Palavras-chave: Fitotecnia, fruticultura, qualidade de frutos.

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1 AVALIAÇÃO DO POTENCIAL AGRONÔMICO DA ESPÉCIE DE Rubus rosifolius SMITH (AMORA-DO-MATO) Bruna Schmitz 1 ; Daniela Dapont 2 ; Dionatan Gerber 3 ; Mariana Bilck 4 ; Cláudio Keske 5 ; Geovana Garcia Terra 6 ; Heidi Keske 7 1 Aluna 1ª série do Curso de Agropecuária do Instituto Federal Catarinense - Campus Rio do Sul, e- mail: schmitz_bruh@hotmail.com; 2 Aluna 3ª série do Curso de Agropecuária do Instituto Federal Catarinense - Campus Rio do Sul, e- mail: daniela_dani155@hotmail.com 3 Aluno 3ª série do Curso de Agropecuária do Instituto Federal Catarinense - Campus Rio do Sul, e- mail: dionatan_gerber@hotmail.com; 4 Aluna 1ª série do Curso de Agropecuária do Instituto Federal Catarinense - Campus Rio do Sul, e- mail: mariana_bilck@hotmail.com; 5 Professor de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal Catarinense - Campus Rio do Sul, keske@ifc-riodosul.edu.br; 6 Professora de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal Catarinense - Campus Rio do Sul, geovana@ifc-riodosul.edu.br; 7 Heidi Keske Nutricionista Prefeitura Municipal Agronômica, heideka@hotmail.com RESUMO - A espécie Rubus rosifolius Smith, conhecida como Amora vermelha, Amora do mato ou morango silvestre, é uma planta nativa do Brasil, pertecendo ao grupo das amoras. É um arbusto com no máximo de 1,50 metros, que forma touceiras e possue espinhos no caule e nas folhas. Ocorre de forma espontânea no Alto Vale do Itajaí. Pode ser utilizado para consumo em natura e na elaboração de geléias, doces, compotas e vinho. Estudos farmacológicos tem mostrado que este gênero pode ser uma grande fonte de substâncias bioativas. Faltam, no entanto, estudos sobre a sua condução, produtividade e qualidade dos frutos, bem como aceitabilidade do produto a nível de consumidor. O projeto tem como objetivo avaliar o potencial agronômico da espécie, observando a produtividade em área nativa e área cultivada sob diferentes tipos de adubações; conhecer as pragas e doenças ocorrentes; avaliar a qualidade dos frutos, quanto a cor, grau brix (SST), acidez titulável e vitamina C; verificando as possibilidades de uso e aceitabilidade do produto processado. O trabalho de pesquisa esta sendo desenvolvido no setor de fruticultura, no Instituto Federal Catarinense Câmpus Rio do Sul, Santa Catarina. Esta sendo analisada uma coleção de plantas de ocorrência espontânea e em outra avaliação, plantas com seguintes tratamentos: testemunha, adubação química, adubação orgânica e composto orgânico. Os tratamentos tem quatro repetições, totalizando 16 parcelas com 14 plantas cada e espaçamento de 3,0 x 0,5 metros. A área de ocorrência espontânea foi identificada, realizando a marcação em 30 plantas, verificando o desenvolvimento, floração e frutificação da espécie. Na área com os tratamentos foi realizado o preparo da área, com diferentes tipos de adubações, transplantio das plantas e replantios necessários. Os frutos colhidos serão processados e avaliados quanto a aceitabilidade na forma de suco, geléia e outros. O projeto em desenvolvimento visa melhorar o nível de conhecimento técnico da cultura, verificando maneiras de processamento e utilização, possibilitando uma alternativa de renda aos agricultores envolvidos com a fruticultura na região do Alto Vale do Itajaí. Palavras-chave: Fitotecnia, fruticultura, qualidade de frutos. 1

