Universidade de Cuiabá UNIC. Pró-reitoria Acadêmica. Centro de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão. Faculdade de Direito

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Universidade de Cuiabá UNIC. Pró-reitoria Acadêmica. Centro de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão. Faculdade de Direito"

Transcrição

1

2 COMITÊ CIENTÍFICO ADRIANA KOSZUOSKI DANIELA M. ECHEVERRIA DANIELA M. SAMANIEGO DARLÃ MARTINS VARGAS DINARA DE ARRUDA DYNAIR DALDEGAN FRANCISCO A. FAIAD JENZ PROCHNOW JR. JOSÉ PATROCÍNIO BRITO JR. MARCOS HENRIQUE MACHADO SAUL DUARTE TIBALDI

3 Universidade de Cuiabá UNIC Pró-reitoria Acadêmica Centro de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão Faculdade de Direito UNIVERSIDADE DE CUIABÁ ISSN: Rev. Juríd. UNIC v.11 n.2 JUL./DEZ. 2009

4 Universidade de Cuiabá UNIC, 2010 Os conceitos emitidos nesta publicação são de inteira responsabilidade dos autores. É permitida a reprodução total ou parcial dos artigos desta publicação, desde que citada a fonte. Av. Beira Rio, Jardim Europa Cuiabá - MT Tel.: (65) edunic@unic.br UNIVERSIDADE DE CUIABÁ Revista Jurídica da UNIC Direção Editorial Antonio Alberto Schommer Coordenação Editorial Marcos Juvenal da Silva Revisão Doralice de Fátima Jacomazi Produção Gráfica, Capa e Editoração Eletrônica Carlini & Caniato Desenvolvimento Gráfico e Editorial Dados CIP Biblioteca Central UNIC REVISTA JURÍDICA DA UNIVERSIDADE DE CUIABÁ. Universidade de Cuiabá - UNIC. Faculdade de Direito. Cuiabá; Edunic, v. 1, n. 1, jul./dez., periodicidade semestral. 180 p. Direito Periódico 1. Direito - Periódico I. UNIC. Faculdade de Direito II. Título. CDU: 340 (05)

5 SUMÁRIO Apresentação 7 O Acesso das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte aos Juizados Especiais Estaduais Armindo de Castro Júnior Marco Antonio Lorga 9 A Distinção entre a Medida Cautelar e a Tutela Antecipatória Adriana Koszuoski Carla Maria Pereira Rondon 21 O Caso Isabella Nardoni, da Narrativa dos Fatos à Condenação: uma análise crítica do discurso na ótica das capas da revista Veja Carmen Hornick 37 Bem Jurídico: significado, relevância e valor com a dogmática do Direito Penal Daiane Zappe Viana 49 Da Necessária Análise dos Elementos Subjetivos na Imputação de Improbidade Administrativa aos Agentes Políticos Darlã Martins Vargas 73

6 O Direito Concorrencial no Contexto da Liberdade Econômica Ilson Sanches 85 A Redução do Tempo nos Debates do Tribunal do Júri Jorge Henrique Franco Godoy 115 Globalização e seu Reflexo Flexibilização no Direito do Trabalho Mauê Ângela Romeiro Martins 127 Direito Penal do Inimigo Miguel Juarez Romeiro Zaim 153 Normas e Instruções aos Colaboradores da Revista Jurídica da Universidade de Cuiabá - UNIC 179

7 APRESENTAÇÃO Concebida por um grupo de sonhadores, que sonharam seu sonho juntos, tendo à frente Dr. Altamiro Belo Galindo, Magnífico Reitor da Universidade de Cuiabá, nasceu a Revista Jurídica em Desde aquele histórico v. 1, n. 1, dez anos se passaram. Dez anos de história se escreveram, com muita abnegação, coragem e sacrifício. Permaneceu firme ao longo do tempo graças à persistência do grupo de professores, que, munido de ousadia, publicou suas pesquisas e as colocou à crítica do mundo jurídico sem medo de contrariar o ululante e o comumente aceito. Foi publicada todos os semestres porque o corpo docente da Faculdade é recheado de apaixonados pela ciência jurídica e pelo novo. No embalo do sonho sonhado juntos, dizia o Senhor Reitor na apresentação inaugural da Revista Jurídica:...Nestes tempos de desesperança, incredulidade e indiferença, a Universidade reafirma sua fé no futuro, na capacidade construtiva de seus professores e alunos, na aptidão indeclinável do homem em buscar horizontes mais amplos e promissores... E é exatamente esta a vocação desta revista. Disparar novos pensamentos, novos conceitos e novas formulações em busca de uma sociedade mais justa e mais humana, é, em suma, o desiderato para o qual todos convergimos e que esta edição, também, cumpra este papel. Boa leitura a todos. Antonio Alberto Schommer Diretor Editorial Cuiabá-fevereiro, 2010

8

9 O ACESSO DAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE AOS JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS Armindo de Castro Júnior 1 Marco Antonio Lorga 2 INTRODUÇÃO As Microempresas e Empresas de Pequeno Porte contribuem de forma efetiva para o desenvolvimento da economia mundial desde a Revolução Industrial e mostram ao mundo a necessidade cada vez maior de estimular o seu desenvolvimento sustentável, em prol da função social que exercem na sociedade. É fato comprovado que as Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) são magníficas oportunidades para os países constituírem a própria estabilidade econômica, social e política, através da capacidade de geração de empregos, renda e movimentação de riquezas. Os países em desenvolvimento necessitam de certa informalidade para que os pequenos empresários tenham facilidade no atendimento a exigências legais, como tributárias e trabalhistas, que normalmente emperram o cotidiano de suas empresas. Este caminho tem sido trilhado por diversos países mais adiantados, que livram as pequenas empresas da sobrecarga burocrática e fiscal. No Brasil, este segmento tem um papel importantíssimo como fonte geradora de empregos, absorvendo grande parte da mão-de-obra vinda de demissões em massa de grandes empresas, oriundas das políticas de desestatização e globalização. A título de ilustração, as pequenas empresas representam um segmento econômico que congrega 99,2% de todas as empresas do país, quase 60% dos empregos e 20% do Produto Interno Bruto Nacional. Este segmento é, portanto, um pequeno gigante dentro do nosso sistema econômico-social. 1 Professor da Unic; mestre em Ciências Jurídico-empresariais pela Universidade de Coimbra (Portugal); especialista em Didática Geral; autor da obra Títulos de Crédito. 3. ed. Carlini & Caniato, Bacharel em Direito do 10º semestre de Direito da Universidade de Cuiabá Unic 2008/2.

10 10 O Acesso das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte aos Juizados Especiais Estaduais Não basta, contudo, a simplificação de cobrança de tributos e débitos trabalhistas para que as ME e EPP possam ser competitivas no mercado. Existe, pois, a necessidade de se garantir o acesso de tais empresas ao Judiciário, como forma de se atingir a tutela jurisdicional desejada, no menor prazo possível e ao menor custo. Esse é o objetivo do presente artigo. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA LEGISLAÇÃO A Constituição Federal de 1988 estabeleceu, em seus artigos 170, IX, e 179, que os entes federativos têm a obrigação de conferir, às microempresas e empresas de pequeno porte, um tratamento jurídico diferenciado: Artigo 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: [...] IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração. [...] Artigo 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentiválas pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei. 3 Com a entrada em vigor da Constituição, surgiram várias leis de estímulo às microempresas e empresas de pequeno porte, produzidas principalmente pelos Estados, que começaram a sofrer pressão das entidades representativas do segmento das ME e EPP para o cumprimento do mandamento constitucional. 3 BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: < Acesso em: 02 jan

11 Armindo de Castro Júnior / Marco Antonio Lorga 11 Somente em 1996, oito anos após a promulgação da Carta Magna, foi editada a Lei nº 9.317/96 4, instituindo o SIMPLES, que nada mais era que um sistema simplificado de recolhimento de tributos e contribuições federais. Uma ação muito tímida, por se tratar de um segmento tão importante, social e economicamente para o país. Os Estados e municípios poderiam, mediante um simples convênio, aderir ao SIMPLES, que abrangeria os tributos devidos aos Estados e aos Municípios, o que de fato não ocorreu. Justificou-se a não-adesão por receio de demora na redistribuição dos recursos pela União e, até mesmo, a possibilidade de compensação das dívidas dos Estados e municípios para com a União. A situação acabou gerando 28 tratamentos tributários diferenciados em todo o país. Pouquíssimos municípios aderiam ao SIMPLES da União, e a grande maioria não ofereceu qualquer benefício para as microempresas e empresas de pequeno porte. No dia 5 de outubro de 1999, foi sancionada a Lei nº , que instituiu o Estatuto das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, cumprindo, em parte, o comando constitucional de promover um tratamento diferenciado nas áreas das obrigações de natureza administrativa, tributária, previdenciária, trabalhista, creditícia e desenvolvimento empresarial. Mais uma vez, porém, não aconteceu o sucesso da adesão dos Estados e municípios, pelas razões já apresentadas. Com a criação do Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, em 19 de maio de 2000, pelo Decreto nº , foram estimulados, de forma sistematizada, os debates sobre questões de interesse do segmento. No ano de 2003, com o apoio de instituições de representação dos pequenos empresários, iniciou-se um movimento para uniformização sistemática das normas e a ampliação dos benefícios. 4 BRASIL. Lei nº 9.317/96. Dispõe sobre o regime tributário das microempresas e das empresas de pequeno porte, institui o Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de pequeno Porte - SIMPLES e dá outras providências. Disponível em: < Acesso em: 02 jan BRASIL. Lei nº 9.841/99. Institui o Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, dispondo sobre o tratamento jurídico diferenciado, simplificado e favorecido previsto nos arts. 170 e 179 da Constituição Federal. Disponível em: < Acesso em: 02 jan BRASIL. Decreto nº 3.474/2000. Regulamenta a Lei nº 9.841, de 5 de outubro de 1999, que institui o Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, e dá outras providências. Disponível em: < Acesso em: 02 jan

12 12 O Acesso das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte aos Juizados Especiais Estaduais O movimento culminou, em 19 de dezembro de 2003, com a edição da Emenda Constitucional nº 42, que alterou o artigo 146 da Constituição Federal, passando a ficar com a seguinte redação: Artigo 146. Cabe à lei complementar: [...] III estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: [...] d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado que: I Será opcional para o contribuinte; II Poderão ser estabelecidas por Estado; III O recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento; IV A arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes. 7 A Emenda Constitucional nº 42/2003 trouxe grandes avanços, podendo ser considerada um marco no processo evolutivo da legislação para as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte do país. Em 2006, seguindo o mandamento constitucional, foi aprovada, no dia 12 de setembro de 2006, a Lei Complementar nº 123 8, conhecida como Nova Lei Geral da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. 7 BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Op. cit. 8 BRASIL. Lei Complementar nº 123/2006. Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis nº e nº 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do Trabalho CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, da Lei nº , de 14 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar nº 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga as Leis nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e nº 9.841, de 5 de outubro de Disponível em: < Acesso em: 02 jan

13 Armindo de Castro Júnior / Marco Antonio Lorga 13 DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE A Lei Complementar nº 123/2006 define, em seu Capítulo II, o que são microempresas e empresas de pequeno porte: Art. 3º. Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº , de 10 de janeiro de 2002, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: I no caso das microempresas, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ ,00 (duzentos e quarenta mil reais); II no caso das empresas de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ ,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ ,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais). 9 Como se depreende do texto legal, estão enquadrados no conceito de microempresa e de empresa de pequeno porte tanto os empresários individuais (pessoas físicas), como as sociedades simples e empresárias (pessoas jurídicas), não havendo, portanto, qualquer divergência de tratamento entre tais pessoas. ACESSO À JUSTIÇA CONSTITUIÇÃO FEDERAL A Constituição Federal de 1998 estabeleceu a criação dos Juizados Especiais, com o objetivo de tornar a Justiça brasileira mais célere. Vejamos: Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas 9 BRASIL. Lei Complementar nº 123/2006. Op. cit.

