso LemD, v. 9, n. 1, p , jan./abr. 2009

Linguagem em (Dis)curso LemD, v. 9, n. 1, p , jan./abr. 2009 Linguagem em (Dis)curso LemD, v. 9, n. 1, p. 187-191, jan./abr. 2009 RESENHA DE INTRODUÇÃO ÀS CIÊNCIAS DA LINGUAGEM: DISCURSO E TEXTUALIDADE [ORLANDI, E.P.; LAGAZZI- RODRIGUES, S. (ORGS.) CAMPINAS, SP:

Leia mais

A EPISTEMOLOGIA HÍBRIDA NA RELAÇÃO ENTRE TEORIA E PRÁTICA A PARTIR DOS ESTUDOS DE MIKHAIL BAKHTIN. Maria Geísa Morais Lins 1 INTRODUÇÃO

A EPISTEMOLOGIA HÍBRIDA NA RELAÇÃO ENTRE TEORIA E PRÁTICA A PARTIR DOS ESTUDOS DE MIKHAIL BAKHTIN. Maria Geísa Morais Lins 1 INTRODUÇÃO A EPISTEMOLOGIA HÍBRIDA NA RELAÇÃO ENTRE TEORIA E PRÁTICA A PARTIR DOS ESTUDOS DE MIKHAIL BAKHTIN Maria Geísa Morais Lins 1 INTRODUÇÃO A hibridização do conhecimento é uma temática que vem ganhando a atenção

Leia mais