A CULTURA DO PESSEGUEIRO

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1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO VEGETAL A CULTURA DO PESSEGUEIRO Disciplina: Fruticultura Temperada (LPV0642) Piracicaba SP Agosto/2015 1

2 A CULTURA DO PESSEGUEIRO O pessegueiro (Prunus persica L. Batsch) é uma árvore frutífera, de clima temperado e originário da China, com registros de 20 séculos a.c. Estudos indicam que, provavelmente, teria sido levado da China para a Pérsia e de lá se espalhado pela Europa. No Brasil, segundo relatos históricos, o pessegueiro foi introduzido em 1532 por Martim Afonso de Souza, por meio de mudas trazidas da Ilha da Madeira e plantadas em São Vicente (no atual Estado de São Paulo). Porém somente a partir de 1950 passou a ter importância econômica, sendo hoje amplamente cultivado, principalmente nas regiões Sul e Sudeste. Os pêssegos são bastante apreciados no mundo inteiro pelo seu sabor, aparência e valor econômico, sendo que os frutos são consumidos frescos ou processados na forma de compotas e doces. Dessa forma, sua exploração se mantém em franca expansão, alcançando regiões que, originalmente, não poderiam se tornar pólos produtores, como as regiões de latitudes baixas. 1. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA A China é o maior produtor mundial de pêssegos e nectarinas, com cerca de 55% de participação na oferta global, enquanto Itália e Espanha somam 12,62% da produção. Na América do Sul destaca-se o Chile, com 0,89% da produção mundial, seguido da Argentina e Brasil, que contribuem com 1,35 e 1,0%, respectivamente (FAOSTAT, com dados de 2013). No Brasil, a produção concentra-se na região Sul e Sudeste com hectares colhidos no ano de O Estado do Rio Grande do Sul se destaca como maior produtor nacional, detendo aproximadamente 63% da área plantada e uma produção de mil toneladas nesse ano. Já o Estado de São Paulo, deteve 6,89% da área colhida e contribuiu com uma produção de aproximadamente toneladas, e uma área colhida de hectares (AGRIANUAL, com dados de 2013). O abastecimento nacional provém de cinco pólos nacionais de produção: Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. O período de oferta inicia em Setembro com a produção paulista e conclui em 2

3 Fevereiro com a produção gaúcha. Os principais pólos são: o Pólo de Fruticultura do Rio Grande do Sul, que é composto por três regiões, compreendendo mais de 90% da produção de pêssegos destinados ao processamento no país, além de grande parte da oferta de pêssegos para consumo in natura, e o Pólo de Fruticultura de São Paulo, que é o segundo maior produtor de pêssego do país, onde a totalidade de sua produção é destinada ao consumo in natura. No Estado de São Paulo, as principais regiões produtoras de pessegueiro estão inseridas nos escritórios de desenvolvimento regional (EDRS) de Itapeva, Campinas, Bragança Paulista, Avaré e Sorocaba (Figura 1) Produção (toneladas) ITAPEVA CAMPINAS AVARE BRAGANÇA PAULISTA Principais EDRs produtores SOROCABA Figura 1. Produção de pêssegos no Estado de São Paulo. Fonte: IEA (2015) 2. ASPECTOS BOTÂNICOS O pessegueiro pertence a família Rosácea, subfamília Prunoidea, gênero Prunus (L.), subgênero Amygdalus. Todas as cultivares comerciais pentencem à espécie Prunus persica L. Batsch. 3