14 14 O Acesso das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte aos Juizados Especiais Estaduais cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau. 10 LEI Nº 9.099/1995 Em obediência ao comando constitucional, os Juizados Especiais Cíveis e Criminais foram criados pela Lei nº 9.099/1995 (LJE), tendo como objetivo a conciliação, o processo e o julgamento de causas cíveis de menor complexidade. A lei excluiu do polo ativo dos Juizados Especiais as pessoas jurídicas, bem como seus cessionários: Art. 8º. [...] 1º - Somente as pessoas físicas capazes serão admitidas a propor ação perante o Juizado Especial, excluídos os cessionários de direito de pessoas jurídicas. 11 A possibilidade de o empresário individual propor ação nos Juizados Especiais foi questão que causou grande divergência jurisprudencial. Por exemplo, no Primeiro Encontro de Juízes de Juizados Especiais Cíveis da Capital e da Grande São Paulo, foi aprovado o seguinte enunciado, publicado no DOE-SP em 21 de dezembro de 1998: 10. Firma individual não pode figurar no polo ativo dos feitos perante o Juizado Especial Cível. Inteligência do art. 9º, 4º, da Lei 9.099/95. Aprovado por maioria. 12 A posição dos juízes paulistas foi totalmente equivocada. Não existe qualquer empecilho na LJE que impeça ao empresário individual o acesso aos benefícios dos juizados, na medida em que é pessoa física capaz, conforme dispõe o art. 8º da Lei. 10 BRASIL. Constituição Federal do Brasil. Op. cit. 11 BRASIL. Lei nº 9.099/1995. Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá outras providências. Disponível em: < Acesso em 03 nov ESTADO DE SÃO PAULO. Enunciados do Juizado Especial Cível de São Paulo. Disponível em: < Acesso em: 03 nov

15 Armindo de Castro Júnior / Marco Antonio Lorga 15 Sobre a personalidade do empresário individual, Gladston Mamede ensina que: [...] a figura do empresário, também chamado de empresa unipessoal, empresa individual e, mesmo, de firma individual, ou seja, a pessoa natural (pessoa física) que exerce profissionalmente a atividade econômica organizada [...] 13 No mesmo sentido, está a lição de Fábio Ulhoa Coelho, ao explicar que o empresário pode ser pessoa física ou jurídica. No primeiro caso, denomina-se empresário individual; no segundo, sociedade empresária. 14 Não é diferente o pensamento de Marcelo Bertoldi: O empresário pode apresentar-se por meio de uma sociedade, se exercida por uma pessoa jurídica (reunião de diversas outras pessoas), ou então pode surgir mediante o exercício empresarial desempenhado por uma única pessoa natural o empresário individual. 15 Na verdade, o empresário individual é uma pessoa física que tem tratamento tributário de pessoa jurídica, não podendo ser confundido com esta. Sobre o tema, Rubens Requião é bastante preciso: O Tribunal de Justiça de Santa Catarina explicou muito bem que o comerciante singular, vale dizer, o empresário individual, é própria pessoa física ou natural, respondendo os seus bens pelas obrigações que assumiu, quer sejam civis, quer comerciais. A transformação de firma individual em pessoa jurídica é uma ficção do direito tributário, somente para o efeito de imposto de renda (Ap. cív. Nº Lajes, in Bol. Jur. ADCOAS Nº /73). 16 O entendimento dos juízes paulistas está pautado no art. 9º da LJE, que assim dispõe: 13 MAMEDE, Gladston. Manual de direito empresarial. 3. ed. São Paulo: Atlas, p COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de direito comercial. 20. ed. São Paulo: Saraiva, p BERTOLDI, Marcelo M.; RIBEIRO, Marcia Carla Pereira Ribeiro. Curso avançado de direito comercial. 5. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, p REQUIÃO, Rubens. Curso de direito comercial. 27.ed. v. 1. São Paulo: Saraiva, p. 78.

16 16 O Acesso das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte aos Juizados Especiais Estaduais 4º - O réu, sendo pessoa jurídica ou titular de firma individual, poderá ser representado por preposto credenciado. 17 O próprio legislador reconheceu a existência da firma individual e a diferenciou da pessoa jurídica, seguindo a doutrina pacificada. Se quisesse excluir o empresário individual do polo ativo dos juizados, o legislador o teria feito quando da redação do art. 8º e não o fez. Comentando o art. 8º, 1º, da LJE, Cândido Rangel Dinamarco igualmente postula pela possibilidade de o empresário individual demandar nos juizados especiais: A lei não faz menção às firmas individuais, seja para incluí-las, seja para excluí-las. Mas a firma individual é outra coisa senão o empresário em nome individual, que como tal é tratado pelo fisco mas nem por isso deixa de ser uma pura e simples pessoa física.[...] Elas são portanto admitidas aos juizados cíveis, quer no polo ativo ou no passivo do processo; seria uma injusta incoerência admitir as microempresas, que são pessoa jurídica, e não admitir as firmas individuais, que sequer pessoa jurídica são. 18 Conclui-se, portanto, que os empresários individuais podem postular no polo ativo dos juizados especiais, independentemente do porte de sua empresa. LEI Nº 9.841/1999 Posteriormente, em 1999, a Lei nº permitiu às microempresas a propositura de ações nos juizados especiais às microempresas: Art. 38. Aplica-se às microempresas o disposto no 1º do art. 8º da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, passando essas empresas, assim como as pessoas físicas capazes, a serem admitidas a proporem ação perante o Juizado Especial, excluídos os cessionários de direito de pessoas jurídicas BRASIL. Lei nº 9.099/1995. Op. cit. 18 DINAMARCO, Cândido Rangel. Manual dos Juizados Especiais Cíveis. 2.ed. São Paulo: Malheiros, p BRASIL. Lei nº 9.841/1999. Op. cit.

17 Armindo de Castro Júnior / Marco Antonio Lorga 17 Obviamente, pelo já exposto, a inovação trazida pela Lei nº 9.841/1999 foi a possibilidade de que pessoas jurídicas pudessem demandar nos juizados, desde que se qualificassem como microempresas. LEI Nº /2001 Em 2001, a Lei nº , que criou os Juizados Especiais Federais, deu legitimidade ativa às empresas de pequeno porte na esfera federal: Art. 6º. Podem ser partes no Juizado Especial Federal Cível I como autores, as pessoas físicas e as microempresas e empresas de pequeno porte, assim definidas na Lei no 9.317, de 5 de dezembro de LEI COMPLEMENTAR Nº 123/2006 O acesso das empresas de pequeno porte aos benefícios dos juizados estaduais somente se deu em 2006, com a edição do novo Estatuto da ME/EPP, que assim dispõe: Art. 74. Aplica-se às microempresas e às empresas de pequeno porte de que trata esta Lei Complementar o disposto no 1º do art. 8º da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, e no inciso I do caput do art. 6º da Lei no , de 12 de julho de 2001, as quais, assim como as pessoas físicas capazes, passam a ser admitidas como proponentes de ação perante o Juizado Especial, excluídos os cessionários de direito de pessoas jurídicas. 21 Pelo novo Estatuto da ME/EPP, portanto, as pessoas jurídicas podem demandar nos juizados especiais, desde que estejam enquadradas como microempresas ou empresas de pequeno porte. No tocante ao cessionário de direito de pessoas jurídicas, o objetivo da LJE, ao excluí-los, está em evitar fraude à gratuidade dos juizados, causada pela cessão de direitos de uma pessoa jurídica, que não poderia se 20 BRASIL. Lei nº /2001. Dispõe sobre a instituição dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais no âmbito da Justiça Federal. Disponível em: < Acesso em: 7 jan BRASIL. Lei Complementar nº 123/2006. Op. cit.

18 18 O Acesso das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte aos Juizados Especiais Estaduais beneficiar dos juizados, a outra pessoa que tem capacidade postulatória. Dessa forma, deve-se levar em conta, também, a qualidade do cedente: se a pessoa jurídica for microempresa ou empresa de pequeno porte, o cessionário deve ser admitido a demandar nos juizados porque tal pessoa jurídica poderia fazê-lo. Vale, portanto, a máxima de quem pode o mais, pode o menos. Causa estranheza a interpretação restritiva dada ao art. 74 do Estatuto da ME/EPP por alguns juízes, que somente vêm admitindo os empresários individuais aos benefícios dos juizados especiais, excluindo, pois, as pessoas jurídicas enquadradas pelo estatuto. Em recente julgado, a juíza Vera Lúcia Calviño, da 2ª Vara do Juizado Especial Cível de Guarulhos, extinguiu processo promovido por pessoa jurídica microempresária sob o argumento de que o Estatuto das ME/EPP não havia alterado a redação do art. 8º, 1º, da LJE. 22 A interpretação da juíza paulista está totalmente equivocada. Pelo já exposto, qualquer empresário individual pode demandar nos juizados, independentemente de ser enquadrado como ME ou EPP. O já citado art. 3º do Estatuto das ME/EPP é suficientemente claro e não admite a interpretação restritiva dada pela juíza: Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário [...]. CONCLUSÃO As ME e EPP compõem uma importante fonte geradora de empregos e tributos. Para que possam cumprir sua função social é necessário, contudo, proteger os pequenos empreendedores, no início de suas atividades, simplificando a cobrança de tributos e encargos trabalhistas. Além disso, o acesso à justiça gratuita faz-se necessário, para que os pequenos empresários possam cobrar seus créditos, de pequena monta na maior parte das vezes. Em alguns estados da federação, as custas processuais chegam a ser superiores aos créditos a serem cobrados, sem prejuízo dos honorários advocatícios, fato que acaba inviabilizando, por completo, o acesso à justiça comum dos pequenos empreendedores. 22 MATSURA, Lilian. Micro e pequenas não podem recorrer a Juizados. Disponível em: < Acesso em: 13 maio 2009.

