ÍNDICE. 18 Infraestrutura e gestão. 36 Diálogo aberto. 46 Tendências e futuro

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2 ÍNDICE 04 Mensagem do Presidente 06 Perfil ABCR 14 Setor consolidado 18 Infraestrutura e gestão 26 Atendimento de excelência 30 Equilíbrio sustentável 36 Diálogo aberto em destaque 46 Tendências e futuro 48 Sobre o Relatório 2 3

3 MENSAGEM DO PRESIDENTE 20 ANOS DE EFICIÊNCIA E TRANSPARÊNCIA O ano de 2015 apresentou uma série de dificuldades no cenário político e econômico do Brasil, que reverberaram para todos os setores, indústria, comércio e serviços. No caso das rodovias concedidas, a queda nos volumes de tráfego demonstra que a crise teve impactos que devem ser considerados no curto e médio prazo. Com a baixa expectativa de que a atual crise seja superada nos próximos dois a três anos, a recuperação dos volumes de tráfego passa a ser uma importante meta principalmente para as concessionárias que entraram no mercado mais recentemente. No entanto, como os contratos são de longo prazo, é nessa perspectiva que eles devem ser analisados. Afinal, o programa de concessões completou 20 anos em 2015, com muitos acertos em sua estratégia. Se voltarmos no tempo, veremos que em meados da década de 1990, quando o programa brasileiro foi lançado, o ambiente econômico no País apresentava uma situação bem mais desafiadora que foi superada. Da mesma forma, serão superados os desafios atuais, considerando a riquíssima bagagem acumulada pelo setor nesse período. A relicitação de 2015 da concessão da Ponte Rio- Niterói, em 18 de março, foi o grande marco para o setor no ano e evidenciou o sucesso do trabalho realizado nessas duas décadas. Está fundamentada na experiência bem-sucedida com os poderes concedentes, com os agentes reguladores, com os legisladores e com os usuários. É uma conquista de todos e um grande aval de qualidade para os próximos 30 anos a serviço dessa importante interligação rodoviária, bem no coração da Baía de Guanabara. Precisamos, também, estudar e incorporar novos modelos de financiamento e as novas tecnologias nas rodovias concedidas brasileiras. Entre as mais importantes estão os contratos de parceria público-privada, mais conhecidos como contratos PPPs, por meio dos quais as tarifas não são suficientes para cobrir os custos dos investimentos e da operação e manutenção das rodovias e a cobrança de pedágio por quilômetro percorrido, uma tendência mais justa de pagamento pelo uso efetivo da via. A inovação tecnológica indicada trará impactos muito positivos o da justiça tarifária e o resultado de que onde todos pagam, todos pagam menos. Vale ressaltar que tal estratégia só terá sucesso se executada em um cenário de planejamento integrado de transporte de todos os modais que identifique os projetos de rodovias federais, estaduais e municipais mais atrativos, de retomada por parte do governo dos estudos detalhados de viabilidade econômica, financeira, técnica e ambiental dos projetos, de sua discussão com a sociedade, do uso da experiência dos leilões públicos federais e estaduais e, principalmente, do reconhecimento de que somente com agências reguladoras capacitadas, autônomas e independentes seremos capazes de atrair investidores locais e de outras partes do mundo. Em última instância, são as agências reguladoras que regulam e fiscalizam a implementação dos contratos de concessão, e sua relação com os investidores é por toda a vida do contrato. No âmbito político, é crucial que governos e parlamentares compreendam, de fato, o modelo de concessão e estimulem seu desenvolvimento, evitando ao máximo propostas de redução ou isenção de tarifas, que podem comprometer em definitivo o equilíbrio dos contratos de concessão existentes e dificultar a expansão do programa. Fonte: Concessionária SPMar Mensagem do Presidente Este relatório traz o desempenho do setor no tripé da sustentabilidade econômico/setorial, social e ambiental. Nas próximas páginas, é possível constatar que os números de 20 anos do programa demonstram os êxitos do modelo de concessões, que combina eficiência da gestão, fôlego de investimentos do setor privado e transparência nos procedimentos de regulação com destacados resultados de melhoria da qualidade dos serviços para os usuários principalmente o atendimento médico e o socorro mecânico na própria rodovia, inexistentes no País até o advento das concessões. Também fica patente a busca contínua pela segurança jurídica para construir a base do equilíbrio dos contratos nas esferas municipal, estadual e federal. A tendência do programa de concessões, nos próximos anos, deverá se concentrar no atendimento das demandas que virão das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, tanto do ponto de vista estrutural como tecnológico, e intensificar a integração do País com uma infraestrutura rodoviária cada vez mais eficiente. A expansão do programa de concessões para essas regiões representa novos padrões de qualidade de serviços de transporte por rodovias para os usuários, como me foi revelado recentemente por um governante estadual dessas novas áreas atendidas pelo programa federal de concessões. Após duas décadas de uma experiência bem-sucedida, torna-se claro que o modelo de concessões de rodovias nacional tem virtudes de extrema relevância para o Brasil de hoje: a transparência, seja nos processos de seleção das empresas concessionárias, realizados mediante leilões públicos em bolsas de valores, bem como nos contratos, disponibilizados para a consulta de toda a sociedade e, no fim de tudo, rodovias com muito melhor qualidade para os usuários. É com essa credencial que podemos dizer que estaremos juntos nos próximos 30 anos, cuidando das rodovias para que todos possam continuar a exercer o seu direito de ir e vir, e transportar bens, serviços e pessoas com segurança, por todos os recantos do nosso país. Boa leitura! Ricardo Pinto Pinheiro Presidente Executivo da ABCR 4 5