4 É uma planta perene, que pode atingir de 6-8 metros de altura quando conduzida sem podas. Possui raízes pivotantes, que posteriormente ramificamse lateralmente, tornando-se extensas e pouco profundas. Os ramos podem ser classificados de acordo com a distribuição das gemas de flor em mistos (portadores de gemas vegetativas e floríferas), brindilas (portam predominantemente gemas floríferas), dardos (ramos curtos com gema florífera) ou ladrões (ramos vigorosos que crescem na posição vertical e emitem numerosos ramos antecipados). As folhas são oblongas, lanceoladas e normalmente de coloração verde, sendo que cada nó apresenta uma folha. As gemas são formadas nas axilas dos pecíolos foliares durante todo o período de crescimento dos ramos, podendo ser vegetativa ou florífera. O florescimento ocorre uma única vez no ano, de Junho a Agosto, durante um período curto, variando de 7 a 20 dias. A quantidade de gemas floríferas varia com a idade, variedade, vigor, poda e de ano para ano. Um pessegueiro pode produzir de 15 a 40 mil flores, e a maior concentração se localiza na região intermediária do ramo da estação em desenvolvimento. As flores são períginas e geralmente com um único pistilo, formado nas gemas do ano precedente ao da abertura. O fruto é uma drupa carnosa, com pericarpo fino, mesocarpo polposo e endocarpo lenhoso. A cor da epiderme varia de amarelo a alaranjado, com alguns cultivares apresentando manchas avermelhadas. 3. ASPECTOS EDAFOCLIMÁTICOS O pessegueiro é basicamente uma cultura de clima temperado. Os mais importantes centros de produção comercial situam-se, por essa razão, entre as latitudes de 25 e 45 N e 25º e 45ºS. Em latitudes maiores, a temperatura mínima de inverno e as geadas de primavera são, usualmente, os fatores limitantes. Sob condições especiais, com clima de altitude, o cultivo pode também se estender a regiões tropicais. A temperatura é o principal regulador do metabolismo da planta e, portanto, do seu processo de crescimento e desenvolvimento. Baixas temperaturas são necessárias para que a planta possa superar o período de 4

5 repouso fisiológico das gemas vegetativas e florais. A quantidade de horas de frio necessária para o pessegueiro varia de 100 a 1100 horas abaixo de 7,2ºC, dependendo da cultivar implantada. Uma vez que o repouso fisiológico (dormência) é encerrado, ocorre o início da brotação e florescimento, regulados pela temperatura. Depois da temperatura, a água é o segundo fator limitante para o crescimento do pessegueiro durante a estação de crescimento. A necessidade de água e a sensibilidade à seca variam entre as espécies. Estima-se que a necessidade da planta situe-se entre 70 e 100% da ETP (evapotranspiração potencial), variável com o período. 4. VARIEDADES E PORTA-ENXERTOS A espécie Prunus persica tem diversas variedades botânicas, destacando-se 3: vulgaris (pêssego comum) representa a maioria das variedades de valor econômico para consumo in natura ou pela indústria; nucipersica produz frutos pequenos, globosos e de pele lisa, denominadas de nectarinas; e platycarpa que produz frutos achatados, raros no Brasil. De modo geral, as variedades de pessegueiro mais plantadas no Brasil são originárias dos programas de melhoramento genético do Instituto Agronômico de Campinas - IAC, em São Paulo, e da Embrapa Clima Temperado, em Pelotas-RS, e podem ser classificadas como variedades bem precoces, precoces, medianas e tardias: Bem precoces: Flordaprince, Tropical-1 e 2 Precoces: Maravilha, Dourado-1 e 2, Douradão, Aurora 1 e 2, Jóia-1, 2, 3, 4 e 5, Ouromel 2 e 3, Petisco-2, Centenário, Régis, Delicioso Precoce e Premier Marli (os dois últimos para regiões mais frias); Medianos: Talismã, Relíquia, Doçura, Cristal, Canário, Catita, Pérola de Mairinque, Coral e Marli (os dois últimos para regiões mais frias); Tardios: Biuti, Natal, Bolão, Rei da Conserva, Real e Diamante. Nas regiões produtoras de pêssego são usados diferentes portaenxertos em função de condições específicas de cada uma. Os principais porta-enxertos utilizados são: Aldrighi, Capdebosq, Okinawa, Nemaguard, Flordaguard, Nemared. 5