19 Armindo de Castro Júnior / Marco Antonio Lorga 19 A evolução da legislação brasileira garante, desde a edição da Lei nº 9.099/1995, o acesso dos empresários individuais, qualquer que seja seu porte, aos benefícios dos juizados especiais. Com a edição dos Estatutos das ME e EPP, tal benefício foi estendido às pessoas jurídicas, desde que se enquadrem como microempresários ou empresários de pequeno porte. Compete ao Judiciário aparelhar-se para cumprir a legislação que garante às ME e EPP o acesso à justiça especial, evitando interpretações restritivas para impedir o que a lei expressamente dispõe. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BERTOLDI, Marcelo M.; RIBEIRO, Marcia Carla Pereira Ribeiro. Curso avançado de direito comercial. 5 ed. São Paulo: RT, p. 54. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: < Acesso em: 02 jan Decreto nº 3.474/2000. Regulamenta a Lei nº 9.841, de 5 de outubro de 1999, que institui o Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, e dá outras providências. Disponível em: < Acesso em: 02 jan Lei Complementar nº 123/2006. Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis nº e nº 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do Trabalho CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, da Lei nº , de 14 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar nº 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga as Leis nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e nº 9.841, de 5 de outubro de Disponível em: < Acesso em: 02 jan Lei nº 9.099/1995. Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá outras providências. Disponível em: < Acesso em: 03 nov Lei nº 9.317/96. Dispõe sobre o regime tributário das microempresas e das empresas de pequeno porte, institui o Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de pequeno Porte - SIMPLES e dá outras providências. Disponível em: < br/legislacao/>. Acesso em: 02 jan

20 20 O Acesso das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte aos Juizados Especiais Estaduais. Lei nº 9.841/99. Institui o Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, dispondo sobre o tratamento jurídico diferenciado, simplificado e favorecido previsto nos arts. 170 e 179 da Constituição Federal. Disponível em: < Acesso em: 02 jan Lei nº /2001. Dispõe sobre a instituição dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais no âmbito da Justiça Federal. Disponível em: < Acesso em: 07.jan COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de direito comercial. 20. ed. São Paulo: Saraiva, p. 19. DINAMARCO, Cândido Rangel. Manual dos Juizados Especiais Cíveis. 2. ed. São Paulo: Malheiros, p ESTADO DE SÃO PAULO. Enunciados do Juizado Especial Cível de São Paulo. Disponível em: < Acesso em: 03 nov MAMEDE, Gladston. Manual de direito empresarial. 3. ed. São Paulo: Atlas, p. 12. MATSUURA, Lilian. Micro e pequenas não podem recorrer a Juizados. Disponível em < Acesso em: 13 maio REQUIÃO, Rubens. Curso de direito comercial. 27. ed. São Paulo: Saraiva, v. 1, p. 78.

21 A DISTINÇÃO ENTRE A MEDIDA CAUTELAR E A TUTELA ANTECIPATÓRIA Adriana Koszuoski 1 Carla Maria Pereira Rondon 2 INTRODUÇÃO O poder jurisdicional nem sempre foi monopólio do Estado. Há tempos, eram as partes que dirimiam os seus conflitos sociais, sem qualquer intervenção estatal, prevalecendo o poder do mais forte, o que nem sempre era sinônimo de justiça. Momentos depois, o Estado tomou para si o poder jurisdicional e hoje monopoliza o poder de decisão sobre os litígios que envolvem a sociedade, fazendo se representar pelos juízes de direito, membros integrantes do Poder Judiciário. O presente trabalho busca discorrer sobre a medida cautelar, tutela de urgência, com o objetivo de oferecer as garantias para o resultado útil da ação principal. Demonstrar sua evolução no tempo, conceituando-o, apresentando sua natureza jurídica e os requisitos para seu cabimento. Analisar a tutela antecipada, medida de urgência, a qual antecipa os efeitos da sentença de mérito, bem como a sua evolução até os dias de hoje, o seu conceito, a natureza jurídica que a envolve e os requisitos necessários à sua aplicação. Finalizando o texto com os apontamentos necessários para esclarecer as diferenças existentes entre a medida cautelar e a tutela antecipada, assim como a aplicabilidade dessas medidas de urgência nas diversas hipóteses de cabimento. MEDIDA CUTELAR Nesse histórico de surgimento das medidas cautelares, não há entendimento pacífico quanto a se tratarem de medidas instrumentais proces- 1 Advogada, mestra em Relações Internacionais para o Mercosul, pela Universidade do Sul de Santa Catarina Unisul, especialista em Direito Processual Civil pela Universidade do Vale do Itajaí Univali, professora da Universidade de Cuiabá Unic.. 2 Acadêmica do 10º semestre de Direito da Universidade de Cuiabá Unic.

22 22 A Distinção entre a Medida Cautelar e a Tutela Antecipatória suais, ou ações, ou mesmo atos administrativos judiciais. O nascimento dessa discussão encontra-se centrado na conceituação do que se entende por ação. 3 Dessa maneira, as medidas cautelares, em relação ao conceito de ação, para aqueles que defendem que a ação é o direito à sentença favorável, ou seja, de procedência, seriam consideradas meros instrumentos administrativos e não instrumentos ou atos de caráter judicial para tornar a justiça eficaz, emanada pelos julgadores, já que não existia um direito material à segurança e a demanda cautelar seria inábil para declará-lo, com força de coisa julgada, pois a tutela de simples segurança não poderia certificar a existência efetiva do direito assegurado. Assim, a parte não tinha direito que correspondesse à ação cautelar, de modo que a medida cautelar seria o que eles denominavam mera ação, confundida com o direito do Estado de proteger a atividade jurisdicional. 4 Sequenciando o raciocínio, entendendo-se ser a ação um direito autônomo e abstrato por meio da qual se exige o direito do Estado, através da prestação jurisdicional, independentemente de se ter uma sentença favorável, isso faz com que as liminares se apresentem como atos judiciais, provimentos, medidas, que tornam eficazes e úteis a atividade jurisdicional, considerando a urgência e o perigo na demora, ao evitar a morte ou o perecimento do direito, do bem, do interesse até a solução final da ação. 5 O Código de Processo Civil de 1939, num dos primeiros momentos da República, disciplinou a tutela preventiva em seu Livro V, no qual tratou especificamente do poder cautelar, conforme consta do artigo 675. Art Além dos casos em que a lei expressamente o autoriza, o juiz poderá determinar providências para acautelar o interesse das partes: I- quando do estado de fato da lide surgirem fundados receios de rixa ou violência entre os litigantes; II- quando, antes da decisão, for provável a ocorrência de atos capazes de acusar lesões, de difícil e incerta reparação, ao direito de uma das partes; III- quando, no processo, a uma das partes for impossível produzir provas, por não se achar na posse de determinada coisa. 6 3 GIONÉDIS, Louise Rainer Pereira. Liminares: aspectos práticos. Curitiba: Juruá, p Ibidem, p Idem. 6 BENASSE, Marcos Antônio. Tutela antecipada em caso de irreversibilidade. Campinas: Bookseller, p. 57.

23 Adriana Koszuoski / Carla Maria Pereira Rondon 23 Já no atual Código de Processo Civil, Lei n. 5869, de 11 de janeiro de 1973, trata-se a matéria nos artigos 798 e 799, in verbis: Art Além dos procedimentos cautelares específicos, que este Código regula no Capítulo II deste Livro, poderá o juiz determinar as medidas provisórias que julgar adequadas, quando houver fundado receio de que uma parte, antes do julgamento da lide, cause ao direito da outra lesão grave de difícil reparação. 7 Art No caso do artigo anterior, poderá o juiz, para evitar dano, autorizar ou vedar a prática de determinados atos, ordenar a guarda judicial de pessoas e depósito de bens e impor a prestação de caução. 8 O CONCEITO DA MEDIDA CAUTELAR As medidas cautelares só podem ser aplicadas em situações de emergência, não estando, assim, facultadas à parte. Segundo Heleno Bosco, considera-se medida cautelar o ato judicial determinado por um magistrado com a finalidade de preservar e garantir certo bem jurídico ou algum direito da parte, objeto de lide, que esteja sofrendo risco de se perder ou vir a desaparecer. 9 Para Ernani Fidélis dos Santos, concebe-se por medida cautelar o provimento jurisdicional que tem como fim garantir a plena realização do direito da parte, caso seja ele reconhecido no processo de conhecimento ou se no processo de execução for determinada a efetivação do direito. 10 Dessa maneira, o conceito de medida cautelar é considerado tranquilo para os doutrinadores, já que todos seguem uma mesma linha de raciocínio, considerando a medida cautelar um ato jurisdicional que tem por fim proteger o direito do litigante de uma situação de perigo iminente. 7 BENASSE, Marcos Antônio. Tutela antecipada em caso de irreversibilidade. Campinas: Bookseller, p Ibidem, p Idem. 10 Idem.

24 24 A Distinção entre a Medida Cautelar e a Tutela Antecipatória A NATUREZA JURÍDICA DA MEDIDA CAUTELAR Considera-se, portanto, que a medida cautelar não possui caráter satisfativo, ou seja, não decide a demanda definitivamente, mas apenas possui caráter de medida conservativa, em situações necessárias para que o processo principal alcance o resultado útil. 11 As medidas satisfativas são capazes de permitir a tutela jurisdicional imediata do direito substancial, enquanto que a medida cautelar apenas permite uma tutela jurisdicional mediata, ou seja, se destina a permitir a futura realização do direito substancial. 12 A medida cautelar não satisfaz, mas apenas assegura a satisfação futura, no processo principal. A medida cautelar é, assim, o provimento jurisdicional cujos efeitos asseguram a efetividade do processo principal, compreendendo a aptidão para alcançar os resultados práticos normalmente esperados. A medida cautelar tem, pois, um caráter instrumental em relação ao processo principal. 13 Ao encontro desse entendimento admite-se que a medida cautelar, de provimento emergencial de segurança, seja substituída, modificada ou revogada, a qualquer tempo, conforme dispõem os artigos 805 e 807 do Código de Processo Civil, in verbis: Essas medidas têm finalidade provisória e instrumental. Provisória porque devem durar até que a medida definitiva as substitua ou até que uma situação superveniente as torne desnecessárias; instrumental porque elas não possuem finalidade ou objetivo em si próprio, mas existem em função de outro processo. OS REQUISITOS DA MEDIDA CAUTELAR Para que à parte litigante possa ser concedida a medida cautelar, é necessário que fiquem demonstrados a existência de plausibilidade do 11 THEODORO JUNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil: processo de execução e cumprimento da sentença, processo cautelar e tutela de urgência. 42. ed. Rio de Janeiro: Forense, v. II. p CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de direito processual civil. 12. ed. rev. e atual. até a Lei n /2007. Rio de Janeiro: Lumen Juris, V. III. p BOSCO, Heleno. Processo cautelar. Campinas: Editora LZN, p. 36.

25 Adriana Koszuoski / Carla Maria Pereira Rondon 25 direito e a irreparabilidade ou difícil reparação desse direito, caso se espere o transcorrer normal do processo principal. Na interpretação de Humberto Theodoro Junior, os requisitos para se alcançar uma providência de natureza cautelar são basicamente dois: 1) um dano potencial, um risco que corre o processo principal de não ser útil ao interesse demonstrado pela parte, em razão do periculum in mora, risco esse que deve ser objetivamente apurável ; e 2) a plausibilidade do direito substancial invocado por quem pretenda segurança, ou seja, o fumus boni iuris. 14 Para a obtenção da medida cautelar não é necessário que se comprove cabalmente a existência do direito material em risco, principalmente porque, frequentemente, trata-se de litígio entre as partes e só se terá sua comprovação e declaração definitiva no processo principal. Dessa maneira, não se pode tutelar qualquer interesse, mas tão-somente aqueles que preencherem todos os requisitos reclamados pela norma jurídica, e, como vestem acima, um deles é a aparência de direito, que deve se mostrar plausível de tutela no processo principal. Considerando-se inviável o processo principal, não se concebe possa deferir-se a tutela cautelar, cujo objetivo maior é precisamente servir de instrumento para melhor e mais eficaz atuação do processo de mérito. Dessa forma, o fumus boni iuris e o periculum in mora são requisitos para a propositura da ação cautelar, são requisitos para a obtenção de medida cautelar e são requisitos para a obtenção de sentença de procedência, ocorrendo uma variação do grau de intensidade em que esses requisitos estão presentes. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA A antecipação de tutela, em caráter genérico, é considerada instituto novo para o direito brasileiro. Não havia no conjunto de normas legais a consagração poder geral de antecipação satisfativa, o que condicionava o magistrado à restrição de possibilidades de concessão das medidas antecipatórias satisfativas expressas na lei, previstas em alguns procedimentos especiais, como se observa das ações possessórias, entre outras. Porém, nesse período, já havia sido instituído no diploma processual brasileiro o poder geral de cautela, de 14 THEODORO JUNIOR, Humberto. Op. cit., p. 551.