4 PERFIL ABCR ABCR: 20 ANOS DE HISTÓRIA A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) nasceu em São Paulo, em 1996, como a entidade representante do setor de concessão de rodovias no Brasil. A formalização da ABCR foi fruto natural do movimento iniciado no País no fim dos anos 1980, que culminou com a consolidação dos primeiros contratos de concessão, em 1995: da Ponte Rio-Niterói, com o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), da Linha Amarela, com a Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, e da Linha Azul, em Florianópolis, com o Governo de Santa Catarina. Com sede em São Paulo (SP) e Diretorias Regionais em Brasília (DF), ampliada em 2015, e em Curitiba (PR), a ABCR vem contribuindo de forma relevante para a institucionalização do setor no País, porque acredita na eficiência do modelo de concessões, com base em pilares como transparência, planejamento, incentivo de políticas públicas cada vez mais equilibradas e mecanismos adequados de regulação e controle. A ABCR conta com 59 concessionárias associadas, que operam no Distrito Federal e em 12 Estados: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. As empresas administram quilômetros de rodovias, o que corresponde a aproximadamente 9,3% da malha rodoviária nacional pavimentada. Os trechos concedidos concentram o fluxo de veículos das grandes regiões produtoras, responsáveis por 65% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro (Estados de MG, PR, RJ e SP). A ABCR também realiza, a cada dois anos, o CBR&C e BRASVIAS, para fomentar o debate dos temas estratégicos do setor e apresentar novidades em tecnologia, segurança e engenharia. Arquivo: Autopista Régis Bittencourt MISSÃO DO SETOR E OBJETIVOS DA ABCR Missão do setor Oferecer rodovias em condições adequadas de segurança, fluidez e conforto para os usuários e para o escoamento da produção nacional. Objetivos da ABCR PERFIL ABCR Defender os interesses das associadas de forma compatível com o interesse nacional. Promover a harmonia das relações entre as associadas e destas com o poder público. Incentivar e colaborar para o avanço tecnológico e operacional das associadas. Estabelecer ações coordenadas com outras entidades de classe, principalmente concessionárias de serviços públicos, para a consolidação dos objetivos empresariais comuns. Promover o intercâmbio com associações empresariais estrangeiras de objetivos similares e com agências públicas de financiamento, nacionais e internacionais. Prestar orientação às associadas quanto à interpretação de questões jurídicas e tributárias. 6 7

5 PERFIL ABCR GOVERNANÇA CORPORATIVA Após um processo de revisão e atualização em 2014, a ABCR ganhou nova organização interna e de governança, consolidada em A alta gestão passou a envolver o Conselho Diretor (CD), como órgão máximo de decisão, para o qual se reporta a Diretoria Executiva, composta pelo presidente executivo, três diretores executivos (Desenvolvimento e Tecnologia, Regulação e Relações Institucionais e Comunicação Social e Ouvidoria), diretores regionais de Brasília e Paraná e o secretário administrativo e financeiro. O CD foi reestruturado para representar os grupos majoritários e minoritários, além de assumir a responsabilidade pela elaboração da Agenda Estratégica, cuja implantação fica a cargo da Diretoria Executiva. Nesse processo, o presidente executivo propõe medidas a cada ano e o Conselho aprova um Plano de Ação, com os desdobramentos operacionais da agenda. A Diretoria Executiva da ABCR se reúne semanalmente. comitês técnicos. Esse grupo é coordenado pelo presidente executivo. Em menor escala, também atua o GT de São Paulo. No Paraná não foi considerada necessária a mobilização. A ABCR possui cinco comitês técnicos, que têm participação especial na execução do plano de ação da entidade. Há também grupos de trabalho permanentes ou pontuais, para apoiar a Diretoria Executiva na implementação das estratégias da associação Comunicação/MGO Rodovias Há, também, cinco comitês técnicos que têm participação especial na execução do Plano de Ação da ABCR: Comitê de Engenharia e Assuntos Ambientais, Comitê de Operações e Atendimento ao Usuário, Comitê de Assuntos Contábeis e Fiscais, Comitê de Comunicação Social e Ouvidoria e Comitê Jurídico. Os diretores executivos e o secretário administrativo e financeiro apoiam os coordenadores dos Comitês, para manter o alinhamento com o plano definido pelo Conselho Diretor. Grupos de Trabalho permanentes ou pontuais também são criados para apoiar a Diretoria Executiva na implementação das estratégias da associação. Relacionamento com associadas e agentes do setor O presidente executivo da ABCR reúne-se mensalmente com todos os presidentes das associadas do Estado de São Paulo e a cada dois meses com os presidentes das associadas federais. No caso das associadas do Paraná, o diretor regional representa o presidente executivo. No apoio à agenda de relacionamento da ABCR em Brasília com agentes reguladores, poder concedente e Congresso Nacional está o Grupo de Trabalho na capital federal, sem vínculo com os ÍNDICE ABCR: REFERÊNCIA PARA A ANÁLISE ECONÔMICA Desde 2002, a ABCR publica mensalmente o Índice ABCR de Atividade, em parceria com a consultoria Tendências. O índice é calculado com base no fluxo total de veículos que passam pelas praças de pedágio nas rodovias sob concessão privada. É um referencial para a análise macroeconômica do País, pela periodicidade e possibilidade de correlação com outros dados relevantes, como PIB, produção industrial e vendas no varejo, entre outros. Em 2015, o índice apontou queda de 2,3% no movimento geral, com redução de 6,4% no fluxo de pesados e de 0,9% no de leves. De acordo com a consultoria, o movimento das rodovias concedidas reflete o cenário econômico, o impacto na produção industrial, no transporte de bens e no consumo, além da queda de renda e aumento na taxa de desemprego. 8 9

6 PERFIL ABCR PROGRAMA DE CONCESSÃO DE RODOVIAS NO BRASIL EM NÚMEROS DESTAQUES VEÍCULOS ATENDIDOS* USUÁRIOS ATENDIDOS** de 1998 a 2015 Nos últimos cinco anos: 70 mil km PAVIMENTADOS E RECAPEADOS 64,4 % ÍNDICE DE SATISFAÇÃO GERAL DOS USUÁRIOS COM A INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS DAS RODOVIAS CONCEDIDAS passarelas NOVAS OU REFORMADAS Mais de 90 mil quilômetros de sinalização ABCR (Fonte: Pesquisa Nacional ABCR 2015) Eficiência no atendimento km de malha concedida (9,3% do total de rodovias pavimentadas) 15 rodovias federais a ser licitadas para concessão até concessionárias associadas 20 federais 37 estaduais 2 municipais REDUÇÃO DE 12 % no número de MORTES nas rodovias concedidas de 2014 a bases de atendimento ao usuário Mais de 575 guinchos 4 veículos atendidos por minuto pelo socorro mecânico Mais de 600 usuários atendidos por dia pelos serviços de apoio das concessionárias 25 atendimentos de socorro simples e com ambulância realizados por hora 3 veículos guinchados a cada 2 minutos investimento total em 2015: R$ 6,662 bilhões R$ 45 bilhões investidos desde 1995 Em manutenção de rodovias e serviços de apoio ao usuário nas rodovias concedidas R$ 50 bilhões investidos desde 1995 em recuperação, ampliação e melhoria de rodovias R$ 49 bilhões previstos em investimentos até ambulâncias Mais de câmeras de TV 3 veículos operacionais a cada 2 km de rodovia Mais de 2 mil veículos operacionais entre ambulâncias, guinchos e viaturas de inspeção e outros 663 hectares de área verde recuperada ou preservada (equivalente a mais de 900 estádios do Maracanã) 10 11