6 5. PRODUÇÃO DE MUDAS E PLANTIO O pessegueiro pode ser multiplicado via sexuada ou assexuada, através, principalmente, de enxertia. A propagação por semente só é realizada visandose à obtenção do porta-enxerto. O processo mais comum é obter-se mudas enxertadas. Esse método de propagação apresenta muitas vantagens, como a facilidade de obtenção da muda, o vigor do porta-enxerto, a longevidade da planta e, principalmente, o rendimento em viveiro. Para a obtenção do porta-enxerto deve-se coletar a semente e preparála para o plantio, eliminando resquícios de polpa. Em seguida, as sementes são submetidas ao tratamento para quebra de dormência, sendo necessária a estratificação em areia umedecida. Tão logo for quebrada a dormência, procede-se à semeadura. No Rio Grande do Sul, predomina a utilização da variedade Aldrighi. Já na região Sudeste do Brasil, predomina o uso do porta-enxerto 'Okinawa', devido à sua resistência a nematóides. O transplante para o viveiro é efetuado de 2 a 4 meses após a semeadura, quando as mudas atingem de 5 a 10cm. A enxertia pode ocorrer após 5 meses da germinação. O método de enxertia mais utilizado na propagação do pessegueiro é a borbulhia por placa. Após definida a cultivar e a forma de obtenção da muda, bem como efetuado o preparo preliminar da área do futuro pomar, deve-se proceder uma análise do solo para as correções de ph e fósforo com, no mínimo, 30 dias antes do plantio das mudas e, de preferência, em toda a área do pomar. A época mais adequada para o plantio é quando as mudas encontram-se em repouso vegetativo. Normalmente, o plantio ocorre entre Julho e Agosto. Os espaçamentos mais utilizados são: 6 x 4m a 7 x 5m para plantios convencionais; 4 x 2m a 5 x 3m para plantios adensados. 6. TRATOS CULTURAIS Adubação e Calagem: Como na maioria das culturas, a avaliação das necessidades de corretivos da acidez do solo e de fertilizantes antes do plantio baseia- se na análise de solo. De maneira geral, para o pessegueiro o ph do 6

7 solo deve estar próximo de 6,0 e a adubação de correção deve ser feita com fósforo (P) e potássio (K), distribuídos em toda área. Durante a fase sem produção de frutos, realiza-se uma adubação com esterco e/ou fertilizantes químicos à base de nitrogênio e, quando necessário, micronutrientes. A época de realização dessa operação é na ocasião do plantio e durante os dois a três primeiros anos. A quantidade de nitrogênio a ser aplicada está relacionada com o teor de matéria orgânica do solo. No pomar adulto convencional, a partir do 5º ano, dependendo da análise do solo e da produtividade, aplicar anualmente 3 t/ha de esterco de galinha, ou 15 t/ha de esterco de curral, bem curtido, e 90 a 180 kg/ha de N, 20 a 120 kg/ha de P2O5 e 30 a 150 kg/ha de K2O. Podas: O pessegueiro constitui uma espécie em que a poda anual de frutificação se torna obrigatória, pois a frutificação só ocorre em ramos do ano anterior. A poda de formação do pessegueiro pode ser realizada em diferentes formas da copa, sendo as mais comuns "Y" e taça, devendo ser realizada nos primeiros dois anos de vida da planta. A poda de frutificação do pessegueiro é realizada anualmente, em função do hábito de frutificação da espécie (produção em ramos do ano anterior). Essa poda visa eliminar ramos em excesso, fracos, doentes e mal posicionados. Logo após a poda de frutificação, faz-se a poda verde, que é praticada durante o período de vegetação, eliminando-se brotos vigorosos voltados para o interior da copa, que causam sombreamento dos frutos e da planta, e ramos ladrões, com o objetivo de aumentar a aeração e a entrada de luz. Cerca de 30 dias após a colheita, realiza-se a poda de renovação, com o objetivo de eliminar todos os ramos que já produziram (não irão produzir mais) e parte ou a totalidade dos ramos novos. Após a brotação, são selecionados, em cada ramificação principal, dois ou três brotos, voltados para fora. Raleio: Quando a frutificação é excessiva, ou está distribuída de maneira desuniforme na planta, torna-se necessário realizar o raleio, que consiste na remoção do excesso de frutos. O raleio manual deve ser feito até o endurecimento do caroço, deixando-se uma distância de 8 a 10 centímetros entre os frutos. 7