26 26 A Distinção entre a Medida Cautelar e a Tutela Antecipatória acordo com o artigo 798 do Código de Processo Civil, e previa a possibilidade de concessão de medidas cautelares atípicas, em caráter antecipatório, na hipótese do artigo 804 do CPC. 15 Com essa limitação imposta ao Poder Judiciário, de possibilidade de conceder medidas antecipatórias satisfativas apenas para direitos com procedimentos especiais, a tutela cautelar passou a ser utilizada de modo desvirtuado. Utilizou-se, na praxe forense, o poder geral de cautela para conceder-se o que se chamou de medidas antecipatórias atípicas (satisfativas), como se estivessem tratando de cautelares, o que criou na jurisprudência as chamadas cautelares satisfativas. 16 Por meio dessas cautelares satisfativas, a tutela antecipada satisfativa era concedida com o preenchimento dos pressupostos legais da tutela cautelar, o fumus boni iuris e o periculum in mora, considerados requisitos mais singelos. 17 A reforma dos artigos 273 e 461, 3º, ambos do Código de Processo Civil, por meio da Lei n. 8952/1994, inseriu o poder geral de antecipação satisfativa, tornando genérica a autorização legislativa para a concessão da tutela antecipada satisfativa, permitindo que pudesse ser concedida a qualquer direito e não apenas àqueles que se tutelavam por procedimentos especiais. 18 Dessa maneira, promoveu-se a ordinarização da tutela antecipada satisfativa, tornando o que antes era privilégio de alguns procedimentos especiais regra no nosso sistema normativo, não mais abrindo espaço para se mencionar a tutela cautelar satisfativa. 19 Essa generalização da tutela antecipada satisfativa tornou-se um marco histórico para o direito processual civil brasileiro e sua evolução, por ter incorporado, ao processo de conhecimento, processo cognitivo, uma atividade jurisdicional executiva, iniciando o sincretismo processual, que acabou por se consolidar no direito brasileiro DIDIER JUNIOR, Fredie; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael. Curso de direito processual civil: direito probatório, decisão judicial, cumprimento e liquidação da sentença e coisa julgada. 2. ed. rev. ampl. e atual. Salvador: Podivm, v. 2. p Idem, p Ibidem, p Idem. 19 Idem. 20 Idem.

27 Adriana Koszuoski / Carla Maria Pereira Rondon 27 CONCEITO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA Segundo Nelson Nery e Rosa Maria de Andrade Nery, a tutela antecipatória dos efeitos da sentença de mérito é uma espécie do gênero das tutelas de urgência e se trata de providência de natureza jurídica mandamental, pois efetiva mediante execução lato sensu, entregando à parte/ requerente total ou parcialmente a própria pretensão buscada em juízo ou os seus efeitos. É tutela satisfativa no plano dos fatos, pois realiza o direito, dando ao requerente o bem da vida por ele pleiteado por meio da ação de conhecimento, ação cognitiva. 21 Assim, justifica-se a antecipação de tutela pelo princípio da necessidade, a partir da constatação de que a efetividade da prestação jurisdicional restaria gravemente comprometida caso se esperasse todo o trâmite do processo cognitivo. Reconhece-se assim a existência de situações em que a tutela somente servirá ao demandante se deferida de pronto. 22 Dessa maneira, a lei permite que, desde logo, se inicie a execução de alguma prestação que normalmente deveria ser efetivada após a sentença meritória. Tem-se, assim, uma provisória execução, total ou parcial, do que se venha a ser o efeito de uma sentença que ainda será proferida. 23 Admitir-se-á, portanto, a concessão de liminares de natureza antecipatória para as mais variadas ações, tanto em caráter positivo, de modo que permita ao autor iniciar uma execução provisória de seu direito contra o réu, bem como em caráter negativo, o que sujeita o requerido a vedações e proibições, diante da situação jurídica provisoriamente reconhecida ao autor. 24 Pode-se conceituar a tutela antecipada, portanto, como o instrumento processual que tem por objetivo conferir à parte/requerente, estando presentes nos autos requisitos de natureza objetiva preenchidos, parte ou a totalidade da prestação jurisdicional que lhe seria apenas conferida por ocasião da sentença final, por meio de pedido expresso do interessado, a ser externado em qualquer fase do processo NERY, Nelson; NERY, Rosa Maria de Andrade. Código de processo civil comentado e legislação extravagante: atualizado até 1º de março de ed. rev. ampl. e atual. São Paulo: Revista dos Tribunais, p THEODORO JUNIOR, Humberto. Op. cit., p ZAVASCKI, Teori Albino. Antecipação da tutela. 4. ed. São Paulo: Saraiva, p THEODORO JUNIOR, Humberto. Op. cit., p MONTENEGRO FILHO, Misael. Curso de direito processual civil: medidas de urgência, tutela antecipada e ação cautelar, procedimentos especiais. 2. ed. São Paulo: Atlas, p. 51.

28 28 A Distinção entre a Medida Cautelar e a Tutela Antecipatória A tutela antecipada, dessa forma, não é uma ação, mas um pedido formulado pelo autor, em que deve apenas demonstrar o preenchimento dos requisitos previstos no artigo 273 do CPC. 26 NATUREZA JURÍDICA DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA Assim, a natureza jurídica da tutela antecipatória é de natureza satisfativa, de forma que antecipa os efeitos da sentença de mérito, tratando-se de espécie do gênero tutelas de urgência. É providência que tem natureza jurídica mandamental, que se efetiva mediante execução lato sensu, com o objetivo de entregar ao autor, total ou parcialmente, a própria pretensão pleiteada em juízo ou os seus efeitos. Trata-se de tutela antecipatória satisfativa no plano dos fatos, pois realiza o direito e dá ao seu requerente o bem da vida por ele pretendido na ação de conhecimento. 27 Certamente, o legislador estabeleceu a prova inequívoca e a verossimilhança da alegação, como pressupostos genéricos indispensáveis a qualquer das espécies de antecipação da tutela. O fumus boni iuris deverá estar, portanto, especialmente qualificado, pois se exige que os fatos possam ser tidos como fatos certos, examinados com base na prova já apresentada. A antecipação da tutela de mérito, desta maneira, supõe verossimilhança quanto ao fundamento de direito, decorrente da certeza quanto à verdade dos fatos. 28 A antecipação de tutela deve ser vista sob o prisma da valorização do princípio da efetividade da tutela jurisdicional, porém a necessidade de valorização desse princípio não deve ser pretexto para a pura e simples anulação do princípio da segurança jurídica. Adianta-se a medida satisfativa, mas preserva-se o direito do réu à reversão do provimento, caso ao final seja ele, e não o autor, o vitorioso no julgamento definitivo da lide. 29 PROVA INEQUÍVOCA A prova inequívoca não é aquela que conduz o juiz a uma verdade plena, absoluta, real, tampouco a que conduz à melhor verdade possível, 26 MONTENEGRO FILHO, Misael. Op. cit., p NERY, Nelson; NERY, Rosa Maria de Andrade. Op. cit., p ZAVASCKI, Teori Albino. Op. cit., p THEODORO JUNIOR, Humberto. Op. cit., p. 761.

29 Adriana Koszuoski / Carla Maria Pereira Rondon 29 pois esta somente é possível quando da cognição exauriente. A prova inequívoca é a prova robusta e consistente, que leva o magistrado a um juízo de probabilidade perfeitamente viável no contexto da cognição sumária. 30 A prova inequívoca, portanto, é pressuposto objetivo de concessão da tutela antecipada, pois o magistrado deverá demonstrar que há nos autos prova inequívoca produzida, com características tais que possam justificar a conclusão pela verossimilhança das alegações. Significa dizer, ainda, que a mera alegação do demandante, não acompanhada de prova, não permite a concessão da medida, por mais verossímil que seja. Assim, vislumbra-se que a prova inequívoca não deve ser considerada aquela incontestável, uma verdade real, mas deve ela ser consistente e proporcionar um juízo de probabilidade que justifiquem os fatos alegados pelo autor. VEROSSIMILHANÇA DA PROVA INEQUÍVOCA A verossimilhança dos fatos alegados deverá ser referente ao juízo de convencimento que será feito em relação ao quadro fático apresentado pelo requerente, que pleiteia a antecipação de tutela, não se tratando de se limitar à existência do direito subjetivo material, mas em relação ao perigo de dano e a sua reparabilidade, assim como em relação ao abuso dos atos de defesa e de procrastinação praticados pelo demandado. 31 REQUISITOS ALTERNATIVOS Encontrando-se preenchidos os pressupostos cumulativos acima expostos, deve o juiz de direito verificar o preenchimento de ao menos um dos seguintes pressupostos: o receio de dano irreparável ou de difícil reparação ou o abuso do direito de defesa ou manifesto propósito protelatório do réu. RECEIO DE DANO IRREPARÁVEL OU DE DIFÍCIL REPARAÇÃO O receio de dano irreparável ou de difícil reparação que justifica a antecipação de tutela assecuratória é o risco de dano concreto e não hipotético ou eventual decorrente de mero temor subjetivo da parte; atual, que 30 DIDIER, JUNIOR, Fredie; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael. Op. cit. 31 THEODORO JUNIOR, Humberto. Op. cit., p. 758.

30 30 A Distinção entre a Medida Cautelar e a Tutela Antecipatória está na iminência de ocorrer; e grave, que tem aptidão para prejudicar ou impedir a fruição do direito. Considera-se um dano irreparável quando seus efeitos são irreversíveis. Portanto, o deferimento da tutela antecipada se justificará caso a demora do processo puder trazer à parte um dano irreversível ou de difícil reversibilidade, ou seja, quando não for possível aguardar pelo término do processo para entregar a tutela jurisdicional sem que o direito pereça. ABUSO DE DIREITO DE DEFESA DO RÉU OU O SEU MANIFESTO PROPÓSITO PROTELATÓRIO Essas expressões abuso de direito de defesa e o manifesto propósito protelatório são conceitos de conteúdo indeterminado e devem ser preenchidos pelo magistrado à luz da aplicação no caso concreto. Entende-se que as expressões abuso de direito de defesa e manifesto propósito protelatório possuem sentidos diferentes, sendo o primeiro aquele que abrange os atos praticados dentro do processo e o segundo se referindo aos comportamentos protelatórios do demandado adotados fora do processo. 32 Conforme o artigo 273, 2º, do CPC, Não se concederá a antecipação de tutela quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado. Assim, cumulativamente com o preenchimento dos pressupostos já vistos, exigir-se-á que os efeitos da tutela antecipada sejam reversíveis, que seja possível fazer retornar ao status quo ante acaso se constate, no curso do processo, que a tutela antecipada deve ser alterada ou revogada. Essa é a marca da provisoriedade/precariedade da tutela antecipada. Em razão da urgência e da evidência do direito da parte/requerente, é imprescindível que se conceda a tutela antecipatória, entregando-lhe, de imediato, o bem da vida, de forma a resguardar seu direito fundamental à efetividade da jurisdição. 32 DIDIER, JUNIOR, Fredie; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael. Op. cit., p. 635.