7 PERFIL ABCR AP Macapá Belém MAPA DAS RODOVIAS CONCEDIDAS São Luis Fortaleza Triunfo Concepa/Giovanni Rocha PA MA Teresina CE RN Natal Cuiabá MS MT Campo Grande RS Porto Alegre PR GO Goiânia Curitiba Palmas Brasília SC TO DF SP Florianópolis São Paulo MG CAPITAL ESTADUAL PI Belo Horizonte BA RJ Rio de Janeiro RODOVIAS FEDERAIS CONCEDIDAS ES Vitória PE RODOVIA ESTADUAIS CONCEDIDAS SE Salvador AL PB Aracaju RUMOS DA EXPANSÃO Maceió João Pessoa Recife BAHIA Bahia Norte CLN ViaBahia ESPÍRITO SANTO Eco 101 Rodosol GOIÁS MGO Rodovias Triunfo Concebra Mato GroSSo Morro da Mesa NOVA VIA Rota do Oeste mato GroSSo DO SUL CCR MSVia Minas Gerais AB Nascentes das Gerais Autopista Fernão Dias Concer MGO Rodovias Triunfo Concebra Via 040 PARANÁ Autopista Litoral Sul Autopista Planalto Sul Autopista Régis Bittencourt Caminhos do Paraná Ecocataratas Econorte Ecovia CCR Rodonorte Rota das Fronteiras VIAPAR Pernambuco Rota do Atlântico Rota dos Coqueiros RIO DE JANEIRO Autopista Fluminense Concer CRT Ecoponte LAMSA CCR NovaDutra Rodovia do Aço Rota 116 CCR ViaLagos ViaRio RIO GRANDE DO SUL Triunfo Concepa Ecosul SANTA CATARINA Autopista Litoral Sul Autopista Planalto Sul SÃO PAULO AB Colinas AB Triângulo do Sol Autopista Fernão Dias CCR AutoBan Autopista Régis Bittencourt Autovias CART Centrovias Ecopistas Ecovias Intervias CCR NovaDutra Renovias CCR Rodoanel Rodovias do Tietê Rota das Bandeiras SPMar CCR SPVias Tamoios TEBE Transbrasiliana Vianorte ViaRondon CCR ViaOeste CRT/Francisco Vicente Acervo/Triunfo Transbrasiliana Divulgação/Rota das Bandeiras

8 SETOR CONSOLIDADO UM MODELO DE SUCESSO O ano de 2015 marcou a conclusão de um ciclo de duas décadas da implantação do programa de concessões de rodovias do governo federal, com a sanção da Lei de Concessões (n.º 8.987), que regulamenta o artigo 175 da Constituição Federal sobre o tema. A regulamentação permitiu ao Brasil desenvolver um programa vigoroso, que teve início com a concessão da Ponte Rio- Niterói pelo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER). Os primeiros passos para a construção do modelo foram dados em 1987, com a aprovação do Decreto , que autorizou o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) a contratar, mediante concessão, a construção, conservação e exploração de rodovias no Brasil, com a criação subsequente do Programa de Concessões de Rodovias Federais, o Procrofe. O movimento foi seguido pela extinção do Fundo Rodoviário Nacional (FND) na Constituição de 1988, e com isso, o fim dos recursos até então aplicados nas rodovias pelo fundo estatal fez com que o Estado buscasse, na iniciativa privada, um novo fôlego de investimento e de gestão. A década de 1990 registrou um salto importante para o modelo de concessões, adotado na época para recuperar parte significativa da malha rodoviária com grande volume de tráfego e alto nível de degradação. O fato tornou-se evidente com o resgate das condições da Via Dutra, um dos principais eixos rodoviários do País. Quatro anos depois, foram assinados os primeiros contratos de concessão, assumidos em 1995 pelas concessionárias. Os 20 anos da Lei de Concessões são um marco para o modelo, porque reiteram o êxito do programa de serviços de infraestrutura nos setores de transporte e energia com capital privado. Ao mesmo tempo, deixam claro que os contratos podem prever mecanismos de revisão das tarifas cobradas nas rodovias concedidas, a fim de manter o equilíbrio econômico e financeiro dos acordos. Atualmente, os programas de concessão de rodovias federal e estaduais são vitoriosos pela amplitude e pela excelente qualidade dos serviços prestados aos usuários das estradas, como atestam as pesquisas anuais da CNT as 21 melhores rodovias do País são concessionadas. Ecovias/Washington Possato Desde o início do Programa de Concessões, em 1995, foram investidos mais de R$ 50 bilhões em obras e mais de R$ 45 bilhões em manutenção MODELO RENOVADO POR MAIS 30 ANOS SETOR CONSOLIDADO Por natureza, o setor de concessões de rodovias tem um olhar de longo prazo, o que oferece estabilidade e segurança para a gestão. Prova disso foi a renovação, por mais 30 anos, da concessão da Ponte Rio-Niterói para a EcoRodovias, vencedora do leilão em Foi o primeiro trecho concedido à iniciativa privada a passar por um segundo leilão, o que confirma a validade do modelo definido pela Lei Ainda que o cenário atual demonstre instabilidade, o modelo tem avançado continuamente para superar crises e contribuir para o desenvolvimento da infraestrutura do Brasil, com transparência nas relações e experiência consolidada na interação das concessionárias com as agências reguladoras, poder concedente, órgãos legislativos e sociedade. Do escoamento da produção até o estímulo e promoção do turismo e disseminação da cultura, o programa renova a expectativa e a capacidade das empresas de oferecer serviços de qualidade aos usuários, com o monitoramento das agências reguladoras, em uma eficiente parceria entre setor público e privado