8 Irrigação: Indispensável nas estiagens (por sulcos, gotejamento, em bacias ou aspersão); sua substituição parcial é feita por meio de cobertura morta, em áreas de adequado equilíbrio hídrico. Manejo de Plantas Daninhas: É recomendável que o solo dos pomares, na linha de plantas, seja mantido livre de qualquer tipo de vegetação que possa competir com o pessegueiro no período compreendido, principalmente, entre a floração e a maturação dos frutos, estendendo-se até a queda das folhas. Podem ser realizadas capinas mecânicas, quando executadas a tempo, ou realizando controle químico, com aplicação de herbicidas. Além disso, pode-se utilizar cobertura morta, com palha ou capim seco. 7. CICLOS DE PRODUÇÃO De maneira geral, o pessegueiro entra em produção a partir do 2º ano, sendo cultivado por aproximadamente 12 anos, período este que varia de acordo com os tratos culturais realizados na condução da cultura. A planta apresenta uma fase de crescimento (ciclo vegetativo) e outra de formação de órgãos reprodutivos (ciclo reprodutivo). Ciclo Vegetativo: compreende o período entre a brotação e a queda das folhas. Para as variedades cultivadas no Estado de São Paulo, este ciclo é dividido em dois períodos, variando de acordo com a utilização dos carboidratos (reserva da planta). O primeiro período compreende a fase de utilização dos carboidratos, que ocorre desde a quebra da dormência do pessegueiro (meados de Maio) até o início da colheita (meados de agosto). Nessa fase ocorre a brotação, o crescimento dos ramos e o início da frutificação a partir de julho. O segundo período compreende a fase de armazenamento dos carboidratos (ou acúmulo de reserva), que se inicia em meados de setembro, terminando em fevereiro, quando a planta entra novamente em dormência. 8

9 Ciclo Reprodutivo: compreende as etapas que conduzem à formação de flores e frutos do pessegueiro. Essas fases são dividas em: a) Indução floral fase em que ocorre a mudança do meristema (gemas) em órgãos reprodutivos. É condicionada por fatores ambientais e nutricionais e coincide com a parada de crescimento dos brotos. Essa fase não afeta todas as gemas, garantindo assim a perenidade da espécie; b) Diferenciação floral fase em que ocorrem mudanças morfológicas, transformando as gemas em primórdios de flor. Ocorre a formação do receptáculo da flor, que irá diferenciar-se em sépalas, pétalas, estames e pistilos. Nesta fase as células reprodutivas estão aptas à meiose, pois as gemas florais já estão formadas. Da iniciação floral até a completa diferenciação floral, o período é de cerca de 60 dias; c) Maturação dos gametas fase que compreende a macro e microsporogênese. Inicia-se com a brotação das gemas floríferas, levando à maturação das células reprodutivas e culminando na abertura das flores; d) Frutificação após a polinização ocorre a fecundação e a fertilização da oosfera, iniciando assim a frutificação. O desenvolvimento do fruto pode ser dividido em 3 fases: Fase 1: vai do florescimento até o endurecimento do caroço, onde ocorre intensa divisão celular e o desenvolvimento dos frutos é rápido (duração de aproximadamente 50 dias); Fase 2: ocorre grande acúmulo de matéria seca, sendo que o crescimento dos frutos é lento (duração de aproximadamente 20 dias); Fase 3: é necessário grande quantidade e carboidratos e umidade suficiente para que ocorra o aumento no volume dos frutos. Essa fase termina com a maturação dos frutos, que possui duração variável de acordo com a variedade. 8. PRAGAS E DOENÇAS Pragas: As pragas são consideradas um dos principais fatores limitantes a exploração econômica do pessegueiro. Dentre as principais pragas associadas à cultura destacam-se, a mariposa oriental (Grapholita molesta), a cochonilha-branca do pessegueiro (Pseudaulacaspis pentagonal) e a moscadas-frutas (Anastrepha fraterculus). Além destas, em algumas regiões, tem sido observado a presença de pragas secundárias, como gorgulho-do-milho 9