31 Adriana Koszuoski / Carla Maria Pereira Rondon 31 DISTINÇÃO ENTRE MEDIDA CAUTELAR E TUTELA ANTECIPADA A medida cautelar e a tutela antecipada possuem muitas características em comum. Como já foi explanado, ambas podem ser concedidas em momentos diferentes e anteriores à sentença de mérito. Esses institutos têm como fim abrandar o mal que pode ser causado pela demora da satisfatividade da jurisdição e garantir a sua efetivação. 33 Verifica-se que ambas as espécies possuem um juízo de probabilidade a ser demonstrado. No caso da medida cautelar, deve-se verificar que há sinal de um direito a ser reconhecido, provavelmente, na sentença de mérito, enquanto que, em relação à tutela antecipada, o juízo de probabilidade apenas restará demonstrado caso haja a prova inequívoca da verossimilhança, que poderá ser confirmada na sentença. 34 Assim, tanto as liminares cautelares quanto a antecipação de tutela são institutos dotados de caráter provisório, pois aguardam o julgamento final da lide, podendo ser concedidas apenas quando do preenchimento dos requisitos impostos legalmente. Antecipa-se a eficácia social e não a jurídico-formal. Antecipar, portanto, significa satisfazer, total ou parcialmente, o direito afirmado pelo autor e, sendo assim, não se pode confundir medida antecipatória com a antecipação de sentença. O que se antecipa não é propriamente a certificação do direito, nem a constituição e tampouco a condenação por ventura pretendida como tutela definitiva. Antecipam-se, isto sim, os efeitos executivos daquela tutela. Em outras palavras: não se antecipa a eficácia jurídico-formal (ou seja, a eficácia declaratória, constitutiva e condenatória) da sentença; antecipa-se a eficácia que a futura sentença pode produzir no campo da realidade dos fatos. 35 As medidas cautelares e antecipatórias, porém, possuem várias diferenças a serem verificadas. 33 DIDIER JUNIOR, Fredie; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael. Curso de direito processual civil: direito probatório, decisão judicial, cumprimento e liquidação da sentença e coisa julgada. 2. ed. rev. ampl. e atual. Salvador: Podivm, v. 2, p SANTORO, Gláucia Carvalho. Tutela antecipada: a solução. Rio de Janeiro: Forense p Ibidem, p. 68.

A DISTINÇÃO ENTRE A MEDIDA CAUTELAR E A TUTELA ANTECIPATÓRIA

A DISTINÇÃO ENTRE A MEDIDA CAUTELAR E A TUTELA ANTECIPATÓRIA A DISTINÇÃO ENTRE A MEDIDA CAUTELAR E A TUTELA ANTECIPATÓRIA Adriana Koszuoski 1 Carla Maria Pereira Rondon 2 INTRODUÇÃO O poder jurisdicional nem sempre foi monopólio do Estado. Há tempos, eram as partes

Leia mais

O ACESSO DAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE AOS JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

O ACESSO DAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE AOS JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS O ACESSO DAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE AOS JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS Armindo de Castro Júnior 1 Marco Antonio Lorga 2 INTRODUÇÃO As Microempresas e Empresas de Pequeno Porte contribuem

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL 2ª Vara Federal da 15ª Subseção Judiciária São Carlos

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL 2ª Vara Federal da 15ª Subseção Judiciária São Carlos PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL 2ª Vara Federal da 15ª Subseção Judiciária São Carlos Popular, quer por meio de empresa/firma individual, quer por intermédio de sociedade constituída sob qualquer das

Leia mais

PROCESSO CAUTELAR LIVRO III DO PROCESSO CAUTELAR

PROCESSO CAUTELAR LIVRO III DO PROCESSO CAUTELAR PROCESSO CAUTELAR LIVRO III DO PROCESSO CAUTELAR Processo Cautelar é um procedimento de segurança, que visa resguardar o interesse dos litigantes. Segundo Greco Filho, é a providência jurisdicional protetiva

Leia mais

Simples Nacional: sociedade simples pode ser considerada micro ou pequena empresa (art. 146, III, d, CF) diante da legislação civil?

Simples Nacional: sociedade simples pode ser considerada micro ou pequena empresa (art. 146, III, d, CF) diante da legislação civil? Simples Nacional: sociedade simples pode ser considerada micro ou pequena empresa (art. 146, III, d, CF) diante da legislação civil? Ígor Danilevicz Doutor em Direito - UFRGS Professor de Direito Tributário

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM FACULDADE DE DIREITO FD DEPARTAMENTO DE DIREITO APLICADO PLANO DE AULA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM FACULDADE DE DIREITO FD DEPARTAMENTO DE DIREITO APLICADO PLANO DE AULA PLANO DE AULA INSTITUIÇÃO DE ENSINO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM CURSO: DIREITO PROFESSOR: Especialista Rafael da Silva Menezes NÍVEL DE ENSINO: SUPERIOR PERÍODO: 6º TURNO: DIURNO/NOTURNO DATA:

Leia mais

DO PROCESSO E PROCEDIMENTO

DO PROCESSO E PROCEDIMENTO DO PROCESSO E PROCEDIMENTO PROCESSO Para solucionar os litígios, o Estado põe à disposição das partes três espécies de tutela jurisdicional: a cognição, a execução e a cautela. O que as distingue são os

Leia mais

Juizados Especiais Cíveis

Juizados Especiais Cíveis Juizados Especiais Cíveis Juiz de Direito/RS 1) O que é Juizado Especial Cível? É uma justiça mais célere, informal, totalmente gratuita, destinada a julgar as causas de menor complexidade. São aquelas

Leia mais

PLANO DE ENSINO. INSTITUIÇÃO DE ENSINO: Universidade Federal do Amazonas UFAM CURSO: Direito PROFESSOR: Especialista Rafael da Silva Menezes

PLANO DE ENSINO. INSTITUIÇÃO DE ENSINO: Universidade Federal do Amazonas UFAM CURSO: Direito PROFESSOR: Especialista Rafael da Silva Menezes DADOS PLANO DE ENSINO INSTITUIÇÃO DE ENSINO: Universidade Federal do Amazonas UFAM CURSO: Direito PROFESSOR: Especialista Rafael da Silva Menezes DISCIPLINA Direito Processual Civil II PRÉ-REQUISITO Direito

Leia mais

Diante do exposto, indaga-se: aplicar-se-ia o princípio da anterioridade tributária ao presente caso?

Diante do exposto, indaga-se: aplicar-se-ia o princípio da anterioridade tributária ao presente caso? RECIPROCIDADE TRIBUTÁRIA E TAXA JUDICIÁRIA (Estudo elaborado pelo Diretor da Divisão de Custas da Corregedoria-Geral da Justiça, Ricardo Vieira de Lima, a partir das decisões da CGJ sobre a matéria em

Leia mais

SUMÁRIO CAPÍTULO I CONSIDERAÇÕES INICIAIS...

SUMÁRIO CAPÍTULO I CONSIDERAÇÕES INICIAIS... SUMÁRIO CAPÍTULO I CONSIDERAÇÕES INICIAIS... 13 Processo X procedimento... 13 Ritos no processo de cognição... 13 Procedimento comum... 14 Procedimento especial... 14 Atividade jurisdicional estrutura...

Leia mais

Mestre Anderson Nogueira Oliveira Prática Jurídica I PETIÇÃO INICIAL

Mestre Anderson Nogueira Oliveira Prática Jurídica I PETIÇÃO INICIAL PETIÇÃO INICIAL 1. ENDEREÇAMENTO a) Fundamentação I Art. 42 a 53 do Novo CPC II Art. 108 e 109 da Constituição Federal de 1988 2. EXEMPLOS DE ENDEREÇAMENTOS VARA CÍVEL ESTADUAL Excelentíssimo Senhor Doutor

Leia mais

LEI GERAL DA MICRO E PEQUENA EMPRESA. Marco legal e institucional para Pequenos Negócios

LEI GERAL DA MICRO E PEQUENA EMPRESA. Marco legal e institucional para Pequenos Negócios LEI GERAL DA MICRO E PEQUENA EMPRESA Marco legal e institucional para Pequenos Negócios A SOBREVIVÊNCIA E O SUCESSO DOS NEGÓCIOS DEPENDE DE SUA COMPETITIVIDADE Os pequenos negócios (em sua maioria) têm

Leia mais

Hoje os tweets serão do Professor Fabio Paparotti, @profpaparotti e tratará de TUTELA ANTECIPADA, DANO MORAL e CONTRATO DE TRABALHO.

Hoje os tweets serão do Professor Fabio Paparotti, @profpaparotti e tratará de TUTELA ANTECIPADA, DANO MORAL e CONTRATO DE TRABALHO. Twitter Fabio Paparotti Hoje os tweets serão do Professor Fabio Paparotti, @profpaparotti e tratará de TUTELA ANTECIPADA, DANO MORAL e CONTRATO DE TRABALHO. 1. Tutela antecipada A tutela antecipada encontra-se

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

DIREITO PROCESSUAL CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL LIVRO III DO PROCESSO CAUTELAR Processo Cautelar é um procedimento de segurança, que visa resguardar o interesse dos litigantes. Segundo Greco Filho, é

Leia mais

SIMPLES NACIONAL mediante documento único de arrecadação

SIMPLES NACIONAL mediante documento único de arrecadação Edinando Brustolin SIMPLES NACIONAL Lei Complementar nº 123/06: Art. 12. Fica instituído o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de

Leia mais

Extensão dos efeitos de decisão judicial transitada em julgado a quem não foi parte na relação processual

Extensão dos efeitos de decisão judicial transitada em julgado a quem não foi parte na relação processual Extensão dos efeitos de decisão judicial transitada em julgado a quem não foi parte na relação processual Parecer n o 14/00-CRTS Ementa: 1.Extensão dos efeitos de decisão judicial transitada em julgado

Leia mais

PARECER Nº, DE 2015. RELATOR: Senador JOSÉ PIMENTEL

PARECER Nº, DE 2015. RELATOR: Senador JOSÉ PIMENTEL PARECER Nº, DE 2015 Da COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS, sobre o Projeto de Lei do Senado nº 285, de 2011 Complementar, do Senador Ciro Nogueira, que altera o art. 191-A da Lei nº 5.172, de 25 de outubro

Leia mais

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS 3ª Série Direito Civil III Direito A atividade prática supervisionada (ATPS) é um método de ensinoaprendizagem desenvolvido por meio de um conjunto de atividades programadas

Leia mais

PARECER Nº, DE 2016. RELATOR: Senador JOSÉ PIMENTEL I RELATÓRIO

PARECER Nº, DE 2016. RELATOR: Senador JOSÉ PIMENTEL I RELATÓRIO PARECER Nº, DE 2016 Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA, à Proposta de Emenda à Constituição nº 18, de 2009, do Senador Paulo Paim e outros, que altera o 8º do art. 201 da Constituição Federal,

Leia mais

AÇÃO CAUTELAR N º 873.281-0/7 São Paulo Requerente: Maurício Martins Cardoso Requerida: Ford Leasing S. A. Arrendamento Mercantil

AÇÃO CAUTELAR N º 873.281-0/7 São Paulo Requerente: Maurício Martins Cardoso Requerida: Ford Leasing S. A. Arrendamento Mercantil AÇÃO CAUTELAR N º 873.281-0/7 São Paulo Requerente: Maurício Martins Cardoso Requerida: Ford Leasing S. A. Arrendamento Mercantil MEDIDA CAUTELAR INCIDENTAL. ARRENDAMENTO MERCANTIL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI N o 3.743, DE 2008 Acrescenta parágrafo único ao art. 201 da Lei n.º 5.869, de 11 de janeiro de 1973, que institui o Código de Processo