9 SETOR CONSOLIDADO Vantagens do modelo de concessões Transparência nos contratos e nas relações entre usuários, concessionárias e poder concedente. Segurança jurídica em evolução, com apoio regulatório das Leis 8.987/95 e 9.074/95, que dispõem sobre a concessão, e da Lei /01, que criou a ANTT. Pedágio inicial e critério de reajuste, além de programa de obras e de qualidade dos serviços fixados em contrato. Preservação do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos: Taxa Interna de Retorno e Plano de Negócio atrelados à proposta vencedora do leilão de concessão. Melhoria contínua das rodovias: obras de expansão, reformas, socorro médico, novas instalações, bases de atendimento, meios de pagamento eletrônico etc. Transparência no modelo de concessões $ Tributos Remuneração da Outorga $ Tarifa (Pedágio) Equação econômica da concessão ($) Prazo da concessão USUÁRIOS DE SERVIÇO PÚBLICO DE RODOVIAS Obras de ampliação, manutenção e melhorias Socorro médico e mecânico CONCESSIONÁRIAS DE SERVIÇO PÚBLICO DE RODOVIAS AGÊNCIA REGULADORA PODER CONCEDENTE UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS Entradas $ Receita tarifária do pedágio $ Receitas acessórias Saídas $ $ $ Outorga (Contrato de concessão) Remuneração do poder concedente, pela outorga e tributos Investimentos Custos operacionais, financeiros e lucro PROGRAMA DE INVESTIMENTOS EM LOGÍSTICA 2015 O lançamento da segunda etapa do Programa de Investimentos em Logística (PIL), em junho de 2015, pelo governo federal, também deu novo impulso para o setor de concessões. O programa prevê investimentos da ordem de R$ 198,4 bilhões em obras de melhoria da infraestrutura de transportes, o que inclui rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. Com o objetivo de acelerar a execução da segunda fase do programa, foram anunciadas novidades em relação à primeira fase, de 2011, como a maior participação da iniciativa privada na elaboração de projetos pelo formato de Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) e maior incentivo à participação de bancos e mercado de capitais no financiamento das obras, além do BNDES. Existe, ainda, a intenção do governo de tornar mais flexível a exigência de conclusão das duplicações dos trechos rodoviários contratados em até cinco anos após o início da concessão, para deixar as propostas mais competitivas para a iniciativa privada. No âmbito das rodovias, são 15 lotes para concessão, com extensão total de ª PESQUISA CNT DE RODOVIAS quilômetros, e um volume de investimentos previsto de R$ 66,1 bilhões, para o período de 2015 a 2018, de acordo com o Ministério do Planejamento. No ano passado, cinco leilões foram realizados, com aporte de recursos de R$ 19,6 bilhões, com vencedores definidos com base na menor tarifa de pedágio oferecida. ABCR: PONTO DE INTERLOCUÇÃO COM O SETOR Sob o foco institucional, a entidade buscou, ao longo de 2015, o fortalecimento da interlocução com todos os atores do setor de concessões usuários, sociedade em geral, poder concedente, agências reguladoras e concessionárias associadas. Houve uma intensificação no relacionamento com os poderes concedentes e com as agências reguladoras, tanto no âmbito federal, com a ANTT, como junto às agências estaduais. A ABCR também direcionou esforços no acompanhamento de propostas no Poder Legislativo e no ambiente legal do setor, especialmente quando envolvem temas críticos como as isenções de pedágio e a Lei dos Caminhoneiros. As 21 melhores rodovias do Brasil estão sob gestão das concessionárias e indicam o sucesso do modelo, medido pela experiência do usuário e pelas estatísticas produzidas pelo setor, como a Pesquisa CNT de Rodovias. Em sua 19.ª edição, o estudo é referência de avaliação da qualidade da infraestrutura rodoviária, com o objetivo de contribuir para a maior eficiência das operações de transportadores, a competitividade do País e a segurança de passageiros e motoristas. O diagnóstico elaborado pela Confederação Nacional do Transporte avaliou, em 2015, a qualidade do estado geral (pavimento, sinalização e geometria da via) de quilômetros (19,7% do total) de rodovias concedidas e (80,3%) do total de rodovias sob gestão pública. Desse total, 78,3% ( quilômetros) foram classificados como ótimo e bom, e pertencem a rodovias concedidas à iniciativa privada. Política tarifária TARIFA REAJUSTE ANUAL REEQUILÍBRIO Pelo preço definido em leilão Reposição de perda com a inflação oficial Reposição de novas condições 21 melhores rodovias do Brasil são concedidas 78,3 % dos km avaliados como ótimo ou bom são de rodovias concedidas Modal rodoviário é o mais utilizado no Brasil: 61% 95% do transporte de cargas do transporte de passageiros 16 17

10 INFRAESTRUTURA E GESTÃO INVESTIMENTOS EM SEGURANÇA RODOVIÁRIA Eco101/Mosaico Imagem INFRAESTRUTURA E GESTÃO Quando se fala em infraestrutura em rodovias, o primeiro item que deve ser reportado é, sem dúvida, a segurança do usuário. O investimento traz como retorno a redução do número e da gravidade dos acidentes e sua taxa de mortalidade, bem como no custo operacional do transporte. Produz, ainda, benefícios socioambientais, com contrapartidas de preservação de áreas protegidas e apoio às populações das regiões do entorno das vias. Desde o início do Programa de Concessões, em 1995, foram investidos mais de R$ 50 bilhões em obras e mais de R$ 45 bilhões em manutenção. Além disso, a ABCR contabilizou, em 2015, um investimento de R$ 6,662 bilhões nas rodovias concedidas operadas pelas empresas que compõem a associação aumento de 7% em comparação a 2014 (R$ 6,224 bilhões). A Pesquisa Nacional ABCR, realizada pela primeira vez em 2015, também levantou números expressivos: 76% dos usuários entrevistados em rodovias de 12 Estados se disseram satisfeitos ou muito satisfeitos com os serviços prestados pelas concessionárias. Desse universo, 62% disseram estar satisfeitos e muito satisfeitos com aspectos físicos das rodovias concedidas. O índice geral de satisfação foi de 64,4%. FOCO NA REDUÇÃO DE ACIDENTES Os números reiteram a importância de uma gestão que dê suporte a uma infraestrutura adequada para garantir a segurança do usuário nas rodovias. Houve redução de 12% no número de mortes nas rodovias concedidas de 2014 a O resultado expressivo se deve à combinação da comunicação contínua das concessionárias com o usuário, por meio de uma série de campanhas de informação; um planejamento estratégico eficiente, com iniciativas para reduzir riscos que envolvam Régis Bittencourt atingiu redução de 26% no número de vítimas fatais em 2015, na comparação com os dados de 2014 conscientização de motoristas de veículos leves e pesados, motociclistas, pedestres e ciclistas; obras de melhoria e apoio à fiscalização; bem como a atuação em parceria das empresas com as unidades da Polícia Militar Rodoviária. A Autopista Fluminense registrou, em 2015, o menor número de mortos em acidentes desde que assumiu a operação da rodovia em 2008, com 119 casos. Já o número de casos de colisões frontais apresentou redução de 31% em relação ao número de mortos em acidentes. A via dispõe, aliás, de um Plano de Ação Emergencial (PAE), para organizar as ações das equipes em casos de acidentes com cargas perigosas na via, além de atender aos requisitos legais e mapear os procedimentos necessários. Já a Autopista Régis Bittencourt atingiu redução de 26% no número de mortos em acidentes em 2015, na comparação com os dados de De janeiro a dezembro de 2015, ocorreram 96 mortes em acidentes, ante 130 do ano anterior. É o segundo ano consecutivo em que a Arteris, concessionária gestora de ambas as rodovias, apresenta o mesmo resultado. A Ecopistas, gerida pela Ecorodovias, apontou queda de 37% no número de mortos em acidentes (29 em 2015 ante 46 em 2014). O número é o menor desde