10 (Sitophilus zeamais), pulgões (Brachycaudus scwartzi e Myzus persicae), ácaros e formigas. A ocorrência destes insetos, entretanto, geralmente está associada aos desequilíbrios provocados pelo uso indevido de inseticidas visando o controle das pragas primárias. O controle dessas pragas pode ser realizado através do ensacamento dos frutos, como no caso do controle à mosca-das-frutas, uso de inseticidas, inimigos naturais, armadilhas, controle biológico, iscas tóxicas, entre outros, variando de acordo com cada praga, sua resistência ou suscetibilidade ao tipo de controle. Doenças: Dentre as doenças, as principais são: podridão parda (Monilinia fructicola), sarna (Cladosporium carpophilum), ferrugem (Transchelia discolor), antracnose (Glomerela cingulata), tafrina-crespeira verdadeira (Taphrina deformans), podridão- mole (Rhizopus stolonifer), cancro de Botryosphaeria e bacteriose (Xanthomonas campestris pv. Pruni) O tratamento químico no inverno, associado às práticas de limpeza por ocasião da poda, é fundamental na redução do potencial de infecção e, conseqüentemente, nos tratamentos durante todo o ciclo. Para evitar as doenças são necessários alguns procedimentos como: lavar as caixas de colheita e desinfectá-las com solução de hipoclorito de sódio a 0,5%, efetuar tratamento com produto à base de cobre, ou com calda sulfocálcica, de preferência logo após a poda, pomares localizados em locais sujeitos a ventos, plantar quebra-ventos, para evitar problemas sérios com bacteriose. A incidência de doenças representa, além das perdas, um custo adicional pela necessidade de pulverizações para controle dos mesmos. Além disso, eles dificultam a utilização de sistemas de produção como produção integrada e produção orgânica. 10

11 9. COLHEITA E PÓS-COLHEITA O pêssego é um fruto climatérico, portanto, a colheita pode ser realizada quando o fruto atingir sua maturidade fisiológica. O ponto de colheita, em pêssegos é quando a casca do pêssego apresentar diferenças entre a cor de superfície e a cor de fundo, ou seja, quando ocorre a quebra da coloração verde de fundo. Na Região Sul do país a colheita ocorre de Novembro a Fevereiro. Já na Região Sudeste a colheita ocorre de Agosto a Outubro. A colheita é uma operação importante e delicada, pois condiciona a qualidade pós-colheita do fruto. Dessa forma, colhe-se o pêssego torcendo levemente e cuidadosamente o pedúnculo, de modo a não ocorrerem injúrias. A colheita deve ser realizada preferencialmente nas horas mais frescas do dia, mantendo as frutas colhidas à sombra, sendo transportadas para a central de embalamento ("packing house") com a maior brevidade possível. Essas frutas devem ser rapidamente pré-resfriadas. O pré-resfriamento retira o calor que os pêssegos trazem do campo, estabelecendo assim, condições mais favoráveis de armazenamento, garantindo maior sobrevida após a colheita. Esse resfriamento pode ocorrer através de imersão em água gelada (0,5 a 1ºC por minutos), exposição ao sistema de ar forçado (corrente de ar refrigerado que circula através das caixas) ou pelo armazenamento imediato em câmaras de refrigeração. O tempo entre a colheita e o resfriamento não deve ser superior a 12 horas. Em seguida, o pêssego deve ser armazenado entre -0,5 C e 0 C. A faixa de temperatura entre 2 C e 5 C deve ser evitada, pois nessa faixa aumentam os problemas fisiológicos, como escurecimento interno e lanosidade (woolliness). Ambos os problemas afetam a parte interna do fruto, que pode parecer atrativo, sem danos externos, mas ter uma pobre qualidade interna. Isso implica na necessidade de um correto controle da temperatura, principalmente da polpa do fruto. A umidade relativa do ar deve estar entre 90% e 95%, abaixo dessa faixa aumenta a desidratação (murchamento) do fruto e se for mais alta, aumentam as podridões. Com isso, o pêssego pode ser armazenado de 2 a 4 semanas. O pêssego é uma fruta muito perecível. Sua qualidade pode ser afetada caso o manuseio pós-colheita não seja adequado. As técnicas de pós-colheita 11