2 1 INTRODUÇÃO Os pequenos frutos como amora-preta, framboesa, mirtilo e espécies nativas como pitanga, araçá, goiaba serrana, uvaia, e outros tipos de rubus sp.(diferentes amoras silvestres), podem ser uma grande opção de cultivo e rendimento econômico para as propriedades rurais familiares (JUNIOR, 2010). Faltam, no entanto, estudos sobre o manejo, produtividade, época de produção, aspectos fitossanitários, qualidade dos frutos, formas de preparo e aceitação do produto a nível de consumidor. A amora-do-mato, amora vermelha, amorinha (Rubus rosifolius Smith.) ocorre de forma espontânea no Alto Vale do Itajaí, podendo ser utilizada para consumo in natura e apreciada para a elaboração de sucos, sobremesas e geléias. O Rubus rosifolius Smith. não tem sido objeto de estudos relevantes. No entanto, estudos farmacológicos têm mostrado que este gênero pode ser uma importante fonte de substâncias bioativas. O presente trabalho tem como objetivo central avaliar o potencial agronômico da espécie de Rubus rosifolius Smith. 2 OBJETIVOS 2.1 Geral a) Avaliar o potencial agronômico de Rubus rosifolius Smith. 2.2 Específicos: a) Observar a produtividade e períodos de produção em áreas nativas e área cultivada sob diferentes adubações; b) Conhecer as pragas e doenças ocorrentes; c) Avaliar qualidade de frutos quanto à cor, grau Brix (SST), acidez titulável e vitamina C; d) Verificar as possibilidades de uso e aceitabilidade do produto processado. 3 MATERIAL E MÉTODOS O trabalho foi desenvolvido no Instituto Federal Catarinense - Câmpus Rio do Sul, no setor de agricultura III. Foram localizados locais onde ocorrem Rubus rosifolius Smith. (amora-do-mato) naturalmente e selecionados 224 plantas. Para a realização do mesmo as mudas foram transplantadas em canteiros com dimensões de 4,5 metros de comprimento por 1,20 metros de largura, com espaçamentos de 0,50 metros, introduzindo quatorze mudas em cada parcela. Foram conduzidas com 3 a 4 hastes principais, observando as ocorrências de possíveis pragas e doenças. Foi verificado a época de floração, frutificação e quantificado a produção. Em cada tratamento foi realizado quatro repetições, com os seguintes tratamentos: testemunha, adubação química, adubação orgânica e composto orgânico. Os monitoramentos das mudas foram realizados semanalmente. Foi analisado em uma área nativa, com aproximadamente 350 m², uma coleção de plantas de ocorrência espontânea, realizando a marcação de 30 indivíduos, verificando o desenvolvimento, floração e frutificação da espécie. Na área nativa foi realizado a colheita dos frutos. Estes foram processados da seguinte forma: foram lavados e após adicionado açúcar em peso equivalente ao peso dos frutos, fazendo-se após o cozimento do produto por 20 minutos em fogo médio, mexendo-se com frequência e após deixado esfriar, resultando então o produto final. A geléia processada foi avaliada pelos consumidores do IFC Câmpus Rio do Sul quanto ao sabor e coloração através da atribuição de notas. As notas foram atribuídas da seguinte forma: 1-Ruim; 2-Regular; 3-Bom e 4-Muito Bom. 2

3 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO No início da avaliação foi realizada uma poda em todas as mudas para realizar o acompanhamento no crescimento de cada indivíduo. As mudas de ocorrência espontânea em área nativa obtiveram uma média de crescimento de 0,43 metros no período de três meses (Figura 1). Algumas mudas nesse curto período já produziram frutos, os mesmos foram utilizados para a realização de geléia. As espécies de ocorrência espontânea tiveram uma taxa de sobrevivência de 100%, no período de análise.. Figura 1 Avaliação do Crescimento em altura de mudas de amora-do-mato, em local de ocorrência espontânea em área nativa. A geléia processada obteve 90% de atribuição de sabor muito bom e 10% de bom (Figura 2). Na avaliação quanto a aparência, 50% consideraram muito bom e 50% bom (Figura 3). Na avaliação de geléia de amora-preta, MOTA (2006) verificou que a amora apresenta um bom potencial para a produção de geléias, sendo que o procedimento é simples e não necessita adição de pectina, apresentando porém, perda de coloração quando houve um período muito longo de armazenamento e perda de teores de antocianinas. Na geléia elaborada, necessitamos mais avaliações e teste de processos de elaboração, apesar da boa aceitação do produto processado. 3

4 . Figura 2 Avaliação da aceitabilidade do produto, através de notas em relação ao sabor.. Figura 3 Avaliação da aceitabilidade do produto, através de notas em relação à aparência. 5 CONCLUSÕES O crescimento inicial da amora nativa foi rápido e o manejo simples. O processamento fácil e a aceitabilidade da geléia indicam a possibilidade de seu uso comercial. 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BIANCHINI, R. S. Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro Disponível em: < > Acesso em 25 de jan

5 JUNIOR, Waldyr Stumpf. V Simpósio Nacional do Morango e IV Encontro sobre Pequenas Frutas e Frutas Nativas do Mercosul. Pelotas RS. Embrapa Clima Temperado, LORENZI, Harri. Frutas Brasileiras e Exóticas Cultivadas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum de Estudos da Flora LTDA. p.281, MOTA, Renata Vieira da. Caracterização física e química de geléia de amora-preta. Ciênc. Tecnol. Aliment. [online]. 2006, vol.26, n.3, pp ISSN X. > Acesso em 10 de ago AGÊNCIA DE FOMENTO Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq. 5