11 INFRAESTRUTURA E GESTÃO Ecosul/Nauro Junior AB Nascentes das Gerais/Fred Wanderley Bahia Norte/Américo Vermelho Divulgação/Rota das Bandeiras INOVAÇÃO TECNOLÓGICA A tecnologia é uma aliada fundamental para a segurança nas rodovias. As concessionárias têm investido em estudos e novas alternativas para tornar a experiência de uso da estrada cada vez mais confortável e segura. Pesagem em movimento Uma das tendências nas rodovias concedidas é a pesagem em movimento, que utiliza a tecnologia Weight in Motion. Sensores são instalados de 3 a 4 milímetros acima do pavimento e enviam mensagens, por meio de um software, a um painel de indicadores que faz a leitura dos dados em tempo real. A técnica garante mais eficiência na identificação do peso do veículo por eixo suspenso. O objetivo é otimizar a identificação do excesso de peso em veículos de carga e gerar informação que norteie as ações de preservação do pavimento. A Rota das Bandeiras adota o dispositivo nas praças de pedágio para conferir a passagem de veículos nas cancelas automáticas, o que reduziu em 40% o tempo de espera do usuário para a liberação A Arteris iniciou em 2015 um estudo entre os quilômetros 948 e 949 na Rodovia Fernão Dias, em São Paulo, com a tecnologia. Na mesma linha, a Triunfo Concepa realizou testes em seu trecho, que vai de Osório a Guaíba, no Rio Grande do Sul. A Concebra, administrada pelo mesmo grupo, fez testes em praça de pedágio da BR-060, na cidade de Goianópolis (GO). Monitoramento inteligente Detectores de altura são um recurso importante utilizado pela Centrovias, gerida pela Arteris. Eles emitem um sinal sonoro e/ou informação visual em caso de infração, o que ajuda a evitar colisões e reduz os riscos de impacto contra as estruturas (pontes, túneis, passarelas, passagens subterrâneas, entre outros), além de um sistema de fibra ótica em todas as praças de pedágio, para garantir a eficiência da comunicação. A MGO Rodovias utiliza painéis eletrônicos para integrar o sistema de controle de tráfego da rodovia e comunicar-se com os usuários. Os equipamentos exibem informações sobre as condições de tráfego, situações de risco, obras na pista, acidentes, condições meteorológicas, campanhas educativas ou mensagens de respeito às leis de trânsito, visando a maior segurança e conforto dos usuários. São 14 painéis fixos e 9 móveis ao longo da BR-050. O Grupo Invepar, que administra a Cart, Lamsa, CLN, CRT e Via 040, implantou em 2015 um sistema de fotofuga em seus quatro postos de pesagem de caminhões, com uma série de recursos de captura de imagens e dados. Essas informações são enviadas para a ANTT e PRF, para melhorar a fiscalização, evitando a fuga dos caminhões e reduzindo os índices de acidentes. A Vianorte, administrada pela Arteris, conta com Laboratório de Manutenção, ferramenta para análise de falhas de leituras de TAGs, intertravamento nas portas de acesso à Sala de Conferência de Valores (nas Praças de Pedágio) e Central de Monitoramento de eventos do sistema de arrecadação. Informação instantânea via tablet O uso de tablets como ferramenta de apoio para segurança e conforto dos motoristas é cada vez mais comum nas rodovias concedidas. A Rota das Bandeiras, da Odebrecht Rodovias, por exemplo, adota o dispositivo nas praças de pedágio para conferir a passagem de veículos nas cancelas automáticas, o que reduziu em 40% o tempo de espera do usuário para a liberação. Além da rápida disponibilidade de informações, outro benefício é a redução do tempo de checagem dos equipamentos disponíveis nas viaturas, que pode ser feito de forma online tecnologia implantada pela Renovias. Rádio na estrada A adoção de ferramentas de comunicação em tempo real com o usuário tem se mostrado uma estratégia eficiente das concessionárias, que podem enviar informações úteis para o motorista, e proporcionam maior tranquilidade no percurso nas rodovias concedidas. Em 2015, a Rádio CCR FM 107,5 completou dois anos de atividades, com informação imediata para os usuários da Via Dutra, ao longo dos 402 quilômetros de extensão da rodovia, que liga Rio de Janeiro a São Paulo. O serviço de FM é sincronizado via satélite e utiliza a Divulgação/CART Triunfo Concebra/Studio Siriguela Divulgação/Triunfo Concepa Triunfo Concepa/Giovanni Rocha

12 INFRAESTRUTURA E GESTÃO CRT/Francisco Vicente Divulgação/Rota das Bandeiras Rota do Oeste/Cairo Lustosa Renovias/Emerson Araújo mesma frequência em todo o percurso. Segundo pesquisa do Datafolha em 2015, 78% dos caminhoneiros e 61% dos motoristas de carros já ouviram a emissora. Foram entrevistados 500 usuários entre motoristas de automóveis e caminhões, além de frotistas. A Radiovia Free Way, administrada pela Triunfo Concepa, é também um caso de sucesso em Criada em 2004, conta com programação ao vivo entre 7 e 22 horas, dedicada às condições de tráfego, andamento de obras, serviços, içamentos do vão móvel da Ponte do Guaíba e situação de rodovias do entorno, entre outros dados. Eficiência com o uso de drones O uso de drones veículos aéreos não tripulados (VANT) e aeromodelos é cada vez mais comum na realidade das rodovias. Em 2015 aliás, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) divulgou uma proposta de regulamentação para o uso em operações civis de equipamentos não autônomos, em que um piloto remoto pode controlar ou intervir no voo. Nas rodovias, o uso desses sistemas é exclusivo para monitoramento, uma vez que são munidos com câmeras de alta resolução, que permitem realizar inspeções de pavimento sem