Leia mais

: MIN. MARCO AURÉLIO DECISÃO

: MIN. MARCO AURÉLIO DECISÃO AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 2.864 SANTA CATARINA RELATOR AUTOR(A/S)(ES) PROC.(A/S)(ES) RÉU(É)(S) PROC.(A/S)(ES) : MIN. MARCO AURÉLIO :ESTADO DE SANTA CATARINA :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA :UNIÃO

Leia mais

DISREGARD DOCTRINE APLICADA AO DIREITO DE FAMÍLIA

DISREGARD DOCTRINE APLICADA AO DIREITO DE FAMÍLIA DISREGARD DOCTRINE APLICADA AO DIREITO DE FAMÍLIA Paula Renata da Silva SEVERINO 1 Gilmara Pesquero Fernandes Mohr FUNES 2 RESUMO: A escolha do tema da Disregard Doctrine foi por que percebeu-se a falta

Leia mais

Inconstitucionalidade da obrigação de depósito prévio da totalidade das custas de parte

Inconstitucionalidade da obrigação de depósito prévio da totalidade das custas de parte NEWSLETTER Contencioso Inconstitucionalidade da obrigação de depósito prévio da totalidade das custas de parte O acórdão do Tribunal Constitucional n.º 189/2016, de 30 de Março, julgou inconstitucional

Leia mais

Planejamento Tributário Empresarial

Planejamento Tributário Empresarial Planejamento Tributário Empresarial Aula 07 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho Este material é parte integrante da disciplina, oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades,

Leia mais

NOVO CPC: A HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA DE DIVÓRCIO CONSENSUAL

NOVO CPC: A HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA DE DIVÓRCIO CONSENSUAL NOVO CPC: A HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA DE DIVÓRCIO CONSENSUAL Gracielle Veloso Advogada. Consultora Notarial, Registral e Imobiliária A eficácia da sentença estrangeira no Brasil depende de prévia

Leia mais

MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI)

MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) FACULDADE DE DIREITO DO SUL DE MINAS RENATA ELIAS DE OLIVEIRA MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) POUSO ALEGRE-MG 2015 FACULDADE DE DIREITO DO SUL DE MINAS RENATA ELIAS DE OLIVEIRA MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL

Leia mais

OAB 2010.3 GABARITO COMENTADO SEGUNDA FASE EMPRESARIAL. Artigo 9º e 4º do artigo 10 Lei 11.101/2005, procuração, CPC e estatuto da OAB.

OAB 2010.3 GABARITO COMENTADO SEGUNDA FASE EMPRESARIAL. Artigo 9º e 4º do artigo 10 Lei 11.101/2005, procuração, CPC e estatuto da OAB. OAB 2010.3 GABARITO COMENTADO SEGUNDA FASE EMPRESARIAL PEÇA PRÁTICO PROFISSIONAL Artigo 9º e 4º do artigo 10 Lei 11.101/2005, procuração, CPC e estatuto da OAB. Trata-se de uma habilitação de crédito retardatária.

Leia mais

HIERARQUIA DAS LEIS. UMA ANÁLISE SOBRE A REVOGAÇÃO DA LEI COMPLEMENTAR 70/91 PELA LEI 9430/96

HIERARQUIA DAS LEIS. UMA ANÁLISE SOBRE A REVOGAÇÃO DA LEI COMPLEMENTAR 70/91 PELA LEI 9430/96 HIERARQUIA DAS LEIS. UMA ANÁLISE SOBRE A REVOGAÇÃO DA LEI COMPLEMENTAR 70/91 PELA LEI 9430/96 Rômulo José Martins Júnior Acadêmico do 5º período noturno do Curso de Direito do Centro Universitário Newton

Leia mais

EM DEFESA DAS CAUTELARES SATISFATIVAS A DESPEITO DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA

EM DEFESA DAS CAUTELARES SATISFATIVAS A DESPEITO DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA EM DEFESA DAS CAUTELARES SATISFATIVAS A DESPEITO DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA Geones Miguel Ledesma Peixoto As ações de natureza cautelar buscam garantir o resultado útil do processo, ou seja, a segurança

Leia mais

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 66, inciso III, da Constituição Estadual,

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 66, inciso III, da Constituição Estadual, Página 1 de 5 Legislação Tributária ICMS Ato: Decreto Número/Complemento Assinatura Publicação Pág. D.O. Início da Vigência Início dos Efeitos 1174/2012 11/06/2012 11/06/2012 3 11/06/2012 11/06/2012 Ementa:

Leia mais

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO...

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO... SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO... 11 capítulo I função e carreira do procurador do estado... 15 1. Introdução e breve reconstrução histórica das Procuradorias Estaduais no Brasil...15 2. Fundamento constitucional

Leia mais

AULA 8 31/03/11 O RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL

AULA 8 31/03/11 O RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL AULA 8 31/03/11 O RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL 1 O CONCEITO Alcunha-se de ordinário todo e qualquer recurso que se processa nas vias ordinárias, que são, senão, aquelas que excetuam o Supremo Tribunal

Leia mais

DECRETO Nº 10.628 DE 04 DE SETEMBRO DE 2001.

DECRETO Nº 10.628 DE 04 DE SETEMBRO DE 2001. DECRETO Nº 10.628 DE 04 DE SETEMBRO DE 2001. Altera dispositivos do Decreto nº 9.513, de 14 de junho de 1996, que dispõe sobre a utilização de equipamento Emissor de Cupom Fiscal-ECF, por contribuinte

Leia mais

Teoria Geral da Execução

Teoria Geral da Execução Direito Processual Civil FREDERICO OLIVEIRA fjsdeoliveira@gmail.com twitter: @fredoliveira197 Skype: frederico.oliveira42 Teoria Geral da Execução 1 REALIDADE PROCESSO Certificação Efetivação REALIDADE

Leia mais

CONSIDERAÇÕES SOBRE O INSTITUTO DA TUTELA DE URGÊNCIA EM FACE DA FAZENDA

CONSIDERAÇÕES SOBRE O INSTITUTO DA TUTELA DE URGÊNCIA EM FACE DA FAZENDA CONSIDERAÇÕES SOBRE O INSTITUTO DA TUTELA DE URGÊNCIA EM FACE DA FAZENDA Alexandre Moura de Souza Muito já foi dito sobre a possibilidade de concessão de tutela de urgência (liminares, cautelares e tutela

Leia mais

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA Nº 794/2013 - PGGB MANDADO DE SEGURANÇA Nº 31706/DF IMPTE : M. ALMEIDA XAVIER MATERIAL DE CONSTRUÇÃO EM GERAL IMPDO : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE

Leia mais

Demócrito Reinaldo Filho Juiz de Direito (32 a. Vara Cível do Recife) 1. Breves explicações sobre o tema

Demócrito Reinaldo Filho Juiz de Direito (32 a. Vara Cível do Recife) 1. Breves explicações sobre o tema INEXISTÊNCIA DO DIREITO AO PRAZO EM DOBRO AO LITISCONSORTE QUE INGRESSA POSTERIORMENTE NO PROCESSO Interpretação do art. 191 do Código de Processo Civil Demócrito Reinaldo Filho Juiz de Direito (32 a.

Leia mais

PERGUNTAS FREQUENTES CUSTAS JUDICIAIS

PERGUNTAS FREQUENTES CUSTAS JUDICIAIS PERGUNTAS FREQUENTES CUSTAS JUDICIAIS 1- Como proceder com relação aos Mandados de Segurança?... 2 2- É possível distribuir um feito sem recolher custas iniciais?... 2 3- É necessário recolher custas referentes

Leia mais

PROVIMENTO CGJ Nº 09 / 2015

PROVIMENTO CGJ Nº 09 / 2015 PROVIMENTO CGJ Nº 09 / 2015 Dispõe sobre a atualização da Consolidação Normativa da Corregedoria Geral da Justiça - Parte Judicial, ante a vigência do novo Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015).

Leia mais

EXERCÍCIO. PRÁTICO 1 Valor: 2,5 pontos. Aula expositiva dialogada. Aula expositiva dialogada. Aula expositiva dialogada. Aula expositiva dialogada

EXERCÍCIO. PRÁTICO 1 Valor: 2,5 pontos. Aula expositiva dialogada. Aula expositiva dialogada. Aula expositiva dialogada. Aula expositiva dialogada Este Plano de Curso poderá sofrer alterações a critério do professor e/ou da Coordenação. PLANO DE CURSO 2014/01 DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL III PROFESSOR: MARCELO ZENKNER TURMA: 5º AM (TERÇAS

Leia mais

Oficineira Ludimilla Barbosa Formada em Direito pela Univ. Católica Dom Bosco (MS). Atua de forma autônoma em Bonito e em Campo Grande.

Oficineira Ludimilla Barbosa Formada em Direito pela Univ. Católica Dom Bosco (MS). Atua de forma autônoma em Bonito e em Campo Grande. OS TRÊS PODERES Oficineira Ludimilla Barbosa Formada em Direito pela Univ. Católica Dom Bosco (MS). Atua de forma autônoma em Bonito e em Campo Grande. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio

Leia mais

Sumário. Palavras Prévias 10ª edição... 17 Prefácio... 21 Apresentação... 23. As Obrigações em Leitura Civil-Constitucional... 25

Sumário. Palavras Prévias 10ª edição... 17 Prefácio... 21 Apresentação... 23. As Obrigações em Leitura Civil-Constitucional... 25 Sumário Palavras Prévias 10ª edição... 17 Prefácio... 21 Apresentação... 23 Capítulo Introdutório As Obrigações em Leitura Civil-Constitucional... 25 Capítulo I Introdução ao Direito das Obrigações...

Leia mais

PARECER N, DE 2012. RELATORA: Senadora VANESSA GRAZZIOTIN. A proposta está estruturada em três artigos.

PARECER N, DE 2012. RELATORA: Senadora VANESSA GRAZZIOTIN. A proposta está estruturada em três artigos. PARECER N, DE 2012 Da COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE, DEFESA DO CONSUMIDOR E FISCALIZAÇÃO E CONTROLE, em decisão terminativa, sobre o Projeto de Lei do Senado n 460, de 2011, do Senador Ciro Nogueira, que altera

Leia mais

PARECER DO NÚCLEO DE CÁLCULOS JUDICIAIS DA JFRS

PARECER DO NÚCLEO DE CÁLCULOS JUDICIAIS DA JFRS Página 1 de 7 PARECER DO NÚCLEO DE CÁLCULOS JUDICIAIS DA JFRS 1. Objetivo O presente parecer tem por objetivo verificar a possibilidade de existência de diferenças em processos que versem, exclusivamente,

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ CONSULTA DE PROCESSOS DO 1º GRAU - INTERNET

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ CONSULTA DE PROCESSOS DO 1º GRAU - INTERNET DADOS DO PROCESSO PODER JUDICIÁRIO Nº Processo: 0005466-33.2013.814.0008 Data da Distribuição: Comarca: BARCARENA Instância: Vara: 1º GRAU 1ª VARA CIVEL DE BARCARENA Gabinete: GABINETE DA 1ª VARA CIVEL

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 23.478 PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 84-36.2016.6.00.0000 CLASSE 26 BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL

RESOLUÇÃO Nº 23.478 PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 84-36.2016.6.00.0000 CLASSE 26 BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL RESOLUÇÃO Nº 23.478 PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 84-36.2016.6.00.0000 CLASSE 26 BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL Relator: Ministro Dias Toffoli Interessado: Tribunal Superior Eleitoral Estabelece diretrizes gerais

Leia mais

A POSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DE TUTELA ANTECIPADA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA EM DECORRÊNCIA DO CARÁTER TAXATIVO DO ARTIGO 1º DA LEI N. 9.

A POSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DE TUTELA ANTECIPADA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA EM DECORRÊNCIA DO CARÁTER TAXATIVO DO ARTIGO 1º DA LEI N. 9. A POSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DE TUTELA ANTECIPADA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA EM DECORRÊNCIA DO CARÁTER TAXATIVO DO ARTIGO 1º DA LEI N. 9.494/1997 KÉSIA DAIANE FREITAS MARTINS Estagiária de Direito Ministério

Leia mais

INFORMAÇÕES PARA FINS DE DECLARAÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA EXERCÍCIO 2015 (ANO-CALENDÁRIO 2014) PAGAMENTOS DAS AÇÕES DO NÍVEIS DEVIDOS PELA PETROS

INFORMAÇÕES PARA FINS DE DECLARAÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA EXERCÍCIO 2015 (ANO-CALENDÁRIO 2014) PAGAMENTOS DAS AÇÕES DO NÍVEIS DEVIDOS PELA PETROS INFORMAÇÕES PARA FINS DE DECLARAÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA EXERCÍCIO 2015 (ANO-CALENDÁRIO 2014) PAGAMENTOS DAS AÇÕES DO NÍVEIS DEVIDOS PELA PETROS As instruções abaixo se referem aos créditos recebidos por

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM FACULDADE DE DIREITO FD DEPARTAMENTO DE DIREITO APLICADO. PLANO DE AULA i

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM FACULDADE DE DIREITO FD DEPARTAMENTO DE DIREITO APLICADO. PLANO DE AULA i PLANO DE AULA i INSTITUIÇÃO DE ENSINO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM CURSO: DIREITO PROFESSOR: Especialista Rafael da Silva Menezes NÍVEL DE ENSINO: SUPERIOR PERÍODO: 4º TURNO: DIURNO/NOTURNO DATA:

Leia mais

PONTO 1: Competência. Novas 20 orientações jurisprudenciais da SDI, nº 353 a 373.

PONTO 1: Competência. Novas 20 orientações jurisprudenciais da SDI, nº 353 a 373. 1 PROCESSO DO TRABALHO PONTO 1: Competência Inovações na seara trabalhista: Novas 20 orientações jurisprudenciais da SDI, nº 353 a 373. Lei 11.648/08. Centrais Sindicais sempre existiram no mundo fático,

Leia mais

RESOLUCAO N. 003567/2008

RESOLUCAO N. 003567/2008 RESOLUCAO N. 003567/2008 RESOLUCAO 3.567 --------------- Dispõe sobre a constituição e o funcionamento de sociedades de crédito ao microempreendedor e à empresa de pequeno porte. O BANCO CENTRAL DO BRASIL,

Leia mais

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL OAB

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL OAB PADRÃO DE RESPOSTAS PEÇA PROFISSIONAL O estabelecimento da sociedade WYZ Ltda., cujo objeto é a venda de gêneros alimentícios, foi interditado pela autoridade fazendária municipal, Coordenador Municipal

Leia mais

ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO GABINETE DO DES. SAULO HENRIQUES DE SÁ E BENEVIDES

ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO GABINETE DO DES. SAULO HENRIQUES DE SÁ E BENEVIDES ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO GABINETE DO DES. SAULO HENRIQUES DE SÁ E BENEVIDES DECISÃO TERMINATIVA APELAÇÃO CÍVEL 015.2011.002236-3/001-2. Vara da Comarca de Conceição. Relator : Des. Saulo Henriques

Leia mais

Reforma do PIS/Cofins Questões para discussão

Reforma do PIS/Cofins Questões para discussão Reforma do PIS/Cofins Questões para discussão Apresentação para o Observatório da Reforma Tributária Centro de Cidadania Fiscal - CCiF A proposta do Governo em 2014 A proposta do Governo em 2014 Aspectos

Leia mais

Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito:(redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005) V -quando o juiz acolher a alegação de

Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito:(redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005) V -quando o juiz acolher a alegação de 1. (OAB 136) De acordo com o Código de Processo Civil (CPC), extingue-se o processo sem resolução de mérito quando A) o juiz reconhece a prescrição ou a decadência. B) as partes transigem. C) o autor renuncia

Leia mais

Art. 1º Estabelecer orientações para a implementação no âmbito do Projeto Bolsa- Formação dos ciclos especiais de capacitação:

Art. 1º Estabelecer orientações para a implementação no âmbito do Projeto Bolsa- Formação dos ciclos especiais de capacitação: PORTARIA MJ Nº 183, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2010 Regulamenta os arts. 9º, 10 e 15 do Decreto nº 6.490, de 19 de junho de 2008, alterados pelo Decreto nº 7.081, de 26 de janeiro de 2010, e dá outras providências.

Leia mais

(Do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame) O Congresso Nacional decreta:

(Do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame) O Congresso Nacional decreta: PROJETO DE LEI N o 5806, DE 2005 (Do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame) Dispõe sobre a desburocratização dos processos de constituição, funcionamento e baixa das microempresas e empresas de pequeno porte,

Leia mais

Toque 11 Isonomia, Capacidade Contributiva e Progressividade

Toque 11 Isonomia, Capacidade Contributiva e Progressividade Olá pessoal! Neste Toque 11 iremos abordar um tema que pode conter algumas armadilhas. Trata se dos princípios da Isonomia, Capacidade Contributiva e Progressividade. Primeiro, faremos uma breve revisão

Leia mais

Política de Negócios e Empreendedorismo Prof. Esp. André Luís Belini Bacharel em Sistemas de Informações MBA em Gestão Estratégica de Negócios

Política de Negócios e Empreendedorismo Prof. Esp. André Luís Belini Bacharel em Sistemas de Informações MBA em Gestão Estratégica de Negócios Política de Negócios e Empreendedorismo Prof. Esp. André Luís Belini Bacharel em Sistemas de Informações MBA em Gestão Estratégica de Negócios O processo de criação de uma empresa às vezes é tedioso e

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 3211. 1º As contas de depósitos de que trata este artigo:

RESOLUÇÃO Nº 3211. 1º As contas de depósitos de que trata este artigo: RESOLUÇÃO Nº 3211 Altera e consolida as normas que dispõem sobre a abertura, manutenção e movimentação de contas especiais de depósitos à vista e de depósitos de poupança. O BANCO CENTRAL DO BRASIL, na

Leia mais

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO PROJETO DE LEI Nº 712, DE 2011

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO PROJETO DE LEI Nº 712, DE 2011 COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO PROJETO DE LEI Nº 712, DE 2011 (Apenso: Projeto de Lei nº 1.239, de 2011) Dispõe sobre o prazo de validade das certidões que menciona, emitidas

Leia mais

PARECER Nº, DE 2010. RELATOR: Senador ROBERTO CAVALCANTI I RELATÓRIO

PARECER Nº, DE 2010. RELATOR: Senador ROBERTO CAVALCANTI I RELATÓRIO PARECER Nº, DE 2010 Da COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS, em decisão terminativa, sobre o Projeto de Lei do Senado nº 161, de 2009, da Senadora Serys Slhessarenko, que altera a Lei nº 8.212, de 24 de julho

Leia mais

PARECER Nº, DE 2010. RELATOR: Senador GEOVANI BORGES I RELATÓRIO

PARECER Nº, DE 2010. RELATOR: Senador GEOVANI BORGES I RELATÓRIO PARECER Nº, DE 2010 Da COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS, em caráter terminativo, sobre o Projeto de Lei do Senado nº 512, de 2007, do Senador Paulo Paim, que acrescenta parágrafo ao art. 764 da Consolidação

Leia mais

CONCURSO PGE-SP: ANÁLISE COMPLETA DOS

CONCURSO PGE-SP: ANÁLISE COMPLETA DOS CONCURSO PGE-SP: ANÁLISE COMPLETA DOS CONCURSOS ANTERIORES Considerações Inicias Em sequência a análise do concurso PGE SP analisaremos os três últimos certames realizados: 2002, 2009 e 2010. Com essa

Leia mais

MODELO PRÉ-PROJETO TCC DIREITO 2011.2

MODELO PRÉ-PROJETO TCC DIREITO 2011.2 MODELO PRÉ-PROJETO TCC DIREITO 2011.2 Margem superior 3 cm NOME DO ACADÊMICO (Times 12, sem negrito, maiúsculo, centralizado) Margem Esquerda 3 cm Margem Direita 2 cm TEMA (Times 12, em negrito, maiúsculo,

Leia mais

Liberdade provisória sem fiança.

Liberdade provisória sem fiança. Liberdade provisória sem fiança. OBJETIVO DESSE AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SERÁ A APRESENTAÇÃO DO INSTITUTO DA LIBERDADE PROVISÓRIA SEM FIANÇA LIBERDADE PROVISÓRIA LIBERDADE PROVISÓRIA A liberdade

Leia mais

R E S O L U Ç Ã O. Parágrafo único. O novo currículo é o 0003-LS, cujas ementas e objetivos das disciplinas também constam do anexo.

R E S O L U Ç Ã O. Parágrafo único. O novo currículo é o 0003-LS, cujas ementas e objetivos das disciplinas também constam do anexo. RESOLUÇÃO CONSEPE 12/2015 ALTERA MATRIZ CURRICULAR E APROVA O PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE PÓS- GRADUAÇÃO LATO SENSU EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL DA UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO USF. O Presidente do Conselho

Leia mais

PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL

PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL *ATENÇÃO: ANTES DE INICIAR A PROVA, VERIFIQUE SE TODOS OS SEUS APARELHOS ELETRÔNICOS FORAM ACONDICIONADOS E LACRADOS DENTRO DA EMBALAGEM PRÓPRIA. CASO A QUALQUER MOMENTO DURANTE A REALIZAÇÃO DO EXAME VOCÊ

Leia mais

PARECER Nº, DE 2007. RELATOR: Senador EXPEDITO JÚNIOR I RELATÓRIO

PARECER Nº, DE 2007. RELATOR: Senador EXPEDITO JÚNIOR I RELATÓRIO PARECER Nº, DE 2007 Da COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE, DEFESA DO CONSUMIDOR E FISCALIZAÇÃO E CONTROLE, em decisão terminativa, ao Projeto de Lei do Senado nº 143, de 2006, que acrescenta parágrafo ao art. 3º

Leia mais

ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº 1031148-08.2015.8.26.0577, da Comarca de São José dos Campos, em que é

ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº 1031148-08.2015.8.26.0577, da Comarca de São José dos Campos, em que é Registro: 2016.0000325765 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº 1031148-08.2015.8.26.0577, da Comarca de São José dos Campos, em que é apelante EDVALDO DA SILVA OLIVEIRA, é

Leia mais

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO RIO GRANDE DO SUL Autarquia Federal Lei nº 5.905/73

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO RIO GRANDE DO SUL Autarquia Federal Lei nº 5.905/73 DECISÃO COREN-RS Nº 133/2013 ESTABELECE NOVA REGULAMENTAÇÃO AO PAGAMENTO DE DÉBITOS DE ANUIDADES JUNTO AO CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO RIO GRANDE DO SUL - COREN-RS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. O Conselho