12 visam preservar a qualidade que as frutas obtiveram no pomar, durante as etapas de colheita, beneficiamento, transporte, distribuição e comercialização. Por isso, o transporte e a distribuição devem ser preferencialmente, realizados sob refrigeração. Em relação à comercialização, o volume comercializado na CEAGESP em 2011 (AGRIANUAL, 2013) foi de aproximadamente toneladas. Atualmente, a tendência dos mercados mundiais é exigir o controle sobre todo o sistema de produção, incluindo a análise de resíduos nas frutas e estudo sobre o impacto ambiental, ou seja, o sistema de produção deve permitir a rastreabilidade de toda a cadeia produtiva. O Sistema de Produção Integrada de Frutas, como a do Pêssego, parece ser a melhor alternativa para se obter uma produção de boa qualidade, atendendo a demanda por este tipo de mercado, permitindo ao setor produtivo elevar os padrões de qualidade exigidos pelos consumidores, elevando assim a competitividade da fruticultura brasileira. Bibliografia Consultada AGRIANUAL- Anuário da Agricultura Brasileira. São Paulo: Instituto FNP, p. ALESSANDRO, R. Desenvolvimento do pessegueiro em função da intensidade de poda verde, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Tese (Mestrado em Agronomia. Área de concentração: Fitotecnia), 52 p, CATI. Distribuição geográfica da área cultivada e número de produtores ano 2007/2008, Disponível em: < Acessado em: 30.ago EMBRAPA Clima Temperado. O Cultivo do Pêssego. Sistemas de Produção, 4. ISSN Versão Eletrônica, Disponível em: < cap01.htm> Acesso em: 30 ago EMBRAPA Uva e Vinho. Sistema de Produção de Pêssego de Mesa na Região da Serra Gaúcha. Sistema de Produção, 3. ISSN

13 Versão Eletrônica, Disponível em: < aucha/index.htm> Acesso em: 30.ago FAOSTAT. FAOSTAT: Agricultural Production/peaches and nectarines Disponível em: < Acesso em: 27 ago GOMES, R.P. Fruticultura Brasileira. Ed. Nobel, n. 13, 446p LIMA, L.M. Valoração de atributos de qualidade no preço de pêssegos do Estado de São Paulo 2008, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Tese (Doutorado em Ciências. Área de concentração: Economia Aplicada), 159 p NUNES, J.L.S.; GUERRA, D.S.; ZANINI, C.; GRASSELLI, V.; et al. PRODUÇÃO INTEGRADA E CONVENCIONAL DE PÊSSEGOS cv. MARLI. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal - SP, v. 26, n. 3, p , 2004 SACHS, S.; CAMPOS, A.D. O pessegueiro. In: MEDEIROS, C.A.B.; RASEIRA, M.C.B. A cultura do pessegueiro. Brasília: EMBRAPA, Serviço de Produção de Informação, cap. 1, p SASAKI, F. F. Tratamentos térmicos, cloreto de cálcio e atmosfera modificada em pêssegos IAC Douradão : aspectos fisiológicos, bioquímicos e de qualidade, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Tese (Doutorado em Ciências. Área de concentração: Fisiologia e Bioquímica de Plantas), 177 p SIMÃO, S. Tratado de fruticultura. Piracicaba: FEALQ, p. 13

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