interrupção de tráfego em tempo real, por exemplo. Em 2015, a Rota das Bandeiras fez o mapeamento aéreo do corredor Dom Pedro utilizando um drone. Com as imagens, foi possível traçar um panorama das condições da via, e definir com precisão e agilidade os locais para instalação de dispositivos de segurança, como barreiras de concreto e defensas metálicas, e fazer uma análise prévia da necessidade de obras de maior impacto. Manutenção e infraestrutura A ViaLagos implantou, em 2015, a divisória metálica de pistas, um marco na segurança da RJ-121 (Rodovia dos Lagos), no Rio de Janeiro. A obra de instalação envolveu o alargamento das pistas, com a construção de um novo sistema de drenagem, recapeamento da rodovia e dos acostamentos e implantação de nova sinalização e duas passarelas, além da construção de sete retornos. No trecho Leste do RodoAnel (SP-021), administrado pela SPMar, foram instaladas 123 caixas de contenção para barrar derramamentos de cargas perigosas. No trecho do sistema BA-093 administrado pela Bahia Norte, o processo de implantação da fibra óptica atingiu 90% de execução em A infraestrutura permitirá a integração dos sistemas de ITS rede 64,4 % é o índice de satisfação geral dos usuários com a infraestrutura e serviços nas rodovias concedidas (Fonte: Pesquisa Nacional ABCR 2015) de comunicação de dados e voz entre as praças de pedágio e o centro de controle operacional, além de sistemas de fiscalização, resultando no aumento da segurança viária, fluidez, conforto dos usuários e eficácia dos serviços prestados nas rodovias sob concessão. A AB Colinas, que administra rodovias no Estado de São Paulo, investiu em uma série de melhorias em Entre elas, a revitalização do sistema de pesagem das balanças em pontos da SP-075 e SP-280, implantação de fibra ótica na SP-127, substituição de painéis móveis de mensagens eletrônicas por modelos mais novos e a revitalização de 170 telefones de emergência. No trecho sob concessão da Rota 116, no Rio de Janeiro, houve uma série de obras para reforçar a infraestrutura e a segurança da via. Entre elas, a adequação de interseções, acessos e travessias urbanas em diversos pontos, intervenções para contenção de encostas, bem como projetos de duplicação da RJ-104 e RJ-116 e de alargamento de pontes. Outra importante obra, iniciada em 2015, com previsão de conclusão em 2017, é a ligação entre a Rodovia CIA-Aeroporto (BA-526) e a Estrada do Coco (BA-099), que reduzirá o tráfego na região central do município de Lauro de Freitas. O trecho, sob concessão da BahiaNorte, contará com um avançado sistema de operação e monitoramento das vias, além do atendimento médico pré-hospitalar e socorro mecânico. A MSVia, que administra 845,4 quilômetros de rodovias da BR-163 (MS), já implantou 200 quilômetros de fibra óptica e 30 torres de radiocomunicação de transmissão de dados ao longo da rodovia. Novos materiais: eficiência sustentável A mistura asfáltica a frio, resultante da recuperação de pavimento com reciclagem em baixas temperaturas, é obtida a partir da mistura de concreto asfáltico de petróleo (CAP), fresado pavimento já deteriorado retirado da rodovia, água e ar. É ideal para rodovias com alto volume de tráfego, combinando eficiência operacional, uma vez que a via é liberada ao tráfego na sequência da conclusão do serviço, e menor impacto ambiental, já que ViaRondon/Paulo Vilela Ecovias/Vania Delpoio Renovias/Emerson Araújo Divulgação/CART

13 Acervo/Triunfo Transbrasiliana INFRAESTRUTURA E GESTÃO é produzida a partir do reúso de material fresado, diminuindo a quantidade de resíduos sólidos. Em 2015, mais de 65 quilômetros de faixas do corredor Ayrton Senna/ Carvalho Pinto, sob concessão da Ecopistas, foram reconstruídos com a tecnologia. Além disso, o Centro de Pesquisas Rodoviárias (CPR) da CCR NovaDutra realizou, ao longo do ano, mais de 14 mil ensaios de controle de qualidade das obras da rodovia e cerca de 20 pesquisas em busca de inovação tecnológica, com o desenvolvimento da mistura asfáltica a frio, para a recuperação do pavimento da Via Dutra. Novos negócios A Transbrasiliana passou para administração da Triunfo em janeiro de 2015, após conclusão da aquisição de 100% das quotas da empresa BR Vias Holding TBR, detentora anterior da totalidade do capital social da Transbrasiliana Concessionária de Rodovia. A Triunfo passa a administrar os 321,6 quilômetros da BR-153 entre a divisa de São Paulo e Minas Gerais até a divisa de São Paulo com o Paraná. A concessão tem prazo de 25 anos a partir de fevereiro de CAMPANHAS DE COMUNICAÇÃO PARA A SEGURANÇA As concessionárias de rodovias realizam diferentes campanhas de comunicação com foco na conscientização e no estímulo dos motoristas para que mantenham atitudes seguras nas vias, além de trabalhar temas de saúde e educação ambiental. São atividades desenvolvidas, em geral, nas áreas de entorno das estradas, seja de forma periódica ou reforçada em datas especiais, como a Semana Nacional do Trânsito e a Semana do Meio Ambiente, e envolvem os principais públicos usuários das vias motoristas de automóveis, de caminhões, motociclistas e pedestres. No geral, estimulam a checagem dos itens de segurança e condições gerais do automóvel como pneus, óleo, estepe, setas e cuidados pessoais como não dirigir com sono, sob efeito de álcool, com animais no interior do veículo, não fumar nem falar ao celular enquanto dirige, além, claro, do uso do cinto de segurança. Orientação ao pedestre e check-up de veículos Para tentar reduzir o número de atropelamentos e mortes nas rodovias do Sistema Anhanguera-Bandeirantes, a CCR fez um trabalho de orientação direta ao pedestre em 2015, com pessoas, além de motociclistas e crianças neste caso, o enfoque da campanha foi o uso da cadeirinha e do cinto de segurança para o transporte seguro de crianças. Ao longo do ano, foram entregues 55 mil panfletos, durante as interações nos postos de serviços, nas viaturas de atendimento e nas praças de pedágio. Também promoveu campanha de inspeção veicular, batizada de Pit Stop, que realizou o checkup em 177 veículos leves e distribuiu folhetos informativos. A CLN mantém desde 2000, em parceria com o Instituto Invepar, o projeto Trânsito Legal, com ações preventivas para combater as causas frequentes de acidentes na rodovia BA-099, com palestras para pedestres e ciclistas, além de atividades, jogos