Leia mais

DECRETA: Art. 2º A prova de regularidade perante a Fazenda Pública Municipal de Teresina será efetuada mediante a apresentação de:

DECRETA: Art. 2º A prova de regularidade perante a Fazenda Pública Municipal de Teresina será efetuada mediante a apresentação de: 1 DECRETO Nº 9.468, DE 8 DE JULHO DE 2009. Dispõe sobre a regulamentação da emissão de certidões no âmbito da Fazenda Pública Municipal. O PREFEITO MUNICIPAL DE TERESINA, Estado do Piauí, no uso das atribuições

Leia mais

DO LITISCONSÓRCIO. Des. ANA MARIA DUARTE AMARANTE BRITO

DO LITISCONSÓRCIO. Des. ANA MARIA DUARTE AMARANTE BRITO DO LITISCONSÓRCIO Des. ANA MARIA DUARTE AMARANTE BRITO CABIMENTO ARTIGO 46 DO CPC COMUNHÃO DE DIREITOS E OBRIGAÇÕES DIREITOS E OBRIGAÇÕES ORIUNDOS DE UMA MESMA SITUAÇÃO DE FATO OU DE DIREITO CONEXÃO ENTRE

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM FACULDADE DE DIREITO FD DEPARTAMENTO DE DIREITO APLICADO. PLANO DE AULA i

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM FACULDADE DE DIREITO FD DEPARTAMENTO DE DIREITO APLICADO. PLANO DE AULA i PLANO DE AULA i INSTITUIÇÃO DE ENSINO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM CURSO: DIREITO PROFESSOR: Especialista Rafael da Silva Menezes NÍVEL DE ENSINO: SUPERIOR PERÍODO: 6º TURNO: DIURNO/NOTURNO DATA:

Leia mais

DIFERENÇAS ENTRE INSTITUTOS DA TUTELA ANTECIPADA, MEDIDA CAUTELAR E LIMINAR RESUMO

DIFERENÇAS ENTRE INSTITUTOS DA TUTELA ANTECIPADA, MEDIDA CAUTELAR E LIMINAR RESUMO 0 DIFERENÇAS ENTRE INSTITUTOS DA TUTELA ANTECIPADA, MEDIDA CAUTELAR E LIMINAR Lódia Mara Perilli Picoli* 1 RESUMO O presente artigo científico tem por objetivo abordar a suma importância entre os institutos

Leia mais

PARECER Nº, DE 2012. RELATOR: Senador JORGE VIANA

PARECER Nº, DE 2012. RELATOR: Senador JORGE VIANA PARECER Nº, DE 2012 Da COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE, DEFESA DO CONSUMIDOR E FISCALIZAÇÃO E CONTROLE, sobre o Projeto de Lei do Senado nº 249, de 2011, do Senador Luiz Henrique, que cria incentivo fiscal de

Leia mais

MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS. RESOLUÇÃO CNSP N o 249, de 2012.

MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS. RESOLUÇÃO CNSP N o 249, de 2012. MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS RESOLUÇÃO CNSP N o 249, de 2012. Dispõe sobre a atividade dos corretores de seguros de ramos elementares e dos corretores de seguros de vida,

Leia mais

Workshop Simples Nacional Regime Jurídico e Gestão do ISSQN. Programa: O que a Fazenda anda fazendo 9 de Dezembro de 2014 Prédio da PBH

Workshop Simples Nacional Regime Jurídico e Gestão do ISSQN. Programa: O que a Fazenda anda fazendo 9 de Dezembro de 2014 Prédio da PBH Workshop Simples Nacional Regime Jurídico e Gestão do ISSQN Programa: O que a Fazenda anda fazendo 9 de Dezembro de 2014 Prédio da PBH Cobrança do ISSQN Flávio Couto Bernardes Procurador Municipal Professor

Leia mais

DENUNCIAÇÃO DA LIDE (Artigos 125 a 129 do Código de Processo Civil)

DENUNCIAÇÃO DA LIDE (Artigos 125 a 129 do Código de Processo Civil) DENUNCIAÇÃO DA LIDE (Artigos 125 a 129 do Código de Processo Civil) A denunciação da lide chama o denunciado que mantém vínculo de direito com o denunciante, a fim de responder a garantia do negócio jurídico,

Leia mais

O Contencioso administrativo e seu Papel no Estado Democrático de Direito

O Contencioso administrativo e seu Papel no Estado Democrático de Direito MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS O Contencioso administrativo e seu Papel no Estado Democrático de Direito OTACÍLIO DANTAS CARTAXO FIESP 25 de novembro de 2013 Foco da

Leia mais

Regime de Tributação de Imposto de Renda

Regime de Tributação de Imposto de Renda Apresentação O INFRAPREV elaborou esta cartilha com o objetivo de orientar o participante na escolha do regime de tributação quando do ingresso no seu Plano de Contribuição Variável. Com a publicação da

Leia mais

INSTRUÇÃO NORMATIVA SAREC Nº 01, de 02 de janeiro de 2014

INSTRUÇÃO NORMATIVA SAREC Nº 01, de 02 de janeiro de 2014 INSTRUÇÃO NORMATIVA SAREC Nº 01, de 02 de janeiro de 2014 Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados nos processos administrativos relativos à baixa de inscrição. O SECRETÁRIO MUNICIPAL ADJUNTO DA

Leia mais

A Tributação dos Síndicos, Subsíndicos e Conselheiros (IRPF INSS)

A Tributação dos Síndicos, Subsíndicos e Conselheiros (IRPF INSS) A Tributação dos Síndicos, Subsíndicos e Conselheiros (IRPF INSS) QUAL É O CONCEITO DE SÍNDICO PREVISTO NO CÓDIGO CIVIL DE 2002? O Síndico é definido como sendo administrador do Condomínio (art. 1.346).

Leia mais

A Fazenda Nacional opôs embargos de declaração ante acórdão assim ementado (Identificador: 4050000.2926218):

A Fazenda Nacional opôs embargos de declaração ante acórdão assim ementado (Identificador: 4050000.2926218): PROCESSO Nº: 0803179-95.2014.4.05.8000 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO RELATÓRIO A Fazenda Nacional opôs embargos de declaração ante acórdão assim ementado (Identificador: 4050000.2926218): "ADMINISTRATIVO

Leia mais

Município de Vitória da Conquista/BA

Município de Vitória da Conquista/BA Dispõe sobre a criação dos cargos públicos de agente comunitário de saúde e de agente de combate às endemias de Vitória da Conquista, e dá outras providências. O PREFEITO MUNICIPAL DE VITÓRIA DA CONQUISTA,

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 2682 RESOLVEU:

RESOLUÇÃO Nº 2682 RESOLVEU: RESOLUÇÃO Nº 2682 Dispõe sobre critérios de classificação das operações de crédito e regras para constituição de provisão para créditos de liquidação duvidosa. O BANCO CENTRAL DO BRASIL, na forma do art.

Leia mais

SEGUNDA TURMA RECURSAL JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ

SEGUNDA TURMA RECURSAL JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ Processo nº 2007.70.50.003369-6 Relatora: Juíza Federal Andréia Castro Dias Recorrente: UNIÃO FEDERAL Recorrido (a): VANISA GOLANOWSKI VOTO Dispensado o relatório, nos termos dos artigos 38 e 46 da Lei

Leia mais

Perícias Judiciais Contábeis e Econômicas ANEFAC

Perícias Judiciais Contábeis e Econômicas ANEFAC Perícias Judiciais Contábeis e Econômicas ANEFAC Perícia Meio de Prova FATO ALEGADO DEVE SER COMPROVADO PROVAS: ORAIS, DOCUMENTAIS E PERICIAIS - EXCEÇÕES PERICIAL - FATOS COMPLEXOS - CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Leia mais

Perguntas e respostas sobre a instituição do Regime de Previdência Complementar para os servidores públicos da União

Perguntas e respostas sobre a instituição do Regime de Previdência Complementar para os servidores públicos da União Perguntas e respostas sobre a instituição do Regime de Previdência Complementar para os servidores públicos da União 1) O que é o Regime de Previdência Complementar? É um dos regimes que integram o Sistema

Leia mais

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE JATAÍ - CESUT A s s o c i a ç ã o J a t a i e n s e d e E d u c a ç ã o

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE JATAÍ - CESUT A s s o c i a ç ã o J a t a i e n s e d e E d u c a ç ã o EMENTA: Recursos Trabalhistas. Execução Trabalhista. Dissídio Coletivo. Procedimentos Especiais. OBJETIVOS GERAIS Proporcionar ao aluno o conhecimento sobre o processamento dos recursos, execução, dissídio

Leia mais

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI SENADO N 72, DE 2011

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI SENADO N 72, DE 2011 SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI SENADO N 72, DE 2011 Altera o art. 18 da Lei n 8.213, de 24 de julho de 1991, para ampliar os benefícios previdenciários devidos ao aposentado que retornar ao trabalho. Art.

Leia mais

DÉCIMA TERCEIRA CÂMARA CÍVEL

DÉCIMA TERCEIRA CÂMARA CÍVEL 1 DÉCIMA TERCEIRA CÂMARA CÍVEL AGRAVO LEGAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0009707-02.2014.8.19.0000 AGRAVANTE: MUNICÍPIO DE NITERÓI AGRAVADO: LUCAS MARQUES CAVALCANTI RELATOR: DES. GABRIEL ZEFIRO AGRAVO

Leia mais

Agência Nacional de Vigilância Sanitária

Agência Nacional de Vigilância Sanitária EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS Assunto: Emissão de Certificado de Livre Prática 1. Segundo o Regulamento Sanitário Internacional (2005) em seu Título I, Artigo 1 Definições: «libre plática» significa la autorización,

Leia mais

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 01 / 2011.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 01 / 2011. GOVERNO MUNICIPAL DE CAUCAIA Secretaria de Finanças e Planejamento INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 01 / 2011. Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados com relação ao indeferimento da opção e da exclusão do

Leia mais

QUESTIONÁRIO SOBRE JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA

QUESTIONÁRIO SOBRE JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA QUESTIONÁRIO SOBRE JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA 1. O que é jurisdição? 2. Quem representa o Estado quando se trata de jurisdição? 3. Por que o Estado é escolhido? 4. Como e através de que se opera a jurisdição?

Leia mais

PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO PROCURADORIA PREVIDENCIÁRIA PARECER Nº 15.166

PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO PROCURADORIA PREVIDENCIÁRIA PARECER Nº 15.166 PARECER Nº 15.166 Auxílio-funeral previsto no artigo 256, IV, da Lei Complementar Estadual nº 10.098, de 03 de fevereiro de 1994. Natureza jurídica de benefício assistencial, estando fora do alcance da

Leia mais

NOTA TÉCNICA Nº 0011/2012

NOTA TÉCNICA Nº 0011/2012 NOTA TÉCNICA Nº 0011/2012 Brasília, 26 de junho de 2012. ÁREA: TÍTULO: Contabilidade Pública Restos a Pagar Considerando que, de acordo com o art. 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) é vedado ao

Leia mais

Ministério Público Eleitoral

Ministério Público Eleitoral Ministério Público Eleitoral O Ministério Público é uma instituição permanente, criada de forma direta pelo texto constitucional. Trata-se de uma instituição essencial à função jurisdicional do Estado,

Leia mais