e oficinas educativas em escolas de 21 municípios do corredor de concessão, na Bahia. Em 2015, foram atendidas pessoas e distribuídos 200 mil folhetos e cartilhas educativas, além de instalados nove outdoors alusivos ao tema de segurança viária. A Triângulo do Sol, administrada pela AB Concessões, promoveu em 2015, entre outras iniciativas, os projetos Educação na Via, Pedestre na Via, Caminhoneiro na Via e Motociclista na Via, por meio dos quais incentiva a travessia segura pela passarela, no caso dos pedestres, e informa sobre a segurança de maneira geral nas rodovias. Animais na pista A travessia de animais pela pista também é tema recorrente das ações de comunicação para os usuários, em virtude do perigo de acidentes. Na TEBE, por exemplo, foram distribuídos mais de 20 mil folhetos em 2015, nas praças de pedágio em Colina, Monte Alto e Pirangi (SP), com orientações aos motoristas sobre como proceder caso haja algum animal na pista. A concessionária também visita as propriedades rurais e orienta sobre a manutenção nas porteiras e cercas para evitar a fuga dos animais. Durante a campanha Segura o Bicho, ao longo do ano, colaboradores da Ecopistas visitaram comunidades localizadas às margens das rodovias sob concessão para orientar sobre o tema e distribuir folhetos e brindes. Ações lúdicas integradas A Ecovias promove um conjunto de ações integradas de educação para o trânsito, sob o título De Bem com a Via. Envolve apresentações de teatro, música, jogos educativos, brincadeiras, roda de conversa e palestras, para o público infantil, adolescente e adulto, com ações específicas para cada faixa etária. Para a comunidade do entorno, há ainda o Ecomóvel, As concessionárias têm investido em estudos e novas alternativas para tornar a experiência de uso da estrada cada vez mais confortável e segura que leva som, tenda, figurino, cenário e instrumentos musicais para envolver as crianças em atividades lúdicas, além de uma minipista, com personagens clássicos da literatura infantil, como Pequeno Príncipe, Mágico de Oz e Alice no País das Maravilhas, entre outros. A Rodovias do Tietê realiza, todos os anos, o projeto Abrace o Trânsito/Escola para conscientizar alunos de 9 a 12 anos da rede municipal de Salto e Elias Fausto, ambas em SP, com palestras de orientação e visita ao Centro de Controle Operacional da concessionária. Evasão de pedágio Só a Autopista Fluminense registrou, em 2015, crescimento de 29% no número de evasões de pedágio em relação ao índice registrado no mesmo período de A média diária de evasões nas praças de pedágio é de 500 veículos, com placas encobertas, ilegíveis, com dispositivos, inclinadas ou amassadas e veículos com farol alto no entorno da placa. Além do monitoramento por câmeras, que fica à disposição da Polícia Federal Rodoviária, a concessionária Arteris, que administra a via, investiu em ações de conscientização, com a distribuição de folhetos em pontos de parada das rodovias sob sua gestão. Ações para ciclistas A convivência entre diversos meios de transporte na via pode ser promovida com segurança e responsabilidade. Em razão disso, as rodovias concedidas destinam atenção específica aos ciclistas e motociclistas, para que os usuários adotem também atitudes seguras no trânsito. Há uma série de bons exemplos, como a ação da AB Concessões, que envolveu cerca de 350 ciclistas em 2015 nas rodovias sob a gestão da empresa. Em pontos de maior movimento desses usuários, em especial as passarelas, eles são orientados sobre as condições de tráfego e atitudes preventivas. Além disso, recebem folhetos com dicas, e adesivo refletivo para colar nas bicicletas. A iniciativa também foi adotada pela Ecopistas, com a ação Pit Stop, que beneficiou 80 ciclistas e 720 motociclistas em

14 ATENDIMENTO DE EXCELÊNCIA QUALIDADE NO SERVIÇO AO USUÁRIO As concessionárias de rodovias empreendem esforços importantes para levar infraestrutura, tecnologia e pessoal qualificado para prestar o melhor serviço a quem utiliza as rodovias concedidas, o que garante também a segurança do motorista. Dispõem de unidades de Serviço de Atendimento ao Usuário (SAUs), implantados em pontos estratégicos da via e previstos por contrato. Nos SAUs, as equipes e viaturas das empresas ficam de prontidão e são acionadas pelos Centros de Controle Operacional (CCO) das estradas, que são fiscalizados pelas respectivas agências reguladoras estaduais. Os CCOs operam em uma sala com monitores que transmitem, em tempo real, as imagens das câmeras instaladas nas rodovias e outros instrumentos de monitoramento, como os dados das estações meteorológicas da estrada, dos contadores de tráfego, atendimento dos telefones de emergência da rodovia. O setor de concessões investe continuamente em infraestrutura, tecnologia e qualificação de funcionários para prestar o melhor serviço a quem utiliza as rodovias concedidas Retorno ao usuário e à sociedade CCR MSVia/Ângelo Smaniotto Todos são beneficiados pelo modelo de concessão, com a redução de acidentes, de custos operacionais, atendimento de ponta com socorro mecânico e pré-hospitalar, redução do tempo de viagem em estradas mais seguras e o estímulo constante à cadeia produtiva da infraestrutura rodoviária. Divulgação/ARTESP Treinamento para emergências ATENDIMENTO DE EXCELÊNCIA Um dos fatores para garantir a agilidade no resgate e atendimento médico é contar com uma equipe bem treinada. As concessionárias mantêm investimentos contínuos nesse sentido, com ações preventivas e capacitações. Bons exemplos são as simulações de acidentes. Em 2015, a Ecocataratas realizou, na região de Guaraniaçu (RS), um simulado de acidente com produtos perigosos e múltiplas vítimas. Além da concessionária, participaram da ação o Corpo de Bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Cascavel, Defesa Civil de Guaraniaçu e Polícia Rodoviária Federal. Durante uma hora, a simulação envolveu um suposto acidente entre carro e caminhão, com vítimas que apresentaram traumas e necessidades diversas. Ecopistas/Vania Delpoio 26 27

15 ATENDIMENTO DE EXCELÊNCIA Internet agiliza respostas Grande parte das concessionárias adota a comunicação digital para agilizar o atendimento ao usuário, seja pelo celular, via aplicativos como WhatsApp ou videoconferência. No Centro Integrado de Vigilância e Atendimento (CIVA) da Rodovia do Aço, no Rio de Janeiro, um atendente efetua o contato para dúvidas, sugestões, reclamações e abertura de ocorrências de forma quase imediata. A Triunfo Concepa dispõe de um aplicativo próprio que permite o acesso às câmeras de monitoramento da rodovia em tempo real e ao fluxo de veículos por minuto em diferentes pontos, além de informar sobre ocorrências e viabilizar o socorro médico ou ou mecânico no trecho de concessão. Somente no período do verão, de dezembro de 2015 a fevereiro de 2016, foram 20,7 mil downloads registrados, um crescimento de 35% em relação a 2014, com 575,9 mil acessos ao app número 31,6% superior ao do ano anterior. Outro exemplo foi o hotsite exclusivo da Triunfo Concepa para informar os usuários sobre a obra da quarta faixa da RS-290, concluída em dezembro de 2015, que recebeu o prêmio de comunicação da Aberje da região Sul na categoria mídia digital. Na BR-040, sob gestão da Concer, foi inaugurada, em dezembro de 2015, a primeira etapa do serviço de wifi gratuito para usuários e comunidades do entorno da via, em um trecho de 24 quilômetros, na região de Duque de Caxias. A ViaBahia, que administra 680 quilômetros, compreendidos pela BR-324 (entre Salvador e Feira de Santana, na Bahia) e BR-116 (entre Feira de Santana até a divisa com Minas Gerais), reforçou sua comunicação nas redes sociais. Em outubro de 2015, a concessionária criou o perfil oficial no Twitter ( e, para 2016, deve finalizar a entrada em outros canais. Além disso, a empresa realizou uma pesquisa de opinião com usuários, que serviu como base para a redefinição da identidade visual da marca. A CCR RodoAnel, que administra o trecho leste da via, em São Paulo, conta com 68 câmeras inteligentes que detectam movimentos atípicos dentro dos túneis ao longo do trecho e emitem sinal de alerta, para averiguação do Centro de Controle Operacional da concessionária. A ViaOeste, por sua vez, foi destaque no prêmio Ouvidorias Brasil, promovido pela Associação Brasileira das Relações Empresa-Cliente (Abrarec), pela excelência no atendimento. A concessionária investiu, em 2015, cerca de R$ 93 milhões em melhorias de estrutura, segurança, engenharia, monitoramento e ações sustentáveis. ATENÇÃO ESPECIAL AOS CAMINHONEIROS As concessionárias têm uma atuação bastante intensa no sentido de levar informação e apoio ao motorista para que mantenha a saúde em dia, fator essencial para garantir a segurança em qualquer rodovia. Os caminhoneiros são um importante público-alvo porque passam muitas horas do dia na direção e merecem atenção especial nas campanhas de comunicação, voltadas à orientação sobre os riscos de acidentes decorrentes de problemas como o sono e a automedicação. Atendimento gratuito nas rodovias A CCR AutoBAn promove o Programa Estrada para a Saúde, por meio do qual oferece atendimentos gratuitos diários, de segunda a sexta-feira, com exames de identificação de tipo sanguíneo, fator Rh, glicemia, colesterol e pressão arterial; acuidade visual; cálculo de IMC (índice de massa corporal); tratamento odontológico preventivo, limpeza e restaurações odontológicas, além de proporcionar outros serviços, como corte de cabelo, massagem bioenergética e cuidados com os pés. O programa é realizado em um centro de atendimento de 260 m² em área de descanso na Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), na região de Jundiaí. Em 2015, o projeto atendeu 16 mil caminhoneiros na rodovia. Na NovaDutra, foram realizados mil atendimentos em 12 campanhas em postos de serviços ao longo da estrada. O Programa Boleia Saudável, promovido pela MGO, é voltado para os caminhoneiros que trafegam pela BR-050, em Uberlândia (MG). A segunda edição do projeto, em 2015, realizou o cadastramento de participantes com entrega de carteirinha do caminhoneiro e direito a um seguro de vida por acidente; exames clínicos e vacinação, com a participação de 450 caminhoneiros. A concessionária TEBE também realizou campanha em parceria com o Centro Universitário Unifafibe, de Bebedouro (SP), para reforçar as ações do programa municipal de DST/Aids. Contra o sono e cansaço ao volante Em 2015, 415 caminhoneiros receberam atendimento da SPVias, administrada pela CCR, com orientações sobre o risco de dirigir com sono ou cansado por muitas horas, um dos principais fatores dos índices de acidente no período da noite. Na campanha Acorda Motorista, equipes de atendimento da via e da Polícia Militar Rodoviária abordam os caminhoneiros e oferecem café com bolachas, materiais educativos e informações sobre o descanso semanal do caminhoneiro. CAMPANHAS PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE COM AS COMUNIDADES Outra vertente de comunicação das concessionárias são as campanhas de relacionamento com as comunidades do entorno das rodovias. A Via 040, concedida ao Grupo Invepar, desenvolveu o projeto Saúde & Cidadania, para atender usuários e moradores das comunidades vizinhas à BR-040, em uma carreta equipada para a realização de exames GRANDES NÚMEROS VEICULOS ATENDIDOS (Pane seca, pane elétrica, pane mecânica, guinchamentos e troca de pneus) SOCORRO COM RESGATE DE AMBULÂNCIA O Sistema de Atendimento ao Usuário das concessionárias oferece infraestrutura preparada para atender 24 horas por dia, todos os dias da semana preventivos, gratuitos, em julho e agosto de A ação ocorreu em Cristalina (GO) e Juiz de Fora (MG), beneficiando cerca de 2 mil pessoas. A Rodosol, que administra a Rodovia do Sol ligação entre Vitória e Guarapari, no Espírito Santo, utilizou um trailer para atendimento odontológico nas escolas das comunidades da região da via. Combate ao aedes aegypti O avanço da epidemia de doenças causadas pelo mosquito dengue, zika e chikungunya em grande parte do Brasil, fez com que a Morro da Mesa ampliasse a atuação com os usuários da MT-130 para promover ações de conscientização. Com registros de casos nos municípios que margeiam o trecho sob a concessão da Morro da Mesa na rodovia MT- 130, a concessionária realizou a distribuição de sementes de crotalária cuja flor atrai a libélula, predadora natural do mosquito da dengue para usuários que trafegam na rodovia, além de ações para distribuição de sementes aos moradores desses municípios. SERVIÇOS DE ATENDIMENTO AO USUÁRIO EM 2015 BRASIL 626 ATENDIMENTOS A ACIDENTES COM PRODUTOS PERIGOSOS SOCORRO SIMPLES SEM REMOÇÃO ATENDIMENTOS PRÉ-HOSPITALARES Dados da ABCR de